Vigilância epidemiológica

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1 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância epidemiológica Prof. Dr. Antonio José Leal Costa IESC/UFRJ 2011

2 Vigilância epidemiológica Histórico (I) Século XIV Quarentena Séculos XVII a XIX Análises da situação de saúde de populações baseadas em dados vitais: John Graunt, Chadwick, Willian Farr Século XX Notificação compulsória (EUA) Registro de câncer (Dinamarca) Vigilância ativa Rede sentinela de médicos generalistas (Inglaterra e Holanda) INFORMAÇÃO PARA AÇÃO Controle da malária Erradicação da varíola e da poliomielite Ênfase na análise da dados e produção da informação em saúde

3 Vigilância epidemiológica Conceito Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos (Lei 8.080/90)

4 A vigilância no contexto das ações de saúde pública Vigilância: Qual é o problema? Problema Identificação de fatores de risco : Quais são as causas? Avaliação das intervenções: Quais são eficazes? Implementação das ações: como fazer? Resposta

5 Vigilância epidemiológica Objetivos Caracterizar o estado de saúde das populações Definir prioridades em saúde pública Avaliar programas de saúde Estimular a pesquisa na área da saúde

6 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

7 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

8 Casos de AIDS notificados ao Programa Nacional de DST e Aids, Ministério da Saúde, por ano de diagnóstico, Brasil, 1980 a Casos notificados 2003 Ano de diagnóstico

9 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

10 Taxas de incidência de Dengue (por habitantes) agrupadas em quintis, segundo município de residência, estado do Rio de Janeiro, 2002 uantis Braga, 2007

11 Coeficiente de incidência da coqueluche, por grupo de idade, Brasil, Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

12 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

13 HIV/AIDS Entre outubro e maio de 1980, 5 casos de pneumonia por Pneumocystis carinii em pessoas jovens, saudáveis e homosexuais em Los Angeles Série de casos a partir do qual vários estudos subseqüentes sobre HIV/Aids foram desenvolvidos

14 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

15 Diagrama de controle da doença meningocócica, no período , Brasil, 1994 Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

16 FE B R E P U R P Ú R IC A B R A S ILE IR A Agente etiológico: Haemophilus influenzae, biogrupo aegyptius. Descrição É uma doença infecciosa emergente de caráter agudo e elevada letalidade. Em geral, apresenta-se sob forma de surtos, atingindo crianças. Tem largo espectro clínico: uma simples infecção conjuntival pode ou não evoluir, em uma ou duas semanas, para síndrome séptica, com aparecimento de petéquias e púrpuras. Aspectos epidemiológicos Doença descrita pela primeira vez em 1984, no município de Promissão, em São Paulo, onde ocorreram 10 óbitos com quadro semelhante ao da meningococcemia. Concomitantemente,observou-se quadro semelhante em Londrina, com 13 casos e sete óbitos, e outros em cidades próximas a Promissão. Desse período até hoje, já se tem registro da enfermidade em mais de 15 municípios de São Paulo e em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fora do Brasil, os únicos casos descritos ocorreram em novembro de 1986, na região Central da Austrália (Alice-Springs). Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

17 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

18 SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO Casos notificados, por trimestre, EUA, Fonte: CDC. Summary of notifiable diseases

19 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

20 Coeficiente de incidência da coqueluche¹ e cobertura vacinal pela DTP, Brasil, Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

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22 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

23 Resistência do Mycobacterium tuberculosis às drogas Resultado do Teste de Sensibilidade, das 87 cepas pertencentes ao complexo Mycobacterium tuberculosis, São Vicente, SP, 1998/99 1 (9,10%) - INH-RMP-PZA-EM), 4 (36,40%) INH-RMP-PZA, 2 (18,20%)INH- RMP, 2 (18,20%) SM e 2 (18,20%) INH. Jardim, P.C.R. et al.. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60(2): , 2001.

24 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

25 Distribuição espacial dos casos caninos e humanos de leishmaniose visceral, Belo Horizonte, MG, 1993 a 1996 Bevilacqua PD et al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.53 no.1 Belo Horizonte Feb. 2001

26 Vigilância epidemiológica Aplicações Estimar a magnitude dos problemas de saúde Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das doenças Descrever a história natural de uma doença Detectar epidemias e novos problemas de saúde Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças Avaliar as medidas de controle Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos Identificar mudanças dos fatores determinantes de doenças Auxiliar o planejamento em saúde

27 Casos de hanseníase notificados segundo ano do diagnóstico, Brasil, 1980 a ,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10, Casos 14,51517,13316,99418,79818,85419,30318,49719,72826,61527,84428,76530,87433,39634,25133,19036,26340,50545,12542,44442,38941,30544,60947,50649,026

28 Vigilância epidemiológica Funções Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes

29 Vigilância epidemiológica Funções Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes

30 Vigilância epidemiológica Funções coleta de dados Fontes de dados Notificação de doenças e agravos Exames laboratoriais Registros vitais Vigilância sentinela Registros médicos e hospitalares Inquéritos populacionais Sistemas de registro de dados administrativos (e.g. fornecimento de medicamentos) Outros

31 Vigilância epidemiológica Funções coleta de dados Fontes de dados Notificação de doenças e agravos Exames laboratoriais Registros vitais Vigilância sentinela Registros médicos e hospitalares Inquéritos populacionais Sistemas de registro de dados administrativos (e.g. fornecimento de medicamentos) Outros

32 Vigilância epidemiológica Critérios para seleção de agravos sujeitos a notificação Magnitude Potencial de disseminação Transcendência Gravidade ( severidade ) Relevância social Relevância econômica Vulnerabilidade Compromissos internacionais Regulamento sanitário internacional Epidemias, surtos e agravos inusitados

33 PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE Anexo I Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória 1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria; 9. Doença de Creutzfeldt - Jacob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose; 13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 14. Febre Amarela; 15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa; 17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais; 21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; 22. Influenza humana por novo subtipo; 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral; 26. Leptospirose; 27. Malária; 28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante; 37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita; 39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; e

34 PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE Anexo II Doenças e agravos de notificação imediata I. Caso suspeito ou confirmado de: 1. Botulismo; 2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera; 4. Dengue pelo sorotipo DENV 4; 5. Doença de Chagas Aguda; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chickungunya, Encefalite Japonesa, entre outras; 7. Febre Amarela; 8. Febre do Nilo Ocidental; 9. Hantavirose; 10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste; 12. Poliomielite; 13. Raiva Humana; 14. Sarampo em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior; 15. Rubéola em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 17. Varíola; 18. Tularemia; e 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).

35 PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE Anexo II Doenças e agravos de notificação imediata II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 1. Difteria; 2. Doença Meningocócica; 3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em navios ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais; 6. Sarampo; 7. Rubéola; e 8. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se: a) Alteração no padrão epidemiológico de doença que constam no Anexo I desta Portaria; b) Doença de origem desconhecida; c) Exposição a contaminantes químicos; d) Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS; e) Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA; f) Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU. g) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados; h) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento.

36 PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE Anexo II Doenças e agravos de notificação imediata III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se: 1. Primatas não humanos 2. Eqüinos 3. Aves 4. Morcegos Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi. 6. Roedores silvestres Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste.

37 PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE Anexo III Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações; 3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal; 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais; 7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) 8. Influenza humana; 9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 11. Rotavírus; 12. Toxoplasmose aguda gestacional e congênita; 13. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho; e 14. Violência doméstica, sexual e/ou auto-provocada.

38 Vigilância epidemiológica Notificação de caso Notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isto pode signifi car perda da oportunidade de intervir eficazmente; A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médicosanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos; Notificação imediata (via telefone, fax ou - notifica@ saude.gov.br) Notificação passiva x ativa Notificação negativa

39 Vigilância epidemiológica Definição de caso Caso suspeito Caso confirmado

40 Vigilância epidemiológica Definição de caso Caso suspeito Sinais e sintomas clínicos sugestivos da doença em questão, de tal forma a abranger a maioria dos casos, mas não excessivamente amplo a ponto de incluir muitos casos de outras entidades clínicas. ALTA SENSIBILIDADE ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO (especialmente nos contextos de baixa prevalência) Caso suspeito de poliomielite Todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite. Toda hipótese diagnóstica de poliomielite, em pessoas de qualquer idade. Nota: os casos de paralisia ocular isolada e paralisia facial periférica não devem ser investigados.

41 Caso confirmado Vigilância epidemiológica Definição de caso Critérios clínicos, quando suficientes (tétano) Critérios laboratoriais (febre tifóide) Critérios epidemiológicos: evidência de exposição ao agente etiológico (contato co caso confirmado de sarampo) ALTA ESPECIFICIDADE ALTO VALOR PREDITIVO POSITIVO (especialmente nos contextos de alta prevalência subgrupo de casos suspeitos) Critérios variáveis em função do contexto epidemiológico Cólera: confirmação por critério laboratorial, exceto durante surtos/epidemias, quando o citério clínico é suficiente.

42 Vigilância epidemiológica da Rubéola Caso suspeito Toda pessoa com febre e exantema máculo-papular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal. Caso confirmado Laboratorial quando a interpretação dos resultados dos exames sorológicos for positivo para rubéola. Vínculo epidemiológico quando o caso suspeito teve contato com um ou mais casos de rubéola, confi rmados por laboratório, e apresentou os primeiros sintomas da doença entre 12 a 23 dias após a exposição ao(s) caso(s). Clínico quando há suspeita clínica de rubéola, mas as investigações epidemiológica e laboratorial não foram realizadas ou concluídas. Como o diagnóstico de rubéola não pode ser confirmado nem descartado com segurança, este caso representa uma falha do sistema de vigilância epidemiológica.

43 Vigilância epidemiológica Funções coleta de dados Fontes de dados Notificação de doenças e agravos Exames laboratoriais Registros vitais Vigilância sentinela Registros médicos e hospitalares Inquéritos populacionais Sistemas de registro de dados administrativos (e.g. fornecimento de medicamentos) Outros

44 Vigilância epidemiológica Vigilância sentinela Redes de fontes sentinela de notificação especializadas (vigilância do câncer) Evento sentinela morte materna Unidades de saúde sentinela rede de monitoramento da influenza (5 regiões do Brasil) Populações sentinelas - HIV Áreas sentinela vigilância em saúde

45 Estimativa do número de infectados pelo HIV na faixa etária de 15 a 49 anos, Brasil RORAIMA (1) ( ~ ) Estimativa % por sexo: feminino - 0,47% masculino - 0,84% total - 0,65% Fonte: CN DST e Aids/SPS/MS

46 Vigilância epidemiológica Coleta de dados Funções Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes

47 Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação SINAN Fluxo de informação Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

48 niversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ nstituto de Estudos em Saúde Coletiva IESC urso de Graduação em Saúde Coletiva isciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde SINAN Ficha de Investigação Epidemiológica Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

49 Vigilância epidemiológica Funções Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes

50 Vigilância epidemiológica Funções Medidas de controle Implementadas a partir da investigação de casos e de surtos/epidemias Isolamento Quimioprofilaxia Vacinação de bloqueio Intervenções ambientais (água de consumo, vetores) Qualidade de alimentos Qualidade do sangue e hemoderivados...

51 Vigilância epidemiológica Rubéola Medidas de controle - fluxo de atividades Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

52 Vigilância epidemiológica Funções Coleta de dados Processamento de dados coletados Análise e interpretação dos dados processados Recomendação das medidas de controle apropriadas Promoção das ações de controle indicadas Avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas Divulgação de informações pertinentes

53 Vigilância epidemiológica Funções Disseminação da informação

54 Vigilância epidemiológica Avaliação dos sistemas de vigilância epidemiológica Critérios quantitativos Sensibilidade/especificidade (valores preditivos) Representatividade Oportunidade Critérios quantitativos Simplicidade Flexibilidade Aceitabilidade

55 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA (Lei 8.080/90) Nível nacional Ministério da Saúde Nível estadual Secretaria Estadual de Saúde Nível municipal Secretaria Municipal de Saúde Nível local Centros e postos de saúde; hospitais; igrejas; escolas etc. HUCFF: Serviço de Epidemiologia e Avaliação SEAV 5 o andar

56 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro Malta DC et al, 2006.

57 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro Malta DC et al, 2006.

58 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro Malta DC et al, 2006.

59 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis Malta DC et al, 2006.

60 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis Malta DC et al, 2006.

61 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis Malta DC et al, 2006.

62 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis Malta DC et al, 2006.

63 B ibliotec a V irtua l do M inis tério da S a úde: w w w.s a ude.g ov.br/bvs

64 Informe Epidemiológico do SUS 1999; 8(4):63-66.

65

66 Vigilância epidemiológica Endereços na internet

67 Curso de Graduação em Saúde Coletiva Disciplina: Bases Conceituais de Vigilância em Saúde Leitura recomendada Teixeira MG, Costa MCN. Vigilância Epidemiológica: políticas, sistemas e serviços. In: Giovanella et al. Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008 (páginas 795 a 818). Malta DC, Cezário AC, Moura L, Morais Neto OL, Silva Junior JB. A construção da vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis no contexto do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e S erviços de S aúde 2006; 15(1) : Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2010: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico Brasília : Ministério da Saúde, (

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