Gestão de Resíduo de Saúde. Eng. Jonas Age Saide Schwartzman
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1 Gestão de Resíduo de Saúde Risco Ocupacional e Ambiental Eng. Jonas Age Saide Schwartzman
2 SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina OSS Organização Social de Saúde; Entidade de interesse social e utilidade pública, associação sem fins lucrativos; Contratos de Gestão; A SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina é a maior entidade filantrópica de prestação de serviços de saúde do Brasil - com aproximadamente 14 mil funcionários nas Unidades Afiliadas, atuando em diversos municípios e segmentos do setor, para melhoria da qualidade de vida de população.
3 Unidades Afiliadas SPDM A SPDM gerencia 21 unidades hospitalares e ambulatoriais construídas e equipadas pelo Estado e por alguns municípios, com o objetivo de levar o que há de mais avançado em conhecimento médico para as populações mais necessitadas, além de ser um posto avançado de capacitação de recursos humanos. Os hospitais estaduais de Diadema, no Grande ABC, e de Pirajussara, em Taboão da Serra, ambos ligados à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, são as primeiras unidades públicas de saúde do Brasil a receberem certificação internacional concedida pela Accreditation Canada. O certificado reconhece a qualidade da assistência aos pacientes e da gestão das instituições. (SES/SP Fev/2011)
4 Linha do Tempo Instituições Afiliadas
5 Hotelaria Hospitalar na SPDM Recepcionar pessoas, proporcionando-lhes assistência humana e ambiente acolhedor, garantindo a segurança dos processos técnicos, com competência, ética, honestidade e cordialidade, nas relações interpessoais, buscando máxima eficiência e eficácia para um atendimento digno com qualidade e compromisso social. Os serviços de responsabilidade da Hotelaria Hospitalar na SPDM são: Limpeza; Lavanderia; Costura; Recepção; Telefonia; Elevadores; Zeladoria; Jardinagem; Gestão Ambiental
6 METAS ESTRATÉGICAS 2010 / 2011 Foco: SUSTENTABILIDADE METAS 2010/2011 RESPONSABILIDADE SOCIAL Elaborar projeto para Balanço Social GESTÃO FINANCEIRA Resultado Superavitário 0% Gasto com Folha -Hospitais 65% Gasto com Folha Ambulatorios 75% Acurácia dos estoques > 98% GESTÃO DE PESSOAS Treinamento / Capacitação das Lideranças = 100% Melhorar nível de escolaridade GESTÃO AMBIENTAL GESTÃO DA QUALIDADE Elaborar projeto para Certificação Ambiental Elaborar projeto para redução do consumo de água no mínimo 10% Elaborar projeto para redução do consumo de energia elétrica no mínimo 10% Elaborar projeto de gerenciamento de resíduo (redução resíduo infectante e aumento resíduo reciclável) Certificação de Qualidade Diagnósticos ONA 1, 2, 3 Acreditação Canadense
7 Prêmio Amigo do Meio Ambiente Nas 4 edições do Prêmio, a SPDM recebeu o prêmio. Na edição de 2011, conquistou 04 dos 15 projetos premiados, sendo: HGP : Projeto de Reciclagem de Películas de RX Responsável Olga Lucena HED : Projeto de Redução de Resíduo Infectante no Centro Cirúrgico, no Centro Obstétrico e na Unidade de Cirurgia Ambulatorial (UCA) Responsável Mayara Kitaura HCLPM: Ações de Gerenciamento de Resíduos no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho visando melhorias na coleta seletiva e aumento de 10% na geração de resíduo reciclável Responsável Lidia Saito AME SJC : A importância do gerenciamento dos resíduos do serviço de Radiologia no Ambulatório Médico de Especialidades de São José dos Campos Responsável Jossivane Graciolli
8 Questão Ambiental em Serviços de Saúde A sociedade tem consciência quando falamos em impactos ambientais negativos de indústrias, por exemplo. Entretanto, segundo TOLEDO (2005), não reconhece as atividades pertencentes ao setor de serviços, inclusive os serviços de saúde, como potencialmente impactante ao meio ambiente.
9 Geração de esgoto orgânico Geração de lixo Consumo de energia Geração de ruídos e sons Consumo de água Geração de emissões atmosféricas Quais os impactos ambientais? Presença de substâncias inflamáveis Geração de emissões luminosas Geração de resíduos tóxicos Proliferação de organismos vivos Degradação de aspectos paisagísticos Geração de emissões magnéticas Fonte: Manual A3P
10 Impactos Ambientais do Setor Saúde Consumo de recursos naturais e poluição Em 2008, setor saúde movimentou quase US$ 90 bilhões, dos quais, cerca de 50% foram gastos com: produtos, materiais e outros insumos equipamentos e tecnologia energia e água instalações e edificações Fonte: Ministério da Saúde, 2008
11 Situação no Brasil Desequilíbrios regionais (regiões muito pobres) Falta de infra-estrutura sanitária (lixo e esgotos) Segregação de resíduos perigosos nos EAS Mercúrio e outros metais pesados (prata, chumbo...) Acidentes com pérfurocortantes Acondicionamento de RSS biológicos e químicos Incineração irregular de RSS
12 Preocupação ambiental MACHLINE ET AL. (2004) onde constataram que em uma amostra de 70 hospitais distribuídos em todas as regiões do Brasil: 80% não tratam esgotos 43% não segregam resíduos por categoria de risco mais de 40% não reciclam resíduos 84% não acondicionam adequadamente seus resíduos químicos 44% não possuem coleta especial de resíduos perigosos 23% possuem aterros sanitários licenciados.
13 Prejudica? Prejudica? Doenças de Veiculação Hídrica: 65% das internações; A cada R$ 1 investido em saneamento evita o gasto de R$ 5 em atendimento ambulatorial e hospitalar.
14 Legislação em vigor Resolução RDC ANVISA nº 306, de 07 de dezembro de 2004 :Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005: Dispõe sobre o tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências; Portaria CVS nº21, de 10 de setembro de 2008: Aprova a norma técnica sobre Gerenciamento de Resíduos Perigosos de Medicamentos em Serviços de Saúde; NR 32
15 Responsabilidade
16 Etapas do Gerenciamento dos Resíduos Acondicionamento Segregação Geração Destino Final Tratamento Transporte Armazenamento Coleta Interna
17 Conceitos Condição perigosa: característica intrínseca que, se materializada, pode levar a um incidente ou acidente ou uma condição com potencial de gerar um dano. Perigo: é a exposição à condição perigosa. Se a condição perigosa estiver presente, mas não houver pessoas expostas a ela, então não há perigo! Risco: número, usualmente considerado como função da probabilidade da condição perigosa se materializar e da conseqüência que essa materialização irá causar Dano: conseqüências (materiais, ferimentos, mortes etc). Extraído da apostila PECE/POLI Introdução à Eng. Segurança do Trabalho, 2011
18 Hierarquia de Controle de Condição Perigosa para Redução de Risco Fonte: NIOSH ( Extraído da apostila PECE/POLI Introdução à Eng. Segurança do Trabalho, 2011
19 Geração O lixo é um elemento inerente à humanidade, principalmente ao modo de vida do homem urbano, sempre buscando materiais nos mais diversos pontos do planeta e concentrando-os nas cidades para atender as suas necessidades. Com vistas ao conforto, ainda cria produtos de difícil assimilação pelos processos naturais. São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Guia Pedagógico do Lixo. São Paulo (SMA), Quais produtos utilizar? Existem outras alternativas?
20 Mercúrio
21 PVC Poli Cloreto de Vinila Plástico muito utilizado em produtos médicohospitalares, podendo trazer risco aos pacientes, ao meio ambiente e à saúde pública. Como resultado disso, há uma tendência crescente em buscar alternativas ao PVC para os insumos médico-hospitalares e outros produtos. Fonte:
22 Resíduos químicos Radiologia PACS (Picfure Archiving and Communication Systems / Sistemas de Arquivamento e Comunicação de Imagens) Fonte:
23 Segregação
24 Acondicionamento Padronização de Coletores/Cor do saco de lixo Identificação Treinamentos
25 IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR da ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
26 ABRIGO E TRANSPORTE INTERNO O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
27 COLETA II Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos, de acordo com este Regulamento Técnico. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
28 Controle de pesagem Pesagem de resíduos por grupo: Infectante Químico Comum Reciclável Perfurocortante Pesagem baseada na identificação dos sacos de resíduos.
29 Gerenciamento de Resíduos Indicadores locais Indicadores Corporativos RESÍDUO ORGÂNICO 10,7% RESÍDUO RECICLÁVEL 13,2% RESÍDUO PERFUROCORTANTE 2,4% RESÍDUO INFECTANTE 27,5% RESÍDUO QUÍMICO 0,1% RESÍDUO COMUM 46,1% Percentual de geração de resíduos por Grupo - Jan a Abril/11 Hospital Municipal de Barueri Comparativo 2009 X 2010 da geração de resíduo reciclável - Hospitais
30 EPI`s Equipamentos de Proteção Individual
31 Controle de Pragas
32 Treinamentos para todos os colaboradores
33 Alguns casos interessantes
34 Hospital apura quem jogou lixo hospitalar em córrego A direção do Hospital Leonor Mendes de Barros abriu uma sindicância para apurar os culpados por jogar cerca de 15 sacos de lixo hospitalar em um terreno vizinho do hospital, no córrego da Água Vermelha, que desemboca no rio Sorocaba. Dentro de 30 dias, o resultado deverá ser divulgado. Jornal Cruzeiro do Sul - 20/05/2009
35 Fonte: G1 Goiás 12/11/11
36 Acidente em Goiânia Fonte: Apostila Educativa Radioatividade CNEN (texto) Disponível em :
37 Mercúrio metálico contamina pelo menos 60 pessoas em Rosana, SP Rodrigues diz que o mercúrio descartado irregularmente, pertencia, provavelmente, a uma clínica odontológica, pois junto com a sacola continha também próteses dentárias. Ele explica que o mercúrio, em pequena quantidade, é usado para fazer obturações de dente com amálgama. Fonte: O Globo 15/10/10 Fonte: Folha Online 15/10/10
38 Responsabilidade? Fonte: Reportagem SPTV Rede Globo - Aterro Sanitário Pajoan Itaquaquecetuba SP Abril/2011 A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei /08/2010
39 Fonte: Folha de São Paulo 19/10/11
40 Descarte Inadequado
41 Desafio Falta de infra-estrutura sanitária (lixo e esgotos) Falta de organização e comprometimento dos EASs Segregação e acondicionamento de resíduos perigosos Uso de substâncias e materiais tóxicos Acidentes com perfurocortantes Segurança na coleta e tratamento dos RSS Incineração irregular de RSS Consumo crescente de água, energia, descartáveis, etc. Baixo nível de reciclagem
42 Lixo Eletrônico Lixo eletrônico Em 2010, o mercado de PCs no Brasil atingiu 14 milhões de unidades, superando em 17% o observado no ano anterior (12 milhões). Fonte: ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica Disponível em: Fonte:
43 Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) é uma organização não governamental, sem fins de lucro, dedicada a transformar o setor saúde em um exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral.
44 METAS: Desenvolver pesquisas, produzir informações e influenciar políticas públicas sobre riscos para os pacientes, trabalhadores e o meio ambiente na assistência à saúde; Divulgar informações para toda a sociedade e desenvolver programas de capacitação para profissionais de saúde; Articular e sensibilizar instituições públicas e privadas visando seu envolvimento e colaboração com os objetivos do PHS; Avaliar os resultados de ações de prevenção de doenças, acidentes e danos ambientais; Avaliar, estimular, desenvolver e divulgar tecnologias alternativas que eliminam ou reduzam riscos ambientais na assistência a saúde e a comunidade.
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46 Campanha Mundial Agenda Global para Hospitais Verdes e Saudáveis
47 Obrigado! Eng. Jonas Age Saide Schwartzman
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