Eliminação do mercúrio nos hospitais: gerenciando o processo de transição para tecnologias seguras.
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- Pedro Lucas Gentil Aranha
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1 I ENCONTRO SAÚDE LIVRE DE MERCÚRIO EM MINAS GERAIS agosto de 2011 Eliminação do mercúrio nos hospitais: gerenciando o processo de transição para tecnologias seguras. Vital Ribeiro Projeto Hospitais Saudáveis / Healthcare Without Harm - Brasil Centro de Vigilância Sanitária - SES - SP vribeiro@cvs.saude.sp.gov.br
2 Situação no Brasil Alguns dos Principais Problemas: Segregação de resíduos perigosos nos EAS Acidentes com perfurocortantes Acondicionamento de resíduos perigosos Uso de substâncias e materiais tóxicos Consumo crescente de água e energia Baixo nível de reciclagem Falta de infra-estrutura sanitária (lixo e esgotos) Incineração e outras irregularidades no tratamento dos RSS 2
3 Situação no Brasil Pesquisa em 70 hospitais de todas as regiões do Brasil: (MACHLINE C. e RIBEIRO FILHO V. - EAESP - FGV, 2004) Mais de 80% não dispõe de tratamento de esgotos; 44% não tem coleta especial de resíduos perigosos; 43% não segregam resíduos perigosos; Apenas 23% destinam resíduos em aterros sanitários licenciados; 84% não separam e acondicionam resíduos químicos; Mais de 40% não reciclam nenhum tipo de resíduos. 3
4 PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS COMO MOBILIZAR PESSOAS E INSTITUIÇÕES? COMO POTENCIALIZAR ESFORÇOS E OTIMIZAR RECURSOS? 4
5 SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS Parceria com SAÚDE SEM DANO Prêmio Amigo do Meio Ambiente Participação e envolvimento direto dos SERVIÇOS DE SAÚDE Troca de informações entre comunidade científica, gestores, técnicos, políticas públicas e mercado. 5
6 SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS Temas abordados nas Mesas Redondas: Riscos biológicos Acidentes com perfurocortantes Dispositivos de segurança para perfurocortantes Coletores rígidos para perfurocortantes Gerenciamento de resíduos químicos Impactos ambientais da indústria da saúde Responsabilidade social empresarial no setor saúde Reciclagem e minimização de resíduos Alternativas seguras e sustentáveis para destinação dos RSS Resíduos perigosos de medicamentos O setor saúde na mitigação das mudanças climáticas Indicadores de desempenho na gestão de resíduos químicos Política Nacional (e Estadual) de Resíduos A enfermagem e os serviços de hotelaria na gestão de RSS 6
7 SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS Tema do geral SHS Dr. Peter Orris - Universidade de Illinois/Chicago - EUA: Responsabilidade socioambiental e experiências sustentáveis no setor saúde Tema do geral SHS Gary Cohen Healthcare Without Harm - EUA: O papel do setor saúde frente os desafios ambientais globais Tema do geral SHS Dr. Susan Wilburn - WHO - Suíça: O trabalhador na promoção da segurança e da sustentabilidade do setor saúde 7
8 SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS Tema do SHS Dra. Kathy Gerwing - Vice-Presidente de Segurança e Meio Ambiente da Kaiser Permanente - EUA: Gestão ambiental: modelos de organização e atuação dos profissionais no setor saúde 8
9 SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS SHS São Paulo - 26 e 27 de setembro de 2011 ESTÃO TODOS CONVIDADOS
10 PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS NOSSA MISSÃO: Transformar o setor saúde em um exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral. 10
11 A RESPONSABILIDADE DO SETOR SAÚDE 11
12 PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS
13 Alguns dos Objetivos de SSD 13
14 Alguns dos Objetivos de SSD 14
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16 Iniciativa conjunta SSD e OMS para eliminar o mercúrio do setor de saúde HCWH e WHO estão desenvolvendo juntos uma iniciativa global para eliminar termômetros e esfigmomanômetros com mercúrio no setor saúde, promovendo sua substituição por alternativas precisas e economicamente viáveis. 16
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19 Negociações internacionais sobre mercúrio Projeto da ONU - PNUMA para elaboração de um INSTRUMENTO GLOBAL JURIDICAMENTE VINCULANTE Participação de diversos países, incluindo o Brasil e ONGs como o SSD 19
20 Decisão 25/5 - III do Conselho de Administração do PNUMA Considerando o Hg como uma substância que pode ser transportada a longas distâncias, persistente quando introduzido antropogenicamente no meio ambiente, bioacumulativo nos ecossistemas e como causador de efeitos negativos significantes à saúde humana e meio ambiente, decidiu criar um Comitê Intergovernamental de Negociação - INC 20
21 Comitê Intergovernamental de Negociação - INC Reunião Preparatória: outubro de 2009 Bangkoc, Tailândia INC1: junho de 2010 Estocolmo, Suécia INC2: janeiro de 2011 Chiba, Japão INC3: outubro/novembro de 2011 África INC4: junho de 2012 Uruguai INC5: fevereiro de 2013 Brasil ou Suíça 21
22 Saúde sem Mercúrio no Brasil Propostas de Legislação: Regulamentação da Política Nacional de Resíduos que deverá envolver os fabricantes no tratamento das lâmpadas com mercúrio; Resolução que proíbe a compra de termômetros e esfigmomanômetros por unidades da Secretaria da Saúde de São Paulo (aprovada em novembro/2010); Resolução da Secretaria da Saúde de São Paulo que proíbe o uso de amalgamas (em discussão); Petição pela proibição da fabricação e venda de termômetros e esfigmomanômetros no Brasil (em análise no Ministério da Saúde) 22
23 Saúde sem Mercúrio no Brasil Campanha da Dra. Cecília Zavariz Ministério do Trabalho - Estado de São Paulo 23
24 Mercúrio na Assistência à Saúde Eliminação do mercúrio na assistência à saúde no Brasil Porque fazer a mudança? O que é preciso mudar? Como fazer essa mudança? Quanto vai custar? O que muda nas práticas atuais? Como envolver e convencer as pessoas? O que pode dar errado? Onde encontrar informação? 24
25 Porque fazer a mudança? Mercúrio na Saúde Doença de Minamata Doença do Chapeleiro Louco 25
26 Porque fazer a mudança? Mercúrio no Meio Ambiente 26
27 Porque fazer a mudança? Segurança do trabalhador Segurança do paciente Atender à legislação Preservação do meio ambiente Custos com segurança e destinação de resíduos Imagem da instituição Exemplo para a comunidade Simplificação de processos, procedimentos, controles, etc. 27
28 O que é preciso mudar? PRINCIPAIS FONTES DE CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO Produção de Cloro / Soda Amalgamações garimpo de ouro Agrotóxicos organomercuriais Tintas especiais Cosméticos Produção de Ferro e outros metais Queimadas Queima de combustíveis (carvão/petróleo) Incineração de resíduos urbanos e industriais NO SETOR SAÚDE Aparelhos de medição (termômetros e esfigmomanômetros) Amalgamações em odontologia Medicamentos e vacinas com timerosal Assistência técnica de aparelhos Lâmpadas (fluorescentes, halógenas, mistas, vapor sódio) Pilhas e baterias Recicladoras de resíduos industriais e de produtos com Hg Incineração de resíduos de serviços de saúde 28
29 O que é preciso mudar? PRINCIPAIS FONTES DE CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Vacinas e medicamentos - mínima Lâmpadas Fluorescentes - 0,004 a 0,040 g de Hg Amalgamas (p/ cápsula) - 0,1 a 1,0 g de Hg Termômetros - 1,0 a 3,0 g de Hg Esfigmomanômetros - 80 a 200 g de Hg 75 vezes 3 vezes 100 vezes 29
30 O que é preciso mudar? Consumo de mercúrio para amálgamas nos EUA 30
31 Tipos de Esfigmomanômetros: Digital Aneróide Mercúrio 31
32 Quanto custa um termômetro quebrado? 32
33 Amálgamas Dentários Limalha ou Pré-Dosado? 33
34 Lâmpadas: Como armazenar e destinar? Tecnologia LED Armazenagem Destinação / Tratamento X Papalâmpadas 34
35 Mercúrio na Assistência à Saúde Eliminação do mercúrio na assistência à saúde no Brasil Porque fazer a mudança? O que é preciso mudar? Como fazer essa mudança? Quanto vai custar? O que muda nas práticas atuais? Como envolver e convencer as pessoas? O que pode dar errado? Onde encontrar informação? 35
36 Como fazer a mudança? Quanto vai custar? Consumo de termômetros de mercúrio = 10 / leito / ano (10 termômetros por leito por ano, podendo chegar a + de 20!!!) Consumo de termômetros digitais < 0,5 / leito / ano Redução dos custos com: Destinação de RSS Químicos perigosos Descontaminação, equipamento e pessoal para acidentes (prevenção e recuperação) Processos trabalhistas, multas e indenizações... 36
37 Como fazer a mudança? O que muda nas práticas atuais? Termômetros de Mercúrio = Material de Consumo Termômetros Digitais = Material Permanente Controle contra extravios (term. digitais são materiais permanentes) Manutenção (baterias) e calibragem (esfigmomanômetros) Ensinar equipe a usar (não pode lavar, perder, levar para casa...) Vencer barreira da resistência à mudança (hábitos e manias ) 37
38 Como fazer a mudança? Como envolver e convencer as pessoas? DIREÇÃO GERÊNCIA OPERACIIONAL GERÊNCIA OPERACIIONAL GERÊNCIA AMBIENTAL STAF STAF STAF STAF STAF Compromisso da alta direção Convencer as gerências e chefias a participar Envolvimento do grande número e variedade de profissionais 38
39 Onde encontrar suporte e informação? 39
40 OBRIGADO!
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