O BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO: reafirmação da importância e a diversidade

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1 IX FORUM INTERNACIONAL de DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL PROJETO: Repensando a Ruralidade no Brasil O BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO: reafirmação da importância e a diversidade Tania Bacelar de Araujo Sócia da CEPLAN Consultoria Fortaleza, 21 de novembro de 2014

2 Roteiro A visão predominante : o rural herdado Outra visão: uma concepção não produtivista A dimensão do rural brasileiro A diversidade do rural brasileiro Entraves institucionais à afirmação do rural O rural nas políticas públicas contemporâneas A título de conclusão: duas agendas

3 Motivações do estudo

4 Mudanças recentes no Brasil rural O Brasil rural foi impactado positivamente pelos avanços sociais que o país promoveu nos anos recente A produção agropecuária tem se expandido e melhorado sua produtividade enquanto a indústria vem enfrentando problemas de competitividade (no mercado interno e externo) A criação do MDA e os avanços do PRONAF junto com outras iniciativas de políticas públicas fizeram avançar a produção de base familiar As cidades médias brasileiras, muitas no interior, experimentam nova dinâmica nos anos recentes Esse novo ambiente diferencia o rural, visto agora para além das atividades primárias (e de seu corte setorial)

5 Debate internacional estimula revisitar o Brasil rural O debate internacional recente ressalta mudanças importantes no mundo rural. Destacam-se entre elas: a preocupação crescente com a conservação do patrimônio natural a intensificação de outras atividades econômicas e de outros interesses sociais no meio rural a atribuição de novas funções para o meio rural, além da produção de bens agropecuários o aproveitamento das amenidades propiciadas pelos centros urbanos próximos, e a exploração de novas fontes de energia. Esse novo ambiente diferencia o rural, visto agora para além das atividades primárias (e de seu corte setorial)

6 CONTEXTO internacional: redefinindo a dimensão do rural Os países mais desenvolvidos tem usado critérios semelhantes e que revelam que os países mais industrializados do mundo necessariamente não concentram população em áreas essencialmente urbanas A OCDE estabelece uma classificação das regiões em : regiões essencialmente rurais, regiões relativamente rurais e regiões essencialmente urbanas A OCDE aperfeiçoou sua metodologia incluindo a acessibilidade aos centros urbanos como indicador de acesso a serviços e trabalho ( 45 min. na Europa e 60 min. na América do Norte)

7 O rural herdado

8 Brasil: visão dominante do rural O IBGE, órgão oficial de estatística, leva em consideração as legislações de cada município para subdividir o espaço territorial brasileiro em áreas urbanas e rurais. Pela lei, são urbanos todos os que vivem nos perímetros assim definidos pelas Câmaras Municipais, independente de qualquer outra consideração. Resultado: rurais são as áreas externas aos perímetros urbanos de cidades ou vilas do país. O espaço rural é percebido como periférico, um resíduo do urbano. Pior: rural passa a ser sinônimo de atraso: o progresso é urbano! José Eli da Veiga (USP) chamou atenção para a visão do urbano supervalorizado e do subdimensionamento do rural ( Ver Cidades Imaginárias, 2002)

9 Herança do dois Brasis agropecuários: o domínio da base PATRONAL moderna

10 Herança do dois Brasis agropecuários : as 3 concentrações da agricultura de base familiar

11 Outra visão: uma concepção não produtivista (Veiga, 2003; Favareto, 2007; Berdegué et alii, 2012; Wanderley e Favareto, 2013)

12 Premissas: 1. as relações entre os espaços rurais e as cidades assumem crescentemente um caráter de interdependência, superando o antagonismo que marcou sua evolução histórica nos países hoje desenvolvidos (Veiga, 2003; Favareto, 2007; Berdegué et alii, 2012); 2. os traços distintivos dos espaços rurais variam significativamente de uma sociedade a outra, assumindo em cada uma delas um sentido particular, 3. as relações contraditórias, ou mesmo conflituosas, entre os diversos interesses em jogo no mundo rural e fora dele, constituem a matéria prima da ruralidade que assim se expressa e que, por essa razão, deveria ser considerada no plural, como ruralidades.

13 Concluindo: Se a trajetória da urbanização brasileira permite explicar as razões da predominância da antiga visão, os caracteres estruturais do território nacional, sua economia e sua organização social no início do século XXI com a persistência dos espaços rurais e de sua importância para a economia, a coesão social e a sustentabilidade ambiental - tornam imperiosa a adoção de uma nova visão sobre o rural no país. (Wanderely e Favareto, 2013)

14 A concepção adotada O rural se expressa enquanto forma territorial da vida social, onde a relação com a natureza é forte, a base produtiva se diversifica mas as atividades agropecuárias são dominantes, o modo de vida, os valores e a cultura de seus habitantes guardam especificidades. (rompe com visão produtivista do rural como território da produção agropecuária)

15 A dimensão do rural brasileiro (Veiga, 2004; Candia Baeza, 2011; Bitoun e Miranda, 2013)

16 Dimensão do rural com base na visão dominante O rural brasileiro, segundo as estatísticas oficiais e considerando os limites das formas de classificação usadas pelas estatísticas disponíveis no país, tem decrescido ao longo do tempo e guardaria apenas 16% da população total do país ( Censo de 2010).

17 Brasil rural redimensionado Classes de regiões e dimensionamento da população residente no meio rural CLASSES Municípios Areakm2 Pop Tot_2010 Percentual Pop Total Brasil 1A ESSENCIALMENTE RURAL "ISOLADO" , ,33 1B ESSENCIALMENTE RURAL "PRÓXIMO" , ,93 2A RELATIVAMENTE RURAL PRÓXIMO , ,54 37% 2B RELATIVAMENTE RURAL "ISOLADO" , ,12 3 URBANO EXCETO METRÓPOLES E CAPITAIS REGIONAIS 3 URBANO EM METRÓPOLES E CAPITAIS REGIONAIS , , , ,72 63% TOTAIS , ,00

18 Brasil rural redimensionado Proporção da População, da Área e do Nº de Municípios do Brasil Segundo Classes de Municípios Rurais e Urbanos 1A ESSENCIALMENTE RURAL "ISOLADO" 1B ESSENCIALMENTE RURAL "PRÓXIMO" 2B RELATIVAMENTE RURAL "ISOLADO" 2A RELATIVAMENTE RURAL PRÓXIMO 3B URBANO (EXCETO METRÓPOLES E CAPITAIS REGIONAIS) 3A URBANO (METRÓPOLES E CAPITAIS REGIONAIS) 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 % POPULAÇÃO % ÁREA TOTAL % MUNICÍPIOS

19 Redimensionamento do Brasil rural no mapa O Brasil essencialmente rural e isolado predomina em grandes extensões amazônicas, onde há uma população dispersa em pequenas localidades ribeirinhas e na floresta; O Brasil relativamente rural e isolado reúne municípios onde a população está muito concentrada em habitat urbano (ex. do Pampa, do Pantanal e de alguns municípios da Amazônia) e municípios onde a mineração e outras atividades reduzem o peso da participação do valor agregado agropecuário na economia local.

20 Redimensionamento no mapa O Brasil relativamente rural e próximo predomina em dois polos opostos: em São Paulo, pelo baixo percentual da população residindo em habitat rural e nos sertões do Nordeste, onde a população em habitat rural é maior. Trata-se, nesse caso de um rural socialmente vivo, mas economicamente vazio. Os municípios essencialmente rural e próximo abrange as grandes concentrações do campesinato, especialmente no Sul, em Minas, no Agreste e Mata, no Maranhão e no nordeste do Pará. Em todos há uma forte presença de cidades intermediárias.

21 Importância do redimensionamento Redimensionar para maior o Brasil rural, não implica em redefinir as práticas censitárias (cuja continuidade permite garantir a comparação em série histórica). Mas permite libertar planejadores e operadores de políticas públicas e outros agentes sociais da dependência exclusiva da representação instituída pela lei e aproximar a representação do rural de práticas vigentes no ambiente mundial, além de chegar mais perto da riqueza e vitalidade do rural brasileiro. ( Bitoun e Miranda, 2013)

22 A diversidade do rural brasileiro (Bitoun e Miranda, 2013)

23 Construção da tipologia: mapa dos biomas como partida

24 Construção da tipologia: o universo de partida MACRO GRUPOS/BIOMAS Nº MUNICÍPIOS ÁREA (km2) POPULAÇÃO (2010) Nº de TIPOS REGIONALIZADOS LINHA DE COSTA MATA ATLÂNTICA PAMPA CAATINGA CERRADO AMAZÔNIA PANTANAL TOTAL TIPIFICADO GRANDE URBANO TOTAL BRASIL

25 De Equipamentos em áreas rurais e pequenos municípios ATRIBUTOS DIMENSÕES POLÍTICAS Construção da tipologia: bases para a análise TRABALHO E CONDIÇÕES DE VIDA DINÂMICAS RECENTES HABITAT TRABALHO CONDIÇÕES DE VIDA ECONÔMICAS E DEMOGRÁFICAS Densidade das centralidades no município Proporção da população em áreas rurais e nas cidades Estrutura ocupacional Estrutura fundiária Densidade de equipamentos de serviços básicos, de comunicação e econômicos. Evolução demográfica recente Relação Migrantes Naturais Agrárias Agrícolas Densidade da população em áreas rurais Relação Agricultura Familiar Agricultura Patronal Vulnerabilidade dos residentes Razão de Sexo De Meio Ambiente Distâncias a centralidade municipal e extramunicipal Relação Mono atividade Pluriatividade Diversidade étnicocultural Envelhecimento Distâncias às rodovias Mobilidade para o Evolução do Valor e hidrovias Trabalho Agregado Bruto por Setores

26 O Mapa Síntese: 26 Tipos no Brasil Rural

27 Os 26 Tipos no Brasil Rural : nominando os tipos Tipos Regionalizados Denominações 1 Amazônia: Baixo Tocantins; Região Bragantina; Baixada Maranhense; Rodovia Pará Maranhão. 2 Amazônia e Extremo Noroeste do Pantanal: Norte de Mato Grosso; BR 163; PA 150; Belém Brasília Paraense. 3 Amazônia: Transamazônica; Margem Norte do Baixo e Médio Rio Amazonas; Sul de Roraima; Acre Rio Branco, Cruzeiro do Sul -; Rondônia; Bico de Papagaio; Araguaia Paraense. 4 Amazônia: Amazônia Ocidental; Norte de Roraima; Trombetas; Baixo Amazonas; Marajó; 5 Pantanal 6 Cerrado Paulista 7 Cerrado: Norte de Minas Gerais; Oeste da Bahia às margens do São Francisco; Extremo Sul do Piauí; Maranhão dos Cocais. 8 Cerrado: Centro e Sul de Goiás; Oeste e Centro de Minas. 9 Cerrado: Noroeste de Minas Gerais; Extremo Oeste da Bahia; Tocantins; Sudoeste do Piauí; Sul do Maranhão; 10 Cerrado: Mato Grosso do Sul; Sudoeste de Goiás; Sul de Mato Grosso; 11 Linha de Costa Norte e Nordeste, do Oiapoque a Fortaleza. 12 Linha de Costa Nordeste, de Fortaleza ao Sul da Bahia.

28 Os 26 Tipos no Brasil Rural : nominando os tipos 14 Mata Atlântica: Oeste do Espirito Santo; parte Norte da Zona da Mata e Sul/Sudoeste de Minas Gerais. 15 Mata Atlântica: Centro e Sudoeste Paranaense; Oeste Catarinense e Microrregião de Canoinhas; Noroeste Gaúcho. 16 Mata Atlântica: Oeste Paulista; Limite Triângulo Mineiro//Goiás; Norte e Oeste Paranaenses; Sul de Mato Grosso do Sul. 17 Mata Atlântica: Sul da Bahia; Jequitinhonha, Mucuri, Rio Doce, Campo das Vertentes (Minas Gerais); Noroeste Fluminense; Vale do Paraíba e Vale do Ribeira (SP), Centro Sul Paranaense; Campos de Lajes, Curitibanos, Joaçaba (SC); Vacaria (RS). 18 Mata Atlântica: Mata Nordestina de Natal ao Recôncavo. 19 Mata Atlântica: Entornos do Rio, Juiz de Fora, Viçosa, Belo Horizonte, São Paulo; Leste Paranaense e Catarinense; Velhas Colônias Gaúchas. 20 Caatinga: Agrestes de Natal a Feira de Santana. 21 Caatinga: Sertões Sul e Oeste. 22 Caatinga, Sertões Norte, áreas úmidas de altitude, irrigadas; Cocais do Piauí. 23 Caatinga, Sertões Norte Orientais com maior aridez (RN/PB/PE). 24 Pampa: Campanha Gaúcha. 25 Pampa: Missões e Sul do Estado. 26 Pampa: Nordeste.

29 Os tipos e seu uso leitura em transversal valorização das especificidades de cada tipo

30 Os Tipos e a dinâmica demográfica Os 26 Tipos foram distribuídos em intervalos definidos segundo taxas brutas de crescimento populacional ( ). Vê-se o contraste entre Tipos do Brasil Ocidental (Tipos 1, 2, 3, 4, 9 e 10) em processo acelerado de povoamento (excetuando os Tipos 5 - Pantanal e 11- Linha de Costa Norte Nordeste do Oiapoque a Fortaleza) e o Brasil Oriental, já muito povoado em 1950.

31 Os Tipos e a ocupação da população Em três Tipos : 19 ( Mata Atlântica), 13 ( Linha de Costa no SE e Sul) e 6 ( Cerrados NE e MG), entre os ocupados residindo no campo predominam ocupações em atividades não agropecuárias. As atividades agropecuárias ocupam, no entanto mais de 40% do total. Nas cidades, somente 1 ocupado sobre 10 trabalha em atividades agropecuárias que contribuem muito pouco ao Valor Agregado Total. Na agricultura de base familiar com pluriatividade, predominante no Tipo 19, há a maior taxa de ocupados em atividades agropecuárias no campo.

32 As especificidades em cada Tipo Tipos no bioma caatinga O tipo 20 dos Agrestes corresponde a uma área de transição entre a Mata e o Semiárido e foi identificado sem dificuldade já na etapa de análise de clusters. Os tipos 21, 22 e 23 estão quase na sua totalidade dentro do perímetro do semiárido, excetuando a parte norte e centro oriental do Piauí (incluída no Tipo 22) com semelhanças com o Tipo 7 do Cerrado no seu trecho maranhense sendo caracterizado pelos Cocais.

33 As especificidades em cada Tipo Tipos no bioma caatinga Observa-se grande separação entre sertões sul (Tipo 21) e norte (Tipos 22 e 23). Nos sertões norte, o sistema Gado-Algodão foi desmontado na década de 1980 do século passado e uma chave explicativa da divisão entre os dois tipos que o compõem nesta proposta pode residir nas respostas dadas a esse desmonte. No Tipo 22, foram encontradas alternativas no campo em atividades produtivas em diversas escalas: Arranjos produtivos, com padrões técnicos e organizacionais diversos. O Tipo 23 corresponda mais radicalmente à área onde não houve alternativas econômicas no campo, senão muito pontuais (mas não por isso menos importantes na escala onde se realizam) configurando um campo economicamente esvaziado.

34 Considerações importantes sobre a Tipologia proposta i1. A Tipologia reafirma a magnífica diversidade do rural brasileiro contemporâneo 2. Trata esta diversidade numa escala mais geral para facilitar o dialogo com políticas federais /nacionais Os tipos precisam ser lidos considerando a opção por esta escala mais geral : eles apontam características e dinâmica em escala nacional ou do bioma e podem contar com alguns municípios que se diferenciam (ilhas nessa dinâmica mais geral). 3. Em municípios muito extensos será preciso aproximar o olhar para retratar as diversidades das ruralidades existentes.

35 Possíveis usos da Tipologia proposta 1. Em ambientes governamentais para estabelecer um diálogo entre operadores de políticas públicas de desenvolvimento territorial rural e de outras políticas públicas que interagem com as primeiras, e permitir o aprimoramento das políticas existentes e até propor novas políticas. 2. Em ambientes da sociedade civil organizada em particular dos movimentos sociais engajados no Programa de Territórios Rurais, para avaliar até que ponto a proposta de tipologia foi aderente às experiências do espaço vivido com os conflitos e oportunidades que o caracterizam. 3. Em ambientes acadêmicos e de produção do conhecimento para suscitar linhas de pesquisa que possam surgir das problemáticas identificadas com maior ou menor intensidade por meio da classificação tipológica em diversas regiões do país.

36 Entraves institucionais à afirmação do rural no Brasil

37 A CF/88 lança bases para o Estatuto da Cidade mas define que terras produtivas não podem ser desapropriadas. Aspectos importantes analisados 1. A legislação sobre o direito de propriedade - forma como a propriedade vem sendo definida nos marcos legais, chave para pensar a conformação tanto das propriedades rurais como das urbanas e as relações de poder que daí advêm. As limitações legais, que inclusive contribuíram para a diferenciação de tratamento entre rural e urbano: a função social da propriedade urbana foi ligada à moradia e ao bem estar e a função social da propriedade rural foi relacionada à produção. Os efeitos disso sobre as condições de vida das populações rurais foi marcante: só muito recentemente, pela pressão dos movimentos sociais, a legislação começou a contemplar o rural como um local de vida, ainda que de forma tímida.

38 Outro Aspecto importante: o papel do município A Constituição Federal de 1988 reafirma o papel central do município na delimitação entre urbano e rural. Dessa perspectiva um elemento chave parece ser a questão tributária: para arrecadar um volume maior do Imposto Territorial Urbano, torna-se interessante definir áreas como urbanas, mesmo que elas apresentem algumas características rurais, como habitações espaçadas, plantios, além da precariedade que se tornou a marca do rural no Brasil. No entanto, como ficou evidente em estudos de caso realizados no âmbito do estudo que há outros fatores envolvidos que precisam ser melhor explorados. ex: em vários municípios, a receita proveniente do Imposto sobre Serviços (ISS) parece ser mais expressiva do que a receita proveniente do Imposto sobre o Patrimônio Territorial Urbano (IPTU)...

39 O rural nas políticas públicas contemporâneas

40 As políticas estudadas a) Políticas de caráter universal: Ensino Técnico Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Programa Minha Casa Minha Vida. Programa Nacional de Banda Larga infraestrutura de alta tecnologia. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). b) Políticas de desenvolvimento rural: Política de reforma agrária (mais especificamente, o Programa de assentamentos rurais). Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)

41 As questões principais tratadas 1. o rural é contemplado pelas políticas universais? 2. Se sim, como ele é atendido? É de forma indiferente em relação ao urbano? 3. Qual rural é atendido pelas políticas públicas? Este rural é representativo da ruralidade brasileira? 4. Qual ruralidade as políticas públicas estão promovendo? 5. Quais os desafios para as políticas públicas contemplarem a ruralidade brasileira contemporânea?

42 O Estudo e impactos esperados nas Políticas Públicas i1. A Tipologia deve estimular gestores a considerar a magnífica diversidade e uma maior dimensão do rural brasileiro contemporâneo e vai valorizar a abordagem territorial ( em oposição ao enfoque setorial tradicional) 2. A visão do rural como forma territorial da vida social deve estimular a aplicação de diversas políticas públicas nos diversos Tipos de rural, permitindo superar atuações muito restritas a políticas agrárias ( estimula a prática da multidimensionalidade) 3. Os resultados devem estimular o reconhecimento da participação de múltiplos agentes envolvidos no desenho e aplicação de políticas de desenvolvimento de territórios rurais

43 Achados importantes i1. O rural foi objeto das seis políticas públicas investigadas. Além das políticas de desenvolvimento rural, as quatro políticas universais analisadas apresentam ações direcionadas ao rural e, em grande medida, procuram contemplar as especificidades das áreas rurais em relação às áreas urbanas. É importante esclarecer que este tratamento diferenciado dado ao rural é recente e resultou de reivindicações de um conjunto de atores, principalmente da sociedade civil organizada, que já vinha cobrando ações do Estado há vários anos e, em alguns casos, há décadas. Contudo, é importante destacar que, com relação ao grau de participação social, estas políticas se diferenciam significativamente.

44 Achados importantes Fica evidente que resta como tarefa garantir que a multidimensionalidade e a intersetorialidade - que são parte constituinte da ruralidade - sejam efetivamente incorporadas nas políticas públicas de promoção do desenvolvimento rural para além dos discursos e dos documentos institucionais, mas como práticas inovadoras que efetivamente garantam ao rural um lugar no desenvolvimento econômico e social do país. A adoção da abordagem territorial no PRONAF foi destacada como um avanço importante

45 Sinalizações do estudo para as políticas públicas Importância de : Criar condições para o desenvolvimento da agricultura familiar, com geração de renda e sustentabilidade (inclusive onde há forte presença da agricultura comercial ) Apoiar a expansão da produção de commodities aumentando vínculos com território e reduzindo custos ambientais Incorporar a sócio biodiversidade e conhecimentos tradicionais à estrutura produtiva de forma sustentável Ampliar oferta de serviços públicos adequados às áreas rurais Dar apoio especial à agricultura familiar no Norte e Nordeste

46 Sinalizações do estudo para as políticas Importância de : de base territorial mobilizar e acolher demandas dos diferentes territórios ( dar conta da diversidade) intensificar o desenvolvimento e enraizamento de processos intensivos em conhecimento e inovações, visando agregar qualidade e valor aos bens e serviços produzidos nos territórios rurais utilizar bases conceituais e metodológicas capazes de refletir a diversidade regional brasileira e as características e dinâmicas dos espaços urbanos e não-urbanos

47 A título de conclusão: duas agendas

48 Agenda de estudos e debates 1. Uma iniciativa no campo da pesquisa seria voltada para checar, adequar e validar a tipologia dos espaços rurais com base na representação social do imaginário construído historicamente pelos próprios atores locais sobre sua ruralidade. Para isso, o resultado seria submetido a discussão por especialistas e representantes de instituições públicas e privadas das regiões identificadas pela Tipologia Regionalizada. Esse debate deve ser levado a três públicos essenciais: i) os gestores das políticas públicas nas diferentes escalas de governo; ii) os legisladores, desde os senadores até os vereadores; e iii) os representantes dos movimentos sociais, redes e organizações da sociedade civil

49 Agenda de estudos e debates 2. Poderia ser elaborada uma espécie de Campanha pela Valorização e Democratização do Brasil Rural Contemporâneo, com o objetivo básico de construir uma nova imagem social, uma nova representação simbólica sobre a ruralidade brasileira. 3. Deve-se estabelecer uma estratégia de incidência política junto às instituições ligadas ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo para que os resultados desse processo de debates sejam refletidos não só nas diretrizes e nas ações das políticas públicas, mas também no marco jurídico-normativo do País. 4. Finalmente, seria muito importante a realização de um conjunto de atividades de intercâmbio internacional, seja com os governos dos cinco países da América Latina que participaram dos estudos de caso do projeto (Uruguai, Chile, Equador, Costa Rica e México), seja com outros governos nacionais que demonstrem interesse e compromisso de intercambiar experiências.

50 Agenda para apoiar políticas públicas A visão de que a ruralidade diz respeito à forma como se organiza a vida social abre uma nova perspectiva para pensar políticas públicas e também para impregná-las de necessária multisetorialidade. Mas, o reconhecimento da força, da vitalidade e da importância do rural para um projeto de desenvolvimento includente e sustentável ainda vai requerer novos esforços. A herança de visões hegemônicas distorcidas ainda tem muito peso no imaginário da maioria dos brasileiros. Uma nova safra de políticas públicas pode ajudar nesta passagem.

51 Uma ameaça: as mudanças recentes não estão consolidadas Ainda é hegemônica a visão tradicional, segundo a qual : o progresso está no urbano e o futuro do Brasil rural está no agronegócio A abordagem territorial ajudou a avançar na leitura da diversidade do rural atual, mas ela não está consolidada nas políticas públicas ( exemplo: Territórios da Cidadania) Governos e organizações da sociedade estão estruturados com base na dimensão setorial ( rural = espaço das atividades primárias), que leva a predominância da velha abordagem. O presente estudo e seus resultados não podem ficar nas prateleiras.

52 OBRIGADA

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