DIREITOS HUMANOS, SAÚDE E ATENÇAO PSICOSSOCIAL Temas de discussão para uma Comissão de Saúde Mental no Conselho Nacional de Direitos Humanos

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1 DIREITOS HUMANOS, SAÚDE E ATENÇAO PSICOSSOCIAL Temas de discussão para uma Comissão de Saúde Mental no Conselho Nacional de Direitos Humanos Texto compilado dos Grupos de Trabalho do Seminário de Direitos Humanos, Saúde e Atenção Psicossocial, realizado em Florianópolis, em novembro de 2016 Organizador Walter Ferreira de Oliveira Presidente da Abrasme Professor do Departamento de Saúde Pública Universidade Federal de Santa Catarina Facilitadores dosgts que deram origem aos temas elencados ANNA LUIZA CASTRO GOMES - BRUNA BERGER ROISENBERG - DAYMÉE TEGGESELL DE CÓRDOVA - DIOGO DE OLIVEIRA BOCCARDI - DIOGO FIORELLO FOPPA - ELAINE BEDIN DOS SANTOS - FERNANDA COSTA NICOLAZZI - GABRIELA RABELLO - LIVIA MARIA FONTANA - MARIA DA CONCEIÇÃO EPITACIO DOS SANTOS - MICHELI CARLA BORTOLOTTI - SONIA DO SANTOS SILVA Brasília, Fevereiro de

2 APRESENTAÇÃO A conjuntura nacional e internacional vem se caracterizando por uma escalada de ataques e violações aos direitos humanos e sociais. Estas violações vêm deixando de ser incidentes isolados e tornando-se programa de governo e ação de Estado, com consequências diretas e letais para os grupos mais vulneráveis. Os ataques concretos e simbólicos contra nações indígenas, minorias de gênero e populações em situação de rua, por exemplo, tornam-se cada vez mais frequentes, mais potentes e mais sofisticados. A aniquilação destas pessoas e de suas culturas avança não só entre grupos que cultivam o ódio e praticam atos de violência física e psicológica, mas também em espaços governamentais, favorecendo a promulgação de peças legislativas que legitimam perseguições, opressão e destituição social destes e outros grupos desfavorecidos. Tais violações, como projeto de governo e ação de Estado, não se limitam, entretanto, às populações tradicionalmente despossuídas, mas extendem-se, hoje, às classes trabalhadoras em geral. Percebe-se também, nesta conjuntura, uma determinação ferrenha ao desmonte do próprio Estado e, particularmente, dos dispositivos que protegem o bem público e o promovem o bem estar social. A ocupação do Estado por grupos comprometidos com este desmonte fica evidente à luz da maneira de atuar do atual governo brasileiro, que busca mudanças estruturais radicais de forma açodada, com rapidez alucinante, sem abertura a diálogo com a sociedade e com uso de ações autoritárias e truculentas. A saúde é um valor humano maior, dever do Estado e um direito humano inalienável. O sistema público de saúde brasileiro, que tem como proposta ser universal, integral, equitativo, descentralizado e com ampla participação comunitária se contrapõe a poderosos interesses políticos e econômicos. Sua consolidação se vê, agora, ameaçada pelo projeto de desmonte do Estado em geral e deste sistema em particular. Proteger o 2

3 sistema de saúde é, portanto, questão central na perspectiva dos direitos dos cidadãos brasileiros e da defesa de um Estado comprometido com o bem estar da nação. Dentro do sistema de saúde a área da Saúde Mental tem sido reconhecida como prioridade, no Brasil, conforme estabelecido no Pacto pela Saúde de A Organização Mundial da Saúde estima que questões relativas à saúde mental e ao sofrimento psíquico estão envolvidas em mais de 70% de todos os atendimentos em saúde em todas as áreas da saúde. A visão tradicional de saúde mental, ligada exclusivamente aos transtornos mentais graves, aos problemas vividos no ambiente dos manicômios, às violações causadas por práticas agressivas e torturas, não descrevem mais a realidade. Hoje, Saúde Mental é uma área que abrange atenção a toda a população, a todos os grupos sociais, a todas as pessoas. O bem estar representado por um estado positivo de saúde inclui inevitavelmente a saúde mental. Por isso evoluímos do conceito tradicional de saúde mental como atendimento a surtos e crises para um modelo mais abrangente,dea atenção psicossocial. Na área da saúde mental e da atenção psicossocial os Direitos Humanos sempre foram assunto prioritário. As violações praticadas nos manicômios, a vulnerabilidade das pessoas diagnosticadas com transtornos mentais, o estigma sobre as pessoas em sofrimento psíquico, chocam a opinião pública e suscitam um movimento vivo de defesa de direitos. É neste sentido que trazemos, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, um conjunto de temas que chamam atenção atualmente no campo e que indicam uma pauta para as discussões pertinentes à área no âmbito deste Conselho. São apresentados 13 Eixos Temáticos, de forma esquemática, considerados de forma aberta, admitindo a necessidade de construção continuada das pautas. Alguns eixos estão mais desenvolvidos que outros, retratando a maneira como foram construídos, através da convocação de um evento especialmente para este fim, que ocorreu em Florianópolis em novembro de Este evento, o Seminário de Direitos Humanos e Saúde, com entrada franca, teve a presença de cerca de 200 participantes oriundos de 3

4 diversos estados brasileiros, entre eles profissionais de saúde, acadêmicos, usuários do sistema de saúde, militantes de movimentos sociais e da área de Direitos Humanos. 4

5 Eixo 1 - SUS/RAPS e integralidade do cuidado Temas para debate: 1. Estratégias de articulação entre serviços de saúde no território, incluindo as RAS (RAPS e outras redes). 2. Formação dos profissionais que atuam na RAPS; modelo de atenção psicossocial e interdisciplinar, superando o modelo biomédico e hospitalocêntrico. 3. Garantia da integralidade do cuidado, através da intersetorialidade no território. 4. Dispensação de medicamentos como principal estratégia de cuidado. 5. Papel estratégico do CAPS como serviço aberto, comunitário, espaço de convivência e circulação de pessoas. 6. Financiamento público para o funcionamento da rede, incluindo manutenção da força de trabalho e garantia das atividades com usuários. Eixo 2: Direito ao cuidado em saúde Temas a debate 1. Tratamento e cuidado em saúde: pesquisa, epistemologia, política e organização dos serviços; Epistemologia, e hegemonias: o viés hospitalocêntrico e biomédico Clínica ampliada, clínica plural: clínica pública, pluralismo, outros saberes, "outras medicinas" e formas terapêuticas Diferentes formas de ver e estar no mundo, e singularidade no projeto terapêutico: cidadania, religiosidade, espiritualidade, projeto pessoal e coletivo e cosmovisão; 5

6 Protagonismo, agência e bem-estar Preconceito, estigmatização, despersonalização no cuidado Plano Individual de Atendimento (PIA) e Projeto Terapêutico Singular (PTS): pessoa, família, comunidade e relacionalidade Subjetividade; sujeitos de direito Alternativas terapêuticas. 2. Intersetorialidade: Processos de reabilitação biopsicossocial, cultura e saúde; Intersetorialidade e fragmentação nos, projetos e programas institucionais 3. Formação e exercício profissional no cuidado em saúde: políticas públicas e papel da academia. Formação profissional: interlocução, comunicação, contato intersetorial Relações entre profissionais, pessoal administrativo e usuários dos serviços; Eixo 3 - Gestão e produção social de saúde e doença Temas para debate: 1. Papel da gestão na ampliação, garantia e fortalecimento das políticas públicas e qualificação dos dispositivos; Implantação de equipamentos, como por exemplo, atendimento odontológico, para os portadores de transtorno mental; Desdobramentos da criação de um Comitê Intergestor Intersetorial para discussões e pactuações permanentes com participação também de representantes da CIR de municípios de divisa. 6

7 Uso da Comissão Bipartite (CIB) e Comissão Tripartite (CIT) para pactuações e aprovação de portarias que normatizam o fluxo de saúde mental na rede SUS, SUAS, sistema sócioeducativo, educacional e penitenciário. 2. Relação entre intersetorialidade, os instrumentos legais e as pactuações de fluxo sobre a resolutividade dos serviços e da gestão; Uso das tecnologias de comunicação para discussão e resolução de casos/dificuldades. O papel da gestão no fortalecimento da Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil. Articulação entre dispositivos socioculturais e comunitários para evitar institucionalização dos usuários nos serviços com prejuízo de sua ressocialização. 3. Relevância da educação permanente para qualificação dos setores de saúde mental. A educação permanente e o apoio matricial para qualificação da RAS, RAPS (inclusive comunidade terapêutica), SUAS e para fortalecimento do Controle Social. A educação permanente e o atendimento ao sofrimento psíquico, às crises e urgências em saúde mental, às questões de gênero e violação dos direitos. A educação permanente como estratégia de qualificação dos setores de saúde, assistência social, sistema sócio-educativo, educacional e penitenciário e dos que atendem às questões de gênero e a população indígena. Eixo 4 - Associativismo e alternativas econômicas para as populações em condições de vulnerabilidade O tema geral é o reconhecimento de diferentes formas de expressão buscando o exercício da cidadania ativa para pessoas em profunda desvantagem psicossocial e o enfrentamento do sentimento de menos valia e de estigmas. 7

8 Temas para debate: 1. Estratégias de associativismo e cooperativismo para o fortalecimento das organizações dos movimentos sociais 2. A legislação e estratégias de financiamento para a garantia de participação dos movimentos sociais em diferentes colegiados e espaços decisórios, estimulando o controle social; 3. Fontes e alternativas de financiamento para projetos, oficinas, cooperativas e associações; 4. Construção de redes para denúncias e posicionamentos em relação às violações dos Direitos Humanos 5. Estratégias de divulgação de experiências exitosas. 6. Movimentos Sociais e o Protagonismo Juvenil: arte e cultura como meios de inserção social do jovem. Eixo 5 Saúde e Trabalho Proposta: sensibilizar para a necessidade de criar, fortalecer e aprofundar os espaços coletivos e a participação, que resgatem a subjetividade do trabalhador e tenham como eixo central o respeito e o aprofundamento dos direitos humanos, no sentido de firmar as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), da Política Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNST) e o protagonismo dos trabalhadores. Temas de debate: 1. Trabalho digno e decente. O trabalho é indigno quando não se respeita a subjetividade do indivíduo. Há condutas invisíveis no ambiente de trabalho. Existe exploração, sofrimento, expropriação. 8

9 2. Estado mínimo e desresponsabilizado. O cenário político atual está induzindo à ideia de que o Estado deve ser enxugado, desresponsabilizado e burocratizado. Isso impacta diretamente nas ações relacionadas à saúde e ao trabalho. 3. Mentalidade produtivista: O trabalho é valorizado pela quantidade do que se produz, levando as pessoas a trabalharem mais e de forma intensificada. 4. Estresse no trabalho. Os arranjos organizacionais do trabalho demandam que as pessoas trabalhem mais, por mais tempo e de forma intensificada. Ações de prevenção para responder a demanda da cultura do adoecimento. 5. Alienação: Os determinantes da alienação. Naturalização das condutas e relações sociais. O não estranhamento das condutas abusivas. 6. Os sindicatos, os trabalhadores e a monetarização da saúde dos trabalhadores: negociações de benefícios em troca de maior quantidade de trabalho. 7.. O papel da atenção psicossocial, na valorização da subjetividade. 8. Do foco na doença ao foco na prevenção e na promoção da sáude. Na saúde do trabalhador, ainda trabalha-se com foco na doença. O sujeito deve estar doente para que seja que lhe seja provida atenção em saúde. Eixo 6 - População carcerária e HCTP TEMAS PARA DEBATE 1. Estratégias para práticas de cuidado em liberdade; Justica restaurativa, mediação de conflitos, audiência de custódia, penas alternativas. 2. Efetivação da intersetorialidade (trans-setorialidade) das políticas públicas; 3. Fiscalização, participação e controle social; 4. Garantia de Direitos Humanos no Sistema Prisional. Atenção à mulher encarcerada; a política de drogas e o aumento do encarceramento feminino. 9

10 Atenção à população LGBT; Violação dos direitos da população privada de liberdade e seus familiares; Atenção a saúde ocupacional dos trabalhadores do sistema prisional. 5. Dispositivos paara a desinstitucionalização RAPS: SRTs, CAPS 3 e OUTROS; Fortalecimento, financiamento e plano de ação dos dispositivos (equipamentos) de atendimento. Eixo 7 Uso problemático de álcool e outras drogas Temas para debate: 1. A construção social do objeto droga e dos sujeitos a partir dos enunciados científicos, jurídicos e morais; Substâncias lícitas e ilícitas; Descriminalização do uso, legalização e regulamentação das drogas; Criminalização das drogas e da pobreza; Tráfico de drogas; Uso de AD e medicalização da vida; Medicamentalização, biopoder e patologização do uso de AD; 2. ovimmentos sociais, controle social e políticas de AD no Brasil; Relação entre movimentos sociais e controle social; Papel dos conselhos comunitários, conselhos de saúde, conselhos de segurança, conselhos de entorpecentes, entre outros; 10

11 O lugar dos conselhos de categorias profissionais e do Estado na regulamentação, fiscalização e controle das drogas e de seu uso; 3. As lógicas de cuidado e novas tecnologias. A necessidade de prceber o usuário como sujeito integral; Itinerários terapêuticos;, Co-responsabilização da família; Judicialização do tratamento o sujeito: paciente ou réu? Massificação das internações compulsórias; Uso de dispositivos de lógica manicomial (Ex.: hospitais psiquiátricos, comunidades terapêuticas); A intersetorialidade e intrasetorialidade no cuidado de usuários; Ampliação intersetoiial dos serviços; Ações de cultura, lazer, arte, habitação e direitos humanos, entre outros, no cuidado de usuários de AD. A falta de diálogos entre políticas, serviços e saberes; Acompanhamento, qualificação e percepção dos usuários sobre Comunidades Terapêuticas; Redução de danos e abstinência: lógicas em conflito. ALCOOL E OUTRAS DROGAS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Que políticas temos hoje para as crianças e adolescentes, como estamos lidando com este fenômeno, como os escutamos, que clínica esta sendo oferecida, como integrar o cuidado e as questões sociais; a violência do trafico; a identidade destes sujeitos, construidas nas condições de vulnerabilidades. 11

12 Eixo 8 - Crianças e Adolescentes Temas para debate: 1. Intersetorialidade, políticas públicas, integralidade e direitos das crianças e adolescentes; Direito à infância e à adolescência Intersetorialidade e estrutura do sistema educacional como ações de promoção e prevenção de sofrimentos, violências, vulnerabilidades e patologização das queixas escolares. Atenção territorial e garantia de direitos Ampliação e qualificação das equipes e serviços de atenção à infância, articuladas com a rede de atendimento e garantia de direitos. Promoção e prevenção de agravos nos diversos níveis de complexidade 2. Medicalização na infância e na adolescência; Concepção da infância e da adolescência subjacente à medicalização: agentes e dispositivos envolvidos. CAPSi, olhar tutelar e processo de autonomia. Intervenções sobre famílias, medicalização, escuta e empoderamento. 3. Uso e abuso de substâncias lícitas e ilícitas 4. Protagonismo da juventude em questões emergentes; Espaços de produção, expressão e diversão Projetos para a cidade com protagonismo de cidadãos, crianças e adolescentes e respeito à diversidade: parques, centros de convivência, culturais e outros. 5. O lugar social e jurídico do adolescente em conflito com a lei. 12

13 Marginalização do adolescente em conflito com a lei Maioridade penal Sistema sócio-educativo Sinase Medidas sócio educativas O PROTAGONISMO DA JUVENTUDE Como os jovens olham a educação, o sistema político em que vivem, como têm pensado as cidades e como têm lidado com as mídias sociais, como têm se apropriado de suas vidas neste contexto. Como a mídia apresenta a juventude brasileira, como se utiliza da infância e da adolescência para fins mercadológicos, como um nicho de mercado. Midia e banalização do corp0o, violência, intolerância e misoginia. Reforma do ensino médio, movimento de ocupação das escolas, escola sem partido, gênero e diversidade na escola JUSTIÇA E O ADOLESCENTE EM MEDIDA SÓCIO EDUCATIVA Redução da mairidade penal Criminalização da juventude brasileira. Integração entre as equipes que trabalham com as medidas socioeducativas com as de saúde e educação formal Eixo 9 Saúde da população estudantil Temas para debate: 1. Restauração da Universidade. Autonomia e protagonismo estudantil para ampliação da formação a partir da projeção do desejo profissional. Participação dos estudantes na formulação de políticasuniversitárias 13

14 Adequação do método avaliativo ao estudante e à diversidade de cursos; Ensino pesquisa e extensão como dispositivo para agregação entre universidade e comunidade; Formação abrangendo conjuntamente a formação humana e artística; Reformulação curricular; Inclusão de autores negros, mulheres, indígenas e LGBT. 2. Arte e cultura como ferramenta de aproximação da comunidade e universidade gerando bem-estar. Formas pedagógicas alternativas Arte, bem-estar e humanização nas relações universitárias Articulação de espaços para integração e coletividade, viabilizando a promoção de saúde do universitário; 3. Política de permanência. Compreensão da política de permanência. Benefícios necessários para além das bolsas e auxílios, para assegurar permanência durante a a graduação; Aumento de ingresso por políticas afirmativas inversamente proporcional ao número de bolsas; Apoio pedagógico a estudantes que apresentam dificuldades nas diferentes áreas de ensino; Eixo 10 Populações invisíveis Consideramos Populações invisíveis, para fins deste Eixo: Minorias de poder, as que sofrem racismo, preconceitos de gênero, religião e orientação sexual, indígenas, populações em situação de rua e quilombolas. 14

15 Temas para debate: 1. Direitos e políticas públicas das minorias de poder. Garantir Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua, conforme a decreto Tendo como pontos prioritários de discussão: direitos humanos, trabalho e emprego, desenvolvimento urbano-habitação, assistência social, educação, segurança alimentar e nutricional, saúde e cultura. Dentre esses pontos enfatizar aqueles alinhados com a reforma psiquiátrica para visar o reconhecimento e fortalecimento de serviços como o Caps e consultórios na rua problematizando o forte investimento nas comunidades terapêuticas. Priorizar a presença de diferentes atores, dentre eles, a população em situação de rua, representantes da sociedade civil e representantes governamentais. 2. Judicialização de estilos de vida das minorias. Privação da liberdade e direito de escolha dos sujeitos. Internações compulsórias e involuntárias, recolhimento de pessoas na rua, o higienismo nas cidades. 3. Formas e perpetuação do racismo. As diferentes formas e perpetuação do racismo, como a naturalização da negação de direitos, invisibilidade e exclusão da população negra nos espaços de poder. 4. Promoção de acessibilidade e inclusão social. Acessibilidade dos diferentes grupos sociais em espaços de participação e formação dentro das instituições de saúde, educação, justiça, dentre outras. 5. A promoção da saúde e a construção de propostas a partir da inclusão dos ditos dos diferentes. 6. Acesso e cuidado à saúde e educação destinados à população indígena. Respeito e inclusão das formas de cuidado em saúde dos saberes tradicionais dos povos. 7. Direitos linguísticos: Garantia dos direitos lingüísticos dos diversos povos viventes no território brasileiro. 15

16 8 Violência contra a população LGBT. 9 Patologização e despatologização das pesso Foram ainda instituídos dois outros eixos, mas como surgirma de desdobramentos, pois estavam contidos em eixos anteriores, não foram ainda sistematizados seus temas de discussão: Eixo 11: Saúde mental da mulher Eixo 12: Direitos e cuiado dos idosos Eixo 13. Direito à cidade. Construindo cidades psicossocialmente saudáveis. 16

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