Caderno de Especificações - DO Beira Interior PDO-PT-A I. NOME(S) A REGISTAR: Beira Interior
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1 I. NOME(S) A REGISTAR: Beira Interior II. DADOS RELATIVOS AO REQUERENTE Nome e título do requerente: Instituto da Vinha e do Vinho, IP Estatuto jurídico: Instituto Público Nacionalidade: Portugal Endereço: 5, Rua Mouzinho da Silveira Lisboa Portugal Telefone: Telecopiadora: Endereço(s) electrónico(s): info@ivv.min-agricultura.pt III. CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES: Estatuto: Em anexo Nome do processo: Caderno de Especificações DO Beira Interior - final.pdf IV. DECISÃO NACIONAL DE APROVAÇÃO: Referência jurídica: Portaria nº 165/2005, de 11 de Fevereiro V. DOCUMENTO ÚNICO Nome(s) a registar: Beira Interior Termo(s) equivalente(s): - Nome utilizado tradicionalmente: Não Base jurídica para a transmissão: Artigo 118.º-S do R. (CE) n.º 1234/2007 O presente processo técnico inclui alterações adotadas em conformidade com: Artigo 73.º, n.º 1, alínea c), do Reg. (CE) n.º607/2009. Tipo de indicação geográfica: DOP Denominação de Origem Protegida 1. CATEGORIA DE PRODUTOS VITIVINÍCOLAS 1. Vinho 4. Vinho espumante 2. DESCRIÇÃO DO(S) VINHO(S) Vinhos e vinhos espumantes DO Beira Interior Características analíticas: Os vinhos DO Beira Interior, com exceção do clarete, devem apresentar um título alcoométrico volúmico adquirido mínimo de: a) Vinho tinto 12% vol.; b) Vinho tinto com o designativo palhete ou palheto 11,5% vol.; c) Vinho branco e rosado 11% vol.; d) Vinho tinto com direito à menção «Selecção» 13% vol.; e) Vinho branco com direito à menção «Selecção» 12% vol.; f) Vinho espumante 11% vol. O vinho DO Beira Interior tinto com o designativo clarete deve apresentar um título alcoométrico volúmico adquirido máximo de 11,5% vol. 1
2 Características organolépticas: Os vinhos com direito à DO Beira Interior apresentam características organolépticas que se manifestam, nos vinhos brancos como vinhos de grande exuberância aromática e muita frescura, enquanto que, os vinhos tintos são mais complexos com aromas a especiarias e frutos vermelhos tendo grande frescura que lhe é dada essencialmente devido à altitude a que estes vinhos são produzidos. Os vinhos espumantes refletem muita frescura e apresentam grande exuberância aromática. 3. MENÇÕES TRADICIONAIS a. Alínea a) - Denominação de origem controlada (D.O.C.) Denominação de origem (D.O.) b. Alínea b) - Superior, Super reserva, Reserva velha (ou grande reserva), Reserva, Garrafeira, Escolha e Colheita Selecionada 4. PRÁTICAS VITÍCOLAS: a. Práticas Enológicas: Vinhos e vinhos espumantes DO Beira Interior 1.Tipo de prática enológica: Práticas culturais Descrição da prática: As vinhas, instaladas nas áreas e solos definidos para a respectiva região vitivinícola, devem ser estremes, de forma baixa, (entende-se por forma baixa as cepas ou videiras que tenham a abertura de poda à altura máxima de 1 m). A forma de condução deve ser em cordão bilateral, unilateral, em guyot ou em taça, encontrarem-se no quarto ano de produção e as castas existentes e as respectivas percentagens devem estar em consonância com o estipulado na legislação sobre esta matéria. As uvas devem ser colhidas em estado próprio de maturação e em boas condições sanitárias. 2.Tipo de prática enológica: Restrição pertinente à vinificação Descrição da prática: Os mostos destinados aos vinhos DO Beira Interior devem possuir um título alcoométrico volúmico natural mínimo de: Vinho tinto 12 % vol.; Vinho tinto com o designativo palhete ou palheto 11,5 % vol.; Vinho tinto com o designativo clarete 11 % vol.; Vinho branco e rosado 11 % vol.; Vinho tinto com direito à menção Selecção 13 % vol.; Vinho branco com direito à menção Selecção 12 % vol.; Vinho base para vinho espumante com DO 11 % vol. A vinificação em separado de uma única casta, ou de duas castas em proporção determinada, deve ser previamente comunicada à entidade certificadora, que desenvolve as diligências necessárias ao seu acompanhamento e ao registo dos depósitos onde ficam contidos os respectivos mostos, permitindo a abertura de contas correntes específicas, onde se efetuam todos os lançamentos, incluindo as meras transferências de depósitos e todas as perdas verificadas. 3.Tipo de prática enológica: Prática enológica específica Descrição da prática: Na elaboração dos vinhos DO Beira Interior são seguidos os métodos de vinificação tradicionais e as práticas e tratamentos enológicos legalmente autorizados, sendo que: Os vinhos tintos devem ser obtidos exclusivamente a partir de uvas tintas, por curtimenta e sua maceração intensa; Os vinhos palhetes ou palhetos podem resultar de uma curtimenta parcial de uvas tintas ou de curtimenta conjunta de uvas tintas e brancas, não podendo as uvas brancas ultrapassar 15% do total; 2
3 Os vinhos claretes são elaborados segundo o processo estabelecido na alínea anterior, não podendo, neste caso, as uvas brancas ultrapassar 45% do total; Os vinhos brancos devem ser obtidos exclusivamente a partir de uvas brancas pelo processo de «bica aberta» ou ainda por um processo de maceração muito leve das uvas; Os vinhos rosados são elaborados segundo os processos estabelecidos na alínea anterior para os vinhos brancos, mas devem resultar apenas da vinificação de uvas tintas ou de uma mistura de uvas brancas e tintas em que aquelas não excedam 30% do total. Os períodos mínimos de estágio para os vinhos com direito à denominação de origem Beira Interior são os seguintes: a) Vinho branco, tinto, rosado, palhete ou palheto e clarete não carecem de qualquer período de estágio, podendo ser engarrafados e comercializados logo que sejam certificados pela entidade certificadora; b) Vinho branco com direito à menção «Selecção» carece de um período mínimo de seis meses; c) Vinho tinto com direito à menção «Selecção» carece de um período mínimo de 12 meses; d) Vinho espumante carece de um período mínimo de nove meses de permanência nas instalações do preparador após a data do engarrafamento para poder ser comercializado. b. Rendimentos máximos O rendimento máximo por hectare das vinhas destinadas aos vinhos com direito à DO Beira Interior é fixado em 55 hl. 5. ÁREA DELIMITADA Do concelho de Almeida, as freguesias de Almeida, Castelo Bom, Junça, Malpartida e Naves; O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, excetuando a freguesia de Escalhão, da Região Demarcada do Douro. Os concelhos de Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Manteigas e Penamacor; Do concelho da Guarda, as freguesias de Benespera, Famalicão, Gonçalo, Valhelhas e Vela; Do concelho de Idanha-a-Nova, as freguesias de Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha, Medelim, Monsanto, Oledo e São Miguel de Acha, do concelho do Sabugal, as freguesias de Bendada, Casteleiro e Santo Estêvão; do concelho de Vila Velha de Ródão, a freguesia com o mesmo nome, O concelho de Pinhel; do concelho de Celorico da Beira, as freguesias de Açores, Baraçal, Celorico (Santa Maria), Celorico (São Pedro), Forno Telheiro, Lajeosa do Mondego, Maçal do Chão, Minhocal, Ratoeira e Velosa; do concelho da Guarda, as freguesias de Avelãs da Ribeira, Codesseiro, Porto da Carne, Sobral da Serra e Vila Cortês do Mondego; do concelho de Meda, as freguesias de Barreira, Carvalhal, Coriscada, Marialva, Rabaçal e Vale Flor; do concelho de Trancoso, as freguesias de Carnicães, Cogula, Cótimos, Feital, Freches, Granja, Moimentinha, Póvoa do Concelho, Souto Maior, Tamanhos, Torres, Trancoso (São Pedro), Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves, Vila Garcia e Vilares. a. Zona NUTS PT168 Beira Interior Norte PT167 Serra da Estrela PT1 CONTINENTE PT PORTUGAL b. Mapas da área delimitada: Número de mapas anexados UVAS DE VINHO a. Inventário das principais castas de uvas de vinho b. Castas de uvas de vinho da lista da OIV: Encruzado B 3
4 Petit Bouschet N Petit Verdot N Bical B Siria B Pinot Noir N Bastardo N Malvasia Rei B Malvasia Fina B Marufo N Syrah N Arinto do Interior B Cabernet-Sauvignon N Camarate N Arinto B Rabo de Ovelha Tinto N Merlot N Folgasao B Trincadeira N Folha de Figueira B Fonte Cal B Fernao Pires B Sauvignon B Aragonez N Riesling B Alicante Bouschet N Grand Noir N Alicante Branco B Alfrocheiro N Caladoc N Tinto Cao N Gouveio B Touriga Franca N Touriga Nacional N Tinta Carvalha N Rufete N Chardonnay B Tinta Barroca N Jaen N Mourisco N Baga N c. Outras castas 7. RELAÇÃO COM A ÁREA GEOGRÁFICA Elementos relativos à área geográfica: A zona de produção dos vinhos com DO Beira Interior compreende as Sub-regiões de Castelo Rodrigo Cova da Beira e Pinhel. A altitude média das vinhas para a produção de vinhos DO Beira Interior varia entre os 300 e os 700 metros de altitude. O clima da região apresenta uma precipitação média é da ordem dos 800 a 1000 mm/ano encontrando-se contudo concentrada nos meses de Inverno e primavera, dando normalmente origem a um excesso de água no solo neste período. 4
5 No verão por sua vez quase não chove, apresentando-se os meses de Julho e Agosto como os mais secos do ano em que o valor médio de precipitação é inferior a 10 mm/m2. As vinhas destinadas à produção dos vinhos DO Beira Interior devem estar, ou ser instaladas, em solos com as características a seguir indicadas e com a exposição aconselhável para a produção de vinhos de qualidade: Solos mediterrânicos pardos ou vermelhos de xistos metamorfizados e gneisses; Solos mediterrânicos pardos de xistos ou grauvaques do pré-câmbrico; Solos litólicos não húmicos de granitos e migmatitos. Dados sobre o produto: A região dos vinhos com direito à DO Beira Interior caracteriza-se por uma irregular distribuição anual de precipitação com um Verão muito seco. O clima associado às características dos solos são elementos fundamentais para se obterem vinhos brancos de grande exuberância aromática e muita frescura e vinhos tintos mais complexos com aromas a especiarias e frutos vermelhos e apresentam grande frescura. Nexo causal: A produção vinho naquela região remonta ao tempo dos romanos fazendo disso prova os diversos lagares talhados nas rochas graníticas onde na época o vinho era produzido. O vinho foi durante séculos um produto de grande importância remontando à época romana, mas foi no limiar do século XII pelas mãos dos Monges de Cister que a vinha teve um grande incremento e foram tomadas medidas de protecção para os vinhos desta área geográfica dada a sua qualidade e importância social e económica para aquela região. O clima mediterrâneo que caracteriza a região associado aos solos, castas utilizadas e sistema de instalação das vinhas são elementos fundamentais que contribuem para as características dos vinhos naquela área geográfica essencialmente devido à altitude. 8. CONDIÇÕES COMPLEMENTARES 1. Quadro jurídico: Na legislação nacional Tipo de condição complementar: Disposições adicionais relativas à rotulagem Descrição da condição: Apreciação prévia à comercialização da rotulagem. A marca é uma indicação obrigatória na rotulagem. 2. Quadro jurídico: Na legislação nacional Tipo de condição complementar: Derrogação relativa à produção na área geográfica delimitada Descrição da condição: É permitida a elaboração de vinhos com denominação de origem Beira Interior a partir de uvas produzidas na área da região da Beira Interior e vinificadas fora dela, mediante autorização, caso a caso, da entidade certificadora, desde que, cumulativamente, estejam reunidas as seguintes condições: O local de vinificação esteja situado a uma distância não superior a 10 km em relação ao limite da DO Beira Interior; Haja parecer favorável da entidade certificadora da região limítrofe envolvida onde as uvas vão ser vinificadas. 3. Quadro jurídico: Na legislação nacional Tipo de condição complementar: Embalagem na área geográfica delimitada Descrição da condição: Sempre que os operadores necessitem de movimentar o seu produto vínico a granel com denominação de origem Beira Interior é obrigatório informar a CVRBI dando indicação do motivo do transporte. 5
6 9. MATERIAL DE APOIO a. Outro(s) documento(s): Descrição: Portaria nº 178/2010 de 25 de Maio. Descrição: Nota justificativa artº 73 Descrição: Pedido da parte interessada VI. OUTRAS INFORMAÇÕES 1. DADOS RELATIVOS AO INTERMEDIÁRIO Nome do intermediário: Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. Endereço: 5, Rua Mouzinho da Silveira Lisboa Portugal Telefone: Telecopiadora: Endereço(s) electrónico(s): info@ivv.min-agricultura.pt 2. DADOS RELATIVOS ÀS PARTES INTERESSADAS Nome e título da parte interessada: Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) Estatuto jurídico: Associação de direito privado e carácter interprofissional Nacionalidade: Portugal Endereço: - Lt 7-1º Av. Cidade de Safed Guarda Portugal Telefone: Telecopiadora: Endereço(s) electrónico(s): cvrbi@cvrbi.artelecom.pt 3. LIGAÇÃO PARA O CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES: Link: webgate.ec.europa.eu/ecaudalie/attachmentdownload.do?attachmentid= LÍNGUA DO PEDIDO: Português 5. LIGAÇÃO COM E-BACCHUS Beira Interior seguida ou não de Castelo Rodrigo Beira Interior seguida ou não de Cova da Beira Beira Interior seguida ou não de Pinhel 6
Caderno de Especificações
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