Legislação Especial para Delegado de Polícia do Pará

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1 Legislação Especial para Delegado de Polícia do Pará Investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei n o /2013) Professores Lorena Nascimento e Julio Ponte de 33

2 Aula 0 Aula Demonstrativa Aula Conteúdo Programático Data Investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei n o /2013). Tráfico ilícito e uso de substâncias entorpecentes. (Lei n o /2006). O crime de tortura (Lei n o 9.455/97). Crimes Hediondos (Lei n o 8.072/90 e suas alterações). Identificação criminal (Lei n o /2009). Apresentac ão e uso de documento de identificac ão criminal (Lei n o 5.553/68). Interceptação Telefônica (Lei n o 9.296/1996). Crime organizado (Lei n o 9.034/95 e suas alterações). Proteção à testemunha e delação premiada (Lei n o 9.807/99). Registro, posse e comercialização de armas e o Sistema Nacional de Armas (Lei n o /03). Proteção de propriedade intelectual de programa de computador (Lei n o 9.609/98). Dos crimes contra as crianças e os adolescentes (Lei n o 8.069/90). Dos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor (Lei n o 7.716/89). Juizados Especiais Cíveis Criminais. Crimes de pequeno potencial ofensivo. Competência e rito para julgamento dos crimes de pequeno potencial ofensivo (Lei n o 9.099/95). Lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (Lei n o 9.613/98 e suas alterações). Direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos 15/07 19/07 22/07 25/07 29/07 05/08 12/08 19/ de 33

3 casos de abuso de autoridade (Lei n o 4.898/65). Crimes cometidos na condução de veículo automotor. Ação penal. Processo. Penas. Violência doméstica (Lei n o /2006 e suas alterações). Execução penal. Regimes de cumprimento de pena. Progressão, regressão e incidentes da execução penal Direitos e deveres do preso. Regime disciplinar diferenciado. Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Pacto de São José da Costa Rica. Garantias Penais e Processuais Penais. Crimes contra o meio ambiente (Lei n o 9.605/98). Estatuto do idoso (Lei n o /2003). Crimes contra o sistema financeiro nacional. Competência (Lei n o 7.492/86). Sigilo financeiro (Lei Complementar n o 105/2001). Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo (Lei n o 8.137/90). Crimes contra as relações de consumo (Lei n o 8.078/90). Crimes previstos no código de defesa do consumidor (Lei n o 8.078/90). Crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores. Competência (Decreto-Lei n o 201/67). Lei de Licitações. Crimes, processo e procedimento judicial. Competência (Lei n o 8.666/93). 26/08 02/09 09/09 16/09 23/ de 33

4 Tópicos da Aula 1. Apresentação Comentários ao Art. 1 o Comentários ao Art. 2 o e Parágrafos Comentários ao art. 3 o Lista de Questões Apresentadas Gabarito Apresentação Olá, pessoal! Égua! O edital da Polícia Civil do Pará saiu! Vamos iniciar o curso de Direito Penal para o cargo de Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará 2016, com a presente aula demonstrativa, cujo tema será a Lei n o /2013, a qual versa sobre a Investigação Criminal Conduzida pelo Delegado de Polícia. Temos que ligar as turbinas dos estudos e nos preparar para acertar as 10 questões de Legislação Especial da prova, afora as outras 70!!! Antes de mais nada, permitam-nso fazer uma breve apresentação. Meu nome é Lorena Lima Nascimento, sou Delegada de Polícia Federal, desde o ano de Antes de assumir o concurso da PF, fui advogada e Técnica Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, onde lá trabalhei junto à Vara da Infância e da Juventude. E eu sou o Julio Ponte, Policial do Senado Federal, aprovado no concurso de Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval. Mas após sair do meio militar, ainda passei pelo cargo de Analista de Gestão e Trânsito do de 33

5 DETRAN/RJ e pela Polícia Rodoviária Federal antes de chegar à Polícia Legislativa. Então estamos aqui em 3 policias: um é você, em breve!! Sua remuneração inicial será de R$ ,00, estando previstas 142 vagas. Vale dizer tratar-se de um cargo bastante cobiçado por muitos concurseiros, especialmente os recém formados e porque não para aqueles que se encontram na iminência de conclusão do curso, haja vista ser um cargo privativo de bacharel em Direito e não haver a necessidade de prática jurídica, o que também implica a possibilidade de percepção de uma ótima remuneração como primeiro emprego e também para aqueles que desejam ingressar na carreira policial. Consta do item 2.3. do edital as atribuições do cargo de Delegado de Polícia Civil do Estado do Pará, quais sejam: dirigir, coordenar, supervisionar e fiscalizar as atividades administrativas e operacionais do órgão ou unidade policial sob sua direção; cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções institucionais da Polícia Civil; planejar, dirigir e coordenar, com base na estatística policial e no conhecimento produzido pela atividade de inteligência policial, as operações policiais no enfrentamento efetivo à criminalidade, na área de sua competência; exercer poderes discricionários afetos ao cargo que objetivem proteger os direitos inerentes à pessoa humana e resguardar a segurança pública e a justiça criminal; praticar todos os atos da polícia, na esfera de sua competência, visando à diminuição da criminalidade e da violência; zelar pelo cumprimento dos princípios e funções institucionais da Polícia Civil; zelar pelos direitos e garantias constitucionais fundamentais; instaurar e presidir inquéritos policiais e outros procedimentos administrativos no âmbito de sua competência, cabendo-lhe, privativamente, o indiciamento decorrente do livre convencimento jurídico penal, fundamentado nos elementos informativos de prova colhidos no Inquérito Policial; promover diligências, requisitar informações, determinar exames periciais, remoções e de 33

6 documentos necessários à instrução do inquérito policial ou outros procedimentos decorrentes das funções institucionais da Polícia Civil e manter o sigilo necessário à elucidação do fato e às investigações a seu cargo, incluídas todas aquelas estabelecidas no art. 34 e demais disposições contidas na LC no 22/94 e no Regimento Interno da Policia Civil do Estado do Pará - RIPC/PA, aprovado pelo Decreto n de 18 de Dezembro de O Delegado de Polícia Civil precisa ter amplo conhecimento em Direito Penal, haja vista que a autoridade policial terá muitas vezes apenas 5 segundos (às vezes menos, às vezes mais) para raciocinar e concluir pela busca pessoal, veicular em barreiras policias, bem como para constatar ou não uma situação flagrancial e determinar a prisão ou não de uma pessoa, dentre outras situações que requerem o pronto emprego das atividades. Somos suspeitos para falar da área policial, pois nos identificamos muito com nossas profissões! O papel do Delegado de Polícia para a sociedade é essencial, visto que ele é o primeiro juiz da causa e a força especializada para combater os mais diversos crimes afetos às searas de suas atribuições. Queremos ver todos vocês de.40 na cintura! Vamos aos estudos! A aula de hoje discorre sobre a Lei , de 20 de junho de 2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia. Quando tratamos de investigação criminal e a quem a ela compete a condução, certamente iremos nos deparar com diversas vertentes, trazendo-se também e especificamente qual o papel do Delegado de Polícia no contexto investigativo de 33

7 Apenas a título de curiosidade, em 2013 estava em tramitação no Congresso Nacional a PEC 37. Esta proposta de emenda constitucional acrescentaria o 10 ao art. 144 da CF/88, prevendo que a apuração das infrações penais de que tratam os 1 o e 4 o daquele artigo incumbiriam privativamente às Polícias Federal e Civil, a qual acabou não sendo aprovada. Em pleno calor dos acontecimentos envolvendo a votação da PEC 37, foi aprovada a Lei n /2013, a qual não retirou a possibilidade de investigação de crimes por parte do Ministério Público, até porque se assim dispusesse estaria ferindo de morte da Constituição Federal, mas teve por objetivo a positivação das seguintes teses:! Dispor que a decisão final das diligências a serem realizadas no inquérito policial seria do Delegado de Polícia;! Ser reconhecida que as funções exercidas pelo Delegado de Polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado, devendo, portanto, a classe ser equiparada, para todos os efeitos, com as demais carreiras de Estado (Magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública etc.). O primeiro objetivo não restou alcançado. O dispositivo que poderia colocar uma pá de cal na discussão foi vetado pela Presidente da República. Já o segundo obteve êxito, pois foi reconhecido que a atividades exercidas pelo Delegado são típicas de Estado, mantendo-se a equiparação com as demais carreiras (Magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública, etc). Vamos agora discorrer sobre os artigos da Lei de 33

8 2. Comentários ao art. 1 o Art. 1 o Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. O artigo em comento, embora trate especificamente sobre a posição investigativa de um dos agentes públicos investidos de tal mister, não exclui ou veda a investigação criminal realizada por meio de outros órgãos, tais como as Comissões Parlamentares de Inquérito, os Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o IBAMA, o Ministério Público etc. É, portanto, entendimento assente na doutrina e na jurisprudência pátria não se tratar a investigação de crimes de atividade exclusiva das Polícias Civil e Federal. A investigação criminal promovida pela Polícia Judiciária é feita por meio do inquérito policial ou Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO, nos casos de crimes de menor potencial ofensivo, sob a presidência do Delegado de Polícia. 3. Comentários ao art. 2 o e Parágrafos Art. 2 o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. Tal artigo veio para firmar o entendimento de que as funções desempenhadas pelo Delegado de Polícia são classificadas como jurídicas. O motivo dessa discussão estava na interpretação que se dava ao art. 144 da Constituição Federal de 1988, de que as atividades e funções ali descritas de 33

9 teriam, tão somente, natureza jurídica de atividades materiais de segurança pública. Essa interpretação, no entanto, absurdamente restritiva, teve como fundamento de sua existência o histórico da criação da figura do Delegado de Polícia no ordenamento jurídico brasileiro. Em meados de 1808, com a instalação da Corte portuguesa no Brasil, criou-se a chamada Intendência Geral de Polícia. Este corpo policial tinha por regedor o Intendente Geral de Policia, um desembargador com atribuições atípicas. Nas Províncias, no entanto, as funções do Intendente Geral de Policia eram representadas pelo Delegado, como uma espécie de sua longa manus. Com o advento da outorgada Constituição de 1824, surgiu a figura do Juiz de Paz, a quem competia tanto o exercício das funções judiciais quanto policiais, extinguindo a figura do delegado naquele momento político. Em 1841, a publicação da Lei nº 261 fez ressurgir a figura da autoridade policial, com atribuição tanto policial como julgadora. Face a promulgação da Lei nº e do Decreto nº 4.824, ambos em 1871, houve a cisão entre as funções policial e atípica judicante, e inaugurou uma nova fase processual: a criação do Inquérito Policial. Juntamente com a evolução do sistema jurídico-politico brasileiro, o cargo de Delegado de Polícia passou a ser privativo do bacharel em Direito. Diversas das funções por ele desempenhadas são atividades de aplicação direta das normas jurídicas às situação apresentadas, a exemplo do indiciamento, da representação por medidas cautelares e da elaboração do relatório de 33

10 Ademais, a apuração das infrações penais exercida por meio do aparato estatal e conduzida por Delegado de Polícia não pode ser transferida à iniciativa privada; pois a atividade policial é essencial em um Estado de Direito, e também exclusiva do Poder Público. Registre-se ser possível à imprensa, aos órgãos sindicais, à OAB, às organizações não governamentais e até mesmo à defesa do investigado investigar infrações penais, bem como qualquer pessoa (física ou jurídica). Até mesmo porque, conforme dispõe o caput do art. 144 da CF/88, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. A sua força probante, no entanto, necessita de apreciação pelos Órgãos de controle, tais como a própria polícia judiciaria, Ministério Publico e Judiciário. O que significa a expressão polícia judiciária? A polícia judiciaria é aquela incumbida de atuação, especialmente, quando o delito já foi cometido, por isso ser a investigação para ela a razão de sua existência. Qual é a abrangência da expressão polícia judiciária? Na doutrina, há duas correntes. Para a primeira, a expressão polícia judiciária abrange as Polícias Civil e Federal no exercício da investigação de infrações penais ou no auxílio do Poder Judiciário. Tem como fundamento a interpretação do art. 4 o, caput, do CPP, que não faz distinção ao utilizar o termo. Para a segunda, as Polícias Civil e Federal podem ser polícia judiciária ou polícia investigativa, a depender da função que estejam exercendo. Desta forma, a expressão polícia judiciária não abrangeria todas as atribuições da Polícia, apenas parte delas. Em tal corrente há necessidade de se diferenciar os termos suscitados. Polícia judiciária seria a Polícia Civil ou Polícia Federal de 33

11 quando exerce suas atividades no auxílio do Poder Judiciário. Polícia investigativa, por outro lado, seria a Polícia no exercício da investigação e da coleta de provas sobre a autoria e materialidade de infrações penais. Encontra fundamento no art. 144, 1 o, I, da CF/88, que, diferencia a função de polícia judiciária da atribuição da Polícia de apurar infrações penais. 1 o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. O Código de Processo Penal e a legislação processual extravagante utilizam, em diversos dispositivos, a expressão autoridade policial. Vale ressaltar que até mesmo a CF/88 emprega esta terminologia em uma oportunidade (art. 136, 3 o, I). Quem é considerada autoridade policial? Também há duas correntes. Para uma primeira, autoridade policial é o Delegado de Polícia (Civil ou Federal) e, no caso de investigações militares, o Oficial militar responsável pelo inquérito. Para a segunda, autoridade policial não seria necessariamente o Delegado de Polícia, mas sim o agente público estatal designado para exercer as funções de autoridade policial, podendo ser um policial civil ou militar, por exemplo. Essa tese foi a defendida para que os policiais militares pudessem lavrar termo circunstanciado de ocorrência no caso de infrações de menor potencial ofensivo (art. 69 da Lei n /95) de 33

12 A posição mais conhecida é no sentido de que a autoridade policial é, realmente, apenas o Delegado de Polícia, tal como o silogismo à expressão autoridade judicial, designativa da figura do magistrado. Ademais, as atividades desempenhadas pela Autoridade Policial exigem conhecimentos jurídicos e responsabilidade proporcionais ao cargo. concreto? Porém, devemos ressaltar que o assunto é controverso. Quer um caso Crimes cometidos nas dependências do Senado Federal são investigados pela Polícia do Senado. - Mas professores, de onde vem isso? Pessol, responderemos sem nos alongar, por fugir ao escopo da aula. O próprio CPP não fala de delegado de polícia, mas de autoridade policial. E veja o que dispõe o STF, em sua Súmula 397: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito. (grifo nosso) Ou seja, há inquéritos policias presididos por Policias do Senado Federal (e o Poder Judiciário não os rejeita alegando incompetência). Vamos adiante. Considerando ser o Ministério Público o titular da ação penal e que uma das finalidades do inquérito policial é a de coletar elementos informativos para a formação do seu convencimento (opinio delicti), nada mais lógico que este tenha a prerrogativa de requisitar (com força de obrigatoriedade) a realização de 33

13 de diligências que ao seu intendimento sejam imprescindíveis na construção do seu convencimento. Se a requisição do Ministério Público for, no entanto, manifestamente ilegal, a autoridade policial não será obrigada a atendê-la, devendo, nesse caso, de forma motivada, recusar o seu cumprimento. Vejamos dois exemplos de manifestação do poder requisitórios do MP, previstas no ordenamento jurídico: Código de Processo Penal Público; Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Constituição Federal Art São funções institucionais do Ministério Público: VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; Prosseguindo. 2 o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. Os mecanismos de coleta de provas por parte do Delegado de Polícia com vistas à realização da atividade investigativa são imprescindíveis para a elucidação do fato de 33

14 Não obstante o Código de Processo Penal trazer nos arts. 6 o e 7 o um rol de diligências investigatórias a serem determinadas pela autoridade policial, tais disposições encontram-se obsoletas para sua atuação no presente, especialmente diante das novas formas de criminalidade (crimes de escritório, cibernéticos etc.). Justamente por isso, a doutrina e a jurisprudência afirmam, de forma uníssona, que as diligências ali previstas são exemplificativas. Sempre restou defendida a tese de que o Delegado pode, diretamente, requisitar quaisquer provas necessárias à investigação, ressalvadas aquelas cuja CF/88 exige autorização judicial (cláusula de reserva de jurisdição), tais como interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e fiscal, busca e apreensão etc. 3 o O delegado de polícia conduzirá a investigação criminal de acordo com seu livre convencimento técnico-jurídico, com isenção e imparcialidade. (PARÁGRAFO VETADO) O 3 o do art. 2 o foi vetado pela Presidente da República. O escopo de tal parágrafo era o de fazer com que a decisão final sobre a realização ou não das diligências investigatórias no inquérito policial ficasse a cargo do Delegado de Polícia. A então chefe do Poder Executivo, entratanto, apresentou as seguintes razões para o veto: Da forma como o dispositivo foi redigido, a referência ao convencimento técnico-jurídico poderia sugerir um conflito com as atribuições investigativas de outras instituições, previstas na Constituição Federal e no Código de Processo Penal. Desta forma, é preciso buscar uma solução redacional que assegure as prerrogativas funcionais dos de 33

15 delegados de polícias e a convivência harmoniosa entre as instituições responsáveis pela persecução penal. O dispositivo vetado gerava inesgotável polêmica no projeto, recebendo as fortes críticas dos membros do Ministério Público. No dia-a-dia da atividade profissional, não raro, observam-se divergência de opiniões entre o Delegado presidente do inquérito policial e o Promotor de Justiça/Procurador da República que atua no caso sobre a pertinência ou não de determinadas diligências. O Delegado de Polícia conclui o IP com a apresentação de relatório e o envia para apreciação do Ministério Público. Este, nos termos do art. 16 do CPP, poderá entender ser ainda necessária alguma diligência visando seu convencimento sobre o fato. Ocorre que, por se encontrar diretamente em contato com a busca das provas o Delegado poderá reputar tais diligências dispensáveis, recusando-se, por conseguinte, o cumprimento da requisição e devolvendo o IP. Caso o Ministério Público persista na produção das diligências surgirá um incômodo e improdutivo impasse entre os Órgãos afetos. Nesse caso, caberá ao Delegado de Polícia, segundo a posição majoritária, o cumprimento da requisição ministerial de novas diligências, salvo em caso de flagrante ilegalidade. 4 o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. Avocar: ocorre quando o superior hierárquico retira o Delegado da condução do IP ou do TC e passa ele próprio a dirigir o procedimento de 33

16 Redistribuir: ocorre quando o superior hierárquico retira o Delegado da condução do IP ou do TC e designa outro Delegado para dirigir o procedimento. Superior hierárquico: É definido pela lei orgânica de cada Polícia e pelos demais atos normativos internos. Em linhas gerais, pode-se apontar o seguinte:! Polícia Civil: o superior hierárquico com poderes para avocar ou redistribuir os procedimentos é o Delegado-Geral de Polícia; no Distrito Federal denomina-se Diretor-Geral de Policia.! Polícia Federal: esta função de superior hierárquico é exercida pelo Superintendente-Regional. Instrumento por meio do qual o procedimento pode ser avocado: despacho fundamentado exarado pelo superior hierárquico. criminal Consideram-se razões para avocação ou redistribuição do procedimento! Motivo de interesse público;! descumprimento do Delegado de Polícia na realização dos procedimentos previstos em regulamento da corporação, prejudicando o desenvolvimento da investigação. O procedimento criminal nada mais é que uma espécie de procedimento administrative; submetem-se, portanto, às regras aplicáveis aos atos administrativos, em decorrência do poder hierárquico. 5 o A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. Este parágrafo fez muita diferença na vida do Delegado de Polícia, em especial para lhe garantir mecanismos de autonomia na investigação, de 33

17 impedindo favorecimentos e perseguições em razão de do exercício de suas atividades, abrangendo as remoçoes dentro da mesma cidade de também para cidades diversas. Isso não quer dizer que agora ao Delegado de Polícia lhe é deferida a inamovibilidade de sua lotação. Quando tratamos de inamovibilidade de membros de determinada carreira, isso significa dizer que a regra é a da impossibilidade de remoção ex officio. Excepcionalmente, admite-se por motivo de interesse público. No caso dos Delegados de Polícia, no entanto, não há uma regra constitucional impedindo a remoção ex officio. A previsão do parágrafo em estudo somente afirma que a remoção do Delegado de Polícia, seja voluntária ou de ofício, deverá ser motivada. 6 o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. O indiciamento é o ato resultante das investigações policiais por meio do qual alguém é apontado como provável autor de um fato delituoso. Cuida-se, pois, de ato privativo da autoridade policial que, para tanto, deverá fundamentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à materialidade e indícios razoáveis de autoria. (LIMA, Renato Brasileiro de. Curso de Processo Penal. Niterói: Impetus, 2013, p. 111). Houve, no entanto, uma evolução no tratamento do tema ao se exigir, de forma textual, que o ato de indiciamento seja motivado, o que não era feito em uma grande quantidade de casos. Veja o que afirma o membro do MP paulista Mário Sérgio Sobrinho: A legislação brasileira deveria evoluir, adotando a regra da explicitação das razões de 33

18 para a classificação do fato em determinado tipo penal, (...) ao mesmo tempo em que a lei deveria fixar a obrigatoriedade da motivação do ato de indiciamento. É inegável que o ato de indiciamento exige juízo de valor, o qual, nos meandros do inquérito policial, é exercitado pela autoridade policial que preside a investigação. Por isso, dever-se-ia exigir desta a explicitação de suas razões, ao determinar o indiciamento, as quais deveriam ser apresentadas no inquérito policial para que fossem conhecidas pelo indiciado e seu defensor, pelo órgão do Ministério Público e, quando necessário, pelos juízes e tribunais. (A identificação criminal. São Paulo: RT, 2003, p. 100). 4. Comentários ao art. 3 o Art. 3 o O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados. Com o advento de tal artigo, ao Delegado de Polícia deverá adotado o mesmo tratamento protocolar que recebem os Magistrados, membros da Defensoria Pública, do Ministério Público e os Advogados. Como consequência, o pronome de tratamento a ser utilizado quando em correspondências oficiais aos Delegados passa a ser Vossa Excelência. Aqui encerramos a teoria da nossa aula. Vamos a alguns exercícios! 01. (IBFC PC/RJ Papiloscopista Policial de 3ª Classe 2014) Sobre a Lei nº /2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a alternativa correta: de 33

19 a) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica e essenciais, porém, não exclusivas de Estado. b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal somente por meio de inquérito policial, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia representar ao juiz para a realização de perícias, obtenção de informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. e) Em nenhuma hipótese, o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico. Gabarito. Item D. A resposta encontra-se no 5 o do art. 2 da Lei /2013: A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. Vamos aos erros das demais opções: Item A: as funções são exclusivas de Estado. Art. 2 o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. Item B: a norma fala em inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei de 33

20 Art. 2 0, 1 o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. Item C: não existe essa obrigação de representação ao juiz. O próprio delegado pode requisitar as perícias, informações, documentos e dados necessaries. Art. 2 o, 2 o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. Item E: cabe tanto avocacão quanto redistribuição. Art. 2 0, 4 o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. 02. (ACAFE PC/SC Delegado de Polícia 2014) De acordo com o Código de Processo Penal e Lei /13, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia, assinale a alternativa correta. a) Ninguém será recolhido à prisão sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, exceto por ordem expressa do Delegado de Polícia, com a entrega de cópia assinada pelo executor, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora de 33

21 b) O indiciamento, privativo do Ministério Público, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. c) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente a requerimento deste, pois possui a garantia constitucional da inamobilidade. d) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. e) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização da prisão será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. Gabarito: D. A resposta se encontra no art. 2º, parág. 1º, da Lei /2013: ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. 03. (MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça ) Ao dispor sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, a Lei n /2013 determinou que o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. Gabarito: certo. É praticamente cópia da Lei: de 33

22 Art. 2 0, 4 o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. 04. (IBFC PC/RJ Oficial de Cartório 2013) No atual Estado Democrático de Direito o investigado não é mais visto como objeto de investigação, mas sim como sujeito de direitos, devendo assim ser tratado em todas as fases da persecução penal. Sob a luz desta moderna perspectiva processual e visando efetivar direitos e garantias fundamentais consagrados constitucionalmente, foi editada a Lei n /2013, que trata da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. Considerando a sistemática constitucional de garantias processuais e o que dispõe a referida Lei Federal sobre o ato de indiciamento, podemos afirmar corretamente que: a) Quando o inquérito policial for concluído sem o formal indiciamento do suspeito, devido à convicção do delegado de polícia de que sobre este não recaem indícios suficientes de autoria delitiva, poderá o juiz determinar que se realize o referido ato, caso tenha recebido a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o investigado. b) O ato de indiciamento poderá ser requisitado ao delegado de polícia pelo membro do Ministério Público que realizou diretamente a apuração de infração penal e denunciou o seu autor, a fim de que conste nos registros policiais a investigação realizada pelo órgão acusador. c) O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, aperfeiçoado em despacho técnico-jurídico fundamentado, que indicará as provas de materialidade e de autoria delitiva e as circunstâncias do fato delituoso de 33

23 d) Tratando-se o indiciamento de ato voltado à formalização da suspeita em procedimento instaurado para apurar infração penal e sua autoria, poderá ser realizado por qualquer autoridade pública que presida essa espécie de procedimento, mesmo sem amparo constitucional e legal expressos. e) O delegado de polícia pode indiciar ou deixar de indiciar alguém por simples subjetivismo, pois a formalização da suspeita é ato discricionário da autoridade policial que preside a investigação criminal, não encontrando limites constitucionais e legais que o vinculam. Gabarito: C. IMPORTANTE! Não confundir indiciamento com instauração do Inquérito Policial. O indiciamento é um ato exclusivamente policial. Art. 2º, 6 o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, darse-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. A instauração do IP pode ser de ofício ou a requerimento da autoridade judiciária, ministerial ou do próprio ofendido/representante (art. 5º, CPP). 05. (ACAFE PC/SC Delegado de Polícia 2014) De acordo com a Lei n , de 20 de junho de 2013, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. I - O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados de 33

24 II - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. III - O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. IV - Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. V - Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. a) Apenas IV e V estão corretas. b) Apenas I, II, III e V estão corretas. c) Apenas I, II e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas as afirmações estão corretas. Gabarito: E. Todos os dispositivos são reproduções literais da lei: Art. 2 o, 1 o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais de 33

25 2 o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. 4 o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. 6 o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. Art. 3 o O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados. 06. (CESPE - Polícia Federal - Agente Administrativo ) Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apurac ão do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado. Nessa situac ão, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a legislac ão, que veda expressamente a redistribuic ão de inquéritos policiais em curso. Gabarito: ERRADO. Vimos que é possível a redistribuição: Art. 2 o, 4 o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobserva ncia dos procedimentos previstos de 33

26 em regulamento da corporac ão que prejudique a eficácia da investigac ão. 07. João, Delegado de Polícia, lavrou flagrante de moeda falsa, crime previsto no art. 289 do Código Penal Brasileiro, ocasião em que foram apreendidas cédulas de R$ 100,00 (cem reais) supostamente inautênticas. Para fins de comprovação da materialidade do delito, João necessita encaminhar as cédulas para o Setor Técnico Científico de seu Órgão, visando a confecção de laudo pericial que corrobore a inautenticidade da cédula. Nesse caso, João haverá de representar ao juízo solicitando sejam encaminhadas todas as cédulas para perícia, vez que não cabe ao Delegado de Polícia tal requisição. Gabarito: errado. A resposta se encontra no 2 0 do art. 2 0 da lei n /2013. Vejamos: Art. 2 0, Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. (grifo nosso) 08. As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo Delegado de Polícia são se natureza administrativa, facultativa e possível de delegação por parte do Estado. Gabarito: errado. A natureza dessas funções é jurídica, sendo essenciais e exclusivas de Estado. Art. 2 o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado de 33

27 09. A remoção do delegado de polícia somente ocorrerá para assumir cargos de chefia no Órgão. Gabarito: errado. Nós vimos que O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. 10. Carla, Delegada de Polícia Federal, instaurou inquérito policial visando à elucidação de crimes de sonegação fiscal, envolvendo servidores do Ministerio da Fazenda. Convencida de que houve a participaçãoo incisiva de tais servidores no esquema fraudulento, Carla encaminhou os autos ao Membro da Procuradoria da República, haja vista incumbir ao MPF a realização do indiciamento dos suspeitos como agentes ativos do crime. Gabarito: errado. De acordo com a lei, o indiciamento é ato privativo do delegado de polícia. 6 o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. Pessoal, ficamos por aqui por hoje! aula! Até a próxima aulutilizem o fórum para qualquer dúvida e até a próxima Lorena Nascimento e Julio Ponte de 33

28 5. Lista das Questões Apresentadas 01. (IBFC PC/RJ Papiloscopista Policial de 3ª Classe 2014) Sobre a Lei nº /2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, assinale a alternativa correta: a) As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica e essenciais, porém, não exclusivas de Estado. b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal somente por meio de inquérito policial, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia representar ao juiz para a realização de perícias, obtenção de informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. e) Em nenhuma hipótese, o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico. 02. (ACAFE PC/SC Delegado de Polícia 2014) De acordo com o Código de Processo Penal e Lei /13, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia, assinale a alternativa correta. a) Ninguém será recolhido à prisão sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, exceto por ordem expressa do Delegado de Polícia, com a entrega de cópia assinada pelo executor, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora de 33

29 b) O indiciamento, privativo do Ministério Público, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. c) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente a requerimento deste, pois possui a garantia constitucional da inamobilidade. d) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. e) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização da prisão será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 03. (MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça ) Ao dispor sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, a Lei n /2013 determinou que o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. 04. (IBFC PC/RJ Oficial de Cartório 2013) No atual Estado Democrático de Direito o investigado não é mais visto como objeto de investigação, mas sim como sujeito de direitos, devendo assim ser tratado em todas as fases da persecução penal. Sob a luz desta moderna perspectiva processual e visando efetivar direitos e garantias fundamentais consagrados constitucionalmente, foi editada a Lei n /2013, que trata da investigação criminal conduzida pelo de 33

30 delegado de polícia. Considerando a sistemática constitucional de garantias processuais e o que dispõe a referida Lei Federal sobre o ato de indiciamento, podemos afirmar corretamente que: a) Quando o inquérito policial for concluído sem o formal indiciamento do suspeito, devido à convicção do delegado de polícia de que sobre este não recaem indícios suficientes de autoria delitiva, poderá o juiz determinar que se realize o referido ato, caso tenha recebido a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o investigado. b) O ato de indiciamento poderá ser requisitado ao delegado de polícia pelo membro do Ministério Público que realizou diretamente a apuração de infração penal e denunciou o seu autor, a fim de que conste nos registros policiais a investigação realizada pelo órgão acusador. c) O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, aperfeiçoado em despacho técnico-jurídico fundamentado, que indicará as provas de materialidade e de autoria delitiva e as circunstâncias do fato delituoso. d) Tratando-se o indiciamento de ato voltado à formalização da suspeita em procedimento instaurado para apurar infração penal e sua autoria, poderá ser realizado por qualquer autoridade pública que presida essa espécie de procedimento, mesmo sem amparo constitucional e legal expressos. e) O delegado de polícia pode indiciar ou deixar de indiciar alguém por simples subjetivismo, pois a formalização da suspeita é ato discricionário da autoridade policial que preside a investigação criminal, não encontrando limites constitucionais e legais que o vinculam. 05. (ACAFE PC/SC Delegado de Polícia 2014) De acordo com a Lei n , de 20 de junho de 2013, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta de 33

31 I - O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados. II - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. III - O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. IV - Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. V - Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. a) Apenas IV e V estão corretas. b) Apenas I, II, III e V estão corretas. c) Apenas I, II e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas as afirmações estão corretas. 06. (CESPE - Polícia Federal - Agente Administrativo ) Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apurac ão do fato e da autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico, alegando motivo de interesse público, redistribua de 33

32 o inquérito a outro delegado. Nessa situac ão, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a legislac ão, que veda expressamente a redistribuic ão de inquéritos policiais em curso. 07. João, Delegado de Polícia, lavrou flagrante de moeda falsa, crime previsto no art. 289 do Código Penal Brasileiro, ocasião em que foram apreendidas cédulas de R$ 100,00 (cem reais) supostamente inautênticas. Para fins de comprovação da materialidade do delito, João necessita encaminhar as cédulas para o Setor Técnico Científico de seu Órgão, visando a confecção de laudo pericial que corrobore a inautenticidade da cédula. Nesse caso, João haverá de representar ao juízo solicitando sejam encaminhadas todas as cédulas para perícia, vez que não cabe ao Delegado de Polícia tal requisição. 08. As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo Delegado de Polícia são se natureza administrativa, facultativa e possível de delegação por parte do Estado. 09. A remoção do delegado de polícia somente ocorrerá para assumir cargos de chefia no Órgão. 10. Carla, Delegada de Polícia Federal, instaurou inquérito policial visando à elucidação de crimes de sonegação fiscal, envolvendo servidores do Ministerio da Fazenda. Convencida de que houve a participaçãoo incisiva de tais servidores no esquema fraudulento, Carla encaminhou os autos ao Membro da Procuradoria da República, haja vista incumbir ao MPF a realização do indiciamento dos suspeitos como agentes ativos do crime de 33

33 6. 1 D 2 D 3 CERTO 4 C 5 - E 6 - ERRADO 7 - ERRADO 8 ERRADO 9 ERRADO 10 - ERRADO de 33

Comentários à Lei n /2013, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por Delegado de Polícia.

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