TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Sindical A EXECUÇÃO DA SENTENÇA NACIONAL E ESTRANGEIRA E SUAS PECULIARIDADES. Inez Balbino Petterle Advogada

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Sindical A EXECUÇÃO DA SENTENÇA NACIONAL E ESTRANGEIRA E SUAS PECULIARIDADES. Inez Balbino Petterle Advogada"

Transcrição

1 TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Sindical A EXECUÇÃO DA SENTENÇA NACIONAL E ESTRANGEIRA E SUAS PECULIARIDADES Inez Balbino Petterle Advogada Área do Direito: Arbitragem, Processual, Civil. Palavras-chave: Arbitragem, Sentença arbitral, Nacionalidade, Territorialidade, Lei nº 9.307/1996 artigo 34. O caso em tela refere-se à decisão proveniente do Superior Tribunal de Justiça, por meio da decisão unânime da 3ª Turma, no Recurso Especial STJ nº RJ, relatado pela Ministra Nancy Andrighi, em que se posicionou no sentido de que a nacionalidade da sentença arbitral é determinada exclusivamente pelo local em que for proferida. O motivo gerador da arbitragem foi proveniente de um contrato de prestação de serviços na plataforma da Petrobras P-36, que afundou na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em O caso deflagrou uma série de litígios na Justiça brasileira e do exterior, acompanhados de debates sobre homologação de sentenças arbitrais estrangeiras. A empresa Nuovo Pignone, filial da General Electric (GE) de óleo e gás, com sede na Itália, prestou serviços para a Marítima, que atuou na construção da plataforma. A decisão arbitral determinou que a Petromec, subsidiária da brasileira Marítima Petróleo e Engenharia e responsável solidária no caso, pagasse US$ 2,6 milhões à Nuovo Pignone, segundo informações do processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Petromec argumentou que se tratava de uma sentença estrangeira e, dessa forma, dependeria de homologação na Justiça brasileira para ser executada, como transcrevemos: A decisão advinda de um órgão internacional é estrangeira, independentemente de ser emitida em português por um árbitro brasileiro. O que define a nacionalidade é o organismo que profere a sentença, e não a língua ou o lugar que ela é proferida. Ao ingressarem em juízo, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ) decidiu que, mesmo que a sentença arbitral tenha sido prolatada no Brasil, essa é proveniente de uma Câmara de Arbitragem estrangeira. Dessa forma, de acordo com o artigo 35 da Lei nº 9.307/1996, deveria ser submetida a homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 1 1 Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal.

2 2 A contrario sensu do entendimento do TJ/RJ, o STJ afirmou, por meio do voto da Ministra Nancy Andrighi, que, por mais que as partes houvessem instaurado e escolhido as regras da International Chamber of Commerce (ICC), isso não alteraria a nacionalidade da sentença proferida no Brasil. Para uma melhor compreensão, a Lei da United Nations Commission on International Trade Law (Uncitral) define o que é uma arbitragem nacional e internacional, como abaixo transcrevemos in litteris: 3) Un arbitraje es internacional si: a) las partes en un acuerdo de arbitraje tienen, al momento de la celebración de ese acuerdo, sus establecimientos en Estados diferentes, o b) uno de los lugares siguientes está situado fuera del Estado en el que las partes tienen sus establecimientos: i) el lugar del arbitraje, si éste se ha determinado en el acuerdo de arbitraje o con arreglo al acuerdo de arbitraje; ii) el lugar del cumplimiento de una parte sustancial de las obligaciones de la relación comercial o el lugar con el cual el objeto del litigio tenga una relación más estrecha; o c) las partes han convenido expresamente en que la cuestión objeto del acuerdo de arbitraje está relacionada con más de un Estado. 2 Lembramos, a despeito do que mencionamos no texto acima, que a sentença arbitral estrangeira, para ser executada no Brasil, precisa de prévia homologação no Superior Tribunal de Justiça, de acordo com o previsto no artigo 35 da Lei nº 9.307/1996. Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal. 2 Uma arbitragem é internacional é: a) Se as partes de um acordo de arbitragem tiverem, no momento da conclusão desse acordo, os seus lugares em estados diferentes, ou b) um dos seguintes locais estiver situado fora do Estado em que as partes têm seus estabelecimentos: i) o lugar da arbitragem, se foi determinado na convenção de arbitragem ou à arbitragem no âmbito do acordo; ii) o lugar de cumprimento de uma parte substancial das obrigações da relação de negócio ou o lugar com o que o objeto da disputa é uma conexão mais estreita, ou c) as partes tiverem convencionado expressamente que o assunto da convenção de arbitragem diz respeito a mais um estado. Trabalhos Técnicos

3 3 Em 2004, por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004, a competência de executar os títulos executivos judiciais enumerados no artigo 475-N do Código de Processo Civil (CPC), que se refere, no inciso IV, à sentença arbitral e, no inciso VI, à sentença estrangeira homologada pelo STJ, foi deslocada do STF para o STJ. A Convenção de Nova Iorque, o tratado internacional mais importante sobre o reconhecimento e execução das sentenças arbitrais estrangeiras do mundo, foi redigida por sugestão da Câmara de Comércio Internacional para suprir a lacuna que existia sobre a homologação das sentenças arbitrais. Essa Convenção foi ratificada por mais de 130 países no mundo inteiro, sendo o Brasil o último da América do Sul. E, mesmo com 40 anos de atraso, a ratificação pelo Brasil foi bastante comemorada. Transcrevemos o artigo 1º da Convenção de Nova Iorque (1958), promulgada pelo Brasil por meio do Decreto nº 4.311/2002, que prevê o reconhecimento e a execução da sentença arbitral estrangeira: A presente Convenção aplicar-se-á ao reconhecimento e à execução de sentenças arbitrais estrangeiras proferidas no território de um Estado que não o Estado em que se tencione o reconhecimento e a execução de tais sentenças, oriundas de divergências entre pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. A Convenção aplicar-se-á igualmente a sentenças arbitrais não consideradas como sentenças domésticas no Estado onde se tencione o seu reconhecimento e a sua execução. Observamos, por meio do que expressa o ordenamento jurídico nacional, artigo 34 único da Lei nº 9.307/1996, o critério que define a nacionalidade da sentença arbitral: Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de conformidade com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua ausência, estritamente de acordo com os termos desta Lei. Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional. Observamos no nosso ordenamento jurídico que o lugar da arbitragem, qual seja, o local em que foi proferida a sentença arbitral, não suscita grandes dúvidas, pela clareza do artigo 34; e ainda no inciso IV do artigo 10 ao lugar em que será proferida a sentença arbitral. Dessa forma, afirmamos que o ordenamento jurídico brasileiro adotou o sistema territorialista, o local onde for proferida a sentença arbitral (ius solis), de tal sorte que: Trabalhos Técnicos

4 4 são sentenças arbitrais estrangeiras aquelas prolatadas fora de nosso território; e sentenças arbitrais nacionais aquelas proferidas em território nacional. Nesse sentido, são salutares as lições de J. E. Carreira Alvim (Comentários à Lei de Arbitragem. Rio de Janeiro: Juruá, 2007, p. 181), ao consignar que: Para ser considerada estrangeira, basta que a sentença arbitral tenha sido proferida fora do território nacional, pouco importando a nacionalidade dos árbitros ou do tribunal, bem assim as regras (materiais ou procedimentais) que tenham presidido o juízo arbitral. Por isso, determina a Lei nº 9.307/96, dentre os requisitos obrigatórios do compromisso, dele conste o lugar em que será proferida a sentença arbitral, pois é este o seu elemento nacionalizante ou internacionalizante. Da mesma forma, se for proferida no território brasileiro, a sentença arbitral será nacional, ainda que proferida por árbitro ou tribunal estrangeiro, segundo regras (materiais ou procedimentais) não-nacionais. O critério adotado foi o ius solis. De tal sorte, podemos analisar outros casos de homologação de sentença arbitral estrangeira, como ressalta a Ministra Nancy Andrighi em seu voto, que transcrevemos: 1) SEC 894/UY (Corte Especial, Ministra Nancy Andrighi, DJe de ), Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional a sentença foi considerada proferida na cidade de Montevidéu e, por consequência, autuada como sendo oriunda do Uruguai. 2) SEC 611/US (Corte Especial, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ de ) sentença arbitral proferida na Flórida, Estados Unidos, pela Câmara Internacional do Comércio Corte Internacional de Arbitragem. 3) SE 1.305/FR (decisão monocrática proferida pelo Min. Barros Monteiro, DJ de ) por outro lado, não houve dúvidas acerca da internacionalidade da sentença arbitral, como se depreende pelo seguinte excerto, em que o relator consigna que inicialmente a requerida ofereceu contestação alegando que as firmas dos árbitros, embora brasileiros, deveriam ser autenticadas no país em que foi proferido o Laudo Arbitral, ou seja, na França e não no Brasil. (Sem destaque no original.) Trabalhos Técnicos

5 5 CONCLUSÃO Apesar de estarmos tocando em um conceito básico da Lei de Arbitragem, a nacionalidade da sentença arbitral, já definida anteriormente pela Lei nº 9.307/1996, artigo 34, único, a decisão foi tratada de forma direta e pontual pelo Superior Tribunal de Justiça, para que não deixe brechas para outras decisões duvidosas pela matéria. Concluímos que, sendo a sentença arbitral em comento de nacionalidade brasileira, ela constitui, nos termos dos artigos 475-N, IV, do CPC e 31 da Lei da Arbitragem, título executivo extrajudicial idôneo para embasar a ação de execução, sendo desnecessária a homologação pelo STJ, o que beneficia e muito a utilização da arbitragem em casos como esse, garantindo celeridade e um custo infinitamente mais baixo do que o processo judicial, motivando, dessa forma, a utilização desse instituto pelas empresas nacionais e estrangeiras. Trabalhos Técnicos

Reunião Técnica ANEFAC

Reunião Técnica ANEFAC Reunião Técnica ANEFAC ARBITRAGEM INTERNACIONAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTO E A IMPORTÂNCIA DA SEDE Palestrante: Ramon Alberto dos Santos ramonlas@usp.br Arbitragem - Introdução Forma alternativa de solução

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Demais Legislações Extravagantes Parte 5 Profª. Tatiana Constancio - Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será

Leia mais

Arbitragem Internacional. Renato Leite Monteiro

Arbitragem Internacional. Renato Leite Monteiro Arbitragem Internacional Renato Leite Monteiro Conceito É o mecanismo de solução de litígios pelo qual as partes decidem submeter um conflito a um ou mais especialistas em certo tema, que não pertencem

Leia mais

Arbitragem na Colômbia. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem na Colômbia. Uma visão geral _1.docx Arbitragem na Colômbia Uma visão geral 22451250_1.docx LEI DE ARBITRAGEM A Lei 1563, de 12 de julho de 2012, constitui o principal instrumento do quadro legal da arbitragem na Colômbia. (a LAC ). A LAC

Leia mais

DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL

DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL RESUMO: Felipe Herling DA COSTA 1 Afonso Henrique da Silva MATIVI 2 Luis Fernando NOGUEIRA 3 Vivemos em uma sociedade onde cada dia mais as pessoas

Leia mais

Definitiva (decide o conflito, apreciando o mérito)

Definitiva (decide o conflito, apreciando o mérito) Definitiva (decide o conflito, apreciando o mérito) Condenatória; Constitutiva; Declaratória. Terminativa (finda o procedimento, mas a controvérsia persiste p.ex.: reconhece a nulidade da convenção arbitral)

Leia mais

Arbitragem no México. Uma visão geral

Arbitragem no México. Uma visão geral Arbitragem no México Uma visão geral LEI DE ARBITRAGEM O México não dispõe de uma lei de arbitragem independente que regule a matéria arbitral. A regulação sobre arbitragem comercial está contida no Título

Leia mais

Aula 17. Competência Internacional Parte II

Aula 17. Competência Internacional Parte II Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Competência Internacional (Parte II) / 17 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 17 Competência Internacional Parte

Leia mais

_1.docx. Arbitragem no México. Uma visão geral

_1.docx. Arbitragem no México. Uma visão geral 22451312_1.docx Arbitragem no México Uma visão geral LEI DE ARBITRAGEM O México não dispõe de uma lei de arbitragem autónoma que regule a matéria arbitral. A regulação sobre arbitragem comercial está contida

Leia mais

03/11/2018. Professor Hugo Penna

03/11/2018. Professor Hugo Penna Professor Hugo Penna hugopenna@ch.adv.br 1 Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo. Parágrafo único.

Leia mais

Arbitragem no Brasil. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem no Brasil. Uma visão geral _1.docx Arbitragem no Brasil Uma visão geral 22450487_1.docx LEI DE ARBITRAGEM A Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, constitui o principal instrumento do quadro legal da arbitragem no Brasil (LAB). A LAB

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 1 Registro: 2014.0000017069 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Mandado de Segurança nº 2039481-82.2013.8.26.0000, da Comarca de Rio Claro, em que são impetrantes CLÁUDIO ANTONIO

Leia mais

ARBITRAGEM NA BRASIL Arbitragem no Brasil

ARBITRAGEM NA BRASIL Arbitragem no Brasil ARBITRAGEM NA BRASIL Arbitragem no Brasil Uma visão geral LEI DE ARBITRAGEM A Lei n.º 9.307, de 23 de setembro de 1996, constitui o principal instrumento do quadro legal da arbitragem no Brasil (LAB).

Leia mais

Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Tatiana Campello Lopes Todos os Direitos Reservados.

Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Tatiana Campello Lopes Todos os Direitos Reservados. Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Todos os Direitos Reservados. QUANDO AS CONTROVÉRSIAS OCORREM? Numa visão bem abrangente: Quando as expectativas da contratação não prosperaram

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRATICA REGISTRADO(A) SOB N "02164124* ACÓRDÃO Medida Cautelar de Exibição de Documentos - Decisão que declinou de oficio de sua competência, determinando

Leia mais

CARMEN TIBURCIO Professora Adjunta da Universidade, do Estado do Rio de Janeiro UERJ. Consultora de Direito Internacional

CARMEN TIBURCIO Professora Adjunta da Universidade, do Estado do Rio de Janeiro UERJ. Consultora de Direito Internacional CARMEN TIBURCIO Professora Adjunta da Universidade, do Estado do Rio de Janeiro UERJ. Consultora de Direito Internacional TEMAS DE DIREITO INTERNACIONAL Editora Renovar Rio de Janeiro, 2006 CATALOGAÇÃO

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Homologação de Decisão Estrangeira. Prof. Renan Flumian

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Homologação de Decisão Estrangeira. Prof. Renan Flumian DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Homologação de Decisão Estrangeira Prof. Renan Flumian 1. Homologação de decisão estrangeira - A sentença judicial é um ato soberano - A sentença, como todo ato soberano,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Cumprimento de sentença. Prof. Luiz Dellore

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Cumprimento de sentença. Prof. Luiz Dellore DIREITO PROCESSUAL CIVIL Cumprimento de sentença Prof. Luiz Dellore 1. Finalidades dos processos 1.1 Processo de conhecimento: crise de incerteza 1.2 Processo de execução: crise de inadimplemento 2. Requisitos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.231.554 - RJ (2011/0006426-8) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : NUOVO PIGNONE SPA ADVOGADOS : VÍTOR JOSÉ DE MELLO MONTEIRO E OUTRO(S) ANTÔNIO TAVARES PAES JÚNIOR E OUTRO(S)

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Professor Juliano Napoleão

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. Professor Juliano Napoleão DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO Professor Juliano Napoleão UNIDADE 2 Conflitos de lei no espaço e as normas de Direito Internacional Privado 2.1 Os conflitos de lei no espaço pertinentes às relações privadas

Leia mais

CONVENÇÃO ARBITRAL TÁCITA? CISG, ART. 9º (2) Eduardo Talamini

CONVENÇÃO ARBITRAL TÁCITA? CISG, ART. 9º (2) Eduardo Talamini CONVENÇÃO ARBITRAL TÁCITA? CISG, ART. 9º (2) Eduardo Talamini 1 Introdução CISG, Artigo 9º (1) As partes se vincularão pelos usos e costumes em que tiverem consentido e pelas práticas que tiverem estabelecido

Leia mais

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO... 13

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO... 13 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 11 APRESENTAÇÃO... 13 1. INTRODUÇÃO... 25 1.1. Introdução às alternativas adequadas de resolução de disputas... 27 1.2. Breve histórico... 33 1.3. Bibliografia recomendada...

Leia mais

ASPECTOS JURÍDICOS DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL

ASPECTOS JURÍDICOS DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL ASPECTOS JURÍDICOS DA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA NO BRASIL Fernando Fernandes da Silva RESUMO Trata-se de artigo que tem por objeto enfocar a natureza jurídica da sentença arbitral estrangeira

Leia mais

Curso de Arbitragem 1 FRANCISCO JOSÉ CAHALI

Curso de Arbitragem 1 FRANCISCO JOSÉ CAHALI Curso de Arbitragem 1 Curso de Arbitragem 10 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 11 1. INTRODUÇÃO... 23 1.1 Introdução às alternativas adequadas de resolução de disputas... 25 1.2 Breve histórico... 30 1.3 Bibliografia

Leia mais

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx Arbitragem no Chile Uma visão geral 22451167_1.docx LEI DE ARBITRAGEM No Chile, existe uma dualidade quanto à legislação arbitral, já que a regulação da arbitragem não adota um sistema monista. As arbitragens

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO fls. 1 ACÓRDÃO Registro: 2013.0000212885 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração nº 0184534-27.2010.8.26.0100/50000, da Comarca de São Paulo, em que é embargante MARIO ITO

Leia mais

A importância da escolha do árbitro e da instituição arbitral. Palestrante: Alvaro de Carvalho Pinto Pupo

A importância da escolha do árbitro e da instituição arbitral. Palestrante: Alvaro de Carvalho Pinto Pupo A importância da escolha do árbitro e da instituição arbitral Palestrante: Alvaro de Carvalho Pinto Pupo Convenção de arbitragem Convenção de arbitragem Cláusula compromissório Compromisso arbitral Convenção

Leia mais

PAINEL 5. Nome de Domínio Solução de Conflitos pelo Sistema Administrativo de Conflitos de Internet (SACI), Mediação ou Arbitragem

PAINEL 5. Nome de Domínio Solução de Conflitos pelo Sistema Administrativo de Conflitos de Internet (SACI), Mediação ou Arbitragem PAINEL 5 Nome de Domínio Solução de Conflitos pelo Sistema Administrativo de Conflitos de Internet (SACI), Mediação ou Arbitragem Marcelo Dias Gonçalves Vilela O sucesso do SACI-Adm e do CASD-ND são inspiradores

Leia mais

Visão geral da arbitragem no Brasil. Giovanni Ettore Nanni

Visão geral da arbitragem no Brasil. Giovanni Ettore Nanni Visão geral da arbitragem no Brasil Giovanni Ettore Nanni gnanni@tozzinifreire.com.br Visão Geral da Arbitragem no Brasil Arbitrabilidade Arbitragem Doméstica e Internacional Cláusula Compromissória Compromisso

Leia mais

MEDIDAS CAUTELARES EM ARBITRAGEM MARÍTIMA. Iwam Jaeger RIO DE JANEIRO

MEDIDAS CAUTELARES EM ARBITRAGEM MARÍTIMA. Iwam Jaeger RIO DE JANEIRO Iwam Jaeger iwam@kincaid.com.br RIO DE JANEIRO FONE: (55 21) 2276 6200 FAX: (55 21) 2253 4259 AV. RIO BRANCO, 25-1º andar 20090-003 - RIO DE JANEIRO RJ MEDIDAS CAUTELARES NO DIREITO MARÍTIMO O PODER GERAL

Leia mais

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. P á g i n a 128 EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Rodrigo Toaldo Cappellari 59 O presente ensaio tem por escopo a análise de um tema afeto

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO Registro: 2015.0000609954 Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 1002892-13.2015.8.26.0009, da Comarca de, em que é apelante ITAÚ UNIBANCO S/A ( ATUAL DENOMINAÇÃO DE BANCO ITAÚ

Leia mais

Arbitragem no Peru. Uma visão geral

Arbitragem no Peru. Uma visão geral Arbitragem no Peru Uma visão geral LEI DE ARBITRAGEM O decreto Legislativo Nº 1071, de 27 de junho de 2008, constitui o principal instrumento do quadro legal da arbitragem no Peru ( LAP ). A LAP se baseia

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 122.253 - AL (2012/0083837-6) RELATORA SUSCITANTE SUSCITADO INTERES. INTERES. : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5A REGIÃO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Leia mais

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário A Lei n 12.153/09, ao disciplinar os Juizados Especiais Fazendários, omitiu-se quanto ao cumprimento da sentença, porém,

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2014.0000566560 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 9295174-21.2008.8.26.0000, da Comarca de Guarulhos, em que são apelantes ADRIANA PAULINO COSTA (JUSTIÇA GRATUITA),

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.265.509 - SP (2011/0142138-0) RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA RECORRENTE : COIFE ODONTO PLANOS ODONTOLÓGICOS LTDA ADVOGADO : FILIPO HENRIQUE ZAMPA E OUTRO(S) RECORRIDO :

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.188.933 - RS (2010/0062014-6) RELATORA RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : FUNDAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.315.476 - SP (2012/0058608-6) RECORRENTE REPR. POR RECORRIDO : V T S (MENOR) E OUTROS : C A L : DANILO MENDES SILVA DE OLIVEIRA - DEFENSOR PÚBLICO E OUTROS : P DE P S : SEM REPRESENTAÇÃO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Da prisão e da Liberdade Provisória Prof. Gisela Esposel - : - Artigo 5º, inciso LXVII da CR/88 não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA EMENTA PROCESSO CIVIL. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. 1. Ausência de prequestionamento suposta dos arts. 111 e 178 do CTN. Incidência das

Leia mais

A Justiça Atrasada não é Justiça

A Justiça Atrasada não é Justiça Agosto/2015 A Justiça Atrasada não é Justiça Tire suas dúvidas Quem pode utilizar a arbitragem? Por que instituir a arbitragem em seu negócio? Tribunal Arbitral e Mediação de São Paulo Presidente Dr. Marcelo

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 659.631 - BA (2004/0065506-3) RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETTO RECORRENTE : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADVOGADO : CARLOS HENRIQUE BERNARDES CASTELLO CHIOSSI E OUTROS RECORRIDO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR S : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA. CONTEÚDO ECONÔMICO DA DEMANDA. REVISÃO PARCIAL DO CONTRATO.

Leia mais

ARBITRAGEM nos CONTRATOS DE ENGENHARIA com a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Dr. Pablo Raúl Masud Blanco & Masud Advogados Buenos Aires República Argentina

ARBITRAGEM nos CONTRATOS DE ENGENHARIA com a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Dr. Pablo Raúl Masud Blanco & Masud Advogados Buenos Aires República Argentina ARBITRAGEM nos CONTRATOS DE ENGENHARIA com a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Dr. Pablo Raúl Masud Blanco & Masud Advogados Buenos Aires República Argentina ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA ARGENTINA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 5.828 - EX (2011/0198501-2) RELATOR REQUERENTE REQUERIDO : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA : EMANUELE MARCHETTI : SÉRGIO LUIZ PEREIRA REGO E OUTRO(S) : MARCOS DOS SANTOS

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 01. Dentre os aspectos peculiares aos órgãos jurisdicionais trabalhistas no Brasil, não se encontra: I - Não existem Varas do Trabalho especializadas em determinadas matérias,

Leia mais

Direito Processual Civil Rodolfo Hartmann

Direito Processual Civil Rodolfo Hartmann Direito Processual Civil Rodolfo Hartmann Supremo Tribunal Federal INFORMATIVO 916 PLENÁRIO TEMA: PROCESSO NOS TRIBUNAIS PROCESSO: AR 2440 AgR/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 19.9.2018.

Leia mais

COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO

COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Departamento de Direito COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Aluna: Nathalia David de Almeida Orientadora: Daniela Trejos Vargas Introdução A questão da cooperação

Leia mais

Vistos, relatados e discutidos esses autos de apelação cível nº , em que é apelante Camila Vitoria Oliveira Batista da Silva.

Vistos, relatados e discutidos esses autos de apelação cível nº , em que é apelante Camila Vitoria Oliveira Batista da Silva. Certificado digitalmente por: LUCIANO CARRASCO FALAVINHA SOUZA Comarca de Loanda Vara Cível, da Fazendas Publica, Acidentes de Trabalho, Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial. Apelante:

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 9.390 - EX (2014/0316102-8) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN REQUERENTE : PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA REQUERIDO : H DE G ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg nos EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.183.496 - DF (2010/0040755-1) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO SIDNEI BENETI : ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES MAGDA MONTENEGRO SUELI

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 8.267 - EX (2013/0069174-1) RELATOR REQUERENTE ADVOGADO REQUERIDO ADVOGADOS : MINISTRO ARI PARGENDLER : V L R : MARIANA LIMA DE CARVALHO E OUTRO(S) : V D K R : RODOLFO

Leia mais

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL Sumário INTRODUÇÃO Capítulo 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL 1.1. Conflito de interesses 1.2. Métodos de resolução de conflitos 1.3. Direito de ação, tutela jurisdicional e arbitragem Capítulo 2 ASPECTOS

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA EMENTA ADMINISTRATIVO. FGTS. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA. LEVANTAMENTO DOS DEPÓSITOS. ARBITRAGEM. DIREITO TRABALHISTA. 1. Configurada a demissão sem justa causa, não há como

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0000.11.029913-8/000 Númeração 0299138- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Domingos Coelho Des.(a) Domingos Coelho 05/10/2011 17/10/2011 EMENTA: CONFLITO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.421.883 - PR (2013/0357975-4) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : APARECIDO PORCINELLI ADVOGADO : MARCUS VINICÍUS DE ANDRADE E OUTRO(S) RECORRIDO : BANCO DO BRASIL S/A

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 428.553 - SP (2017/0321807-5) RELATOR IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA : ANDRE LUIZ DO NASCIMENTO BARBOZA

Leia mais

Processo de Execução Guilherme Hartmann

Processo de Execução Guilherme Hartmann Processo de Execução Guilherme Hartmann Rol legal (art. 784, CPC) Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título

Leia mais

CURRICULUM VITAE. Especialização em Direito Processual Civil Pós-Graduação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP ( ).

CURRICULUM VITAE. Especialização em Direito Processual Civil Pós-Graduação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP ( ). CURRICULUM VITAE Identificação Pessoal e Profissional Vera Cecília Monteiro de Barros Nacionalidade: Brasileira Natural de São Paulo SP Advogada e Professora vera@selmalemes.com.br www.selmalemes.com.br

Leia mais

Jurisprudência em Teses - N. 65 ALIMENTOS

Jurisprudência em Teses - N. 65 ALIMENTOS Edição N. 65 Brasília, 06 de setembro de 2016 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

ESPECIAL PLANO VERÃO RELAÇÃO TEMÁTICA DAS JURISPRUDÊNCIAS CITADAS NAS PALESTRAS... 21

ESPECIAL PLANO VERÃO RELAÇÃO TEMÁTICA DAS JURISPRUDÊNCIAS CITADAS NAS PALESTRAS... 21 ÍNDICE ESPECIAL PLANO VERÃO... 07 RELAÇÃO TEMÁTICA DAS JURISPRUDÊNCIAS CITADAS NAS PALESTRAS... 21 PALESTRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO EM AÇÕES COLETIVAS QUE VERSAM SOBRE PLANO VERÃO: PRÁTICA E QUESTÕES JUDICIAIS

Leia mais

Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase

Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase Autotutela, Autocomposição, Mediação e arbitragem Período 2012-2016 1) FEMPERJ Técnico de Notificações - TCE RJ (2012) A solução

Leia mais

Direito Internacional Joyce Lira

Direito Internacional Joyce Lira Direito Internacional Joyce Lira Superior Tribunal de Justiça TEMA: Acórdão estrangeiro. Homologação. Renúncia. Inadmissibilidade. PROCESSO: SEC 8.542-EX, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade,

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0024.11.165578-3/004 Númeração 0909372- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Otávio Portes Des.(a) Otávio Portes 13/07/0016 15/07/2016 EMENTA: AGRAVO

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO INTERNACIONAL PROF. NAPOLEÃO CASADO

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO INTERNACIONAL PROF. NAPOLEÃO CASADO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO INTERNACIONAL PROF. NAPOLEÃO CASADO Domínio Público Internacional: O Direito do Mar (Bens da União CF, art. 20) Direito do mar Mar Territorial: 12 MN Soberania/Jurisdição plena

Leia mais

02/04/2019. Professor Hugo Penna Sentença. Decisão interlocutória. Despacho

02/04/2019. Professor Hugo Penna Sentença. Decisão interlocutória. Despacho Professor Hugo Penna hugopenna@ch.adv.br Sentença Decisão interlocutória Despacho remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, invalidação, o esclarecimento ou a integração

Leia mais

PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Davi Furtado Meirelles

PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Davi Furtado Meirelles PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO Davi Furtado Meirelles Resultado Negativo da Negociação - Mediação - é mais uma tentativa de conciliação, após o insucesso da negociação direta, porém, desta feita,

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ REYNALDO (Presidente sem voto), ROBERTO MAC CRACKEN E ARALDO TELLES.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ REYNALDO (Presidente sem voto), ROBERTO MAC CRACKEN E ARALDO TELLES. ACÓRDÃO Registro: 2012.0000177170 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0124424-10.2006.8.26.0001, da Comarca de São Paulo, em que é apelante NAILDA RIGO DA SILVA sendo apelado CLEONIR

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE fls. 65 Processo: 0620437-78.2017.8.06.0000/50001 - Embargos de Declaração Embargante: Sky Serviços de Banda Larga Ltda Embargado: Up Mídia Alternativa Ltda EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL MARGARIDA CANTARELLI RELATÓRIO A EXMA. DESEMBARGADORA FEDERAL MARGARIDA CANTARELLI (RELATORA): Trata-se de mandado de segurança impetrado contra o Juiz de Direito da 2ª

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 178.623 - MS (2010/0125200-6) IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL : NANCY GOMES DE CARVALHO - DEFENSORA PÚBLICA E OUTRO : TRIBUNAL

Leia mais

Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário

Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário Período 2009 2013 1) CESPE Juiz Federal TRF 2ª Região (2013)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA EMENTA ADMINISTRATIVO. FGTS. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA. LEVANTAMENTO DOS DEPÓSITOS. ARBITRAGEM. DIREITO TRABALHISTA. 1. Configurada a demissão sem justa causa, não há como

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente), VERA ANGRISANI E ROBERTO MARTINS DE SOUZA.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores EUTÁLIO PORTO (Presidente), VERA ANGRISANI E ROBERTO MARTINS DE SOUZA. Registro: 2016.0000537423 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0014422-69.2010.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante MR AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA

Leia mais

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR EMANUEL LEITE ALBUQUERQUE

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR EMANUEL LEITE ALBUQUERQUE Processo: 0001161-47.2016.8.06.0000 - Conflito de competência Suscitante: Juiz de Direito da 32ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza Suscitado: Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza EMENTA:

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EDcl nos EDcl no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 899.015 - DF (2007/0119858-0) RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO EMBARGANTE : BANCO DO BRASIL S/A ADVOGADOS : ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH E OUTRO(S) LUIZ ANTONIO

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Demais Legislações Extravagantes Parte 2 Profª. Tatiana Constancio Art. 7º Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a

Leia mais

Processo de Execução Guilherme Hartmann

Processo de Execução Guilherme Hartmann Processo de Execução Guilherme Hartmann Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no processo civil

Leia mais

RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL I e II Nº

RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL I e II Nº RECURSO EXTRAORDINÁRIO N 0029634-19.2012.8.19.0001 Recorrente: ESTADO DO RIO DE JANEIRO Recorridos: FARID HABIB E OUTRO RECURSO ESPECIAL Nº 0029634-19.2012.8.19.0001 Recorrente: ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Leia mais

SUMÁRIO PARTE I INTRODUÇÃO À OBRA EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO CIVIL COMO ATRIBUTO DA SOBERANIA: O ESTADO- JUIZ... 19

SUMÁRIO PARTE I INTRODUÇÃO À OBRA EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO CIVIL COMO ATRIBUTO DA SOBERANIA: O ESTADO- JUIZ... 19 SUMÁRIO INTRODUÇÃO À OBRA... 13 PARTE I EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO CIVIL COMO ATRIBUTO DA SOBERANIA: O ESTADO- JUIZ... 19 I. Notas Preliminares... 19 I.1. Conceito de Jurisdição. Distinção entre Jurisdição

Leia mais

(Sumário da Relatora)

(Sumário da Relatora) Acórdãos TRL Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Processo: 243/10.9YRLSB-7 Relator: DINA MONTEIRO Descritores: EXECUÇÃO DE DECISÃO ARBITRAL SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA Nº do Documento: RL Data do

Leia mais

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO Registro: 2019.0000075048 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0000929-02.2012.8.26.0523, da Comarca de Salesópolis, em que é apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO e é apelado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.380.608 - SP (2012/0271779-5) RELATORA RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADOS ADVOGADA ADVOGADOS : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : ROBERTO PAULO VULCANO E OUTROS : CARLOS EDUARDO FERREIRA

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO N BELO HORIZONTE A C Ó R D Ã O

AGRAVO DE INSTRUMENTO N BELO HORIZONTE A C Ó R D Ã O -1- EMENTA: AGRAVO REVISÃO CONTRATUAL SERASA E SPC - PEDIDO LIMINAR CABIMENTO Faz jus o agravante ao benefício da antecipação de tutela, uma vez que se encontra em juízo a discussão sobre a legalidade

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2015.0000730608 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2021305-84.2015.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante BANCO SANTANDER (BRASIL)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA : MINISTRA DENISE ARRUDA EMENTA CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL AJUIZADA PELA CEF. COBRANÇA DO FGTS. LEI 8.844/94. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL INALTERADA PELA EC 45/2004. 1. Discute-se

Leia mais

Superior T ribunal de J ustiça

Superior T ribunal de J ustiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.597.658 - SP (2013/0098107-2) RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA RECORRENTE : A.L.P. E OUTROS ADVOGADO : NATAN BARIL E OUTRO(S) - PR029379 RECORRIDO : VANILLA CAFFE FRANCHISING

Leia mais

OS TERCEIROS INTERESSADOS E A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA

OS TERCEIROS INTERESSADOS E A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA OS TERCEIROS INTERESSADOS E A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA Helder Corrêa Marcellino 1 RESUMO Os litígios transnacionais requerem sistema jurídico que dê suporte necessário para assegurar

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 832.883 - RJ (2006/0236418-6) RELATOR : MINISTRO JOSÉ DELGADO AGRAVANTE : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO PROCURADOR : ANA MARIA DA SILVA BRITO E OUTRO(S) AGRAVADO : DISTRITO

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2018.0000022489 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Conflito de Competência nº 2166844-13.2017.8.26.0000, da Comarca de, em que é suscitante MARIA REGINA FARIA HELLMEISTER,

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Aula 73 Prof. Marcelo Barbi DA AVALIAÇÃO Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça. - Avaliação pelo executado (847, 1º, V c/c 848, VII) Avaliação feita por auxiliar

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ

TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO DO PARANÁ Certificado digitalmente por: LUCIANO CARRASCO FALAVINHA SOUZA da Comarca de São João Juízo Único. Apelante: Edemir de Fátima Vieira. Relator: Luciano Carrasco Falavinha Souza em substituição à Desembargadora

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL AULA NACIONALIDADE PROFESSOR MATEUS SILVEIRA Professor Mateus Silveira Fanpage Facebook: @professormateussilveira Instagram: @professormateussilveira Twitter: @profmateuss Canal

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL N /MG

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL N /MG (5YXP1R1V1) PODER JUDICIÁRIO RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA APELANTE : UNIAO FEDERAL PROCURADOR : MA00003699 - NIOMAR DE SOUSA NOGUEIRA APELADO : xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.188.933 - RS (2010/0062014-6) RECORRENTE RECORRIDO : FUNDAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - FIDENE : PAULO CÉSAR JASKULSKI

Leia mais