A (IN)EXISTÊNCIA DE UM REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO PARA OS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS

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1 A (IN)EXISTÊNCIA DE UM REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO PARA OS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS Randal Magnani 1 RESUMO: A Previdência Social no Brasil está organizada em 3 (três) regimes distintos e independentes entre si. O primeiro é o denominado Regime Geral de Previdência Social (RGPS), previsto no art. 201 da Constituição Federal (CF). Na sequência, segue-se o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), podendo citar como exemplo o dos servidores públicos, previsto no art. 40 da Constituição Federal e, por fim, temos o Regime de Previdência Complementar (RPC), formado por entidades abertas e por entidades fechadas de previdência complementar. A respeito destas últimas temos como exemplo os fundos de pensão regularmente instituídos. A questão que se coloca no presente estudo diz respeito à existência ou não de um regime próprio de previdência social para os militares das Forças Armadas, principalmente após a promulgação da Emenda Constitucional (EC) nº 18 de 1998, que alterou o teor do art. 142 da Constituição, passando a denominar essa categoria de agentes públicos como militares. Por isso, atualmente, não é tecnicamente correto dizer que eles pertencem à categoria de servidores públicos. A fim de corroborar esse raciocínio, serão abordados, de forma geral, os Regimes Previdenciários brasileiros, passando por um breve histórico, suas características e princípios, o Sistema de Pensões Militares instituído pela Lei nº 3.765/1960 e as especificidades da carreira militar que a faz ter um tratamento constitucional diferenciado, para, ao final, poder formular uma resposta para a questão apresentada. Palavras-chave: Previdência Social. Militares das Forças Armadas. Regime Próprio de Previdência Social. SUMÁRIO: 1 Introdução. 2 Histórico e Princípios da Previdência Social no Brasil. 3 Regimes previdenciários existentes no brasil. 3.1 Regime Geral de Previdência Social (RGPS). 3.2 Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). 3.3 Regime de Previdência Complementar. 4 Sistema de pensão dos militares das Forças Amadas. 5. Considerações finais. 6. Referências. 1 O autor é Tenente Coronel de Artilharia do Exército Brasileiro. Mestre em Ciências Militares - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) - Rio de Janeiro - RJ (2003); Mestrando em Direito - Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) - Lorena-SP; Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Campos de Andrade, Curitiba-PR (2007); Pós-graduado em Direito Militar pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL (2010); Pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro - RJ (2014); Atualmente exerce a função de Professor Militar Permanente da Cadeira de Direito da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) - Resende-RJ.

2 1 Introdução O presente artigo tem por finalidade verificar a existência ou não de um regime próprio de previdência social para os militares das Forças Armadas. Este tema é de suma importância nos dias atuais, principalmente por causa das reformas que vêm sendo implementadas pela equipe econômica do governo federal, no intuito de tentar equilibrar as finanças públicas. Além disso, trata-se de um assunto pouco explorado no meio acadêmico, tendo em vista as peculiaridades que envolvem a carreira militar. Inicialmente é necessário fazer uma distinção entre os servidores públicos, os militares e os trabalhadores da iniciativa privada a fim de se chegar a uma conclusão a respeito da existência ou não de um regime próprio de previdência social para os militares das Forças Armadas. O Regime de Previdência dos Servidores Públicos, denominado Regime Próprio de Previdência Social e disposto no art. 40 da CF, tem suas políticas elaboradas e executadas pelo Ministério da Previdência Social (MPS). Este regime é de natureza compulsória para o servidor público do ente federativo que o tenha instituído, com teto e subtetos definidos pela EC nº 41 de Excluem-se deste grupo os empregados das empresas públicas, os agentes políticos, servidores temporários e detentores de cargos de confiança, todos filiados obrigatórios ao Regime Geral. No que concerne aos militares das Forças Armadas é importante ressaltar que a Constituição Federal não trouxe norma específica acerca de um sistema previdenciário dessa espécie de agentes públicos. Além disso, a reforma constitucional promovida pela EC Nº 18/98 retirou os militares antes previstos na categoria de servidores públicos do art. 42 e os colocou no art. 142, 3º da CF, denominando-os, agora, simplesmente como militares. Os trabalhadores da iniciativa privada são regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, suas políticas são executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma autarquia federal a ele vinculada. Este regime possui caráter contributivo e é de filiação obrigatória. Dentre os contribuintes, encontram-se os empregadores, empregados assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais.

3 Feitas as distinções necessárias serão verificados alguns dispositivos constitucionais acerca da Seguridade Social. Esta expressão é sinônima de segurança social, típica de Estados garantidores de direitos fundamentais de 2ª dimensão e tem por objetivo proteger o cidadão contra os eventos (riscos) sociais que possam surgir. Nos termos do art. 194, caput, da CF, ela compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinadas a assegurar direitos relativos à Saúde, à Previdência e à Assistência Social. Para a concretização dos objetivos previstos constitucionalmente, a Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, por meio de recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como das contribuições sociais cujas fontes estão previstas no art. 195 da CF. As ações previstas no art. 194 acima transcrito compreendem 2 (dois) subsistemas. O primeiro é o sistema contributivo, composto somente pela Previdência Social. O segundo é o sistema não contributivo, composto pela Saúde e Assistência Social, logo, pode-se verificar que estes últimos serviços devem ser prestados pelo Estado independentemente de qualquer contribuição do cidadão. O art. 203 da CF estabelece os objetivos da Assistência Social, além de enfatizar que será prestada a quem dela necessitar. Segundo José Afonso da Silva (1998), os objetivos elencados no art. 194, parágrafo único da CF, na verdade, retratam os princípios da Seguridade Social, os quais servem para balizar a atuação do legislador na formulação das políticas públicas relativas à seguridade social e serão elencados no próximo tópico. 2 Histórico e Princípios da Previdência Social no Brasil. A primeira Constituição a prever um benefício previdenciário no Brasil foi a de O art. 75 previa a aposentadoria por invalidez dos funcionários da União a serviço da Nação. Contudo, o marco inicial da Previdência Social em nosso país foi a denominada Lei Eloy Chaves, na verdade o Decreto Legislativo nº de Por meio deste decreto foram criadas as caixas de aposentadorias e pensões para os empregados das empresas ferroviárias, contemplando-os com os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária (semelhante à atual

4 aposentadoria por tempo de contribuição), a pensão por morte e a assistência médica. A partir daí foram surgindo outras caixas de aposentadorias e pensões vinculadas às empresas portuárias, de serviços telegráficos, de mineração, etc. A partir de 1933 iniciou-se uma nova fase com a criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões, entidades de proteção social que reuniam categorias profissionais, passando a ter uma abrangência maior, em nível nacional. O primeiro a ser criado foi o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Marítimos (IAPM), por meio do Decreto nº , de 29 de junho de A Constituição Federal de 1934 definiu a competência da União para fixar as regras de assistência social, reservando ao Congresso Nacional a competência para determinar as normas sobre aposentadoria. Além disso, estabeleceu a forma tríplice de custeio do sistema, com recursos oriundos do governo, empregado e empregador. A partir de 1945 foram realizadas várias tentativas a fim de uniformizar e unificar a Previdência Social brasileira, porém, somente em 1960 houve a uniformização da legislação previdenciária, por meio da Lei nº 3.807, então chamada de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS). Tal diploma normativo incluiu benefícios como o auxílio-reclusão, o auxílio funeral e o auxílio natalidade. Na década de 1970 foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), através da Lei nº 6.439/1977, subordinado ao Ministério da Previdência Social. Seu objetivo era de reestruturar a Previdência Social, revendo as formas de concessão e manutenção de benefícios e serviços, além da reorganização da gestão administrativa, financeira e patrimonial. Finalmente, com a Constituição Federal de 1988 e suas alterações posteriores, o Brasil passa a ter um diploma normativo voltado para a Seguridade Social, baseada no seguinte tripé: saúde, previdência e assistência social, conforme já demonstrado no art. 194, caput, da CF. No ano de 1990 houve a criação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio do Decreto nº , um dos órgãos mais importantes de todo o sistema previdenciário brasileiro. O INSS é resultante da fusão do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS) e tem por função promover a arrecadação, a fiscalização e a

5 cobrança das contribuições sociais destinadas ao financiamento da Previdência Social, conforme legislação específica. Com relação ao art. 194 da CF, é importante ressaltar o teor do seu parágrafo único, o qual dispõe sobre os princípios da Seguridade Social, in verbis: Art [...] Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 3 Regimes previdenciários existentes no Brasil. Antes de adentrar no estudo dos regimes previdenciários é necessário verificar a legislação que rege a matéria. O ordenamento jurídico brasileiro relativo à Previdência Social é caracterizado por uma infinidade de regulamentação. Não é objeto deste trabalho o estudo de todas as leis, decretos e instruções normativas sobre o tema, porém, podem ser destacadas 3 (três) normas principais, conforme dispostas abaixo. a. Lei nº 8.212/1991 também denominada Lei Orgânica da Seguridade Social, dispõe sobre a sua organização e institui o seu Plano de Custeio; b. Lei nº 8.213/1991 dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e, de acordo com o seu art. 1º, a Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente; c. Decreto nº 3.048/1999 também denominado Regulamento da Previdência Social, estabelece a finalidade e os princípios básicos da Seguridade Social. 3.1 Regime Geral de Previdência Social (RGPS). A Lei nº 8.213/91 dispõe sobre o Regime Geral de Previdência Social e foi editada com o intuito de regulamentar o disposto no art. 201 da Constituição

6 Federal, o qual estabelece os benefícios previdenciários que deverão ser implementados pelo Estado. Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º. Desta forma, pode-se concluir que o dispositivo acima transcrito determina, com relação à Previdência Social, o seu caráter contributivo, bem como a filiação obrigatória, devendo ser observados ainda o equilíbrio financeiro e atuarial, dispondo, por fim, a respeito dos benefícios que dela decorrem. O RGPS é o principal regime previdenciário em nosso ordenamento jurídico, abarcando, de forma obrigatória, todos os trabalhadores da iniciativa privada, ou seja, os que possuem relação de emprego regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), bem como os empregados rurais, domésticos, trabalhadores autônomos, empresários e trabalhadores avulsos. Além dos trabalhadores acima mencionados, o RGPS contempla também alguns servidores públicos efetivos, desde que os mesmos não se encontrem amparados por Regime Próprio, e que haja o exercício de atividade remunerada. Preenchidos tais requisitos, há para o mencionado trabalhador a garantia de todos os benefícios elencados pelo artigo 201 da CF, com exceção do benefício do desemprego involuntário. 3.2 Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). A Constituição Federal, no art. 40, caput, e seus vinte e um parágrafos concede tratamento diferenciado aos agentes públicos ocupantes de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como os das autarquias e fundações públicas, ao prever a instituição de regime previdenciário próprio, o qual também se aplica aos agentes públicos ocupantes de cargos vitalícios (magistrados, membros do Ministério Público e de Tribunais de Contas).

7 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, ) Convém ressaltar que os militares das Forças Armadas não estão elencados neste dispositivo, pois, conforme já destacado neste trabalho, após a EC nº 18/1998 sua previsão constitucional deslocou-se para o art. 142, 3º. Uma observação importante a respeito deste assunto é que o parágrafo 20 do artigo acima transcrito veda a criação de mais de um RPPS por unidade da Federação, pretendendo evitar a proliferação de regimes próprios de previdência em um mesmo ente federativo, o que certamente geraria gastos excessivos com a manutenção do regime, além de provocar eventual desequilíbrio no sistema. A mesma limitação é aplicável a qualquer tentativa de criação de regimes previdenciários diferenciados entre os Poderes do Estado. Todos terão o mesmo órgão gestor dentro de um mesmo regime previdenciário, vinculado a um mesmo ente federativo. Nada impede a criação de entidades de previdência complementar distintas, pois a previsão constitucional trata somente do regime público. O Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos engloba tão somente aqueles servidores detentores de cargos efetivos, o que pode ser ratificado, inclusive, através da leitura do disposto no art. 40, 13 da CF, o qual estabelece que aos servidores públicos temporários, aos detentores de cargo em comissão, e ainda àqueles que possuam emprego público, deve-se aplicar o Regime Geral de Previdência Social. Transcreve-se abaixo o dispositivo constitucional em comento: Art. 40. [...] 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. Apenas a título de exemplo pode ser citada a Petrobras, uma sociedade de economia mista que contrata seus servidores, denominados empregados públicos, mediante concurso público, e que estão sujeitos à CLT. Conforme a previsão do dispositivo constitucional acima transcrito, a eles se aplica o RGPS.

8 Como última observação acerca do RPPS, se por acaso o servidor, independentemente de sua filiação ao regime próprio, exercer atividade do setor privado que o filie obrigatoriamente ao RGPS, a ele se submeterá, pertencendo, desta forma, a dois regimes contributivos, e tendo, como consequência, direito às duas prestações. 3.3 Regime de Previdência Complementar. Previsto no art. 202 da CF e regulamentado pela LC nº 109, de 29 de maio de 2001, o Regime de Previdência Complementar é um benefício opcional, que proporciona ao trabalhador um seguro previdenciário adicional, conforme sua vontade. Trata-se de uma aposentadoria contratada para garantir uma renda extra ao trabalhador ou a seu beneficiário. Os valores dos benefícios são aplicados pela entidade gestora, com base nos chamados cálculos atuariais, os quais estabelecem o valor da contribuição mensal necessária para pagar as aposentadorias. No Brasil existem dois tipos de previdência complementar: a previdência aberta e a previdência fechada. As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), mais conhecidas como fundos de pensão, são instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos. A fiscalização dessas entidades é realizada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, Um exemplo de EFPC é a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e o maior do País, gerando recursos que vão complementar a aposentadoria do INSS dos funcionários dessa Instituição. Já as Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) são empresas que possuem fins lucrativos, constituídas sob a forma de sociedade anônima e sujeitas à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), vinculada ao Ministério da Fazenda, sendo acessíveis a quaisquer pessoas que queiram participar dos planos previdenciários, mediante o pagamento de contribuições. Como exemplos podem ser citadas a Bradesco Seguros e a Brasilprev.

9 Sobre a previdência complementar no Brasil, Zambitte (2012, p. 771) destaca que a previdência social visa a manter os meios necessários para a manutenção do trabalhador e de sua família, mas não o padrão de vida do mesmo, adquirido na ativa. Por tal razão, qualquer complementação fica a cargo do próprio beneficiário, não assumindo o Estado qualquer responsabilidade pela manutenção do mesmo patamar remuneratório do trabalhador. E conclui que é daí que resulta a lógica da previdência complementar [...], almejando atender as pessoas que desejam gozar a velhice com maior conforto, tendo ingressos superiores ao teto do RGPS. É importante ressaltar o caráter contratual e de filiação facultativa do regime previdenciário em comento, que emana da própria redação do artigo 202 da CF. Eis o ponto que o diferencia dos regimes previdenciários oficiais, obrigatórios e institucionais, e revela sua essência: alternativa ao cidadão previdente que deseja assegurar melhores condições para o seu futuro. 4 Sistema de pensão dos militares das Forças Armadas. Após realizar o estudo sobre a Previdência Social no Brasil, passando por seu histórico, princípios e os regimes previdenciários existentes, neste tópico será tratado exclusivamente sobre os militares das Forças Armadas e o regime de pensão militar ao qual se submetem, a fim de que se possa chegar a uma conclusão a respeito da existência ou não de um regime previdenciário próprio para esta categoria de agentes públicos. Inicialmente é necessário verificar o disposto no art. 142, 3º, inciso X, da Constituição Federal: Art As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. [...] 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: [...] X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e

10 outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. Conforme se pode verificar no dispositivo constitucional acima transcrito, não há qualquer menção a um regime previdenciário próprio para os militares das Forças Armadas. Além disso, o inciso VIII do mesmo parágrafo elenca, exaustivamente, quais dispositivos constitucionais se aplicam aos servidores públicos e aos militares: Art [...] 3º. [...] VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) Portanto, se o legislador quisesse aplicar o art. 40 da CF também aos militares o teria feito expressamente, o que não ocorreu, justamente por entender que os servidores públicos são uma espécie do gênero agentes públicos, totalmente diferente dos militares. Os militares das Forças Armadas, na ativa ou na inatividade, contribuem mensalmente com 7,5% (sete vírgula cinco por cento) dos vencimentos brutos para a pensão militar, regulamentada pela Lei nº 3.765/1960, cuja finalidade é amparar a família do militar no caso de sua falta. É um dos descontos obrigatórios, conforme consta no art. 15 da citada lei, in verbis: Art.15. São descontos obrigatórios do Militar: I - contribuição para a pensão militar; II - contribuição para a assistência médico-hospitalar e social do militar; III - indenização pela prestação de assistência médico-hospitalar, por intermédio de organização militar; IV - impostos incidentes sobre a remuneração ou os proventos, de acordo com a lei; V - indenização à Fazenda Nacional em decorrência de dívida; VI - pensão alimentícia ou judicial; VII - taxa de uso por ocupação de próprio nacional residencial, conforme regulamentação; VIII - multa por ocupação irregular de próprio nacional residencial, conforme regulamentação. Assim, pode-se dizer que o ordenamento jurídico pátrio não conferiu aos militares um sistema previdenciário próprio e de caráter contributivo como o RGPS

11 ou o RPPS dos servidores públicos em geral, portanto, a remuneração dos militares na inatividade é integralmente custeada pela União, por meio da arrecadação dos impostos previstos constitucionalmente. Concernente à pensão militar, embora não se destine a custear a previdência dos militares, é necessário fazer uma distinção com o que ocorre no RGPS. O trabalhador comum que se aposenta, ou seja, preencheu os requisitos necessários previstos na CF para o ato, não mais contribui para o sistema. Diferentemente ocorre com os militares, os quais contribuem para a pensão militar tanto na ativa quanto na inatividade. 5 Considerações finais. Em face do exposto, chega-se à conclusão que à luz da legislação vigente não há um Regime Próprio de Previdência Social para os militares das Forças Armadas. Essa categoria especial de servidores da Pátria conta com um Sistema de Pensões Militares, na forma da Lei nº 3.765/1960, cuja finalidade é amparar os seus dependentes em caso de óbito do titular. Finalizando o presente trabalho, a carreira militar apresenta características que transcendem a própria profissão, como por exemplo, a sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia, a risco de vida, a dedicação exclusiva, a mobilidade geográfica constante, a proibição de sindicalizar-se e de participar em greves ou em qualquer movimento reivindicatório, as restrições a direitos trabalhistas, dentre outras, justificando, dessa forma, o tratamento constitucional diferenciado. Nesse sentido, cumpre destacar o teor do art. 3 do Estatuto dos Militares (Lei nº 6.880/80), o qual já caracterizava, nos anos 1980, os membros das Forças Armadas como uma categoria especial de servidores da Pátria, tendo em vista as especificidades da carreira militar. 6 Referências. BRASIL. Constituição Federal de Disponível em: < Acesso em: 23 jun

12 . Constituição (1988). Emenda constitucional nº 18, de 5 de fevereiro de Dispõe sobre o regime constitucional dos militares. Disponível em: < Acesso em: 23 jun Lei nº 3.765, de 4 de maio de Dispõe sobre as pensões militares. Disponível em: < Acesso em: 27 jun Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de Dispõe sobre o Estatuto dos Militares. Disponível em: < Acesso em: 27 jun Ministério da Previdência Social. Regime de Previdência Complementar. Disponível em:< Acesso em: 1º jul EDUARDO, Ítalo Romano; EDUARDO, Jeane Tavares Aragão. Curso de Direito Previdenciário. 7. ed. São Paulo: Elsevier, IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 17. ed. Niterói: Impetus, NOLASCO, Lincoln. Regimes Previdenciários e evolução legislativa dos regimes próprios de Previdência Social. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 01 out Disponível em: Acesso em: 1º jul SILVA, José Afonso da. Direito Constitucional Positivo. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.

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