CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS A APLICAR NA REABILITAÇÃO DE PAREDES DE ALVENARIA

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1 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS A APLICAR NA REABILITAÇÃO DE PAREDES DE ALVENARIA Adelaide Gonçalves, Eng.ª Civil, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Professor Associado c/ Agregação, Instituto Superior Técnico Fernando Branco, Professor Catedrático, Instituto Superior Técnico Este artigo identifica os requisitos dos materiais a aplicar nas diversas técnicas de reabilitação de paredes de alvenaria em tijolo cerâmico ou blocos de betão, visando o correcto desempenho destes elementos construtivos. Neste sentido, apresenta-se uma listagem das possíveis técnicas de reabilitação e posteriormente as exigências dos diversos materiais utilizados nessas mesmas técnicas. 1. Introdução A aplicação de produtos inadequados ou de má qualidade constitui uma das causas inerentes ao aparecimento de anomalias em paredes de alvenaria. A definição dos requisitos dos materiais a aplicar aquando da elaboração do caderno de encargos e o seu cumprimento durante a fase de execução permitem reduzir as probabilidades de ocorrência dos fenómenos patológicos. A terceira principal fonte de anomalias deve-se a deficiências atribuíveis aos materiais (14,50%) [1], ideia partilhada pelo CIB [2], que responsabiliza os materiais por 13% das anomalias que ocorrem nos edifícios. A consulta da lista de produtos que se encontram presentemente homologados revela muito sobre o nível de qualidade na construção nacional já que, apesar do acréscimo progressivo, o número é ainda claramente diminuto, não cobrindo os vários produtos de utilização corrente [1]. Assim, a correcta selecção dos materiais face à sua utilização, exposição e localização e a aplicação de produtos certificados, sujeitos a um controlo e garantia de qualidade, a par de novas regras de comercialização contribuirá quer para o não aparecimento de anomalias em novas construções quer para o sucesso da técnica de reabilitação aplicada. 2. Técnicas de reabilitação Existem diversas técnicas de reabilitação consoante os fenómenos patológicos ou as causas a eles associadas. No Quadro 1, encontram-se algumas das técnicas de reabilitação que podem ser aplicadas em paredes de alvenaria. As técnicas encontram-se divididas pelos diversos elementos constituintes da parede (alvenaria na sua totalidade; sistema de revestimento, que inclui todas as camadas subjacentes ao tosco e o revestimento final, que engloba a camada de assentamento dos revestimentos aderentes e ainda as suas juntas e no caso dos revestimentos por pintura, todas as camadas do sistema), de acordo com o grau de gravidade da anomalia que pretendem reparar. A aplicação destas técnicas exige a utilização de determinados materiais cujos requisitos, de seguida apresentados, devem ser respeitados para que não haja agravamento da anomalia ou até mesmo o aparecimento de novas anomalias. 3. Requisitos dos materiais 3.1 Acessórios e materiais complementares para alvenarias São diversos os acessórios complementares que contribuem para o correcto desempenho das paredes de alvenaria, nomeadamente em zonas de juntas, onde é necessário executar reforços e apoios adicionais.

2 3.1.1 Armaduras das juntas horizontais As armaduras constituídas, em geral, por varões longitudinais (resistentes) e por varões transversais (construtivos), como demonstrado nas Figuras 1 (onde se encontram diversos tipos de armaduras utilizadas nos EUA) e 2 (onde se encontram as armaduras identificadas na norma europeia EN 845-3), podem ser utilizadas na técnica de reabilitação R-A.1, aquando do reforço de algumas zonas da alvenaria (Figuras 3 e 4). Estas armaduras também podem apresentar varões transversais que só assumem uma função resistente nos casos de ligação de dois panos de uma parede dupla através de uma armadura treliçada. A armadura de junta tem de cumprir a norma europeia EN [4], obedecendo a requisitos mínimos para protecção à corrosão (aço galvanizado ou inoxidável) e para aderência. A principal preocupação em relação a estas armaduras é a durabilidade da protecção contra a corrosão, quando não são fabricadas em aço inoxidável [5]. Para essa protecção, recorre-se em geral à galvanização ou à protecção com resinas epóxidas, tendo o cuidado de garantir que as condições de aderência à argamassa não são afectadas por essa protecção superficial. Assim, a utilização de varões correntes é totalmente desaconselhada, resultando num desempenho inadequado face à durabilidade e aderência. Quadro 1 - Técnicas de reabilitação de paredes de alvenaria (adaptado de [3]) R-A. PAREDE DE ALVENARIA R-A.1 substituição / reforço de elementos da alvenaria R-A.2 substituição / colocação dos grampos de ligação dos panos R-B.1 substituição parcial ou total de elementos e materiais afectados R-B.2 aplicação de revestimento sobre o existente R-C.1 substituição total / parcial do material de revestimento final R-C.2 aplicação de novo revestimento sobre o existente Legenda: revestimento por pintura revestimento cerâmico aderente revestimento com placas de pedra natural * ** *** R-B. SISTEMA DE REVESTIMENTO R-C. REVESTIMENTO FINAL R-A.3 introdução de produtos impermeabilizantes R-B.3 aplicação de reboco de desempenho térmico R-B.4 aplicação de reboco desumidificador R-C.3 substituição do material de preenchimento das juntas ** / *** R-C.4 aplicação de protector de superfície Figura 1 - Tipos de armadura para juntas de alvenaria (adaptado de [6]) Ligadores entre panos A técnica de reabilitação R-A.2 pode ser exigida em dois casos: quando os grampos de ligações existentes se encontram com corrosão, causando a fissuração da parede de alvenaria (pelo que é necessário proceder à sua substituição) ou quando existe instabilidade dos dois panos de alvenaria, causada pela inexistência ou pelo insuficiente grampeamento dos dois panos, sendo necessário inserir novos grampos de ligação [3], como é visível na Figura 5. Os grampos podem ser metálicos (aço inoxidável, aço galvanizado (aço zincado), com revestimento epóxido, de acordo com BIA [6] ou de plástico [5], devendo ser resistentes à corrosão para a classe de exposição apropriada para a parede (ponto do EC6). Na

3 Figura 6 encontram-se diversos tipos de grampos que podem ser utilizados na reabilitação de paredes. A norma europeia EN [7] indica o tipo de materiais e os sistemas de protecção anticorrosão que podem ser aplicados. Os grampos metálicos apresentam a desvantagem de serem mais susceptíveis à corrosão e, consequentemente, terem uma durabilidade mais reduzida do que a dos de plástico [5]. Por outro lado, os de plástico não garantem a transmissão de esforços de compressão e são menos resistentes ao fogo. BRE [11] indica que podem ser utilizados outros metais não ferrosos, como o cobre ou o bronze (permitidos pela Norma BS 1243 / BS 5628: Parte 3), mas que acabam por ser mais dispendiosos. Nos casos em que é necessário reforçar ou substituir ligadores em paredes de alvenaria existentes, pode-se usar grampos especiais, identificados na Figura 5, cuja aplicação depende do tipo de grampo escolhido. Em geral, são colocados através de furos previamente realizados na parede, mas alguns podem ser aplicados através da substituição parcial dos tijolos [8]. Figura 2 - Tipos de armadura para juntas de alvenaria: (a) armadura em escada, (b) armadura em treliça, (c) malha entrelaçada e (d) rede de metal distendido ([4]) Figura 3 - Reforço de um cunhal [8] Figura 4 - Reconstrução de um cunhal [8]

4 Figura 5 - Aspecto de um projecto de distribui- Figura 6 - Exemplos de grampos aplicáveis em paredes ção dos grampos [8] já executadas [5] 3.2 Produtos de impermeabilização Os produtos susceptíveis de serem utilizados na técnica de reabilitação R-A.3 são basicamente de dois tipos distintos, apresentados no Quadro 2. Em geral, todos podem ser aplicados sob pressão, embora apenas os silicatos alcalinos e os siliconatos possam utilizar o processo de gravidade como método de aplicação, como é possível analisar através do Quadro 3 [12]. Produtos tapaporos Produtos hidrófugos Quadro 2 - Tipos de produtos impermeabilizantes (adaptado de [12]) Produtos impermeabilizantes Resinas epóxidas: de aplicação difícil, especialmente em materiais de baixa porometria; de endurecimento rápido, o que pode originar o entupimento dos furos ou das tubagens; Silicatos alcalinos: formam um gel de sílica que funciona como obturador dos poros; capacidade de penetração, normalmente, baixas; Acrilamidas: material orgânico de viscosidade semelhante à da água, dando origem a um gel que colmata os poros dos materiais; são considerados os mais eficazes. Siliconatos: compostos solúveis em água que dão origem à formação de produtos hidrófugos por reacção com o dióxido de carbono; reacção difícil de ocorrer em paredes espessas, dada a ausência de dióxido de carbono, situação que pode ser ultrapassada através da prévia introdução de compostos susceptíveis de libertarem aquele gás; Silicones: compostos macromoleculares que se apresentam dissolvidos em solventes hidrófobos; revelam, por isso, dificuldades de aplicação, que tendem a ser superadas através do acréscimo do número de furos; Organo-metálicos: compostos orgânicos de titânio e de estearatos de alumínio, que polimerizam na presença de água, após evaporação dos solventes. Quadro 3 - Correspondência entre as técnicas de aplicação e os diversos tipos de produto impermeabilizante (adaptado de [3]) Tal como o nome indica, estes materiais devem ser impermeáveis à água, nomeadamente à água proveniente do solo, já que a sua principal função é evitar a sua ascensão por capilaridade e reduzir assim a probabilidade de ocorrência de anomalias.

5 3.3 Rebocos tradicionais e pré-doseados De entre as seis exigências essenciais para os produtos, definidas pela Directiva dos Produtos de Construção, os rebocos exteriores devem satisfazer a EE3 (higiene, saúde e ambiente) e a EE4 (segurança no uso), mantendo-se ainda a durabilidade e adequabilidade ao uso como aspectos fundamentais a ter em conta [13]. Segundo a mesma autora, para garantir a EE3 e a EE4, os requisitos mais significativos são os indicados no Quadro 4, onde se identificam ainda outros aspectos essenciais. Além das exigências apresentadas, os revestimentos de substituição, parcial ou total, de rebocos existentes não devem contribuir para degradar os elementos preexistentes (alvenarias), nem prejudicar a apresentação visual da arquitectura ou descaracterizar o edifício (especialmente em edifícios com enquadramento arquitectónico e histórico) [14]. Para tal, é essencial a compatibilidade da nova argamassa com os elementos existentes. Esta compatibilidade deve ser considerada sob várias perspectivas (Quadro 5), atendendo, sempre, às características do existente. Quadro 4 - Exigências dos rebocos exteriores (adaptado de [13]) Requisitos para cumprimento da EE3 Requisitos para a durabilidade a) capacidade de impermeabilização e de protecção das paredes, o que implica: capacidade de impermeabilização em zona nãofissurada; ii) resistência à fissuração; iii) resistência mecânica; b) capacidade de promover, por evaporação, a expulsão da água infiltrada e do vapor de água formado no interior; c) ausência de libertação de produtos tóxicos; * d) resistência ao desenvolvimento de fungos; * Requisitos para cumprimento da EE4 e) boa aderência ao suporte, para prevenir qualquer risco de queda de placas de revestimento; * não representam problema em rebocos minerais f) resistência às acções climatéricas; g) resistência química; Requisitos para a adequabilidade h) capacidade de regularização, a qual é, em princípio, inerente a qualquer argamassa de ligante mineral e areia (planeza e verticalidade); i) aspecto estético aceitável, o qual implica resistência à fissuração e homogeneidade de textura e, no caso dos monocamada, também de cor. Quadro 5 - Compatibilidade necessária entre os elementos existentes (suporte) e o reboco de substituição (adaptado de [14]) - resistência à tracção e à compressão - módulo de elasticidade Compatibilidade mecânica - aderência ao suporte - forças induzidas por retracção restringida - permeabilidade à água e ao vapor Compatibilidade física - condutibilidade térmica e coeficiente de dilatação térmica - limitação do teor de sais solúveis dos novos materiais Compatibilidade química - resistência a sais solúveis, normalmente, existentes nas paredes Quadro 6 - Especificações para as argamassas de renovação (adaptado de EN 998-1: 2003 [15]) Parâmetro Norma Especificação Tensão de compressão Absorção de água por capilaridade EN EN CSII 0,3 kg/m 3 (depois de 24 h) Penetração de água após absorção de água por capilaridade EN mm Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água (μ) EN A norma EN [15] apresenta algumas especificações para argamassas de renovação (a aplicar na técnica de reabilitação R-B.1 e R-B.2) e de comportamento térmico melhorado (a aplicar na técnica de reabilitação R-B.3, que além de melhorar o comportamento térmico também elimina as condensações e os fenómenos delas), que se encontram definidas nos Quadro 6 e Quadro 7, respectivamente.

6 Quadro 7 - Especificações para as argamassas de comportamento térmico melhorado (adaptado de EN 998-1: 2003 [15]) Parâmetro Norma Especificação Tensão de compressão Absorção de água por capilaridade EN EN CSI a CSII Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água (μ) EN Condutibilidade térmica (W/m.K) EN 1745: 2002 w1 T1 0,10 T2 0, Reboco desumidificador O conceito de reboco de saneamento, a utilizar na técnica de reabilitação R-B.4, (Sanierputzysteme) foi definido, originalmente, pelo WTA (Wissenschaftlich - Tecnische Arbeitsgemeinschaft für Bauwerkerkserhaltung und Denkmalpflege), encontrando-se expresso na especificação WTA e na WTA E /D [16]. Consistem em argamassas cujas características hidrófugas impedem a migração por capilaridade da água e das soluções salinas até à superfície. A estrutura altamente porosa permite a eliminação da humidade proveniente do suporte sob a forma de vapor. O WTA definiu que o principal requisito a cumprir por estas argamassas é a boa resistência à cristalização de sais no interior dos poros, pelo que devem ser predominantemente baseadas em ligantes hidráulicos. As argamassas baseadas em cal aérea não conseguem cumprir os requisitos do sistema de reboco de saneamento WTA. 3.5 Revestimentos aderentes descontínuos Nos casos em que o revestimento descontínuo aderente se encontra degradado e é necessário proceder à sua substituição (técnica de reabilitação R-C.1) ou ainda se este apresentar uma boa aderência ao suporte (não inferior a 0,50 MPa), verificada através do ensaio pull-off normalizado - ficha de ensaio LNEC, FE Pa 36, é possível aplicar um novo revestimento sobre o existente (técnica de reabilitação R-C.2). Em qualquer das situações, os materiais de assentamento devem respeitar os requisitos a seguir apresentados. Sempre que seja necessária a substituição do material de preenchimento das juntas (técnica de reabilitação R-C.3), o material de substituição deve respeitar as exigências a seguir referidas Material de assentamento Os seis requisitos essenciais da Directiva Europeia dos Produtos de Construção são aplicáveis, bem como outras exigências tais como a compatibilidade físico-química com o suporte, durabilidade, planeza e adaptação à utilização (tendo em conta a acção dos agentes atmosféricos no exterior: água, temperatura, vento e os possíveis movimentos diferenciais suporte - revestimento) [17]. As exigências normativas (EN 12004: 2001 / A1: 2002 [18]) para os materiais prédoseados encontram-se nos Quadros 8 e 9. A norma NP 56 estabelece os requisitos para os materiais constituintes das argamassas tradicionais de assentamento de azulejos e ladrilhos. Recomenda a aplicação de argamassas mistas de cimento e cal, na proporção de uma parte de aglutinante para 2,5 partes em volume de agregado. O aglutinante é constituído pela mistura de cimento e cal apagada (em proporção que varia entre 1:4 e 2:5) e o agregado utilizado deve ter um Dmáx (diâmetro máximo) o maior possível, mas sem exceder 0,7 da espessura prevista para a camada.

7 Quadro 8 - Especificação para cimentos-cola (C), segundo a EN [18] Características fundamentais Colas de presa normal Valores de referência Tensão de adesão inicial 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após imersão em água 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após envelhecimento por calor 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão após ciclos gelo / degelo 0,5 N/mm 2 Tensão de adesão: tempo aberto 0,5 N/mm 2 após mais de 20 min Colas de presa rápida Valores de referência Tensão de adesão inicial 0,5 N/mm 2 após não mais de 24 h Tensão de adesão: tempo aberto 0,5 N/mm 2 após mais de 10 min Determinação da resistência ao deslizamento 0,5 mm Todos os outros requisistos referidos para as colas de presa normal Características opcionais Características especiais Valores de referência Deslizamento 0,5 mm Características adicionais Valores de referência Tensão de adesão inicial elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após imersão em água elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após envelhecimento por calor elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão após ciclos gelo / degelo elevada 1 N/mm 2 Tensão de adesão: tempo aberto prolongado 0,5 N/mm 2 após mais de 30 min Normas EN 1346 Normas EN 1346 EN 1308 Normas EN 1308 Normas EN 1346 Quadro 9 - Especificação para colas em dispersão aquosa (D) e colas de resina de reacção (R), segundo a EN [18] Características fundamentais Resistência inicial ao corte Características Resistência ao corte após envelhecimento por calor Valores de referência Normalização D R D R 1 N/mm 2 2 N/mm 2 NP EN 1324 EN N/mm 2 - NP EN Resistência ao corte após imersão em água - 2 N/mm 2 - EN Tensão de adesão: tempo aberto (após mais de 20 min.) 0,5 N/mm 2 EN 1346 Características opcionais Características opcionais Valores de referência Normalização Deslizamento 0,5 mm EN 1308 Características adicionais Valores de referência Normalização Adesão por após imersão em água Adesão a alta temperatura Tensão ao corte de adesão após choque térmico Tensão de adesão: tempo aberto prolongado (após mais de 30 min) 0,5 N/mm 2 - NP EN N/mm 2 - NP EN N/mm 2 - EN ,5 N/mm 2 - EN Material de preenchimento das juntas O material de preenchimento das juntas deve ser impermeável, resiliente e compressível, apresentar resistência à água, aos agentes de limpeza, aos ataques químicos e ao desenvolvimento de microrganismos (a evolução do aspecto e estado de higiene dos revestimentos cerâmicos e de placas de pedra é, nos casos mais correntes, condicionada pelo comportamento das juntas), mas permeável ao vapor de água, em especial quando aplicados no exterior [17]. As especificações para este material encontram-se definidas na norma EN 13888: Grouts for Tiles - Definitions and Specifications e representadas nos Quadros 10 e 11.

8 Quadro 10 - Requisitos para as argamassas de juntas à base de cimento (CG), segundo a EN Características fundamentais Características Valores de referência Normalização Resistência à abrasão 2000 mm 3 EN Resistência à flexão (condições padrão) 3,5 N/mm 2 EN Resistência à flexão (após ciclos gelo / degelo) 3,5 N/mm 2 EN Resistência à compressão (condições padrão) 15 N/mm 2 EN Resistência à compressão (após ciclos gelo / degelo) 15 N/mm 2 EN Retracção livre 2 mm/m EN Absorção de água após 30 min. 5 g EN Absorção de água após 240 min. 10 g EN Características opcionais Forte resistência à abrasão 1000 mm 3 EN Absorção reduzida de água após 30 min. 2 g EN Absorção reduzida de água após 240 min. 5 g EN Quadro 11 - Requisitos para as argamassas de juntas à base de resinas de reacção (RG), segundo a EN Características fundamentais Características Resistência à abrasão Resistência à flexão (condições padrão) Resistência à compressão (condições padrão) Retracção livre Absorção de água após 240 min. Valores de referência Normalização 250 mm 3 EN N/mm 2 EN N/mm 2 EN ,5 mm/m EN ,1 g EN Protectores de superfície A BIA [19] refere que os protectores de superfície podem ser classificados em duas categorias consoante formem películas ou penetrem nos materiais. Apresentam diferentes propriedades e características que se encontram sintetizadas no Quadro 12. Quadro Características dos diferentes tipos de protectores de superfície (adaptado de [19]) Formadores de películas formam uma película / filme à superfície da parede; a maior dimensão molecular dos seus constituintes evita que penetrem nos materiais; repelem a água, mas também reduzem a permeabilidade ao vapor de água das paredes; facilitam a limpeza das alvenarias e podem ser utilizados como um anti-graffiti ; ao fim de algum tempo, podem apresentar algum brilho ou escurecer a parede; podem ser apresentados em cinco grupos: acrílicos, esterianos, ceras minerais de parafina ou polietileno; uretanos ou resinas de silicone Produtos penetrantes penetram na alvenaria até a uma profundidade de 10 mm; repelem a água devido à alteração da força de capilaridade ou do ângulo de contacto dos poros da superfície da alvenaria, de positiva (sucção) para negativa (repelente); são mais resistente aos raios UV devido à sua composição química e ao facto de penetrarem no material; apresentam uma melhor permeabilidade ao vapor de água; podem ser categorizados em cinco grupos: silanos, siloxanos, silicatos, siloconatos ou uma mistura destes Na falta de normas aplicáveis, a BIA [19] definiu, como parâmetros de comparação das diversas alternativas de protectores de superfície, as seguintes propriedades: permeabilidade ao vapor de água, penetração / repelência da água, durabilidade, reaplicação (o período de vida curto destes materiais implica a sua reaplicação, que por vezes só é possível depois da remoção do produto anterior), brilho, resistência aos graffiti e considerações ambientais. No Quadro 13, encontram-se resumidas algumas propriedades dos protectores de superfície e, no Quadro 14, as normas aplicáveis para a determinação de algumas dessas propriedades. A aplicação de produtos penetrantes, nomeadamente silanos e siloxanos, é aconselhável no exterior devido à sua maior permeabilidade ao vapor de água, enquanto os produtos formadores de películas são mais indicados para aplicação no interior (em particular os acrílicos e os uretanos, que permitem uma fácil limpeza). Estes produtos podem ser aplicados na técnica de reabilitação R-C.4.

9 Formadores de películas Produtos penetrantes Quadro Propriedades dos protectores de superfície (adaptado de [19]) Produtos Permeabilidade ao vapor de água Repelência à água Tempo de vida expectável (anos) Brilho Resistente ao graffiti Acrílicos baixa muito boa 5-7 sim sim Esterianos baixa varia 1 não não Ceras minerais baixa boa varia não não Uretanos baixa muito boa 1-3 sim sim Resinas de silicone nomal variada 1 sim não Silanos muito boa muito boa 10+ não não Siloxanos muito boa muito boa 10+ não não Mistura dos dois varia varia varia não não Quadro Normas ASTM aplicáveis (adaptado de [19]) Permeabilidade ao vapor de água determinada através da ASTM E 96 Test Methods for Water Vapor Transmission of Materials ; é realizado um estudo comparativo entre uma unidade de tijolo tratada e outra não tratada, admitindo-se no máximo uma redução de 10% da permeabilidade ao vapor de água Repelência à água e penetração da água ASTM E 514 Test Method for Water Penetration and Leakage Through Masonry; é aplicado a pelo menos três paredes de alvenaria, sendo medida a quantidade de água absorvida antes e depois da aplicação do protector de superfície (24 h); a redução da percentagem de água absorvida deve ser no máximo de 90% Durabilidade ASTM G 53 Practice for Operating Light and Water Exposure Apparatus (Fluorescent UV- Condensation Type) for Exposure of Nonmetallic Materials; indica um método que permite simular o ambiente exterior; a durabilidade do protector de superfície é afectada pela sua espessura, profundidade de penetração e exposição aos raios UV e a outros agentes ambientais 4. Conclusões Na reabilitação de paredes de alvenaria é necessário identificar quais os materiais mais adequados a aplicar para a resolução de determinada anomalia. Para tal, é importante que existam pré-requisitos de materiais, normativos ou não, que permitam uma correcta selecção dos produtos, o que ainda não existe de uma forma disseminada. Quer para os produtos impermeabilizantes, o reboco desumidificador ou os protectores de superfície não existem especificações quanto às suas características, permitindo a inundação do mercado por materiais de menor qualidade, fornecidos a preços competitivos e de qualidade e eficácia não comprovada. Este factor, associado a uma selecção dos produtos baseada, quase exclusivamente, no preço, leva ao aparecimento de inúmeros processos patológicos, cuja resolução ultrapassa os custos associados às precauções necessárias à sua ocorrência. Na reabilitação para além da importância da qualidade dos produtos surge a questão da compatibilidade quer mecânica, física ou química com os materiais existentes, para que não surjam novas anomalias. O sistema normativo começa a direccionar-se para esta situação, existindo já normas com exigências aplicadas especificamente a produtos de reparação, como é o caso da EN Referências [1] Henriques, Fernando M. A., A Noção de Qualidade em Edifícios, Congresso Nacional da Construção, IST, Lisboa, p [2] CIB Working Commission W86, Building Pathology. A State of the Art Report, CIB, Rotterdam, [3] Gonçalves, Adelaide, Reabilitação de Paredes de Alvenaria, Dissertação de Mestrado em Construção, Instituto Superior Técnico, Lisboa, [4] EN 845-3: Specification for Ancillary Components for Masonry - Part 3: Bed joint reinforcement of steel meshwork, CEN, Brussels, [5] APICER, Manual de Alvenaria de Tijolo, Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra, 2000.

10 [6] BIA, Wall Ties for Brick Masonry, Technical Notes on Brick Construction (Technical Note 44B), Brick Industry Association, Reston, [7] EN 845-1: Specification for Ancillary Components for Masonry Part 1: Ties, tension straps, hangers and brackets. Brussels: CEN, [8] Silva, J. Mendes da; Carvalhal, Mário; Vicente, Romeu, Reforço Mecânico de Fachadas de Alvenaria de Tijolo: Reabilitação de Cunhais e Grampeamento Metálico Pós-Construção, 3º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios (Tema III), LNEC, Lisboa, pp [9] Veiga, M. Rosário, Comportamento de Argamassas de Revestimento de Paredes. Contribuição para o Estudo da Sua Resistência à Fendilhação, Tese de Doutoramento, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, LNEC, Lisboa, Maio de [10] EN : Eurocódigo 6: Projecto para Estruturas de Alvenaria. Parte 1-1: Regras Gerais para Edifícios. Regras para Alvenaria Armada e Não Armada, IPQ, Caparica, [11] BRE, Installing Wall Ties in Existing Construction, Digest 329, Building Research Establishment, London, 2000, ISBN: [12] Henriques, Fernando M. A., Humidade em Paredes, Colecção edifícios n.º 1, 2.ª ed. LNEC, Lisboa, 2001b. [13] Veiga, M. Rosário, Comportamento de Revestimentos de Fachadas com Base em Ligante Mineral. Exigências Funcionais e Avaliação do Desempenho, 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção. Lisboa, p. [14] Veiga, Rosário; Carvalho, Fernanda, Argamassas de Revestimento na Reabilitação do Património Urbano, 2º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios, LNEC, Lisboa, pp [15] EN 998-1: Specification for Mortar for Masonry - Part 1: Rendering and Plastering Mortar, CEN, Brussels, [16] GONÇALVES, Teresa, Pesquisa de Mercado sobre Revestimentos para Paredes Sujeitas à Acção de Sais Solúveis. Revestimentos de Paredes em Edifícios Antigos. 2.ª ed. LNEC, Lisboa, 2005, pp [17] APICER, Manual de Aplicação de Revestimentos Cerâmicos, Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra, [18] EN / A1: Adhesive for Tiles - Definitions and Specifications, CEN, Brussels, [19] BIA, Colorless Coatings for Brick Masonry, Technical Notes on Brick Construction (Technical Note 6A). Brick Industry Association, Reston, 2002.

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