Cultura e audiovisual

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cultura e audiovisual"

Transcrição

1 COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA Cultura e audiovisual Celebrar a diversidade cultural europeia Os setores cultural e criativo da Europa contribuem de forma decisiva para o crescimento económico, o emprego e a coesão social

2 ÍNDICE COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA A presente publicação faz parte de uma coleção que descreve a ação da União Europeia em vários domínios políticos, as razões da sua intervenção e os resultados obtidos. Por que necessitamos de uma política cultural e audiovisual europeia A abordagem da União Europeia... 4 O que faz a União Europeia... 7 Perspetivas: olhar para o futuro.. 11 Saiba mais Outros títulos disponíveis para descarregamento em linha: Como funciona a União Europeia «Europa 2020»: a estratégia europeia de crescimento Os pais fundadores da União Europeia Ação climática Agenda digital Agricultura Ajuda humanitária e proteção civil Alargamento Alfândegas Ambiente Assuntos marítimos e pescas Bancos e finanças Comércio Concorrência Consumidores Cooperação internacional e desenvolvimento Cultura e audiovisual Educação, formação, juventude e desporto Emprego e assuntos sociais Empresas Energia Fiscalidade Fronteiras e segurança Investigação e inovação direitos fundamentais e igualdade Luta contra a fraude Mercado interno Migração e asilo Orçamento Política externa e de segurança Política regional Saúde pública Segurança alimentar Transportes União Económica e Monetária e o euro Compreender as políticas da União Europeia: Cultura e audiovisual Comissão Europeia Direção-Geral da Comunicação Informação dos cidadãos 1049 Bruxelas BÉLGICA Manuscrito atualizado em novembro de 2014 Capa e imagem da página 2: istockphoto scanrail 12 pp. 21 x 29,7 cm ISBN doi: /13733 Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2014 União Europeia, 2014 Reprodução autorizada. As fotografias só podem ser utilizadas ou reproduzidas separadamente mediante a autorização prévia dos titulares dos direitos de autor.

3 C U L T U R A E A U D I O V I S U A L 3 Por que necessitamos de uma política cultural e audiovisual europeia Promover o património cultural e a criatividade A cultura e a criatividade ocupam um lugar central no projeto europeu. A cultura define os contornos da nossa identidade e das nossas aspirações, bem como a forma como nos relacionamos com os outros e com o mundo. Determina também os locais e as paisagens onde vivemos e os estilos de vida que adotamos. A rápida evolução tecnológica proporciona novas oportunidades nos setores cultural e criativo europeus, mas também novos desafios. A União Europeia (UE) está empenhada em ajudar todos os intervenientes nestes setores (desde as comunidades locais que valorizam o seu património cultural aos produtores de filmes premiados) a aproveitar essas oportunidades e a superar os obstáculos com que se deparam. Os desafios são de vulto. A diversidade cultural é um trunfo para a UE, mas as diferenças linguísticas e culturais provocam uma fragmentação do mercado. A crise económica mundial dificulta cada vez mais o acesso do setor criativo ao financiamento. As novas tecnologias digitais estão a ter um grande impacto nos métodos tradicionais de distribuição: grande parte do espólio das grandes bibliotecas foi digitalizado, mas é difícil desenvolver modelos comerciais sustentáveis. A criatividade dinamiza a economia e não só Os setores cultural e criativo europeus contribuem para o crescimento económico, o emprego, a inovação e a coesão social. Estes setores representam cerca de 4,5% do produto interno bruto europeu e emprega cerca de 3,8% da mão-de-obra da UE (oito milhões e meio de pessoas). Além disso, os setores cultural e criativo europeus provaram ser mais resistentes do que outros setores em tempos de recessão económica e contribuem para a inovação, o desenvolvimento de competências e a reabilitação urbana, tendo igualmente um impacto positivo noutros setores, como o turismo e as tecnologias da informação e comunicação. Vantagens de uma estratégia à escala da União Europeia Cada país da União Europeia tem a sua própria forma de gerir as questões relacionadas com a política cultural e audiovisual. O trabalho realizado pela UE complementa as ações a nível nacional, acrescentandolhes uma nova dimensão europeia. As informações recolhidas em toda a União Europeia podem ser utilizadas para apoiar decisões a nível nacional ou fornecer exemplos de boas práticas úteis a outros países. Para o efeito, foram criados mecanismos específicos para a cooperação entre os Estados-Membros. Para o período de , a UE está a investir milhões de euros nos setores cultural e audiovisual através do programa Europa Criativa, que substitui os programas Cultura, MEDIA e MEDIA Mundus. Este investimento representa um aumento de 9% relativamente aos orçamentos anteriores. O programa Europa Criativa visa reforçar o património cultural comum europeu mediante o apoio a projetos culturais transfronteiras, tais como ações, plataformas e redes de cooperação, e projetos de tradução literária. Este programa complementa igualmente os financiamentos a nível nacional para promover o cinema europeu e a distribuição de novos filmes e reforçar a competitividade do setor audiovisual. O mercado único para os media audiovisuais e o programa «Internet mais segura», destinado a proteger, à escala da UE, os menores que navegam na Internet, são apenas dois exemplos das vantagens de uma abordagem a nível da UE relativamente a estratégias meramente nacionais. Muitas regiões e cidades dão-se conta de que a cultura e as indústrias criativas contribuem para reforçar a sua competitividade económica e criar emprego. Assim, a política regional da UE apoia os investimentos estratégicos na cultura e nos setores cultural e criativo através de verbas específicas.

4 4 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A A abordagem da União Europeia Colaborar para obter melhores resultados Para pôr em prática a sua agenda para a cultura, a Europa depende de parcerias sólidas entre todos os intervenientes, nomeadamente os Estados-Membros, as regiões, as organizações culturais e outros agentes culturais. Projetos locais para promover o turismo cultural, a reabilitação urbana em zonas com valor histórico e cultural ou o apoio à distribuição de filmes independentes são apenas alguns exemplos de objetivos mais facilmente alcançáveis mediante a colaboração e a conjugação de esforços e recursos entre organizações a diversos níveis. Cooperação no domínio da cultura: quadro estratégico A Agenda Europeia para a Cultura (estabelecida em 2007) promove: a diversidade cultural e o diálogo entre diferentes culturas; a cultura como catalisador da criatividade e da inovação; a cultura como parte integrante das relações internacionais da UE. Desde 2007, as autoridades nacionais, as instituições da União Europeia e o setor cultural europeu têm colaborado de forma estreita para alcançar estes objetivos. Dentro desse quadro de cooperação, as autoridades nacionais podem designar os seus representantes nos grupos de peritos da UE onde são debatidas as melhores práticas a nível nacional e regional e novas formas de colaboração sobre temas prioritários no âmbito do chamado método aberto de coordenação, uma forma de governação baseada na cooperação voluntária entre Estados-Membros. A fim de tirar o máximo partido da experiência adquirida no terreno e poder integrá-la na definição das políticas da UE, a Comissão procede regularmente a trocas de pontos de vista e de informação com organizações dos setores culturais. Esse diálogo estruturado abrange toda uma série de questões essenciais, como as indústrias culturais e criativas, o diálogo intercultural, o património cultural e o acesso à cultura. Além disso, existem em toda a Europa grupos independentes empenhados em promover a cultura. Por exemplo, no domínio do património cultural, muitas organizações atuam sob a égide da fundação «Europa Nostra». Com o objetivo de promover o património cultural, esta federação pan-europeia é constituída por uma rede de profissionais e de voluntários que reúne cerca de 250 grupos não-governamentais e sem fins lucrativos, contando mais de cinco milhões de membros empenhados na preservação do património cultural europeu em benefício das gerações atuais e futuras. A Comissão Europeia proporciona às partes interessadas e aos responsáveis políticos a possibilidade de se encontrarem para debater questões cruciais para o setor no âmbito dos Fóruns Europeus da Cultura, organizados duas vezes por ano. A União Europeia promove a cooperação cultural com países terceiros e com organizações regionais e internacionais. Desde a adoção da Agenda Europeia para a Cultura, o setor cultural é cada vez mais reconhecido como elemento estratégico e relevante em termos políticos, sociais e económicos, que contribui para os objetivos da política externa. Enquanto parte na Convenção da Unesco de 2005 sobre a proteção e a promoção da diversidade das expressões culturais, a UE está empenhada em tornar a diversidade cultural um elemento essencial da sua ação externa e em dotar a Europa de um novo papel cultural mais ativo no quadro das relações internacionais. Chegam ideias excelentes dos quatro cantos da União Europeia. istockphoto/chinaview

5 C U L T U R A E A U D I O V I S U A L 5 Cooperação em benefício do setor audiovisual Âmbito nacional: os países da UE apoiam os respetivos setores audiovisuais de diversas formas, mediante fundos provenientes de receitas fiscais, contribuições do setor televisivo e, em alguns casos, subvenções das lotarias. Cada país dispõe de um instituto nacional do cinema ou entidade equiparável que apoia a indústria cinematográfica. No que respeita à produção cinematográfica, os países da União Europeia devem respeitar certas regras destinadas a assegurar uma concorrência leal em toda a UE. Por exemplo, os auxílios estatais não deverão, em princípio, exceder 50% dos custos de produção. Grupos independentes: existem muitas organizações criadas por cidadãos em toda a UE, cujo objetivo é tornar o setor audiovisual mais competitivo e promover a criatividade, como a rede European Film Promotion e a Academia do Filme Europeu. A European Film Promotion, que reúne organizações profissionais de 34 países europeus, tem por objetivo promover e comercializar os filmes europeus no mundo inteiro. Todas as organizações sob a égide desta rede colaboram entre si para promover o talento e o cinema europeus no mundo inteiro. A Academia do Filme Europeu conta membros, todos eles profissionais do setor, que organizam seminários de formação, conferências e outros eventos para promover a cultura cinematográfica europeia. Todos os anos, as diversas atividades da Academia culminam na cerimónia de entrega dos prémios do cinema europeu. Os filmes concorrem em 21 categorias (melhor filme europeu, melhor realizador, melhor atriz e melhor ator, por exemplo), que permitem à indústria celebrar os maiores talentos da produção cinematográfica europeia. Obter a participação dos cidadãos europeus: prémios, galardões e festivais A participação dos cidadãos de toda a UE em manifestações culturais e audiovisuais é essencial para atingir os objetivos de inclusão, respeito mútuo e crescimento económico através das indústrias criativas. PRÉMIO DA UNIÃO EUROPEIA PARA A ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: através de uma conceção inteligente do espaço, a arquitetura de qualidade pode contribuir para o bem-estar das pessoas e facilitar o seu quotidiano, onde tem repercussões ambientais, sociais e culturais. O Prémio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea/Prémio Mies van der Rohe distingue os arquitetos europeus mais criativos e inovadores da atualidade e do futuro. Trata-se do prémio mais prestigioso no domínio da arquitetura europeia. PRÉMIO «EUROPA NOSTRA» DA UNIÃO EUROPEIA: a Europa possui um rico património cultural, desde sítios arqueológicos a edifícios industriais, passando por obras de arte e jardins históricos. O Prémio «EUROPA Nostra» da União Europeia (conservação do património cultural) é atribuído anualmente a projetos notáveis que contribuem para preservar e estudar o património europeu, bem como para sensibilizar os cidadãos para o seu valor. Stefan Baumann Parque arqueológico de Carnuntum Marca do Património Europeu 2014.

6 6 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A European Union Prémios europeus como os «Border Breakers» dão aos jovens artistas o impulso de que necessitam. PRÉMIO MEDIA DA UNIÃO EUROPEIA: desde 2012, o prémio MEDIA da UE tem sido atribuído ao filme que, de entre os candidatos a um apoio MEDIA para a fase de desenvolvimento, tem maior potencial para vir a ser um êxito de bilheteira. O argumentista e os produtores do projeto selecionado são objeto de menções honrosas durante o festival de cinema de Cannes. PRÉMIOS EUROPEUS «BORDER BREAKERS»: a enorme diversidade cultural europeia manifesta-se também nos seus jovens músicos. Os prémios EBBA («European Border Breakers Awards») recompensam os artistas europeus que conseguem afirmar-se no estrangeiro com o seu primeiro álbum. Distinguindo os grandes talentos musicais europeus, este prémio incentiva os artistas a dar a conhecer a sua música em toda a UE. PRÉMIO DA UNIÃO EUROPEIA PARA A LITERATURA: este prémio visa pôr em destaque a qualidade e a diversidade da literatura contemporânea europeia, promovendo uma maior circulação das obras literárias na Europa e incentivando o interesse dos leitores pela produção literária de outros países. As editoras podem também candidatar-se a subvenções do programa Europa Criativa para tradução das obras vencedoras. MARCA DO PATRIMÓNIO EUROPEU: a Marca do Património Europeu é atribuída a locais simbólicos para o processo de integração europeia. Trata-se de locais que celebram e simbolizam a integração europeia e os ideais, valores e história da Europa. Esses «marcos» são cuidadosamente selecionados pelo seu valor simbólico, pelo papel que desempenharam na história da Europa e pelas oportunidades que proporcionam para aproximar a União Europeia dos seus cidadãos.

7 C U L T U R A E A U D I O V I S U A L 7 O que faz a União Europeia Financiamento da cultura: programa Europa Criativa O programa Europa Criativa baseia-se no êxito dos programas Cultura, MEDIA e MEDIA Mundus e tem por objetivo reforçar os setores cultural e criativo europeus. Este programa contribui não só para preservar e promover a diversidade cultural e linguística europeia e destacar a riqueza cultural da Europa, mas também para alcançar as metas conducentes a um crescimento económico inteligente, sustentável e inclusivo para a Europa e ajudar os setores cultural e criativo a adaptarem-se à era digital e à globalização. Abre igualmente novas oportunidades e facilita o acesso a mercados e públicos internacionais. Os projetos financiados pelo programa atingem milhões de pessoas e de organizações, nomeadamente realizadores, distribuidores, agentes comerciais e outros profissionais do setor audiovisual, bem como cinéfilos, artistas e profissionais da cultura, editores e amantes da leitura. O programa prevê apoios para: projetos de cooperação transnacionais entre organizações culturais e criativas dentro e fora da UE; redes que ajudam os setores cultural e criativo europeus a operarem num contexto transnacional e a aumentarem a sua competitividade; tradução e promoção de obras literárias europeias; plataformas de agentes culturais que promovam novos artistas e incentivem uma verdadeira programação europeia de obras culturais e artísticas; reforço das capacidades e formação dos profissionais do setor audiovisual; criação de obras de ficção e de animação e de documentários criativos e jogos de vídeo para os mercados do cinema e da televisão europeus e outras plataformas; formação e reforço das competências dos profissionais do audiovisual; distribuição e comercialização de obras audiovisuais, dentro e fora da Europa; festivais de cinema que promovam filmes europeias; fundos para coprodução internacional de filmes; constituição de novos públicos para incentivar a cultura cinematográfica e aumentar o interesse pelos filmes europeus através de uma grande diversidade de eventos. A partir de 2016, o programa Europa Criativa passará a dispor de um instrumento de garantia financeira com um orçamento de 121 milhões de euros para facilitar o acesso ao crédito por parte dos setores cultural e criativo. Outros programas financiados pela UE apoiam igualmente os setores cultural e criativo: o programa Erasmus+ apoia a aquisição de competências através do ensino e da formação, bem como do desenvolvimento de conhecimentos e de parcerias através das chamadas «alianças do conhecimento» e «alianças de competências setoriais»; COSME, o programa da UE para a competitividade das empresas e das pequenas e médias empresas, apoia o empreendedorismo e o acesso das PME ao financiamento e aos mercados; o programa Horizonte 2020 apoia a investigação e a inovação no domínio da cultura e do património cultural. Desde 2007, o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) atribuiu 3,3 mil milhões de euros à proteção e conservação do património cultural, 2,2 mil milhões de euros ao desenvolvimento de infraestruturas culturais e 555 milhões de euros ao apoio dos serviços culturais. Além disso, desde 1998, foram também investidos 150 milhões de euros no âmbito dos programas-quadro da UE para a investigação e o desenvolvimento tecnológico. Diretiva «Serviços de Comunicação Social Audiovisual» Se cada país da UE tivesse a sua própria regulamentação em matéria de radiodifusão televisiva, seria difícil ver programas de televisão transmitidos por outros países europeus. Por isso a União Europeia adotou, em 1989, a Diretiva «Televisão sem Fronteiras», que estabelece um conjunto de regras mínimas comuns para toda a UE.

8 8 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A istockphoto Deklofenak A rede Europa Cinemas promove o cinema europeu. A transmissão de programas de televisão pela Internet e as novas formas de divulgação dos conteúdos audiovisuais colocam novos desafios às entidades reguladoras, como a proteção dos menores contra conteúdos prejudiciais e a proibição do incitamento ao ódio, assegurando simultaneamente a liberdade de expressão. Em 2007, a Diretiva «Televisão sem Fronteiras» foi alterada e passou a chamar-se Diretiva «Serviços de Comunicação Social Audiovisual» ( 1 ) (que foi posteriormente codificada em 2010) Além de abranger todos os serviços dos media audiovisuais, desde a televisão tradicional (serviço linear) até aos serviços de vídeo a pedido (serviços não lineares), a diretiva estabelece uma série de condições gerais aplicáveis aos mesmos, como a identificação dos fornecedores de serviços de comunicação social, a proibição do incitamento ao ódio, a acessibilidade para as pessoas com deficiência, as medidas relativas à promoção das obras europeias, certas exigências qualitativas para as comunicações comerciais, o patrocínio e a colocação de produtos. No entanto, a Diretiva «Serviços de Comunicação Social Audiovisual» tem em conta o grau de controlo do utilizador sobre o serviço e, por conseguinte, aborda de forma diferente os serviços lineares e os serviços a pedido. Os serviços a pedido estão, assim, sujeitos a uma regulamentação um pouco menos restritiva, que corresponde ao impacto relativo destes serviços na sociedade. Em contrapartida, os programas televisivos estão sujeitos a requisitos mais rigorosos, especialmente em matéria de publicidade, proteção de menores e promoção e distribuição de obras europeias. ( 1 ) Diretiva 2010/13/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de março de 2010, relativa à coordenação de certas disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes à oferta de serviços de comunicação social audiovisual (Diretiva «Serviços de Comunicação Social Audiovisual»), JO L 95 de , p. 1. No que respeita à promoção dessas obras, as disposições aplicáveis à radiodifusão impõem que a maior parte do tempo de emissão seja reservado a obras europeias de diversos tipos. Os organismos de radiodifusão devem também reservar, pelo menos, 10% do seu tempo de emissão ou do seu orçamento de programação a obras europeias de produtores independentes. Quanto aos serviços de vídeo a pedido, os Estados-Membros dispõem de mais margem em matéria de promoção de obras europeias, podendo, por exemplo, introduzir medidas relativas à quota-parte de obras europeias nos respetivos catálogos, bem como medidas para assegurar a essas obras um lugar de destaque, ou impor aos fornecedores de serviços de vídeo a pedido uma contribuição financeira para a produção e a aquisição dos direitos dessas obras. Em qualquer caso, a Diretiva «Serviços de Comunicação Social Audiovisual» estende o princípio do país de origem a todos os serviços de media audiovisuais, o que significa que cada serviço deve cumprir as regras do país onde está estabelecido o fornecedor. Cabe a esse país assegurar o cumprimento das regras em causa. Em maio de 2012, a Comissão apresentou um primeiro relatório sobre a aplicação da diretiva. Mais recentemente, a convergência crescente entre a radiodifusão tradicional e o universo digital levou a Comissão a lançar uma consulta pública para avaliar o potencial e as eventuais repercussões desse fenómeno na Europa em termos de crescimento económico, inovação e diversidade cultural, bem como as eventuais consequências para os consumidores. A consulta, baseada no Livro Verde «Preparação para um mundo audiovisual plenamente convergente: crescimento, criação e valores» foi encerrada no outono de 2013, e as contribuições, assim como um documento de execução e os seus resultados, foram publicados. Está prevista uma avaliação da adaptação regulamentar da directiva para 2015 através de um exercício REFIT.

9 C U L T U R A E A U D I O V I S U A L 9 Capitais europeias da Cultura Desde o lançamento desta iniciativa, há quase 30 anos, as cidades europeias concorrem entre si para obter o ambicionado título de Capital Europeia da Cultura (CEC). Ser «Capital Europeia da Cultura» pode incutir nas cidades um novo ímpeto criador, angariar novos públicos locais para a cultura e ajudar os agentes do setor a desenvolver atividades de ligação em rede a nível europeu e mundial. Pode também representar para as cidades uma preciosa oportunidade para se regenerarem, mudarem de imagem e aumentarem a sua visibilidade a nível internacional, o que, por sua vez, contribui para desenvolver o turismo e atrair novos investimentos. Além disso, as capitais europeias da cultura podem desempenhar um papel importante no domínio da integração social e do diálogo intercultural, por exemplo através de programas de trabalho comunitário originais e do recurso eficaz a voluntários. Acima de tudo, esta iniciativa oferece aos cidadãos europeus e não europeus a possibilidade de descobrir a grande diversidade cultural do nosso continente e de apreciar com outros olhos as nossas raízes comuns, a nossa história e os nossos valores através de um grande número de eventos culturais organizados pelas cidades designadas CEC. Espetáculo de rua em Umeå, uma das capitais europeias da Cultura EUR-TEXT: Regresso ao futuro! A iniciativa EUR-TEXT reúne artistas da República Checa, França, Malta e Polónia que atuam em diferentes domínios (música, moda, artes plásticas) e tem por objetivo estabelecer o diálogo entre as formas de expressão contemporâneas e o património cultural europeu. Quer se trate de um desfile de moda inspirado na pintura clássica, da interpretação da sinfonia n.º 9 de Schubert com instrumentos da época ou de uma exposição de obras de arte inspirada no design de moda, o EUR-TEXT estabelece um diálogo entre o passado e o presente para podermos, de facto, «regressar ao futuro». «As capitais europeias da Cultura são um exemplo claro do compromisso da União Europeia para com a diversidade cultural e da capacidade da cultura para unir os cidadãos europeus. Demonstram que a cultura tem um papel central a desempenhar nas nossas políticas de desenvolvimento sustentável, enquanto parte integrante do desenvolvimento a longo prazo das cidades e regiões europeias e enquanto fonte de dinamismo, de criatividade e de integração social». José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia

10 10 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A istockphoto/dpmike Berlinale Talent Todos os anos, durante o festival de cinema de Berlim, jovens e profissionais do setor audiovisual provenientes do mundo inteiro reúnem-se durante seis dias para partilharem experiências e aprender com os especialistas do setor. Trezentos novos argumentistas, produtores, realizadores, compositores, editores e jovens críticos de cinema são selecionados e convidados a reunirem-se em Berlim para participarem em grupos de trabalho e estabelecerem pontes entre diferentes culturas e entre realizadores consagrados e novos talentos promissores. O subprograma MEDIA, que faz parte do programa Europa Criativa, é um dos principais financiadores da iniciativa Berlinale Talent. Operação Kino Através do projeto «Operação Kino», o programa Europa Criativa intervém nas regiões mais instáveis dos Balcãs e da Turquia, onde a presença do cinema é escassa, incentivando as autoridades locais a apoiar salas de cinema digital polivalentes nos centros culturais. No âmbito desta iniciativa, os festivais de cinema da Transilvânia, de Sófia, de Sarajevo e de Istambul organizam uma digressão pelos respetivos países altamente mediatizada, durante a qual são apresentadas cerca de 15 longas-metragens. Operação Kino: levar o cinema às regiões mais isoladas da União Europeia. Zentropa: uma produtora de filmes independentes Realizadores como Lars von Trier, Susanne Bier e outros nomes de renome têm sempre elevadas probabilidades de obterem financiamentos, com ou sem o apoio do programa MEDIA. Mas, para que os novos talentos possam vir a tornar-se grandes realizadores, é necessário prever apoio e financiamentos. O programa MEDIA tem concedido um apoio considerável à Zentropa, uma produtora estabelecida na Dinamarca. Quando foi criada, no início dos anos 90, beneficiou de um apoio MEDIA substancial, o que lhe permitiu sobreviver à fase de arranque. O seu administrador, Anders Kjærhauge, explica: «Como, nessa altura, ninguém na Dinamarca acreditava no projeto Zentropa, o apoio do programa MEDIA foi crucial para a sobrevivência da empresa». Os realizadores que beneficiaram desse apoio compreenderam o papel importante da produtora. Susanne Bier, realizadora do filme «In a Better World», que conquistou o Óscar do melhor filme estrangeiro em 2011, explica: «No mundo globalizado em que vivemos, é importante que a Europa fale a uma só voz em muitos domínios, nomeadamente em matéria de intercâmbio cultural. A ideia subjacente ao programa MEDIA insere-se nesse espírito, merecendo ser apoiada». «Zentropa e o programa MEDIA foram ambos criados no início dos anos 90, tendo crescido juntos, como dois irmãos movidos pela mesma paixão. Juntos atravessaram a adolescência, com algumas discordâncias, mas sempre dispostos a ouvirem-se um ao outro, porque tinham um objetivo comum: promover a qualidade do cinema europeu. Agora estamos nos vinte anos e temos uma bagagem de filmes magníficos, uma experiência útil para transmitir a outros e um desejo sincero de envelhecer lado a lado!». Anders Kjærhauge, administrador da Zentropa

11 C U L T U R A E A U D I O V I S U A L 11 Perspetivas: olhar para o futuro A participação dos cidadãos deve ocupar um lugar central na estratégia da UE para a cultura. Para podermos tirar partido da nossa diversidade cultural em termos económicos e promover o respeito e a compreensão entre diferentes culturas, devemos integrar nas políticas, a todos os níveis, medidas destinadas a melhorar o acesso à cultura, a incentivar a produção cultural e a apoiar a participação dos cidadãos. Num contexto de instabilidade económica e de globalização, é necessário dar resposta aos desafios a seguir descritos. Um futuro digital A tecnologia digital está a ter um enorme impacto na forma como produzimos, distribuímos e acedemos aos bens culturais. Por conseguinte, os métodos de distribuição dos filmes estão em plena mutação e a digitalização conquista as salas de cinema. Milhões de europeus seguem a sua série televisiva preferida num smartphone a caminho do trabalho, consultam conteúdos em linha na televisão da sala de estar e colocam os seus próprios conteúdos em linha. Existem mais de 40,4 milhões de televisões conectadas (com acesso à Internet) na Europa e é provável que, até 2016, passem a fazer parte da maioria dos lares na União Europeia. Estas mudanças estão a eliminar as fronteiras tradicionais entre os consumidores, os media e a Internet. Ao explorarem novos meios através dos quais os cidadãos europeus podem descobrir e desfrutar dos conteúdos digitais e participar na sua criação, as indústrias culturais e criativas europeias são um importante motor da era digital. A prioridade da Comissão Europeia é apoiar o papel de liderança mundial da Europa na produção de conteúdos de qualidade mantendo, no contexto digital, a vantagem competitiva dos setores cultural e criativo europeus. O programa Europa Criativa visa ajudar estes setores a tirar plenamente partido das oportunidades criadas com a transição para a era digital. Tendo em conta esta evolução, foi atribuída uma dotação de dois milhões de euros ao plano de ação «Circulação dos filmes europeus na era digital» com vista a: melhorar as condições de circulação dos filmes europeus na UE; aumentar o número de espetadores e alargar os tipos de público dos filmes europeus a nível mundial; ajudar os intervenientes no mercado e os responsáveis políticos a antecipar as mudanças que tenham repercussões nas plataformas de distribuição, mantendo-os a par das últimas evoluções. istockphoto Small Frog Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas podemos ajudar as indústrias criativas a preparar a mudança.

12 12 C O M P R E E N D E R A S P O L Í T I C A S D A U N I Ã O E U R O P E I A Acesso ao financiamento As pequenas e médias empresas (PME) dos setores cultural e audiovisual necessitam de financiamento para expandir a sua atividade, mas, na sua maioria, têm dificuldade em obter empréstimos junto dos bancos. Conquistar novos públicos Outro objetivo subjacente a todas as ações do programa Europa Criativa é incentivar novas técnicas para conquistar novos públicos para as obras culturais europeias e consolidá-los a longo prazo. NA PT-C A partir de 2016, será progressivamente introduzido um mecanismo financeiro para os setores cultural e audiovisual com vista a facilitar o acesso ao crédito por parte das PME. Além disso, um novo dispositivo de reforço das capacidades disponibilizará serviços especializados aos mutuantes para que estes compreendam melhor a atividade destes setores. A criação de novos públicos é um conceito multidimensional que engloba aspetos culturais, sociais e económicos e implica: conquistar novos públicos; aprofundar a ligação com os públicos existentes; diversificar os públicos; reforçar a cooperação europeia em matéria de literacia mediática. Saiba mais Se as questões levantadas na presente publicação lhe suscitaram interesse, pode obter mais informações nos seguintes sítios: XX Europa Criativa, o programa-quadro da Comissão Europeia para apoiar os setores da cultura e dos media: XX Perguntas sobre a União Europeia? O serviço Europe Direct pode ajudá-lo: ISBN doi: /13733

Cultura e audiovisual

Cultura e audiovisual COMPREENDER AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA Cultura e audiovisual Celebrar a diversidade cultural europeia As indústrias culturais e criativas da Europa contribuem de forma decisiva para o crescimento económico

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

1) Breve apresentação do AEV 2011

1) Breve apresentação do AEV 2011 1) Breve apresentação do AEV 2011 O Ano Europeu do Voluntariado 2011 constitui, ao mesmo tempo, uma celebração e um desafio: É uma celebração do compromisso de 94 milhões de voluntários europeus que, nos

Leia mais

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011 ESPECIAL PMEs Volume III Fundos europeus 2ª parte O Portal de Negócios Rua Campos Júnior, 11 A 1070-138 Lisboa Tel. 213 822 110 Fax.213 822 218 geral@oportaldenegocios.com Copyright O Portal de Negócios,

Leia mais

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 INVESTIMENTO TERRITORIAL INTEGRADO POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 As novas regras e legislação para os investimentos futuros da política de coesão da UE durante o período de programação 2014-2020 foram formalmente

Leia mais

Quem somos. Em que acreditamos. Acreditamos nas pessoas

Quem somos. Em que acreditamos. Acreditamos nas pessoas Realizações de 2009 a 2014 Quem somos Somos a maior família política da Europa, com uma visão política de centro-direita. Somos o Grupo do Partido Popular Europeu do Parlamento Europeu. Em que acreditamos

Leia mais

Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08)

Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08) 20.12.2011 Jornal Oficial da União Europeia C 372/31 Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08) O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, TENDO EM CONTA

Leia mais

«Erasmus+» - Perguntas mais frequentes

«Erasmus+» - Perguntas mais frequentes COMISSÃO EUROPEIA NOTA INFORMATIVA Estrasburgo/Bruxelas, 19 de novembro de 2013 «Erasmus+» - Perguntas mais frequentes (ver também IP/13/1110) O que é o «Erasmus+»? O «Erasmus+» é o novo programa da União

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM Assembleia de Parceiros 17 de Janeiro 2014 Prioridades de Comunicação 2014 Eleições para o Parlamento Europeu 2014 Recuperação económica e financeira - Estratégia

Leia mais

15071/15 ip/arg 1 DG B 3A

15071/15 ip/arg 1 DG B 3A Conselho da União Europeia Bruxelas, 7 de dezembro de 2015 15071/15 SOC 711 EMPL 464 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: Secretariado Geral do Conselho data: 7 de dezembro de 2015 para: Delegações n.º doc. ant.:

Leia mais

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite para participar neste debate e felicitar os organizadores pela importância desta iniciativa. Na minha apresentação irei falar brevemente da

Leia mais

A importância de Bruxelas

A importância de Bruxelas A importância de Bruxelas Ana Paula Mesquita MAGELLAN Associação para a Representação dos interesses portugueses no exterior 1 Cerca de 80% das decisões com impacto nas empresas têm origem em Bruxelas.

Leia mais

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020

Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de julho de 2014 Resumo do Acordo de Parceria para Portugal, 2014-2020 Informações gerais O Acordo de Parceria abrange cinco fundos: Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

Fundos Comunitários. geridos pela Comissão Europeia. M. Patrão Neves. www.mpatraoneves.pt. www.mpatraoneves.pt. www.mpatraoneves.

Fundos Comunitários. geridos pela Comissão Europeia. M. Patrão Neves. www.mpatraoneves.pt. www.mpatraoneves.pt. www.mpatraoneves. Fundos Comunitários geridos pela Comissão Europeia M. Patrão Neves Fundos comunitários: no passado Dependemos, de forma vital, dos fundos comunitários, sobretudo porque somos um dos países da coesão (e

Leia mais

Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C.

Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C. Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C. Declaração de Princípios Quem Somos Somos uma organização não-governamental dedicada à promoção da liderança juvenil e da participação da cultura da juventude

Leia mais

Quem somos Em que acreditamos Acreditamos nas pessoas

Quem somos Em que acreditamos Acreditamos nas pessoas Prioridades para 2014-2019 Quem somos Somos o maior grupo político da Europa, orientado por uma visão política de centro-direita. Somos o Grupo do Partido Popular Europeu do Parlamento Europeu. Em que

Leia mais

Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II

Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II Número 7/junho 2013 O PROGRAMA URBACT II PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS E APRENDIZAGEM SOBRE O DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL O URBACT permite que as cidades europeias trabalhem em conjunto e desenvolvam

Leia mais

PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL MANUAL OPERACIONAL

PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL MANUAL OPERACIONAL 2015 PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL 2015 MANUAL OPERACIONAL Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2015 2/13 ÍNDICE 1. DEFINIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO... 3 1.1. Um prémio que reconhece a excelência

Leia mais

AÇÃO 1 APRENDIZAGEM E MOBILIDADE JUVENIL

AÇÃO 1 APRENDIZAGEM E MOBILIDADE JUVENIL AÇÃO 1 APRENDIZAGEM E MOBILIDADE JUVENIL Acção 1 1 CAPA da KA1 Acção 1 2 AÇÃO 1 APRENDIZAGEM E MOBILIDADE JUVENIL A Intercâmbios de Jovens B C D Serviço Voluntário Europeu Mobilidade de profissionais activos

Leia mais

Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Prioridades da presidência portuguesa da União Europeia na área de Ciência e Tecnologia Construir o futuro da Ciência e da

Leia mais

COMISSÃO EUROPEIA. o reforço de capacidades das organizações de acolhimento e a assistência técnica às organizações de envio,

COMISSÃO EUROPEIA. o reforço de capacidades das organizações de acolhimento e a assistência técnica às organizações de envio, C 249/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 30.7.2015 COMISSÃO EUROPEIA CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS EACEA 25/15 Iniciativa Voluntários para a Ajuda da UE: Destacamento de Voluntários para a Ajuda

Leia mais

O CONSELHO DA UE E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, REUNIDOS NO CONSELHO,

O CONSELHO DA UE E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, REUNIDOS NO CONSELHO, C 172/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 27.5.2015 Conclusões do Conselho sobre a maximização do papel do desporto de base no desenvolvimento de competências transversais, especialmente entre os jovens

Leia mais

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar?

Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar? QUESTÕES COLOCADAS PELO JORNALISTA MARC BARROS SOBRE O PROTOCOLO ENTRE A FNABA E O TURISMO DE PORTUGAL Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar? Com propostas para fazer e

Leia mais

EUROPA CRIATIVA (2014-2020) Subprograma «Cultura» Convite à apresentação de candidaturas n.º

EUROPA CRIATIVA (2014-2020) Subprograma «Cultura» Convite à apresentação de candidaturas n.º EUROPA CRIATIVA (2014-2020) Subprograma «Cultura» Convite à apresentação de candidaturas n.º EACEA 32/2014 : Projetos de cooperação europeia Execução das ações do subprograma «Cultura»: projetos de cooperação

Leia mais

Objetivos do Seminário:

Objetivos do Seminário: O Ano Internacional da Estatística -"Statistics2013"- é uma iniciativa à escala mundial que visa o reconhecimento da importância da Estatística nas sociedades. Com este objetivo o Conselho Superior de

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020

POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL INTEGRADO POLÍTICA DE COESÃO 2014-2020 As novas regras e legislação para os investimentos futuros da política de coesão da UE durante o período de programação 2014-2020

Leia mais

ENCONTRO DE MINISTROS DA AGRICULTURA DAS AMÉRICAS 2011 Semeando inovação para colher prosperidade

ENCONTRO DE MINISTROS DA AGRICULTURA DAS AMÉRICAS 2011 Semeando inovação para colher prosperidade ENCONTRO DE MINISTROS DA AGRICULTURA DAS AMÉRICAS 2011 Semeando inovação para colher prosperidade DECLARAÇÃO DOS MINISTROS DA AGRICULTURA, SÃO JOSÉ 2011 1. Nós, os Ministros e os Secretários de Agricultura

Leia mais

PROJECTO DE RELATÓRIO

PROJECTO DE RELATÓRIO ASSEMBLEIA PARLAMENTAR PARITÁRIA ACP-UE Comissão do Desenvolvimento Económico, das Finanças e do Comércio ACP-EU/101.516/B/13 18.08.2013 PROJECTO DE RELATÓRIO sobre a cooperação Sul-Sul e a cooperação

Leia mais

O que é o Portugal 2020?

O que é o Portugal 2020? O que é o Portugal 2020? Portugal 2020 é o novo ciclo de programação dos fundos europeus, que substitui o antigo QREN (Quadro Estratégico de Referência Nacional). Foi acordado entre Portugal e a Comissão

Leia mais

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 10.7.2013 SWD(2013) 252 final DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Decisão do Parlamento Europeu

Leia mais

ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES

ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 2.12. COM() 614 final ANNEX 1 ANEXO da COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES Fechar o ciclo

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 1 INOVAÇÃO Ação 1.1 GRUPOS OPERACIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

VERSÕES CONSOLIDADAS

VERSÕES CONSOLIDADAS 9.5.2008 PT Jornal Oficial da União Europeia C 115/1 VERSÕES CONSOLIDADAS DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA E DO TRATADO SOBRE O FUNCIONAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA (2008/C 115/01) 9.5.2008 PT Jornal Oficial da

Leia mais

O que pode a União Europeia fazer pelas pessoas? O Fundo Social Europeu é uma resposta a esta questão

O que pode a União Europeia fazer pelas pessoas? O Fundo Social Europeu é uma resposta a esta questão 1 2 O que pode a União Europeia fazer pelas pessoas? O Fundo Social Europeu é uma resposta a esta questão 3 A origem do Fundo Social Europeu O Fundo Social Europeu foi criado em 1957 pelo Tratado de Roma,

Leia mais

Victor Ferreira Plataforma Construção Sustentável Entidade Gestora do Cluster Habitat Sustentável

Victor Ferreira Plataforma Construção Sustentável Entidade Gestora do Cluster Habitat Sustentável 2ª CONFERÊNCIA PASSIVHAUS PORTUGAL 2014 29 de Novembro de 2014 Aveiro - Centro Cultural e de Congressos Victor Ferreira Plataforma Construção Sustentável Entidade Gestora do Cluster Habitat Sustentável

Leia mais

Juventude em Movimento: apoio da Europa aos jovens

Juventude em Movimento: apoio da Europa aos jovens Juventude em Movimento: apoio da Europa aos jovens ESTUDAR FORMAR-SE TRABALHAR PARTICIPAR OS TEUS DIREITOS APRENDER VIAJAR VOLUNTÁRIO CRIAR na EUROPA Nem a Comissão Europeia nem qualquer pessoa que atue

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo [Página 1 capa] Utilizar da melhor forma os fundos estruturais URBAN II Em apoio do comércio e do turismo O que é e sugestões para candidaturas a projectos bem sucedidas Com esta publicação, a DG Empresa

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS. Parecer

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS. Parecer Parecer COM(2013)627 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que estabelece medidas respeitantes ao mercado único europeu das comunicações eletrónicas e destinadas a criar um continente

Leia mais

Guia para Boas Práticas

Guia para Boas Práticas Responsabilidade Social Guia para Boas Práticas O destino certo para seu imposto Leis de Incentivo Fiscal As Leis de Incentivo Fiscal são fruto da renúncia fiscal das autoridades públicas federais, estaduais

Leia mais

O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013

O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013 O Desenvolvimento Local no período de programação 2014-2020 - A perspetiva do FSE - 10 de maio de 2013 Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 Conselho europeu 7 e 8 fevereiro 2013 Política de Coesão (Sub-rubrica

Leia mais

Fundos Estruturais e de Investimento 2014-2020

Fundos Estruturais e de Investimento 2014-2020 + competitivo + inclusivo + sustentável Fundos Estruturais e de Investimento 2014-2020 Piedade Valente Vogal da Comissão Diretiva do COMPETE Santarém, 26 de setembro de 2014 Estratégia Europa 2020 ESTRATÉGIA

Leia mais

CARTA EUROPEIA DAS PEQUENAS EMPRESAS

CARTA EUROPEIA DAS PEQUENAS EMPRESAS CARTA EUROPEIA DAS PEQUENAS EMPRESAS As pequenas empresas são a espinha dorsal da economia europeia, constituindo uma fonte significativa de emprego e um terreno fértil para o surgimento de ideias empreendedoras.

Leia mais

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa Apresentação ERASMUS+ - Ensino Superior O Erasmus+ é o novo programa da UE dedicado à educação, formação, juventude e desporto. O programa tem início

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO

PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO PROGRAMA OPERACIONAL COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO Jorge Abegão Secretário-Técnico do COMPETE Coimbra, 28 de janeiro de 2015 Estratégia Europa 2020 ESTRATÉGIA EUROPA 2020 CRESCIMENTO INTELIGENTE

Leia mais

.: Instrumentos de financiamento de apoio à competitividade no âmbito do Portugal 2020. 14 de Janeiro de 2015

.: Instrumentos de financiamento de apoio à competitividade no âmbito do Portugal 2020. 14 de Janeiro de 2015 14 de Janeiro de 2015 O que é o Portugal 2020? O Portugal 2020 é um Acordo de Parceria assinado entre Portugal e a Comissão Europeia, que reúne a atuação dos 5 fundos estruturais e de investimento europeus

Leia mais

Portugal 2020. Inovação da Agricultura, Agroindústria. Pedro Cilínio pedro.cilinio@iapmei.pt

Portugal 2020. Inovação da Agricultura, Agroindústria. Pedro Cilínio pedro.cilinio@iapmei.pt Portugal 2020 Inovação da Agricultura, Agroindústria e Floresta Pedro Cilínio pedro.cilinio@iapmei.pt FEDER 2020 - Prioridades Concentração de investimentos do FEDER Eficiência energética e energias renováveis

Leia mais

Programa Horizon 2020. Algumas Regras de Participação. Disposições Gerais

Programa Horizon 2020. Algumas Regras de Participação. Disposições Gerais Programa Horizon 2020 Fonte: Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece as Regras de Participação e Difusão relativas ao «Horizonte 2020 Programa-Quadro de Investigação

Leia mais

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020. DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE 2014-2020 DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013 REDE RURAL NACIONAL NOTA INTRODUTÓRIA O desenvolvimento das fichas de medida/ação está condicionado, nomeadamente,

Leia mais

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL NOS PAÍSES

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL NOS PAÍSES CENTRO CULTURAL DO BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL NOS PAÍSES I. Características e Objetivos: Este programa está destinado a apoiar pequenos projetos que promovam

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

PLANO ESTRATÉGICO TRIÉNIO 2014-2016

PLANO ESTRATÉGICO TRIÉNIO 2014-2016 PLANO ESTRATÉGICO TRIÉNIO 2014-2016 MENSAGEM INICIAL Assimilar um saber, um conteúdo, uma praxis em Terapia da Fala é uma condição sine quo non para que haja uma base científica. Contudo, esta base de

Leia mais

Declaração de Odense. O ABC para a Equidade Educação e Saúde. 4.ª Conferência Europeia das Escolas Promotoras de Saúde:

Declaração de Odense. O ABC para a Equidade Educação e Saúde. 4.ª Conferência Europeia das Escolas Promotoras de Saúde: Declaração de Odense O ABC para a Equidade Educação e Saúde 4.ª Conferência Europeia das Escolas Promotoras de Saúde: Equidade, Educação e Saúde 7-9 outubro 2013 A 4ª Conferência Europeia sobre escolas

Leia mais

CIEM2011 CASCAIS 27 E 28 DE OUTUBRO 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA DE EMPREENDEDORISMO

CIEM2011 CASCAIS 27 E 28 DE OUTUBRO 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA DE EMPREENDEDORISMO CIEM2011 CASCAIS 27 E 28 DE OUTUBRO 1ª CONFERÊNCIA IBÉRICA DE EMPREENDEDORISMO Reflexões sobre o Empreendedorismo na Escola Manuela Malheiro Ferreira manuelamalheirof@gmail.com Universidade Aberta CEMRI

Leia mais

PROGRAMA ESCOLA + Voluntária

PROGRAMA ESCOLA + Voluntária PROGRAMA ESCOLA + Voluntária 1. Apresentação O voluntariado é considerado como uma atividade inerente ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária para com o próximo, participando de

Leia mais

ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL

ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL ASSOCIAÇÃO PARA A ECONOMIA CÍVICA PORTUGAL MISSÃO A Associação para a Economia Cívica Portugal é uma Associação privada, sem fins lucrativos cuja missão é: Promover um novo modelo de desenvolvimento económico

Leia mais

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção IP/03/716 Bruxelas, 21 de Maio de 2003 Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção O reforço dos direitos dos accionistas e da protecção dos trabalhadores e

Leia mais

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2014-2020

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2014-2020 COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA 2014-2020 18-11-2015 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL, IP-RAM MISSÃO Promover o desenvolvimento, a competitividade e a modernização das empresas

Leia mais

Década do Cooperativismo

Década do Cooperativismo Década do Cooperativismo Aliança Cooperativa Internacional - ACI Fabíola Nader Motta Gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB Brasília, 11 de novembro de 2013 Cooperativismo no mundo Plano

Leia mais

Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização

Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização Portugal 2020: Investigação e Inovação no domínio da Competitividade e Internacionalização Duarte Rodrigues Vogal da Agência para o Desenvolvimento e Coesão Lisboa, 17 de dezembro de 2014 Tópicos: 1. Portugal

Leia mais

PROJETO DE PARECER. PT Unida na diversidade PT 2012/0340(COD) 14.6.2013. da Comissão da Cultura e da Educação

PROJETO DE PARECER. PT Unida na diversidade PT 2012/0340(COD) 14.6.2013. da Comissão da Cultura e da Educação PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão da Cultura e da Educação 14.6.2013 2012/0340(COD) PROJETO DE PARECER da Comissão da Cultura e da Educação dirigido à Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos

Leia mais

Documento em construção. Declaração de Aichi-Nagoya

Documento em construção. Declaração de Aichi-Nagoya Documento em construção Declaração de Aichi-Nagoya Declaração da Educação para o Desenvolvimento Sustentável Nós, os participantes da Conferência Mundial da UNESCO para a Educação para o Desenvolvimento

Leia mais

Valorizar os produtos da terra. Melhorar a vida das nossas aldeias. documento síntese para consulta e debate público 9 Fev 2015

Valorizar os produtos da terra. Melhorar a vida das nossas aldeias. documento síntese para consulta e debate público 9 Fev 2015 PROGRAMA VISEU RURAL Valorizar os produtos da terra Melhorar a vida das nossas aldeias documento síntese para consulta e debate público 9 Fev 2015 CONSELHO ESTRATÉGICO DE VISEU Apresentação. O mundo rural

Leia mais

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Nº 01 / SIAC / 2012 SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC) PROGRAMA ESTRATÉGICO +E+I PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NO 7.º PROGRAMA-QUADRO DE I&DT (UNIÃO EUROPEIA)

Leia mais

Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos

Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos Introdução A educação desempenha um papel essencial na promoção dos valores fundamentais

Leia mais

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado

Boletim Benchmarking Internacional. Inteligência de Mercado Boletim Benchmarking Internacional Inteligência de Mercado Dezembro de 2012 Apresentação Visando contribuir para os objetivos estratégicos do SEBRAE, são apresentadas neste boletim informações relacionadas

Leia mais

INSPIRANDO OS INOVADORES DA ENERGIA DO FUTURO

INSPIRANDO OS INOVADORES DA ENERGIA DO FUTURO INSPIRANDO OS INOVADORES DA ENERGIA DO FUTURO Photo by: Ryan Carter, Philip Cheung / Crown Prince Court - Abu Dhabi O Prêmio Zayed de Energia do Futuro é uma premiação anual, estabelecida pelo governo

Leia mais

Investir na ação climática. investir no LIFE PANORÂMICA DO NOVO SUBPROGRAMA LIFE AÇÃO CLIMÁTICA 2014-2020. Ação Climática

Investir na ação climática. investir no LIFE PANORÂMICA DO NOVO SUBPROGRAMA LIFE AÇÃO CLIMÁTICA 2014-2020. Ação Climática Investir na ação climática investir no LIFE PANORÂMICA DO NOVO SUBPROGRAMA LIFE AÇÃO CLIMÁTICA 2014-2020 Ação Climática O que é o novo subprograma LIFE Ação Climática? Em fevereiro de 2013, os Chefes de

Leia mais

O Banco Europeu de Investimento de relance

O Banco Europeu de Investimento de relance O Banco Europeu de Investimento de relance Como banco da UE, o BEI proporciona financiamento e conhecimentos especializados a projetos de investimento sólidos e sustentáveis, na União Europeia e no resto

Leia mais

PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor

PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor Dados da empresa Razão Social: Visa do Brasil Empreendimentos Ltda. Nome Fantasia:

Leia mais

ROCK IN RIO LISBOA 2014. Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento

ROCK IN RIO LISBOA 2014. Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento ROCK IN RIO LISBOA 2014 Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento PRINCÍPIOS O Sistema de Gestão da Sustentabilidade é baseado

Leia mais

II Edição 2014/2015 - REGULAMENTO -

II Edição 2014/2015 - REGULAMENTO - II Edição 2014/2015 - REGULAMENTO - Iniciativa de: Com o apoio de: 1. Apresentação O voluntariado é considerado como uma atividade inerente ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária

Leia mais

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA. Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA. Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA Proposta de planos anuais 1.º Ciclo do Ensino Básico Introdução O objetivo principal deste projeto é promover e estimular

Leia mais

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO 30.1. O comércio e a indústria, inclusive as empresas transnacionais,

Leia mais

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

Uma forma sustentável de alcançar os objetivos económicos e sociais da UE

Uma forma sustentável de alcançar os objetivos económicos e sociais da UE Uma forma sustentável de alcançar os objetivos económicos e sociais da UE Os instrumentos financeiros cofinanciados por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento são uma forma eficiente e sustentável

Leia mais

BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015. Sara Medina saramedina@spi.pt. IDI (Inovação, Investigação e Desenvolvimento) - Algumas reflexões

BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015. Sara Medina saramedina@spi.pt. IDI (Inovação, Investigação e Desenvolvimento) - Algumas reflexões BOLSA DO EMPREENDEDORISMO 2015 INSERIR IMAGEM ESPECÍFICA 1 I. Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) Missão: Apoiar os nossos clientes na gestão de projetos que fomentem a inovação e promovam oportunidades

Leia mais

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1373/XII/4ª Recomenda ao Governo a definição de uma estratégia para o aprofundamento da cidadania e da participação democrática e política dos jovens A cidadania é, além de um

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA LETÓNIA SOBRE COOPERAÇÃO NOS DOMÍNIOS DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA.

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA LETÓNIA SOBRE COOPERAÇÃO NOS DOMÍNIOS DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA. Decreto n.º 29/2002 Acordo entre a República Portuguesa e a República da Letónia sobre Cooperação nos Domínios da Educação, da Cultura e da Ciência e da Tecnologia, assinado em Lisboa em 17 de Outubro

Leia mais

Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias

Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias Profa. Dra. Lillian Maria Araújo de Rezende Alvares Coordenadora-Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos

Leia mais

Negócios Internacionais

Negócios Internacionais International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan Negócios Internacionais Capítulo 3.2 Influencia Governamental no Comércio 2004 Prentice Hall, Inc Objectivos do Capítulo Compreender a racionalidade

Leia mais

WORKSHOP EQUALITY PAYS OFF (A Igualdade Compensa)

WORKSHOP EQUALITY PAYS OFF (A Igualdade Compensa) WORKSHOP EQUALITY PAYS OFF (A Igualdade Compensa) Atrair e manter o talento feminino de topo Data: 24 de setembro 2013 Local: Representação da Comissão Europeia em Portugal Largo Jean-Monnet 1, 10ª 1269-068

Leia mais

Enquadramento e critérios de Candidatura

Enquadramento e critérios de Candidatura Enquadramento e critérios de Candidatura A cidadania ativa constitui um elemento chave do reforço da coesão social. O Conselho da União Europeia instituiu o ano de 2011, como Ano Europeu do Voluntariado

Leia mais

Texto Final. Projeto de Lei n.º 68/XII (1.ª) (PSD e CDS-PP) Lei de Bases da Economia Social

Texto Final. Projeto de Lei n.º 68/XII (1.ª) (PSD e CDS-PP) Lei de Bases da Economia Social Texto Final Projeto de Lei n.º 68/XII (1.ª) (PSD e CDS-PP) Lei de Bases da Economia Social Artigo 1.º Objeto A presente lei estabelece, no desenvolvimento do disposto na Constituição da República Portuguesa

Leia mais

CO SELHO DA U IÃO EUROPEIA. Bruxelas, 3 de Outubro de 2011 (06.10) (OR.en) 14552/11 SOC 804 JEU 53 CULT 66. OTA Secretariado-Geral do Conselho

CO SELHO DA U IÃO EUROPEIA. Bruxelas, 3 de Outubro de 2011 (06.10) (OR.en) 14552/11 SOC 804 JEU 53 CULT 66. OTA Secretariado-Geral do Conselho CO SELHO DA U IÃO EUROPEIA Bruxelas, 3 de Outubro de 2011 (06.10) (OR.en) 14552/11 SOC 804 JEU 53 CULT 66 OTA de: Secretariado-Geral do Conselho para: Delegações n.º doc. ant.: 14061/1/11 REV 1 SOC 759

Leia mais

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, I. INTRODUÇÃO

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA E OS REPRESENTANTES DOS GOVERNOS DOS ESTADOS-MEMBROS, I. INTRODUÇÃO 14.6.2014 PT Jornal Oficial da União Europeia C 183/5 Resolução do Conselho e dos Representantes dos Governos dos Estados Membros, reunidos no Conselho, de 20 de maio de 2014, sobre um Plano de Trabalho

Leia mais

COSME instrumentos financeiros

COSME instrumentos financeiros COSME instrumentos financeiros O que é o programa COSME? O programa COSME é o programa da UE para a Competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PME). Uma parte significativa do programa COSME é dedicada

Leia mais