DA CEPAL À TEORIA DA DEPENDÊNCIA: AS MUTAÇÕES DE UM CONCEITO

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1 DA CEPAL À TEORIA DA DEPENDÊNCIA: AS MUTAÇÕES DE UM CONCEITO BICHIR, Maíra Machado Mestranda em Ciência Política UNICAMP Bolsista FAPESP Resumo O artigo em questão discute o conceito introduzido pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) centro-periferia, apresentando a concepção cepalina, bem como a concepção dependentista, em particular a da vertente neomarxista, acerca desse conceito. Partindo da caracterização dessas duas perspectivas, pretende-se evidenciar a relevância que tal noção possui na compreensão das relações internacionais. I- Introdução O estudo em questão, motivado pela identificação da persistência de assimetrias entre os Estados no sistema internacional, busca apresentar uma análise do desenvolvimento do conceito de centro e periferia e de seu papel enquanto instrumento de interpretação nas Relações Internacionais. Para isso, fazse necessária a abordagem das principais concepções teóricas que abrigaram tal conceito, dentre elas, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Teoria da Dependência. A emergência do conceito de centro e periferia está vinculada à CEPAL, a qual, ao se contrapor às abordagens econômicas clássicas, em especial à teoria das vantagens comparativas de David Ricardo, lançou luz à perspectiva de que as relações estabelecidas entre os países no sistema internacional eram caracterizadas por uma nítida assimetria. Segundo essa concepção, as economias centrais, especializados na produção de bens manufaturados, imporiam às economias periféricas, especializadas na produção de bens primários, padrões de comércio e de desenvolvimento desiguais, a partir de sua condição privilegiada no mercado internacional. A Teoria da Dependência, surgida durante a década de 1960, em um contexto de crise da industrialização latino-americana, aprofundou as análises cepalinas, acentuando o caráter dependente dos países periféricos em relação aos Disponível em: 1

2 países centrais. O refinamento que o pensamento dependentista imputou à dimensão centro-periferia permitiu que ela se tornasse instrumental analítico das Relações Internacionais, que a incorporou enquanto uma abordagem explicativa do sistema internacional, expressando a percepção do caráter desigual desse sistema. Tomando como referência as duas abordagens teóricas supra descritas, busca-se compreender o desenvolvimento da noção de centro-periferia no interior dessas perspectivas e refletir sobre seu papel enquanto instrumento analítico e explicativo da dinâmica do sistema internacional. A metodologia de pesquisa empregada ancora-se numa revisão bibliográfica dos principais autores das duas perspectivas teóricas a serem analisadas. II- A perspectiva cepalina A dimensão centro-periferia, gestada no interior do pensamento da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), está intimamente associada à reflexão sobre a problemática do desenvolvimento, a qual ocupava espaço de grande relevo no bojo da intelectualidade latino-americana. A compreensão das raízes teórico analíticas desse conceito somente pode ser vislumbrada em consonância com os desdobramentos político-econômicos que tiveram lugar na região ao longo das décadas de 1930, 1940 e Na tradição econômica, a América Latina aparecia em uma posição bem definida dentro da divisão internacional do trabalho. A teoria das vantagens comparativas, formulada por David Ricardo em 1817, a qual representava o pensamento econômico dominante no século XIX e início do século XX, preconizava a especialização de cada país na produção de bens que lhe fossem menos custosos e que ao mesmo tempo implicassem em uma maior produtividade. Dessa forma, as trocas comerciais entre os países ofereceriam benefícios mútuos de maneira indistinta. Nesse modelo, as economias latino-americanas ocupam a posição de exportadoras de matérias-primas, alimentos e produtos agrícolas e importadoras de manufaturas e tecnologia. Esse modelo, que previa um comportamento fixo dos países latinoamericanos, também pressupunha um padrão de desenvolvimento que deveria ser perseguido pela região, qual seja a importação de conhecimento científico e de Disponível em: 2

3 tecnologias produzidas nos países desenvolvidos e a especialização produtiva em bens primários, os quais deviam ser vendidos a preços baixos no comércio internacional. A partir do século XX, o pensamento social latino-americano começa a adquirir um novo caráter, conquistando autonomia em relação aos modelos e conceitos formulados ao redor do mundo. Estudiosos como Gilberto Freire, Josué de Castro, Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior, Raúl Prebisch, Gino Germano, entre outros, estimulam um olhar direcionado à região, ressaltando as particularidades e nuances da América Latina como um todo e das identidades de seus países. Tal conjunto de pensamento reflete a acumulação dessas e de outras propostas metodológicas na região, (...) que superaram a simples aplicação de reflexões, metodologias ou propostas científicas importadas dos países centrais e desenvolveram um campo teórico próprio, com metodologia própria, identidade temática e possibilidade de implementação de uma práxis realista. (SANTOS, 2000, p. 31) No final da década de 1940, em meio a um contexto de profundas mudanças políticas e econômicas advindas da I e da II Guerra Mundiais, é formada a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Tal comissão, que contava com uma ampla gama de pesquisadores, dentre eles Raúl Prebisch e Celso Furtado, inaugurou uma nova abordagem acerca do subdesenvolvimento latino-americano. Contrapondo-se às abordagens econômicas clássicas, formula o conceito de centro-periferia e ressalta a assimetria que caracteriza as relações entre os países centrais e os países periféricos. De acordo com Lídia Goldenstein, economista brasileira e estudiosa da temática da dependência, a CEPAL contribui decisivamente para o avanço na compreensão da problemática dos países periféricos. (GOLDENSTEIN, 1994, p.26) Tendo sido criada como Comissão regional das Nações Unidas, em 1948, com o intuito de analisar a crise de 1929 e as mudanças econômicas continentais advindas da I Guerra Mundial, progrediu para um estudo sobre as causas e a forma de instalação e expansão do subdesenvolvimento. (FIORI, 2001) Preocupada em contribuir para o desenvolvimento econômico da América Latina, buscou explicar a natureza do processo de industrialização, apontando os Disponível em: 3

4 obstáculos a serem enfrentados pelas economias nacionais, bem como propostas de resolução desses problemas. (MELLO, 1994) Neste contexto, Raúl Prebisch e Celso Furtado, integrantes da Comissão, deram origem à escola estruturalista e a um modelo de desenvolvimento que ficaria conhecido como desenvolvimentismo e que constituiria, segundo José Luís Fiori, (...) uma visão sistêmica do desenvolvimento desigual do capitalismo em escala mundial (...) (FIORI, 2001, p. 42). Dentro da concepção cepalina, foram elaboradas críticas contundentes às teorias econômicas clássicas e às teorias da modernização. No que se refere à primeira, o estruturalismo cepalino se caracterizou pelo rompimento com a noção de especialização, propagada pelas teorias econômicas clássicas, na qual cada país deveria se especializar na produção de determinados produtos. Para os integrantes da CEPAL tal fenômeno se configurava justamente enquanto motor do subdesenvolvimento latino-americano. Ainda segundo esta perspectiva, a região, enquanto exportadora de bens primários aos países desenvolvidos, estaria submetida às demandas e padrões das economias centrais e constituiria a periferia do sistema econômico mundial. Em oposição a ela estariam os países industriais, centrais nesse sistema. Essa relação estava ancorada em uma deterioração dos termos de troca, qual seja, a redução dos preços dos produtos primários e a manutenção ou elevação dos produtos manufaturados produzidos pelos países centrais e importados pelos países periféricos. Nessa deterioração e na vinculação estabelecida entre centroperiferia residiria o subdesenvolvimento latino-americano. As economias centrais imporiam padrões de comércio e desenvolvimento desiguais, a partir de sua condição privilegiada no mercado econômico mundial. Ao mesmo tempo, o conteúdo teórico gestado pela CEPAL se opunha às teses das Teorias da Modernização, formuladas no contexto do pós-ii Guerra Mundial e que ganharam notoriedade no interior da temática do subdesenvolvimento. Para esses estudiosos a problemática do sub/desenvolvimento era explicada como uma dificuldade enfrentada pelos países latino-americanos para passarem de sociedades tradicionais para sociedade modernas. (FIORI, 2001) O moderno, nessa concepção, estava associado à Disponível em: 4

5 urbanização, educação, burocratização, secularização e resultaria no desenvolvimento da sociedade e em sua democratização. (LAISNER, 2000) A dicotomia tradição-modernidade, na qual se sustentavam os teóricos da modernização, foi duramente criticada por diversos estudiosos latino-americanos 1, que atribuíram a ela um escopo limitado, uma vez que não poderia ser universalmente aplicável. As peculiaridades de cada país e região, bem como seu desenvolvimento histórico não são considerados nessa perspectiva que, ademais, descarta os fatores econômicos e políticos internacionais presentes na configuração dos países e do sistema internacional, como por exemplo, a inserção de cada país dentro da ordem capitalista mundial. (VIOTTI e KAUPPI, 1987) José Luís Fiori, sociólogo e economista brasileiro, importante estudioso da dependência e da temática do desenvolvimento na contemporaneidade, afirma que: A teoria estruturalista foi a primeira reflexão sistemática e original dos latino-americanos sobre sua própria trajetória político-econômica e sobre sua especificidade com relação ao resto do mundo capitalista (FIORI, 2001, p. 42). Ricardo Bielschowsky, economista da CEPAL, em seu Pensamento Econômico Brasileiro (1995) realiza um profundo estudo sobre a concepção cepalina 2, destacando suas principais premissas no contexto de sua formação. Embora ele ressalte a dificuldade presente na análise do pensamento cepalino e da reunião de suas idéias, uma vez que elas nem sempre estavam interligadas ou possuíam uma continuidade e uma unidade, Bielschowsky pontua a constituição desse conjunto de concepções. De acordo com ele, o pensamento cepalino da década de 1950 pode ser caracterizado segundo os conceitos contidos em sua análise do subdesenvolvimento latino-americano, sendo eles: a deterioração dos termos de troca; a percepção de que o desemprego é resultante do baixo crescimento da demanda internacional por produtos primários e que este se apresenta como determinante da deterioração dos termos de troca, quando absorvido em atividades primárias; o desequilíbrio do balanço de pagamentos; e a 1 As teorias da modernização receberam críticas não apenas dos teóricos da CEPAL, como também de estudiosos da temática do desenvolvimento na América Latina e, posteriormente, dos dependentistas. 2 Para outra caracterização do pensamento cepalino, consultar Octavio Rodríguez, Teoria do subdesenvolvimento da CEPAL. Disponível em: 5

6 vulnerabilidade a ciclos econômicos em função da especialização em atividades de exportação 3. A deterioração dos termos de intercâmbio, conceito gestado no interior da CEPAL e que se opõe à tese das vantagens comparativas de David Ricardo, refere-se fundamentalmente à difusão e distribuição desigual de progresso técnico no sistema internacional. A tese de Raúl Prebisch (...) parte da identificação do fato de que as forças produtivas dos países desenvolvidos se desenvolvem mais rapidamente do que nos países subdesenvolvidos, porque as atividades primárias, nas quais as últimas concentram os seus recursos oferecem um escopo mais limitado para o progresso técnico. (BIELSCHOWSKY, 1995, p. 434) Ainda segundo Bielschowsky (1995), o argumento do livre-comércio não se justifica na configuração desigual do comércio internacional, uma vez que a distribuição dos benefícios do progresso técnico não ocorre de maneira homogênea. Enquanto a elevação da produtividade dos produtos primários implica na redução de seus preços, favorecendo os consumidores externos, os avanços técnicos nos países desenvolvidos e em sua produção de bens manufaturados representam maiores rendas aos produtores. Para Prebisch, tal situação pode ser explicada pela existência de elementos monopolistas no centro, os quais não permitem que a elevação de produtividade resulte em queda de preços e pelo excedente de mão-de-obra na periferia, que pressiona no sentido de declínio de salários e preços, culminando em uma transferência da elevação de produtividade ao centro. (PREBISCH, 1949, p.14 apud BIELSCHOWSKY, 1995, p 436) Associada ao conceito de deterioração dos termos de troca está a divisão na estrutura da economia mundial em centro e periferia. Tal nomenclatura, introduzida pela CEPAL, estrutura-se a partir da noção de desenvolvimento econômico, a qual está vinculada, por sua vez, ao progresso técnico. A polarização entre centro, constituído por economias industrializadas, com estruturas produtivas diversificadas e tecnicamente homogêneas, e periferia, representada por economias exportadoras de produtos primários, alimentos e matérias primas, com estruturas produtivas altamente especializadas e duais foi erigida pela própria 3 Tendo em vista a centralidade atribuída à deterioração dos termos de troca na argumentação cepalina sobre o subdesenvolvimento latino-americano, esta receberá uma análise mais apurada Disponível em: 6

7 dinâmica da economia mundial, a qual tenderia a aprofundar o desenvolvimento desigual entre os dois pólos. (MELLO, 1994) Nessa mesma direção, a CEPAL propugnava que as análises realizadas sobre as economias da América Latina levassem em consideração a especificidade da inserção econômica internacional do capitalismo latinoamericano a partir do século XIX, uma inserção liberal na ordem econômica liderada pela Inglaterra e por seu sistema monetário internacional, o padrão-ouro. Segundo os teóricos cepalinos, nessa especificidade residiria o cerne da explicação da forma e do ritmo de crescimento econômico e da difusão desigual do progresso tecnológico, da dualidade e das condições de desemprego estrutural e concentração de renda e riqueza na maioria das economias latino-americanas. (FIORI, 2001, p. 42) É a partir dos conceitos supracitados que a CEPAL formula sua teoria do desenvolvimento. Bielschowsky (1995) elenca os principais aspectos dessa teoria, os quais se vinculam à proposta de uma política de industrialização na região, a ser efetivada pelos Estados latino-americanos, que representaria a saída de sua condição de subdesenvolvimento econômico. Dentre os pontos abordados pelo autor, cabe destacar o caráter original e problemático atribuído à industrialização da América Latina; o modelo de substituição de importações; o protecionismo a partir de três setores; e a discussão sobre a inflação, os quais serão explorados nos parágrafos seguintes. Raúl Prebisch atribui ao desenvolvimento latino-americano um caráter singular, diferenciando-o do desenvolvimento que teve lugar nos países desenvolvidos, a partir da revolução industrial. Na industrialização dos países centrais, os padrões de demanda se desenvolveram paralelamente às descobertas tecnológicas e à expansão da riqueza, o que permitiu uma conformação da estrutura de consumo da sociedade à estrutura produtiva. Ao mesmo tempo, nesses países houve a expansão simultânea dos diversos setores produtivos. Já nos países periféricos, o padrão de consumo era, em grande medida, independente do sistema produtivo, uma vez que os bens modernos eram importados através dos rendimentos advindos da atividade exportadora. (PREBISCH, 1949 apud BIELSCHOWSKY, 1995) De acordo com Ricardo em relação às demais características elencadas. Disponível em: 7

8 Bielschowsky, o processo de industrialização latino-americano inicia-se com grandes dificuldades, porque herda uma base econômica especializada em umas poucas atividades de exportação, com baixo grau de diversificação e com complementaridade inter-setorial e integração vertical extremamente reduzidas. (BIELSCHOWSKY, 1995, p. 19) No que se refere à política de substituição de importações, Bielschowsky (1995) a considera resultado de uma interação dinâmica entre o desequilíbrio externo e as novas demandas por importação, resultantes, por sua vez, da expansão industrial. Tal processo se inicia com a substituição de importações de bens finais não duráveis, tendo em vista que estes requerem uma tecnologia simples e pouco capital. Posteriormente, há uma tendência de que esse processo se estenda aos setores de bens duráveis finais e bens intermediários de capital, o que dependerá: (...) primeiro, da capacidade de cada economia no sentido de adaptar sua estrutura produtiva às novas demandas da expansão industrial (o que, por sua vez, depende do nível de diversificação do sistema produtivo prévio ao início do processo e do tamanho absoluto dos mercados internos) e segundo, da evolução da capacidade de importação da economia. (BIELSCHOWSKY 1995) A defesa do protecionismo econômico por Raúl Prebisch e por outros representantes da CEPAL constitui uma das principais características de sua concepção acerca da industrialização e do desenvolvimento. Nessa perspectiva, o excedente de mão-de-obra deveria ser empregado no setor industrial, ainda que os custos dessa atividade fossem maiores que os das atividades exportadoras. Em uma economia de três setores, o industrial, o primário-exportador e o de subsistência, o desenvolvimento econômico deveria se pautar na absorção da mão-de-obra de atividades de baixa produtividade nos setores modernos. Assim, seria possível uma redução da deterioração dos termos de intercâmbio. Em sua análise sobre a inflação, os teóricos da CEPAL divergem das abordagens monetaristas, as quais atribuíam à inflação a causa primeira dos déficits externos latino-americanos. A perspectiva cepalina considerava que assim como outros fenômenos, a inflação estava associada ao processo de desenvolvimento da região, isto é, às pressões e aos desequilíbrios das estruturas Disponível em: 8

9 das economias periféricas. Dessa forma, apenas o desenvolvimento econômico atrelado a transformações estruturais, como a conquista de independência nas importações, a realização da reforma agrária, a reforma tributária e o apoio governamental à infra-estrutura poderiam representar uma solução possível de longo prazo à inflação. (BIELSCHOWSKY, 1995) A influência das premissas de Raúl Prebisch foi sentida em diversos países latino-americanos. A partir da análise cepalina do processo de trocas no sistema econômico internacional e do subdesenvolvimento dos países latino-americanos delas advindo, são empreendidos esforços para a aplicação do modelo de substituição de importações, como já descrito acima. Dentro desse modelo, os países da região buscaram diversificar suas economias, assim como intentaram abandonar suas estruturas tradicionais de produção e incentivar a produção industrial nacional. A acumulação proveniente das exportações de bens primários, revertida para o investimento de recursos na cadeia de produção e nos mercados de capital, viabilizaram um aumento dos investimentos internos brutos e dos investimentos em máquinas e equipamentos, o que representou um forte estímulo ao processo de industrialização latino-americana. (FFRENCH-DAVIS, Ricardo; MUÑOZ, Oscar; PALMA, José Gabriel, 2005) A industrialização latino-americana, conduzida através do modelo de substituição de importações e influenciada pelos preceitos cepalinos, embora tenha representado profundas alterações na estrutura econômica daqueles países, enfrentou grandes entraves e obstáculos à sua consecução. A própria CEPAL, ao longo das décadas de 1950 e 1960, a partir da análise da evolução do processo industrial na região, empenhou-se na busca por explicações às dificuldades encontradas por cada país na concretização de sua produção industrial nacional. A crise da política de substituição de importações, que têm lugar durante a década de 1960, incita novas discussões acerca da temática do sub/desenvolvimento e questionamentos ao modelo desenvolvimentista da CEPAL. Forma-se a partir daí, uma nova tradição de pensamento latinoamericano, que passaria a ser conhecida como dependentista. O surgimento de novas perspectivas e abordagens do subdesenvolvimento latino-americano não ofusca, nem minimiza a relevância da concepção cepalina à Disponível em: 9

10 produção científica social da região. Theotônio dos Santos lança luz ao papel exercido pela CEPAL no pensamento latino-americano A perspectiva cepalina significou uma mudança no debate sobre desenvolvimento, posto que se afastou da dicotomia civilização-barbárie, trazendo uma discussão sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento, entre uma estrutura industrial moderna em oposição a uma estrutura exportadora agrária ou mineira, abordando seus principais conteúdos políticos e sociais. (SANTOS, 2000) III- A perspectiva dependentista A política econômica de substituição de importações efetivada pelos Estados latino-americanos nas décadas de não respondeu às previsões desenvolvimentistas cepalinas. O mecanismo que implicava no impulso à industrialização dos países da região e na alteração de sua pauta de importações uma vez que se pretendia, em última instância, a produção de bens de capital significou uma continuidade da condição latino-americana de subdesenvolvimento. Isso se deve ao fato de que esses países, para a evolução do seu processo de industrialização, necessitavam dos excedentes originados com a exportação dos bens primários aos países centrais 4. A partir da década de 1960, as teorias do desenvolvimento perdem sua força, na medida em que o capitalismo não é capaz de reproduzir experiências bem-sucedidas de desenvolvimento em suas excolônias. (SANTOS, 2000, p. 21,). A crise econômica que se instala na América Latina no final da década de 1950, após um período marcado pela política de substituição de importações e pelo avanço da industrialização, estimula um profundo debate acerca dos limites do desenvolvimento das economias latino-americanas e lança as bases para a conceituação de uma nova terminologia, a dependência. Diante das limitações contidas no modelo desenvolvimentista cepalino, começa a se formar um novo pensamento, em grande medida influenciado pelo conceito centro-periferia 4 O fracasso do modelo de substituição de importações não é explicado apenas por esse fator. Existe um elevado número de condicionantes econômicas e políticas que também estiveram presentes nesse processo e que foram determinantes para o insucesso daquele projeto. Para uma discussão mais aprofundada ver Theotônio dos Santos, Disponível em: 10

11 elaborado pela CEPAL. A Teoria da Dependência 5 surge como uma tentativa de explicar a questão da não-industrialização nacional e se torna referência no estudo da temática do subdesenvolvimento, ampliando os debates sobre o caráter desigual do desenvolvimento no interior do capitalismo. Formulada no interior dos debates da década de 1960 sobre o subdesenvolvimento e mediante o reconhecimento de que o capitalismo não era capaz de reproduzir suas experiências bem-sucedidas de desenvolvimento em suas ex-colônias, a vertente neomarxista, que congregava Theotônio dos Santos, Ruy Mauro Marini e Vânia Bambirra, identifica a dependência econômica e política dos países periféricos em relação à economia internacional como entraves centrais ao seu desenvolvimento. O crescimento desses países estava necessariamente vinculado ao aprofundamento da miséria, analfabetismo e dos índices desiguais de distribuição de renda. Assim, diferentemente da noção desenvolvimentista cepalina, o crescimento não é considerado sinônimo de superação do subdesenvolvimento. (SANTOS, 2000) Nesse sentido, a concepção neomarxista estabelece para si a tarefa explicativa de analisar as limitações advindas do desenvolvimento periférico, desenvolvimento esse iniciado em um período em que a economia mundial já se assentava na hegemonia de grandes grupos econômicos e poderosas forças imperialistas. Para isso, seus teóricos empreendem estudos sobre a industrialização implementada nos países latino-americanos, abrangendo desde seu processo de instalação, os obstáculos à sua efetivação e os efeitos por ela produzidos nas economias e nas sociedades da região. Nesta perspectiva, após o ciclo depressivo, desencadeado pela I e II Guerras Mundiais e pela crise de 1929, houve o restabelecimento da integração da economia mundial por intermédio da hegemonia estadunidense, a qual expandiu seu capital para o restante do mundo através de investimentos que se orientavam para o setor industrial. Paralelamente a esse evento, desenvolve-se um novo ciclo 5 A Teoria da Dependência não se constitui enquanto pensamento uníssono. Ela traz em seu interior uma profunda diferenciação entre suas vertentes: vertente neomarxista, de Theotônio dos Santos, Ruy Mauro Marini e Vânia Bambirra; vertente da dependência associada, cujos representantes são Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto; e a vertente de André Gunder Frank, a qual carece de uma terminologia própria. No presente artigo privilegiaremos o enfoque neomarxista da dependência, tendo em vista que este se diferencia profundamente da CEPAL no que se refere à sua compreensão do conceito de centro-periferia. Disponível em: 11

12 expansivo da economia mundial, viabilizado, em ampla medida, pela consolidação e expansão do fordismo como regime de produção e circulação para os demais países do sistema internacional e pelos avanços da revolução científicotecnológica na década de A instalação de indústrias nos países periféricos acompanhou este movimento de expansão do capital internacional, recebendo, portanto, influências dos processos que ocorriam nas economias centrais desenvolvidas. A reestruturação do pós-ii Guerra Mundial, pautada na implantação da revolução técnico-científica e na difusão mundial das tecnologias de produção massiva (setor de bens duráveis), permitiu que o capital internacional transferisse sua base de investimento tradicional nos setores primários exportadores para o setor industrial de manufaturas dos países dependentes. É a partir desse ponto que a análise neomarxista da dependência se diferencia da concepção cepalina, tendo em vista que a compreensão do processo de industrialização latino-americana para a primeira fundamenta-se no caráter dependente da economia dos países da região. A industrialização nos países da América Latina não implicaria necessariamente em uma autonomia de decisões, em uma maior distribuição de renda e na elevação da oferta de empregos. Ela se vincularia ao investimento externo, ancorado nas empresas multinacionais e com sede nos pólos centrais da economia mundial, ao mesmo tempo em que concentraria o poder e a riqueza nos grandes grupos econômicos. Outro resultado esperado desse processo seria a forte diferenciação de renda na classe assalariada. A expansão industrial na América Latina não resultou em sua passagem para o campo dos países industriais desenvolvidos. A revolução técnico-científica possibilitou o crescimento da exportação nos países dependentes de desenvolvimento médio, mas, ao mesmo tempo, implicou em uma alta especialização dos países centrais em tecnologia de ponta, afastando, cada vez mais, os países dependentes dos países centrais. (SANTOS, 2000) É nesse contexto que a vertente neomarxista da dependência rompe com a perspectiva de que o subdesenvolvimento significa ausência de desenvolvimento, já que mesmo após a industrialização latino-americana persistiu sua dependência econômica em relação aos países centrais. Tal rompimento representou uma profunda crítica à perspectiva cepalina, concepção essa que acreditava que a industrialização dos Disponível em: 12

13 países da América Latina permitiria alcançar o processo de modernização. Theotônio dos Santos (2000) acentua que a CEPAL representava o pensamento das classes dominantes dos países latino-americanos, que buscavam sair da condição de meras exportadoras de produtos agrícolas e matérias-primas. Em seu Dialética da Dependência (2000), Ruy Mauro Marini, que é considerado um dos fundadores da teoria marxista da dependência, elabora uma crítica ao desenvolvimentismo cepalino por meio da retomada do pensamento de Marx, Lênin e Rosa Luxemburgo. A essência de seu ideário está na articulação do processo de inserção das formações sociais periféricas no sistema capitalista mundial com as modalidades de acumulação e exploração da força de trabalho. Dentro dessa perspectiva, o processo de dependência dos países latinoamericanos se vincula à superexploração do trabalho, conduzida pelas burguesias periféricas, as quais buscam, por meio de uma combinação de mais-valia absoluta com mais-valia relativa e da intensificação na exploração da mão-de-obra, compensar suas condições inferiores no mercado internacional 6. De acordo com este autor, o processo de integração capitalista, caracterizado pela expansão do capitalismo mundial e pela acentuação de seu caráter monopolista, produz contradições nas relações estabelecidas entre os países centrais e periféricos. Ao mesmo tempo em que a exportação de capitais e tecnologia aos países periféricos estimula o desenvolvimento de seu setor industrial, ela cria situações de conflito tanto internas quanto externas. No plano interno, (...) a industrialização se expressa na agudização de contradições sociais de vários tipos: entre os grupos industriais e a agricultura e os latifúndios exportadores; entre a indústria e a agricultura de mercado interno; entre os grandes proprietários rurais e o campesinato; e entre os grupos empresariais e a classe operária, assim como a pequena burguesia. (MARINI, 2000) 6 O conceito de mais-valia, desenvolvido por Karl Marx, refere-se à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, ou seja, corresponde à parte do trabalho que não é paga pelo capitalista ao trabalhador. Nela reside a exploração do trabalho. Dentro do conceito de mais-valia, Marx ainda distingue entre mais-valia absoluta e mais-valia relativa, estando a primeira associada ao prolongamento da jornada de trabalho e ao aumento da intensidade de trabalho e a última, que resulta da desvalorização real da força de trabalho, estando vinculada à transformação das condições técnicas de produção. Para uma descrição mais detalhada, verificar Ruy Mauro Marini, Disponível em: 13

14 Para ele, nesse contexto de enfrentamentos entre os setores de mercado interno e os setores de mercado externo, o avanço do processo de industrialização latino-americana implica uma oposição entre as necessidades crescentes da importação, no terreno cambial, e as pressões do setor externo para exportar seus lucros, o que se intensifica em função das distorções que a dominação imperialista impõe à estrutura do comércio internacional. (MARINI, 2000) Ao reconhecer as peculiaridades das economias latino-americanas e ressaltar o caráter sui generis de seu capitalismo, Marini (2000) se afasta da perspectiva de que os países latino-americanos deveriam seguir as etapas de desenvolvimento vividas pelos países centrais, uma vez que a estrutura e funcionamento daqueles se distinguem amplamente dos últimos. Nesse sentido, sua análise tem seu ponto de partida na forma específica de capitalismo dependente concretizado na região. O histórico de dependência latino-americana tem raízes na vinculação dessa região à dinâmica do capital internacional sob o papel de colônia e produtora de metais preciosos e de gêneros exóticos. Tal condição possibilitou o desenvolvimento do capital comercial e bancário na Europa, sustentando o sistema manufatureiro europeu e viabilizando seu processo industrial. Paralelamente à Revolução Industrial, cujo pioneirismo coube à Inglaterra, no final do século XVIII e início do século XIX, a América Latina alcançava sua independência política, estabelecendo novos laços de dependência com o centro, os quais se fundamentavam na exportação de bens primários produzidos na região à Inglaterra e na importação de manufaturas de consumo inglesas pelas economias latino-americanas. É com o estabelecimento da divisão internacional do trabalho e com o surgimento da grande indústria, no século XIX, que a América Latina, região que possuía papel relevante na formação da economia capitalista mundial, articula-se completamente a essa economia. Na metade do século XIX, período marcado pela estagnação das exportações latino-americanas e pelo déficit de suas balanças comerciais, a região adquire empréstimos externos para a manutenção de sua capacidade de importar. Com o aumento das exportações e a produção de saldos positivos, a dívida externa passa a exercer a função de transferência do excedente obtido no subcontinente à metrópole, no caso, à Inglaterra. Disponível em: 14

15 É a partir desse momento que se configura a dependência, entendida como uma relação de subordinação entre nações formalmente independentes, em cujo âmbito as relações de produção das nações subordinadas são modificadas ou recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência. (MARINI, 2000, p. 109) A América Latina, ao se dedicar à produção de bens primários, viabilizou a especialização dos países europeus na atividade industrial. Isso porque tal atividade necessita, em grande medida, de uma ampla disponibilidade de bens agrícolas e de meios de subsistência de origem agropecuária, os quais são destinados à classe operária industrial. A dedicação integral desses trabalhadores europeus à indústria só foi possibilitada graças ao fornecimento de produtos primários, produzidos a preços baixos pelos países latino-americanos. De acordo com Marini (2000), a região latino-americana não apenas facilitou o crescimento quantitativo dos países centrais, como contribuiu para que o eixo de acumulação na economia industrial se deslocasse da produção de mais-valia absoluta para mais-valia relativa. Assim, a acumulação passou a depender mais do aumento da capacidade produtiva do trabalho do que da exploração do trabalhador 7. De forma oposta, os países latino-americanos têm o desenvolvimento de sua produção associado a uma maior exploração do trabalhador, característica primordial da mais-valia absoluta. O autor atribui um caráter contraditório a esse processo, considerando-o responsável pela determinação das relações de produção no conjunto do sistema capitalista. Tendo em vista que a mais-valia relativa está ligada indissoluvelmente à desvalorização dos bens-salários, necessários à reprodução da força de trabalho, a oferta mundial de alimentos proporcionada pela América Latina permite que o valor dos meios de subsistência no comércio internacional seja reduzido, diminuindo, portanto, o valor real da força de trabalho nos países industriais. Dessa forma, a elevação da produtividade nesses países se traduz em cotas cada vez mais altas de mais-valia. 7 Marini distingue mais-valia relativa de produtividade. O aumento de produtividade implica a criação de mais produtos no mesmo intervalo de tempo, sem aumento de valor, podendo significar incremento de lucros, sem, no entanto, representar uma modificação do grau de exploração do trabalho na economia, ou seja, da mais-valia. Já a mais-valia relativa é determinada pelo grau de exploração do trabalho e não pela produtividade. Conforme aumenta o trabalho excedente, em que o operário produz mais-valia, sobre o trabalho necessário, no qual o operário reproduz o valor de sua força de trabalho, aumenta também a cota de mais-valia. Consultar Ruy Mauro Marini, Disponível em: 15

16 As nações periféricas, desfavorecidas pelo intercâmbio desigual, procuram compensar suas perdas de renda geradas pelo comércio internacional através do aumento da exploração do trabalhador, o que se dá por mecanismos como o incremento da intensidade do trabalho, o prolongamento das jornadas de trabalho e a expropriação de parte do trabalho necessário ao trabalhador para repor sua força de trabalho. Tais mecanismos, empregados com o intuito de aumentar a mais-valia absoluta, implicam em uma remuneração dos trabalhadores abaixo de seu valor, o que, por sua vez, constitui uma superexploração do trabalho. Assim, ainda que os preços de seus produtos alcancem um reduzido valor agregado no mercado internacional, as economias periféricas conseguem aumentar sua oferta de alimentos e de matérias-primas em nível mundial. Marini (2000), ao fazer referência ao intercâmbio desigual, afirma que a essência da dependência latino-americana reside nos laços que ligam essa região à economia capitalista mundial e a compreensão desse processo estaria ancorada no estudo do ciclo do capital latino-americano. Tendo nascido para atender as exigências da circulação capitalista, cujo eixo de articulação se estrutura nos países industriais, a produção latino-americana não se vincula à capacidade interna de consumo para sua realização. Diferentemente dos países centrais, que tiveram sua produção associada à criação de um mercado consumidor interno, ocorre na América Latina (...) uma separação entre os dois momentos fundamentais do ciclo do capital, a produção e a circulação de mercadorias, cujo efeito é fazer que apareça de maneira específica na economia latino-americana a contradição inerente à produção capitalista em geral, isto é, a que opõe capital e o trabalhador enquanto vendedor e comprador de mercadorias. (MARINI, 2000, p. 132) Nos países latino-americanos, a circulação, separada do processo de produção, realiza-se no mercado externo. O consumo individual dos trabalhadores, fundamental à evolução da produção, não possui a mesma relevância nas economias periféricas, tendo em vista a separação dos dois processos do ciclo do capital. Na medida em que esse consumo não interfere na realização do produto, uma vez que a circulação está relacionada ao mercado externo, ocorre uma profunda exploração da força de trabalho do operário, sem a preocupação em criar condições para que este trabalhador a reponha. De acordo com Marini, Disponível em: 16

17 (...) o sacrifício do consumo individual dos trabalhadores em favor da exportação ao mercado mundial deprime os níveis de demanda interna e erige o mercado mundial como única saída para a produção. A harmonia que se estabelece, a nível do mercado mundial, entre a exportação de matéria-prima e de alimentos, por parte da América Latina, e a importação de bens de consumo manufaturados europeus, encobre a dilaceração da economia internacional, expressa pela cisão do consumo individual total e duas esferas contrapostas. (MARINI, 2000, p. 135) Ao mesmo tempo, a economia exportadora acentua até o limite as contradições que lhe são próprias e cria um ciclo de capital que tende a reproduzir em escala ampliada a dependência em que se encontra frente à economia internacional. (MARINI, 2000, p. 134) O processo de industrialização se insere nesse contexto, tendo em vista que suas bases estão ancoradas na economia de exportação. Assim, opondo-se à tese desenvolvimentista cepalina, Marini (2000) desconstrói o enunciado de que o progresso industrial seria capaz de solucionar os entraves e os obstáculos ao desenvolvimento. A industrialização latino-americana, em sua especificidade, não cria sua própria demanda, mas atende a uma demanda já constituída e se estrutura em função das exigências de mercado dos países já industrializados. Tal configuração, associada à desvinculação das manufaturas do valor da força de trabalho, exerce influência na taxa de produtividade. Uma vez que as manufaturas não compõem objetos essenciais ao consumo individual do operário, os industriais não demonstram preocupação com o aumento da produtividade, o qual poderia proporcionar uma redução no preço daqueles produtos. Da mesma forma, os industriais não empreendem esforços na busca por uma ampliação do mercado interno, preferindo equalizar demanda e oferta através do aumento de preços, da redução de salários, ou seja, da superexploração do trabalhador. (MARINI, 2000) Posteriormente ao período de instalação industrial na América Latina, em um contexto de equilíbrio entre oferta e demanda, surge a necessidade de generalizar o consumo de manufaturas, o que é efetuado a partir de duas adaptações na economia industrial dependente, quais sejam, a ampliação do consumo das camadas médias e o aumento da produtividade do trabalho. Tais recursos proporcionariam uma alteração de um modo de acumulação a outro, ou seja, a passagem da mais-valia absoluta para a mais-valia relativa. No entanto, o Disponível em: 17

18 processo que vai se desencadeando de maneira lenta e difícil, incorpora um mecanismo que será responsável por obstruir tal transição: o recurso à tecnologia externa. (MARINI, 2000) O avanço da industrialização na América Latina provoca mudanças na composição de suas importações. Tem lugar uma redução da importação de bens de consumo e sua substituição por matérias-primas, produtos semi-elaborados e maquinaria, os quais são destinados à indústria. O intercâmbio comercial, não sendo suficiente para garantir o desenvolvimento do setor industrial nos países latino-americanos, é complementado pela importação de capital externo sob a forma de financiamento e de investimentos diretos na indústria 8. (MARINI, 2000) Marini (2000) considera o processo de industrialização latino-americana, iniciado na década de 1930, como pertencente a uma nova divisão internacional do trabalho. Nessa nova divisão 9, que tem lugar a partir do pós-ii Guerra os países centrais transferem etapas inferiores da produção industrial aos países dependentes e reservam para si as etapas mais avançadas (produção de computadores, indústria eletrônica em geral, exploração de novas fontes de energia) e o monopólio da tecnologia correspondente. Da mesma forma que a antiga configuração da divisão internacional do trabalho, a nova divisão que se instala também é condicionada pela dinâmica da acumulação de capital em escala mundial e continua produzindo como efeitos, nos países dependentes, a superexploração do trabalho, dessa vez apoiada no progresso técnico. O progresso técnico, capaz de estender o consumo às camadas populares nos países desenvolvidos, não conseguiu reduzir o abismo existente nos países latino-americanos entre o nível de vida dos trabalhadores e o das camadas altas da sociedade. Assim, os primeiros continuaram excluídos da esfera de circulação, impedindo a elevação da taxa de mais-valia, e, consequentemente, dos lucros dos industriais. De acordo com Marini, 8 O financiamento e os investimentos diretos nas indústrias latino-americanas são viabilizados graças à concentração de capital existente nas grandes corporações imperialistas, as quais empreendem esforços para a aplicação de seus abundantes recursos no exterior. Através desse estímulo à industrialização na América Latina, as economias centrais pretendem gerar mercados para sua indústria pesada (via exportação de suas maquinarias e equipamentos obsoletos). Para uma explicação mais detalhada sobre a temática, consultar Ruy Mauro Marini, Tendo em vista que a primeira edição de Dialética da Dependência foi escrita em 1977, a percepção de Marini evidenciada aqui se associa ao contexto histórico-econômico da década de Disponível em: 18

19 A difusão do progresso técnico na economia dependente avançará então paralelamente com uma maior exploração do trabalhador, precisamente porque a acumulação segue dependendo no fundamental mais do aumento da massa de valor e em conseqüência de mais-valia do que da taxa de mais-valia. (MARINI, 2000, p. 148) Estrutura-se, a partir dessa nova inserção das economias latino-americanas na divisão internacional do trabalho, um retorno à velha economia exportadora. Uma vez que a produção industrial latino-americana encontra-se vinculada à produção de bens suntuários 10, que só podem ser consumidos pelas camadas médias altas e altas, ela começa a sentir necessidade de expandir-se para o exterior. A estrutura produtiva permanece afastada das necessidades de consumo da grande maioria da população e essa mesma população, em virtude do rebaixamento de seus salários, não detêm poder de compra. Nisso reside o retorno da América Latina à sua condição de exportadora na divisão internacional do trabalho, com o acréscimo da exportação de produtos industrializados. IV- O conceito centro-periferia em questão Após a apresentação dos elementos que compõem as perspectivas cepalina e dependentista, cumpre-se delimitar as características essenciais que o conceito centro-periferia adquire em ambas as concepções. Tendo sido gestada no interior da CEPAL, nos trabalhos de Raúl Prebisch entre as décadas de 1930 e de 1940, a noção de centro-periferia introduz um novo pensamento acerca da estrutura do sistema internacional. No que se refere à sua formulação inicial, este conceito expressa o caráter desigual do desenvolvimento capitalista, o qual se fundamenta nas assimetrias resultantes do processo de difusão das técnicas capitalistas de produção. Enquanto nos países centrais os métodos indiretos de produção gerados pelo progresso técnico se difundem em um período de tempo relativamente breve, pela totalidade do aparelho produtivo, na periferia parte-se de um atraso inicial e, no transcorrer da fase dita do desenvolvimento para fora, as técnicas novas 10 Nas economias latino-americanas dependentes, bens suntuários correspondem a produtos cujo valor de compra se restringe à parcela rica da sociedade. Disponível em: 19

20 só são implantadas nos setores exportadores de produtos primários e em algumas atividades econômicas diretamente relacionadas com a exportação, as quais passam a coexistir com setores atrasados, no que diz respeito à penetração das novas técnicas e ao nível da produtividade do trabalho. (RODRÍGUEZ, 1982, p. 37) O atraso relativo da estrutura produtiva periférica a impossibilita de gerar progresso técnico e de incorporá-lo ao processo de produção em proporção semelhante ao centro. Tal desigualdade estrutural explicaria, em última instância, segundo Rodríguez (1982), a deterioração dos termos de intercâmbio e essa mesma desigualdade, somada à diferenciação entre as produtividades, fazem com que as rendas médias também se diferenciem. Essa diferenciação não permite à periferia alcançar níveis de poupança e taxas de acumulação tão elevados como nos centros, o que limita as possibilidades de eliminar ou reduzir o atraso estrutural que está na base da diferenciação entre as rendas e as produtividades dos centros e da periferia. (RODRÍGUEZ, 1982, p. 42) Nesse sentido, a raiz da problemática desenvolvimentosubdesenvolvimento, bem como da estrutura centro-periferia, residiria, em grande medida, na transferência de renda dos países periféricos aos países centrais, condição vinculada à inserção das economias na divisão internacional do trabalho. Assim, as economias periféricas perdem parte dos frutos de seu próprio progresso técnico, transferindo-os parcialmente para os grandes centros. De acordo com Octavio Rodríguez (1982), economista mexicano e membro da CEPAL, a desigualdade seria inerente ao processo de desenvolvimento do sistema mundial, sendo que, em longo prazo, instaurar-se-ia um aprofundamento da distância entre pólo periférico e pólo central. O diagnóstico empreendido pela CEPAL implicou reflexões práticas acerca da superação da condição de subdesenvolvimento pelas economias periferias. Tendo em vista seu papel institucional e sua influência enquanto policy maker na orientação das políticas econômicas dos países latino-americanos, tal Comissão, a partir de seus esforços analíticos, impulsionam o processo de industrialização na região. A industrialização seria capaz, segundo a perspectiva cepalina das décadas de 1940 e de 1950, de alterar a função exercida pelos países periféricos Disponível em: 20

21 na divisão social do trabalho, reduzindo, dessa forma, o caráter desigual do desenvolvimento capitalista entre centro e periferia. A vertente neomarxista da Teoria da Dependência, embora herdeira da tradição cepalina, principalmente no que tange à adoção do conceito de centroperiferia como referencial explicativo da estrutura econômica do sistema mundial, tece relevantes críticas ao pensamento cepalino, conferindo à dimensão centroperiferia fundamentos distintos daqueles formulados no interior da Comissão. A análise desenvolvida por Ruy Mauro Marini, um dos principais expoentes dessa perspectiva, desenvolve-se no âmbito da tradição marxista e tem como uma de suas principais preocupações a contradição entre capital e trabalho, orgânica ao modo de produção capitalista. Nesse sentido, sua contribuição político-teórica reside na incorporação da dimensão do valor à dinâmica centro-periferia. Marini, ao atribuir centralidade à dimensão do trabalho na relação estabelecida entre países periféricos e países centrais, afirma que a base da dependência dos primeiros em relação aos últimos estaria ligada à transferência de valor da periferia para o centro. Desse modo, o processo de dependência dos países latino-americanos estaria ancorado na superexploração do trabalho, dirigida pelas burguesias periféricas, as quais buscam, por meio de uma combinação de mais-valia absoluta com mais-valia relativa e da intensificação na exploração da mão-de-obra, compensar suas condições inferiores no mercado internacional. A perspectiva introduzida por Marini, ao privilegiar a contradição essencial do capitalismo, diferencia-se profundamente da concepção cepalina no que se refere ao papel que o processo de industrialização latino-americana poderia exercer na região. A assertiva de que o desenvolvimento desigual constitui uma característica intrínseca ao capitalismo e que este está fundamentado na superexploração do trabalho na periferia e na transferência desse valor produzido aos países centrais, permite a Marini realizar o desvelamento da estratégia de industrialização. Segundo ele, tal processo não seria capaz de pôr fim à dependência latino-americana, nem à estrutura assimétrica e desigual do sistema econômico internacional, representada pela divisão entre centro-periferia. Isso porque a industrialização latino-americana permanece condicionada pela dinâmica da acumulação de capital em escala mundial, tendo sua demanda determinada por Disponível em: 21

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