PRÁTICA E DISCURSO EM AGROECOLOGIA:

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO BRASIL CASA DA MULHER DO NORDESTE Curso de Especialização em Agricultura Familiar Camponesa e Educação do Campo PRÁTICA E DISCURSO EM AGROECOLOGIA: Formação para Transição da Agricultura Convencional à Agricultura Agroecológica O caso da família difusora de Pajeú Mirim-Tabira/PE Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão - UFRPE Edvânia de Souza Silva Ong. C.M.NE

2 Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão - Professora Dra - Estudios Iberoamericanos por la Universidad Complutense de Madrid. Edvânia de Souza Silva Agrônoma com Especialização em Agricultura Familiar Camponesa e Educação no Campo/ UFRPE, trabalha na Casa da Mulher do Nordeste Ivan Pereira Leitão - Mestre em Ciência e Tecnologia UFPE, professor Universidade de Pernambuco Equipe

3 Convênios: 1) Ministério do Desenvolvimento Agrário (M.D.A), 2) Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), 3) Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), 4) Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 5) Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), 6) Universidade Federal de Sergipe (UFSE), 7) Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), 8) Casa da Mulher do Nordeste (C.M.NE), 9) Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), 10) Caatinga, Centro Sabiá, 11) Comissão Pastoral da Terra (CPT).

4 Introdução O uso de agrotóxicos tem fomentado o debate sobre sustentabilidade econômica e ambiental, ou seja, questionamentos sobre a conversão do cultivo agrícola de alimentos limpos de substancias químicas. A mudança para uma proposta agroecológica pode atingir diferentes áreas da produção e contribuir na formação de práticas positivas com possíveis impactos no cotidiano das famílias envolvidas, gerando um novo aprendizado.

5 LOCALIZAÇÃO A Comunidade Pajeú Mirim está localizada a 18 km da sede do seu município Tabira - PE.

6 Produção A principal atividade produtiva da comunidade é a de subsistência, por exemplo: milho, feijão e a criação de animais, além da produção de frutas e verduras com a utilização de agrotóxicos. A uso generalizado de adubos e pesticidas químicos tem estimulado uma discussão para conversão na produção de alimentos limpos, utilizando alternativas agroecológicas.

7 OBJETIVO DO PROJETO Analisar alguns processos da construção de competências que caracterizam a família. difusora em contexto da agroecologia. Contribuir na formação de um novo profissional na agricultura familiar do sertão de Pernambuco.

8 Metodologia Mobilização da comunidade com reuniões visando uma melhor interação entre os (as) agricultores (as) e pesquisadores (as) para que juntos possam visualizar as demandas dos problemas; Entrevistas informais com pessoas da comunidade; Capacitação sobre os problemas relacionados ao uso de agrotóxicos; Capacitação na temática de alternativas agroecológicas como preparação dos defensivos naturais no manejo de pragas e doenças; Trocas de experiências (saberes) entre agricultores (as) e pesquisadores (as).

9 Escolha das Familias As famílias envolvidas na pesquisa apresentam certa liderança na comunidade podendo assim difundir suas experiências. Vale ressaltar que foram priorizados a existência de recursos hídricos nas áreas a serem trabalhadas. A consciência cidadã e as questões de gênero numa sociedade predominantemente patriarcal.

10 VISITAS A COMUNIDADE Acompanhar andamento das atividades Observar como os objetivos estão sendo realizados Constatar a situação das famílias envolvidas quanto aceitação e resistências à proposta educativa Vivenciar Dia de Campo

11 Um Exemplo metodologia Dia de Campo Consistiu em momentos de encontro, aprendizagem e trocas de experiências entre técnicos(as) e agricultores(as). Teve como objetivo o processo de sensibilização, formação e conscientização das práticas agroecológicas, proporcionando as agricultoras o acesso aos conhecimentos práticos dos temas abordados como: biofertilizantes e inseticidas naturais, garantindo assim uma construção teórica e prática.

12 DIA DE CAMPO

13 Participação Mulheres O trabalho de formação e conscientização com toda a comunidade na perspectiva de transição da agricultura convencional para a agricultura agroecológica vêm mudando a vida e o jeito de trabalhar dessas mulheres e de sua família. A equipe da Casa da Mulher do Nordeste, tem colaborado no processo de inclusão da mulher nesta transição.

14 Voz das Mulheres Como foi gratificante poder ter participado do II ENA Encontro Nacional de Agroecologia e poder trazer experiências apresentadas neste encontro, e coloca-las em prática como foi o caso da experiência com canteiros com tubos de PVC, que facilita o manejo na região semiárida. (Joseane)

15 Voz das Mulheres Estou muito satisfeita, pois sempre gostei de lidar com as plantas, trabalhar no campo, mas nunca tinha aparecido a oportunidade, agora com este projeto das unidades agroecológicas está tudo mudado. Até meu esposo esta me ajudando no trato com os canteiros e meus filhos também. Já participei de uma visita na área de horta agroecológica, onde pude aprender mais do que sabia, sobre a horta e como trata-la. Já ensino receitas agroecológicas para minha família e minhas vizinhas, e outras pessoas têm acreditado que é possível produzir sem veneno e agradecer a natureza o que ela nos dá.(luciene)

16 Voz das Mulheres Estou gostando muito de trabalhar na horta, meus filhos ajudam e meu esposo me dar uma força muito grande nos tratos com a horta. Já participei de visitas em outras áreas de hortaliças sem veneno e pude aprender muito com o que D. Zefa que nos falou da sua experiência. Antes tinha que fazer alguns trabalhos domésticos como lavar roupa pra fora, varrer terreiro de outros e hoje ocupo meu tempo na horta. Estou muito satisfeita e espero crescer e aprender mais. (Lourdes)

17 REUNIÕES COM A COMUNIDADE

18 FRUTICULTURA IRRIGADA

19 Meta: Feira Agroecológica Afogados de Ingazeira

20 ÁREA SIMULADA DO PLANEJAMENTO DOS ROÇADOS

21 Referencia Associativismo e desenvolvimento local / Organizadores: Maria Salett Tauk Santos, Ângelo Brás Fernandes Callou. Recife, PE: Bagaço, p ;. ALTIERI, Miguel. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. / Miguel Altieri. Guaíba: Agropecuária, p. 592 A valorização da agricultura familiar e a reinvidicação da ruralidade no Brasil. Maria de Nazareth Baudel Wanderley. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, UFPR (2): 29-37, (Número especial sobre a reconstrução da ruralidade e a relação sociedade/natureza). Alternativas Agroecológicas- STR- Associação dos Produtores Orgânicos. ARAÚJO, Tânia Bacelar de. Desenvolvimento Local: possibilidades e limites. Recife, 1997 (mimeo.). AMAS/CCM, STR; Apostila: Alternativas agroecológicas para o Município de Brejo da Madre de Deus-PE; BURG, I.C., e MAYER, P.H. Alternativas Ecológicas para a Prevenção e Controle de Pragas e Doenças. 7ª edição

22 Referencias BUCKLE, D. (1995). Caminhos para a colaboração entre técnicos e camponeses. Rio de Janeiro: AS-PTA. Cartilha Mulher e Trabalho, (2005, p. 5), CAPORAL, Francisco Roberto. Agroecologia: alguns conceitos e princípios/ por Francisco Roberto Caporal e José Antônio Costabeber; 24p. Brasília : MDA/SAF/DATER-IICA, Extensão rural, desafios de novos tempos: agroecologia e sustentabilidade/ Organizadores: Jorge Roberto Tavares de Lima, Marco Antonio Bezerra Figueiredo. Recife: Bagaço, p.37 Extensão rural e desenvolvimento sustentável / Jorge Roberto Tavares de Lima (org.) Josenildo de Souza e Silva... [et. al]. Recife: Bagaço, 2003 p.61 EDWARDS, R. J. A. (1993). Monitoramento de sistemas agrícolas como forma de experimentação com agricultores. Tradução de John Cunha Comeford. Rio de Janeiro: AS-PTA.

23 Referencias FRIEDRICH, K., GOHL, B., SINGOGO, L. E NORMAN, D. (1995). Desenvolvimento de Sistemas Agrícolas uma abordagem participativa na assistência a pequenos agricultores. Rio de Janeiro: AS-PTA. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983 p. 35. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983 p FREIRE, Paulo Pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra. 13ª edição. rio de janeiro a.p.81. GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: Processos Ecológicos em Agricultura Sustentável / Stephen R. Gliessman. 2. ed. Porto Alegre : Ed. Universidade/UFRGS,2001. HOCDÉ, Henri (1999). A lógica dos agricultores experimentadores: o caso da América Central. Metodologias Participativas. Rio de Janeiro: AS-PTA.

24 Referencias JARA, Carlos Julio. A Sustentabilidade do Desenvolvimento Local: Desafios de um Processo em Construção. Brasília: Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA); Recife: Secretaria de Planejamento do Estado de Pernambuco-Seplan, JARA, Carlos Júlio. As dimensões intangíveis do desenvolvimento sustentável. Brasília: IICA. 2001, p Manual Técnico-Receitas simples, puras ecológicas e sustentáveis. Ivanildo Pereira Dantas TAVARES E QUINTELA. Desenvolvendo o local com Severinos e Quitérias. in: Associativismo e desenvolvimento local / Organizadores : Maria Salett Tauk Santos, Ângelo Brás Fernandes Callou. Recife, PE: Bagaço, p THIOLLENT, Michel, Metodologia da pesquisa-ação/ Michel Thiollent- 12. ed.- São Paulo: Cortez, (Coleção temas básicos de pesquisa-ação).

25 Referencias TAUK SANTOS, Maria Sallet. Comunicação rural, velho objeto, nova abordagem: mediação, reconversão cultural, desenvolvimento local. In: LOPES, Maria Immacolata Vassallo de; FRAU-MEIGS, Divina, TAUK SANTOS, Maria Sallet (orgs.). Comunicação e informação: identidades e fronteira. São Paulo: Intercom; Recife: Bagaço, 2000, p Fontes de Informação: em 11/04/2007 às 17h36minh. Internet- Tabira-Pe- Municípios em dados- Banco Federativo- BNDES, em 02/03/07 às 18h47minh.

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