ESTUDO SOBRE A GOVERNAÇÃO MUNICIPAL NA CIDADE DE TETE

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1 ESTUDO SOBRE A GOVERNAÇÃO MUNICIPAL NA CIDADE DE TETE Setembro 2013

2 INDICE SUMÁRIO EXECUTIVO INTRODUÇÃO METODOLOGIA PARTE I: ESTUDO MUNICIPAL PARA O IMPACTO E OS RESULTADOS INTERMEDIOS IMPACTO: CONTRIBUTO NA MELHORIA DA GOVERNAÇÃO MUNICIPAL, PRESTAÇÃO DE CONTAS E CAPACIDADE DE RESPOSTA DAS INSTITUIÇÕES MUNICIPAIS RESULTADO INTERMÉDIO: DIVERSOS ACTORES INTERAGEM EFECTIVAMENTE AO REDOR DE ASSUNTOS DE GOVERNAÇÃO MUNICIPAL PARTE II:ESTUDO MUNICIPAL PARA OS RESULTADOS IMEDIATOS Breve descrição dos mecanismos existentes de participação municipal Principais actores municipais Breve descrição dos programas de governação municipal Principais problemas identificados pelos cidadãos ANEXO

3 SUMÁRIO EXECUTIVO O presente estudo municipal pretende mostrar uma fotografia do estado da governação municipal na cidade de Tete, analisando a natureza e percepção das relações Estado-cidadão. Foram mapeados os mecanismos de diálogo existentes e o papel desempenhado pelos diferentes actores municipais tais como organizações da sociedade civil, media e as próprias instituições municipais. Este estudo foi realizado com base em dois estudos de base realizados no âmbito do programa DIÁLOGO, o estudo de base do IDS 1 (Institute Development Studies) em parceria com a empresa de consultoria COWI e o estudo de mapeamento social realizado pela organização CESC 2. Em suma, os dois estudos constatam que no município de Tete não existem praticamente espaços de participação dos cidadãos de forma estruturada ao longo do ciclo de gestão do município (desde a planificação à auditoria). O único espaço formal participativo que existe são os fóruns de consulta comunitários e os conselhos consultivos que foram concebidos pelo conselho municipal para tomar as decisões associadas a atribuição do financiamento no âmbito do Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana, PERPU (também designado como 7 milhões dos municípios). Mas nestes espaços só participam as autoridades municipais desde o nível do quarteirão até o secretário do bairro municipal, enquanto as organizações da sociedade civil não participam nos conselhos consultivos apenas em alguns encontros que são convidadas. Portanto o processo de participação é incipiente e encontra se intimamente ligado ao processo de gestão do PERPU, o que significa que este espaço não é alargado a discussão de outros assuntos. De acordo com os dados quantitativos do IDS/COWI só 23% de inquiridos afirmaram ter ouvido falar do conselho consultivo. Existem porém auscultações esporádicas levadas a cabo pelo conselho municipal na forma de encontros abertos ou reuniões comunitárias sobre assuntos específicos da governação municipal. Apesar da existência destes mecanismos, de acordo com o inquérito realizado pelo IDS/COWI, a maioria dos munícipes ainda está longe de conhecer e participar na tomada de decisões ao nível do município e sentir que as suas prioridades são incluídas na governação municipal. Apesar da maioria dos cidadãos reconhecer o trabalho de auscultação das necessidades e prioridades dos munícipes, só 56,2% afirmam ter participado em reuniões comunitárias para discutir assuntos do bairro. Dos que participam 52% tem a percepção de que as reuniões comunitárias afiguram-se como espaços de concertação de acções entre cidadãos e governo/administração para a melhoria das condições nos bairros. Mas, prevalece o sentimento da maioria de que esta identificação de prioridades e a sua participação em reuniões não se reflecte no desenho dos planos e políticas desta instituição. Portanto, na percepção dos cidadãos, os mecanismos existentes para o envolvimento do cidadão na governação servem pouco para influenciar os processos de tomada de decisão. Assim a participação comunitária no município de Tete tem-se baseado mais em meras conversas que depois não se reflectem em acções concretas de resolução dos problemas locais. 1 IDS (R.McGee, A. Shankland, J.Wheeler, A. Hugues) & COWI (R.Picardo, E.Infante, E. Zavale); Baseline Study, November 2012, Maputo. 2 CESC (A.Paulo, C. Costa); Relatório de Mapeamento do Engajamento da Sociedade civil no município de Tete, Novembro 2012, Maputo. 2

4 De facto 60% dos inquiridos que participam nas reuniões comunitárias tem a percepção de que sua opinião não conta enquanto apenas 24% tem a percepção de que a sua opinião é levada em conta. Por sua vez 36% dos que participam afirma que as decisões são implementadas as vezes, 39% sempre ou a maior parte das vezes e, por último, 25% que acham que nunca ou a maior parte das vezes não. Em relação à transparência e prestação de contas das instituições municipais, os dados do inquérito constatam uma fraqueza na prestação de contas das instituições municipais de Tete, fraca capacidade de percepção dos documentos municipais por parte dos cidadãos, assim como fraca diversificação das fontes de informação sobre as actividades municipais. De facto apenas 12,4% dos cidadãos revelou já ter tido acesso ao plano de actividades do conselho municipal, por outro lado, uma maioria, esmagadora correspondente a 87,6% dos cidadãos entrevistados desconhece por completo as actividades desenvolvidas pelos órgãos municipais. No meio deste cenário, as mulheres são as que menos têm tido acesso a informação sendo apenas 8,1% das mulheres que afirmou conhecer as actividades do município. Este cenário torna-se ainda mais grave quando se trata do conhecimento acerca do trabalho da Assembleia Municipal. Cerca de 96,7% afirmou desconhecer o trabalho desenvolvido por este órgão. Apesar de esta instituição utilizar vários mecanismos para a auscultação da comunidade, tais como comissões de trabalho, audiências abertas com o presidente da assembleia ou abertura das sessões plenárias da assembleia aos cidadãos comuns, estes são mecanismos pouco conhecidos pelos munícipes. Aliás, não existe um relacionamento entre as organizações cívicas e a Assembleia Municipal no trabalho de auscultação e fiscalização da assembleia municipal. Uma maioria esmagadora dos cidadãos entrevistados, cerca de 96,7%, afirmou desconhecer o trabalho desenvolvido por este órgão. Apesar dos munícipes afirmarem não conhecer as actividades que ambas as instituições realizam, os inquiridos conhecem as competências do conselho municipal e consideram que é mais ou menos fácil encontrar informações. Através da pesquisa qualitativa constatou se que 67% das mulheres e jovens entrevistados nos grupos focais conseguem fazer correspondência entre os problemas que os afectam e as competências do conselho municipal. Por outro lado, apesar dos munícipes sentirem que os mecanismos existentes não permitem influenciar as decisões, estes também não têm um comportamento activo na exigência de prestação de contas das instituições municipais. 95% dos entrevistados nunca apresentou uma reclamação em relação aos serviços prestados pelo município, e tanto homens adultos, como mulheres e jovens mostram esta atitude passiva na reclamação de melhores serviços. Outro dado em relação ao comportamento dos cidadãos face à governação municipal é a falta de pagamento de impostos. Para além do imposto IPA o qual é obrigatório o seu pagamento para poder solicitar qualquer informação ou documentação municipal, os restantes impostos são muito pouco pagos, como é o caso do imposto predial autárquico obrigatório para todos os munícipes que só 25% dos adultos (mulheres e homens) pagam este imposto. De facto 43% dos inquiridos, sem discriminação de género e idade, afirmou não ser importante pagar os impostos enquanto 40% destes apontou para o desconhecimento da obrigatoriedade de pagamento como a principal razão. Estes dados demonstram que a consciência da obrigatoriedade de pagamento de impostos e a responsabilidade fiscal entre os munícipes ainda é relativamente baixa e o pagamento de impostos ainda não se constituiu como a base para o funcionamento das instituições políticas. 3

5 Na resolução dos problemas para a melhoria da vida do bairro, 84% dos cidadãos inquiridos dentre homens e mulheres de diferentes faixas etárias, afirmaram que nunca estiveram envolvidos numa acção colectiva para a busca de uma solução para um problema local. Dos poucos que estiveram envolvidos, 63% dentre homens e mulheres de diferentes faixas etárias afirmaram que se juntaram a pessoas de uma associação ou grupo do bairro, 37% a amigos e vizinhos e 21% a pessoas do mesmo partido. É de salientar que as mulheres são as que tem maior propensão a se juntar em associações de bairro enquanto os homens estão mais propensos a juntar-se a amigos e vizinhos. Com base na faixa etária, os adultos juntam se mais em associações locais dentro do bairro do que os jovens, os quais afirmam juntar se mais com amigos e vizinhos. No entanto, um dado relevante é que os jovens (8%) comparativamente aos adultos são os que engajam se mais com ONG s fora do contexto social onde estão inseridos, isto é, ao nível do Bairro. Estes dados revelam por um lado, que existe uma cultura de associativismo dentro dos bairros, no entanto os vínculos de solidariedade são mais fortes para com estes grupos e a família e amigos e menos fortes para com as organizações da sociedade civil formalmente constituídas. Por outro lado, os dados revelam ainda a incapacidade das organizações da sociedade civil de representarem os interesses dos cidadãos. Na cidade de Tete apesar de se identificarem algumas organizações da sociedade civil, quer de âmbito local como associações e grupos cívicos e ONGs provinciais, a sociedade civil tetense caracteriza se por ser fraca e reduzida se compararmos com a sociedade civil existente em outros municípios. Existe uma fraca participação da sociedade civil nos processos de governação quer no âmbito dos Órgãos Locais do Estado (província e distritos) quer ao nível dos Órgãos de Poder Local (autarquias) devido a um conjunto de factores tais como: falta de capacidade institucional, dificuldade de articulação entre as diferentes organizações em fórum e redes, e fraca capacidade técnica nos processos de engajamento político. Em relação aos Medias, em Tete não existem medias locais independentes, nem delegações locais dos outros medias nacionais independentes. O único emissor local é a Rádio Moçambique e a Televisão de Moçambique. De acordo com os dados do questionário do IDS/COWI, só a metade dos inquiridos, 55% tem a percepção de que os medias fornecem informações sobre questões locais, contra apenas 29% do total dos inquiridos que discordam e 31% não tem nenhuma opinião em relação ao assunto. Os homens de todas as idades são menos optimistas em relação ao desempenho dos meios de informação, 38% destes contra apenas 21% das mulheres inquiridas discordam totalmente e/ou parcialmente de que os meios de comunicação existentes no município, fornecem informações necessárias sobre questões locais. Os jovens em relação aos adultos são o grupo menos optimista quanto ao desempenho dos media com 33% dos que discordam com o fornecimento de informação dos médias nos assuntos locais. De facto 88% afirma adquirir informação sobre assuntos locais através de amigos e vizinhos e em segundo lugar através das reuniões comunitárias (62%), o telefone celular (52%) e familiares (45%) são os meios alternativos de informação. Só 11% utilizam os media para obter informação. De entre os diferentes meios de comunicação o mais utilizado é a rádio, seguido da televisão e por último os jornais. 4

6 Segundo os dados qualitativos do estudo do IDS/COWI, os principais problemas identificados pelas mulheres são a falta de vagas nas escolas e o desemprego, enquanto para os jovens é o desemprego, e a corrupção da polícia. De acordo com o mapeamento, os diferentes grupos focais destacaram os seguintes problemas: fraco acesso a água, pobre saneamento do meio, fraca gestão do ordenamento territorial, falta de transporte urbano, fraca iluminação das vias públicas, deficiente gestão dos resíduos sólidos. Assim, os grandes desafios da governação municipal em Tete, passam pela melhoria da qualidade de resposta às preocupações dos cidadãos por parte das autoridades, bem como por uma maior inclusão dos munícipes e das organizações da sociedade civil no desenho de estratégias para a resolução dos problemas locais. Para tal é necessário mobilizar os cidadãos para organizarem se, como também para encontrar soluções para os seus problemas em coordenação com as instituições municipais. Neste contexto, o papel dos diferentes actores municipais organizações da sociedade civil, media e as instituições municipais é essencial e pode contribuir para uma melhor governação municipal. 5

7 1. INTRODUÇÃO DIÁLOGO - Diálogo Local para a Boa Governação, é um programa que pretende ter um impacto na melhoria da governação municipal e da qualidade de vida dos cidadãos, através de acções que visem melhorar os processos de tomada de decisões, prestação de contas e capacidade de resposta das instituições municipais. O programa é implementado em cinco municípios urbanos distribuídos pelas três regiões do país (sul, centro e norte): Maputo, Beira, Tete, Quelimane e Nampula. Durante a fase de concepção, o programa DIÁLOGO levou a cabo dois tipos de recolha de dados para o estudo de base: (i) estudo de base para a monitoria externa do programa ao nível do impacto e dos resultados intermédios; (ii) estudo de base para a monitoria interna da implementação ao nível dos resultados imediatos do programa. O estudo de base para a monitoria externa foi realizado pelo IDS, o Instituto de Estudos de Desenvolvimento de Sussex, Reino Unido e pela empresa moçambicana de consultoria, COWI. Este estudo visava fornecer uma análise aprofundada do contexto sociopolítico de partida para o programa DIÁLOGO através de um estudo quantitativo e qualitativo sobre a percepção dos cidadãos e das suas experiências em governação local. O desenho deste estudo baseou-se nos pressupostos, nas actividades e objectivos previstos pelo programa, assim como na reflexão sobre algumas questões relevantes e de interesse realizadas num estudo anterior 3. O estudo para a monitoria interna, por sua vez, foi feito a partir de um mapeamento social realizado pela organização nacional CESC (Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil). Os objectivos do mapeamento social do CESC eram: (i) mapear os actores municipais chave, organizações e actores nos cinco municípios alvo; (ii) mapear os mecanismos de participação existentes na governação municipal e, (iii) analisar a dinâmica de poder entre o estado, a sociedade civil, os cidadãos e o sector privado. A informação dos dois estudos de base foi de grande utilidade para o desenho estratégico do programa DIÁLOGO assim como para o processo de revisão da Teoria da Mudança e da matriz lógica do programa. Não obstante, a informação do estudo de base realizado pelo IDS/COWI ao nível do impacto e do resultado intermédio foi apresentada em dados agregados dos cinco municípios. Desde Março de 2013 que a fase de implementação do programa DIÁLOGO iniciou. Nesta fase constatou-se a necessidade de desagregar os dados do estudo de base do IDS/COWI para elaborar cinco estudos específicos para cada um dos municípios alvos do programa, assim como integrar os resultados do mapeamento social do CESC num único documento. Os resultados destes estudos serão utilizados (i) pela Unidade de Gestão do Programa e pelos facilitadores municipais como informação útil para a discussão com os diferentes actores municipais (organizações da sociedade civil, Media e as instituições municipais) e (ii) para o desenho de planos de acção específicos para cada município. A análise dos dados e a compilação em cinco estudos foi realizado através do trabalho conjunto entre dois consultores externos ao programa, Elísio Muendane e Jaime Guiliche, e pelos membros da monitoria, avaliação e aprendizagem da equipe do DIÁLOGO, com o apoio da equipe de consultores da COWI que forneceram todos os dados quantitativos e qualitativos desagregados por município. 3 DFID-commissioned IDS-AustralCOWI Baseline Study to Measure Change in the Local Political Environment, Veja Baseline Technical Note (Annex 2) para mais informação. 6

8 Este relatório, específico para o município de Tete, apresenta os principais resultados de ambos estudos de base na fase de concepção do programa DIÁLOGO. O relatório está estruturado em duas partes, uma primeira parte apresenta os resultados do estudo do IDS/COWI que fornece informação relativa ao impacto e ao resultado intermédio (outcome) do programa. A segunda parte descreve os resultados do estudo de mapeamento do CESC que fornece informação relativa aos resultados imediatos (outputs) do programa. 7

9 2. METODOLOGIA Para o estudo realizado pelo IDS/COWI, a abordagem metodológica utilizada foi através da combinação de métodos quantitativos e qualitativos, mas também no uso de métodos de pesquisa participativa. A combinação de métodos permitiu 'examinar, explicar, confirmar e refutar informações provenientes dos diferentes métodos' 4. Nos cinco municípios alvo, nomeadamente Maputo, Beira, Quelimane, Tete e Nampula foi realizado para a componente quantitativa um questionário a 600 agregados familiares. Em cada município alvo foram seleccionadas três unidades sub-municipais (distrito urbano/posto administrativo ou bairro segundo a nomenclatura de cada município) de acordo com o tipo de assentamento: urbano, periurbano ou rural. Em cada um dos distritos urbanos seleccionados, dois bairros foram seleccionados de acordo com a existência ou não de programa de apoio municipal dos doadores internacionais (Pro-Maputo, PDA entre outros). Para o caso da cidade de Tete foram seleccionados os bairros de Filipe Samuel Magaia, Mateus Sansão Muthemba, Chingodzi, Dégue, Francisco Manyanga e Matundo, e foram realizadas um total de 120 entrevistas a agregados familiares. Bairro Quarteirão Nº de agregados familiares entrevistados Data 5 Unidade Massingir Filipe Samuel Magaia 8 Unidade Nambendachira Unidade Chimadzi B Mateus Sansão Muthemba 7 Unidade Nhantsato Unidade 21 de Março Chingodzi 20 (Unidade Juventude) (Unidade Eduardo Mondlane) Dégue 2 (Unidade Dégue Sede) (Unidade Sérgio Vieira) Francisco Manyanga 5 (Unidade Popular) Carvalho S. & H. White 1997, Combining the Quantitative and the Qualitative Approaches to Poverty Measurement and Analysis: The Practice and the Potential. World Bank Technical Paper 366. Washington DC: World Bank, p. 16 8

10 4 (Unidade Luala) Matundo 8 (Unidade 19 Outubro) TOTAL 120 A componente qualitativa consistiu na realização de entrevistas individuais e grupos focais de discussão envolvendo mulheres, homens adultos e jovens. A metodologia utilizada foi a do uso de histórias de vida para gerar um entendimento mais aprofundado das experiências e percepções da governação municipal, assim como o uso de técnicas participativas como as linhas de tempo, matrizes e mapas sociais e institucionais. No total dos cinco municípios foram realizadas 24 entrevistas individuais, das quais 14 foram entrevistas semiestruturadas e 10 foram entrevistas utilizando a ferramenta dos itinerários de governação a alguns membros dos grupos focais realizados. A selecção dos indivíduos para a componente qualitativa era na base dos bairros seleccionados para a amostra do questionário quantitativo. Na cidade de Tete foram realizados seis grupos focais, nomeadamente dois no bairro Chingodzi, dois no bairro Mateus Sansão Muthemba, e dois no bairro Francisco Manyanga. Distrito urbano/ Bairro Num. grupos focais Grupo alvo Bairro Chingodzi 1 Mulheres de + de 25 anos Bairro Chingodzi 1 Jovens de 18 a 35 anos Bairro Mateus Sansão Muthemba 1 Mulheres de + de 25 anos Bairro Mateus Sansão Muthemba 1 Jovens de 18 a 35 anos Bairro Francisco Manyanga 1 Mulheres de + de 25 anos Bairro Francisco Manyanga 1 Jovens de 18 a 35 anos Para a componente participativa, um grupo especializado de 15 cidadãos observadores utilizaram a metodologia das histórias digitais (digital storytelling) para reportar através de fotografias e vídeo todo o processo de pesquisa qualitativa com os grupos focais e as entrevistas individuais com o objectivo de gerar narrativas ricas relativas aos processos de engajamento cidadão-estado nos cinco municípios alvo 5. É preciso mencionar que o estudo de base inicial realizado pelo IDS/COWI foi realizado nos cinco municípios, portanto o tamanho da amostra é representativo do conjunto dos cinco municípios. Deste modo, o estudo desagregado por municípios gera uma certa limitação na representatividade da amostra utilizada para cada município. Para o estudo de mapeamento realizado pelo CESC a abordagem metodológica baseou-se na revisão e análise documental (incluindo de legislação); e de metodologias qualitativas nomeadamente através de entrevistas semiestruturadas individuais e grupos focais a membros da Assembleia Municipal, membros dos conselhos consultivos de Bairros, grupos cívicos e associações, medias e instituições de pesquisa. Nomeadamente, o estudo de mapeamento realizou-se em três bairros municipais: Degue, 5 Para mais informações sobre a abordagem metodológica utilizado no estudo pode consultar IDS/COWI; Baseline report for DIALOGO porgramme, November

11 Francisco Manyanga e Matundo. Nestes três bairros foram entrevistadas, para além das autoridades municipais um total de 14 associações e igrejas. (Em anexo a lista de todas as pessoas entrevistadas). 3. PARTE I: ESTUDO MUNICIPAL PARA O IMPACTO E OS RESULTADOS INTERMÉDIOS A primeira parte deste relatório faz a análise dos dados quantitativos e qualitativos recolhidos no âmbito do estudo de base do IDS/COWI que responde a informação relativa ao impacto e ao resultado intermédio de acordo com a matriz lógica do programa DIÁLOGO. IMPACTO: CONTRIBUTO NA MELHORIA DA GOVERNAÇÃO MUNICIPAL, PRESTAÇÃO DE CONTAS E CAPACIDADE DE RESPOSTA DAS INSTITUIÇÕES MUNICIPAIS INDICADOR 1: QUALIDADE DA PARTICIPAÇÃO CIDADÃ Nesta primeira secção do relatório procurar-se-á apresentar os mecanismos usados para a participação comunitária ao nível do município de Tete; por outro lado, aferir o grau de conhecimento das comunidades sobre a importância destes espaços de diálogo; o nível de resposta das autoridades municipais acerca dos problemas apresentados pelas comunidades e, finalmente avaliar o nível de prestação de contas das autoridades municipais diante dos cidadãos. Uma das preocupações mais candentes nas sociedades democráticas contemporâneas relaciona-se com a participação dos cidadãos na esfera pública. Nessas sociedades, sob ponto de vista legal existem mecanismos que garantem a participação dos cidadãos na governação, contudo, tais mecanismos apesar de necessários não são suficientes para garantir que os interesses dos cidadãos estejam reflectidos na agenda política dos tomadores de decisão. Nestes termos, a participação política não deve ser vista apenas como o acto de votar, mas também como um conjunto de actos e de atitudes que aspiram a influenciar de forma mais ou menos directa e mais ou menos legal as decisões dos detentores do poder no sistema político. A este respeito, ao nível do Município de Tete, existem vários mecanismos institucionalizados e não institucionalizados para a participação dos cidadãos na governação municipal. Neste conjunto, as reuniões comunitárias ocupam um lugar de destaque nas discussões públicas dos problemas comunitários. De acordo com o questionário realizado pelo IDS/COWI no âmbito do Estudo de Base para o programa DIÁLOGO, nos últimos 12 meses do total dos indivíduos entrevistados sem discriminação de género e idade, 56,2% destes, afirmou ter participado de alguma destas reuniões organizadas ao nível dos bairros. 52% dos cidadãos tem a percepção de que as reuniões comunitárias afiguram-se como espaços de concertação de acções entre cidadãos e governo/administração para a melhoria das condições nos bairros. Mais do que isso, as reuniões comunitárias, para além, de servirem para a definição de acções para solucionar os problemas, estas servem também para o governo/administração garantir que vai realizar as acções identificadas, (44,9%). Por outro lado, 44% dos cidadãos entende que as reuniões servem para os moradores do bairro receberem informações sobre as actividades do governo. Entretanto, apesar destas reuniões contribuírem, significativamente, para a aproximação entre os cidadãos e governantes, apenas 14,6% dos cidadãos acha que as decisões tomadas nestes encontros são implementadas. Para a outra parte dos cidadãos (4,5%), as decisões nunca são implementadas; ou ainda, na maior parte das vezes estas são implementadas as vezes (36%). 10

12 De um modo geral, o nível de prestação de contas das instituições municipais em Tete ainda está muito aquém do desejado, se se reparar para o facto de que apesar das reuniões serem importantes para a auscultação dos problemas comunitários, os resultados que dai advém muitas vezes ou nunca tem resultado em melhoria da condição de vida dos munícipes. Assim, a participação política em Tete, tem se baseado mais em meras conversas (entre comunidade e decisores) que depois não se reflectem na resolução dos problemas. Neste diapasão, os grandes desafios para a governação municipal em Tete, passam pela melhoria da qualidade de resposta das preocupações dos cidadãos por parte das autoridades, bem como por uma maior inclusão da população no desenho de estratégias de resolução dos problemas locais. INDICADOR 2: TRANSPARÊNCIA E PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS INSTITUIÇÕES DE GOVERNAÇÃO MUNICIPAL Nesta secção do relatório, o objectivo central será de apresentar alguns indicadores de medição da transparência e prestação de contas ao nível municipal, dentre eles, o acesso a informação municipal bem como a capacidade de interpretação da informação por parte dos cidadãos. A qualidade da governação é medida por diversos indicadores, dentre eles, a transparência e prestação de contas das instituições políticas. Em Moçambique, os níveis de transparência e prestação de contas ainda estão muito abaixo dos níveis considerados aceitáveis. Este cenário não só é vivido ao nível do governo central, como também ao nível municipal como confirmam os dados do questionário do IDS/COWI. No que tange ao acesso a informação oficial sobre as actividades municipais em Tete, apenas 12,4% dos cidadãos revelou já ter tido acesso ao plano de actividades do conselho municipal, por outro lado, uma maioria, 100,00% 80,00% Já teve acesso a alguma outra informação sobre o trabalho do conselho municipal? 11 esmagadora correspondente a 87,6% dos cidadãos entrevistados desconhece por completo as actividades desenvolvidas pelos órgãos municipais. 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% Se por um lado os cidadãos não têm Sim acesso aos planos de actividades Não municipais, não constitui surpresa que apenas 14,2% destes tenha tido acesso a alguma outra fonte de informação sobre Homem Mulher Total o trabalho municipal, contra 85,8% de cidadãos que afirmaram não ter tido acesso. No meio deste cenário, as mulheres são as que menos têm tido acesso a informação. Do universo dos inquiridos, apenas 8,1% das mulheres afirmou já ter entrado em contacto com alguma fonte de informação refente a actividade municipal, comparativamente aos homens, 20,7% que tem tido mais acesso. Entretanto, apesar das enormes dificuldades de acesso a informação municipal, do grupo de indivíduos que têm mantido contacto com o conselho municipal, 64,7% dos inquiridos acha que a informação municipal é muito fácil de encontrar. Estes números remetem ao entendimento segundo o qual, apesar do conselho municipal mostrar-se pouco responsivo diante dos cidadãos, quando estes procuram, por iniciativa própria, inteirar-se sobre as actividades municipais, o conselho municipal tem-se mostrado, relativamente, aberto em disponibilizar informação aos cidadãos. Contudo, os

13 mesmos cidadãos que com muita ou pouca insistência conseguem ter acesso aos documentos municipais, têm se deparado com outro problema, a dificuldade de interpretação da informação. Do universo dos indivíduos que responderam a esta pergunta do questionário, perto de 29,4% sente que as informações referentes aos trabalhos do conselho municipal muitas vezes são mais ou menos fáceis de entender. Estas dificuldades na interpretação das informações, poderá estar relacionada, eventualmente, com o nível de escolaridade dos indivíduos ou mesmo com a complexidade na forma como os documentos são redigidos. Se por um lado os cidadãos afirmam desconhecer o plano de actividades do conselho municipal de Tete, o cenário torna-se ainda mais grave quando se trata do conhecimento acerca do trabalho da Assembleia Municipal. Uma vez que uma maioria esmagadora dos cidadãos entrevistados, cerca de 96,7%, afirmou desconhecer o trabalho desenvolvido por este órgão. Já os que dizem possuir informação acerca das suas actividades não passa de 3,3%. Os factores que podem estar a concorrer para esta situação são vários, dentre estes, a dificuldade no acesso as fontes de informação, como também a percepção do conteúdo das mesmas. Perto de 25% das pessoas que já tiveram contacto com algum documento/ informação da assembleia municipal, enfrentaram muitas dificuldades para encontrar as tais fontes e mais do que isso, 50% dos cidadãos ainda enfrentam dificuldades em perceber o conteúdo das informações. Deste modo, partindo do pressuposto de que a Assembleia Municipal é um órgão, que por lei, tem competências de pronunciar-se e deliberar, no quadro das suas atribuições, sobre os assuntos e as questões fundamentais de interesse para o desenvolvimento económico, social e cultural da comunidade municipal, à satisfação das necessidades colectivas e a defesa dos interesses das respectivas populações, bem como acompanhar e fiscalizar a actividade dos órgãos e dos serviços e empresas municipais, os dados do inquérito constatam uma fraqueza na prestação de contas das instituições municipais de Tete e a necessidade de dar a conhecer aos cidadãos quais são as actividades desenvolvidas pelos órgãos municipais. INDICADOR 3: PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO ELEITORAL As eleições constituem um momento impar de manifestação do direito de cidadania. É neste processo onde os cidadãos encontram a oportunidade de premiar ou castigar os governantes consoante o seu desempenho. Assim, nesta parte do relatório serão apresentados gráficos contendo dados referentes à participação eleitoral numa perspectiva comparada. Isto é, o nível de participação nas eleições municipais de 2008, e a previsão de participação nas próximas eleições autárquicas de Novembro de 2013 e Gerais de

14 Num olhar retrospectivo acerca da participação nas eleições municipais de 2008, 93,7% dos inquiridos afirmou que afluíram às urnas. Nestas eleições o nível de participação entre homens e mulheres não registou diferenças significativas, (93,8% Homens e 93,6% Mulheres). Sob ponto de vista da faixa etária, os idosos no Município de Tete tendencialmente foi o grupo mais propenso a participar nas eleições. 100% destes votaram nas eleições passadas, contra 94,3% dos adultos e 92,5% dos jovens. Por seu turno, a previsão de participação nos próximos pleitos eleitorais apresenta dados bastante encorajadores. Ao se confirmarem as tendências, ao nível do Município de Tete, perto de 94,2% dos cidadãos irá votar nas próximas eleições, o que significa uma subida na ordem de 0,5% da participação eleitoral. Em contrapartida, apenas 5,8% dos cidadãos não manifestou interesse em participar do processo. Evidentemente, estas são percentagens que respondem a intencionalidade de votar e que muitas vezes são muito mais optimistas do que os resultados reais de participação eleitoral, dado que as pessoas por tendência dizem que vão votar por ser o politicamente correcto. Sob ponto de vista do género, não se nota uma diferença significativa na pretensão de voto entre homens e mulheres, ainda que os primeiros (96,6%) sejam o grupo que manifestou maior vontade de exercer esse direito de cidadania, comparativamente as mulheres (91,9%). Em relação aos cidadãos que pretendem abster-se do processo, quando questionados porquê não pretende votar? 2% dos entrevistados foram peremptórios em afirmar que não tem motivos para votar e, na mesma proporção, outros 2%, dos cidadãos não vê vantagens em votar. Portanto, apesar de parte dos cidadãos entrevistados terem afirmado pretender participar nas próximas eleições municipais, existe um grupo de cidadãos, ainda que numa percentagem não significativa, que nutre dentro de si um sentimento de descredito em relação ao processo eleitoral. Entre votar e não ver mudanças significativas no desempenho do governo municipal, estes preferem abster-se do processo. Por outro lado, desde a inauguração da era democrática multipartidária em Moçambique, o nível de participação eleitoral não tem sido tão alto quando comparado com o nível de participação nas últimas eleições autárquicas de Em Tete, apenas 79,2% dos cidadãos entrevistados afirmaram 13

15 alguma vez ter votado nos pleitos eleitorais. De entre eles, os homens são os que têm participado mais nas eleições, 82,8% contra 75,8% das mulheres. Porém, para o próximo processo eleitoral de 2014, a tendência de participação eleitoral mostra, claramente, uma tendência de melhoria se comparado com o histórico de participação eleitoral desde A previsão de participação eleitoral, ao nível dos moradores do município de Tete, é de perto de 97,5% contra 2,5% de potenciais abstencionistas. Deste universo, não se registaram diferenças significativas no que tange a participação de homens (98,3%) e mulheres (96,8), ainda que os homens representem, mais uma vez, a maioria. Quanto aos eleitores abstencionistas, a semelhança das eleições municipais, parte deles, 1%, não vê vantagem em votar. E mais preocupante ainda é o facto de alguns cidadãos não saberem o que fazer para votar, (1%) volvidos quase 19 anos de convivência democrática multipartidária no país. O desconhecimento dos procedimentos para participar nas eleições remete a necessidade dos órgãos de administração eleitoral, em particular o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), a desenvolver actividades de educação cívica, com vista à consciencializar os cidadãos sobre a necessidade e os procedimentos de como votar. Alcançando-se este objectivo, muito provavelmente, o nível de abstenção eleitoral poderá reduzir significativamente em Tete. 14

16 RESULTADO INTERMÉDIO: DIVERSOS ACTORES INTERAGEM EFECTIVAMENTE AO REDOR DE ASSUNTOS DE GOVERNAÇÃO MUNICIPAL INDICADOR 1: NÍVEL DE CONHECIMENTO E CONSCIÊNCIA DOS CIDADÃOS NA GOVERNAÇÃO MUNICIPAL Esta parte do relatório tem como objecto analisar o nível de conhecimento que os cidadãos têm sobre os processos, espaços e formas de participação na governação municipal. Deste modo, esta secção explora o nível de exigências canalizadas ao governo municipal através da apresentação de reclamações em relação aos serviços prestados pelo município, o nível de cidadania fiscal dos inquiridos, e por último, o conhecimento dos espaços de participação existentes no município. Exigências ao Município 95% contra apenas 5% do total dos inquiridos nunca apresentou uma reclamação em relação aos serviços prestado pelo município. Como se pode observar a partir do gráfico ao lado, não existem diferenças significativas no que concerne as variáveis sexo e idade. Os dados indicam que tanto os homens (95%) assim como as mulheres (95%) nunca apresentaram uma reclamação em relação aos serviços prestados pelo município. Deste modo, quer as mulheres (5%) quer os homens (5%) apresentam níveis de apresentação de reclamações ao município igualmente e bastante baixos. No que corresponde a faixa etária, esta apatia manifesta-se mais nos adultos com mais de 55 anos de idade (100%), seguido de adultos entre os 36 a 55 anos (97%) e por último, nos jovens (94%). As razões apontadas quer por homens e mulheres quer pelos jovens e adultos para não reclamarem derivam dos seguintes factores apresentadas em ordem hierárquica: 89% do total de homens e mulheres de todas as idades afirmaram não ter nenhum motivo para reclamar e 9% afirmaram que nunca apresentaram uma reclamação por desconhecimento dos espaços apropriados para o efeito. Neste domínio, podemos observar que os homens e adultos relativamente às mulheres e jovens são os que menos motivo tem para reclamarem e, por outro são os grupos que apresentam menos domínio dos fóruns apropriados de reclamação ao nível do município. 15

17 Entretanto, da minoria dos inquiridos dentre homens e mulheres e de ambas idades que afirmaram ter experiência de reclamação sobre a prestação de serviços no município, dois terços destes tem a percepção de que a sua reclamação foi ouvida devidamente pelas autoridades municipais contra os perto de ¼ que tem a percepção de que a sua reclamação não foi audível. Em termos de género, os homens são os que tem a percepção mais favorável em relação às mulheres. Os homens na sua totalidade tem a percepção de que a sua reclamação foi ouvida enquanto 33% de mulheres têm uma percepção oposta. Tendo em conta a faixa etária dos cidadãos inquiridos, de forma geral, tanto os adultos quanto os jovens consideram que as suas reclamações são ouvidas. No entanto dentro deste grupo, os adultos são mais optimistas em relação aos jovens. Conclusivamente, podemos observar que os jovens assim como mulheres são os grupos que mais reclamações apresentam comparativamente aos homens e adultos, contudo, são os que se apresentam mais cépticos quanto a audição da sua reclamação. A falta de pagamento de impostos denota a fraca consciência das obrigações cidadãs em relação ao Estado mas também a falta de confiança dos cidadãos em relação às instituições municipais. O gráfico ao lado representa os resultados das respostas dos cidadãos sobre a obrigatoriedade de pagamento de impostos. Tomando em conta o sexo e idade, o imposto pessoal autárquico (IPA) com um total de 74%, seguindo imposto de bicicleta (30%) são os impostos cuja consciência de obrigatoriedade é mais acentuado entre os munícipes. Existem diferenças significativas baseadas no sexo no pagamento do IPA: os homens (81%) são mais assíduos do que as mulheres (67%). Por sua vez segundo a idade, os jovens (78%) comparativamente aos adultos (70%) são os que mais pagam este imposto. Como se pode constatar pelo gráfico ao lado que apresenta as diferenças de nível de pagamento para o IPA, imposto mais pago pelos munícipes de Tete, os homens (59%) seguidos pelos jovens (57%) são os grupos cuja consciência de pagamento de imposto é relativamente mais acentuado. A diferença entre os que pagam e os que não pagam este imposto é de (19%) para os homens e (12%) para os jovens, isto significa que existe uma tendência para os homens pagarem mais este imposto relativamente aos jovens cuja diferença é 16

18 mínima. No entanto, estas diferenças não atingem ¼ o que indica que a percentagem dos que não pagam ainda é relativamente considerada. Por seu turno, as mulheres (57%) e os adultos (54%) são os grupos que menos pagam o IPA, a menor diferença está nos adultos (8%) enquanto a maior diferença está nas mulheres (14%), isto significa que, apesar das mulheres serem as que menos pagam o IPA, contudo, e em relação aos adultos, são o grupo que apresenta maior propensão a pagar o referido imposto, pois a diferença entre os que pagam e não pagam no grupo dos adultos é mínima e pouco significativa. Quando questionados sobre as razões que os levavam ao não pagamento do imposto em análise, 43% dos inquiridos sem discriminação de género e idade afirmou não ser importante pagar os impostos enquanto 40% destes apontou para o desconhecimento da obrigatoriedade de pagamento como a principal razão. Estes dados demonstram que a consciência da obrigatoriedade de pagamento de impostos e a responsabilidade fiscal entre os munícipes embora seja aceitável para alguns grupos, concretamente de homens e jovens, no geral ainda é relativamente baixa e o pagamento de impostos ainda não se constituiu como a base para o funcionamento das instituições políticas. Em relação às instituições de participação comunitária estabelecida segundo a Lei dos Órgãos Locais do Estado (LOLE), a pesquisa questionou sobre o conhecimento que os cidadãos têm do conselho consultivo local. Os dados do gráfico mostram que dois terços dos inquiridos nunca ouviu falar do Conselho Consultivo contra apenas ¼ de inquiridos que já ouviram falar. A diferença entre homens e mulheres neste domínio é significativa, como o gráfico ilustra, apenas 16% das mulheres inquiridas contra 29% de homens já ouviram falar do conselho consultivo. No que concerne a faixa etária 81% dos jovens inquiridos afirmaram desconhecer este fórum de consulta, seguido de 72% de adultos acima dos 55 anos de idade e entre 36 e 55 anos de idade. No geral, estes dados indicam que os cidadãos, de forma geral, ainda não têm conhecimento sobre o que é o conselho consultivo, todavia, este desconhecimento é ainda mais profundo entre o grupo de jovens e mulheres comparativamente ao grupo de homens e adultos. Entretanto, do 23% de inquiridos que afirmaram ter ouvido falar do conselho consultivo, quando colocados a questão relativa ao papel destes fóruns para a comunidade, no geral 74% afirmaram que o Conselho Consultivo serve para resolver problemas da comunidade. Neste domínio, é possível encontrar algumas variações baseadas no género e na idade. Tendo em conta o factor género, esta percepção é mais intensa entre as mulheres (80%) comparativamente aos homens (71%). No tocante a faixa etária dos entrevistados, a opinião de que o conselho 17

19 consultivo serve para resolver os problemas da comunidade é mais intensa entre os adultos entre os 36 a 55 anos de idade (90%), seguido dos jovens (67%) e, por último, os adultos acima de 55 anos de idade (50%). Como os dados atestam, as mulheres (84%) e jovens (81%) são os grupos que menos conhecimento tem do conselho consultivo local, entretanto, as mulheres são o grupo mais esclarecido em relação ao papel do conselho consultivo local. Os dados mostram também que 71% contra apenas 29% dos inquiridos dentre homens e mulheres de todas as faixas etárias já ouviram falar do Programa Estratégico para Redução da Pobreza Urbana (PERPU) mais conhecido por 7 milhões. Resultados da triangulação com os dados qualitativos Hierarquia de Problemas Como se pode observar a partir da hierarquia dos principais problemas levantados pelos grupos focais de mulheres e de jovens, existem problemas específicos que afectam cada um dos grupos de forma distinta como ilustram os gráficos abaixo. Os problemas com maior peso para as mulheres são: a falta de vagas nas escolas e o desemprego. Enquanto para os jovens são: o desemprego em alto grau e a corrupção da polícia. No entanto, o principal problema em comum para os dois grupos é o desemprego que, em proporções distintas, afecta mais os jovens (42%) do que às mulheres (21%). Contudo, pode se observar que os problemas levantados pelas mulheres afectam-nas num grau de intensidade relativamente similar comparativamente aos problemas que afectam aos jovens cuja distância ou diferenças sob ponto de vista de intensidade de afectação entre ambos é muito maior. Como se pode constatar no gráfico acima, no grupo das mulheres inquiridas a diferença entre o primeiro e o segundo problema é de apenas 2%, e do primeiro para o terceiro é de 11%. Por sua vez, no grupo dos jovens a diferença entre o primeiro e o segundo problema é de 24% o que indica que existe uma distância muito grande entre o peso relativo dos problemas. Em termos práticos, isto significa que os problemas levantados pelas mulheres tem um peso quase que similar, enquanto para o grupo de jovens, embora os problemas sejam ambos relevantes, nem todos os afectam com a mesma intensidade, existindo a predominância do desemprego sobre todos outros. 18

20 Estes e mais problemas levantados tanto pelas mulheres assim como pelos jovens estão vinculados a um conjunto de instituições responsáveis pela solução dos mesmos. A tabela abaixo indica os principais problemas levantados pelos grupos focais de jovens e mulheres tendo como responsável pela resolução dos mesmos as autoridades municipais. Mulheres Jovens Correspondência entre o problema e Responsável pela solução 0-4 Problemas Responsável Correspondência Falta de organização da OMM Governo 0 Municipal Falta de Segurança Governo 0 Municipal Falta de financiamento para negócios Governo 4 Municipal Emprego doméstico mal remunerado Governo 0 Municipal Saneamento (água suja a escorrer pelas vias) Governo 4 Municipal Atribuição de terrenos Governo 4 Municipal Chapeiros fazem encurtamento de rotas Governo 4 Municipal Falta de segurança Governo 0 Municipal Abastecimento de Água Governo 4 Municipal Qualidade de Atendimento nos hospitais Governo 0 Municipal Falta de terrenos para construção Governo 4 Municipal Falta de contentores de lixo Governo 4 Municipal Desemprego de Jovens Governo 4 Municipal Falta de transporte Governo 4 Municipal Vias de acesso em más condições Governo Municipal 4 Análise foi feita com base nas categorias: Mulheres e Jovens Legenda: 0. Não existe correspondência 2. Correspondência média e 4. Alta correspondência Atendendo os resultados da matriz dos problemas pode-se constatar que em geral 67% das mulheres e jovens contra 33%, uma minoria não negligenciável, fazem uma correspondência aceitável entre os problemas que os afectam e as competências do Governo Municipal para a resolução dos mesmos. Tendo em análise os grupos focais de jovens e mulheres de forma distinta, mais de dois terços dos jovens fazem uma correspondência perfeita entre os problemas sobre responsabilidade dos municípios enquanto as mulheres revelam-se pouco claras neste sentido. Como os dados demonstram, metade dos problemas levantados pelas mulheres estão sobre responsabilidade ou fazem parte do mandato do município, isto significa, que as mulheres em relação as jovens têm uma noção modesta das responsabilidades do município em função dos problemas que se colocam a estes grupo ao nível da comunidade que necessitam de uma intervenção institucional. Em conclusão podemos afirmar que existe um mínimo conhecimento das competências do conselho municipal que se observa mais nos jovens do que nas mulheres. 19

21 INDICADOR 2: CAPACIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL NA REPRESENTAÇÃO DOS INTERESSES DOS CIDADÃOS, PARTICULARMENTE DAS MULHERES E DOS GRUPOS DE JOVENS Esta parte tem por objectivo descrever os resultados dos dados quantitativos referente a acção colectiva dos munícipes para a resolução dos problemas colectivos. Por um lado se analisará quais são as instituições que os indivíduos consideram que resolvem os seus problemas, e por outro lado, se analisará o nível de organização social dos munícipes quer para a resolução dos problemas da sua comunidade em associações ou organizações comunitárias de base, quer no seu envolvimento em organizações em prol do desenvolvimento social e económico. Acção Colectiva e Resolução de Problema da comunidade 84% contra apenas 16% dos cidadãos inquiridos dentre homens e mulheres de diferentes faixas etárias, afirmaram que nunca estiveram envolvidos numa acção colectiva para a busca de uma solução para um problema local. Numa perspectiva de género, não existem diferenças significativas entre homens e mulheres, no entanto, as mulheres (87%) comparativamente aos homens (81%) são as que menos se engajaram numa acção colectiva para a melhoria da vida do seu bairro. Entretanto, dos 16% de inquiridos que afirmaram ter-se envolvido numa acção colectiva para a melhoria da vida do bairro foram também questionados sobre com quem haviam-se juntado para buscar alguma melhoria para a vida do seu bairro. De forma geral, uma maioria significativa na ordem de 63% dentre homens e mulheres de diferentes faixas etárias afirmaram que se juntaram a pessoas de uma associação ou grupo do bairro, 37% a amigos e vizinhos e 21% a pessoas do mesmo partido. Tendo como base o sexo, 88% das mulheres tem maior propensão a se juntarem a associações de bairro enquanto os homens estão mais propensos a juntarem-se a amigos e vizinhos 37%. Por seu turno, as mulheres (25%) demonstram maior envolvimento com organizações político partidárias em relação aos homens (18%), sem que isso signifique ser membro ou estar engajado. Com base na faixa etária, 67% dos adultos contra 59% dos jovens juntaram-se a associações locais dentro do Bairro. Os jovens comparativamente aos mais adultos apresentam um nível de engajamento em acções colectivas muito baixo, no entanto, um dado relevante é que os jovens (8%) comparativamente aos adultos são os que se engajam mais com ONG s fora do contexto social onde estão inseridos, isto é, ao nível do Bairro. Estes dados revelam por um lado, que existe uma cultura de associativismo dentro dos bairros, no entanto os vínculos de solidariedade são mais fortes para com estes grupos e a família e amigos e 20

22 menos fortes para com as organizações da sociedade civil formalmente constituídas, embora os jovens dêem indicações de solidariedade e ligação as organizações da sociedade civil para além do nível paroquial. Por outro lado, os dados revelam ainda a incapacidade das organizações da sociedade civil de representarem os interesses dos cidadãos. Como os dados atestam, quase que na sua totalidade, os inquiridos depositam total confiança nas redes sociais de interacção face a face, associações do bairro e partidos políticos, em detrimento, das organizações da sociedade civil fora do Bairro que actuam como porta-vozes dos interesses das comunidades junto das autoridades responsáveis. Associativismo e Activismo Em termos de engajamento dos cidadãos em organizações da sociedade civil e políticas, verifica-se que embora as mulheres e jovens juntam-se mais a estas organizações em relação aos homens e adultos, contudo, engajam-se menos comparativamente a estes, isto é, as mulheres e jovens são menos membros destas organizações comparativamente aos homens e adultos. E por outro lado, os cidadãos engajam-se mais em organizações político partidária como atestam as tabelas abaixo que sistematizam o nível de engajamento das mulheres jovens e adultas em associações de natureza política, informal, religiosa. Q6.19 engajamento nas associações 2.1 Sexo Homem Mulher % % OJM Outra Associação Juvenil 2 6 OMM 2 40 Outra Associação de mulheres Partido Frelimo Partido Renamo Associação cultural 2 4 Xitique (Poupança 5 4 informal) Associação camponesa Grupo Geração de 9 6 Renda Grupo Religioso Como se pode observar a partir da tabela acima exposta, o nível de engajamento das mulheres e homens em organizações da sociedade civil é bastante baixo comparativamente ao nível de engajamento em partidos políticos. A maioria dos inquiridos está significativamente engajada a uma organização político partidária, para este grupo, as mulheres (56%) estão menos engajadas em relação aos homens (71%). Entretanto, olhando para o somatório das diferentes organizações partidárias nas quais as mulheres estão envolvidas, as mulheres apresentam-se mais engajadas ao partido político por via da diversidade de grupos intra-partidários as quais pertencem. O engajamento partidário das mulheres faz-se por via das agremiações feministas do partido (40%) mais também através das organizações juvenis partidárias (14%). No entanto, no que concerne as organizações civis tanto os homens (18%) quanto as mulheres (19%) estão igualmente engajados a grupos religiosos, a diferença do nível de engajamento é insignificante. 21

23 Triangulação com o mapeamento institucional Dados do mapeamento institucional obtidos através de entrevistas a 6 grupos focais, respectivamente: 3 compostos por jovens e os restantes 3 por mulheres. A partir do processo de identificação das instituições sobre as quais os cidadãos acham que são as mais importantes e acessíveis para a resolução dos problemas que apoquentam a sua comunidade, o município (41%) é a instituição frequentemente enunciada pelos grupos focais no que concerne ao grau de importância e de acessibilidade na resolução dos problemas locais, como ilustra a tabela abaixo. Instituição % Grau de Importância Percepção de Acessibilidade Senhoras Jovens Senhoras Jovens Conselho Municipal 41 Média a Grande Média Próximo Distante Governo Central 35 Grande/Muita Grande/Muita Distante Muito Distante, Distante e Próximo Comunidade 29 Média a Grande Média a Grande Próximo Próximo No entanto, de acordo com a área geográfica existem algumas variações de percepção em função do grupo focal. O Conselho Municipal é percebido pelas mulheres da zona rural assim como das zonas urbanas como uma instituição de média a grande importância, por seu turno, os jovens das zonas urbanas e rurais partilham da percepção comum de que o conselho municipal é uma instituição de importância média. No que diz respeito a acessibilidade, as mulheres sem discriminação da área geográfica onde se encontram, consideram o conselho municipal como uma instituição próxima dos cidadãos, isto é de fácil acesso. Por sua vez, os jovens independentemente da área de residência, gozam de uma percepção opostamente distinta das mulheres, para os jovens quer das zonas rurais quer das zonas urbanas tem a percepção de que o conselho municipal é uma instituição distante. Em conclusão, estes dados revelam que o conselho municipal é para as mulheres e jovens uma instituição importante, contudo, é uma instituição segundo a percepção dos grupos focais pouco acessível para os jovens e mais acessível para as mulheres. 22

24 INDICADOR 3: PAPEL DOS MEDIA NA MELHORIA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES MUNICIPAIS Esta parte tem por objectivo descrever os resultados dos dados quantitativos referente ao papel que os Media desempenham para a melhoria da prestação de contas e responsabilização das instituições municipais. Esta análise incide sobre a disponibilização de informação, acesso aos meios de comunicação. Disponibilização de Informação Para a melhoria da prestação de contas e a responsabilização das instituições municipais os media tem o papel de garantir o fluxo de informação adequada e perfeita para os cidadãos avaliarem o desempenho das instituições municipais. Neste domínio, os dados do inquérito revelam que 55% dos cidadãos inquiridos tem a percepção de que os media fornecem informações sobre questões locais contra apenas 29% do total dos inquiridos que discordam e 31% não tem nenhuma opinião em relação ao assunto. Tendo como base o género dos inquiridos existem algumas variações consideráveis. As mulheres (60%) em relação aos homens (50%) são as que mais crenças depositam no desempenho dos meios de informação. Por sua vez, os homens são menos optimistas em relação ao desempenho dos meios de informação, 38% destes contra apenas 21% das mulheres inquiridas discordam totalmente e/ou parcialmente de que os meios de comunicação existentes no município, fornecem informações necessárias sobre questões locais. Como podemos observar, existem diferenças significativas entre a opinião dos homens e das mulheres, sendo que as mulheres são mais favoráveis ao desempenho dos meios de informação enquanto os homens são mais cépticos em relação as mulheres afirmando que os meios de comunicação não garantem o fluxo de informação adequado para os cidadãos sobre questões locais. Olhando para o factor idade, os dados indicam que tanto os jovens assim como os adultos partilham da opinião segundo a qual os meios de comunicação existentes no município fornecem informações necessárias sobre questões locais. No entanto, esta opinião é mais intensa nos adultos (64%) do que nos jovens (52%). Por seu turno, os jovens (33%) comparativamente aos adultos (23%) são os que discordam totalmente e/ou parcialmente do papel informativo dos medias sobre questões locais. Deste modo, os jovens em relação aos adultos são o grupo menos optimista quanto ao desempenho dos media. 23

25 Acesso aos Meios de Comunicação e de Informação O acesso aos meios de comunicação e de informação são as fontes através das quais os cidadãos ao nível do bairro obtêm informações necessárias para a melhoria dos processos de prestação de contas e de responsabilização. Conforme o gráfico pode se observar que as redes sociais de interacção comunitária face a face desempenham um papel de maior relevância em relação aos próprios meios de comunicação social. 88% dos inquiridos sem discriminação de sexo e idade afirmaram que obtêm informação através de amigos e vizinhos contra apenas 11% que tem acesso a informações através dos media. Neste domínio não existem diferenças significativas entre homens e mulheres. Por seu turno, existem outros meios não negligenciáveis através dos quais os cidadãos adquirem informação, as reuniões comunitárias (62%), o telefone celular (52%) e familiares (45%) são os meios alternativos de informação. No âmbito dos meios de comunicação social, há uma representação muito baixa desses ao nível dos bairros, no entanto, a rádio (8%) é o meio mais privilegiado de acesso a informação comparativamente a televisão (2%) e jornais (1%). No que corresponde a variável idade os dados variam muito pouco, 89% dos jovens e adultos adquirem informações a partir de amigos e vizinhos. Portanto, conforme ilustra o gráfico a diferença entre jovens e adultos, no que concerne acesso as redes sociais de informação é praticamente inexistente. No entanto, 69% dos jovens obtêm informação através das reuniões comunitárias. Dos meios de comunicação social, a rádio e o jornal são os mais acessíveis para adultos acima de 55 anos de idade (14%) seguido dos adultos entre 36 a 55 anos de idade (11%) e por último, os jovens (6%). Estes dados revelam que os jovens têm menos acesso aos meios de comunicação social comparativamente aos adultos. Estes resultados apontam que os cidadãos adquirem informação necessária sobre questões locais através de diferentes canais: amigos e vizinhos, reuniões comunitárias, familiares, rádio, televisão e jornal. Não obstante, os meios de comunicação social ainda desempenhem um papel residual como fonte de informação sobre questões locais. As redes ou instituições sociais, por seu turno, são os meios de comunicação e informação predominantes entre os inquiridos. 24

26 INDICADOR 4: NÍVEL DE ENGAJAMENTO POLÍTICO, PARTICULARMENTE DE MULHERES E JOVENS Esta parte do relatório explora o nível de engajamento dos munícipes, particularmente das mulheres e dos jovens, em campanhas, redes e coligações de advocacia ou em actividades conducentes ao fortalecimento da governação participativa no município. A mesma analisa o grau de implementação das decisões que são tomadas nos fóruns de consulta e de participação comunitária existentes no município. Governação Participativa De acordo com os dados, apenas 26% do total dos inquiridos dentre os quais homens e mulheres de todas as faixas etárias afirmaram ter-se engajado em acções para a melhoria da governação municipal. Isto significa que de uma forma geral, 74% dos inquiridos nunca se juntou a outros para buscar melhoria na governação municipal. A diferença entre homens e mulheres é significativa. 88% das mulheres inquiridas afirmaram nunca ter-se engajado em acções, campanhas e redes de governação municipal contra 67% dos homens. No que concerne a idade, as diferenças também são muito significativas. Os jovens (83%) comparativamente aos adultos (67%) são os que menos se engajaram em acções colectivas para melhoria da governação municipal. Os dados indicam que as mulheres e jovens, de forma geral, são os grupos mais apáticos e que menos intervenções fazem ao nível do município conducente ao fortalecimento da governação participativa no município aceitável. Entretanto, apesar do baixo nível de engajamento em acções com vista a melhoria da qualidade da governação municipal, 56% dos cidadãos inquiridos contra 44% dentre homens e mulheres e de diferentes faixas etárias, afirmaram ter participado em reuniões comunitárias para discutir assuntos do bairro. Neste domínio 60% do total dos inquiridos tem a percepção de que sua opinião não conta enquanto apenas 24% tem a percepção de que a sua opinião é levada em conta. Considerando o género, existem diferenças significativas entre os grupos mais optimistas e cépticos em relação a relevância da sua opinião. Do grupo dos indivíduos mais cépticos, os homens (68%) comparativamente às mulheres (52%) são os que acham que a sua opinião conta menos. Por seu turno, as mulheres (48%) são as mais optimistas e partilham da percepção de que as suas opiniões contam mais em relação aos homens (32%). 25

27 Baseado na idade, do total dos inquiridos que afirmaram que a sua opinião é pouco relevante 65% dos adultos inquiridos, consideram que a sua opinião conta menos contra 53% dos jovens que partilham da mesma opinião. Por sua vez, os jovens (46%) tem a percepção de que a sua opinião é mais levada em conta do que os adultos (35%). Conclusivamente, a maioria dos cidadãos inquiridos tem a percepção de que a sua opinião não conta, no entanto, existem algumas variações significativas em função do género e da idade dos inquiridos, a percepção da relevância das opiniões nas reuniões comunitárias é mais intensa nos jovens e mulheres do que nos homens e adultos que se apresentam mais cépticos. Este dado revela que as reuniões comunitárias são encaradas, propriamente, como espaços de influência por parte das mulheres e jovens. Percepção sobre a Voz das Mulheres e dos Jovens Voz das mulheres Quando questionados sobre como é que costuma ser a participação das mulheres nas reuniões comunitárias, 74% do total dos homens e mulheres inquiridos têm a percepção de que as mulheres falam igual e bem mais do que os homens. No que concerne ao género, tanto os homens tanto as mulheres partilham da percepção de que as mulheres (76%) falam igual ou mais do que os homens. Com base no critério idade, não existem diferenças significativas quanto a opinião de jovens e adultos, 80% dos adultos e 73% dos jovens tem a percepção de que as mulheres falam bem mais ou igual aos homens. Conclusivamente, não existe uma percepção dominante em relação a voz das mulheres baseada no factor género, e por outro lado, Jovens assim como adultos tem a percepção de que as mulheres gozam de voz expressiva nos fóruns comunitários, embora esta opinião seja mais intensa nos adultos do que nos jovens. 26

28 Voz dos Jovens No tocante a voz dos jovens, 76% do total dos inquiridos tem a percepção de que os jovens falam igual e bem mais do que os moradores mais velhos, enquanto 24% que tem a percepção de que os jovens, apesar de falarem bem, ainda falam bem menos do que os moradores mais velhos. No entanto, existem variações consideráveis relativamente ao género. Conforme o gráfico ilustra, os homens 80% diferentemente das mulheres 60% tem a opinião de que a voz dos jovens é mais expressiva. Como os dados indicam 28% das mulheres contra 20% dos homens partilham da percepção de que os jovens apesar de falarem bastante, ainda falam bem menos do que os moradores mais velhos, como se pode constatar, as mulheres são mais cépticas em relação aos homens quanto a voz dos jovens nos fóruns comunitários. Em função da variável idade, os dados indicam que tanto os adultos assim como os jovens partilham de uma percepção favorável em torno da voz dos jovens. 80% dos adultos contra 77% dos jovens partilham da percepção de que os jovens falam igual ou mais do que os moradores mais velhos. Por outro lado, um dado interessante, é que embora não significativos, os próprios jovens são os que menos acreditam na sua própria voz comparativamente aos adultos. Como os dados demonstram, 23% dos jovens contra 20% dos adultos, partilham da percepção de que os jovens apesar de falarem bastante, não falam tanto quanto os moradores mais velhos e/ou falam bem menos. Em conclusão, pode-se afirmar que de forma geral, os jovens tem uma representação favorável da sua própria voz, contudo, são também os menos optimistas comparativamente aos adultos. 27

29 Influência dos cidadãos na Governação Municipal Para medir a influência dos cidadãos na governação municipal, foi questionado sobre o grau de cumprimento das decisões tomadas nos fóruns de participação comunitária. De forma geral 36% dos inquiridos, dentre homens e mulheres, jovens e adultos, afirma que as decisões são implementadas as vezes, 39% sempre ou a maior parte das vezes e, por último, 25% que acham que nunca ou a maior parte das vezes não. A diferença de percepção entre homens e mulheres é pouco significante, 27% das mulheres para 23% dos homens inquiridos, consideram que as decisões ou nunca são implementadas ou não são implementadas na maior parte das vezes. Por outro lado, 45% das mulheres para 35% dos homens consideram que as decisões são implementadas a maior parte das vezes ou sempre. Os homens (43%) comparativamente as mulheres (29%) são os que consideram que as decisões são implementadas as vezes. Como podemos, observar as mulheres são mais cépticas em relação aos homens quanto ao grau de implementação e cumprimento das decisões tomadas nas reuniões comunitárias. Com base na faixa etária não existe diferenças significativas, tanto da percepção dos adultos quanto dos jovens que acham que as decisões tomadas nestas reuniões são implementadas às vezes. 35% dos jovens e adultos partilham da percepção de que as decisões são implementadas as vezes. No entanto, os adultos relativamente aos jovens são os que menos crença depositam no cumprimento das decisões tomadas nas reuniões comunitárias, 29% dos adultos contra 22% dos jovens tem a opinião de que as decisões não são implementadas. Por seu turno, os jovens são mais optimistas em relação ao grau de implementação das decisões tomadas nas reuniões comunitárias, 42% dos jovens contra 35% dos adultos inquiridos considera que as decisões são sempre ou a maior parte das vezes implementadas. Portanto, os jovens são o grupo etário mais optimista quanto ao grau de implementação das decisões tomadas nas reuniões comunitárias comparativamente aos adultos. Em conclusão, estes dados revelam que a capacidade que os cidadãos têm de produzir mudanças na agenda e na conduta dos governos municipais é ainda pouco satisfatória, dado o facto, de a maioria dos cidadãos inquiridos considerar que as decisões são implementadas somente às vezes. 28

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