UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA SUPLEMENTAÇÃO ANIMAL A PASTO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA SUPLEMENTAÇÃO ANIMAL A PASTO Trabalho apresentado à disciplina forragicultura (ZOO 650) como parte das exigências do Curso de Pósgraduação em Zootecnia Professor: Odilon Gomes Pereira Aluno: Luciano de Melo Moreira Matrícula: UFV-MG

2 I) INTRODUÇÃO A produção e a produtividade animal a pasto há muito têm sido estudadas e debatidas. Novas tecnologias, espécies e cultivares de plantas forrageiras foram desenvolvidas com a finalidade de melhorar índices de produtividade animal historicamente medíocres (CORSI, 1986). A baixa produtividade das pastagens é uma das principais, se não a principal causa da baixa competitividade e lucratividade de nossa pecuária em relação a outras modalidades de exploração econômica da terra, tornando compreensivo a tendência atual de substituição das áreas de pastagens pôr culturas de soja, milho, café, etc. (FARIA et al.,1996). Para SILVA e PEDREIRA (1997), a procura de soluções simplificadas como a espécie forrageira milagrosa, a formulação ótima de fertilizantes, o sistema de pastejo ideal, e outros, têm falhado, consistentemente, em atingir o seu propósito. O ajuste de um segmento de um setor de produção sem levar em consideração a cadeia ou o sistema como um todo é a explicação óbvia para o fracasso obtido até os nossos dias na lucratividade, ou pelo menos na maximização, da pecuária nacional. Assim, não há resposta em melhoramento genético de animais e plantas se o ambiente ao qual serão submetidos não for adequado às suas exigências. Portanto, é estritamente necessário que se conheça o sistema de produção como um todo, seus componentes e suas características, fatores que interferem em seus níveis de eficiência, afim de que se possa detectar pontos de estrangulamento e aqueles passíveis de serem manipulados ou manejados, controlando a atividade de maneira racional. 2

3 II) O SISTEMA DE PRODUÇÃO ANIMAL A PASTO Esquema 1. Representação da produção animal a pasto Recursos Forragem Forragem Produto Solo Produzida Consumida Animal Clima Plantas Crescimento Utilização Conversão Produção Fonte: HODGSON (1990). Segundo HODGSON (1990), cada um dos estádios de produção possui sua própria eficiência, a qual pode ser influenciada pelo manejo que, em conjunto, determina o nível de produção a ser atingido pôr um determinado sistema. O animal em pastejo pode afetar a taxa de acúmulo de forragem pela remoção de partes da planta, pôr outros prejuízos físicos diretos às plantas ou ao solo, ou pela reciclagem de nutrientes através de suas fezes e urina. Em contrapartida, o animal em pastejo pode ser afetado pela quantidade de forragem consumida e pelo seu valor nutritivo. Como conseqüência da íntima interdependência entre os estádios de produção, decisões de manejo que melhorem a eficiência em um deles podem reduzí-la em outro estádio e vice-versa. A essência do manejo de áreas de pastagens é, portanto, atingir um balanço harmônico entre as eficiências dos três principais estádios de produção: crescimento de forragem, consumo de forragem e produção animal (HODGSON, 1990). Em qualquer sistema de produção animal, procura-se sempre adequar e equacionar suprimento (S) e demanda (D) pôr alimento. Todos os esforços e recursos são despendidos no sentido de que a quantidade de alimento disponível e em oferta seja suficiente para atender as exigências, tanto quantitativas, quanto qualitativas do rebanho (S=D) (SILVA e PEDREIRA,1997). É esse aspecto que nos faz lançar mão de técnicas para atingir o objetivo 3

4 acima. A suplementação animal a pasto é uma delas, e será abordada e discutida nessa revisão. III) CONCEITOS BÁSICOS O manejo bem sucedido de pastagens deve equilibrar os requerimentos nutricionais dos animais com as flutuações estacionais e anuais na produção de forragem. O Brasil central, pôr exemplo, é caracterizado pôr duas estações bem definidas, seca e águas, e as dietas dos bovinos criados em pastagens estão sujeitas a estas flutuações, em quantidade e qualidade do alimento (PAULINO et al., 1982). São necessários conhecimentos sobre a disponibilidade de forragem, respostas dos animais a variações desta, e conseqüentemente, as condições do pasto sobre as quais metas pré-estipuladas de consumo e de desempenho animal devem ser atingidas. O manejo quantitativo de pastagens requer acúmulo, transferência e racionamento de forragem para períodos de déficit e conciliação entre alimentação irrestrita (100% das exigências de matéria seca atendidas) e a manutenção da qualidade da forragem produzida (relação folha: haste, quantidade de material morto, etc.) durante os períodos de excesso (SHEATH et al.,1987). Demanda por Alimento A necessidade de se atingir ou manter um determinado nível de desempenho animal (ganho de peso, produção de leite, etc.) é o fator determinante da demanda pôr alimento dentro de um sistema de produção. Sabe-se que o desempenho animal é função direta do consumo de matéria seca digestível, e que, nesse contexto, 60 a 90% decorrem de variação do consumo, enquanto 10 a 40% advém de flutuações na digestibilidade (MERTENS, 1994). Nota-se, portanto, que a contribuição relativa do consumo de MS para o desempenho animal é, em média, três vezes aquela da digestibilidade. A demanda é função direta no nível de produtividade (produção animal/ha) que se tem como meta. Se, pôr um lado, o desempenho individual é altamente influenciado pelo consumo, a produção pôr unidade de área também é função da lotação, isto é, o número de animais pôr unidade de área. Portanto, o consumo está sob forte influência da disponibilidade de forragem (Kg MS/Kg P.V.). Pode se resumir que o desempenho animal está em função de: Consumo: 70% de influência Digestibilidade: 30% de influência 4

5 IV) A SUPLEMENTAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE MANEJO DE PASTAGEM A produção de bovinos no Brasil está fundamentada, principalmente na utilização das pastagens, sendo assim, a forragem deve suprir todos os nutrientes exigidos pelos animais. A distribuição desuniforme das chuvas nas regiões tropicais resulta em acentuada defasagem na oferta de forragem nas pastagens. Desta forma, há escassez no período das secas e, consequentemente, diminuição no desempenho dos animais. Este fato resulta nos baixos índices zootécnicos observados na pecuária de leite e de corte (REIS et al.,1997). Segundo dados disponíveis na literatura, o potencial de produção de leite de vacas mantidas em pastagens tropicais no período de verão, varia de 8,0 a 9,0 l/vaca. dia, enquanto o de ganho de peso de novilhos varia de 700 a 800 g/dia, dependendo da qualidade e da quantidade de forragem disponível (GOMIDE e QUEIROZ, 1994). Porém, a perda de peso de bovinos em pastagens secas no inverno é evidente, e parece resultar da redução em seu consumo de nutrientes digestíveis. Isto pode ser devido aos decréscimos na proteína, conteúdo mineral e digestibilidade que ocorrem em gramíneas supermaduras (PAULINO et al., 1982). Quando a forragem é o único alimento disponível para os animais em pastejo, esta deve fornecer energia, proteína, vitaminas e minerais necessários para o atendimento dos requerimentos de mantença e de produção. Considerando que os teores destes compostos estão em níveis adequados, a produção animal será função do consumo de energia digestível (ED), uma vez que é alta a correlação entre o consumo de forragem e o ganho de peso. Assim, a quantidade de alimento que um bovino consome é o fator mais importante a controlar a produção de animais mantidos em pastagens (Minson, 1990, citado pôr REIS et al., 1997). Neste contexto é importante considerar o estádio de desenvolvimento das plantas no momento do corte, pois este exerce influência acentuada sobre a composição química e digestibilidade das forrageiras. Com o crescimento das plantas ocorrem alterações, que resultam na elevação dos teores de compostos estruturais, tais como a celulose, a hemicelulose e a lignina, e paralelamente, diminuição do conteúdo celular. As condições climáticas favoráveis, observadas no período de verão, resultam em intenso crescimento das plantas forrageiras, acarretando alterações morfológicas como aumento na proporção de caule 5

6 e diminuição na de folha. Tais alterações resultam em diminuição no valor nutritivo, uma vez que no caule existe maior concentração de parede celular de baixa digestibilidade(reis et al., 1997). Dados sobre o valor nutritivo de forrageiras tropicais evidenciam diminuição acentuada nos itens abaixo em função do desenvolvimento das plantas: I) Diminuição acentuada de proteína bruta (PB) II) Diminuição na digestibilidade, pôr fatores físicos e morfofisiológicos - aumento de lignina entre as células, dificultando o ataque de microrganismos do rúmen, diminuição da proporção de estruturas anatômicas mais digestíveis, em contrapartida, aumento de CHOS estruturais: celulose, hemicelulose, pouco digestíveis III) Diminuição no consumo de forragem. (GOMIDE e QUEIROZ, 1994). Este último item é influenciado pôr inúmeros fatores destacando-se aqueles relacionados à qualidade, à disponibilidade de forragem e a estrutura da vegetação (HODSON,1990). Quando o teor de fibra da forragem é alto, o consumo voluntário é baixo, uma vez que a digestibilidade da MS é baixa, o que acarreta maior tempo de permanência do alimento no rúmen, promovendo limitação de ordem física na ingestão. 6

7 Tabela 1. Valor nutritivo de forrageiras de clima tropical colhidas em diferentes idades. Gramínea PB (%) Dig. MS (%) CVMS g/ Kg 0,75 Referência FI FM FI FM FI FM B. decumbens --- 3, , ,5 Adu e Adamv, 1982 Colonião --- 4, , ,5 Jaraguá --- 7, , ,2 Arruda, 1979 B. ruziziensis --- 6, , ,5 Rosa, 1982 Andropogon --- 5, , Reis et al., 1990b B. decumbens --- 4, , ,3 Reis et al.,1990 a B. brizantha --- 8, , Reis et al., 1995 Colonião 19,0 9,5 65,7 1 54, Euclides et al., 1993 Tobiatã 16,0 9,1 57,6 1 54, Tanzãnia 16,1 16,1 61,3 1 56, Valores in vitro, 2. Valores in vivo. CVMS. Consumo voluntário de matéria seca. FI. = Forragem imatura. F.M. = Forragem madura FONTE: REIS et al.(1997) - Produção de bovinos a pasto. XIII simpósio sobre Manejo da Pastagem, Anais... Piracicaba: FEALQ, Existem várias estratégias de manejo em pastagens que podem otimizar a utilização da forragem disponível para os animais, aumentando a produção de ruminantes mantidos sob alimentação a pasto nas regiões de clima tropical: a) Manipulação da taxa de lotação; b) Correção e adubação do solo; c) Recuperação da pastagem degradada; d) Renovação da pastagens pela introdução de gramíneas e leguminosas, de maior potencial produtivo; e) Estabelecimento de bancos de proteínas; f) Uso de forragens conservadas em épocas críticas do ano; g) Suplementação estratégica dos animais. Nesta revisão, serão abordados os aspectos referentes ao uso estratégico de suplementos com vistas a otimizar a utilização da forragem disponível. Manejo das pastagens 7

8 Antes de entrarmos no tema, propriamente dito, é importante que abordemos alguns aspectos do tópico Manejo das pastagens, para o melhor entendimento da importância e dos métodos do uso de suplementos para animais criados em pastagens. Para EUCLIDES (1994), sistemas de exploração de pastagens em que a lotação é fixa durante o ano, podem ocorrer flutuações marcantes na oferta de forragens, em função das diferentes taxas de crescimento das plantas. Desta forma, deve-se ajustar a lotação da pastagem em função de sua potencialidade sazonal produtiva, de modo que o desempenho animal não seja muito prejudicado nos períodos críticos de produção de forragens. REIS et al.(1997) argumenta que se a lotação for determinada com base na produção da época mais favorável ao crescimento das plantas, haverá otimização do seu uso neste período. Entretanto, corre-se o risco de se entrar no período seco com nível de reserva forrageira insuficiente para a manutenção do peso dos animais. No manejo das pastagens é necessário considerar o conceito de pressão de pastejo, ou seja, o número de animais em relação à quantidade de forragem disponível em determinado período. Dentre as técnicas de manejo para se ajustar a pressão de pastejo, o diferimento de pastagens deve ser lembrado, ume vez que é relacionado à estratégia de suplementação aqui abordada. No sistema de pastejo diferido, o animal pode desenvolver o pastejo seletivo; desta forma, há possibilidade dele ingerir os nutrientes necessários à sua manutenção e mesmo produção, pois a forragem ingerida possui valor nutritivo mais elevado quando comparada a forragem disponível na pastagem (REIS et al., 1997). EUCLIDES (1995) em avaliação de pastagens de gramíneas de clima tropical observou a ocorrência de grande acúmulo de material morto, sendo que o consumo e a produção animal, geralmente, não estão correlacionados com o total de forragem disponível, entretanto, estão associados com a disponibilidade de matéria seca verde (MSV). Portanto a partir da avaliação das interações ocorrentes entre a disponibilidade de forragem e seu valor nutritivo, pode-se estabelecer sistemas de manejo adequados para uma determinada pastagem. EUCLIDES et al. (1993) verificaram ganho de peso máximo de 0,58 Kg/dia quando a disponibilidade média de MSV dos capins Colonião, Tobiatã e Tanzãnia foi de 900 Kg/ha. Quando estas pastagens apresentavam valores de MSV disponível inferiores a esses, o que limitou a produção animal foi a quantidade de forragem. Porém, quando a disponibilidade foi 8

9 adequada, o valor nutritivo das plantas foi o fator limitante, uma vez que o ganho máximo foi reduzido à metade do potencial dos animais. De acordo com os dados de NUNES (1980), a quantidade de forragem remanescente de período de crescimento anterior (Tabelas 2 e 3) é função do número de animais/área. Segundo esse autor, a maior disponibilidade de forragem no período seco, apesar de sua baixa qualidade, resultou em melhor desempenho animal, demonstrando a importância do ajuste na taxa de lotação em função da quantidade de forragem disponível. Tabela 2. Variação na disponibilidade de forragem (Kg MS/ha) entre o início e o final do período seco, e ganho de peso (g/ cab. dia) em pastagens de B. humidicola e B. ruziziensis. GRAMÍNEAS TAXA DE LOTAÇÃO (Vaca/ha) 0,9 1,5 B. ruziziensis Disp. De forragem ( Kg/ha) Ganho de peso (g/cab.dia) B. humidicola Disp. De forragem (Kg/ha) Ganho de peso (g/ cab.dia) FONTE: NUNES ( 1980) Tabela 3. Variação na disponibilidade de forragem verde (Kg de MS de caules e de folhas / ha) entre o início e o final do período seco, e ganho em peso (g / cab.dia) em pastagens de B. brizantha, durante o período seco de GRAMÍNEA TAXA DE LOTAÇÃO (Vaca/ha) 1,4 1,8 Disp. De forragem verde (Kg/ha) Ganho de peso (g/ cab.dia) 66-9 Ganho de peso (Kg/ha) Fonte: NUNES (1980) É importante considerar que nem todas as gramíneas forrageiras são adequadas para utilização no sistema de pastejo diferido. 9

10 Em estudo com sete espécies forrageiras para o manejo na forma de feno em pé, EUCLIDES et al. (1990) observaram que B. decumbens, B. humidicola e o capim estrela africana ( Cynodon plectostachyum) destacaram-se como as mais promissoras para a utilização neste sistema de manejo. Foram observadas produções de 2.875; 2847 e 1889 Kg de MSV/ha, respectivamente, para B. ducumbens, B. humidicola e capim estrela. De acordo com o estudo, janeiro é a melhor época de vedação das pastagens de braquiárias, enquanto as de estrela podem ser vedadas em janeiro ou fevereiro, para o Brasil central. Trabalhos de VELLOSO et al. (1983) sobre os efeitos de diferimento das pastagens no valor nutritivo dos capins jaraguá (Hyparrhenia rufa) e colonião (Panicum maximum), colhidos 240 dias após corte de uniformização mostraram valores de proteína bruta de 3,0 e 3,7%; e de digestibilidade in vivo da matéria seca de 50,8 e 42,5%, respectivamente. V) SUPLEMENTAÇÃO ANIMAL A PASTO O termo suplementação é muitas vezes usado inadequadamente, uma vez que o alimento fornecido pode compor toda a dieta do animal (REIS et al., 1997). Para CARDOSO (1997), a suplementação para bovinos em pastejo é empregada quando o pasto apresenta deficiências que impedem o animal de produzir ou de reproduzir. Quando toda a alimentação fornecida aos animais não vier da pastagem, o conceito de suplementação será extrapolado. HODGSON (1990) considera que, na maioria das situações, a forragem não contém todos os nutrientes essenciais, na proporção adequada, de forma a atender integralmente as exigências dos animais em pastejo. Em muitos sistemas de produção de ruminantes que tem como base o uso de pastagens, nutrientes suplementares são necessários para obter níveis aceitáveis de desempenho animal (REIS et al., 1997). A condição básica para se promover à suplementação é que haja elevada disponibilidade de massa forrageira na pastagem, mesmo sendo de baixa qualidade. Neste caso, o consumo, a digestão, absorção ou metabolismo estão sendo adversamente influenciados pôr uma deficiência nutricional. Uma estratégia de suplementação adequada seria aquela destinada a maximizar o consumo e a digestibilidade da forragem disponível (CARDOSO, 1997). Este objetivo pode ser atingido através do fornecimento de todos, ou de alguns nutrientes específicos, os quais permitirão ao animal consumir maior quantidade de matéria seca disponível e digerir ou metabolizar a forragem ingerida de maneira mais eficiente (REIS et al., 1997). 10

11 Contudo, deve-se ter em mente que o suplemento não deve fornecer nutrientes além das exigências dos animais. Normalmente, a ingestão de suplementos altera a quantidade de forragem consumida: a direção e a extensão da mudança é dependente da qualidade da forragem e do tipo de suplemento. Em geral, suplementos ricos em proteínas vão aumentar o consumo e digestibilidade de forragem de baixa qualidade. Pôr outro lado, suplementos com altos níveis de energia geralmente diminuem o consumo de forragem e podem reduzir também a sua digestibilidade. A depressão no consumo de forragem vai ser mais pronunciada com forragem mais madura e menos palatável, e dependente da quantidade de suplemento fornecido e de sua concentração energética (CARDOSO, 1997). Para REIS et al. (1997), a suplementação dos animais em pastejo é realizada com os seguintes objetivos: Corrigir a deficiência de nutrientes da forragem; Aumentar a capacidade de suporte das pastagens; Fornecer aditivos ou promotores de crescimento; Fornecer medicamentos; Auxiliar no manejo da pastagens. A partir daí, pode-se esperar um desempenho animal satisfatório, reflexo dessa estratégia, que sem dúvida pode aumentar a taxa de ganho de peso, produção de leite, e qualidade da carcaça a um custo ascessível ao produtor. Relação entre suplementação, consumo de forragem e desempenho animal Segundo REIS et al. (1997), muitas vezes o consumo do suplemento resulta em diminuição na ingestão de forragem. Tal fato é devido ao efeito de substituição, no qual a redução no consumo de forragem é expressa como uma proporção da quantidade do alimento alternativo consumido. Assim, o coeficiente de substituição pode ser definido como: Coeficiente de substituição = Decréscimo no consumo de forragem Qualidade de suplemento consumido Há que se considerar que, quanto melhor for a qualidade da forragem, maior será o coeficiente de substituição pelo suplemento. Nesta situação, o coeficiente de substituição pode refletir a manutenção de um consumo de energia constante, ou a diminuição da digestão da fibra. 11

12 Pequenas quantidades de N prontamente solúveis podem aumentar a digestão da forragem de baixa qualidade e, em alguns casos, o seu consumo. Em trabalho de Minson (1990) citado pôr REIS et al. (1997), altos coeficientes de substituição foram encontrados quando grande quantidade de milho moído foi fornecido a novilhas recebendo diferentes tipos de forragens. Contudo, quando a dieta continha menos de 33% de milho, o coeficiente de substituição variou de 0,03 a 0,66. Para REIS et al. (1997), essa diminuição no consumo de forragem pôr animais em pastejo é semelhante ao ocorrido com aqueles confinados, em resposta à suplementação energética, e está associado a uma progressiva diminuição no tempo de pastejo e tamanho do bocado, com o aumento do nível de suplementação. Em função do valor nutritivo da forragem disponível e dos tipos de suplementos avaliados, provavelmente ocorre efeito substitutivo, ou seja, diminuição no consumo de forragem em resposta ao fornecimento de suplementos. Os dados da tabela 4, referente ao estudo conduzido pôr VILELA et al. (1980), para avaliar os efeitos da suplementação sobre a produção de leite de vacas mantidas em pastagens de capim gordura (Melinis minutiflora),mostraram aumento na produção de leite em resposta ao fornecimento dos suplementos concentrados. Apesar de não registrarem diferenças estatisticamente significativas, esses autores observaram que o fornecimento do concentrado protéico (farelo de soja) não afetou o consumo de forragem, porém o fornecimento de milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) ou MDPS (80,0%) associado ao FS (20%) apresentou menor consumo na forragem. Os valores de coeficiente de substituição calculados evidenciam a redução no consumo de capim gordura em resposta à inclusão de MDPS na dieta, enquanto o FS proporcionou pequeno aumento no consumo. Tabela 4. Efeitos da suplementação sobre o desenvolvimento de vacas mantidas em pastagens de capim gordura. 12

13 Tratamento Consumo de MS (kg/dia) Coeficiente de substituição Produção (L/vaca. dia) Total Forragem Concentrado CG 14,8 14,8 12,3 CG + FS 15,7 14,9 0,8-0,125 13,2 CG + MDPS 14,4 12,1 2,3 1,174 12,0 CG + FS+MDPS 15,4 12,9 2,5 0,760 13,1 CG = Capim gordura; FS = Farelo de soja; MDPS = Milho desintegrado com palha e sabugo. Fonte: Adaptado de VILELA et al. (1980). Tal fato, provavelmente, foi devido à elevação da digestibilidade do capim, acarretada pelo fornecimento de N suplementar para os microrganismos do rúmen e o suprimento de aminoácidos que podem ser absorvidos no trato digestivo inferior. Quando a disponibilidade de forragem é alta, o fornecimento de suplemento energético aumenta o consumo total, mas diminui a ingestão de forragem. Se a diminuição no consumo de forragem for igual à quantidade do concentrado consumido, o coeficiente de substituição será um (1) e o suplemento terá pouco efeito na produção. Ao contrário, se o suplemento não tem efeito no consumo de forragem, o coeficiente de substituição será a zero e se observará benefício integral de seu uso (REIS et al., 1997). Suplementação energética Segundo REIS et al. (1997), na utilização de concentrados para suplementação de animais mantidos em pastagens, deve-se considerar que a composição química do suplemento tem influência direta na digestibilidade e no consumo de forragens de baixo valor nutritivo. Na tabela 5 são mostradas as situações que podem ocorrer nas pastagens durante o período seco, bem como as respostas dos animais ao uso de diferentes tipos de suplementos. Tabela 5. Resposta animal aos diferentes tipos de suplementos Variável Característica da Forragem Disponibilidade Baixa Alta 13

14 Conteúdo de fibra Alto Alto Conteúdo de PB Baixo Baixo Relação N:S Baixa Alta Baixa Alta Tipo de suplemento Respostas aos suplementos Energético Protéico NNP + S S Nenhuma, + pequena, + + Média Fonte: REIS et al. (1997). Nas pastagens com baixa disponibilidade de forragem, a suplementação energética obviamente resultará em maior resposta animal, particularmente se o suplemento é rico em fibra de alta digestibilidade. Ao contrário, se há oferta de forragem em abundância, ocorrerá resposta somente se a forragem for de baixo valor nutritivo, uma vez que ocorre alto nível de substituição. As fontes de energia suplementar são extremamente variadas e incluem grãos, fontes de fibra rapidamente digestíveis, fontes ricas em açúcar (melaço) e forragens de alta qualidade (HADDAD e CASTRO,1998). Segundo REIS et al. (1997) e HADDAD e CASTRO (1998), o fornecimento de concentrados ricos em energia acarreta queda no ph ruminal, diminuindo a atividade de bactérias celulolíticas, o que resulta em decréscimo na digestibilidade e no consumo da forragem. Geralmente, o consumo de energia digestível é reduzido com a diminuição nos teores de PB e aumentos nos de lignina da forragem. Porém, HADDAD e CASTRO (1998) argumentam que este decréscimo no consumo de forragem pelo efeito da redução do ph ruminal pode ser evitado, limitando a ingestão de grãos a aproximadamente 0,2% do P.V do animal, ou a 0,4% (CARDOSO, 1997).Outra opção seria a inclusão no suplemento de maiores proporções de alimentos ricos em fibra rapidamente digestível no rúmen. O fornecimento de fontes de energia ricas em óleo como caroço de algodão ou fontes ricas em açúcares como o melaço parece não ter o mesmo efeito substitutivo que as fontes energéticas ricas em amido. Uso de fontes de fibra rapidamente degradável como alimento energético tem produzido respostas similares àquelas para suplementação com grãos. Seu 14

15 impacto no ph ruminal é menos definido e parece ser relacionado ao nível de suplementação (HADDAD e CASTRO, 1998). Suplementos energéticos fornecidos sozinhos tem um menor potencial de ganho de peso comparado a suplementação protéica e uso de ionóforos. Outra desvantagem é que eles precisam ser oferecidos no mínimo em dias alternados, sendo melhor o fornecimento diário. Além disso, contém menos de 20% de proteína bruta e são consumidos em grande quantidade comparativamente a suplementos ricos em proteína, uma vez que o requerimento desta precisa ser suprido. Sendo assim, suplementos energéticos provavelmente não vão ser oferecidos quando suplementos ricos em proteína permitirem desempenho aceitável (Gill and Lusby, 1998; Lusby et al.,1998 e Sprinkle, 1998, citados pôr HADDAD e CASTRO, 1998). A suplementação energética muitas vezes é antieconômica, portanto, pode ocorrer indiretamente através do fornecimento de proteína. Esse tipo de suplementação aumenta a digestibilidade de forragens de baixa qualidade e também o seu consumo, resultando em maior ingestão de energia digestível (REIS et al., 1997). Suplementação Protéica O valor nutritivo das gramíneas tropicais durante o período de seca é baixo, conforme verificado na tabela 1. Na maioria das vezes, os teores de PB não atingem o valor mínimo de 7%. Esse valor mínimo seria convertido em nitrogênio, pôr um valor estipulado (Fator = 6,25), resultando em aproximadamente 1% de nitrogênio na dieta. Quantidades de N abaixo desse valor limita a atividade dos microrganismos celulotíticos do rúmen. Esse fato afeta a digestibilidade e o consumo da forragem, acarretando assim, baixos valores de ganho de peso dos animais (REIS et al.,1997, PAULINO et al., 1982). Os mesmos autores verificaram que a síntese microbiana é de grande importância para animais alimentados com forragens de baixo valor nutritivo, devendo-se considerar que a sua síntese é determinada, predominantemente, pela disponibilidade de energia oriunda da digestão da forragem e do conteúdo de N degradável. A proteína microbiana é sintetizada pelos microrganismos do rúmen a partir de aminoácidos e da amônia liberada no rúmen pela degradação da PB da forragem e daquela oriunda da saliva. PAULINO et al. (1982) considera que durante a estação seca o rebanho bovino alimenta-se das sobras de verão, caracterizadas pôr um elevado teor de fibra bruta e alta deficiência em proteínas, energia, minerais e vitaminas. Com o uso de suplementos protéicos, haverá melhora no consumo e na digestibilidade do pasto seco. Associados a cargas de 15

16 pastoreio adequadas, torna possível a exploração de vasta quantidade de forragem fibrosa de baixa aceitação, as quais normalmente são desperdiçadas ou queimadas durante ou ao final de cada estação seca. Para Lesch et al. (1967), citados pôr HADDAD e CASTRO (1998), a escassez de nitrogênio na forragem prejudica a digestibilidade de sua fração fibrosa pelos microrganismos celulolíticos, resultando em menor produção de ácidos graxos voláteis, importante fonte de energia para o ruminante. A uréia pode ser uma fonte de N importante nessa conversão. O aumento do consumo voluntário pelos bovinos, com a suplementação protéica pode ser atribuído ao aumento na taxa de digestação e de passagem da forragem, resultando num aumento do consumo de energia pelo animal. Entretanto, se o aumento é devido à melhoria das condições de fermentação ruminal ou ao efeito metabólico promovido pelo fornecimento de proteína sobrepassante ( bypass ) não se sabe, mas o importante é que as taxas aumentaram (HADDAD e CASTRO, 1998; REIS et al., 1997; PAULINO et al., 1982; CARDOSO, 1997). Segundo CARDOSO (1997) a degradabilidade, ou seja, as fontes de proteína e suas combinações, além da quantidade a ser fornecida, também tem importância na formulação de suplemento para animais em pastejo. Entretanto, nem sempre proteína sobrepassante é limitante. A proteína microbiana é que será a limitante quando houver deficiência de proteína degradável no rúmen. Para REIS et al. (1997), a utilização de fontes de proteínas de baixa degradabilidade é adequada quando a disponibilidade de forragem é alta, mas com baixo conteúdo de PB (menor do que 7,0%). Da mesma forma, quando os animais estão com deficiência energética, devido à falta de forragem ou porque a exigência excede o nível de consumo de energia, o uso de proteínas bypass é recomendado. Os alimentos ricos em PNDR incluem farinha de pena, farinha de sangue, farinha de carne, proteinose de milho e farinha de peixe. Devido a problemas de baixa palatabilidade, a inclusão destes produtos é limitada a 25-30% do suplemento e geralmente combinado com grãos para aumentar a palatabilidade. De acordo com Paterson et al. (1994) citado pôr HADDAD e CASTRO (1998), suplementos protéicos contendo mais de 20% de PB resultam em maiores respostas em consumo de forragem que suplementos contendo menos que 20% de PB. O uso de suplemento contendo baixa PB tem mostrado aumento no consumo de forragem, mas o incremento em consumo ainda pode não ser bastante para o animal satisfazer suas exigências de mantença ou crescimento. 16

17 Como foi dito anteriormente, o fornecimento de proteína suplementar em dietas de baixa qualidade aumenta a atividade microbiana, a taxa de fermentação e a taxa de passagem da digesta através do trato digestivo e, desse modo, aumenta o consumo voluntário e a digestibilidade de forragem, além da produção de ácidos graxos voláteis pela digestão da fração fibrosa, incrementando energia para a dieta do animal em pastejo. Isto foi demonstrado pôr Lusby et al. (1998), citados pôr HADDAD e CASTRO (1998), usando farelo de algodão e farelo de soja que estimulam a digestão da forragem no rúmen, alcançando assim os requerimentos de energia, e aumentando o consumo voluntário. A ilustração da tabela, onde vacas consumindo adequada proteína digeriram a forragem mais rapidamente e consumiram mais forragem que vacas alimentadas com mesma quantidade de um suplemento à mesma energia suplementar, porém, sem proteína. Estes resultados mostram redução na perda de peso e melhora na taxa de concepção. Tabela 6 - Desempenho de vacas alimentadas no inverno com 2 níveis de proteína. Proteína bruta do suplemento 15% 30% Consumo de suplemento, (Kg/dia) 1,5 1,5 Digestibilidade da matéria seca da forragem, (%) 33,0 38,0 Consumo de forragem, (Kg) 6,9 9,2 Perda de peso, (Kg) -89,8-35,8 Prenhez, (%) 41,0 94,0 Fonte: HADDAD e CASTRO (1998) Em função do exposto, o potencial para correção de deficiência de proteína é grande. Entretanto, após alcançar os requerimentos de proteína, proteína adicional não é mais eficiente que energia suplementar. Alguns trabalhos têm mostrado aumento no consumo de forragem e resposta à suplementação com uréia, mas em outros estudos esse tipo de suplemento tem falhado em melhorar a utilização de forragens pobres em PB. É importante considerar que, para maior eficiência do uso de NNP, há necessidade de fontes de energia prontamente disponíveis para os microrganismos do rúmen, contudo os aspectos econômicos da utilização desse tipo de concentrado devem ser analisados para a sua atenção. A suplementação com NNP, normalmente reduz a perda de peso dos animais. 17

18 Entretanto, o aumento no ganho poderá ser obtido com o fornecimento de uma fonte de PB verdadeira, que é lentamente degradada no rúmen (REIS et al., 1997). Associação entre Proteína e Energia em Suplementos De acordo com HADDAD e CASTRO (1998), o consumo de energia e proteína deve ser balanceado para otimizar a fermentação e maximizar a produção de proteína microbiana. Consumo excessivo de proteína sem quantidade adequada de energia, resulta em perda de nitrogênio na excreta. Cerca de 75% do carboidrato digerido pelos ruminantes é fermentado pelos microrganismos no rúmen, estes suprindo cerca de 50% da proteína necessária pelo ruminante. Sob condições de pastejo, a primeira consideração a ser feita, seria atender as necessidades ruminais de nitrogênio para assegurar o consumo e a digestão de forragem. Com gramíneas de média a alta qualidade, energia adicional deve ser usada se for econômico. Com pastagens pobres, a proteína torna-se limitante e deveria ser suplementada, primeiro com PDR para os microrganismos e então com PNDR para o animal. Sendo assim, a prática de fornecer suplementos protéicos e energéticos a animais em pastejo dependerá da quantidade e qualidade do pasto e se as exigências estão sendo atendidas pela forragem consumida. Suplementação Mineral em Pastagem O Brasil é detentor do maior rebanho bovino comercial do mundo, mas sua produtividade ainda é um entrave, tornando a atividade discutível economicamente, ante a outras do setor agrícola. A tabela 7, ainda que tomada como média, reflete essa situação, associados aos que realmente o produtor deve atingir. Tabela 7: Produtividade na bovinocultura de corte. Parâmetro Média Brasil Objetivo para Prático o ano Taxa de (%) natalidade Idade à 1 a (m) coberta Crias/vida útil - <5 >6 >8 Idade de abate (m) Desfrute (%) >25 Produção de (1.000t)

19 carne Capacidade de suporte (UA/ha) 0,6 1,0 2,0 Peso vivo/ha. (kg) 90 - >400 Ano Fonte: MARTIN (1995). A produção nacional de ortofosfato bicálcio, segundo informações obtidas junto aos produtores de ácido fosfórico, é da ordem de 430 mil toneladas anuais, sendo este produto aceito como o componente mais importante na suplementação mineral, com 24% de cálcio (Ca) e 18% de fósforo (P). Considerando-se que 30% desse montante se destinam à fabricação de rações para aves e suínos e 70% seriam utilizados na suplementação de bovinos de corte e leite, chega-se ao total de 80 mil toneladas de P, que anualmente são fornecidos ao total de 24 milhões de cabeças de bovinos, que consomem o mínimo de 6 g de P/dia (TOSI,1997). Se for computado o emprego de fontes alternativas de P de menor disponibilidade no mercado, como farinha de ossos, fosfato monoamônio, etc., que podem estar contribuindo com mais 20% no máximo do montante supracitado, têm-se aproximadamente 30 milhões de cabeças suplementadas para o total de 165 milhões de cabeças (CNPC, 1995). Assim, verifica-se que apenas 18% do rebanho nacional recebe suplementação do macroelemento fósforo, que sem qualquer dúvida é o elemento mais carente para bovinos em pastagens em nosso meio. Somente 20 a 25% do rebanho nacional tem acesso à suplementação mineral adequada. Mineralização no Contexto Nutricional A insuficiência alimentar é um dos fatores que mais contribuem para a baixa produção nos trópicos, insuficiência esta de origem quantitativa e/ou qualitativa. Deficiências de proteína e energia são altamente responsáveis por produções baixas, no entanto, em várias regiões, bovinos emagrecem ou apresentam subprodução, mesmo em pastagens aparentemente de boa qualidade (MARTIN, 1995). Levantamento das deficiências minerais TOSI (1997) argumenta que a identificação dos elementos minerais deficientes numa região ou propriedade pode ser efetuada com base na avaliação do ambiente dietético (forragens, solo, água, plantas não convencionalmente forrageiras, cascas de árvores, etc.). 19

20 Apesar da determinação do nível de minerais nas amostras das plantas forrageiras ser a técnica mais utilizada para esse fim, ela apresenta alguns inconvenientes: 1) Enorme variação estacional na composição mineral. 2) Falta de confiabilidade das amostras em representar o material vegetal efetivamente consumido, desde que inúmeras outras plantas são rotineiramente consumidas pelos animais. 3) Contaminação da forragem por partículas de solo, principalmente com micronutrientes, que de qualquer forma integram a dieta dos animais, porém são parcialmente removidos por ocasião do preparo das amostras para análise. Brum et al. (1987), citados por TOSI (1997) trabalhando com vacas em lactação no Pantanal de Mato Grosso, detectaram deficiência de Cu e Zn no solo e nas plantas forrageiras. O mesmo não ocorreu nas biópsias realizadas no fígado dos animais, que, analisado em quatro épocas do ano, não apresentou deficiência destes elementos, com apenas uma exceção, que foi baixo nível de Zn (44,5 ppm). Os autores explicaram o fato através do provável consumo de plantas não amostradas e pela grande diversidade de espécies vegetais existentes no local. Análise de minerais da forragem, de qualquer forma, é preferível à análise de solo, ao passo que análise apropriada de tecidos e fluidos do animal retratam mais acuradamente a contribuição do ambiente dietético total no atendimento dos requerimentos do animal (TOSI, 1997). Tecido do fígado é particularmente indicado para se avaliar a concentração de Co, Cu, Mn e Se no animal. Com relação ao P, sua determinação no soro ou sangue apresenta séria limitação, pois mesmo em deficiência os teores são altos ou normais nesses fluídos, em decorrência da mobilização óssea, portanto, a biópsia do osso é mais indicada para avaliação desse importante elemento. Principais Minerais e suas Funções no Organismo Os diversos elementos minerais desempenham funções variadas, como a estrutural (P, Ca, Mg, S), eletrolítica (Na, K, Ca, Mg) e catalisadora (Zn, Cu, Fe, I, Se). Resumidamente, pode-se descrever as funções dos principais minerais essenciais para os bovinos em pastejo:. Cálcio e fósforo - Devido à sua natureza como componente estrutural e metabólico, esses dois macroelementos são vistos em conjunto. O cálcio encontra-se largamente distribuído nos ossos e dentes (99%), enquanto apenas 1% encontra-se nos tecidos moles, com alta concentração no plasma sangüíneo. Desse modo, as funções do cálcio são a de 20

21 formação de esqueleto, coagulação normal do sangue, excitabilidade neuromuscular, permeabilidade da membrana, secreção de hormônios, secreção normal do leite, etc. Já o fósforo encontra-se nos ossos e dentes em 80% e o restante, nos tecidos moles. As funções do fósforo são a de formação do esqueleto, transmissão genética e uma função metabólica de suma importância que é sua participação no metabolismo de energia e da proteína. A utilização desses dois minerais é dependente de uma série de fatores, tais como: - níveis adequados na dieta; - nível de vitamina D; - idade do animal; - fonte do elemento.. Sódio - este elemento é de grande importância para os animais. Deve-se considerar a extensa deficiência nas forrageiras, bem como sua importância como veículo de consumo para outros elementos minerais, pois é o único elemento pelo qual o bovino tem predileção, quando em misturas isoladas. Magnésio - este é um macroelemento que raramente se encontra em níveis preocupantes (deficientes) nas forrageiras, salvo em épocas onde o potássio se encontra em níveis elevados na pastagem (rebrota), o qual passa a interferir negativamente na sua disponibilidade. Desse modo, principalmente para a categoria de vacas em gestação e/ou lactação, o seu status deve ser observado. Enxofre - sua importância está ligada à síntese de aminoácidos sulfurados (cisteína e metionina), os quais são dependentes. Sua constituição na forrageira está na dependência do status protéico. Desse modo, a deficiência ocorre no período seco do ano, quando, principalmente nas formulações com uréia, sua inclusão torna-se necessária Microelementos - tendo em vista sua função como catalisadores de sistemas enzimáticos, seu estudo é importante devido à maximização do metabolismo animal. Não obstante, deve-se ter em mente que nossas forrageiras, por via de regra, apresentam graus de deficiência nestes elementos, notadamente o zinco, cobre, cobalto, iodo, selênio, bem como apresentam deficiências secundárias de outros, como manganês, ferro e cobre. Basicamente, todos o microelementos atuam nos aspectos reprodutivos dos animais, sobretudo o zinco, manganês, cobre, iodo e o selênio. A disponibilidade destes elementos geralmente é baixa (variável entre as formas de utilização), onde a quelatação contribui para sua melhor utilização (MARTIN, 1995). 21

22 Tabela 8: Efeito da fonte e da quelatação sobre a disponibilidade do manganês. FONTE Disponibilidade (%) MnOA 53 MnOB 70 MnSO 4 - H 2 O 100 MnSO 4 - H 2 O 121 Fonte: MARTIN (1995) Características de um Bom Suplemento Mineral 1. O suplemento(mistura final) deve conter de 6 a 8% de fósforo(mínimo). 2. A relação Ca/P não deve ser superior a 2:1. 3. O suplemento deve conter proporção significante do requerimento em microelementos. Quando houver deficiência na forrageira, deve-se oferecer 100% do requerimento no mineral. 4. O suplemento deve ser composto por fontes de alto valor para os animais, não conter elementos prejudiciais e/ou tóxicos(flúor, vanádio, cádmio, etc.). 5. Sua formulação deve propiciar consumos adequados ao requerimento. Disponibilidade Biológica e Perda Endógena Diferentes fontes de P são tradicionalmente utilizadas em suplementos minerais, com o objetivo de atender as exigências nutricionais dos animais. A concentração dos elementos minerais varia amplamente nas substâncias e muitas vezes estes se apresentam em formas químicas complexas, pouco disponíveis ao metabolismo animal. Nesse sentido, o conhecimento da eficiência biológica dos elementos nas diferentes fontes é de grande importância. Os conceitos de disponibilidade biológica e de perda endógena de um elemento se completam, pois em sua determinação estes dois componentes fisiológicos estão intimamente relacionados. A concentração total de um elemento mineral nos alimentos, suplementos ou rações completas, determinada pela análise química, não tem grande valor, a menos que seja conhecida a disponibilidade biológica do elemento no ingrediente, para a espécie animal a ser 22

23 suplementada. Nenhum elemento é totalmente absorvido e utilizado, já que algumas perdas ocorrem durante os processos normais de digestão e metabolismo geral (TOSI, 1997). Diante do exposto, torna-se fácil entender que não é suficiente saber o teor do elemento contido no ingrediente, pois este conhecimento é insuficiente para precisar a utilidade de uma substância disponível no mercado. Grau de moagem, taxa de reatividade, número de moléculas de hidratação, solubilidade, ph e método de processamento são fatores que podem influir decisivamente na eficiência nutricional da substância. Com respeito a perda endógena, pode-se ressaltar que, para determinação da disponibilidade biológica (absorção real) do mineral em questão, deve-se levar em consideração o seu conteúdo endógeno, pois a diferença entre ingestão pelo alimento e excreção nas fezes resulta numa assimilação (absorção) aparente (TOSI, 1997). O fósforo excretado de origem exógena é a fração do elemento de origem alimentar que não é disponível para absorção e aquele disponível, mas não absorvido. Em ruminantes, a determinação da perda endógena é muito importante, desde que nestes animais a excreção de P endógeno ocorra quase que exclusivamente pelas fezes. Suplementos Múltiplos Bovinos mantidos em pastagens de gramíneas tropicais, especialmente durante a época seca, devido a estacionalidade de produção das pastagens, com redução quantitativa e qualitativa da forragem, geralmente sofrem de carências múltiplas, envolvendo proteína, energia, minerais e vitaminas. Assim sendo, a melhoria da produtividade na criação a pasto presume a utilização de elementos de natureza múltipla, com associação de fontes de nitrogênio solúvel (uréia), minerais, fontes naturais de proteína, energia e vitaminas e aditivos, visando o ganho de peso dos bovinos, durante a época seca, a custos ascessíveis ao criador (PAULINO e RUAS, 1988). O objetivo básico dos suplementos múltiplos é estimular o consumo e digestão da forragem básica (o pasto seco) e, assim, permitir aos animais satisfazerem suas exigências e não o atendimento direto (efeito substitutivo) das exigências dos animais via suplemento (PAULINO et al., 1995a). Para que o programa de suplementação seja rentável, a disponibilidade de forragem é fundamental (CARDOSO, 1997). A vedação da pastagem no final da estação chuvosa do ano, pôr dois a três meses tende a fornecer quantidade suficiente de forragem para um programa de suplementação de 60 a 90 dias durante a estação seca do ano. 23

24 Uso de Uréia em Suplementos Múltiplos As necessidades de nitrogênio degradável no rúmen podem ser administradas como nitrogênio protéico ou nitrogênio não protéico. Existem evidentes vantagens em se usar uréia como fontes de nitrogênio em rações para ruminantes, quais sejam a disponibilidade, a concentração de nitrogênio e principalmente o baixo custo unitário de nitrogênio (PAULINO et al., 1995c). Utiliza-se, nos suplementos múltiplos, altos níveis de nitrogênio degradado no rúmen, na forma de uréia, com dois objetivos básicos: fornecer amônia para os microrganismos do rúmen e como limitante de consumo, possibilitando o controle do consumo pelo próprio animal, mesmo o suplemento sendo fornecido AD LIBITUM. Essa situação presume alta disponibilidade de energia, para que hajam sincronização de liberação de amônia e energia, visando maximizar a eficiência microbiana (PAULINO et al., 1995b; PAULINO et al., 1996a). Para que ocorra síntese eficiente de proteína microbiana pelos microrganismos ruminais, a partir de nitrogênio não protéico, é preciso: 1) uma fonte de NNP, geralmente uréia; 2) Suficiente carbono para combinar com o nitrogênio para formar aminoácidos; 3) Suficiente energia fermentável para a bactéria crescer e sintetizar os aminoácidos (Lusby et al,. 1998, citados pôr HADDAD e CASTRO,1998). Os carboidratos desempenham um papel fundamental no fornecimento de energia e cadeias de carbono para síntese de aminoácidos pelos microrganismos do rúmen. A uréia tem o efeito estimulador sobre os microrganismos do rúmen, melhorando a eficiência das bactérias celulolíticas, e em conseqüência a utilização do pasto. Com novilhos em crescimento, PAULINO et al. (1982) obteve a ação benéfica da uréia na redução da perda de peso e até mesmo um certo ganho de peso. Este fato pode ocorrer desde que haja grande disponibilidade de forragem, mesmo que de baixa qualidade, visto o conhecido efeito da uréia em aumentar o consumo, a taxa e a extensão da digestão da fibra e a taxa de passagem do alimento pelo trato intestinal. De acordo com PAULINO e RUAS (1988), resultado de pesquisa tem mostrado que suplementos múltiplos contendo de 4 a 5% de mistura mineral e 4 a 5% de uréia, fornecidos a vontade, permitem o controle de consumo pelo próprio animal, a 2kg/animal.dia, possibilitando ganho de peso moderado sem provocar intoxicação nos animais. Entretanto, a 24

25 palatabilidade de outros componentes do suplemento pode afetar o consumo (farinha de carne e ossos, farinha de pena e vísceras). Uso de Ionóforos em Suplementos Múltiplos São antibióticos de origem bacteriana que agem sobre a população microbiana, e assim afetam a dinâmica de fermentação no rúmen (produção de amônia e ácidos graxos voláteis), afetando diretamente o metabolismo de nitrogênio e energia no ruminante. Quanto ao modo de ação dos ionóforos, geralmente eles causam três mudanças na fermentação ruminal (HADDAD e CASTRO, 1998): 1) Aumenta a produção de ácido propriônico e diminui produção de metano; 2) Diminui degradação protéica e deaminação de aminoácidos; 3) Diminui a produção de ácido lático e espuma. A resposta ao uso de ionóforo com bovinos em crescimento sob pastejo tem sido variada. PAULINO et al. (1993a) não verificou efeito de seu uso sobre o desempenho animal. Porém, PAULINO et al. (1993b) observou resposta positiva à adição de ionóforo em suplemento múltiplo sobre o ganho de peso de novilhos em crescimento com incremento de 80g no ganho de peso diário. Uso de Sal como Limitante de Consumo em Suplementos Múltiplos Os custos requeridos com transporte e distribuição de suplementos para bovinos de corte em pastejo são bastante expressivos. Pesquisas têm demonstrado que os animais não precisam receber suplementos diariamente. Dias alternados, ou três vezes pôr semana, não alteram o desempenho dos animais. Pôr isso, pode- se usar o sal como um regulador de consumo. Apesar do exposto, o uso de sal como controlador de consumo não é um método preciso, pois, além de diferenças individuais entre os animais quanto a tolerância à níveis de sal, com o passar do tempo estes podem adaptar-se a altos níveis de sal e alterar o consumo da mistura, ou requerer ajustes nos níveis de inclusão de sal, além de poder acontecer que um mesmo nível de sal venha a determinar resposta variada no consumo de diferentes suplementos (CARDOSO, 1997). Uso de Vitamina A em Suplementos Múltiplos 25

26 A suplementação com vitamina A não é necessária para forragens em crescimento, porém é precisa no caso de forragem seca de baixa qualidade. A mesma pode ser adicionada na forma de premix; a quantidade de premix vai depender da concentração de vitamina A no mesmo. Uma alternativa é o uso dessa vitamina de forma injetável (HADDAD e CASTRO, 1998). Fontes de Suplementos Múltiplos nas Águas Vários trabalhos onde se usou suplemento múltiplo na época das águas não foi verificado efeito positivo da suplementação no ganho de peso dos animais. Isso pode ter acontecido pôr dois motivos. Primeiro, a qualidade da pastagem pode ter sido boa. Segundo, os suplementos contiveram grande proporção de fontes de energia rica em fibra (feno de guandu e casca de café) (HADDAD e CASTRO, 1998). 26

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