Reabilitação dos revestimentos de paredes mais frequentes em Portugal
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1 Reabilitação dos revestimentos de paredes mais frequentes em Portugal Adelaide Gonçalves 1, Jorge de Brito 2 e Fernando Branco 2 1 Eng.ª Civil, Mestre em Construção, Instituto Superior Técnico. 2 Prof. Catedrático, Instituto Superior Técnico, Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura, Lisboa. Resumo: As alvenarias têm sido e são uma solução construtiva bastante utilizada, o que, associado à negligência com que muitas vezes são tratadas, resulta no aparecimento de diversas anomalias. A aposta na reabilitação permite eliminar os processos patológicos identificados bem como ainda evitar o aparecimento de outros, contribuindo assim para o correcto desempenho funcional das paredes de alvenaria. Neste artigo, são caracterizadas as diversas técnicas de reabilitação que podem ser aplicadas nos revestimentos mais usuais em Portugal e é ainda apresentado um modelo de Ficha de Reabilitação. 4% ocorrem no interior, o que é explicado pelo contacto directo e exposição dos revestimentos exteriores aos agentes mecânicos, higrotérmicos, químicos e biológicos. Da acção destes agentes, resultam diversas manifestações patológicas, de entre as quais apresentam maior expressão a fissuração e as que se encontram associadas à acção da água, como se pode verificar na Figura 3. Anomalias em paredes exteriores 1. Introdução No tipo de construção mais usual em Portugal, os revestimentos de paredes de alvenaria, os mais comuns dos quais são os apresentados na Figura 1, influenciam não só a estética do edifício como também as suas condições de habitabilidade, a estanquidade à água e isolamento térmico, exercendo uma função de protecção da alvenaria que, por vezes, pode ser sacrificial. 4,5% 14,6% Revestimentos exteriores em Portugal [1] 18,9% 62,0% Reboco Pedra natural Ladrilhos Outros Figura 1 - Revestimentos exteriores de paredes em Portugal [1] O desempenho dos revestimentos das alvenarias pode ser condicionado por diversas anomalias, cujas causas e manifestações não diferem de modo significativo das que se verificam noutros elementos construtivos. Na Figura 2, encontra-se representada a importância das manifestações patológicas em paredes de alvenaria face a outros elementos. Anomalias em e 40% 11% Figura 3 - Importância relativa das anomalias em paredes em França [2] Mas, para além das acções ambientais, as acções humanas são também responsáveis pela degradação precoce dos revestimentos. A falta ou incorrecta especificação do revestimento a aplicar na fase de projecto, a mão-deobra indiferenciada e mal preparada que hoje existe e a crescente utilização de novos materiais e tecnologias em paredes e revestimentos têm contribuído para acelerar o processo de degradação. Assim, e tendo em conta os dois seguintes factores, a crescente aposta na área da reabilitação e a importância económica e social das paredes de alvenaria, justifica-se um maior investimento no estudo dos defeitos e soluções dos revestimentos de paredes de alvenaria, em particular, dos de fachada. A tipificação quer das anomalias, quer das respectivas técnicas de reabilitação, permite a obtenção de um diagnóstico correcto de uma forma mais expedita e ajuda na selecção da técnica mais adequada. Por outro lado, a condensação de informação em Fichas de Reabilitação facilita a aplicação da técnica. 2. Anomalias 49 75% Figura 2 - Importância relativa da patologia em paredes em França (admite-se semelhante à observada em Portugal) [2] Dos 25% dos processos patológicos que ocorrem em paredes de alvenaria, 21% ocorrem no exterior e apenas No Quadro 1, é apresentado o sistema classificativo das anomalias em revestimentos de paredes de alvenaria. Os critérios adoptados para a proposta de classificação foram os seguintes: distribuição das anomalias por dois grupos que caracterizam as camadas constituintes das paredes; ordenação dos dois grupos em função da importância que o seu papel representa no correcto cumprimento das exigências impostas aos revestimentos das paredes de alvenaria;
2 definição, dentro de cada grupo, de todas as anomalias distintas e passíveis de serem identificadas e diferenciadas por observação, tacto ou desconforto. Quadro 1 - Classificação proposta de anomalias em revestimentos de paredes de alvenaria de edifícios [3] A-B. Sistema de revestimento A-B.1 fissuração A-B.2 perda de coesão / desagregação A-B.3 perda de aderência A-B.4 criptoflorescências A-B.5 presença de microrganismos / organismos vivos A-C. Revestimento final cerâmico / pétreo / por pintura A-C.1 fissuração A-C.2 perda de aderência / desprendimento A-C.3 empolamento A-C.4 eflorescências / criptoflorescências A-C.5 pulverulência A-C.6 descasque / descamação **/*** A-C.7 manchas A-C.8 deficiências de planeza **/*** A-C.9 presença de microrganismos / organismos vivos Legenda: * revestimento por pintura ** revestimento cerâmico aderente *** revestimento com placas de pedra natural No primeiro grupo, existem cinco anomalias que podem atingir somente o sistema de revestimento (reboco e revestimento final) e, no segundo, são identificadas nove anomalias passíveis de serem detectadas nos diversos tipos de revestimento final em análise (revestimentos por pintura e revestimentos aderentes cerâmicos e pétreos incluindo as respectivas juntas). 3. Causas O processo de degradação é originado por diversos erros que podem ocorrer desde a fase de concepção até à de exploração e que são agravados pela acção dos agentes exteriores e pela negligência na manutenção / reparação. Nesse sentido, são identificadas de seguida algumas das possíveis causas de anomalias. 3.1 Erros de projecto Alguns dos erros de projecto devem-se a falta de conhecimento dos projectistas, de informação e de comunicação que leva por vezes à repetição das mesmas falhas [4]. Como referido, os rebocos constituem uma grande parte dos revestimentos exteriores dos edifícios em Portugal e a fissuração é um dos tipos de anomalias com maior influência no seu comportamento, já que afecta a sua capacidade de impermeabilização, permite a fixação de microorganismos e reduz a durabilidade da parede. Uma constituição do reboco inadequada (forte dosagem de ligante / areias com alto teor de finos) pode levar ao aparecimento de fissuras devido à retracção restringida. Quando o suporte ou camada precedente, por ser mais rígido, restringe a retracção do reboco, instalam-se no plano de aderência entre reboco e suporte, ou entre uma camada de reboco e a camada precedente, tensões de tracção e corte elevadas, podendo dar origem ao aparecimento de fissuras (no caso das tensões de tracção) ou a perda de aderência (tensões de corte). Estas ocorrem na espessura total da camada de reboco e, nos casos mais graves, são acompanhadas de perda de aderência ao suporte ou à camada precedente, na zona próxima das fissuras. Um outro problema de concepção reside na diferença de comportamentos entre o suporte e o revestimento, nomeadamente ao nível dos coeficientes de dilatação térmica e de expansão higrotérmica que deverão ser semelhantes, para que não ocorra ruptura na ligação (normalmente no elemento mais fraco) e o consequente aparecimento de fissuras. O melhoramento do comportamento à fissuração dos rebocos é possível, na fase de concepção e projecto, sem que haja um acréscimo de custos significativo, através de uma escolha criteriosa dos seus constituintes (argamassas menos rígidas, menos geradoras de tensões), respectivas dosagens e de disposições construtivas e de aplicação adequadas [5]. No que diz respeito aos restantes tipos de revestimento, as principais falhas de projecto estão sintetizadas nos Quadros2 a 4. Quadro 2 - Causas de anomalias em placas de pedra [3] Má concepção de revestimentos em placas de pedra natural 1. inadequação do tipo de pedra ao ambiente a que vai estar sujeita (descuro na sua caracterização nomeadamente no que diz respeito às suas características físico-mecânicas mais importantes: valor médio da rotura por flexão, massa volúmica aparente e coeficiente de dilatação térmica) 2. incorrecta escolha da geometria da pedra (espessura e dimensões) face a resistência final às acções solicitantes 3. inadequada escolha do sistema de fixação em relação à sua posição (vertical), dimensões e características do suporte 4. negligente ou deficiente pormenorização / descrição do sistema de fixação (ex: desrespeito pela largura das juntas entre placas ou juntas de fraccionamento, escolha de colas inadequada, insuficiente resistência do sistema de fixação mecânico, desrespeito pela lâmina de ar mínima, entre outros.) Quadro 3 - Causas de anomalias em revestimentos cerâmicos [3] Má concepção de revestimentos cerâmicos 1. negligência na aplicação de normas ou recomendações 2. selecção inadequada ou incompatível de materiais face ao suporte, utilização e acções solicitantes 3. incorrecta especificação dos materiais de colagem, do seu tipo (colagem simples / dupla) e espessura 4. falha na definição de juntas de assentamento (largura e espaçamento incompatíveis) e fraccionamento 5. deficiente cuidado na pormenorização de zonas singulares (zonas de remates) 6. deficiente prescrição das disposições construtivas e das regras de execução aplicáveis Quadro 4 - Causas de anomalias em revestimentos por pintura [3] Má concepção de revestimentos por pintura 1. má qualidade da tinta / produto / esquema da pintura 2. inadequação do esquema de pintura face às condições de exposição 3. incompatibilidade de produtos no esquema de pintura proposto 4. incompatibilidade do produto / tinta com a base a pintar (produto incompatível com o tipo de superfície a pintar, utilização de tinta inadequada ao tipo de suporte) 3.2 Erros de execução Os principais erros de execução estão associados à deficiente compreensão do projecto, no que respeita aos pormenores construtivos e às características a exigir aos materiais, às deficiências no planeamento, utilização de
3 tecnologia desadequada e mão-de-obra não qualificada. Segundo [6], as anomalias nunca resultam dos materiais de construção, mas sim de uma deficiente escolha e má aplicação. O desrespeito pelas condições de aplicação constitui a origem de inúmeros casos de anomalias que podem ocorrer no reboco ou nos revestimentos finais. A execução dos revestimentos exteriores é de evitar sempre que ocorram condições meteorológicas desfavoráveis como, por exemplo, pluviosidade, temperatura ambiente muito elevada (> 30 ºC) ou demasiado baixa (< 5 ºC), no caso de existir risco de congelamento, vento forte ou, quando em tempo quente, os paramentos estiverem expostos à acção directa dos raios solares [7]. Para além das referidas condições de aplicação, existem ainda outras causas de anomalias em rebocos, tais como [3]: excesso de água de amassadura, aumentando a retracção; tempo de mistura insuficiente, o que leva a um menor teor de ar incorporado e, por consequência, aumenta o módulo de elasticidade (diminuindo a capacidade de absorver deformações); humidificação insuficiente do suporte, provocando a dessecação do reboco; variações de espessura significativa ao longo da aplicação; falta de limpeza do suporte (presença de óleos de desmoldagem e poeiras); incompatibilidade de camadas de revestimento (estuques de gesso sobre rebocos de cimento, usados para colmatação de roços que, na presença de água, originam um sal muito expansivo - etringite, que provoca fissuração e destacamento); alisamento demasiado prolongado e apertado (traz à superfície a leitada do cimento); revestimento contínuo sobre suportes de natureza distinta sem qualquer cuidado adicional; desrespeito pelos tempos de secagem. Os revestimentos aderentes descontínuos, quer em ladrilhos cerâmicos, quer em placas de pedra natural, apresentam as seguintes causas de anomalias [3]: falta de inspecção do estado das pedras (existência de fracturas pode comprometer a sua resistência); deficiente preparação das superfícies do suporte (suporte húmido, sujo, não regular); colagem deficiente (inadequada espessura da cola utilizada, uso de colagem parcial por pontos quando devia ser contínua, colagem simples em vez de dupla, utilização de material de elevada retracção); deficiente execução de juntas (desalinhadas ou com dimensões variáveis, preenchimento incompleto); incorrecta regularização das superfícies (presença de arestas vivas, aplicação irregular); desrespeito pelos tempos de espera entre as várias fases de execução; assentamento de ladrilhos nas juntas de dilatação do suporte; encastramento de acessórios metálicos não protegidos nas juntas. No caso dos revestimentos por pintura, as causas estão normalmente associadas às seguintes falhas [3]: defeitos de superfície do substrato (aplicação em substratos húmidos, inadequada e incorrecta preparação de superfícies); incompatibilidade físico-química e mecânica do produto de pintura com a base de aplicação; método de aplicação inadequado (inadequada preparação do produto para aplicação, desrespeito pelos tempos de secagem entre demãos, excessiva ou insuficiente espessura da camada de produto); defeitos de construção (infiltrações / ascensão de água por capilaridade; remates incipientes ou mal executados; reboco com deficiências de espessura). 3.3 Outras acções Dentro dos vários tipos de causas, existem ainda as decorrentes de acções ambientais, que apresentam um papel preponderante quer na escolha dos materiais, métodos e técnicas construtivas quer nas condições de aplicação. Se estas acções não tiverem sido consideradas nestas fases, são diversos os processos patológicos que daí podem surgir. De entre estes tipos de acções, destacam-se: as variações higrotérmicas, a chuva, o vento, a exposição solar, a acção biológica, os ciclos gelo / degelo e ainda a poluição atmosférica. As acções acidentais de origem humana podem também afectar o desempenho dos revestimentos. Os actos de vandalismo ou impactos fortuitos podem degradar os materiais do sistema de revestimento. Por último, as alterações das condições inicialmente previstas para as quais o sistema de revestimento foi concebido podem catalizar a sua degradação. 4. Técnicas de reabilitação Para uma correcta reabilitação, é necessário que a resolução dos problemas deixe de assentar em intervenções empíricas, frequentemente utilizadas pelos projectistas e construtores e que passe a ser o resultado de metodologias de investigação técnico-científicas. É, por isso, importante a criação de uma metodologia que permita o correcto diagnóstico da patologia verificada nos revestimentos de paredes de alvenaria através da análise lógica entre as causas e efeitos. Após a identificação quer da(s) anomalia(s) quer da(s) causa(s) associada(s) é possível seleccionar, com maior exactidão, a técnica de reabilitação mais adequada. De modo a facilitar a consulta das diversas técnicas de reabilitação aplicáveis aos revestimentos, estas foram distribuídas de acordo com os seguintes critérios: distribuição das técnicas por quatro grupos representativos dos elementos a serem reabilitados; ordenação dos grupos em função da importância que o seu papel representa no correcto cumprimento das exigências impostas às paredes de alvenaria; definição, dentro de cada grupo, das técnicas de reabilitação viáveis e ordenação por semelhança; classificação das técnicas de reabilitação dentro de cada grupo segundo a sua natureza (preventiva (rp), curativa (rc), manutenção (m) e reforço (rf)). Desta distribuição, resultou a listagem de técnicas de reabilitação visível no Quadro 5.
4 Quadro 5 - Classificação proposta das técnicas de reabilitação [3] Ao todo, são referidas 44 técnicas repartidas por 4 grupos, mas somente algumas são sintetizadas em fichas de reabilitação devido à sua natureza. As técnicas que se encontram a cinzento são as aplicadas na envolvente ou cuja aplicação é menos viável. No grupo correspondente ao revestimento final (revestimento por pintura, cerâmico e de placas de pedra), algumas das técnicas são específicas de determinado tipo de revestimento, estando, por isso, assinaladas de acordo com a legenda. Após a identificação das diversas técnicas de reabilitação que permitem solucionar a anomalia, foram estabelecidas correlações entre estas e as anomalias já identificadas no Quadro 1, de acordo com o Quadro 6 (matriz de correlação anomalias - causas prováveis). O preenchimento da matriz foi feito de tal forma que, na intersecção de cada linha (representando uma técnica de reabilitação) com cada coluna (representando uma anomalia), foi inscrito um número que indica o grau de correlação entre ambas, segundo o seguinte critério [8]: 0 - sem relação: não existe qualquer relação entre a anomalia e técnica de reabilitação; 1 - pequena relação: técnica de reabilitação passível de ser aplicada, mas com algumas limitações quer na sua aplicabilidade quer nos resultados obtidos; 2 grande relação: técnica de reabilitação mais adequada para reparar a anomalia ou eliminar a sua causa. Em alguns casos, pode-se verificar a existência de duas ou mais técnicas de reabilitação (grande relação) adequadas para a resolução da anomalia ou eliminação da sua causa. Estas técnicas podem complementar-se ou terminar em resultados semelhantes, sendo a opção determinada pela viabilidade económica, eficiência, reversibilidade, causa associada ao aparecimento da anomalia, adequação técnica e arquitectónica e ainda pela sua durabilidade. A análise de viabilidade económica deve integrar a avaliação dos seguintes parâmetros [9]: extensão da anomalia, riscos para os utentes do edifício, vida útil remanescente estimada do elemento e custos de recuperação em função do valor estimado de construção. O recurso a técnicas de reparação consideradas ajustadas para a resolução de determinada anomalia, mas com limitações (pequena relação), só deve ser ponderado em última instância quando as restantes não forem passíveis de serem implementadas.
5 Quadro 6 - Matriz de correlação anomalias - técnicas de reabilitação [3] e ter consciência de que, para uma mesma anomalia, podem existir várias técnicas de reabilitação. Essas técnicas podem complementar-se ou terminar em resultados muito semelhantes. Nesses casos, a escolha da solução mais adequada depende de diversos factores, tais como: economia, eficácia, compatibilização arquitectónica, adequação, grau de reversibilidade e durabilidade. É também de salientar que o leque de soluções finais e correspondentes expectativas de eficácia é muito variado e dificilmente enquadrado em soluções - tipo aplicáveis a qualquer tipo de edifício, necessitando de um estudo mais aprofundado caso a caso. Efectivamente, as técnicas devem ser seleccionadas no âmbito de uma estratégia global de reabilitação adequada aos condicionalismos de cada anomalia e atendendo a que a as soluções utilizadas para a resolução de uma determinada anomalia podem contribuir para solucionar ou agravar outras que com elas coexistam. Após a selecção da técnica de reabilitação ao defeito em causa, a consulta da ficha de reabilitação permite retirar qualquer dúvida relativamente às exigências do suporte, à aplicação da técnica e aos diversos condicionantes que podem existir e que devem ser tidos em conta para que não ocorra repatologia ou novas anomalias. 7. Referências 5. Fichas de reabilitação Após a classificação de todas as anomalias, causas e técnicas de reabilitação em revestimentos de paredes de alvenaria e ainda determinadas, através da matriz de correlação anomalias - técnicas de reabilitação, quais as técnicas que mais se adequam à cada uma das anomalias, é possível sintetizar toda a informação em fichas que permitem um acesso mais simples, claro e inequívoco a todo o processo de reparação. Estas fichas (Figura 4) contêm informação diversificada, como por exemplo: o campo de aplicação inerente a cada técnica, as exigências do suporte e uma breve descrição das diversas etapas da metodologia execução. Para além destes factores, é ainda necessário ter em conta o custo e a durabilidade associada a cada solução. 6. Conclusões Em parte do edificado, a qualidade dos materiais é insuficiente e os acabamentos são pouco cuidados, originando uma degradação muito rápida e um envelhecimento precoce decorrente dos diversos fenómenos patológicos que vão surgindo, existindo cada vez mais necessidade de reabilitar. Para facilitar a adopção de uma estratégia de intervenção correctiva, é preciso conhecer os fenómenos patológicos que afectam os diversos tipos de revestimentos de parede de alvenaria, qual a sua gravidade e atender, ainda, às causas que lhe estão subjacentes. A matriz de correlação anomalias - técnicas de reabilitação, ao relacionar as anomalias com as técnicas de reabilitação, facilita na selecção da metodologia mais adequada. No entanto, é necessário atender sempre a causa [1] Afonso, F - Potencialidade do mercado de reparação e manutenção face às características do parque edificado. Seminário Censos [consultado em 11 de Dezembro 2006]. Em: EmFoco/dfs/evolucaoparquehabitacional.pdf [2] Lourenço, Paulo - Defeitos e Soluções para Paredes de Alvenaria Não Estrutural. 2º Simpósio Internacional sobre Patologia, Durabilidade e Reabilitação de Edifícios. Lisboa: pp [3] Gonçalves, Adelaide - Reabilitação de Paredes de Alvenaria. Dissertação de Mestrado em Construção, Lisboa, IST, Setembro [4] Pinto, Alberto - O Desenho das Envolventes Exteriores Verticais dos Edifícios e a Existência de Falhas, num Processo de Degradação. 3º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios (Tema II I). Lisboa: LNEC, pp [5] Veiga, M. Rosário - Comportamento à Fendilhação de Reboco: Avaliação e Melhoria. In LOPES, Grandão - Revestimentos em Edifícios Recentes. 1ª edição Lisboa: LNEC, 2004a. pp [6] CIB Working Commission W86 - Building Pathology. A State of the Art Report. Rotterdam: CIB, [7] Veiga, M. Rosário; Faria, Paulina - Revestimentos de Ligantes Minerais e Mistos com Base em Cimento, Cal e Resina Sintética (Capítulo II). In Curso de Especialização sobre Revestimentos de Paredes CS ª edição Lisboa: LNEC, pp [8] Brito, Jorge de - Desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Obras de Arte em Betão. Tese de Doutoramento em Engenharia Civil, Lisboa, IST, [9] Silvestre, José Dinis - Sistema de Apoio à Inspecção e Diagnóstico de Anomalias em Revestimentos Cerâmicos Aderentes. Dissertação de Mestrado em Construção, Lisboa, IST, 2005.
6 Figura 4 - Exemplo de uma ficha de reabilitação [3]
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