Título: Novos Formatos de Telejornais Interativos para a TV Digital: análise e. desenvolvimento de programas jornalísticos e educacionais com conteúdo

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1 Pesquisador: Prof. Dr. Antonio Claudio Brasil Gonçalves Título: Novos Formatos de Telejornais Interativos para a TV Digital: análise e desenvolvimento de programas jornalísticos e educacionais com conteúdo interativo para a TV digital brasileira. Período de execução: 1º semestre/2011 a 2º semestre/2013 Linha de Pesquisa: Linha 2. Tecnologias, Linguagens e Inovação no Jornalismo Grupo de Pesquisa: Grupo de Pesquisa Interinstitucional de Pesquisa em Telejornalismo - GIPTELE Apresentação Apesar dos avanços das novas tecnologias, a televisão ainda é o nosso principal meio de comunicação, o veículo mais eficiente para informar, entreter e educar públicos de massa. Segundo dados recentes, os televisores ainda são os aparelhos eletrônicos domésticos mais populares em todo o mundo, com mais de 1,6 bilhão de unidades em funcionamento. Aqui no Brasil, 98% dos lares possuem televisores e em média, cada brasileiro permaneceu cerca de 5 horas, 2 minutos e 25 segundos por dia diante do televisor, assistindo não só TV aberta mas também TV paga e DVD. 1 Por outro lado, as atuais promessas de uma televisão digital do futuro com o mesmo conteúdo analógico do passado e sob controle dos mesmos conglomerados comunicacionais não parecem oferecer alternativas otimistas para o futuro do meio televisivo. Cabe à universidade brasileira um papel importante para desenvolver essas alternativas, em termos de pesquisas sobre novos conteúdos, formatos e linguagens para 1 Esses dados são do Painel Nacional de TV do Ibope que mede audiência nas principais capitais brasileiras obtidos em 2007.

2 os telejornais interativos para a TV digital. TV analógica No Brasil, a análise dos índices de audiência realizada por Priolli (2000), também comprova uma tendência de fragmentação e busca de novas alternativas para a TV e os telejornais tradicionais:...de quase monopólio da Globo entre final dos anos 60 e final dos 80 [...] houve uma perda de 20% de audiência, nas telenovelas das 20 horas, entre 1989 e As telenovelas das 19 horas e o Jornal Nacional tiveram queda na audiência de 91 a 94: de 60 para 49 pontos e de 60 para 45 pontos ou 18,3% e 25%, respectivamente. O modelo do espectador fiel parece estar em extinção. 2 As expectativas em relação as TVs por assinatura um mero meio de transição entre o passado analógico e o futuro digital não conseguiram corresponder às expectativas de um publico cada vez mais exigente e menos fiel. Os efeitos da Internet na utilização da TV e de outras mídias são complexos e ainda requerem pesquisas mais aprofundadas. No entanto, estudos preliminares já indicam um crescimento do jornalismo na Internet em detrimento da audiência televisiva: Nos últimos 60 anos, no entanto, a televisão e a linguagem televisiva têm evoluído com a incorporação de novas tecnologias como o vídeotape, a cor e o controleremoto. Seu conteúdo midiático muda constantemente e enfrenta novos desafios. Hoje o mundo é digital, os seres humanos compartilham e trocam informação em formatos digitais, e a televisão digital é uma evolução tecnológica natural do sistema analógico atual: permite qualidade superior de imagem e som, assim como a serviços adicionais, como requerem as necessidades atuais do século 21. TV digital: a questão é o conteúdo. O pesquisador e diretor do Instituto de Estudos de TV, Nelson Hoineff diz que O maior desafio para a implantação da TV digital não é a questão meramente 2 Priolli (2000), p.168

3 tecnológica. É, sim, o desenvolvimento de novas linguagens audiovisuais para a produção de conteúdos comunicacionais mais apropriados e eficientes. A TV digital precisa inovar seus programas e formatos e a cabe à universidade brasileira um papel fundamental na construção desse novo meio 3. Problematização O Brasil é hoje um dos maiores consumidores de televisão do mundo e um dos menores produtores. O brasileiro vê mais televisão do que quase todos os outros povos, mas se reconhece muito pouco nela, ao menos de forma autentica, não perfumada ou estilizada. A estreiteza do volume de produção, mas, sobretudo da diversidade da produção, é responsável pelo triste quadro que se vê hoje em relação a qualidade da nossa televisão e do nosso telejornalismo. O Brasil também possui hoje uma das maiores e melhores produções espontâneas de audiovisual do mundo. O que existe, no entanto, é um vasto mundo inexplorado pela frente, tanto no desenvolvimento de softwares para aplicações nas plataformas digitais de televisão, quanto no conteúdo específico para essas plataformas. Nosso país pode e deve se transformar num grande produtor e exportador de ambos. Tem que garantir que o espectro digital seja ocupado por imagens brasileiras, pensamentos brasileiros e por aplicações originais desenvolvidas por pesquisadores, criadores e laboratórios brasileiros. Para estarmos na primeira linha dos que pesquisam o desenvolvimento de conteúdos originais para a era digital e não continuarmos aceitando o jogo dos que acreditam que o Brasil possa ser um eventual produtor de hardware, mas que fique por aí e permaneça sendo um eterno consumidor de idéias e de informação. Mas em sua versão analógica ou digital, o segmento mais importante da programação da televisão ainda é o jornalismo. De acordo com um estudo divulgado pela Online Publishers Associations, 66% do público na Internet assistem a vídeos com notícias, superando os trailers de filmes, videoclipes musicais e esportivos. Os jovens 3 Pronunciamento durante audiência pública no Senado Federal no dia 24 de Junho de 2007.

4 representam 21% desse público. Isso pode ser uma ótima notícia para os executivos responsáveis pelos nossos telejornais. As mesmas notícias desses jornais colocadas na Internet alcança um público bem mais jovem. O público jovem certamente migra cada vez mais para a rede e busca o noticiário de qualidade. Porém, nesse mesmo cenário com tantos desafios e mudanças, tanto a televisão quanto o seu segmento noticioso, o telejornalismo, enfrentam uma de suas maiores crises de identidade 4. TVs começam a perceber a crise nos telejornais No universo do telejornalismo prevalece o conhecimento empírico, a hegemonia da prática sobre teorizações que muitas vezes parecem passar ao largo do seu objeto. Nosso objetivo permanente é procurar por meios novos expressar e desenvolver a prática jornalística. Ao mesmo tempo em que refletimos sobre a natureza da matéria-prima do trabalho telejornalístico, visamos criar alternativas para descrever imagens com recursos mais aprimorados do que as palavras. Buscamos formas imagéticas para descrever e fazer um telejornalismo mais audiovisual. Antonioni dizia que um filme que pode ser explicado por palavras não é um filme. Tentamos tenta demonstrar que palavras não podem explicar senão uma pequena fração do que contém uma imagem e isso é francamente insuficiente para quem precise usar a imagem jornalística de maneira consistente para a construção de um novo texto visual. Por outro lado, a revista norte-americana Newsweek publicou estudo sobre o futuro dos telejornais nos EUA, intitulado The future of evening news. 5 Mas será que os telejornais ainda têm salvação? A crise pode ser irreversível. Hoje, a audiência conjunta dos principais telejornais americanos não passa de 30 milhões de espectadores. Apesar de ainda ser um público expressivo, caiu para metade do recorde histórico em A curva descendente, no entanto, tende a se acentuar 4 HARGREAVES (2003), p

5 desde a implantação da Internet. Mas não só o formato dos telejornais que envelheceu. O público desses programas tem média de idade por volta dos 60 anos. E o pior é que esse público não se renova. Fica mais velho a cada ano. Não há luz no final do túnel. A única solução é recuperar o público mais jovem. Após mais de 50 anos de grandes realizações, o velho modelo de produção televisivo apresenta sinais evidentes de desgaste, queda de audiência, a programação se tornou repetitiva, pouco criativa e o meio enfrenta a competição crescente das novas tecnologias. Em tempos de revolução digital, a audiência do meio e, principalmente, dos telejornais, envelhece, está cada vez mais reduzida, insatisfeita e busca alternativas. Pesquisas recentes divulgadas nos EUA indicam a migração do público televisivo para a Internet e o desinteresse do publico pelo jornalismo (pesquisa da IBM sobre o futuro da TV) 6. Os meios tradicionais têm sentido o impacto de duas distintas e poderosas tendências. O jornalismo na Internet atrai segmentos significativos do publico. Enquanto a televisão ainda é o meio dominante em termos de tempo despendido pelos espectadores com uma media diária de minutos, o computador desponta como o segundo mais importante meio comunicacional com cerca de 120 minutos diários. 7 Referências históricas A televisão chegou ao Brasil em 1950 como instrumento da evolução dos meios de comunicação do mundo. Tendo herdado algumas características do radio, aos pouco foi se difundindo e apenas em um ano já existiam no país cerca de aparelhos. Inaugurada em caráter definitivo em 18 de setembro de 1950 a TV Tupi de São Paulo foi a primeira rede de televisão e da América Latina. O polêmico e visionário empresário brasileiro Assis Chateaubriand, resolveu trazer para o Brasil a Internet da época, a televisão. Ele não seguiu um plano de governo ou estratégia consensual de desenvolvimento nacional. Assim como tantos outros

6 eventos históricos brasileiros, Assis Chateaubriand simplesmente vislumbrou uma grande fonte de dinheiro e poder. Apesar de todas as dificuldades e já tendo uma base comunicacional instalada em todos os pais na forma de redes radiofônicas, a televisão não teve a menor dificuldade para se instalar e se desenvolver em nosso país. O Brasil foi o quarto pais do mundo a implantar aquela nova tecnologia, a TV. Na falta de planejamento ou pesquisas sobre a melhor implantação do novo meio ou produção de conteúdo especifico, a televisão brasileira se desenvolveu sob o signo da improvisação. Nos primeiros anos, não passava de um radio com imagens. Na pressa de adotar o novo, adaptamos o mesmo velho conteúdo radiofônico para o novo meio televisivo. Ainda hoje, a TV sofre da mesma falta de planejamento, excesso de improvisações, falta de pesquisas experimentais de conteúdo e de objetivos estratégicos. A televisão brasileira esmerou-se na técnica, importou e adaptou narrativas comunicacionais, conquistou grande audiência e hoje, é refém do próprio sucesso. Diante de mudanças eminentes com a implantação de sistemas digitais, insistem nos velhos modelos de produção e de administração dos mesmos conglomerados econômicos. Dessa forma, reafirmamos a importância dos meios acadêmicos apontarem alternativas e soluções para a migração da TV e dos telejornais para o universo digital. Entendemos que o sucesso da televisão convencional está ligado ao que Castells define como instinto básico de uma audiência preguiçosa. Os espectadores são atraídos pelo caminho da menor resistência. Mas para Castells, o problema não seria o mero reflexo da natureza humana. As condições da vida com longas horas de trabalho pesado e falta de alternativas para o envolvimento pessoal e cultural. 8 No entanto, uma nova geração de usuários de meios digitais estabelece um comportamento diferenciado, mais participativo e em regime de multitarefas ao o assistir televisão. Na transição digital, o aparelho de TV se confunde com o computador, cria um híbrido, o teleputer e um novo conceito de recepção. Segundo Eli Noam, a audiência tende a se transformar em um viewsers, combinação das palavras viewer (espectador) e browser (pesquisador), em uma televisão na Internet. 9 8 Castells, (1999), p Noam, Groebel, Gerbarg et all, (2004), p.37.

7 ADEQUAÇÃO DA PESQUISA A contribuição da pesquisa para a área de comunicação além do aspecto formal de produção e divulgação de matérias de ciências exatas, sociais e estudos culturais está no ineditismo conceitual: uma análise da comunicação televisiva digital do ponto de vista da produção jornalística. Sob esse aspecto, a pesquisa transita nesta complexa área da produção de conteúdos jornalísticos e a criação dos meios discursivos e imagéticos para a sua comunicação. Do ponto de vista da comunicação, há inúmeras razões para que os estudos sobre a migração da TV e dos telejornais para a Internet se torne um objeto de pesquisa permanente, pois as matérias de conteúdo comunicacional estão em expansão na área acadêmica. Nunca se publicou e se produziu tantos vídeos na rede como atualmente. E o discurso comunicacional desses vídeos, diferente dos outros gêneros jornalísticos, se legitima pela aura de eficiência da própria internet. Estudar a evolução dos telejornais para a rede representa, na contemporaneidade, dar uma contribuição para o debate da sociedade brasileira que procura, pelos seus próprios meios, soluções para os graves problemas sociais. A revolução da informática, que modifica em profundidade a comunicação de massa, provoca uma nova configuração nas funções da mídia. Nesta nova configuração, a imprensa escrita assume uma função de aprofundamento da informação, com uma escrita mais reflexiva, ficando a mídia eletrônica com a informação imediata, emocional e impressionista. Podemos, em síntese, definir o campo do Projeto em três áreas distintas e interligadas: a produção de pesquisa na área do jornalismo online, da televisão digital e das tecnologias da comunicação; a produção e divulgação de matérias jornalísticas realizadas junto às unidades de ensino e pesquisa da UFSC e de importantes centros de pesquisa de universidade brasileiras e internacionais; e a prática de uma pedagogia para o ensino do jornalismo que habilite os alunos para os desafios do jornalismo contemporâneo que será cada vez mais exigente do ponto de vista dos conteúdos científicos, sociais e culturais. Cabe reafirmar que o projeto se baseia em duas atividades pré-existentes (ensino

8 teórico de jornalismo e relações públicas e a prática laboratorial em televisões digitais universitárias transmitidas pela Internet). Metodologia A metodologia deste projeto de pesquisa está voltada para uma prática laboratorial e experimental de técnicas de produção telejornalística para a Internet. Como estamos lidando com novas tecnologias, também buscamos um novo saber, que se constrói de forma mais rápida e precisa. O objetivo é analisar a utilização de novas linguagens, formatos, programas computacionais e equipamentos voltados para a prática de um jornalismo multimidiático pela Internet. Assim, o método passa pela prática, pelo incentivo à inovação, mas também pela análise crítica de formatos, linguagens e conteúdos produzidos, pelo suporte técnico e pelo amparo acadêmico. Além da experimentação na produção desses novos telejornais interativos, procuraremos avaliar seus resultados em um sistema de amostragem e análise por parte de grupos seletivos de audiência. A pesquisa proposta parte de uma perspectiva de produção de conteúdo jornalístico digital com os mecanismos tecnológicos que permitem sua divulgação e aplicação. Ao basear a pesquisa em duas áreas de conhecimento, estamos propondo um sistema de trabalho com base nas disciplinas de TIC - Teorias da Informação e Comunicação, de natureza interdisciplinar. As disciplinas de TIC definem-se como o conjunto de técnicas necessárias para converter, estocar, gerar, transmitir e recuperar a informação. Terminologia surgida na França designa, ao mesmo tempo, o conjunto de inovações tecnológicas, mas também os conhecimentos e habilidades que permitem a circulação da informação, ou seja, a comunicação. O desenvolvimento tecnológico provocou um grande impacto no domínio das ciências humanas e do ensino, tanto que se fala em TICE (Tecnologias da Comunicação e da Informação para a Educação). As disciplinas de TIC são por natureza interdisciplinares, uma vez que não se destinam somente ao domínio da técnica, mas ao uso e aplicação da tecnologia para fins de comunicação de conteúdos.

9 O que distingue as chamadas disciplinas de TIC é a ênfase nos conteúdos, ou seja, a apropriação da tecnologia para fins de produção de conhecimentos, de criação artística, de gerenciamento de funções, de sistemas de busca e de recuperação de informação para fins educacionais e de desenvolvimento social. O jornalismo, que entrou na era da informatização, desde a primeira hora, está à frente do processo de assimilação das tecnologias digitais, com o objetivo de informar, facilitar o acesso à informação, desenvolver linguagens de síntese, criar novos meios de comunicação e organização da enorme quantidade de dados acumulados na forma de edições antigas dos jornais e das imagens televisivas e de áudio guardadas nas emissoras de rádio e televisão. Um dos papeis da universidade, na área da comunicação e informação, é desenvolver pesquisas que contribuam para a sistematização desse conhecimento. Do ponto de vista da pesquisa, o trabalho divide-se em duas áreas: 1) desenvolvimento tecnológico que permita utilizar o potencial das tecnologias digitais, para o aperfeiçoamento da transmissão de conteúdos do jornalismo científico, a partir de uma perspectiva metodológica da Ciência da Informação e Comunicação; 2) aprofundamento dos estudos conceituais e teóricos na área da comunicação que dêem subsídios para a realização de matérias científicas para televisão e jornalismo impresso. Com o propósito de mapear e fundamentar a metodologia empregada, descrevemos abaixo, de forma sintética, os objetivos da pesquisa, que são o próprio percurso do sistema de trabalho. Detalhamento da pesquisa No universo do jornalismo e principalmente, no telejornalismo, prevalece o conhecimento empírico, a hegemonia da prática sobre teorizações que muitas vezes parecem passar ao largo do seu objeto. Nosso objetivo permanente é procurar por meios novos analisar, expressar e desenvolver a prática jornalística. Recentemente, plataformas digitais passaram a permitir, por um lado, o radical processamento e transformação das imagens captadas; por outro a construção de

10 mecanismos de busca atrelados a sofisticadas formas de catalogação e pesquisa que há muito remeteram ao cotidiano a possibilidade da identificação de milhões de ocorrências em frações de segundo. Nosso objetivo é propor um método que permita ao usuário a classificação de informações visuais, a partir de critérios muito mais eficazes e menos frágeis que a simples descrição dessas imagens por palavras. Com esse método, pretendemos nos concentrar no texto e nas imagens captadas da realidade pelo trabalho do telejornalismo e propor novos formatos e linguagens que possam mudar significativamente a produção de conteúdo audiovisual para a TV digital na Internet. Este método estende seus benefícios para os produtores e difusores de informação jornalística e naturalmente para os consumidores de toda essa informação. Ao mesmo tempo em que refletimos sobre a natureza da matéria-prima do trabalho telejornalístico, visamos criar alternativas para descrever imagens com recursos mais aprimorados do que as palavras. Buscamos formas imagéticas para descrever e fazer um telejornalismo mais audiovisual. O cineasta italiano Michelangelo Antonioni dizia que um filme que pode ser explicado por palavras não é um filme. Em nossas pesquisas de doutorado tentamos demonstrar que palavras não podem explicar senão uma pequena fração do que contém uma imagem e isso é francamente insuficiente para quem precise usar a imagem jornalística de maneira consistente para a construção de um novo texto visual. Em resumo, a metodologia proposta é a da pesquisa ação, de Thiollent (1994), ressaltando, entretanto, que a vertente participativa dessa corrente será privilegiada. Pretendemos analisar as práticas jornalísticas e educacionais na produção de TVs e telejornais digitais na Internet sem interferir sobre o fazer de nossos sujeitos partícipes. Segundo esse autor, Uma hipótese é simplesmente definida como suposição formulada pelo pesquisador a respeito de possíveis soluções a um problema colocado na pesquisa, relativamente ao nível observacional. Na presente pesquisa, partiremos da hipótese que é possível analisar e desenvolver programas educativos e telejornais digitais interativos ao incentivar a experimentação de novos conteúdos audiovisuais.

11 Abordaremos a questão, em nível de observação e ação (proposta da pesquisaparticipante), focalizando prioritariamente segmentos do campo teórico por meio de análise de programas, pesquisa à Internet e observação das práticas jornalísticas das TVs digitais universitárias. As técnicas de coleta de dados referentes às informações serão, primeiramente, fornecidas pelos participantes universitários (estudantes de graduação do curso de Jornalismo do CCE da UFSC, prioritariamente, via: questionários, entrevistas individuais, relatos de vivências, discussão em grupo, seminários etc. O âmbito de pesquisa será delimitado por um quadro de alunos voluntários e bolsistas do Curso de Jornalismo do CCE da UFSC. Depois recorreremos a entrevistas por meio de questionários, elaborados com a participação destes alunos, a serem enviados aos profissionais da comunicação e demais sujeitos que representam o segmento preocupado com a qualidade das informações frente aos questionamentos que envolvem o terceiro setor, para que opinem sobre as inovações nos telejornais propostas pela pesquisa. Por fim, haverá a avaliação do resultado final, com o cruzamento das informações, oriundas da coleta de dados, elaboração de categorias que auxiliem na avaliação dos resultados com ênfase na análise qualitativa e também no processo desenvolvido pelos participantes e; ao cabo, a redação do relatório de pesquisa. O projeto também contempla a publicação dos resultados da pesquisa na forma de artigos acadêmicos em congressos, encontros ou seminários nacionais da área de comunicação. ADEQUAÇÃO TEÓRICA O jornalismo tem uma dupla funcionalidade: se por um lado ele é o meio de circulação de informação e reprodução dos discursos de conhecimentos políticos, sociais científicos e culturais da sociedade; por outro, ele é produtor de discurso, tendo uma função de criação participando dos efeitos culturais e simbólicos da sociedade. Neste sentido, existe um espaço entre a informação jornalística e a linguagem televisiva oferecido pela convergência de mídias na Internet. Nossa pesquisa analisa o texto, a

12 imagem e os conteúdos dos programas de jornalismo para a TV digital na Internet dentro desta perspectiva, ou seja, num contexto de produção discursiva. O texto jornalístico não é jamais neutro, é um relato que busca um sentido comunicacional - o caráter impressionista ao qual não escapa a informação audiovisual. O jornalismo digital é um discurso (textual ou imagético), e um discurso é sempre um sistema construído segundo categorias, esquemas de percepção e de apreciação, regras de funcionamento que remetem às condições mesmas de sua produção (Chartier, 1998: 58). Dentro desta perspectiva de análise, atribuímos ao jornalismo as funções de informação, produção de discurso e expressão da sociedade em que está inserido. O texto de jornalismo nas TVs digitais pela Internet evolui para além da informação objetiva. Ele traz também componentes simbólicos. Isto não quer dizer que a pesquisa não leve em conta os estudos pragmáticos na área da comunicação, apenas que faz uma opção pelas teorias da comunicação que valorizam as representações sociais no processo comunicativo. Nosso escopo parte do conceito de um novo jornalismo digital onde estão agregados valores sociais. É importante assinalar, que dentro desta perspectiva de análise, o papel da imprensa reveste-se da maior importância, pois os eventos e os relatos sobre eles são indissociáveis. A imprensa, na contemporaneidade, tem um papel preponderante na divulgação de conteúdos informacionais, mas também nas idéias que as pessoas constroem sobre suas próprias identidades. Os estudos teóricos têm por objetivo contextualizar o tema do jornalismo digital o dentro de uma discussão mais vasta das representações sociais, que procura entender os mecanismos de produção simbólica da informação produzida pela mídia. Na medida em que a pesquisa avança, vai influenciando a produção de jornalismo nas TV universitárias digitais na Internet.. Em síntese, a presente pesquisa propõe o estudo e análise do jornalismo digital dentro de um quadro teórico que se articula com uma metodologia de trabalho que se enquadra dentro das chamadas disciplinas de TIC Teorias da Informação e Comunicação, que visam a interação entre a convergência de novas tecnologias

13 midiáticas e o conhecimento acadêmico. Segundo VENÂNCIO (1996), a convergência tecnológica - entre telecomunicações, cultura de massa e a informática da era digital - colocou as mídias como elementos fundamentais da globalização econômica e cultural, canalizando grandes investimentos publicitários. Os media constituem objetos privilegiados nas disputas pelo poder político e fonte primeira das incertezas com relação ao futuro da democracia e consequentemente da Educação. Esta convergência também corresponde a outros tantos instrumentos de persuasão midiática, de pressão e de imposição de valores e crenças. As formas simbólicas, a nosso ver, teriam capacidade dual: como "símbolos de" elas tornam a realidade presente; e como "símbolos para" criam hipérboles que as tornam supostamente reais aos receptores. O potencial comunicacional e educacional do novo meio, principalmente em relação ao jornalismo, ainda está para ser analisado, entendido e desenvolvido. O jornalismo na Internet ainda está em plena evolução. Depois de algum tempo apenas reproduzindo as linguagens de outros meios, do jornal impresso, da televisão e do rádio, as páginas jornalísticas online passam por transformações. Os profissionais de imprensa começaram a descobrir as peculiaridades desse novo veículo, perceberam a necessidade de prover conteúdo e formato especiais para o meio digital. Vários papers, dissertações e teses serão significativos para a constituição do nosso referencial teórico. A dissertação de mestrado de Leila Nogueira, O Webjornalismo audiovisual: uma análise de notícias no UOL News e na TV UERJ Online, da UFBA, trouxe importantes contribuições para o estudo do jornalismo audiovisual na rede e destacou a importância e pioneirismo do nosso projeto de TV digital na Internet. Por outro laod, a dissertação de mestrado de Simone de Lucena Ferreira, Um estudo sobre a interatividade nos ambientes virtuais da Internet e sua relação com a educação: o caso da ALLTV, da UFSC, seja do Programa de Pós- Graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação e focada na educação, sua pesquisa sobre a ALLTV contribuiu para a análise da interatividade nesta televisão online. Devemos destacar igualmente os trabalhos de Janara Sousa, mestre em

14 Comunicação pela UNB, apresentados na Intercom, Segunda Geração da Teoria do Meio: a contribuição de Meyrowitz e Estudo dos Meios de Comunicação: A contribuição da Teoria do Meio, certamente serão úteis para aprofundar os conhecimentos desta corrente de pesquisa. A escolha do tema sobre TV e telejornais digitais deve-se ao fato dos dois remediarem a gramática de diversos meios e por proporcionarem um ambiente que permite a interatividade, em diferentes graus, do público com a emissora. Optamos, numa primeira fase, por analisar dois modelos diferenciados de produção de notícias televisivas um programa jornalístico produzido exclusivamente para a Internet e telejornais via TV aberta, TV a cabo, Internet e celular com o objetivo de investigar a interatividade e a remediação em diferentes situações comunicacionais. Os dois conceitos foram escolhidos para serem a base da análise por terem sido potencializados com as mídias digitais e por serem de extrema relevância no contexto da convergência dos meios de comunicação observado atualmente. Alcance, Resultados, Contribuições e Metas: Além do alcance, esses são alguns dos resultados, contribuições e metas a serem atingidos pela pesquisa: 1. Produção de arquivo digital de vídeos: armazenamento e visualização de programas televisivos e telejornais pela Internet. 2. Interatividade através da utilização de mensagens eletrônicas instantâneas com os usuários, inclusive durante eventos ao vivo. 3. Flexibilidade ao permitir que o usuário escolha suas preferências na navegação com as diferentes bandas (Banda larga, Discada e Áudio) 4. Interatividade com o conteúdo do evento: download de arquivos; perguntas e respostas; enquetes on line; pesquisa; cronismo entre o áudio/vídeo e os slides transmitidos pelos telejornais; 5. Exercícios de interatividade entre os produtores e o público dos telejornais online.

15 6. Produção de estatísticas completas e avaliações de audiência, como número de conexões simultâneas, conexões por hora/dia/semana/mês/ano, tráfego utilizado, dentre outras e opiniões dos telespectadores/internautas. Tais resultados foram definidos diante do contexto atual, no qual se observa que as possibilidades tecnológicas digitais reconfiguraram as tecnologias e práticas comunicacionais anteriores. Os meios de comunicação tradicionais viram-se impelidos a reorganizarem o modo de produção e distribuição do seu conteúdo a fim de ampliarem seus serviços de informação e entretenimento. Para tal, muitas vezes as mídias tradicionais apropriam-se de linguagens e de características da Internet ou utilizam a rede como um canal complementar, com o objetivo de não perder a audiência e, principalmente, conquistar um público. Em resumo, esta pesquisa está voltada para a reconfiguração do campo comunicacional decorrente da convergência da TV e dos telejornais com a Internet, sobre o qual deve ser feita uma reflexão aprofundada, teórica e qualitativa. Como a Internet será futuramente concebida como uma infra-estrutura comum no cotidiano das pessoas, é necessário avaliar os impactos dessa convergência na sociedade, nas relações humanas e na relação homem/máquina e que linguagem e formatos deve ser utilizados. Com a possibilidade de transmitir dados em tempo real e com a digitalização de áudio e vídeo, observamos um agrupamento de todos os sistemas de comunicação existentes. Ao que já foi explorado pela imprensa, rádio e televisão, adicionam-se novas possibilidades de transmissão de informação com a interatividade e a velocidade características da Internet. Pretende-se nesta pesquisa avaliar como se está dando este processo de hibridação midiática, no qual os meios de comunicação tradicionais se apropriam da Internet como suporte de interatividade. Para tal, serão analisados casos específicos de programas jornalísticos produzidos para as televisões universitárias digitais com transmissão pela Internet. Assim, avaliaremos como novos meios de comunicação se convergem e dialogam entre si rumo a uma tendência mais interativa e participativa por parte do espectador. Ao longo deste trabalho vamos nos deparar com uma série de questionamentos.

16 Como se dá esta interatividade? Este grupo de indivíduos com acesso à Internet de alta velocidade está realmente interessado em interagir ou a interatividade é apenas uma estratégia de marketing? Quais são os suportes materiais que despertam a atenção e conseguem envolver estes espectadores? Por se tratar de um fenômeno recente e ainda em expansão, não podemos chegar a conclusões definitivas sobre a participação efetiva dos internautas. No entanto, através deste estudo de caso, podemos observar a evolução da relação dos indivíduos com os meios de comunicação no dia-a-dia e traçar tendências de comportamento dos usuários desta nova mídia. Do ponto de vista acadêmico, nosso projeto também contribui, em termos práticos, para a assimilação da pesquisa de conteúdo como técnica jornalística e para a reflexão de seu uso seja no exercício da profissão, ou na definição de paradigmas para a pesquisa científica, na interface possível com os estudos da comunicação. Dentro desta perspectiva, a pesquisa tem uma proposta pedagógica, uma vez que os conhecimentos sociais, culturais e teóricos são essenciais à prática jornalística. A experiência pedagógica com os alunos de graduação indica este caminho, fruto de uma longa experiência aplicada na produção de programas jornalísticos para a Televisão digital na Internet. Esses programas fazem com que conteúdos experimentais e inovadores agreguem conhecimentos ao exercício prático do jornalismo. O número de projetos interligados coordenados pelos pesquisadores é resultado desta opção que alia teoria e prática: ou seja, os conhecimentos teóricos a serviço da formação dos futuros jornalistas. Esses projetos envolvem os alunos de graduação em todas as etapas do seu desenvolvimento: 1) na parte prática, os estagiários e bolsistas são responsáveis pela apuração, realização das entrevistas e redação das matérias e edição de imagem; 2) na pesquisa tecnológica, os alunos devem dominar softwares de televisão e de atualização de sites, além dos princípios de indexação dos conteúdos; 3) na pesquisa teórica, os alunos participam dos estudos conceituais na área da comunicação e jornalismo científico, além de fazerem a leitura dos jornais, clipping das matérias científicas e

17 escuta dos programas de televisão. Criamos um sistema de trabalho para os alunos, estagiários e bolsistas que envolve os conhecimentos teóricos e o domínio da prática, dando as bases de uma verdadeira experiência laboratorial. O pioneirismo da implantação da TV UERJ na Internet rendeu um livro pioneiro na área: Telejornalismo online em debate Anais do primeiro seminário de telejornalismo online da Uerj. O livro descreve o processo de criação e desenvolvimento do telejornal experimental da UERJ. Uma grande aliada na transmissão de TV pela internet é a liberdade de horários e a questão da audiência deve ser repensada. Isto se refere à mídia antiga e só se aplica para medição em meios de massa. Em mídia fragmentada, o interessante é saber quem assiste. Também devemos ressaltar a vantagem na transmissão online da interatividade. Não devemos comparar essa nova mídia com o telejornalismo tradicional. Estamos desenvolvendo uma proposta totalmente nova. Telejornalismo online significa uma possibilidade concreta para a popularização e democratização da produção de telejornais em nosso país. Nesse contexto torna-se visível importância do Laboratório e dos projetos nele realizados, na investigação de novas maneiras de fazer telejornalismo, mas sobretudo na formação de estudantes, futuros profissionais capacitados a lidar com as novas tecnologias. A Academia não precisa assumir uma postura de isolamento, pelo contrário, a universidade pode estar perto da população. Assim, o telejornalismo online para TVs universitárias digitais cria produtos quem servem como fonte para quem quiser obter informações sobre o universo acadêmico além de divulgar eventos e fatos relevantes que acontecem na cidade, no país e no mundo. Objetivos Este projeto objetiva analisar a migração da TV e dos telejornais para a Internet e desenvolver novas linguagens e formatos jornalísticos específicos para uma nova TV digital. Pretendemos gerar uma reflexão mais aprofundada sobre essas mudanças e seus impactos na sociedade. Neste sentido, visamos analisar como utilizar de forma ética e

18 eficiente estas ferramentas tecnológicas, bem como avaliar estas novas possibilidades de comunicação. Os objetivos deste estudo serão: a) Compreender a nova mídia resultante da junção da TV com a Internet. Analisar como está evoluindo a busca de uma nova linguagem e da identidade deste novo meio de comunicação. É uma mera transição da tela para o monitor ou se está criando uma nova maneira de produzir e transmitir informação? b) Avaliar qualitativamente as TVs na Internet ou WebTVs. Sob o ponto de vista da ética e das teorias da comunicação, questionar se a apropriação das novas tecnologias pelos produtores de informação está sendo feita para fins jornalísticos, para fins de entretenimento ou se existe um limite tênue entre os dois. Os baixos custos, a fácil acessibilidade e a eliminação de barreiras de espaço estão sendo aproveitados de uma maneira responsável? c) Compreender o impacto desta nova tecnológica multimidiática e de seu impacto no cotidiano da sociedade brasileira. d) Analisar os efeitos que os telejornais provocam nos sujeitos e quais são os conceitos que eles têm sobre a audiência. e) Desenvolver modelos próprios de construção de conteúdo com base em propriedades exclusivas das plataformas digitais, formatos e linguagens inovadores para DTV, incluindo a capacidade interativa, mas não limitada a ela. f) Produzir propostas concretas de formatação de modelos de conteúdo para TV e telejornais digitais. Justificativa e viabilidade A justificativa e viabilidade institucionais do projeto se pautam em três pontos principais: 1) a justificativa e viabilidade acadêmico-temáticas em que pesem os interesses da unidade relativos ao tema adotado e às propostas de trabalho; 2) a justificativa e viabilidade estruturais, em que se avaliam as condições de

19 desenvolvimento e otimização da pesquisa dentro das instalações da unidade acadêmica 3) a justificativa e viabilidade técnicas, onde se avaliam as competências envolvidas e as condições técnicas de viabilização do projeto. Vejamos cada uma delas: Viabilidade acadêmico-temática Dada a proposta pedagógica da unidade acadêmica, há um interesse pelo estudo jornalismo digital, bem como o levantamento de seus conteúdos, formatos e linguagens, na medida em que ela promove o conhecimento sobre os mecanismos informativos da imprensa. O trabalho pressupõe maior envolvimento e nível de troca de informações, notícias e vídeos educacionais com outros campos de conhecimento (Saúde, Antropologia, História, Letras, Sociologia, Psicologia etc.), e com uma infinidade de assuntos extremamente enriquecedores, que servem de subsídio para a formação do profissional de jornalismo. O objetivo é analisar, estimular e disponibilizar a produção videográfica da comunidade da UFSC em uma espécie de TV digital interativa, um YouTube universitário. Dessa forma, o Departamento de Jornalismo tende a valorizar também os resultados deste projeto à medida que suas conclusões são incorporadas, em uma perspectiva pragmática de aplicação imediata, nas ações de ensino, pesquisa e extensão. Estamos nos referindo aqui às contribuições possíveis, para a área de Comunicação, da pesquisa de conteúdo na Rede tão atual e necessária no levantamento de dados. Portanto, do ponto de vista acadêmico, o projeto em questão contribui, em termos práticos, para a assimilação da pesquisa de conteúdo como técnica jornalística e para a reflexão de seu uso seja no exercício da profissão, seja na definição de novos parâmetros para a pesquisa de conteúdos jornalísticos digitais, na interface possível dos estudos da comunicação e os estudos científicos e sócio-culturais.

20 ADEQUAÇÃO DO PROJETO AO CURRÍCULO DO PESQUISADOR Minha trajetória de pesquisador está relacionada prioritariamente na prática de jornalismo de TV durante mais de 30 anos (ingressei na Rede Globo de TV em 1973 tendo participado dos programas pilotos do Fantástico e Globo Repórter) e aos estudos sobre as novas tecnologias comunicacionais com ênfase no desenvolvimento de TVs digitais na Internet voltadas para a produção de novos telejornais interativos e o ensino de jornalismo desde Formado em Jornalismo pela PUC-RJ e com mestrado Antropologia pela London School of Economics, doutoramento em Ciências da Informação pela UFRJ e posdoutoramento em Novas Tecnologias pela Rutgers, The State University of New Jersey nos EUA com bolsa da Fundação Fullbright e apoio do PROCAD da UERJ, meus estudos mais recentes se concentram na confluência entre jornalismo, novas tecnologias, sociedade e cultura. Sempre pensando as interlocuções possíveis entre o jornalismo, a universidade e a sociedade contemporânea, fui responsável pela implantação da TV UERJ online, um projeto pioneiro que experimenta e desenvolve novas linguagens, formatos e conteúdos para a TV digital brasileira e para o ensino de jornalismo. Com três livros publicados, minha reflexão passa pelas seguintes etapas, que correspondem a pesquisas específicas desenvolvidas ao longo dos anos: análise do discurso audiovisual na confluência entre a TV, o jornalismo e a Internet; estudos sobre a utilização das novas tecnologias para fins da informação e comunicação; as apropriações e representações dos conhecimentos sociais, pela mídia. A presente proposta de pesquisa propõe alargar o campo conceitual, para os estudos comunicacionais. A atual pesquisa proposta tem por propósito desenvolver novos telejornais interativos voltados para o futuro digital. Esta temática reveste-se da maior importância, na contemporaneidade, uma vez que a televisão e a Internet procuram criar um novo discurso jornalístico mais colaborativo e participativo entre o segmento de profissionais de jornalismo e o grande público. Diante da exigência da sociedade contemporânea de estar informado, a imprensa

21 deverá cada vez mais aprofundar os conteúdos e conhecimentos teóricos, tecnológicos e científicos. Com esta pesquisa, pretendo avançar o que estou estudando de longa data ou seja, a interação entre discurso jornalístico e as novas tecnologias comunicacionais. Com o objetivo de responder, conclusivamente, à questão da adequação do projeto ao currículo do pesquisador, são relevantes os seguintes pontos: A formação acadêmica direcionada para a análise do discurso jornalístico específico para a televisão e para a Internet. Durante mais de 10 anos coordenei grupos de estudo e pesquisa, dentro do Laboratório de TV e Vídeo da FCS da UERJ. Cabe observar, na análise da produção acadêmica, o grande número de bolsistas e estagiários por mim orientados. Para dar prosseguimento ao projeto na área dos estudos políticos é interessante lembrar que do meu currículo consta como estudos pioneiro em nível de pósdoutoramento na Rutgers, The State University of New Jersey nos EUA de 2003 a 2005 sobre o desenvolvimento de TVs digitais para o ensino de um jornalismo para o século XXI, um novo jornalismo digital, multimidiático e interativo. A capacidade para levar à frente uma pesquisa desta natureza, fica evidenciada pelo número de projetos de pesquisa que coordenei no Laboratório de TV e Vídeo da UERJ, pela tese de doutorado e pela pesquisa de pós-doutorado concluída com sucesso em Com o objetivo de responder conclusivamente à questão da adequação do projeto ao currículo dos pesquisadores, destacamos os seguintes pontos: A longa experiência profissional no campo do jornalismo de TV no Brasil e em diversos países. A formação acadêmica múltipla e o direcionamento de suas pesquisas para os estudos jornalísticos na área da informação e novas tecnologias. A grande produção de pesquisas realizadas com o duplo enfoque: os conhecimentos teóricos dando suporte à pratica do jornalismo. O grande número de bolsistas e estagiários orientados.

22 Os pesquisadores reúnem habilidades e conhecimentos para dar prosseguimento ao projeto na área do jornalismo científico e da televisão digital. Instalações e equipamentos disponíveis O Departamento de Jornalismo do Centro de Comunicação Expressão da UFSC possui laboratórios com equipamentos atualizados e equipes qualificadas para a implantação deste projeto. Nosso objetivo é utilizar os laboratórios digitais para implantar uma TV de baixo custo que deverá ser utilizada como plataforma experimental de pesquisas na área da interatividade comunicacional. Dessa forma, acreditamos que não basta simplesmente desenvolver novos formatos e experimentar novos conteúdos. Devemos colocá-los em prática e analisar seus resultados. As disciplinas de televisão para os alunos de graduação e pós-graduação em Jornalismo sempre apresentaram muitas dificuldades para o ensino prático, devido o alto custo da montagem de laboratórios experimentais de televisão. O presente projeto de pesquisa aplicada oferece o ambiente laboratorial ideal para o desenvolvimento de novos formatos televisivos e jornalísticos. fazerem reuniões de pauta presenciais ou virtuais com a participação do coordenador, decidir as matérias, organizar as equipes, compostas por um aluno que faz a câmera, outro a iluminação e o som e um repórter. As reportagens externas podem ser feitas com a câmera analógica ou digital. Os alunos têm a possibilidade de aprender nos dois sistemas. O material analógico é digitalizado e editado, pelos próprios alunos, com a participação do coordenador. Todos os estagiários passam por todas as etapas da produção, ou seja: pauta, escolha dos entrevistados, realização da entrevistas e filmagens de externas, digitalização, edição do material e disponibilização na rede. A importância do projeto para o curso de Comunicação é de natureza pedagógica, a saber:

23 Os alunos aprendem a trabalhar em equipe, aspecto essencial em televisão; Aprendem a trabalhar com rapidez e cumprimento de horários, condições importantes e relevantes para a prática jornalística. Desenvolvem a sensibilidade jornalística, aprendendo a identificar o que é noticiável; Treinam a postura diante das câmeras. Os alunos têm a liberdade da experimentação e não somente da reprodução dos padrões vigentes de produção televisiva. Enfrentam na prática as questões éticas da comunicação e do jornalismo. O pode e o que deve ser noticiado; Aprendem a fazer o jornalismo de TV, ao transformarem notícias da comunidade da UFSC em notícias de interesse do grande público da Internet. O que é preciso ressaltar é que o projeto de televisão digital na Internet da UERJ não visa somente um aprendizado de televisão, mas por meio da tecnologia da televisão os alunos aprendem esta importante arte de transformar os eventos e acontecimentos da cidade, bem como a produção de conhecimentos e arte produzidos pela sociedade em matérias jornalísticas. Cronograma: Esta pesquisa está prevista para ser conduzida em fases intermediárias de três meses durante o prazo total de dois anos. FASES Análise, treinamento de equipe e implantação laboratorial do Meses

24 projeto Testes de utilização de equipamentos para a produção de programas e telejornais interativos para a TV digital. Produção de vídeos interativos para produção de matérias jornalísticas Desenvolvimento de linguagens interativas para a produção de programas e telejornais online. Avaliação dos primeiros resultados da pesquisa Elaboração de relatórios de pesquisa. Apresentação dos relatórios de pesquisa e textos acadêmicos em eventos da área de comunicação. Análise dos dados

25 Interpretação resultados Redação do relatório final Revisão e apresentação do relatório final. Bibliografia: AVILES, J. A.; LEON, B. Journalism practice in digital television newsrooms. Journalism Studies (3), London: Sage, ALDRICH, C. Simulations and the future of learning. Jossey-Bass/Pfeiffer, NY, BANDRES, Elena et al. El periodismo en la televisión digital. Editora Paidós, Barcelona, BOLTER, Jay Davis & GRUISIN, Richard. Remediation Understanding New Media. Cambridge: The MIT Press, BITTENCOURT, L. C. A expansao do telejornalismo online , BRASIL, A., Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnologica. Ed. LCM, Rio de Janeiro, BRASIL, Antônio. A Revolução das Imagens: Uma Nova Proposta para o Telejornalismo na Era Digital. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, BRASIL, A., & ARNT, H. Telejornalismo On-line Anais do Primeiro Seminario de Telejornalismo Online, E-Papers, Rio de Janeiro, CAPPARELLI, Sérgio, LIMA, Venício A de. Comunicação e Televisão: desafios da pós-globalização. São Paulo: Hacker, CAREY, J. An Ethnographic Study of Interactive Television, pesquisa apresentada no programa de mestrado em Comunicacao Social da SCILS, Rutgers University, New Brunswick, NJ, CASTELLS, Manuel. Sociedade em Rede (A era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura). Volume I. São Paulo: Ed. Paz e Terra, COUTINHO, Iluska. Algumas reflexões sobre as características do telejornalismo e os limites da TV como meio de informação. Iluska Coutinho I Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, Brasília, DIZARD, Wilson Jr. A Nova Mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, ECO, Umberto. Obra Aberta. São Paulo: Editora Perspectiva, FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto, GILDER, George. A vida após a televisão: vencendo na revolução digital. Rio de

26 Janeiro: Ediouro, GIOVAGNOLI, Max. Fare Cross Media. Roma: Dino Audino Editore, GOSCIOLA, Vicente. Roteiro para as Novas Mídias do game à TV interativa. São Paulo: Senac, INNIS, Harold A. The Bias of Communication. Toronto: University of Toronto Press, JAMBEIRO, Othon. A TV no Brasil do século XX. Salvador: EDUFBA, LAGE, N. Sistemas de producao de TV com qualidade DV ou superior e baixo custo em pequenas comunidades e regioes carentes, action=/content/view&cod_objeto=13401, LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, MATTOS, Sérgio. História da Televisão Brasileira uma visão histórica, social e política. Petrópolis: Vozes (2ª ed.), MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensão do homem. Paulo: Cultrix, São MEYROWITZ, Joshua. No sense of place the impact of electronic media on social behavior. New York: Oxford University Press, MIELNICZUK, Luciana. Considerações sobre interatividade no contexto das novas mídias. In: LEMOS, André e PALACIOS, Marcos. (org). Janel@s do ciberespaço Comunicação e Cibercultura. Porto Alegre: Editora Sulina, NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, NOGUEIRA, Leila. O Webjornalismo audiovisual: uma análise de notícias no UOL News e na TV UERJ Online. Salvador, UFBA, Dissertação de Mestrado. PRIMO, Alex F. T. Sistemas de Interação. In: SILVA, Dinorá Fraga e FRAGOSO, Suely. (org.) Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: Editora Unisinos, ROWLAND, Wade. Spirit of the Web - The Age of Information: from telegraph to Internet. Toronto: Key Porter Books, SANTOS, Suzy dos, CAPPARELLI, Sérgio. Caminhos cruzados: a Televisão entre a Web e as Teles. In: LEMOS, André e PALACIOS, Marcos. (org). Janel@s do ciberespaço Comunicação e Cibercultura. Porto Alegre: SODRÉ, Muniz. Reinventando a cultura A comunicação e seus produtos. Petrópolis: Vozes, TAPSCOTT, Don. Growing Up Digital The Rise of Net Generation. New York:

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