UNIVERSIDADE TUIUITI DO PARANÁ GABRIELA LELIS RIBEIRO DE OLIVEIRA

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1 UNIVERSIDADE TUIUITI DO PARANÁ GABRIELA LELIS RIBEIRO DE OLIVEIRA ACOMPANHAMENTO DO CICLO ESTRAL, INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E GESTACIONAL EM UMA FÊMEA CANINA CURITIBA 2015

2 GABRIELA LELIS RIBEIRO DE OLIVEIRA ACOMPANHAMENTO DO CICLO ESTRAL, INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E GESTACIONAL EM UMA FÊMEA CANINA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Professora Orientadora: Rhéa Cassuli Lima dos Santos. Orientadora Profissional: MSc. Monica Correia do Amaral. CURITIBA 2015

3 TERMO DE APROVAÇÃO GABRIELA LELIS RIBEIRO DE OLIVEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Médico Veterinário da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 18 de junho de Bacharelado em Medicina Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof. Rhéa Cassuli Lima dos Santos UTP Prof. MSc. Ana Laura D Amico Fam UTP Prof. MSc. Carlos Henrique do Amaral UTP

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho, ao meu marido Eduardo Luiz, aos meus filhos Luca, Maria Luiza e Matteo, meus pais Benedito e Eliza, meus sogros Getúlio e Iolanda, todos vocês foram fundamentais nesta minha conquista. Obrigada por cada incentivo e apoio nos momentos alegres e difíceis desta jornada, saiba que sem vocês nada disso seria possível.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, a meu amado marido Eduardo Luiz, aos meus filhos Luca, Maria Luiza e Matteo pela paciência que tiveram comigo a cada dia e também peço desculpas pela ausência nos momentos que dediquei aos estudos. Aos responsáveis pela minha existência, meus queridos pais Benedito e Eliza, obrigada por me ensinarem os valores fundamentais da vida os quais me fortaleceram para seguir sempre em frente. Aos meus sogros Getúlio e Iolanda, pois sem os cuidados de vocês com os meus filhos nada disso seria possível. Aos meus irmãos Elizabeth e Eduardo, que durante toda esta etapa sempre me deram força para continuar. As amigas que fiz durante toda esta caminhada, Michelle, Larissa, Rosana, Stephanny e todos os colegas de classe que lutaram comigo por um mesmo objetivo, onde logo seremos colegas de profissão. A minha amiga de estágio, Andrea Julio, obrigada pelo companheirismo durante estes 3 (três) meses incríveis. Agradeço a Deus, por me colocar num lugar incrível de estágio, onde tive a oportunidade de conviver com pessoas fantásticas da Clínica Veterinária Progênie, como Fernanda, Ivone, Ana e Emília, e a competente equipe de Médicos Veterinários Dra. Monica, Dr. Solano, Dra. Nicoly e Dra. Vanessa obrigada por cada minuto que pude conviver com vocês, pude acompanhar e aprender muito com cada um de vocês. Aos funcionários da Faculdade Evangélica do Paraná, em especial a chefe de laboratório Rosinei, a auxiliar de laboratório Aliete Broto e a técnica de laboratório Maria Luiza Rodrigues Silveira que foram essenciais no meu conhecimento de Parasitologia e Microbiologia. A todos os professores que tive a honra de conhecer durante toda esta trajetória de minha formação acadêmica, em especial aos queridos professores da Faculdade Evangélica do Paraná, como Uriel Vi nícius

6 Cotarelli de Andrade, Rodrigo Azambuja Machado de Oliveira, Monica Correia do Amaral, dentre outros. E, da Universidade Tuiuti do Paraná a minha querida orientadora professora Rhéa Cassuli Lima dos Santos. E, a todos que de alguma forma contribuíram para minha formação acadêmica.

7 EPÍGRAFE Os animais foram criados pela mesma mão caridosa de Deus que nos criou. É nosso dever protegê-los e promover o seu bem-estar. (Madre Teresa de Calcutá)

8 RESUMO O estágio curricular obrigatório foi realizado na Clínica Veterinária Progênie, cuja razão social é Progênie Consultório Veterinário, da proprietária MSc. Monica Correia do Amaral, localizada no município de Curitiba, estado do Paraná, no período de 02 de fevereiro a 30 de abril de 2015, totalizando 424 horas. Durante o estágio foi acompanhado a rotina de atendimentos da clínica, realizados por uma equipe de médicos veterinários, abrangendo a clínica médica, cirúrgica e reprodução de pequenos animais. Este trabalho de conclusão de curso relata a rotina durante o estágio curricular, sob a orientação da Professora Rhéa Cassuli Lima dos Santos, bem como o relato de caso na área de reprodução canina de acompanhamento de ciclo estral, inseminação artificial e gestacional de uma fêmea canina, onde foram utilizados três métodos para detectar o estro: citologia vaginal, detecção rápida do pico do hormônio luteinizante e dosagem sérica de progesterona. Palavras-chave: Reprodução. Pequenos Animais. Ciclo Estral. Citologia. Hormônio.

9 ABSTRACT Mandatory internship was held at Veterinary Clinic Progênie, whose corporate name is Progênie Veterinary Office, the owner MSc. Monica Correia do Amaral, located in Curitiba, state of Paraná, in the period from 02 February to 30 April 2015, totaling 424 hours. During the stage was accompanied routine clinical care, performed by a team of veterinarians, including the medical clinic, surgical and breeding of small animals. This of course work completion reports the routine during the internship, under the guidance of teacher Rhéa Cassuli Lima dos Santos, and the case report in the canine breeding area of estrous cycle monitoring, artificial insemination and pregnancy of a female dog, where three methods were used to detect estrus: vaginal cytology, rapid detection of the peak of luteinizing hormone and serum progesterone. Key words: Reproduction. Small Animals. Estrous Cycle. Cytology. Hormone.

10 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - ENTRADA DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 2 RECEPÇÃO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 3 CONSULTÓRIO 02 DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 4 SALA DE INTERNAMENTO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 5 PET BOUTIQUE DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 6 MATERNIDADE DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 7 SALA DE RECUPERAÇÃO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 22 FIGURA 8 - ANATOMIA DO TRATO REPRODUTIVO DA FÊMEA CANINA FIGURA 9 ANATOMIA DOS OVÁRIOS E ÚTERO DA FÊMEA CANINA FIGURA 10 - INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE DETECÇÃO DO PICO DE LH, WITNESS LH, ZOETIS CORPORATION FIGURA 11 PACIENTE FRANCISCA, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE.. 56 FIGURA 12 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 13 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 14 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 15 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 11, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 16 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 17 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 18 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 19 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DO DIA 09, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 20 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 11, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE... 65

11 FIGURA 21 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 22 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 23 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 24 MACHO CANINO DE NOME HUGO FIGURA 25 INÍCIO DA COLETA DE SÊMEN NO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 26 PACIENTE FRANCISCA APÓS SER INSEMINADA NO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 27 REALIZAÇÃO DO EXAME DE US DA PACIENTE FRANCISCA NO DIA 41, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 28 US DA PACIENTE FRANCISCA NO DIA 41, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 29 PACIENTE FRANCISCA COM SEUS FILHOTES, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE... 71

12 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, COM ATÉ 1 ANO DE IDADE E COM MAIS DE 1 ANO DE IDADE, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 2 CLASSIFICAÇÃO POR SEXO DOS ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 3 ESPÉCIE DOS ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 4 RAÇAS CANINAS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 5 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, DIVIDIDOS EM CLÍNICA MÉDICA, CIRÚRGICA E REPRODUÇÃO, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 6 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, DIVIDIDOS POR SISTEMAS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 7 ATENDIMENTOS REPRODUTIVOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE GRÁFICO 8 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, QUE TIVERAM RESOLUÇÃO CIRÚRGICA, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE... 33

13 LISTA DE TABELAS TABELA 1 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE TABELA 2 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE TABELA 3 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE REPRODUÇÃO CANINA, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE TABELA 4 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE PROESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) TABELA 5 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE ESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) TABELA 6 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE DIESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) TABELA 7 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE ANESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) TABELA 8 CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE PROGESTERONA NA FASE DE ESTRO EM FÊMEAS CANINAS TABELA 9 DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM FÊMEAS CANINAS TABELA 10 PROCEDIMENTOS REALIZADOS NA FÊMEA CANINA FRANCISCA, NO PERÍODO DE 26 DE MARÇO À 06 DE ABRIL DE 2015, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE TABELA 11 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 0, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC TABELA 12 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 04, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC... 61

14 TABELA 13 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 05, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC TABELA 14 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 06, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC TABELA 15 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 11, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC TABELA 16 INTERPRETAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO DO CICLO ESTRAL, IA E GESTACIONAL DA PACIENTE FRANCISCA, SEGUNDO DADOS DE JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), DERUSSI e LOPES (2009), GRANDJEAN et al. (2009) e ZOETIS CORPORATION (2015)... 80

15 LISTA DE ABREVIATURAS bpm C CLIA E2 FC FR batimento por minuto Celsius ChemiLuminescence ImmunoAssay em português Imunoensaio de Quimioluminescência Estrógeno Frequência Cardíaca Frequência Respiratória FSH Follicle Stimulating Hormone em português Hormônio Folículo Estimulante IA kg LH mpm ng/ml OSH P4 SRD TGU TPC US Inseminação Artificial Quilograma Luteinizing Hormone em português Hormônio Luteinizante movimento por minuto nanograma por mililitro Ovariosalpingohisterectomia Progesterona Sem Raça Definida Trato Genitourinário Tempo de Preenchimento Capilar Ultrassom

16 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS CASUÍSTICA ACOMPANHAMENTO DO CICLO ESTRAL, INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E GESTACIONAL EM UMA FÊMEA CANINA REVISÃO DE LITERATURA Anatomia Fisiologia Ovários Ovidutos Útero Vagina Vulva Ciclo Estral Proestro Estro Diestro Anestro Manejo Reprodutivo Mudanças Comportamentais e Anatômicas Citologia Vaginal Hormônios Reprodutivos Progesterona Hormônio Luteinizante Diagnóstico por Imagem Inseminação Artificial Métodos para Diagnosticar a Gestação RELATO DE CASO Identificação do Paciente Anamnese Exame Físico... 57

17 4.2.4 Exames Complementares Diagnóstico DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 82

18 17 1 INTRODUÇÃO O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como objetivo relatar as atividades acompanhadas durante o estágio curricular supervisionado, sob orientação profissional da Médica Veterinária MSc. Monica Correia do Amaral, realizado na Clínica Veterinária Progênie, cuja razão social é Progênie Consultório Veterinário, no período entre 02 de fevereiro a 30 de abril de 2015 de segunda à sexta-feira das 09:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 18:00 horas, totalizando 424 horas, sob orientação acadêmica da Professora Rhéa Cassuli Lima dos Santos. A clínica está localizada na Rua Delegado Trindade, n o 139, no bairro Santa Quitéria em Curitiba, estado do Paraná. A Clínica Veterinária Progênie, possui atendimento dedicado aos animais de companhia, como clínica médica e cirúrgica, sendo seu grande foco a área de reprodução canina, realizando monitoramento de estro, terapia hormonal, avaliação de sêmen, inseminação artificial, acompanhamento às gestantes e realização de partos. A clínica funciona das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas de segunda à sexta-feira e aos sábados das 09:00 às 12:00 e das 14:00 às 17:00 horas. Os atendimentos são realizados por uma equipe composta por quatro Médicos Veterinários. Neste TCC foram citados todos os casos acompanhados durante o período de estágio e o relato de caso da área de reprodução canina, sendo acompanhado o estro, inseminação artificial e a gestação de uma fêmea canina. A finalidade do TCC é descrever, revisar e discutir os casos acompanhados durante o período de estágio. O objetivo do estágio curricular foi aumentar conhecimentos práticos e teóricos que foi concedido durante a graduação, através do acompanhamento da rotina da clínica médica, cirúrgica e reprodutiva de pequenos animais.

19 18 2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO A Clínica Veterinária Progênie possui três blocos, onde foram denominados de A, B e C. O bloco A é a entrada da clínica (FIGURA 1) é composta de: recepção (FIGURA 2), dois consultórios, onde um deles é para atendimento pediátrico e de ultrassom (FIGURA 3), uma sala de internamento (FIGURA 4). Além de um pet shop que oferece serviços de banho e tosa, pet boutique, onde há venda de acessórios e ração (FIGURA 5). FIGURA 1 - ENTRADA DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

20 19 FIGURA 2 RECEPÇÃO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 3 CONSULTÓRIO 02 DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

21 20 FIGURA 4 SALA DE INTERNAMENTO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 5 PET BOUTIQUE DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

22 21 No bloco B está localizada a maternidade (FIGURA 6). FIGURA 6 MATERNIDADE DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE No bloco C está localizado o centro cirúrgico, composto por uma sala cirúrgica, uma sala para recuperação (FIGURA 7), lavatório, vestiário e uma sala com materiais esterilizados e estufa.

23 22 FIGURA 7 SALA DE RECUPERAÇÃO DA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Ao todo, a clínica veterinária possui uma equipe composta por quatro médicos veterinários, duas recepcionistas, duas auxiliares de serviços gerais e três funcionários do pet shop para a realização de banho e tosa. Ainda, a equipe conta com médicos veterinários especialistas para serviços terceirizados, como: anestesiologistas, ortopedistas, oftalmologistas e ultrassonografistas. Ainda, periodicamente, a clínica veterinária conta com estagiários graduandos de Medicina Veterinária. As consultas são realizadas com hora marcada, exceto as emergências e urgências. Após o horário de funcionamento, os pacientes são encaminhados para hospitais conveniados.

24 23 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS No período de estágio, foram acompanhadas a rotina de consultas, cirurgias e procedimentos na área de reprodução de pequenos animais. Os estagiários eram sempre supervisionados por um dos médicos veterinários da clínica ou pelo próprio médico veterinário orientador e supervisor de estágio curricular. Nos consultórios foram acompanhados atendimentos de imunização de filhotes, implantação de microchip, coleta de exames laboratoriais, muitos casos de dermatite, procedimentos com tranquilização como limpeza de miíase, sutura, eutanásia, dentre outros procedimentos de rotina. Os estagiários acompanhavam as consultas e quando solicitados ajudava m na contenção do animal, na retirada de miíases, na coleta de sangue para realização de exames laboratoriais, o sangue era coletado e enviado para os laboratórios credenciados. Os estagiários eram orientados a fazerem perguntas ao médico veterinário após o término das consultas, sem a presença do responsável pelo animal. As cirurgias eram realizadas todas as segundas e quintas -feiras na parte da manhã, as anestesias eram sempre inalatórias e eram feitas por duas médicas veterinárias terceirizadas especialistas em anestesiologia, cada uma num dia da semana. Durante o período de estágio foram acompanhadas cirurgias como orquiectomia, ovariosalpingohisterectomia (OSH), cesárea, cistotomia, herniorrafia umbilical, exérese de nódulos/tumores de pele, correção de hiperplasia de terceira pálpebra, entrópio, profilaxia dental, exérese dental, dentre outros. As cirurgias mais complexas como denervação coxofemoral, trocleoplastia e tratamento de canal dentário, eram realizadas por médicos veterinários terceirizados especialistas em cirurgias ortopédicas e odontológicas respectivamente. Quando os estagiários eram solicitados auxiliavam na cirurgia, acompanhavam o paciente no pré e pós operatório, sempre sob supervisão do médico veterinário. Na área de reprodução canina foi acompanhada a rotina de coleta de sêmen para realização de inseminação artificial e/ou avaliação do mesmo. Para determinar o período periovulatório eram realizados

25 24 exames de citologia vaginal, coleta de sangue para realização do teste de dosagem de hormônio luteinizante (LH) e de progesterona (P4), sendo que este último era realizado em laboratório credenciado. A confirmação de gestação era feita através de ultrassonografia. Quando os estagiários eram solicitados auxiliavam na contenção do macho para coleta de sêmen e da fêmea para realização da inseminação artificial, preparação de lâminas para visualização do médico veterinário na avaliação de sêmen e para determinação do ciclo estral através da citologia vaginal. 3.1 CASUÍSTICA No período entre 02 de fevereiro e 30 de abril de 2015, foram acompanhados 382 casos, sendo que: 131 (34,29%) foram de animais com até um ano de idade (GRÁFICO 1), 238 (62,30%) animais do sexo fêmea (GRÁFICO 2) e 5 (1,31%) de animais da espécie felina (GRÁFICO 3). Dos 382 casos acompanhados, 377 (98,69%) foram de animais da espécie canina (GRÁFICO 3). Desses, 340 (90,19%) eram de cães de raça (GRÁFICO 4), como da raça golden retriever (17,94%), yorkshire terrier (11,18%), bulldog inglês (8,24%), schnauzer (7,65%), pug (5,88%), lhasa apso (4,41%), bulldog francês (3,53%) e maltês (3,53%).

26 25 GRÁFICO 1 ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, COM ATÉ 1 ANO DE IDADE E COM MAIS DE 1 ANO DE IDADE, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Filhotes (até 1 ano) 131 Jovens e Adultos GRÁFICO 2 CLASSIFICAÇÃO POR SEXO DOS ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Fêmeas Machos

27 airedale terrier akita inu american bully american pit bull terrier american staffordshire terrier beagle bernese mountain dog bichon frisé border collie bull terrier bulldog americano bulldog francês bulldog inglês cão de crista chinês cavalier king charles spaniel chihuahua chow chow cocker spaniel inglês collie dachshund golden retriever griffon labrador retriever lhasa apso maltês mastiff mini bull terrier parson russel terrier pastor alemão pastor de shetland pequinês pinscher poodle pug são bernardo schnauzer scottish terrier shih tzu spitz alemão terra nova terrier brasileiro weimaraner welsh terrier west terrier whippet yorkshire terrier 26 GRÁFICO 3 ESPÉCIE DOS ANIMAIS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 1,31% Canina Felina 98,69% GRÁFICO 4 RAÇAS CANINAS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

28 27 As atividades acompanhadas foram divididas em clínica médica, cirúrgica e reprodução de pequenos animais (GRÁFICO 5). A maioria, 262 (68,59%) casos de clínica médica de pequenos animais, seguido de 73 (19,11%) casos de reprodução canina e 47 (12,30%) casos de clínica cirúrgica de pequenos animais. GRÁFICO 5 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, DIVIDIDOS EM CLÍNICA MÉDICA, CIRÚRGICA E REPRODUÇÃO, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 12,30% 19,11% 68,59% Clínica Médica Reprodução Clínica Cirúrgica Na área de clínica médica de pequenos animais (TABELA 1), 98 (37,40%) casos acompanhados foram de vacinações e vermifugações, seguido de 77 (29,39%) casos de dermatologia, 30 (11,45%) casos relacionados ao sistema digestório, 13 (4,96%) casos de oftalmologia e oncologia cada, 10 (3,82%) casos de ortopedia, nove (3,44%) casos de afecções do trato genitourinário (TGU) e outros casos de endocrinologia (1,53%).

29 28 TABELA 1 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE CLÍNICA MÉDICA CASOS % Vacinações e Vermifugações 98 37,40 Dermatologia 77 29,39 Digestório 30 11,45 Oftalmologia Oncologia Ortopedia Trato Genitourinário 13 4, , ,82 9 3,44 Endocrinologia 4 1,53 Checagem de Rotina 4 1,53 Cardiologia 1 0,38 Musculoesquelético Respiratório 1 0,38 1 0,38 Toxicologia 1 0,38 Total Na área de clínica cirúrgica de pequenos animais (TABELA 2), 28 (59,57%) casos acompanhados foram de afecções do trato genitourinário (TGU), que envolvem cirurgias de esterilização e cistotomia. Seguido de oito (17,02%) casos de afecções do trato digestório que incluem limpeza de tártaro, extração de dente e canal dentário. Os principais casos de oncologia foram mastectomia, exérese de lipoma e dois (4,26%) casos de oftalmologia, sendo um entrópio e

30 29 um prolapso da terceira pálpebra. E por fim, na ortopedia tiveram dois (4,26%) casos, sendo um de denervação coxofemoral e trocleoplastia. O único caso (2,13%) de dermatologia foi drenagem cirúrgica de otohematoma. TABELA 2 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE CLÍNICA CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE CLÍNICA CIRÚRGICA CASOS % TGU Digestório Oncologia 28 59, , ,76 Oftalmologia 2 4,26 Ortopedia Dermatologia 2 4,26 1 2,13 Total Foram acompanhados 73 casos na área de reprodução canina (TABELA 3). Desde total, 26 (35,62%) casos foram de ultrassom (US) gestacional, 23 (31,50%) casos para verificar a dosagem sérica de P4, seguidos de 14 (19,18%) casos de inseminação artificial (IA), sete (9,59%) casos de citologia vaginal para identificar a fase do ciclo estral e três (4,11%) casos para avaliar a qualidade do sêmen.

31 30 TABELA 3 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, NA ÁREA DE REPRODUÇÃO CANINA, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE REPRODUÇÃO CASOS % Ultrassom Gestacional 26 35,62 Dosagem Sérica de Progesterona 23 31,50 Inseminação Artificial 14 19,18 Citologia Vaginal 7 9,59 Avaliação de Sêmen 3 4,11 Total A distribuição dos casos por sistemas demonstrou que dos 382 casos atendidos (GRÁFICO 6), o maior número de casos foram reprodutivos e de imunização e vermifugação, totalizando 105 (27,49%) e 98 (25,65%) casos respectivamente. Estes casos demonstram o perfil da Clínica Veterinária Progênie, por ser especialista na área de reprodução canina, é freqüentada por muitos criadores de cães e por conseqüência de filhotes destes cães. Estes criadores procuram a clínica veterinária principalmente em busca de atendimento na área de reprodução, como IA, avaliação de sêmen, d osagem sérica de P4 e citologia vaginal. E, somado a isso a imunização de seus cães e filhotes dos mesmos. Na imunização de cães, no período de estágio curricular, os clientes buscavam principalmente a vacina óctupla, gripe, giárdia e contra raiva. As vermifugações em filhotes eram realizadas mensalmente até o quarto mês de vida, após este período eram realizadas a cada quatro meses. Os demais (4,19%) representam sistema urinário com 5 (1,31%) casos, endócrino com quatro (1,05%) casos, cardíaco, respiratório e toxicológico com um (0,26%) caso cada e quatro (1,05%) casos de checagem de rotina.

32 31 GRÁFICO 6 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, DIVIDIDOS POR SISTEMAS, REALIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 3,40% 4,19% 3,93% 9,95% 4,79% 20,42% 27,49% 25,65% Reprodutivo Vacinações e Vermifugações Dermatológico Digestório Oncológico Oftalmológico Musculoesquelético Outros Dos 105 (27,49%) casos reprodutivos, a maioria eram casos de US gestacional representando 28 (26,67%) casos (GRÁFICO 7). No período de estágio curricular foram realizados 27 (25,71%) casos de cirurgias de esterilização, desses foi acompanhado na clínica médica quatro (3,81%) casos de piometra, sendo que o tratamento de todos os casos foi cirúrgico através da cirurgia de OSH.

33 32 GRÁFICO 7 ATENDIMENTOS REPRODUTIVOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015 NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 0,95% 6,67% 3,81% 2,86 13,33% 20,00% 26,67% 25,71% Ultrassom Gestacional Cirurgias de Esterilização Progesterona Inseminação Artificial Citologia Vaginal Piometra Avaliação de Sêmen Cesárea Dos 262 casos acompanhados na área de clínica médica, 47 (12,30%) casos tiveram resolução cirúrgica (GRÁFICO 8). Sendo 28 (59,57%) casos de afecções do TGU, casos esses de cirurgias de esterilização (57,45%), exceto um (2,13%) caso de cistotomia.

34 33 GRÁFICO 8 ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NO PERÍODO DE 02 DE FEVEREIRO A 30 DE ABRIL DE 2015, QUE TIVERAM RESOLUÇÃO CIRÚRGICA, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE 4,26% 4,26% 2,13% 12,76% 17,02% 59,57% Trato Genitourinário Digestório Oncologia Oftalmologia Ortopedia Dermatologia

35 34 4 ACOMPANHAMENTO DO CICLO ESTRAL, INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E GESTACIONAL EM UMA FÊMEA CANINA 4.1 REVISÃO DE LITERATURA Nos dias de hoje, com a criação comercial de cães tendo um destaque no cenário mundial, busca aumentar o potencial reprodutivo dos cães e não mais objetiva-se um método de contracepção medicamentoso ou cirúrgico que interrompa de forma definitiva a capacidade reprodutiva do animal (CARDOSO, 2014). Com isso, na reprodução canina é fundamental o conhecimento das características do trato reprodutivo das fêmeas para compreender a importância do monitoramento do estro e efetuar um acasalamento ou IA no momento ideal (GRANDJEAN et al., 2009) Anatomia O trato reprodutivo da fêmea canina é composto por dois ovários, dois ovidutos, útero, vagina, vulva e glândulas mamárias (FIGURA 8). Os ovários (FIGURA 9) estão localizados dentro de um saco peritoneal, denominado de bursa ovariana, imediatamente caudal ao pólo de cada rim, onde o ovário direito ocupa uma posição mais cranial do que o esquerdo e encontra-se dorsal ao duodeno descendente, enquanto o esquerdo encontra-se lateral ao baço e dorsal ao cólon descendente. Os ovários estão fixados nos seus cornos uterinos através do ligamento próprio enquanto o ligamento suspensório na fáscia transversal que se encontra a última ou as duas últimas costelas. O mesovário ou pedículo ovariano é constituído pelo ligamento suspensório, sua artéria e veia ovarianas, tecido conjuntivo e gordura. A origem das artérias ovarian as vem da aorta, enquanto a veia ovariana direita desemboca na veia cava caudal e a esquerda na veia renal esquerda (HEDLUND, 2008).

36 35 FIGURA 8 - ANATOMIA DO TRATO REPRODUTIVO DA FÊMEA CANINA FONTE: COLVILLE & BASSERT, 2010 FIGURA 9 ANATOMIA DOS OVÁRIOS E ÚTERO DA FÊMEA CANINA FONTE: SICARD & FINLAND, 2008

37 36 Cada oviduto ou tuba uterina passa através da parede da bursa ovariana correspondente e estendem-se às extremidades dos cornos uterinos. O útero tem a forma de Y, composto por: dois cornos longos formando um corpo pequeno, uma cérvix constricta que é mais espessa do que o corpo uterino e a vagina, sendo que os cornos uterinos projetam-se cranialmente ao útero e o corpo estende-se na direção caudal unindo-se a cérvix. O útero é suspenso por uma dobra peritoneal denominada de ligamento largo do útero ou mesométrio (HEDLUND, 2008; REECE, 2008; COLVILLE & BASSERT, 2010). A vagina está localizada caudalmente a cérvix e cranialmente a vulva. Ela é comprida e continua com vestíbulo vaginal na entrada do meato urinário, sendo este orifício uretral externo a delimitação da vagina com a vulva. A vulva se estende da vagina até o meio externo do trato genital, onde se localiza os lábios vulvares que são grossos e formam uma comissura pontiaguda, onde ventralmente está localizado o clitóris (SORRIBAS, 2006; HEDLUND, 2008; REECE, 2008; BENTO, 2010) Fisiologia Ovários Os ovários têm a função de produzir células reprodutivas e hormônios, como estrógeno (E2) e P4. A estrutura de cada ovário é composta centralmente pela medula, composto por tecido conjuntivo frouxo, nervos, vasos linfáticos e sanguíneos. Acima, o córtex contém vários folículos em desenvolvimento e é delimitado por uma túnica albugínea formada por uma cápsula mais densa de tecido conjuntivo (DYCE, SACK & WENSING, 2004; SORRIBAS, 2006; COLVILLE & BASSERT, 2010). O córtex contém vários folículos, sendo que cada folículo contém um único oócito. Os folículos são produzidos durante a vida fetal e se desenvolvem após o nascimento, sendo classificados de acordo com

38 37 seu desenvolvimento: folículos primordiais são os que contêm apenas um oócito envolvido por uma única camada de célula s da granulosa; folículos em crescimento são os que começam a se desenvolver, porém não chegam a formar uma camada de células da teca ou antro ; e os folículos de Graaf que formam duas camadas da teca e há claramente o antro (DYCE, SACK & WENSING, 2004; SORRIBAS, 2006; REECE, 2008; COLVILLE & BASSERT, 2010) Ovidutos O lúmen dos ovidutos possui células ciliadas e secretórias que ajudam tanto no transporte do oócito para esperar a fecundação quanto no transporte dos espermatozóides até a ampola. Os ovidutos são compostos por infundíbulo, ampola e istmo. O infundíbulo está localizado na extremidade cranial livre do oviduto próximo ao pólo cranial do ovário, possui fímbrias que envolvem o ovário cuja função é capturar o oócito no momento da ovulação. Quando ele entra no lúmen do oviduto é transportado até a ampola para esperar o momento da fecundação. A ampola, parte mais dilatada, localizada no terço médio do oviduto tem a função de proporcionar um ambiente ideal para fertilização. Após a fertilização, o oviduto transporta o óvulo fertilizado para o istmo que é a parte mais contorcida e estreita do oviduto. O istmo une-se ao ápice do corno uterino na junção uterotubária, ocorre o transporte final do embrião do oviduto para o útero (DYCE, SACK & WENSING, 2004; REECE, 2008; VEXENAT, 2012) Útero O útero tem a função de transportar os espermatozóides, aloja r e nidar o embrião e tem a capacidade de se distender durante a gestação e involuir após o parto. Com isso, se ocorrer fecundação o útero fornece um local ideal para o desenvolvimento do feto, uma vez que ele

39 38 é formado por três camadas: uma camada mais externa de tecido conjuntivo seroso que é um prolongamento do mesométrio, chamada de perimétrio; o miométrio que é uma camada intermediária muscular, mais espessa e forte, composta por camadas de músculo liso, cuja principal função é de contração do útero e dilatação da cérvix durante o parto, auxiliando na expulsão do feto; e, por último, o endométrio que é uma camada mais interna, com células epiteliais e glândulas tubulares, que fornece nutrientes ao embrião antes da placentação (DYCE, SACK & WENSING, 2004; SORRIBAS, 2006; REECE, 2008; BENTO, 2010; COLVILLE & BASSERT, 2010). A cérvix produz um muco cervical que isola o útero do ambiente externo, ficando normalmente fechada, com exceção no estro e no parto. É um reservatório do ejaculado e retém os espermatozóides defeituosos. Durante o parto, o muco cervical se liquefaz e a cérvix dilata, permitindo a saída do feto para o ambient e externo (BENTO, 2010; COLVILLE & BASSERT, 2010) Vagina A vagina tem formato tubular, apresenta contrações vaginais no momento do acasalamento e transporte dos espermatozóides. È o local onde o sêmen é depositado, coagulado e posteriormente r eabsorvido. Atua como reservatório de sêmen e como canal de parto no momento do nascimento do feto (BENTO, 2010; COLVILLE & BASSERT, 2010) Vulva A vulva é a parte do sistema reprodutivo que é visualizada externamente. É recoberta por tecido cutâneo com muitas glândulas sebáceas e sudoríparas, protegendo a entrada do trato reprodutivo, passagem da saída para o meio externo do feto e da urina (BENTO, 2010; COLVILLE & BASSERT, 2010; OLIVEIRA, 2012).

40 Ciclo Estral O ciclo estral é definido como o intervalo de um estro a outro. As fêmeas caninas atingem a puberdade entre seis e 10 meses de idade, podendo variar de seis a 30 meses, não sendo influenciada pela gestação ou pelo fotoperíodo. São classificadas como diéstricas, ou seja, cada ciclo dura em média seis meses, normalmente ocorrendo na primavera e no outono. É dividido em quatro fases distintas denominadas de proestro, estro, diestro e anestro. Estas fases refletem o que está ocorrendo nos ovários durante o desenvolvimento, a maturação, a ruptura do folículo e a sua substituição pelo corpo lúteo (DYCE, SACK & WENSING, 2004; FELDMAN & NELSON, 2004; SORRIBAS, 2006; BENTO, 2010; COLVILLE & BASSERT, 2010; ENGLAND, 2010; JOHNSON, 2010). GRANDJEAN et al. (2009) afirmam que, normalmente, o primeiro estro ocorre quando a fêmea atinge cerca de dois terços do seu peso adulto. Assim, o primeiro estro aparece nos cães de porte pequeno entre seis a oito meses de idade, nos cães de porte médico en tre oito e 12 meses de idade e os cães de porte grande pode ocorrer até o 20 0 mês de idade. Para identificar o momento ideal para efetuar o acasalamento dos cães, seja por monta natural ou inseminação artificial, é fundamental que se conheça o ciclo estral da fêmea. O macho está sempre pronto para o acasalamento, produzindo durante toda a vida espermatozóides nos testículos, assim como seu nível de testosterona é relativamente constante. Para ocorrer o acasalamento é necessário que a fêmea esteja receptiva, ocorrendo apenas em um período do ciclo estral, o estro (COLVILLE & BASSERT, 2010). Os espermatozóides após serem depositados no trato reprodutor da fêmea, apresentam um declínio em sua fertilidade depois de um a dois dias, mas a quantidade de espermatozóides férteis continua alta, em média por seis a sete dias (DERUSSI & LOPES, 2009).

41 40 Existem vários métodos para determinar o ciclo estral, incluindo fatores comportamentais, clínicos, fisiológicos, citológicos e alterações endócrinas na fêmea (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001). Derussi e Lopes (2009) afirmam que a realização de exames citológicos desde o início da fase de proestro facilita a identificação do pico de LH. Contagem de células superficiais igual a 80% determina a concentração máxima de E2, que ocorre dois dias antes do pico de LH. Já uma mudança repentina do tipo de célula para parabasais e intermediárias indica o primeiro dia da fase de diestro. O exame é de fácil realização, porém não determina o momento da ovulação. Para isso é necessário a combinação das concentrações de P4, do LH, citologia vaginal e endoscopia vaginal Proestro O proestro é a primeira fase do ciclo estral, sendo o período de desenvolvimento folicular ovariano. Dura cerca de 10 dias, podendo variar de zero a 27 dias (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; FELDMAN & NELSON, 2004; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; COLVILLE & BASSERT, 2010; ENGLAND, 2010). O fator comportamental que identifica o proestro é a atração do macho pela fêmea. Ela urina constantemente para disseminar seus odores através dos feromônios, porém ela não é receptiva ao acasalamento. Clinicamente ocorre o aumento da vulva e presença de secreção sanguinolenta, congestão do útero, desenvolvimento das glândulas uterinas e a cérvix fica dilatada. Fisiologicamente há o desenvolvimento dos folículos de Graaf (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; VOORWALD, 2010). Na citologia por esfregaço vaginal, pode se encontrar vários tipos de células epiteliais, com predomínio das grandes células intermediárias, que vão se queratinizando e no final do proestro seus núcleos ficam pequenos. Muitas células vermelhas, ou eritrócitos, são

42 41 encontradas na citologia vaginal no início do proestro e diminuem no final. Leucócitos, principalmente neutrófilos, podem ser encontrados no início desta fase e desaparecem no final. Pode ser possível encontrar a presença de bactérias nesta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006). É possível identificar a fase de proestro (TABELA 4) através de mudanças hormonais como o pico do E2, pequeno aumento da P4 e o pico de LH surge no final desta fase. Em relação ao hormônio folículo estimulante (FSH), Sorribas (2006) afirma que atinge o nível máximo nesta fase, mas Johnston, Kustritz e Olson (2001) e Johnson (2010) afirmam que o pico ocorre na fase de estro. Os feromônios aumentam nesta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010). Voorwald (2010) afirma que nesta fase a concentração sérica de P4 está entre 0,20 a 2,00 ng/ml. TABELA 4 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE PROESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) HORMÔNIOS JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001) SORRIBAS (2006) JOHNSON (2010) Estrógeno Pico Pico Pico Progesterona Hormônio Luteinizante Hormônio Folículo Dominante Pico Pico Pico Pico FONTE: JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010.

43 Estro O estro é a segunda fase do ciclo estral, sendo o período de cio classificado pelas fases de proestro e estro. Dura cerca de sete dias, podendo variar de três a 30 dias (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; FELDMAN & NELSON, 2004; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; COLVILLE & BASSERT, 2010; ENGLAND, 2010; VOORWALD, 2010). O fator comportamental que identifica o estro é a receptividade da fêmea ao acasalamento, através da colocação da cauda para o lado, elevação da região pélvica e exposição da região perineal para o macho. Clinicamente a vulva edemaciada fica menos inchada e há diminuição da secreção vulvar, agora com coloração mais clara. Segundo Sorribas (2006) a vulva pode ficar edemaciada e com pregas profundas. Fisiologicamente, no ovário ocorre a ruptura do folículo, ovulação e desenvolvimento do corpo lúteo e no útero há a proliferação endometrial (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010; VOORWALD, 2010). Na citologia por esfregaço vaginal, pode se encontrar células epiteliais, com predomínio das células cornificadas, ocorre a máxima queratinização com núcleos pequenos, picnóticos ou ausentes. As células vermelhas, ou eritrócitos, podem estar ausentes ou em número variado. Glóbulos brancos, principalmente neutrófilos, estão diminuídos ou geralmente ausentes. Bactérias nesta fase podem estar presentes e em grande número (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006). A identificação da fase de estro é possível através de mudanças hormonais como a diminuição do E2 e do LH e o rápido aumento da P4 (TABELA 5). Em relação ao FSH, Johnston, Kustritz e Olson (2001) e Johnson (2010) afirmam que atinge o nível máximo nesta fase, mas Sorribas (2006) afirma que o FSH encontra-se a nível basal. Os feromônios diminuem no final desta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010).

44 43 De acordo com Voorwald (2010), a concentração sérica de P4 nesta fase está entre 5,00 a 10,00 ng/ml, e no momento do pico de LH a concentração sérica de P4 está em torno de 2,00 a 4,00 ng/ml, justificando que o seu aumento é responsável pela receptividade da fêmea ao macho. Corroborando com Santos (2012) que também afirma que o pico de LH ocorre quando a P4 excede 2,00 ng/ml. Segundo Derussi e Lopes (2009), a concentração sérica de P4 de 2,00 ng/ml corresponde ao dia 0 do ciclo estral que é o dia do surgimento do pico de LH, sendo fundamental o acompanhamento das concentrações de P4 no manejo reprodutivo, seja por monta natural controlada ou por IA. O autor afirma ainda que a concentração de P4 no momento da ovulação é praticamente constante e em média de 6,26 ng/ml, variando entre 4,71 a 7,76 ng/ml. Já Johnston, Kustritz e Olson (2001) afirmam que, o pico de LH ocorre quando a concentração sérica de P4 está entre 1,00 e 1,90 ng/ml.

45 44 TABELA 5 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE ESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) JOHNSTON, KUSTRITZ e SORRIBAS JOHNSON HORMÔNIOS OLSON (2001) (2006) (2010) Estrógeno Progesterona Hormônio Luteinizante Hormônio Folículo Dominante Pico Pico FONTE: JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, Diestro Sorribas (2006) e Grandjean et al. (2009) classificam esta fase de metaestro, já England (2010) classifica como fase lútea. A fase lútea do ciclo estral dura em média dois meses, podendo chegar a 160 dias (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; FELDMAN & NELSON, 2004; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; COLVILLE & BASSERT, 2010; ENGLAND, 2010; VOORWALD, 2010). O fator comportamental que identifica o diestro é a recusa do macho pela fêmea. Clinicamente a vulva diminui de tamanho e suavizam as dobras, desaparecem as secreções vaginais e no final do diestro pode ocorrer o desenvolvimento da glândula mamária com possível secreção de leite. Fisiologicamente ocorre a lise do corpo lúteo, secreção, restauração e descamação do endométrio. (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; JOHNSON, 2010; VOORWALD, 2010). Na citologia por esfregaço vaginal, pode se encontrar células epiteliais, onde no primeiro dia de diestro a maioria é parabasal e

46 45 intermediária, sendo que as células parabasais diminuem a medida que o diestro avança. Os eritrócitos são ausentes ou em menor quantidade do que na fase de proestro. Glóbulos brancos, principalmente neutrófilos em grande quantidade no início da fase depois vão diminuindo (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006). A identificação da fase de diestro é possível através de mudanças hormonais como E2 e FSH diminuem a níveis basais, a P4 atinge seu pico e o LH tem pulsos que aumentam no final do diestro (TABELA 6). Em relação ao LH, Sorribas (2006) afirma que está a nível basal, mas Johnston, Kustritz e Olson (2001) e Johnson (2010) afirmam que tem pulsos que aumentam no final desta fase. Os feromônios estão em níveis basais nesta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010). TABELA 6 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE DIESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) JOHNSTON, KUSTRITZ e SORRIBAS JOHNSON HORMÔNIOS OLSON (2001) (2006) (2010) Estrógeno Progesterona Pico Pico Pico Hormônio Luteinizante Pulsos Pulsos Hormônio Folículo Dominante FONTE: JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, A concentração sérica de P4 nesta fase está entre 10,00 a 60,00 ng/ml (VOORWALD, 2010).

47 Anestro O anestro é o período de inatividade temporária dos ovários, fase de repouso reprodutivo. Dura em média dois meses, podendo variar de um a 4,5 meses (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; FELDMAN & NELSON, 2004; GRANDJEAN et al., 2009; COLVILLE & BASSERT, 2010; JOHNSON, 2010). A fêmea canina não apresenta fator comportamental e nem clínico particular desta fase, demonstrando as mesmas características de uma fêmea canina no final da fase de diestro não gestante. Ou seja, recusa ao macho e vulva retorna ao tamanho normal respectivamente. Fisiologicamente no final desta fase ocorre um lento crescimento folicular ovariano, o que não modifica o formato do ovário com nas outras fases. Com isso, para a realização da OSH é a fase ideal, pois diminui o risco de ocorrer hemorragia e desequilíbrios hormonais, visto que a P4 está em níveis basais (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009; JOHNSON, 2010; VOORWALD, 2010). Na citologia por esfregaço vaginal, pode se encontrar células epiteliais, onde quase todas as células são parabasais e intermediárias com núcleo grande. Os eritrócitos ausentes. Glóbulos brancos, principalmente neutrófilos, em pouca quantidade. E presença de poucas bactérias (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006). A identificação da fase de anestro é possível através de mudanças hormonais como E2 lento em crescimento e P4 está em nível basal (TABELA 7). Johnston, Kustritz e Olson (2010) afirmam que LH e FSH têm pulsos que diminuem no final do anestro, enquanto Sorribas (2006) afirma que LH está a nível basal e FSH tem crescimento lento com gradativo aumento no final desta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010). A concentração sérica de P4 nesta fase é menor do que 0,10 ng/ml (VOORWALD, 2010).

48 47 TABELA 7 NÍVEIS HORMONAIS DURANTE A FASE DE ANESTRO, SEGUNDO OS AUTORES JOHNSTON, KUSTRITZ e OLSON (2001), SORRIBAS (2006) e JOHNSON (2010) JOHNSTON, KUSTRITZ e SORRIBAS JOHNSON HORMÔNIOS OLSON (2001) (2006) (2010) Estrógeno Progesterona Hormônio Luteinizante Pulsos Pulsos Hormônio Folículo Dominante Pulsos Pulsos FONTE: JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; JOHNSON, Manejo Reprodutivo Para melhorar a taxa de concepção e aumentar o número de filhotes de uma ninhada devem estar presentes simultaneamente espermatozóides viáveis e oócitos maduros. Para tanto é fundamental o monitoramento do estro a fim de determinar o momento ideal para o acasalamento. Inicialmente é importante observar as mudanças comportamentais e anatômicas da fêmea, depois realizar testes diagnósticos como citologia vaginal, avaliação dos hormônios reprodutivos e diagnóstico por imagem (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; GRANDJEAN et al., 2009; JOHNSON, 2010) Mudanças Comportamentais e Anatômicas A fêmea canina no momento do estro adota uma atitude característica na presença do macho, sendo o principal sinal é a elevação da cauda e a exposição da vulva. Caso o macho não esteja

49 48 presente é possível colocar a mão sobre a região lombossacral ou massagear o períneo da fêmea que ela apresentará as mesmas características (SORRIBAS, 2006; JOHNSON, 2010). Anatomicamente a vulva está edemaciada, com pregas profundas, e há uma diminuição da secreção vulvar em relação à fase de proestro, com coloração mais clara (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001) Citologia Vaginal A citologia vaginal normalmente é usada para identificar a fase do ciclo estral, determinando assim o melhor momento para o acasalamento. São avaliadas as células epiteliais vaginais, a presença de bactérias, glóbulos brancos e vermelhos (JOHNSON, 2010). O epitélio vaginal sofre influência do s padrões de secreção do E2, chamado de queratinização. Onde o aumento dos níveis circulantes de E2 estimula o crescimento do epitélio vaginal, aumentando o número de células epiteliais superficiais. Com isso a porcentagem de células epiteliais superficiais em um esfregaço vaginal pode ser utili zada para monitorar a progressão da fase de proestro e estro na fêmea canina, prevendo assim o momento adequado para o acasalamento (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001). Segundo Johnson (2010), conforme vai se desenvolvendo a fase de proestro, as células epiteliais parabasais e intermediárias desaparecem, aumentando o número de células epiteliais superficiais e anucleadas, onde no final desta fase representam uma média de 75%, atingindo sua queratinização máxima na fase de estro Hormônios Reprodutivos A dosagem das concentrações séricas do s hormônios reprodutivos é importante para identificar distúrbios reprodutivos, com isso esses hormônios identificam a fase do ciclo estral. Os principais

50 49 hormônios para determinar o momento ideal do acasalament o são a P4 e o LH (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; JOHNSON, 2010) Progesterona A dosagem da concentração sérica de P4 durante o ciclo estral permite identificar o momento ideal para a cobertura da fêmea canina. As medições de P4 devem ser iniciadas bem no início da fase de estro, sendo necessárias duas a cinco mensurações para monitorar esta fase (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; GRANDJEAN et al., 2009). A P4 começa a ser produzida quando as células foliculares deixam de produzir E2 e passam a produzir P4. O LH é o responsável por essa mudança hormonal, pois leva à ovulação, o que transforma os folículos em corpo lúteo e estes passam a produzir a P4. Nas fêmeas caninas, a concentração de P4 deixa de estar em nível basal após o evento pré ovulatório, ou seja, no momento do pico de LH que acontece 48 horas antes da ovulação. Com isso a P4 pode ser usada para estimar o pico de LH e, por consequência, o momento da ovulação (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; GRANDJEAN et al., 2009; JOHNSON, 2010). É possível estimar a ovulação (4,00 a 10,00 ng/ml) através da dosagem da concentração sérica de P4 na fase de estro (TABELA 8), que ocorre dois dias após o pico de LH (1, 00 a 1,90 ng/ml). O momento ideal do acasalamento é quando os oócitos estão maduros e isto ocorre quatro dias (variando de três a seis dias) após o pico de LH e de dois dias (variando de um a quatro dias) após a ovulação. Com isso o parto é de 63 dias (variando de 62 a 64 dias) após o pico de LH (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; GRANDJEAN et al., 2009).

51 50 TABELA 8 CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE PROGESTERONA NA FASE DE ESTRO EM FÊMEAS CANINAS PROGESTERONA (ng/ml) OVULAÇÃO (dia) ACASALAMENTO (dia) PARTO (dia) 1,00 a 1, (3 a 6) + 63 (62 a 64) 2,00 a 3, (2 a 5) + 63 (62 a 64) 4,00 a 10, (1 a 4) + 63 (62 a 64) FONTE: JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, A análise de vários testes de dosagem da concentração sérica de P4 identificou que a taxa de concepção foi maior quando a inseminação foi realizada com a concentração sérica de P4 superior a 8 ng/ml e até 26 ng/ml (JOHNSON, 2010). A concentração sérica de P4 em fêmeas caninas gestantes é mais elevada do que em não gestantes. Mas devido a grande variação individual que existe entre as fêmeas, não pode se utilizar a dosagem sérica de P4 como diagnóstico de gestação (FELDMAN & NELSON, 2004) Hormônio Luteinizante Através do pico de LH, que dura normalmente 24 horas, ocorre a maturação e ovulação dos folículos ovarianos, que começam a produzir a P4. A determinação do momento do pico de LH é importante para estimar o momento da ovulação e da fecundação (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; JOHNSON, 2010). Ainda, Santos (2012) afirma que dosagens séricas de P4 juntamente com LH demonstraram que o início da elevação significativa de P4 corresponde ao pico de LH, podendo assim ser uma referência para o momento da IA, já que a ovulação acontece 48 horas após o pico de LH.

52 51 Assim, a identificação do pico de LH é uma importante ferramenta para o manejo reprodutivo dos cães. A realização de testes periódicos é necessária para que se determine o pico de LH, pois tem a duração de apenas 24 a 72 horas. Porém, devido ao alto custo destes testes, a mensuração da concentração sérica de P4 é normalmente avaliada para determinar o pico de LH que ocorre com a P4 entre 1,0 a 1,9 ng/ml (JOHNSON, 2010). O teste WITNESS LH detecta o pico de LH. Ele é preciso quando utilizado em conjunto com a dosagem sérica de P4 e prevê o tempo que irá ocorrer a ovulação. O teste deve ser realizado no quarto ou quinto dia da fase de proestro ou quando a citologia vaginal está com aproximadamente 50% de células cornificadas. Um teste de P4 deve ser realizado no primeiro dia de teste para confirmar o nível basal de P4. Se o teste é realizado após o início do estro, provavelmente o pico de LH já ocorreu e não poderá mais ser identificado (ZOETIS CORPORATION, 2013; ZOETIS CORPORATION, 2015). Ainda segundo Zoetis Corporation (2013) e Zoetis Corporation (2015), o teste é realizado com amostra de soro da fêmea canina e contém uma pipeta e um dispositivo de teste. O dispositivo têm a marcação 1, onde com a ajuda da pipeta coloca-se 3 gotas da amostra de soro. A leitura e interpretação do resultado são feitos 20 minutos após a realização do teste (FIGURA 10). Quando a linha vertical na marcação 3 aparece indica que o teste foi realizado corretamente. Se a linha vertical na marcação 2 estiver igual ou mais forte q ue a linha da marcação 3, o resultado é positivo. Se o teste deu positivo, LH é maior ou igual a 1 ng/ml e devem ser realizados testes de P4. Se realmente for o pico de LH, os níveis de P4 devem subir, geralmente atingindo um valor acima de 2 ng/ml dentro de três dias, e depois ficar mais elevada. Se a P4 permanecer baixa, indica que ocorreu um pulso de LH na fase de proestro. Continuar diariamente o teste de LH até que ocorra o verdadeiro pico de LH. Zoetis Corporation (2015) conclui que, o período fértil está entre os dias quatro e sete após pico de LH, com pico de fertilidade nos dias cinco e seis. Os cruzamentos devidamente planejados ou IA que

53 52 coincidem com este período aumentam a probabilidade de concepção. Com isso, procriações malsucedidas resultam mais de sincronismo da ovulação inadequada do que qualquer outro fator. Enquanto o ciclo estral da fêmea canina dura várias semanas, o verdadeiro período fértil é curto, 48 a 72 horas, e é difícil identificar sem a util ização de análises hormonais. FIGURA 10 - INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE DETECÇÃO DO PICO DE LH, WITNESS LH, ZOETIS CORPORATION FONTE: ZOETIS CORPORATION, Diagnóstico por Imagem O método de diagnóstico por imagem, US, é a técnica que identifica com maior precisão a ovulação nas fêmeas caninas. Por ém, devido ao seu alto custo e à necessidade de sua realização diariamente por várias semanas antes da ovulação fa z com que, seu uso seja limitado às fêmeas com problemas reprodutivos ou

54 53 inseminadas artificialmente por sêmen refrigerado ou congelado (GRANDJEAN et al., 2009) Inseminação Artificial O método de fecundação mais adequado é a monta natural, pois evita danos iatrogênicos ao trato reprodutivo da fêmea canina. Assim, a IA é recomendada em animais que não conseguem realizar a cópula, como em casos de fêmeas dominantes, inexperiência do macho e ou da fêmea, malformação no pênis, ejaculação precoce, malformação da vagina e vulva. Também, se faz necessária em algumas raças braquicefálicas que têm o peito profundo e a pelve estreita, como o bulldog inglês, ou ainda para proteger o macho de doenças sexualmente transmissíveis (JOHNSTON, KUSTRITZ & OLSON, 2001; SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009). Existem vários métodos para coletar o sêmen em cães, como a massagem digital, vibrador elétrico, vagina artificial e eletroejaculação. O método de eleição é a massagem digital, o ejaculado é coletado com a ajuda de um funil que desemboca em um tubo graduado. Esta técnica consiste na massagem do prepúcio na altura do bulbo cavernoso. No momento da ejaculação parcial deve-se retrair o prepúcio para trás do bulbo e comprimir com uma leve pressão o pênis, posteriormente ao bulbo (SANTOS, 2012). Santos (2012) afirma ainda que a massagem digital é mais eficiente do que a vagina artificial, pois obtém um sêmen de melhor qualidade e pode ser usado em cães não condicionados. Segundo Johnston, Kustritz e Olson (2001) o momento ideal para realizar a IA é dois dias após P4 ter atingido concentrações entre 4,00 e 10,00 ng/ml. Embora hoje seja avançado o diagnóstico da ovulação, duas IA são recomendadas com intervalos de 48 horas. A menos que a P4 inicial esteja próxima a 19,00 ng/ml, neste caso a IA é realizada no dia seguinte (GRANDJEAN et al., 2009; JOHNSON, 2010).

55 54 As taxas de concepção tiveram maior êxito quando a IA foi realizada nos dias em que a dosagem sérica de P4 foi maior do que 8,00 ng/ml e até 19,00 a 26,00 ng/ml (JOHNSON, 2010). A IA pode ser realizada com sêmen fresco, é colhido o sêmen do macho e imediatamente inserido no trato genital da fêmea, ou sêmen refrigerado, é colhido o sêmen do reprodutor e o refrigera em uma solução que nutre e protege o sêmen a 4 o C. Este último método é utilizado quando a distância entre o macho e a fêmea é grande, não havendo a possibilidade da cópula entre eles. Ainda, existe o sêmen congelado, é colhido o sêmen do macho diluído numa solução crioprotetora e conservado em nitrogênio líquido a 196 o C negativos por tempo indeterminado, tendo vantagens como transporte do sêmen entre países distantes ou que exigem a quarentena e a preservação dos genes de um bom reprodutor para ser utilizado mesmo depois de sua morte. Porém, o sêmen congelado é inferior ao sêmen fresco em relação à taxa de concepção, devido a uma série de fatores do processo de congelamento e descongelamento (GRANDJEAN et al., 2009). Santos (2012) afirma que a IA com sêmen fresco canino de boa qualidade tem em média 85% de eficácia em relação à taxa de fertilidade do obtido com a monta natural Métodos para Diagnosticar a Gestação Após a fecundação o embrião é implantado no útero depois de 17 dias aproximadamente, resultando na formação de vesículas embrionárias. A gestação pode ser diagnosticada (TABELA 9) após a cobertura pelos métodos de palpação abdominal (2 4 o ao 35 o dia e após 51 o dia até o parto), US (24 o dia até o parto), radiografia (43 o dia até o parto), mensuração dos níveis séricos do hormônio secretado pela placenta, a relaxina (20 o dia até o parto), dentre outros métodos (SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009).

56 55 Existem três métodos de US para diagnosticar a gestação em pequenos animais que são modo A, modo B e modo Doppler. O modo A, US de amplitude profunda, é pouco utilizado devido não informar se o fluído é de origem uterina e não permite verificar a viabilidade dos fetos. O modo Doppler fornece um sinal audível que permite verificar se os fetos estão vivos e auxilia no diagnóstico de sofrimento fetal, mas pouco informa sobre o processo gestacional. Já o modo B é o método de eleição, pois confirma a gestação, a idade gestacional, avalia a integridade do útero, dos ovários e dos fetos (CASTRO et al., 2011). A idade gestacional pode ser determinada na gestação precoce e tardia, pelas mensurações do diâmetro biparietal e da vesícula gestacional independente do tamanho da ninhada e do peso corpóreo da mãe (SILVA, 2013). TABELA 9 DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO EM FÊMEAS CANINAS REALIZAÇÃO TIPO DE DIAGNÓSTICO (dias após a cobertura) Palpação abdominal 24 a 35 Ultrassom 24 a 35 Radiografia 43 Diminuição do nível de Creatinina sérica 25 a 33% 21 Diminuição de Imunoglobulina G sérica 40 a 45% 21 Aumento do nível de Prolactina sérica 30 a 45 Aumento do nível de Relaxina sérica 20 a 30 Aumento de Fibrinogênio plasmático 25 a 30 Aumento da proteína C reativa 30 a 35 FONTE: SORRIBAS, 2006; GRANDJEAN et al., 2009.

57 RELATO DE CASO Identificação do Paciente Paciente Francisca (FIGURA 11), espécie canina, raça bulldog francês, sexo fêmea, 4 anos de idade, peso 8 quilograma (kg). FIGURA 11 PACIENTE FRANCISCA, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Anamnese O tutor relatou que não sabia qual dia do ciclo estral o paciente se encontrava. Relatou também que esta era a terceira tentativa de reproduzir a paciente. Nas duas tentativas anteriores foram através de IA, porém apenas a primeira teve acompanhamento do médico veterinário e obteve êxito.

58 Exame Físico No exame físico a temperatura retal estava normal: 38,5 o Celsius (C), frequência cardíaca (FC) normorrítmica: 100 batimentos por minuto (bpm), frequência respiratória (FR) normal: 28 movimentos por minuto (mpm), mucosas normocoradas, hidratação normal e tempo de preenchimento capilar (TPC) normal: 2 segundos. A vulva apresentava edemaciada com pregas vulvares marcadas e com a presença de corrimento sanguinolento. Paciente retornou quatro dias depois, dia 04, e ficou em observação durante os próximos dias na clínica, até o dia 11. Ao exame físico nos dias 04 e 05 (FIGURA 12), a vulva continuava edemaciada com pregas vulvares marcadas e com presença de corrimento sanguinolento. No dia 06 (FIGURA 13), a vulva estava edemaciada, mas o corrimento estava mais claro. Já nos dia 07 (FIGURA 14) e 09, a vulva continuava edemaciada, mas com muito pouco corrimento. E, no último dia de exame físico, dia 11 (FIGURA 15), a vulva estava bem menor, sem a presença de corrimento e as pregas vulvares não estavam tão marcadas. FIGURA 12 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

59 58 FIGURA 13 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 14 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

60 59 FIGURA 15 PACIENTE FRANCISCA NO EXAME FÍSICO DO DIA 11, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Exames Complementares Foi realizada, dia 0, citologia por esfregaço vaginal (TABELA 10) e a leitura em microscópio óptico na objetiva de 40x. Constatou a presença de células epiteliais intermediárias e eritrócitos. Foram realizados mais cinco exames de citologia vaginal, nos dias 05, 06, 07, 09 e 11 após a realização do primeiro exame. Nos dias 05 (FIGURA 16), 06 (FIGURA 17) e 07 (FIGURA 18) constatou a presença de células epiteliais queratinizadas com a maioria sem núcleo. No dia 09 (FIGURA 19), as células epiteliais queratinizadas tinham em média 60% das células anucleadas. E, no dia 11 (FIGURA 20) haviam células epiteliais parabasais e presença de neutrófilos. Também foi realizada coleta de sangue, o qual foi encaminhado para laboratório terceirizado para a realização da dosagem da

61 60 concentração sérica de P4 através da técnica de imunoensaio de quimioluminescência (CLIA), estando em 0,90 ng/ml (TABELA 11). O sangue foi coletado em quatro outros momentos para a realização da dosagem de P4 (TABELA 10). Com quatro, cinco, seis e 11 dias após a primeira coleta, obteve-se valores séricos de P4 de 2,48 ng/ml (TABELA 12), 3,20 ng/ml (TABELA 13), 6,66 ng/ml (TABELA 14) e 22,90 ng/ml (TABELA 15), respectivamente. Nos dias 05, 06 e 07, foi coletada maior quantidade de sangue, sendo que uma parte foi utilizada para a realização do teste de detecção rápida do pico de LH, WITNESS LH. O resultado (TABELA 10) dos três (FIGURAS 21 a 23) exames deu negativo. TABELA 10 PROCEDIMENTOS REALIZADOS NA FÊMEA CANINA FRANCISCA, NO PERÍODO DE 26 DE MARÇO À 06 DE ABRIL DE 2015, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE INSEMINAÇÃO CITOLOGIA PICO DE PROGESTERONA DIA * ARTIFICIAL VAGINAL LH (ng/ml) 00 SIM PROESTRO 0,90 04 NÃO 2,48 05 NÃO ESTRO NEGATIVO 3,20 06 NÃO ESTRO NEGATIVO 6,66 07 SIM ESTRO NEGATIVO 09 SIM ESTRO 11 SIM DIESTRO 22,90 * Os dias 0 e 11 correspondem aos dias 26 de março e 06 de abril de 2015 respectivamente.

62 61 TABELA 11 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 0, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC CICLO ESTRAL VALOR DE REFERÊNCIA (ng/ml) Anestro < 1,00 Proestro 1,00 a 3,00 Estro 3,00 a 10,00 Diestro/Gestação > 10,00 Resultado 0,90 FONTE: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC, TABELA 12 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 04, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC CICLO ESTRAL VALOR DE REFERÊNCIA (ng/ml) Anestro < 1,00 Proestro 1,00 a 3,00 Estro 3,00 a 10,00 Diestro/Gestação > 10,00 Resultado 2,48 FONTE: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC, 2015.

63 62 TABELA 13 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 05, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC CICLO ESTRAL VALOR DE REFERÊNCIA (ng/ml) Anestro < 1,00 Proestro 1,00 a 3,00 Estro 3,00 a 10,00 Diestro/Gestação > 10,00 Resultado 3,20 FONTE: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC, TABELA 14 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 06, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC CICLO ESTRAL VALOR DE REFERÊNCIA (ng/ml) Anestro < 1,00 Proestro 1,00 a 3,00 Estro 3,00 a 10,00 Diestro/Gestação > 10,00 Resultado 6,66 FONTE: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC, 2015.

64 63 TABELA 15 RESULTADO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE P4 DO DIA 11, NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC CICLO ESTRAL VALOR DE REFERÊNCIA (ng/ml) Anestro < 1,00 Proestro 1,00 a 3,00 Estro 3,00 a 10,00 Diestro/Gestação > 10,00 Resultado 22,90 FONTE: LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS LANAC, FIGURA 16 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

65 64 FIGURA 17 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 18 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

66 65 FIGURA 19 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DO DIA 09, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 20 LÂMINA DA PACIENTE FRANCISCA NO EXAME DE CITOLOGIA VAGINAL DO DIA 11, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

67 66 A IA foi realizada após coleta de sêmen via massagem digital de um macho canino de nome Hugo (FIGURA 24) da raça bulldog francês e, com o sêmen ainda fresco, foi imediatamente inserido no trato genital da paciente com a ajuda de uma pipeta pequena. Estes procedimentos foram feitos nos dias 0, 07 (FIGURA 25 e 26), 09 e 11 (TABELA 10). No dia 41, foi realizado o exame de US (FIGURA 27) modo B, que confirmou a gestação (FIGURA 28) da paciente com aproximadamente 4 semanas e 5 dias, ou seja, em torno de 33 dias. A idade gestacional foi determinada pela mensuração do diâmetro da vesícula gestacional, além de avaliar a integridade do útero, ovários e fetos. FIGURA 21 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 05, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

68 67 FIGURA 22 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 06, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 23 RESULTADO DO TESTE DE DETECÇÃO RÁPIDA DO PICO DE LH DO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

69 68 FIGURA 24 MACHO CANINO DE NOME HUGO FIGURA 25 INÍCIO DA COLETA DE SÊMEN NO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

70 69 FIGURA 26 PACIENTE FRANCISCA APÓS SER INSEMINADA NO DIA 07, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FIGURA 27 REALIZAÇÃO DO EXAME DE US DA PACIENTE FRANCISCA NO DIA 41, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE

71 70 FIGURA 28 US DA PACIENTE FRANCISCA NO DIA 41, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE FONTE: CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE, No dia 67 nasceram cinco filhotes da paciente Francisca (FIGURA 29). Dois filhotes, fêmeas, nasceram de parto normal. No nascimento do terceiro filhote, macho, a estática fetal apesar de ser a ideal (apresentação anterior, posição superior e atitude estendida) não conseguiu passar o feto todo, passando a cabeça pelo canal de parto, mas o corpo não. Foi realizada cesárea e ao retirar os três filhotes restantes, o filhote que não passou o corpo pelo canal de parto estava morto. Os outros dois estavam vivos, sendo um macho e uma fêmea.

72 71 FIGURA 29 PACIENTE FRANCISCA COM SEUS FILHOTES, NA CLÍNICA VETERINÁRIA PROGÊNIE Diagnóstico 67. Gestação confirmada no dia 41 e nascimento dos filhotes no dia

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