AULA 04 Poder Judiciário

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1 AULA 04 Poder Judiciário Direito Constitucional para Técnico MP/RJ (Disposições gerais, do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais e Juízes dos Estados) SUMÁRIO PÁGINA Apresentação 1 1. Disposições Gerais 2 2. Do Supremo Tribunal Federal Do Superior Tribunal de Justiça Dos Tribunais e Juízes dos Estados Questões da aula Gabarito Bibliografia consultada 88 Olá futuros Técnicos do Ministério Público do RJ! Prontos para O SEU salário de R$ 3.157,47? Nessa quarta aula, estudaremos um assunto fundamental para a sua prova, afinal, o órgão que você irá trabalhar atua lado a lado com esse poder: o Poder Judiciário. Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da Constituição, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF. Como todas as aulas, começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder às questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. Vamos à nossa aula! Prof. Roberto Troncoso de 88

2 PODER JUDICIÁRIO Direito Constitucional para Técnico MP/RJ 1. DISPOSÇÕES GERAIS Caro aluno, nós já estudamos anteriormente o princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos relembrar: Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, estudamos também que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente cumprida (tanto pelo Estado quanto pelos particulares). A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV), o Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a Presunção da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros. Sistemas de julgamento de conflitos Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês, adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição. Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo. Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo Prof. Roberto Troncoso de 88

3 poderão ser reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa julgada. O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito administrativo possuem força de coisa julgada administrativa. Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde somente o Judiciário faz coisa julgada. Funções do Poder Judiciário O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica, bem como funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas. Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos). Prof. Roberto Troncoso de 88

4 Esquematizando: Observações Gerais PODER JUDICIÁRIO O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito Vários direitos fundamentais são relacionados ao Poder Judiciário - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV) - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII) - Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII) - Presunção da inocência (art. 5º, LVII) - Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII) - Outros Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil - Unicidade de jurisdição - Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo. - Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa Funcões do Judiciário - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento) - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas - Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc. - Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu âmbito - Ex: Regimentos Internos dos Tribunais (equiparam-se às Leis Ordinárias) Prof. Roberto Troncoso de 88

5 Estrutura do Poder Judiciário O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder Judiciário. Observe: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro a seguir e visualize bem onde está cada órgão. Tribunais de Superposição Supremo Tribunal Federal - STF Tribunais de Convergência Tribunais Superiores Superior Tribunal de Justiça - STJ Tribunal Superior Eleitoral - TSE Tribunal Superior do Trabalho - TST Superior Tribunal Militar - STM 2º grau Tribunal de Justiça Estadual - TJEst Tribunal Regional Federal - TRF Tribunal Regional Eleitoral - TRE Tribunal Regional do Trabalho - TRT 1º grau Juiz Estadual, do DF e Territórios Juiz Federal Juízes e Juntas Eleitorais Juiz do Trabalho Juízes Militares - Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça CNJ, que não possui competências jurisdicionais. No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o Guardião da Constituição e é ele quem possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no organograma). Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Prof. Roberto Troncoso de 88

6 Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os Tribunais Superiores no organograma). O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal e estadual. A esfera federal possui competências expressamente enumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadual são residuais. A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas à justiça do trabalho, eleitoral e militar. Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis, assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição). Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência. Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por diante). Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes Prof. Roberto Troncoso de 88

7 estaduais de primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte agora e identifique os juízes de primeiro grau). Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso alguém não fique satisfeito com a sentença que o juiz de primeiro grau proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua sentença seja reapreciada por este. Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora e observe os tribunais de segundo grau). Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira conjunta. Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são chamados de desembargadores. Os desembargadores são juízes que foram promovidos a membros dos TJ. Já os membros dos Tribunais Superiores e do STF são chamados de Ministros. Por exemplo, um membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se chama Ministro do STF. Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente administrativo. Mas então para que serve o CNJ? Esse órgão tem a incumbência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle externo!). Prof. Roberto Troncoso de 88

8 Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF). Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do STF: É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades. Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ (STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal. Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta esfera possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição. Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso de constitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual). Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estadosmembros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem. Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de Alçada poderia julgar. Prof. Roberto Troncoso de 88

9 No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a antiguidade e a classe de origem. Esquematizando: Estrutura do Poder Judiciário Órgãos do Poder Judiciário (art. 92) - Supremo Tribunal Federal (STF) - Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais; - Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs) - Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs) - Tribunais e Juízes Militares - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst) Tribunais de Superposição Supremo Tribunal Federal - STF Tribunais de Convergência Tribunais Superiores Superior Tribunal de Justiça - STJ Tribunal Superior Eleitoral - TSE Tribunal Superior do Trabalho - TST Superior Tribunal Militar - STM 2º grau Tribunal de Justiça Estadual - TJEst Tribunal Regional Federal - TRF Tribunal Regional Eleitoral - TRE Tribunal Regional do Trabalho - TRT 1º grau Juiz Estadual, do DF e Territórios Juiz Federal Juízes e Juntas Eleitorais Juiz do Trabalho Juízes Militares - Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça CNJ, que não possui competências jurisdicionais Tem jurisdição em todo o território nacional - STF - Tribunais Superiores - STJ - TST - TSE - STM - CNJ: Não possui jurisdição Tem sede na Capital Federal Prof. Roberto Troncoso de 88

10 Esferas do Judiciário Federal Estadual - Competências enumeradas expressamente na CF Comum Especializada - Justiça do Trabalho - Justiça Eleitoral - Justiça Militar Direito Constitucional para Técnico MP/RJ Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se Superposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada) - STF: questões relativas à CF - STJ - Questões relativas às leis - Assegurar a uniformização na interpretação da legislação federal - Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade - Somente realiza o DIFUSO Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem Convergência para esses Tribunais - STF - STJ - TST - TSE - STM - Competências residuais - Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) - Concentrado (só frente a CEst) - Não existe judiciário municipal - Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem Prof. Roberto Troncoso de 88

11 O quinto constitucional e os órgãos especiais Direito Constitucional para Técnico MP/RJ Ainda quanto à organização e estrutura do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: o quinto constitucional e os órgãos especiais. a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de juízes promovidos (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do Ministério Público. Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade. Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho. Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples: 1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla. 2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias. b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem um ÓRGÃO ESPECIAL. Prof. Roberto Troncoso de 88

12 Acompanhe o raciocício: 1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é a reunião dos seus 11 Ministros, o STJ é a reunião dos seus 33 Ministros, e assim por diante. 2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 Ministros etc.). 3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma com cinco Ministros. Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais importantes. 4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito grande e pouco ágil. Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores, PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições jurisdicionais e também administrativas. Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade. 5- Você observou o termo possibilidade? Pois bem, a criação dos órgãos especiais é facultativa. 6- Observe o organograma abaixo: Prof. Roberto Troncoso de 88

13 Órgão Especial Plenário 1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma Esquematizando: Quinto constitucional - Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais - 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes - O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice - O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias - Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST - TRT - TRF - TJEst Órgão Especial - Facultativo - Em tribunais com mais de 25 julgadores - Número de membros do órgão especial - Mín 11 - Máx 25 - Provimento - ½ por antiguidade - ½ por eleição do tribunal pleno - Atribuições - Administrativas - Jurisdicionais - Delegadas do Tribunal Pleno Prof. Roberto Troncoso de 88

14 Garantias Institucionais do Poder Judiciário Direito Constitucional para Técnico MP/RJ A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções. Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II). Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade. Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, 1º, I, "c" + 68, 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário. Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitandose a interferência dos demais poderes. O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito: Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais. Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO. Prof. Roberto Troncoso de 88

15 Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a Constituição garante que os tribunais podem: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo (art. 96): a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; Prof. Roberto Troncoso de 88

16 - Não são privilégios, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções Garantias Institucionais do Poder Judiciário i. São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II) ii. Proibição que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, 1º, I, "c" + 68, 1º,I) iii. Autonomia (CF, art. 99) Financeira Administrativa - Tribunais elaboram suas próprias propostas orçamentárias - Respeitando a LDO - Encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito: União: Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais Estados e DFT: Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais - Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO - Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual I - Os Tribunais podem: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Just., exceto os de confiança; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - O STF aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; Prof. Roberto Troncoso de 88

17 Organização da carreira do Poder Judiciário Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes. Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistratura seja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios: Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de classificação no concurso. Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas algumas normas. Antes de estudarmos as normas para promoção dos juízes, vamos a algumas explicações: Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. As comarcas são divididas em entrâncias, assim, o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último degrau da primeira instância (não confundir instância com entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais. Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site explicando como está organizado o Poder Judiciário do Estado do Rio grande do Norte: Prof. Roberto Troncoso de 88

18 O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema. [85] Atualmente o diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em Natal. [85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância. Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância (são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta, Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu,...), vinte e cinco de segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca, Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes, Macaíba,...) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim, Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros. [86] Além disso, como critérios de promoção, devem ser observados a antiguidade e o merecimento. o Normas para a promoção: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos até os tribunais de segunda instância (e se tornarão Prof. Roberto Troncoso de 88

19 desembargadores) por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento (falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde). Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do judiciário seguem a regra dos servidores públicos. Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em outra cidade, por exemplo). Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa. Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade. Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares são tomadas pela maioria absoluta de seus membros. Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem interrupções. Assim, é vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando somente aos de segundo grau. Prof. Roberto Troncoso de 88

20 Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a rapidez da prestação jurisdicional. Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório. Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal. Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da Administração Pública). Além disso, existem algumas regrinhas : o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso; o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma data e sem distinção de índices; o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, não protegendo o salário do juiz da inflação, por exemplo. o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95% do subsídio dos Ministros do STF. o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores. Prof. Roberto Troncoso de 88

21 Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%. Esquematizando: Organização da carreira do Poder Judiciário Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto - Mediante concurso público de provas e títulos - Participação da OAB em todas as fases - 3 anos de atividade jurídica - Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação Promoção - De entrância para entrância, - Alternadamente, por antiguidade e merecimento - Atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do - desempenho merecimento - critérios objetivos - produtividade - presteza no exercício da jurisdição - pela frequência - aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos Prof. Roberto Troncoso de 88

22 Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão por voto da MA - do respectivo tribunal ou - do CNJ o Assegurada ampla defesa Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas das decisões - Todos os julgamentos são públicos Atividade jurisdicional ininterrupta - Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade - Decisões administrativas - Motivadas dos tribunais - Sessão pública - As disciplinares são tomadas pela MA de seus membros - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau - Não se aplica aos Tribunais Superiores! - Somente aos de segundo grau - Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em plantão permanente Número de juízes : proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF - Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso - Revisão geral anual - Sempre na mesma data - Sem distinção de índices - Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real) - Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF - Demais magistrados - Fixado em lei - No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais Superiores - Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional - Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5% - Máx 10% Prof. Roberto Troncoso de 88

23 Garantias dos magistrados A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade. Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado. Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir o estágio probatório. Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade. Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício. No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a vontade do magistrado: 1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II). 2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, 4º, III). Prof. Roberto Troncoso de 88

24 Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não poderão ter seus salários reduzidos e objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que a irredutibilidade é nominal e não real. Garantias dos magistrados - Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos - Durante o estágio - Não há vitaliciedade probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado - Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade - Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE - Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, podendo perder seus cargos. b) Inamovibilidade - Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade) Salvo - Por interesse público - Por decisão da MA do - Respectivo tribunal ou - CNJ - Assegurada ampla defesa - Não impede que o magistrado seja removido por determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa - CF, art. 103-B, 4º, III + art. 95, II c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. - A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real Prof. Roberto Troncoso de 88

25 Vedações aos membros do judiciário A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura. As vedações são as seguintes: i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer uma de magistério, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade. ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo. iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº ( ). Consulta N 353 DF, Relator: Ministro Costa Leite). iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei. v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, chamada de quarentena, evita o tráfico de influência dentro do mesmo juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos contado de sua aposentadoria). Esquematizando: Prof. Roberto Troncoso de 88

26 Vedações aos membros do judiciário - Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério - Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo iii. Dedicar-se à atividade político-partidária - Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração. iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo - Evita o tráfico de influência EXERCÍCIOS 1. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser encaminhada ao respectivo tribunal. Certo. O procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples: 4- Os órgãos representativos das respectivas classes enviam ao tribunal uma lista sêxtupla. 5- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 6- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias. 2. (ESAF/MPU/2004) A promoção de juiz federal para Tribunal Regional Federal far-se-á, alternadamente, por antiguidade e merecimento, exigindo-se do juiz a ser promovido mais de dez anos de efetivo exercício da magistratura federal. Prof. Roberto Troncoso de 88

27 Errado. Não existe a exigência dos 10 anos. O artigo 93, III garante que o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância. 3. (ESAF/MPU/2004) Após a vitaliciedade, o juiz só perderá seu cargo por deliberação administrativa tomada por maioria qualificada do Pleno do Tribunal a que estiver vinculado. Errado. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade. 4. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal. Errado. O artigo 93, XII somente se aplica aos tribunais de segundo grau, não se aplicando aos tribunais superiores. 5. (ESAF/CGU/2008) A participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados constitui etapa obrigatória do processo de vitaliciamento do juiz. Certo. A exigência está prevista no art. 93, IV da CF. 6. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável. Errado. Os servidores (analistas e técnicos dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório. Prof. Roberto Troncoso de 88

28 7. (ESAF/CGU/2008) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, inclusive as disciplinares, que também devem ser tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Certo. É o que prevê o art. 93, X da CF. Vamos revisar: Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas das decisões - Todos os julgamentos são públicos - Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade - Decisões administrativas - Motivadas dos tribunais - Sessão pública - As disciplinares são tomadas pela MA de seus membros 8. (CESPE TJ-PB Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo grau. Errado. A Constituição estabelece que a prestação jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente. Importante ressaltar que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores. 9. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a função jurisdicional. Certo. O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica, bem como funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas. 10. (ESAF/PGFN/2007) A garantia da inamovibilidade dos Juízes não é absoluta, uma vez que é possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa. Certo. A inamovibilidade dos magistrados não é uma garantia absoluta, uma vez que realmente pode haver remoção por interesse público. Vamos recordar: Prof. Roberto Troncoso de 88

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