LEGISLAÇÃO CORRELATA À MATÉRIA DO PL Nº 1749 / 15

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1 282 LEGISLAÇÃO CORRELATA À MATÉRIA DO PL Nº 1749 / 15 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASL DE 1988 TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; TÍTULO III Da Organização do Estado CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. TÍTULO VI DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para

2 283 conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Seção II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Seção V DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS Art Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) I ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) CAPÍTULO II DAS FINANÇAS PÚBLICAS Seção I NORMAS GERAIS Art São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

3 284 II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de ) 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) TÍTULO VII DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA CAPÍTULO II DA POLÍTICA URBANA Art A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Art Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL

4 285 CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento) 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: LIVRO PRIMEIRO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL TÍTULO I Disposições Gerais Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. TÍTULO III IMPOSTOS

5 286 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. CAPÍTULO III Impostos sobre o Patrimônio e a Renda SEÇÃO II Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. LEI Nº 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE Dispõe sôbre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DO CONDOMÍNIO Art. 1º As edificações ou conjuntos de edificações, de um ou mais pavimentos, construídos sob a forma de unidades isoladas entre si, destinadas a fins residenciais ou não-residenciais, poderão ser alienados, no todo ou em parte, objetivamente considerados, e constituirá, cada unidade, propriedade autônoma sujeita às limitações desta Lei. 1º Cada unidade será assinalada por designação especial, numérica ou alfabética, para efeitos de identificação e discriminação. 2º A cada unidade caberá, como parte inseparável, uma fração ideal do terreno e coisas comuns, expressa sob forma decimal ou ordinária.

6 287 Art. 2º Cada unidade com saída para a via pública, diretamente ou por processo de passagem comum, será sempre tratada como objeto de propriedade exclusiva, qualquer que seja o número de suas peças e sua destinação, inclusive edifício-garagem, com ressalva das restrições que se lhe imponham. 1º O direito à guarda de veículos nas garagens ou locais a isso destinados nas edificações ou conjuntos de edificações será tratado como objeto de propriedade exclusiva, com ressalva das restrições que ao mesmo sejam impostas por instrumentos contratuais adequados, e será vinculada à unidade habitacional a que corresponder, no caso de não lhe ser atribuída fração ideal específica de terreno. (Incluído pela Lei nº 4.864, de ) 2º O direito de que trata o 1º dêste artigo poderá ser transferido a outro condômino, independentemente da alienação da unidade a que corresponder, vedada sua transferência a pessoas estranhas ao condomínio. (Incluído pela Lei nº 4.864, de ) 3º Nos edifícios-garagem, às vagas serão atribuídas frações ideais de terreno específicas. (Incluído pela Lei nº 4.864, de ) Art. 3º O terreno em que se levantam a edificação ou o conjunto de edificações e suas instalações, bem como as fundações, paredes externas, o teto, as áreas internas de ventilação, e tudo o mais que sirva a qualquer dependência de uso comum dos proprietários ou titulares de direito à aquisição de unidades ou ocupantes, constituirão condomínio de todos, e serão insuscetíveis de divisão, ou de alienação destacada da respectiva unidade. Serão, também, insuscetíveis de utilização exclusiva por qualquer condômino. Art. 4º A alienação de cada unidade, a transferência de direitos pertinentes à sua aquisição e a constituição de direitos reais sôbre ela independerão do consentimento dos condôminos. Parágrafo único - A alienação ou transferência de direitos de que trata este artigo dependerá de prova de quitação das obrigações do alienante para com o respectivo condomínio. (Redação dada pela Lei nº 7.182, de ) Art. 5º O condomínio por meação de parede, soalhos, e tetos das unidades isoladas, regular-se-á pelo disposto no Código Civil, no que lhe fôr aplicável. Art. 6º Sem prejuízo do disposto nesta Lei, regular-se-á pelas disposições de direito comum o condomínio por quota ideal de mais de uma pessoa sôbre a mesma unidade autônoma. Art. 7º O condomínio por unidades autônomas instituir-se-á por ato entre vivos ou por testamento, com inscrição obrigatória no Registro de Imóvel, dêle constando; a individualização de cada unidade, sua identificação e discriminação, bem como a fração ideal sôbre o terreno e partes comuns, atribuída a cada unidade, dispensando-se a descrição interna da unidade. Art. 8º Quando, em terreno onde não houver edificação, o proprietário, o promitente comprador, o cessionário dêste ou o promitente cessionário sôbre êle desejar erigir mais de uma edificação, observar-se-á também o seguinte: a) em relação às unidades autônomas que se constituírem em casas térreas ou assobradadas, será discriminada a parte do terreno ocupada pela edificação e também aquela eventualmente reservada como de utilização exclusiva dessas casas, como jardim e quintal, bem assim a fração ideal do todo do terreno e de partes comuns, que corresponderá às unidades; b) em relação às unidades autônomas que constituírem edifícios de dois ou mais pavimentos, será discriminada a parte do terreno ocupada pela edificação, aquela que eventualmente fôr reservada como de utilização exclusiva, correspondente às unidades do edifício, e ainda a fração ideal do todo do terreno e de partes comuns, que corresponderá a cada uma das unidades; c) serão discriminadas as partes do total do terreno que poderão ser utilizadas em comum pelos titulares de direito sôbre os vários tipos de unidades autônomas; d) serão discriminadas as áreas que se constituírem em passagem comum para as vias públicas ou para as unidades entre si.

7 288 LEI Nº 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º. O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei. Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto nesta Lei às peculiaridades regionais e locais. CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 2º- considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes. 4o Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 5o A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. (Redação dada pela Lei nº , de 2007). 6o A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) I - vias de circulação; (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) II - escoamento das águas pluviais; (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) III - rede para o abastecimento de água potável; e (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

8 289 CAPÍTULO II Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; (Redação dada pela Lei nº , de 2004) IV - as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 1º A legislação municipal definirá, para cada zona em que se divida o território do Município, os usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes máximos de aproveitamento. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares. 3º Se necessária, a reserva de faixa não-edificável vinculada a dutovias será exigida no âmbito do respectivo licenciamento ambiental, observados critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do meio ambiente, conforme estabelecido nas normas técnicas pertinentes. (Incluído pela Lei nº , de 2004) Art. 5º. O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. Parágrafo único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. CAPÍTULO III Do Projeto de Loteamento Art. 6º. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel contendo, pelo menos: I - as divisas da gleba a ser loteada; II - as curvas de nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal; III - a localização dos cursos d água, bosques e construções existentes; IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada; V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina; VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas. Art. 7º. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal: I - as ruas ou estradas existentes ou projetada, que compõem o sistema viário da cidade e do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas; II - o traçado básico do sistema viário principal;

9 290 III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário e das áreas livres de uso público; IV - as faixas sanitárias do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as faixas não edificáveis; V - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 9º - Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração máxima de quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal, quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos municipais e do competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no 4o do art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 1º - Os desenhos conterão pelo menos: I - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração; Il - o sistema de vias com a respectiva hierarquia; III - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias; IV - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; V - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas; VI - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais. 2º - O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos: I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou zonas de uso predominante; II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas; III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de registro do loteamento; IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. 3o Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula apresentada como atual não tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo da sua apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto as aprovações conseqüentes. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) CAPÍTULO IV Do Projeto de Desmembramento Art. 10. Para a aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, ressalvado o disposto no 4o do art. 18, e de planta do imóvel a ser desmembrado contendo: (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; II - a indicação do tipo de uso predominante no local; III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área. Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas vigentes para as regiões em que se situem ou, na ausência destas, as disposições urbanísticas para os loteamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) Parágrafo único - O Município, ou o Distrito Federal quando for o caso, fixará os requisitos exigíveis para a aprovação de desmembramento de lotes decorrentes de loteamento cuja destinação da área pública tenha sido inferior à mínima prevista no 1º do art. 4º desta Lei.

10 291 CAPÍTULO V Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento Art. 12. O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das diretrizes a que aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo seguinte. 1o O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 2o Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que trata o caput ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à urbanização. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 3o É vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em áreas de risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação dele derivada. (Incluído pela Lei nº , de 2012) Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) I - quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por legislação estadual ou federal; Il - quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal; III - quando o loteamento abranger área superior a m². Parágrafo único - No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação do projeto caberão à autoridade metropolitana. Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no inciso I do artigo anterior. Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeter-se os projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, observadas as disposições desta Lei. Parágrafo único - Na regulamentação das normas previstas neste artigo, o Estado procurará atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal. Art. 16. A lei municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento apresentado seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou recusadas. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 1o Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos derivados da omissão. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 2o Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias para a aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada das obras de urbanização. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as exigências do art. 23 desta Lei. CAPÍTULO VI Do Registro do Loteamento e Desmembramento

11 292 Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, acompanhado dos seguintes documentos: I - título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos 4o e 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) II - histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vintes anos), acompanhados dos respectivos comprovantes; III - certidões negativas: a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel; b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos; c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública. IV - certidões: a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 10 (dez) anos; b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 10 (dez) anos; c) de ônus reais relativos ao imóvel; d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 10 (dez) anos. V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação pela Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas por legislação municipal, que incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das obras de escoamento das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a duração máxima de quatro anos, acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das obras; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) VI - exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de promessa de cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações previstas no art. 26 desta Lei; VII - declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento. 1º - Os períodos referidos nos incisos III, alínea b e IV, alíneas a, e d, tomarão por base a data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em nome daqueles que, nos mencionados períodos, tenham sido titulares de direitos reais sobre o imóvel. 2º - A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes a crime contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do loteamento se o requerente comprovar que esses protestos ou ações não poderão prejudicar os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de Imóveis julgar insuficiente a comprovação feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente. 3º - A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o consentimento do declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a eles relativos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge. 4o O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular, destinado às classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo de desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas, autorizadas por lei a implantar projetos de habitação. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 5o No caso de que trata o 4o, o pedido de registro do parcelamento, além dos documentos mencionados nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias autênticas da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de desapropriação, do comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando formulado por entidades delegadas, da lei de criação e de seus atos constitutivos. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 19. Examinada a documentação e encontrada em ordem, o Oficial do Registro de Imóveis encaminhará comunicação à Prefeitura e fará publicar, em resumo e com pequeno desenho de localização da área, edital do pedido de registro em 3 (três) dias consecutivos, podendo este ser impugnado no prazo de 15 (quinze) dias contados da data da última publicação. 1º - Findo o prazo sem impugnação, será feito imediatamente o registro. Se houver impugnação de terceiros, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o requerente e a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para que sobre ela se manifestem no prazo de 5 cinco) dias, sob pena de

12 293 arquivamento do processo. Com tais manifestações o processo será enviado ao juiz competente para decisão. 2º - Ouvido o Ministério Público no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz decidirá de plano ou após instrução sumária, devendo remeter ao interessado as vias ordinárias caso a matéria exija maior indagação. 3º - Nas capitais, a publicação do edital se fará no Diário Oficial do Estado e num dos jornais de circulação diária. Nos demais municípios, a publicação se fará apenas num dos jornais locais, se houver, ou, não havendo, em jornal da região. 4º - O Oficial do Registro de Imóveis que efetuar o registro em desacordo com as exigências desta Lei ficará sujeito a multa equivalente a 10 (dez) vezes os emolumentos regimentais fixados para o registro, na época em que for aplicada a penalidade pelo juiz corregedor do cartório, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis. 5º - Registrado o loteamento, o Oficial de Registro comunicará, por certidão, o seu registro à Prefeitura. Art. 20. O registro do loteamento será feito, por extrato, no livro próprio. Parágrafo único - No Registro de Imóveis far-se-á o registro do loteamento, com uma indicação para cada lote, a averbação das alterações, a abertura de ruas e praças e as áreas destinadas a espaços livres ou a equipamentos urbanos. Art. 21. Quando a área loteada estiver situada em mais de uma circunscrição imobiliária, o registro será requerido primeiramente perante aquela em que estiver localizada a maior parte da área loteada. Procedido o registro nessa circunscrição, o interessado requererá, sucessivamente, o registro do loteamento em cada uma das demais, comprovando perante cada qual o registro efetuado na anterior, até que o loteamento seja registrado em todas. Denegado registro em qualquer das circunscrições, essa decisão será comunicada, pelo Oficial do Registro de Imóveis, às demais para efeito de cancelamento dos registros feitos, salvo se ocorrer a hipótese prevista no 4º deste artigo. 1º Nenhum lote poderá situar-se em mais de uma circunscrição. 2º - É defeso ao interessado processar simultaneamente, perante diferentes circunscrições, pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo nulos os atos praticados com infração a esta norma. 3º - Enquanto não procedidos todos os registros de que trata este artigo, considerar-se-á o loteamento como não registrado para os efeitos desta Lei. 4º - O indeferimento do registro do loteamento em uma circunscrição não determinará o cancelamento do registro procedido em outra, se o motivo do indeferimento naquela não se estender à área situada sob a competência desta, e desde que o interessado requeira a manutenção do registro obtido, submetido o remanescente do loteamento a uma aprovação prévia perante a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso. Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo. Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado, o Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o parcelamento se encontra implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que passarão dessa forma a integrar o seu domínio. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 23. O registro do loteamento só poderá ser cancelado: I - por decisão judicial; II - a requerimento do loteador, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto de contrato;

13 294 III - a requerimento conjunto do loteador e de todos os adquirentes de lotes, com anuência da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, e do Estado. 1º - A Prefeitura e o Estado só poderão se opor ao cancelamento se disto resultar inconveniente comprovado para o desenvolvimento urbano ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento na área loteada ou adjacências. 2º - Nas hipóteses dos incisos Il e III, o Oficial do Registro de Imóveis fará publicar, em resumo, edital do pedido de cancelamento, podendo este ser impugnado no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da última publicação. Findo esse prazo, com ou sem impugnação, o processo será remetido ao juiz competente para homologação do pedido de cancelamento, ouvido o Ministério Público. 3º - A homologação de que trata o parágrafo anterior será precedida de vistoria judicial destinada a comprovar a inexistência de adquirentes instalados na área loteada. Art. 24. O processo de loteamento e os contratos de depositados em Cartório poderão ser examinados por qualquer pessoa, a qualquer tempo, independentemente do pagamento de custas ou emolumentos, ainda que a título de busca. CAPÍTULO VII Dos Contratos Art. 25. São irretratáveis os compromissos de compra e venda, cessões e promessas de cessão, os que atribuam direito a adjudicação compulsória e, estando registrados, confiram direito real oponível a terceiros. Art. 26. Os compromissos de compra e venda, as cessões ou promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo menos, as seguintes indicações: I - nome, registro civil, cadastro fiscal no Ministério da Fazenda, nacionalidade, estado civil e residência dos contratantes; II - denominação e situação do loteamento, número e data da inscrição; III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, confrontações, área e outras características; IV - preço, prazo, forma e local de pagamento bem como a importância do sinal; V - taxa de juros incidentes sobre o débito em aberto e sobre as prestações vencidas e não pagas, bem como a cláusula penal, nunca excedente a 10% (dez por cento) do débito e só exigível nos casos de intervenção judicial ou de mora superior a 3 (três) meses; VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre o lote compromissado; VII - declaração das restrições urbanísticas convencionais do loteamento, supletivas da legislação pertinente. 1º O contrato deverá ser firmado em 3 (três) vias ou extraídas em 3 (três) traslados, sendo um para cada parte e o terceiro para arquivo no registro imobiliário, após o registro e anotações devidas. 2º Quando o contrato houver sido firmado por procurador de qualquer das partes, será obrigatório o arquivamento da procuração no registro imobiliário. 3o Admite-se, nos parcelamentos populares, a cessão da posse em que estiverem provisoriamente imitidas a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas entidades delegadas, o que poderá ocorrer por instrumento particular, ao qual se atribui, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando a disposição do inciso II do art. 134 do Código Civil. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 4o A cessão da posse referida no 3o, cumpridas as obrigações do cessionário, constitui crédito contra o expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos habitacionais. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 5o Com o registro da sentença que, em processo de desapropriação, fixar o valor da indenização, a posse referida no 3o converter-se-á em propriedade e a sua cessão, em compromisso de compra e

14 295 venda ou venda e compra, conforme haja obrigações a cumprir ou estejam elas cumpridas, circunstância que, demonstradas ao Registro de Imóveis, serão averbadas na matrícula relativa ao lote. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 6o Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão valerão como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva prova de quitação. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 27. Se aquele que se obrigou a concluir contrato de promessa de venda ou de cessão não cumprir a obrigação, o credor poderá notificar o devedor para outorga do contrato ou oferecimento de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de proceder-se ao registro de pré-contrato, passando as relações entre as partes a serem regidas pelo contrato-padrão. 1º Para fins deste artigo, terão o mesmo valor de pré-contrato a promessa de cessão, a proposta de compra, a reserva de lote ou qualquer, outro instrumento, do qual conste a manifestação da vontade das partes, a indicação do lote, o preço e modo de pagamento, e a promessa de contratar. 2º O registro de que trata este artigo não será procedido se a parte que o requereu não comprovar haver cumprido a sua prestação, nem a oferecer na forma devida, salvo se ainda não exigível. 3º Havendo impugnação daquele que se comprometeu a concluir o contrato, observar-se-á o disposto nos arts. 639 e 640 do Código de Processo Civil. Art. 28. Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado dependerá de acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração, bem como da aprovação pela Prefeitura Municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, devendo ser depositada no Registro de Imóveis, em complemento ao projeto original com a devida averbação. Art. 29. Aquele que adquirir a propriedade loteada mediante ato inter vivos, ou por sucessão causa mortis, sucederá o transmitente em todos os seus direitos e obrigações, ficando obrigado a respeitar os compromissos de compra e venda ou as promessas de cessão, em todas as suas cláusulas, sendo nula qualquer disposição em contrário, ressalvado o direito do herdeiro ou legatário de renunciar à herança ou ao legado. Art. 30. A sentença declaratória de falência ou da insolvência de qualquer das partes não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a falência ou insolvência for do proprietário da área loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbirá ao síndico ou ao administrador dar cumprimento aos referidos contratos; se do adquirente do lote, seus direitos serão levados à praça. Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por simples trespasse, lançado no verso das vias em poder das partes, ou por instrumento em separado, declarando-se o número do registro do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário, para o devido registro. 1º A cessão independe da anuência do loteador mas, em relação a este, seus efeitos só se produzem depois de cientificado, por escrito, pelas partes ou quando registrada a cessão. 2º - Uma vez registrada a cessão, feita sem anuência do loteador, o Oficial do Registro dar-lhe-á ciência, por escrito, dentro de 10 (dez) dias. Art. 32. Vencida e não paga a prestação, o contrato será considerado rescindido 30 (trinta) dias depois de constituído em mora o devedor. 1º Para os fins deste artigo o devedor-adquirente será intimado, a requerimento do credor, pelo Oficial do Registro de Imóveis, a satisfazer as prestações vencidas e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionados e as custas de intimação. 2º Purgada a mora, convalescerá o contrato. 3º - Com a certidão de não haver sido feito o pagamento em cartório, o vendedor requererá ao Oficial do Registro o cancelamento da averbação.

15 296 Art. 33. Se o credor das prestações se recusar recebê-las ou furtar-se ao seu recebimento, será constituído em mora mediante notificação do Oficial do Registro de Imóveis para vir receber as importâncias depositadas pelo devedor no próprio Registro de Imóveis. Decorridos 15 (quinze) dias após o recebimento da intimação, considerar-se-á efetuado o pagamento, a menos que o credor impugne o depósito e, alegando inadimplemento do devedor, requeira a intimação deste para os fins do disposto no art. 32 desta Lei. Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário. Parágrafo único - Não serão indenizadas as benfeitorias feitas em desconformidade com o contrato ou com a lei. Art. 35. Ocorrendo o cancelamento do registro por inadimplemento do contrato e tendo havido o pagamento de mais de 1/3 (um terço) do preço ajustado, o Oficial do Registro de Imóveis mencionará este fato no ato do cancelamento e a quantia paga; somente será efetuado novo registro relativo ao mesmo lote, se for comprovada a restituição do valor pago pelo vendedor ao titular do registro cancelado, ou mediante depósito em dinheiro à sua disposição junto ao Registro de Imóveis. 1º Ocorrendo o depósito a que se refere este artigo, o Oficial do Registro de Imóveis intimará o interessado para vir recebê-lo no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de ser devolvido ao depositante. 2º No caso de não se encontrado o interessado, o Oficial do Registro de Imóveis depositará quantia em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção monetária. Art. 36. O registro do compromisso, cessão ou promessa de cessão só poderá ser cancelado: I - por decisão judicial; II - a requerimento conjunto das partes contratantes; III - quando houver rescisão comprovada do contrato. CAPÍTULO VIII Disposições Gerais Art. 37. É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou desmembramento não registrado. Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das prestações restantes e notificar o loteador para suprir a falta. 1º Ocorrendo a suspensão do pagamento das prestações restantes, na forma do caput deste artigo, o adquirente efetuará o depósito das prestações devidas junto ao Registro de Imóveis competente, que as depositará em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção monetária, cuja movimentação dependerá de prévia autorização judicial. 2º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, ou o Ministério Público, poderá promover a notificação ao loteador prevista no caput deste artigo. 3º Regularizado o loteamento pelo loteador, este promoverá judicialmente a autorização para levantar as prestações depositadas, com os acréscimos de correção monetária e juros, sendo necessária a citação da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o caso, para integrar o processo judicial aqui previsto, bem como audiência do Ministério Público. 4º Após o reconhecimento judicial de regularidade do loteamento, o loteador notificará os adquirentes dos lotes, por intermédio do Registro de Imóveis competente, para que passem a pagar diretamente as prestações restantes, a contar da data da notificação.

16 297 5º No caso de o loteador deixar de atender à notificação até o vencimento do prazo contratual, ou quando o loteamento ou desmembramento for regularizado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, nos termos do art. 40 desta Lei, o loteador não poderá, a qualquer titulo, exigir o recebimento das prestações depositadas. Art.39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver regularmente inscrito. Art. 40. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, se desatendida pelo loteador a notificação, poderá regularizar loteamento ou desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do ato administrativo de licença, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. 1º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, que promover a regularização, na forma deste artigo, obterá judicialmente o levantamento das prestações depositadas, com os respectivos acréscimos de correção monetária e juros, nos termos do 1º do art. 38 desta Lei, a título de ressarcimento das importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para regularizar o loteamento ou desmembramento. 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, para regularizar o loteamento ou desmembramento, caso não sejam integralmente ressarcidas conforme o disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na parte faltante do loteador, aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei. 3º No caso de o loteador não cumprir o estabelecido no parágrafo anterior, a Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, poderá receber as prestações dos adquirentes, até o valor devido. 4º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem como o ressarcimento integral de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover judicialmente os procedimentos cautelares necessários aos fins colimados. 5o A regularização de um parcelamento pela Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, quando for o caso, não poderá contrariar o disposto nos arts. 3o e 4o desta Lei, ressalvado o disposto no 1o desse último (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 41. Regularizado o loteamento ou desmembramento pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, o adquirente do lote, comprovando o depósito de todas as prestações do preço avençado, poderá obter o registro, de propriedade do lote adquirido, valendo para tanto o compromisso de venda e compra devidamente firmado. Art. 42. Nas desapropriações não serão considerados como loteados ou loteáveis, para fins de indenização, os terrenos ainda não vendidos ou compromissados, objeto de loteamento ou desmembramento não registrado. Art. 43. Ocorrendo a execução de loteamento não aprovado, a destinação de áreas públicas exigidas no inciso I do art. 4º desta Lei não se poderá alterar sem prejuízo da aplicação das sanções administrativas, civis e criminais previstas. Parágrafo único. Neste caso, o loteador ressarcirá a Prefeitura Municipal ou o Distrito Federal quando for o caso, em pecúnia ou em área equivalente, no dobro da diferença entre o total das áreas públicas exigidas e as efetivamente destinadas. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Estado poderão expropriar áreas urbanas ou de expansão urbana para reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação, ressalvada a preferência dos expropriados para a aquisição de novas unidades.

17 298 Art. 45. O loteador, ainda que já tenha vendido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes legítimas para promover ação destinada a impedir construção em desacordo com restrições legais ou contratuais. Art. 46. O loteador não poderá fundamentar qualquer ação ou defesa na presente Lei sem apresentação dos registros e contratos a que ela se refere. Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico ou financeiro, qualquer pessoa física ou jurídica desse grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento ou desmembramento irregular, será solidariamente responsável pelos prejuízos por ele causados aos compradores de lotes e ao Poder Público. Art. 48. O foro competente para os procedimentos judiciais previstos nesta Lei será o da comarca da situação do lote. Art. 49. As intimações e notificações previstas nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente ao intimado ou notificado, que assinará o comprovante do recebimento, e poderão igualmente ser promovidas por meio dos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos da Comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-las. 1º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou se furtar ao recebimento, ou se for desconhecido o seu paradeiro, o funcionário incumbido da diligência informará esta circunstância ao Oficial competente que a certificará, sob sua responsabilidade. 2º Certificada a ocorrência dos fatos mencionados no parágrafo anterior, a intimação ou notificação será feita por edital na forma desta Lei, começando o prazo a correr 10 (dez) dias após a última publicação CAPÍTULO IX Disposições Penais Art. 50. Constitui crime contra a Administração Pública. I - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal, Estados e Municipíos; II - dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem observância das determinações constantes do ato administrativo de licença; III - fazer ou veicular em proposta, contrato, prospecto ou comunicação ao público ou a interessados, afirmação falsa sobre a legalidade de loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele relativo. Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 (quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Parágrafo único - O crime definido neste artigo é qualificado, se cometido. I - por meio de venda, promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer outros instrumentos que manifestem a intenção de vender lote em loteamento ou desmembramento não registrado no Registro de Imóveis competente. II - com inexistência de título legítimo de propriedade do imóvel loteado ou desmembrado, ou com omissão fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato não constituir crime mais grave. II - com inexistência de título legítimo de propriedade do imóvel loteado ou desmembrado, ressalvado o disposto no art. 18, 4o e 5o, desta Lei, ou com omissão fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato não constituir crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País. Art. 51. Quem, de qualquer modo, concorra para a prática dos crimes previstos no artigo anterior desta Lei incide nas penas a estes cominadas, considerados em especial os atos praticados na qualidade de mandatário de loteador, diretor ou gerente de sociedade.

18 299 Art. 52. Registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelos órgãos competentes, registrar o compromisso de compra e venda, a cessão ou promessa de cessão de direitos, ou efetuar registro de contrato de venda de loteamento ou desmembramento não registrado. Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o maior salário mínimo vigente no País, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. CAPÍTULO X Disposições Finais Art. 53. Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia audiência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão Metropolitano, se houver, onde se localiza o Município, e da aprovação da Prefeitura municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação pertinente. Art. 53-A. São considerados de interesse público os parcelamentos vinculados a planos ou programas habitacionais de iniciativa das Prefeituras Municipais e do Distrito Federal, ou entidades autorizadas por lei, em especial as regularizações de parcelamentos e de assentamentos. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) Parágrafo único. Às ações e intervenções de que trata este artigo não será exigível documentação que não seja a mínima necessária e indispensável aos registros no cartório competente, inclusive sob a forma de certidões, vedadas as exigências e as sanções pertinentes aos particulares, especialmente aquelas que visem garantir a realização de obras e serviços, ou que visem prevenir questões de domínio de glebas, que se presumirão asseguradas pelo Poder Público respectivo. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

19 300 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I Dos Princípios Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2º - As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº , de 2010) Seção VI Das Alienações Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela Lei nº , de 2009) c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº , de 2007) g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei n o 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº , de 2005) h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e

20 301 cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº , de 2007) i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Lei nº , de 2009) II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. 1 o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. 2 o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº , de 2005) I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº , de 2005) Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: I - avaliação dos bens alienáveis; II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;. III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Capítulo II Da Licitação Seção I Das Modalidades, Limites e Dispensa Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado. Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais. Capítulo III DOS CONTRATOS Seção I Disposições Preliminares Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

21 302 1 o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 2 o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta. Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção; V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais; VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas;

22 303 XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz; XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade; CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA SNUC Art. 3º O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, de acordo com o disposto nesta Lei. CAPÍTULO III DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 7º As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas: I - Unidades de Proteção Integral; II - Unidades de Uso Sustentável. 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Art. 8º O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: I - Estação Ecológica; II - Reserva Biológica; III - Parque Nacional; IV - Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre. Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - Floresta Nacional; IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 1º A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas. 2º Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental. 3º As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.

23 304 4º Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. 5º A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei. CAPÍTULO IV DA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 2º A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 3º No processo de consulta de que trata o 2º, o Poder Público é obrigado a fornecer informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras partes interessadas. 5º As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2º deste artigo. 6º A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2º deste artigo. 7º A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. 1º O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. 2º Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de que trata o 1º poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente. Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa, considerandose os seus distintos objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional.(regulamento) Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de gestão integrada do conjunto das unidades. Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo. 1º O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. 2º Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo das Reservas Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, das Áreas de Proteção Ambiental e, quando couber,

24 305 das Florestas Nacionais e das Áreas de Relevante Interesse Ecológico, será assegurada a ampla participação da população residente. 3º O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criação. 4º O Plano de Manejo poderá dispor sobre as atividades de liberação planejada e cultivo de organismos geneticamente modificados nas Áreas de Proteção Ambiental e nas zonas de amortecimento das demais categorias de unidade de conservação, observadas as informações contidas na decisão técnica da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio sobre: (Incluído pela Lei nº , de 2007) I - o registro de ocorrência de ancestrais diretos e parentes silvestres; (Incluído pela Lei nº , de 2007) II - as características de reprodução, dispersão e sobrevivência do organismo geneticamente modificado; (Incluído pela Lei nº , de 2007) III - o isolamento reprodutivo do organismo geneticamente modificado em relação aos seus ancestrais diretos e parentes silvestres; e (Incluído pela Lei nº , de 2007) IV - situações de risco do organismo geneticamente modificado à biodiversidade. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Art. 28. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos. Parágrafo único. Até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as atividades e obras desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, assegurando-se às populações tradicionais porventura residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais. Art. 29. Cada unidade de conservação do grupo de Proteção Integral disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil, por proprietários de terras localizadas em Refúgio de Vida Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e, na hipótese prevista no 2o do art. 42, das populações tradicionais residentes, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. Art. 30. As unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão. Art. 31. É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies não autóctones. Art. 33. A exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços obtidos ou desenvolvidos a partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos ou culturais ou da exploração da imagem de unidade de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, dependerá de prévia autorização e sujeitará o explorador a pagamento, conforme disposto em regulamento. Art. 34. Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de conservação podem receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais ou internacionais, com ou sem encargos, provenientes de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem colaborar com a sua conservação. Parágrafo único. A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão gestor da unidade, e estes serão utilizados exclusivamente na sua implantação, gestão e manutenção. Art. 35. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas decorrentes de arrecadação, serviços e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os seguintes critérios:

25 306 I - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na implementação, manutenção e gestão da própria unidade; II - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por cento, na regularização fundiária das unidades de conservação do Grupo; III - até cinqüenta por cento, e não menos que quinze por cento, na implementação, manutenção e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral. Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 42. As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja permitida serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e condições acordados entre as partes. 1º O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o reassentamento das populações tradicionais a serem realocadas. 2º Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata este artigo, serão estabelecidas normas e ações específicas destinadas a compatibilizar a presença das populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem prejuízo dos modos de vida, das fontes de subsistência e dos locais de moradia destas populações, assegurando-se a sua participação na elaboração das referidas normas e ações. 3º Na hipótese prevista no 2o, as normas regulando o prazo de permanência e suas condições serão estabelecidas em regulamento. Art. 46. A instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, energia e infra-estrutura urbana em geral, em unidades de conservação onde estes equipamentos são admitidos depende de prévia aprovação do órgão responsável por sua administração, sem prejuízo da necessidade de elaboração de estudos de impacto ambiental e outras exigências legais. Parágrafo único. Esta mesma condição se aplica à zona de amortecimento das unidades do Grupo de Proteção Integral, bem como às áreas de propriedade privada inseridas nos limites dessas unidades e ainda não indenizadas. LEI N o , DE 10 DE JULHO DE 2001 Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DIRETRIZES GERAIS Art. 1 o - Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

26 307 Art. 2 - A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; III cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; IV planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; V oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; VI ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental; h) a exposição da população a riscos de desastres. (Redação dada pela Lei nº , de 2012) VII integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência; VIII adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência; IX justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização; X adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bemestar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; XII proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; XIII audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; XIV regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; XV simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; XVI isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social. XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais. (Incluído pela Lei nº , de 2013) XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Art. 3 o Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana: I legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; II legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bemestar em âmbito nacional;

27 308 III promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; IV - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico, transportes urbanos e infraestrutura de energia e telecomunicações; (Redação dada pela Lei nº , de 2015) V elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. CAPÍTULO II DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA Seção I Dos instrumentos em geral Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos: I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; II planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social; IV institutos tributários e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuição de melhoria; c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; V institutos jurídicos e políticos: a) desapropriação; b) servidão administrativa; c) limitações administrativas; d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; e) instituição de unidades de conservação; f) instituição de zonas especiais de interesse social; g) concessão de direito real de uso; h) concessão de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; j) usucapião especial de imóvel urbano; l) direito de superfície; m) direito de preempção; n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; o) transferência do direito de construir; p) operações urbanas consorciadas; q) regularização fundiária; r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei nº , de 2009) u) legitimação de posse. (Incluído pela Lei nº , de 2009) VI estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). 1 o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei. 2 o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.

28 309 3 o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil. Seção II Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios Art. 5 o - Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. 1 o Considera-se subutilizado o imóvel: I cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente; 2 o O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis. 3 o A notificação far-se-á: I por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração; II por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I. 4 o Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a: I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente; II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. 5 o - Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal específica a que se refere o caput poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo. Art. 6 o - A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5 o desta Lei, sem interrupção de quaisquer prazos. Seção III Do IPTU progressivo no tempo Art. 7 o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5 o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no 5 o do art. 5 o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. 1 o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5 o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento. 2 o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8 o. 3 o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo. Seção IV Da desapropriação com pagamento em títulos

29 310 Art. 8 o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. 1 o Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano. 2 o O valor real da indenização: I refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o 2 o do art. 5 o desta Lei; II não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. 3 o Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos. 4 o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público. 5 o O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório. 6 o Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do 5 o as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5 o desta Lei. Seção V Da usucapião especial de imóvel urbano Art. 9 o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1 o O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2 o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 3 o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão. Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 1 o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas. 2 o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. 3 o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. 4 o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.

30 311 5 o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes. Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo. Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: I o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente; II os possuidores, em estado de composse; III como substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados. 1 o Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do Ministério Público. 2 o O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis. Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis. Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário. Seção VII Do direito de superfície Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis. 1 o O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística. 2 o A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa. 3 o O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo. 4 o O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato respectivo. 5 o Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros. Art. 22. Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à oferta de terceiros. Art. 23. Extingue-se o direito de superfície: I pelo advento do termo; II pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário. Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato. 1 o Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida. 2 o A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de imóveis.

31 312 Seção VIII Do direito de preempção Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. 1 o Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência. 2 o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do 1 o, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel. Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para: I regularização fundiária; II execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; III constituição de reserva fundiária; IV ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; VII criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; VIII proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico; Parágrafo único. A lei municipal prevista no 1 o do art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo. Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo. 1 o À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade. 2 o O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada. 3 o Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada. 4 o Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel. 5 o A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno direito. 6 o Ocorrida a hipótese prevista no 5 o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele. Seção IX Da outorga onerosa do direito de construir Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. 1 o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno. 2 o O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana.

32 313 3 o O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infra-estrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área. Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso, determinando: I a fórmula de cálculo para a cobrança; II os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga; III a contrapartida do beneficiário. Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei. Seção X Das operações urbanas consorciadas Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações consorciadas. 1 o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. 2 o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas: I a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente; II a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente. III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de obras a serem contempladas. (Incluído pela Lei nº , de 2013) Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo: I definição da área a ser atingida; II programa básico de ocupação da área; III programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; IV finalidades da operação; V estudo prévio de impacto de vizinhança; VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do 2 o do art. 32 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº , de 2013) VII forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil. VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do 2 o do art. 32 desta Lei. (Incluído pela Lei nº , de 2013) 1 o Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada. 2 o A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano de operação urbana consorciada.

33 314 Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação. 1 o Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação. 2 o Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada. Art. 34-A. Nas regiões metropolitanas ou nas aglomerações urbanas instituídas por lei complementar estadual, poderão ser realizadas operações urbanas consorciadas interfederativas, aprovadas por leis estaduais específicas. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Parágrafo único. As disposições dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se às operações urbanas consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que couber. (Incluído pela Lei nº , de 2015) Seção XI Da transferência do direito de construir Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de: I implantação de equipamentos urbanos e comunitários; II preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; III servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social. 1 o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput. 2 o A lei municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da transferência do direito de construir. Seção XII Do estudo de impacto de vizinhança Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal. Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões: I adensamento populacional; II equipamentos urbanos e comunitários; III uso e ocupação do solo; IV valorização imobiliária; V geração de tráfego e demanda por transporte público; VI ventilação e iluminação; VII paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado.

34 315 Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental. CAPÍTULO III DO PLANO DIRETOR Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2 o desta Lei. Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. 1 o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. 2 o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo. 3 o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. 4 o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade; II a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; III o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos. Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades: I com mais de vinte mil habitantes; II integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no 4 o do art. 182 da Constituição Federal; IV integrantes de áreas de especial interesse turístico; V inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 1 o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas. 2 o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido. Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo: I a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infra-estrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5 o desta Lei; II disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei; III sistema de acompanhamento e controle. Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos Municípios incluídos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter: (Incluído pela Lei nº , de 2012) I - parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e a contribuir para a geração de emprego e renda (Incluído pela Lei nº , de 2012)

35 316 II - mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos; (Incluído pela Lei nº , de 2012) III - planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de áreas de risco de desastre; (Incluído pela Lei nº , de 2012) IV - medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos de desastres; e (Incluído pela Lei nº , de 2012) V - diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se houver, observadas a Lei n o , de 7 de julho de 2009, e demais normas federais e estaduais pertinentes, e previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, onde o uso habitacional for permitido. (Incluído pela Lei nº , de 2012) VI - identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais, quando for o caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades. (Incluído pela Lei nº , de 2014) 1 o A identificação e o mapeamento de áreas de risco levarão em conta as cartas geotécnicas. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 2 o O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as disposições insertas nos planos de recursos hídricos, formulados consoante a Lei n o 9.433, de 8 de janeiro de (Incluído pela Lei nº , de 2012) 3 o Os Municípios adequarão o plano diretor às disposições deste artigo, por ocasião de sua revisão, observados os prazos legais. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 4 o Os Municípios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado terão o prazo de 5 (cinco) anos para o seu encaminhamento para aprovação pela Câmara Municipal. (Incluído pela Lei nº , de 2012) Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo: (Incluído pela Lei nº , de 2012) I - demarcação do novo perímetro urbano; (Incluído pela Lei nº , de 2012) II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle especial em função de ameaça de desastres naturais; (Incluído pela Lei nº , de 2012) III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei nº , de 2012) IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº , de 2012) V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for permitido; (Incluído pela Lei nº , de 2012) VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico e cultural; e (Incluído pela Lei nº , de 2012) VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder público. 1 o O projeto específico de que trata o caput deste artigo deverá ser instituído por lei municipal e atender às diretrizes do plano diretor, quando houver. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 2 o Quando o plano diretor contemplar as exigências estabelecidas no caput, o Município ficará dispensado da elaboração do projeto específico de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº , de 2012) 3 o A aprovação de projetos de parcelamento do solo no novo perímetro urbano ficará condicionada à existência do projeto específico e deverá obedecer às suas disposições. (Incluído pela Lei nº , de 2012)

36 317 CAPÍTULO IV DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; II debates, audiências e consultas públicas; III conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; IV iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III do art. 4 o desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal. Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória e significativa participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 46. O Poder Público municipal poderá facultar ao proprietário de área atingida pela obrigação de que trata o caput do art. 5 o desta Lei, a requerimento deste, o estabelecimento de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel. 1 o Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas. 2 o O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras, observado o disposto no 2 o do art. 8 o desta Lei. Art. 47. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos, serão diferenciados em função do interesse social. Art. 48. Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, os contratos de concessão de direito real de uso de imóveis públicos: I terão, para todos os fins de direito, caráter de escritura pública, não se aplicando o disposto no inciso II do art. 134 do Código Civil; II constituirão título de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos habitacionais. Art. 49. Os Estados e Municípios terão o prazo de noventa dias, a partir da entrada em vigor desta Lei, para fixar prazos, por lei, para a expedição de diretrizes de empreendimentos urbanísticos, aprovação de projetos de parcelamento e de edificação, realização de vistorias e expedição de termo de verificação e conclusão de obras. Parágrafo único. Não sendo cumprida a determinação do caput, fica estabelecido o prazo de sessenta dias para a realização de cada um dos referidos atos administrativos, que valerá até que os Estados e Municípios disponham em lei de forma diversa. Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor desta Lei deverão aprová-lo até 30 de junho de (Redação dada pela Lei nº , 2008) Art. 51. Para os efeitos desta Lei, aplicam-se ao Distrito Federal e ao Governador do Distrito Federal as disposições relativas, respectivamente, a Município e a Prefeito.

37 318 Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos envolvidos e da aplicação de outras sanções cabíveis, o Prefeito incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei n o 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: II deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imóvel incorporado ao patrimônio público, conforme o disposto no 4 o do art. 8 o desta Lei; III utilizar áreas obtidas por meio do direito de preempção em desacordo com o disposto no art. 26 desta Lei; IV aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso em desacordo com o previsto no art. 31 desta Lei; V aplicar os recursos auferidos com operações consorciadas em desacordo com o previsto no 1 o do art. 33 desta Lei; VI impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos incisos I a III do 4 o do art. 40 desta Lei; VII deixar de tomar as providências necessárias para garantir a observância do disposto no 3 o do art. 40 e no art. 50 desta Lei; VIII adquirir imóvel objeto de direito de preempção, nos termos dos arts. 25 a 27 desta Lei, pelo valor da proposta apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de mercado. LEI Nº , DE 10 DE JANEIRO DE Institui o Código Civil. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: PARTE ESPECIAL LIVRO I DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES TÍTULO VI Das Várias Espécies de Contrato CAPÍTULO I Da Compra e Venda Seção II Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda Subseção III Da Preempção ou Preferência Art A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto. Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel. Art O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa. Art Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado. Art Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor.

38 319 Art Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita. Art Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé. Art Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. Art O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros. LIVRO III Do Direito das Coisas TÍTULO II Dos Direitos Reais CAPÍTULO ÚNICO Disposições Gerais Art São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº , de 2007) XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Art Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. TÍTULO III Da Propriedade CAPÍTULO I Da Propriedade em Geral Seção I Disposições Preliminares Art O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 1 o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

39 320 2 o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. 3 o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. 4 o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 5 o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. Art A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. Art A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. Art A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. Art Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem. CAPÍTULO II Da Aquisição da Propriedade Imóvel Seção I Da Usucapião Art Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Art Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Art Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1 o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

40 321 2 o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 1 o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel. Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Art Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. Art O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art ), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art , com justo título e de boa-fé. Art Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. CAPÍTULO IV Da Perda da Propriedade Art Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: I - por alienação; II - pela renúncia; III - por abandono; IV - por perecimento da coisa; V - por desapropriação. Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis. Art O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições. 1 o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize. 2 o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.

41 322 CAPÍTULO V Dos Direitos de Vizinhança Seção I Do Uso Anormal da Propriedade Art O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança. Art O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. Art Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis. Art O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente. Art O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual. Seção VII Do Direito de Construir Art O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos. Art O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédio vizinho. CAPÍTULO VI Do Condomínio Geral Seção I Do Condomínio Voluntário Subseção I Dos Direitos e Deveres dos Condôminos Art Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la. Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros. Art O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita. Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos. Art Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal.

42 323 1 o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem. 2 o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida. Art Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum. Art As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais. Art Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou. Art A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. 1 o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. 2 o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. 3 o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo. Art Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança (arts a 2.022). Art Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior. Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho. Subseção II Da Administração do Condomínio Art Deliberando a maioria sobre a administração da coisa comum, escolherá o administrador, que poderá ser estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições iguais, o condômino ao que não o é. Art O condômino que administrar sem oposição dos outros presume-se representante comum. Seção II Do Condomínio Necessário Art O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (art ). Art Não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes. Art Qualquer que seja o valor da meação, enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisória.

43 324 CAPÍTULO VII Do Condomínio Edilício Seção I Disposições Gerais Art Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. 1 o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº , de 2012) 2 o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos. 3 o A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição do condomínio. (Redação dada pela Lei nº , de 2004) 4 o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público. 5 o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio. Art Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial: I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns; II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns; III - o fim a que as unidades se destinam. Art A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção. Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Art Além das cláusulas referidas no art e das que os interessados houverem por bem estipular, a convenção determinará: I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio; II - sua forma de administração; III - a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações; IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores; V - o regimento interno. 1 o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular. 2 o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas.

44 325 Art São direitos do condômino: I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores; III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite. Art São deveres do condômino: I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei nº , de 2004) II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação; III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas; IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. 1 o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito. 2 o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança da multa. Art O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem. Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia. Art Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores. Art Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade exclusiva; são também inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades imobiliárias, com as suas partes acessórias. 1 o Nos casos deste artigo é proibido alienar ou gravar os bens em separado. 2 o É permitido ao condômino alienar parte acessória de sua unidade imobiliária a outro condômino, só podendo fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomínio, e se a ela não se opuser a respectiva assembléia geral. Art As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve. Art A realização de obras no condomínio depende: I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos; II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos. 1 o As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.

45 326 2 o Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente. 3 o Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos. 4 o O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum. Art A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns. Art A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos. Art Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores. Art O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios. Art É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial. Seção III Da Extinção do Condomínio Art Se a edificação for total ou consideravelmente destruída, ou ameace ruína, os condôminos deliberarão em assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos que representem metade mais uma das frações ideais. 1 o Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir-se do pagamento das despesas respectivas, alienando os seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação judicial. 2 o Realizada a venda, em que se preferirá, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, será repartido o apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobiliárias. Art Se ocorrer desapropriação, a indenização será repartida na proporção a que se refere o 2 o do artigo antecedente. LEI Nº , DE 5 DE JANEIRO DE 2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

46 327 Art. 1º Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais: III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado; XIII - adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água. (Incluído pela Lei nº , de 2013) Art. 3 o Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas; Art. 4 o Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico. CAPÍTULO II DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico: I - a existência de plano de saneamento básico; II - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico; III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização; CAPÍTULO VI DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS Art. 29. Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços: I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente; 1 o Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as seguintes diretrizes: IV - inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos; VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços; CAPÍTULO VII DOS ASPECTOS TÉCNICOS Art. 45. Ressalvadas as disposições em contrário das normas do titular, da entidade de regulação e de meio ambiente, toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas de

47 328 abastecimento de água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses serviços. 2 o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser também alimentada por outras fontes. CAPÍTULO IX DA POLÍTICA FEDERAL DE SANEAMENTO BÁSICO Art. 48. A União, no estabelecimento de sua política de saneamento básico, observará as seguintes diretrizes: III - estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços; CAPÍTULO IX DA POLÍTICA FEDERAL DE SANEAMENTO BÁSICO Art. 49. São objetivos da Política Federal de Saneamento Básico: XI - incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução do consumo de água; (Incluído pela Lei nº , de 2013) XII - promover educação ambiental voltada para a economia de água pelos usuários. (Incluído pela Lei nº , de 2013) LEI Nº , DE 7 DE JULHO DE Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei n o 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis n os 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e , de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória n o , de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências O VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA PMCMV Art. 1 o O Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV tem por finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e aquisição de novas unidades habitacionais ou requalificação de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações rurais, para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais) e compreende os seguintes subprogramas: (Redação dada pela Lei nº , de 2011) I - o Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU; e (Redação dada pela Lei nº , de 2011) Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº , de 2011) I - grupo familiar: unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos que contribuem para o seu rendimento ou têm suas despesas por ela atendidas e abrange todas as espécies reconhecidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, incluindo-se nestas a família unipessoal; (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - imóvel novo: unidade habitacional com até 180 (cento e oitenta) dias de habite-se, ou documento equivalente, expedido pelo órgão público municipal competente ou, nos casos de prazo superior, que não tenha sido habitada ou alienada; (Incluído pela Lei nº , de 2011) III - oferta pública de recursos: procedimento realizado pelo Poder Executivo federal destinado a prover recursos às instituições e agentes financeiros do Sistema Financeiro da Habitação - SFH para viabilizar as operações previstas no inciso III do art. 2 o ; (Incluído pela Lei nº , de 2011)

48 329 IV - requalificação de imóveis urbanos: aquisição de imóveis conjugada com a execução de obras e serviços voltados à recuperação e ocupação para fins habitacionais, admitida ainda a execução de obras e serviços necessários à modificação de uso (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 3 o Para a indicação dos beneficiários do PMCMV, deverão ser observados os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº , de 2011) I - comprovação de que o interessado integra família com renda mensal de até R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais); (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - faixas de renda definidas pelo Poder Executivo federal para cada uma das modalidades de operações; (Incluído pela Lei nº , de 2011) III - prioridade de atendimento às famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas; (Incluído pela Lei nº , de 2011) IV - prioridade de atendimento às famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e (Incluído pela Lei nº , de 2011) V - prioridade de atendimento às famílias de que façam parte pessoas com deficiência. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 1 o Em áreas urbanas, os critérios de prioridade para atendimento devem contemplar também: I a doação pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de terrenos localizados em área urbana consolidada para implantação de empreendimentos vinculados ao programa; II a implementação pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de medidas de desoneração tributária, para as construções destinadas à habitação de interesse social; III a implementação pelos Municípios dos instrumentos da Lei n o , de 10 de julho de 2001, voltados ao controle da retenção das áreas urbanas em ociosidade. Seção II Do Programa Nacional de Habitação Urbana PNHU Art. 5 o -A. Para a implantação de empreendimentos no âmbito do PNHU, deverão ser observados: (Incluído pela Lei nº , de 2011) I - localização do terreno na malha urbana ou em área de expansão que atenda aos requisitos estabelecidos pelo Poder Executivo federal, observado o respectivo plano diretor, quando existente; (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - adequação ambiental do projeto; (Incluído pela Lei nº , de 2011) III - infraestrutura básica que inclua vias de acesso, iluminação pública e solução de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais e permita ligações domiciliares de abastecimento de água e energia elétrica; e (Incluído pela Lei nº , de 2011) IV - a existência ou compromisso do poder público local de instalação ou de ampliação dos equipamentos e serviços relacionados a educação, saúde, lazer e transporte público. (Incluído pela Lei nº , de 2011) CAPÍTULO III DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE ASSENTAMENTOS URBANOS Seção I Disposições Preliminares Art. 46. A regularização fundiária consiste no conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Art. 47. Para efeitos da regularização fundiária de assentamentos urbanos, consideram-se: I área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica; II área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade demográfica superior a 50 (cinquenta) habitantes por hectare e malha viária implantada e que tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana implantados: a) drenagem de águas pluviais urbanas; b) esgotamento sanitário; c) abastecimento de água potável;

49 330 d) distribuição de energia elétrica; ou e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos; III demarcação urbanística: procedimento administrativo pelo qual o poder público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses; IV legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título de reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse; V Zona Especial de Interesse Social - ZEIS: parcela de área urbana instituída pelo Plano Diretor ou definida por outra lei municipal, destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo; VI assentamentos irregulares: ocupações inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas predominantemente para fins de moradia; VII regularização fundiária de interesse social: regularização fundiária de assentamentos irregulares ocupados, predominantemente, por população de baixa renda, nos casos: a) em que a área esteja ocupada, de forma mansa e pacífica, há, pelo menos, 5 (cinco) anos; (Redação dada pela Lei nº , de 2011) b) de imóveis situados em ZEIS; ou c) de áreas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios declaradas de interesse para implantação de projetos de regularização fundiária de interesse social; VIII regularização fundiária de interesse específico: regularização fundiária quando não caracterizado o interesse social nos termos do inciso VII. IX - etapas da regularização fundiária: medidas jurídicas, urbanísticas e ambientais mencionadas no art. 46 desta Lei, que envolvam a integralidade ou trechos do assentamento irregular objeto de regularização. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 1 o A demarcação urbanística e a legitimação de posse de que tratam os incisos III e IV deste artigo não implicam a alteração de domínio dos bens imóveis sobre os quais incidirem, o que somente se processará com a conversão da legitimação de posse em propriedade, nos termos do art. 60 desta Lei. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 2 o Sem prejuízo de outros meios de prova, o prazo de que trata a alínea a do inciso VII poderá ser demonstrado por meio de fotos aéreas da ocupação ao longo do tempo exigido.(incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 48. Respeitadas as diretrizes gerais da política urbana estabelecidas na Lei n o , de 10 de julho de 2001, a regularização fundiária observará os seguintes princípios: I ampliação do acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, com prioridade para sua permanência na área ocupada, assegurados o nível adequado de habitabilidade e a melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e ambiental; II articulação com as políticas setoriais de habitação, de meio ambiente, de saneamento básico e de mobilidade urbana, nos diferentes níveis de governo e com as iniciativas públicas e privadas, voltadas à integração social e à geração de emprego e renda; III participação dos interessados em todas as etapas do processo de regularização; IV estímulo à resolução extrajudicial de conflitos; e V concessão do título preferencialmente para a mulher. Art. 49. Observado o disposto nesta Lei e na Lei nº , de 10 de julho de 2001, o Município poderá dispor sobre o procedimento de regularização fundiária em seu território. Parágrafo único. A ausência da regulamentação prevista no caput não obsta a implementação da regularização fundiária. Art. 50. A regularização fundiária poderá ser promovida pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios e também por: I seus beneficiários, individual ou coletivamente; e II cooperativas habitacionais, associações de moradores, fundações, organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público ou outras associações civis que tenham por finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano ou regularização fundiária.

50 331 Parágrafo único. Os legitimados previstos no caput poderão promover todos os atos necessários à regularização fundiária, inclusive os atos de registro. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 51. O projeto de regularização fundiária deverá definir, no mínimo, os seguintes elementos: I as áreas ou lotes a serem regularizados e, se houver necessidade, as edificações que serão relocadas; II as vias de circulação existentes ou projetadas e, se possível, as outras áreas destinadas a uso público; III as medidas necessárias para a promoção da sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada, incluindo as compensações urbanísticas e ambientais previstas em lei; IV - as condições para promover a segurança da população em situações de risco, considerado o disposto no parágrafo único do art. 3º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979; e (Redação dada pela Lei nº , de 2011) V as medidas previstas para adequação da infraestrutura básica. 1 o O projeto de que trata o caput não será exigido para o registro da sentença de usucapião, da sentença declaratória ou da planta, elaborada para outorga administrativa, de concessão de uso especial para fins de moradia. 2 o O Município definirá os requisitos para elaboração do projeto de que trata o caput, no que se refere aos desenhos, ao memorial descritivo e ao cronograma físico de obras e serviços a serem realizados. 3 o A regularização fundiária pode ser implementada por etapas. Art. 52. Na regularização fundiária de assentamentos consolidados anteriormente à publicação desta Lei, o Município poderá autorizar a redução do percentual de áreas destinadas ao uso público e da área mínima dos lotes definidos na legislação de parcelamento do solo urbano. Seção II Da Regularização Fundiária de Interesse Social Art. 53. A regularização fundiária de interesse social depende da análise e da aprovação pelo Município do projeto de que trata o art º A aprovação municipal prevista no caput corresponde ao licenciamento urbanístico do projeto de regularização fundiária de interesse social, bem como ao licenciamento ambiental, se o Município tiver conselho de meio ambiente e órgão ambiental capacitado. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 2º Para efeito do disposto no 1º, considera-se órgão ambiental capacitado o órgão municipal que possua em seus quadros ou à sua disposição profissionais com atribuição para análise do projeto e decisão sobre o licenciamento ambiental. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 3º No caso de o projeto abranger área de Unidade de Conservação de Uso Sustentável que, nos termos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, admita a regularização, será exigida também anuência do órgão gestor da unidade. (Incluído único pela Lei nº , de 2011) Art. 54. O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá considerar as características da ocupação e da área ocupada para definir parâmetros urbanísticos e ambientais específicos, além de identificar os lotes, as vias de circulação e as áreas destinadas a uso público. 1 o O Município poderá, por decisão motivada, admitir a regularização fundiária de interesse social em Áreas de Preservação Permanente, ocupadas até 31 de dezembro de 2007 e inseridas em área urbana consolidada, desde que estudo técnico comprove que esta intervenção implica a melhoria das condições ambientais em relação à situação de ocupação irregular anterior. 2 o O estudo técnico referido no 1 o deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado, compatibilizar-se com o projeto de regularização fundiária e conter, no mínimo, os seguintes elementos: I caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada;

51 332 II especificação dos sistemas de saneamento básico; III proposição de intervenções para o controle de riscos geotécnicos e de inundações; IV recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização; V comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental, considerados o uso adequado dos recursos hídricos e a proteção das unidades de conservação, quando for o caso; VI comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada pela regularização proposta; e VII garantia de acesso público às praias e aos corpos d água, quando for o caso. 3º A regularização fundiária de interesse social em áreas de preservação permanente poderá ser admitida pelos Estados, na forma estabelecida nos 1o e 2o deste artigo, na hipótese de o Município não ser competente para o licenciamento ambiental correspondente, mantida a exigência de licenciamento urbanístico pelo Município. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 55. Na regularização fundiária de interesse social, caberá ao poder público, diretamente ou por meio de seus concessionários ou permissionários de serviços públicos, a implantação do sistema viário e da infraestrutura básica, previstos no 6 o do art. 2 o da Lei n o 6.766, de 19 de dezembro de 1979, ainda que promovida pelos legitimados previstos nos incisos I e II do art. 50. Parágrafo único. A realização de obras de implantação de infraestrutura básica e de equipamentos comunitários pelo poder público, bem como sua manutenção, pode ser realizada mesmo antes de concluída a regularização jurídica das situações dominiais dos imóveis. Art. 56. O poder público responsável pela regularização fundiária de interesse social poderá lavrar auto de demarcação urbanística, com base no levantamento da situação da área a ser regularizada e na caracterização da ocupação. 1 o O auto de demarcação urbanística deve ser instruído com: I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas medidas perimetrais, área total, confrontantes, coordenadas preferencialmente georreferenciadas dos vértices definidores de seus limites, número das matrículas ou transcrições atingidas, indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações mencionadas no inciso I do 5 o ; (Redação dada pela Lei nº , de 2011) II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área constante do registro de imóveis e, quando possível, com a identificação das situações mencionadas no inciso I do 5 o ; e (Redação dada pela Lei nº , de 2011) III certidão da matrícula ou transcrição da área a ser regularizada, emitida pelo registro de imóveis, ou, diante de sua inexistência, das circunscrições imobiliárias anteriormente competentes. 2 o O poder público deverá notificar os órgãos responsáveis pela administração patrimonial dos demais entes federados, previamente ao encaminhamento do auto de demarcação urbanística ao registro de imóveis, para que se manifestem no prazo de 30 (trinta) dias quanto: (Redação dada pela Lei nº , de 2011) I - à anuência ou oposição ao procedimento, na hipótese de a área a ser demarcada abranger imóvel público; (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - aos limites definidos no auto de demarcação urbanística, na hipótese de a área a ser demarcada confrontar com imóvel público; e (Incluído pela Lei nº , de 2011) III - à eventual titularidade pública da área, na hipótese de inexistência de registro anterior ou de impossibilidade de identificação dos proprietários em razão de imprecisão dos registros existentes. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 3 o Na ausência de manifestação no prazo previsto no 2 o, o poder público dará continuidade à demarcação urbanística. 4 o No que se refere a áreas de domínio da União, aplicar-se-á o disposto na Seção III-A do Decreto-Lei n o 9.760, de 5 de setembro de 1946, inserida pela Lei n o , de 31 de maio de 2007, e, nas áreas de domínio dos Estados, Distrito Federal ou Municípios, a sua respectiva legislação patrimonial. 5 o O auto de demarcação urbanística poderá abranger parte ou a totalidade de um ou mais imóveis inseridos em uma ou mais das seguintes situações: (Incluído pela Lei nº , de 2011)

52 333 I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos registros anteriores; (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente, ainda que de proprietários distintos; ou (Incluído pela Lei nº , de 2011) III - domínio público. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 57. Encaminhado o auto de demarcação urbanística ao registro de imóveis, o oficial deverá proceder às buscas para identificação do proprietário da área a ser regularizada e de matrículas ou transcrições que a tenham por objeto. 1 o Realizadas as buscas, o oficial do registro de imóveis deverá notificar o proprietário e os confrontantes da área demarcada, pessoalmente ou pelo correio, com aviso de recebimento, ou, ainda, por solicitação ao oficial de registro de títulos e documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la, para, querendo, apresentarem impugnação à averbação da demarcação urbanística, no prazo de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 2 o O poder público responsável pela regularização deverá notificar, por edital, eventuais interessados, bem como o proprietário e os confrontantes da área demarcada, se estes não forem localizados nos endereços constantes do registro de imóveis ou naqueles fornecidos pelo poder público para notificação na forma estabelecida no 1 o. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 3 o São requisitos para a notificação por edital: I resumo do auto de demarcação urbanística, com a descrição que permita a identificação da área a ser demarcada e seu desenho simplificado; II publicação do edital, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, uma vez pela imprensa oficial e uma vez em jornal de grande circulação local; e III determinação do prazo de 15 (quinze) dias para apresentação de impugnação à averbação da demarcação urbanística. 4 o Decorrido o prazo sem impugnação, a demarcação urbanística será averbada nas matrículas alcançadas pela planta e memorial indicados no inciso I do 1 o do art. 56. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 6 o Havendo impugnação, o oficial do registro de imóveis deverá notificar o poder público para que se manifeste no prazo de 60 (sessenta) dias. 7 o O poder público poderá propor a alteração do auto de demarcação urbanística ou adotar qualquer outra medida que possa afastar a oposição do proprietário ou dos confrontantes à regularização da área ocupada. 8 o Havendo impugnação apenas em relação à parcela da área objeto do auto de demarcação urbanística, o procedimento seguirá em relação à parcela não impugnada. 9 o O oficial de registro de imóveis deverá promover tentativa de acordo entre o impugnante e o poder público. 10. Não havendo acordo, a demarcação urbanística será encerrada em relação à área impugnada. Art. 58. A partir da averbação do auto de demarcação urbanística, o poder público deverá elaborar o projeto previsto no art. 51 e submeter o parcelamento dele decorrente a registro. 1 o Após o registro do parcelamento de que trata o caput, o poder público concederá título de legitimação de posse aos ocupantes cadastrados. 2 o O título de que trata o 1 o será concedido preferencialmente em nome da mulher e registrado na matrícula do imóvel. 3 o Não será concedido legitimação de posse aos ocupantes a serem realocados em razão da implementação do projeto de regularização fundiária de interesse social, devendo o poder público assegurar-lhes o direito à moradia. (Incluído pela Lei nº , de 2011)

53 334 Art. 59. A legitimação de posse devidamente registrada constitui direito em favor do detentor da posse direta para fins de moradia. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 1 o A legitimação de posse será concedida aos moradores cadastrados pelo poder público, desde que: (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº , de 2011) I - não sejam concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel urbano ou rural; (Redação dada pela Lei nº , de 2011) II - não sejam beneficiários de legitimação de posse concedida anteriormente. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) 2 o A legitimação de posse também será concedida ao coproprietário da gleba, titular de cotas ou frações ideais, devidamente cadastrado pelo poder público, desde que exerça seu direito de propriedade em um lote individualizado e identificado no parcelamento registrado. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 60. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal. 1 o Para requerer a conversão prevista no caput, o adquirente deverá apresentar: I certidões do cartório distribuidor demonstrando a inexistência de ações em andamento que versem sobre a posse ou a propriedade do imóvel; II declaração de que não possui outro imóvel urbano ou rural; III declaração de que o imóvel é utilizado para sua moradia ou de sua família; e IV declaração de que não teve reconhecido anteriormente o direito à usucapião de imóveis em áreas urbanas. 2 o As certidões previstas no inciso I do 1 o serão relativas à totalidade da área e serão fornecidas pelo poder público. 3 o No caso de área urbana de mais de 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), o prazo para requerimento da conversão do título de legitimação de posse em propriedade será o estabelecido na legislação pertinente sobre usucapião. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 60-A. O título de legitimação de posse poderá ser extinto pelo poder público emitente quando constatado que o beneficiário não está na posse do imóvel e não houve registro de cessão de direitos. (Incluído pela Lei nº , de 2011) Parágrafo único. Após o procedimento para extinção do título, o poder público solicitará ao oficial de registro de imóveis a averbação do seu cancelamento, nos termos do inciso III do art. 250 da Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de (Incluído pela Lei nº , de 2011) Seção III Da Regularização Fundiária de Interesse Específico Art. 61. A regularização fundiária de interesse específico depende da análise e da aprovação do projeto de que trata o art. 51 pela autoridade licenciadora, bem como da emissão das respectivas licenças urbanística e ambiental. 1 o O projeto de que trata o caput deverá observar as restrições à ocupação de Áreas de Preservação Permanente e demais disposições previstas na legislação ambiental. 2 o A autoridade licenciadora poderá exigir contrapartida e compensações urbanísticas e ambientais, na forma da legislação vigente. Art. 62. A autoridade licenciadora deverá definir, nas licenças urbanística e ambiental da regularização fundiária de interesse específico, as responsabilidades relativas à implantação: I do sistema viário; II da infraestrutura básica; III dos equipamentos comunitários definidos no projeto de regularização fundiária; e IV das medidas de mitigação e de compensação urbanística e ambiental eventualmente exigidas.

54 335 1 o A critério da autoridade licenciadora, as responsabilidades previstas no caput poderão ser compartilhadas com os beneficiários da regularização fundiária de interesse específico, com base na análise de, pelo menos, 2 (dois) aspectos: I os investimentos em infraestrutura e equipamentos comunitários já realizados pelos moradores; e II o poder aquisitivo da população a ser beneficiada. 2 o As medidas de mitigação e de compensação urbanística e ambiental exigidas na forma do inciso IV do caput deverão integrar termo de compromisso, firmado perante as autoridades responsáveis pela emissão das licenças urbanística e ambiental, ao qual se garantirá força de título executivo extrajudicial. Seção IV Do Registro da Regularização Fundiária Art. 64. O registro do parcelamento resultante do projeto de regularização fundiária de interesse específico deverá ser requerido ao registro de imóveis, nos termos da legislação em vigor e observadas as disposições previstas neste Capítulo. Art. 65. O registro do parcelamento resultante do projeto de regularização fundiária de interesse social deverá ser requerido ao registro de imóveis, acompanhado dos seguintes documentos: I certidão atualizada da matrícula do imóvel; II projeto de regularização fundiária aprovado; III instrumento de instituição e convenção de condomínio, se for o caso; e IV no caso das pessoas jurídicas relacionadas no inciso II do art. 50, certidão atualizada de seus atos constitutivos que demonstrem sua legitimidade para promover a regularização fundiária. Parágrafo único. O registro do parcelamento decorrente de projeto de regularização fundiária de interesse social independe do atendimento aos requisitos constantes da Lei n o 6.766, de 19 de dezembro de (Incluído pela Lei nº , de 2011) Art. 66. O registro do parcelamento resultante do projeto de regularização fundiária deverá importar: I na abertura de matrícula para toda a área objeto de regularização, se não houver; e II na abertura de matrícula para cada uma das parcelas resultantes do projeto de regularização fundiária. Art. 67. As matrículas das áreas destinadas a uso público deverão ser abertas de ofício, com averbação das respectivas destinações e, se for o caso, das restrições administrativas convencionais ou legais. Art. 68. Não serão cobradas custas e emolumentos para o registro do auto de demarcação urbanística, do título de legitimação e de sua conversão em título de propriedade e dos parcelamentos oriundos da regularização fundiária de interesse social. Seção V Disposições Gerais Art. 69. Aplicam-se ao Distrito Federal todas as atribuições e prerrogativas dispostas neste Capítulo para os Estados e Municípios. Art. 71. As glebas parceladas para fins urbanos anteriormente a 19 de dezembro de 1979 que não possuírem registro poderão ter sua situação jurídica regularizada, com o registro do parcelamento, desde que o parcelamento esteja implantado e integrado à cidade. 1 o A regularização prevista no caput pode envolver a totalidade ou parcelas da gleba. 2 o O interessado deverá apresentar certificação de que a gleba preenche as condições previstas no caput, bem como desenhos e documentos com as informações necessárias para a efetivação do registro do parcelamento.

55 336 Art. 71-A. O poder público concedente poderá extinguir, por ato unilateral, com o objetivo de viabilizar obras de urbanização em assentamentos irregulares de baixa renda e em benefício da população moradora, contratos de concessão de uso especial para fins de moradia e de concessão de direito real de uso firmados anteriormente à intervenção na área. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 1 o Somente poderão ser extintos os contratos relativos a imóveis situados em áreas efetivamente necessárias à implementação das obras de que trata o caput, o que deverá ser justificado em procedimento administrativo próprio. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 2 o O beneficiário de contrato extinto na forma do caput deverá ter garantido seu direito à moradia, preferencialmente na área objeto de intervenção, por meio de contrato que lhe assegure direitos reais sobre outra unidade habitacional, observada a aplicação do disposto no art. 13 da Lei n o , de 31 de maio de (Incluído pela Lei nº , de 2011) LEI Nº , DE 3 DE JANEIRO DE Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos-Leis n os 3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943, e das Leis n os 5.917, de 10 de setembro de 1973, e 6.261, de 14 de novembro de 1975; e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana é instrumento da política de desenvolvimento urbano de que tratam o inciso XX do art. 21 e o art. 182 da Constituição Federal, objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município. Parágrafo único. A Política Nacional a que se refere o caput deve atender ao previsto no inciso VII do art. 2 o e no 2 o do art. 40 da Lei n o , de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade). Art. 2 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. Art. 3 o O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município. 1 o São modos de transporte urbano: I - motorizados; e II - não motorizados. 2 o Os serviços de transporte urbano são classificados: I - quanto ao objeto: a) de passageiros; b) de cargas; II - quanto à característica do serviço: a) coletivo; b) individual; III - quanto à natureza do serviço: a) público; b) privado.

56 337 3 o São infraestruturas de mobilidade urbana: I - vias e demais logradouros públicos, inclusive metroferrovias, hidrovias e ciclovias; II - estacionamentos; III - terminais, estações e demais conexões; IV - pontos para embarque e desembarque de passageiros e cargas; V - sinalização viária e de trânsito; VI - equipamentos e instalações; e VII - instrumentos de controle, fiscalização, arrecadação de taxas e tarifas e difusão de informações. Seção I Das Definições Art. 4 o Para os fins desta Lei, considera-se: I - transporte urbano: conjunto dos modos e serviços de transporte público e privado utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades integrantes da Política Nacional de Mobilidade Urbana; II - mobilidade urbana: condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano; III - acessibilidade: facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados, respeitando-se a legislação em vigor; IV - modos de transporte motorizado: modalidades que se utilizam de veículos automotores; V - modos de transporte não motorizado: modalidades que se utilizam do esforço humano ou tração animal; VI - transporte público coletivo: serviço público de transporte de passageiros acessível a toda a população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo poder público; VII - transporte privado coletivo: serviço de transporte de passageiros não aberto ao público para a realização de viagens com características operacionais exclusivas para cada linha e demanda; VIII - transporte público individual: serviço remunerado de transporte de passageiros aberto ao público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas; IX - transporte urbano de cargas: serviço de transporte de bens, animais ou mercadorias; X - transporte motorizado privado: meio motorizado de transporte de passageiros utilizado para a realização de viagens individualizadas por intermédio de veículos particulares; XI - transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros urbanos; XII - transporte público coletivo interestadual de caráter urbano: serviço de transporte público coletivo entre Municípios de diferentes Estados que mantenham contiguidade nos seus perímetros urbanos; e XIII - transporte público coletivo internacional de caráter urbano: serviço de transporte coletivo entre Municípios localizados em regiões de fronteira cujas cidades são definidas como cidades gêmeas. Seção II Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana Art. 5 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios: I - acessibilidade universal; II - desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; V - gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; VI - segurança nos deslocamentos das pessoas; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. Art. 6 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes: I - integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos; II - prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;

57 338 III - integração entre os modos e serviços de transporte urbano; IV - mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; V - incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes; VI - priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado; e VII - integração entre as cidades gêmeas localizadas na faixa de fronteira com outros países sobre a linha divisória internacional. Art. 7 o A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes objetivos: I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; II - promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; IV - promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e V - consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana. CAPÍTULO II DAS DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO Art. 8 o A política tarifária do serviço de transporte público coletivo é orientada pelas seguintes diretrizes: I - promoção da equidade no acesso aos serviços; II - melhoria da eficiência e da eficácia na prestação dos serviços; III - ser instrumento da política de ocupação equilibrada da cidade de acordo com o plano diretor municipal, regional e metropolitano; IV - contribuição dos beneficiários diretos e indiretos para custeio da operação dos serviços; V - simplicidade na compreensão, transparência da estrutura tarifária para o usuário e publicidade do processo de revisão; VI - modicidade da tarifa para o usuário; VII - integração física, tarifária e operacional dos diferentes modos e das redes de transporte público e privado nas cidades; VIII - articulação interinstitucional dos órgãos gestores dos entes federativos por meio de consórcios públicos; e IX - estabelecimento e publicidade de parâmetros de qualidade e quantidade na prestação dos serviços de transporte público coletivo. 2 o Os Municípios deverão divulgar, de forma sistemática e periódica, os impactos dos benefícios tarifários concedidos no valor das tarifas dos serviços de transporte público coletivo. Art. 9 o O regime econômico e financeiro da concessão e o da permissão do serviço de transporte público coletivo serão estabelecidos no respectivo edital de licitação, sendo a tarifa de remuneração da prestação de serviço de transporte público coletivo resultante do processo licitatório da outorga do poder público. 1 o A tarifa de remuneração da prestação do serviço de transporte público coletivo deverá ser constituída pelo preço público cobrado do usuário pelos serviços somado à receita oriunda de outras fontes de custeio, de forma a cobrir os reais custos do serviço prestado ao usuário por operador público ou privado, além da remuneração do prestador. 2 o O preço público cobrado do usuário pelo uso do transporte público coletivo denomina-se tarifa pública, sendo instituída por ato específico do poder público outorgante. 3 o A existência de diferença a menor entre o valor monetário da tarifa de remuneração da prestação do serviço de transporte público de passageiros e a tarifa pública cobrada do usuário denomina-se deficit ou subsídio tarifário.

58 339 4 o A existência de diferença a maior entre o valor monetário da tarifa de remuneração da prestação do serviço de transporte público de passageiros e a tarifa pública cobrada do usuário denominase superavit tarifário. 5 o Caso o poder público opte pela adoção de subsídio tarifário, o deficit originado deverá ser coberto por receitas extratarifárias, receitas alternativas, subsídios orçamentários, subsídios cruzados intrassetoriais e intersetoriais provenientes de outras categorias de beneficiários dos serviços de transporte, dentre outras fontes, instituídos pelo poder público delegante. 6 o Na ocorrência de superavit tarifário proveniente de receita adicional originada em determinados serviços delegados, a receita deverá ser revertida para o próprio Sistema de Mobilidade Urbana. 7 o Competem ao poder público delegante a fixação, o reajuste e a revisão da tarifa de remuneração da prestação do serviço e da tarifa pública a ser cobrada do usuário. 8 o Compete ao poder público delegante a fixação dos níveis tarifários. 9 o Os reajustes das tarifas de remuneração da prestação do serviço observarão a periodicidade mínima estabelecida pelo poder público delegante no edital e no contrato administrativo e incluirão a transferência de parcela dos ganhos de eficiência e produtividade das empresas aos usuários. 10. As revisões ordinárias das tarifas de remuneração terão periodicidade mínima estabelecida pelo poder público delegante no edital e no contrato administrativo e deverão: I - incorporar parcela das receitas alternativas em favor da modicidade da tarifa ao usuário; II - incorporar índice de transferência de parcela dos ganhos de eficiência e produtividade das empresas aos usuários; e III - aferir o equilíbrio econômico e financeiro da concessão e o da permissão, conforme parâmetro ou indicador definido em contrato. 11. O operador do serviço, por sua conta e risco e sob anuência do poder público, poderá realizar descontos nas tarifas ao usuário, inclusive de caráter sazonal, sem que isso possa gerar qualquer direito à solicitação de revisão da tarifa de remuneração. 12. O poder público poderá, em caráter excepcional e desde que observado o interesse público, proceder à revisão extraordinária das tarifas, por ato de ofício ou mediante provocação da empresa, caso em que esta deverá demonstrar sua cabal necessidade, instruindo o requerimento com todos os elementos indispensáveis e suficientes para subsidiar a decisão, dando publicidade ao ato. Art. 10. A contratação dos serviços de transporte público coletivo será precedida de licitação e deverá observar as seguintes diretrizes: I - fixação de metas de qualidade e desempenho a serem atingidas e seus instrumentos de controle e avaliação; II - definição dos incentivos e das penalidades aplicáveis vinculadas à consecução ou não das metas; III - alocação dos riscos econômicos e financeiros entre os contratados e o poder concedente; IV - estabelecimento das condições e meios para a prestação de informações operacionais, contábeis e financeiras ao poder concedente; e V - identificação de eventuais fontes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, bem como da parcela destinada à modicidade tarifária. Parágrafo único. Qualquer subsídio tarifário ao custeio da operação do transporte público coletivo deverá ser definido em contrato, com base em critérios transparentes e objetivos de produtividade e eficiência, especificando, minimamente, o objetivo, a fonte, a periodicidade e o beneficiário, conforme o estabelecido nos arts. 8 o e 9 o desta Lei. Art. 11. Os serviços de transporte privado coletivo, prestados entre pessoas físicas ou jurídicas, deverão ser autorizados, disciplinados e fiscalizados pelo poder público competente, com base nos princípios e diretrizes desta Lei. Art. 12. Os serviços de utilidade pública de transporte individual de passageiros deverão ser organizados, disciplinados e fiscalizados pelo poder público municipal, com base nos requisitos

59 340 mínimos de segurança, de conforto, de higiene, de qualidade dos serviços e de fixação prévia dos valores máximos das tarifas a serem cobradas. (Redação dada pela Lei nº , de 2013) Art. 12-A. O direito à exploração de serviços de táxi poderá ser outorgado a qualquer interessado que satisfaça os requisitos exigidos pelo poder público local. (Incluído pela Lei nº , de 2013) 1 o É permitida a transferência da outorga a terceiros que atendam aos requisitos exigidos em legislação municipal. (Incluído pela Lei nº , de 2013) 2 o Em caso de falecimento do outorgado, o direito à exploração do serviço será transferido a seus sucessores legítimos, nos termos dos arts e seguintes do Título II do Livro V da Parte Especial da Lei n o , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). (Incluído pela Lei nº , de 2013) 3 o As transferências de que tratam os 1 o e 2 o dar-se-ão pelo prazo da outorga e são condicionadas à prévia anuência do poder público municipal e ao atendimento dos requisitos fixados para a outorga. (Incluído pela Lei nº , de 2013) Art. 13. Na prestação de serviços de transporte público coletivo, o poder público delegante deverá realizar atividades de fiscalização e controle dos serviços delegados, preferencialmente em parceria com os demais entes federativos. CAPÍTULO III DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS Art. 14. São direitos dos usuários do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana, sem prejuízo dos previstos nas Leis n os 8.078, de 11 de setembro de 1990, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995: I - receber o serviço adequado, nos termos do art. 6 o da Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; II - participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de mobilidade urbana; III - ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros modais; e IV - ter ambiente seguro e acessível para a utilização do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana, conforme as Leis n os , de 8 de novembro de 2000, e , de 19 de dezembro de Parágrafo único. Os usuários dos serviços terão o direito de ser informados, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre: I - seus direitos e responsabilidades; II - os direitos e obrigações dos operadores dos serviços; e III - os padrões preestabelecidos de qualidade e quantidade dos serviços ofertados, bem como os meios para reclamações e respectivos prazos de resposta. Art. 15. A participação da sociedade civil no planejamento, fiscalização e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana deverá ser assegurada pelos seguintes instrumentos: I - órgãos colegiados com a participação de representantes do Poder Executivo, da sociedade civil e dos operadores dos serviços; II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana ou nos órgãos com atribuições análogas; III - audiências e consultas públicas; e IV - procedimentos sistemáticos de comunicação, de avaliação da satisfação dos cidadãos e dos usuários e de prestação de contas públicas. CAPÍTULO IV DAS ATRIBUIÇÕES Art. 16. São atribuições da União: I - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos desta Lei; II - contribuir para a capacitação continuada de pessoas e para o desenvolvimento das instituições vinculadas à Política Nacional de Mobilidade Urbana nos Estados, Municípios e Distrito Federal, nos termos desta Lei; III - organizar e disponibilizar informações sobre o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana e a qualidade e produtividade dos serviços de transporte público coletivo;

60 341 IV - fomentar a implantação de projetos de transporte público coletivo de grande e média capacidade nas aglomerações urbanas e nas regiões metropolitanas; VI - fomentar o desenvolvimento tecnológico e científico visando ao atendimento dos princípios e diretrizes desta Lei; e VII - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte público interestadual de caráter urbano. 1 o A União apoiará e estimulará ações coordenadas e integradas entre Municípios e Estados em áreas conurbadas, aglomerações urbanas e regiões metropolitanas destinadas a políticas comuns de mobilidade urbana, inclusive nas cidades definidas como cidades gêmeas localizadas em regiões de fronteira com outros países, observado o art. 178 da Constituição Federal. 2 o A União poderá delegar aos Estados, ao Distrito Federal ou aos Municípios a organização e a prestação dos serviços de transporte público coletivo interestadual e internacional de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim, observado o art. 178 da Constituição Federal. Art. 17. São atribuições dos Estados: I - prestar, diretamente ou por delegação ou gestão associada, os serviços de transporte público coletivo intermunicipais de caráter urbano, em conformidade com o 1º do art. 25 da Constituição Federal; II - propor política tributária específica e de incentivos para a implantação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; e III - garantir o apoio e promover a integração dos serviços nas áreas que ultrapassem os limites de um Município, em conformidade com o 3º do art. 25 da Constituição Federal. Parágrafo único. Os Estados poderão delegar aos Municípios a organização e a prestação dos serviços de transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação para tal fim. Art. 18. São atribuições dos Municípios: I - planejar, executar e avaliar a política de mobilidade urbana, bem como promover a regulamentação dos serviços de transporte urbano; II - prestar, direta, indiretamente ou por gestão associada, os serviços de transporte público coletivo urbano, que têm caráter essencial; III - capacitar pessoas e desenvolver as instituições vinculadas à política de mobilidade urbana do Município; e Art. 19. Aplicam-se ao Distrito Federal, no que couber, as atribuições previstas para os Estados e os Municípios, nos termos dos arts. 17 e 18. Art. 20. O exercício das atribuições previstas neste Capítulo subordinar-se-á, em cada ente federativo, às normas fixadas pelas respectivas leis de diretrizes orçamentárias, às efetivas disponibilidades asseguradas pelas suas leis orçamentárias anuais e aos imperativos da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de CAPÍTULO V DAS DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA Art. 21. O planejamento, a gestão e a avaliação dos sistemas de mobilidade deverão contemplar: I - a identificação clara e transparente dos objetivos de curto, médio e longo prazo; II - a identificação dos meios financeiros e institucionais que assegurem sua implantação e execução; III - a formulação e implantação dos mecanismos de monitoramento e avaliação sistemáticos e permanentes dos objetivos estabelecidos; e IV - a definição das metas de atendimento e universalização da oferta de transporte público coletivo, monitorados por indicadores preestabelecidos. Art. 22. Consideram-se atribuições mínimas dos órgãos gestores dos entes federativos incumbidos respectivamente do planejamento e gestão do sistema de mobilidade urbana:

61 342 I - planejar e coordenar os diferentes modos e serviços, observados os princípios e diretrizes desta Lei; II - avaliar e fiscalizar os serviços e monitorar desempenhos, garantindo a consecução das metas de universalização e de qualidade; III - implantar a política tarifária; IV - dispor sobre itinerários, frequências e padrão de qualidade dos serviços; V - estimular a eficácia e a eficiência dos serviços de transporte público coletivo; VI - garantir os direitos e observar as responsabilidades dos usuários; e VII - combater o transporte ilegal de passageiros. Art. 23. Os entes federativos poderão utilizar, dentre outros instrumentos de gestão do sistema de transporte e da mobilidade urbana, os seguintes: I - restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados; II - estipulação de padrões de emissão de poluentes para locais e horários determinados, podendo condicionar o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle; III - aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade, vinculando-se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público, na forma da lei; IV - dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados; V - estabelecimento da política de estacionamentos de uso público e privado, com e sem pagamento pela sua utilização, como parte integrante da Política Nacional de Mobilidade Urbana; VI - controle do uso e operação da infraestrutura viária destinada à circulação e operação do transporte de carga, concedendo prioridades ou restrições; VII - monitoramento e controle das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da criticidade dos índices de emissões de poluição; VIII - convênios para o combate ao transporte ilegal de passageiros; e IX - convênio para o transporte coletivo urbano internacional nas cidades definidas como cidades gêmeas nas regiões de fronteira do Brasil com outros países, observado o art. 178 da Constituição Federal. Art. 24. O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e deverá contemplar os princípios, os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem como: I - os serviços de transporte público coletivo; II - a circulação viária; III - as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; IV - a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; V - a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados; VI - a operação e o disciplinamento do transporte de carga na infraestrutura viária; VII - os polos geradores de viagens; VIII - as áreas de estacionamentos públicos e privados, gratuitos ou onerosos; IX - as áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada; X - os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana; e XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do Plano de Mobilidade Urbana em prazo não superior a 10 (dez) anos. 1 o Em Municípios acima de (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou neles inserido. 2 o Nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo ou individual, o Plano de Mobilidade Urbana deverá ter o foco no transporte não motorizado e no planejamento da infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta, de acordo com a legislação vigente.

62 343 3 o O Plano de Mobilidade Urbana deverá ser integrado ao plano diretor municipal, existente ou em elaboração, no prazo máximo de 3 (três) anos da vigência desta Lei. 4 o Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei. CAPÍTULO VI DOS INSTRUMENTOS DE APOIO À MOBILIDADE URBANA Art. 25. O Poder Executivo da União, o dos Estados, o do Distrito Federal e o dos Municípios, segundo suas possibilidades orçamentárias e financeiras e observados os princípios e diretrizes desta Lei, farão constar dos respectivos projetos de planos plurianuais e de leis de diretrizes orçamentárias as ações programáticas e instrumentos de apoio que serão utilizados, em cada período, para o aprimoramento dos sistemas de mobilidade urbana e melhoria da qualidade dos serviços. Parágrafo único. A indicação das ações e dos instrumentos de apoio a que se refere o caput será acompanhada, sempre que possível, da fixação de critérios e condições para o acesso aos recursos financeiros e às outras formas de benefícios que sejam estabelecidos. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 26. Esta Lei se aplica, no que couber, ao planejamento, controle, fiscalização e operação dos serviços de transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano. LEI Nº , DE 25 DE MAIO DE 2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e , de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no , de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. (Incluído pela Lei nº , de 2012). Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº , de 2012). IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela Lei nº , de 2012). Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

63 344 XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais; CAPÍTULO IV DA ÁREA DE RESERVA LEGAL Seção III Do Regime de Proteção das Áreas Verdes Urbanas Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, com os seguintes instrumentos: I - o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais relevantes, conforme dispõe a Lei no , de 10 de julho de 2001; II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos comerciais e na implantação de infraestrutura; e IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação ambiental. LEI Nº , DE 12 DE JANEIRO DE Institui o Estatuto da Metrópole, altera a Lei n o , de 10 de julho de 2001, e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o Esta Lei, denominada Estatuto da Metrópole, estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas pelos Estados, normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado e outros instrumentos de governança interfederativa, e critérios para o apoio da União a ações que envolvam governança interfederativa no campo do desenvolvimento urbano, com base nos incisos XX do art. 21, IX do art. 23 e I do art. 24, no 3º do art. 25 e no art. 182 da Constituição Federal. 1 o Além das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas, as disposições desta Lei aplicamse, no que couber: I às microrregiões instituídas pelos Estados com fundamento em funções públicas de interesse comum com características predominantemente urbanas; 2 o Na aplicação das disposições desta Lei, serão observadas as normas gerais de direito urbanístico estabelecidas na Lei n o , de 10 de julho de Estatuto da Cidade, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências, e em outras leis federais, bem como as regras que disciplinam a política nacional de desenvolvimento urbano, a política nacional de desenvolvimento regional e as políticas setoriais de habitação, saneamento básico, mobilidade urbana e meio ambiente. Art. 2 o Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I aglomeração urbana: unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 (dois) ou mais Municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas; II função pública de interesse comum: política pública ou ação nela inserida cuja realização por parte de um Município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto em Municípios limítrofes; III gestão plena: condição de região metropolitana ou de aglomeração urbana que possui: a) formalização e delimitação mediante lei complementar estadual; b) estrutura de governança interfederativa própria, nos termos do art. 8 o desta Lei; e

64 345 c) plano de desenvolvimento urbano integrado aprovado mediante lei estadual; IV governança interfederativa: compartilhamento de responsabilidades e ações entre entes da Federação em termos de organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum; V metrópole: espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme os critérios adotados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; VI plano de desenvolvimento urbano integrado: instrumento que estabelece, com base em processo permanente de planejamento, as diretrizes para o desenvolvimento urbano da região metropolitana ou da aglomeração urbana; VII região metropolitana: aglomeração urbana que configure uma metrópole. Parágrafo único. Os critérios para a delimitação da região de influência de uma capital regional, previstos no inciso V do caput deste artigo considerarão os bens e serviços fornecidos pela cidade à região, abrangendo produtos industriais, educação, saúde, serviços bancários, comércio, empregos e outros itens pertinentes, e serão disponibilizados pelo IBGE na rede mundial de computadores. CAPÍTULO II DA INSTITUIÇÃO DE REGIÕES METROPOLITANAS E DE AGLOMERAÇÕES URBANAS Art. 3 o Os Estados, mediante lei complementar, poderão instituir regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Parágrafo único. Estado e Municípios inclusos em região metropolitana ou em aglomeração urbana formalizada e delimitada na forma do caput deste artigo deverão promover a governança interfederativa, sem prejuízo de outras determinações desta Lei. Art. 4 o A instituição de região metropolitana ou de aglomeração urbana que envolva Municípios pertencentes a mais de um Estado será formalizada mediante a aprovação de leis complementares pelas assembleias legislativas de cada um dos Estados envolvidos. Parágrafo único. Até a aprovação das leis complementares previstas no caput deste artigo por todos os Estados envolvidos, a região metropolitana ou a aglomeração urbana terá validade apenas para os Municípios dos Estados que já houverem aprovado a respectiva lei. Art. 5 o As leis complementares estaduais referidas nos arts. 3 o e 4 o desta Lei definirão, no mínimo: I os Municípios que integram a unidade territorial urbana; II os campos funcionais ou funções públicas de interesse comum que justificam a instituição da unidade territorial urbana; III a conformação da estrutura de governança interfederativa, incluindo a organização administrativa e o sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas; e IV os meios de controle social da organização, do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum. 1 o No processo de elaboração da lei complementar, serão explicitados os critérios técnicos adotados para a definição do conteúdo previsto nos incisos I e II do caput deste artigo. 2 o Respeitadas as unidades territoriais urbanas criadas mediante lei complementar estadual até a data de entrada em vigor desta Lei, a instituição de região metropolitana impõe a observância do conceito estabelecido no inciso VII do caput do art. 2 o. CAPÍTULO III DA GOVERNANÇA INTERFEDERATIVA DE REGIÕES METROPOLITANAS E DE AGLOMERAÇÕES URBANAS Art. 6 o A governança interfederativa das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas respeitará os seguintes princípios: I prevalência do interesse comum sobre o local; II compartilhamento de responsabilidades para a promoção do desenvolvimento urbano integrado;

65 346 III autonomia dos entes da Federação; IV observância das peculiaridades regionais e locais; V gestão democrática da cidade, consoante os arts. 43 a 45 da Lei n o , de 10 de julho de 2001; VI efetividade no uso dos recursos públicos; VII busca do desenvolvimento sustentável. Art. 7 o Além das diretrizes gerais estabelecidas no art. 2 o da Lei n o , de 10 de julho de 2001, a governança interfederativa das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas observará as seguintes diretrizes específicas: I implantação de processo permanente e compartilhado de planejamento e de tomada de decisão quanto ao desenvolvimento urbano e às políticas setoriais afetas às funções públicas de interesse comum; II estabelecimento de meios compartilhados de organização administrativa das funções públicas de interesse comum; III estabelecimento de sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas; IV execução compartilhada das funções públicas de interesse comum, mediante rateio de custos previamente pactuado no âmbito da estrutura de governança interfederativa; V participação de representantes da sociedade civil nos processos de planejamento e de tomada de decisão, no acompanhamento da prestação de serviços e na realização de obras afetas às funções públicas de interesse comum; VI compatibilização dos planos plurianuais, leis de diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais dos entes envolvidos na governança interfederativa; VII compensação por serviços ambientais ou outros serviços prestados pelo Município à unidade territorial urbana, na forma da lei e dos acordos firmados no âmbito da estrutura de governança interfederativa. Parágrafo único. Na aplicação das diretrizes estabelecidas neste artigo, devem ser consideradas as especificidades dos Municípios integrantes da unidade territorial urbana quanto à população, à renda, ao território e às características ambientais. Art. 8 o A governança interfederativa das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas compreenderá em sua estrutura básica: I instância executiva composta pelos representantes do Poder Executivo dos entes federativos integrantes das unidades territoriais urbanas; II instância colegiada deliberativa com representação da sociedade civil; III organização pública com funções técnico-consultivas; e IV sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas. CAPÍTULO IV DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO INTEGRADO Art. 9 o Sem prejuízo da lista apresentada no art. 4 o da Lei n o , de 10 de julho 2001, no desenvolvimento urbano integrado de regiões metropolitanas e de aglomerações urbanas serão utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I plano de desenvolvimento urbano integrado; II planos setoriais interfederativos; III fundos públicos; IV operações urbanas consorciadas interfederativas; V zonas para aplicação compartilhada dos instrumentos urbanísticos previstos na Lei n o , de 10 de julho de 2001; VI consórcios públicos, observada a Lei n o , de 6 de abril de 2005; VII convênios de cooperação; VIII contratos de gestão; IX compensação por serviços ambientais ou outros serviços prestados pelo Município à unidade territorial urbana, conforme o inciso VII do caput do art. 7 o desta Lei; X parcerias público-privadas interfederativas. Art. 10. As regiões metropolitanas e as aglomerações urbanas deverão contar com plano de desenvolvimento urbano integrado, aprovado mediante lei estadual.

66 347 1 o Respeitadas as disposições do plano previsto no caput deste artigo, poderão ser formulados planos setoriais interfederativos para políticas públicas direcionadas à região metropolitana ou à aglomeração urbana. 2 o A elaboração do plano previsto no caput deste artigo não exime o Município integrante da região metropolitana ou aglomeração urbana da formulação do respectivo plano diretor, nos termos do 1 o do art. 182 da Constituição Federal e da Lei n o , de 10 de julho de o Nas regiões metropolitanas e nas aglomerações urbanas instituídas mediante lei complementar estadual, o Município deverá compatibilizar seu plano diretor com o plano de desenvolvimento urbano integrado da unidade territorial urbana. 4 o O plano previsto no caput deste artigo será elaborado no âmbito da estrutura de governança interfederativa e aprovado pela instância colegiada deliberativa a que se refere o inciso II do caput do art. 8 o desta Lei, antes do envio à respectiva assembleia legislativa estadual. Art. 12. O plano de desenvolvimento urbano integrado de região metropolitana ou de aglomeração urbana deverá considerar o conjunto de Municípios que compõem a unidade territorial urbana e abranger áreas urbanas e rurais. 1 o O plano previsto no caput deste artigo deverá contemplar, no mínimo: I as diretrizes para as funções públicas de interesse comum, incluindo projetos estratégicos e ações prioritárias para investimentos; II o macrozoneamento da unidade territorial urbana; III as diretrizes quanto à articulação dos Municípios no parcelamento, uso e ocupação no solo urbano; IV as diretrizes quanto à articulação intersetorial das políticas públicas afetas à unidade territorial urbana; V a delimitação das áreas com restrições à urbanização visando à proteção do patrimônio ambiental ou cultural, bem como das áreas sujeitas a controle especial pelo risco de desastres naturais, se existirem; e VI o sistema de acompanhamento e controle de suas disposições. 2 o No processo de elaboração do plano previsto no caput deste artigo e na fiscalização de sua aplicação, serão assegurados: I a promoção de audiências públicas e debates com a participação de representantes da sociedade civil e da população, em todos os Municípios integrantes da unidade territorial urbana; II a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; e III o acompanhamento pelo Ministério Público. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição do Estado: I - garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos; III - preservar os interesses gerais e coletivos; V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI - priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistência social; TÍTULO V DAS FINANÇAS PÚBLICAS

67 348 CAPÍTULO I DA TRIBUTAÇÃO Seção I Dos Tributos Municipais Art Ao Município compete instituir: I - impostos sobre: a) propriedade predial e territorial urbana; b) transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; 1º - O imposto previsto na alínea a do inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. 2º - O imposto previsto na alínea b do inciso I não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nestes casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil. TÍTULO VI - DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. CAPÍTULO IV DO MEIO AMBIENTE Art Todos têm direito ao meio ambiente harmônico, bem de uso comum do povo e essencial à saudável qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e manter as plenas condições de seus processos vitais para as gerações presentes e futuras. 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público, entre outras atribuições: VIII - sujeitar à prévia anuência do órgão ou entidade municipal de controle e política ambiental o licenciamento para início, ampliação ou desenvolvimento de atividades e construção ou reforma de instalações que possam causar degradação do meio ambiente, sem prejuízo de outras exigências legais; IX - determinar para atividades e instalações de significativo potencial poluidor a realização periódica de auditorias nos respectivos sistemas de controle de poluição, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade dos recursos ambientais; XI - implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa e à produção de espécies diversas para a arborização dos logradouros públicos; XII - promover ampla arborização dos logradouros públicos, a substituição de espécimes inadequados e a reposição daqueles em processo de deterioração ou morte. 2º - O licenciamento de que trata o inciso VIII do parágrafo anterior dependerá, no caso de atividade ou obra potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, de prévio relatório de impacto ambiental, seguido de audiência pública para informação e discussão sobre o projeto, resguardado o sigilo industrial.

68 349 4º - A conduta e a atividade consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão o infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções administrativas, inclusive a interdição temporária ou definitiva, sem prejuízo das cominações penais e da obrigação de reparar o dano causado. CAPÍTULO XI DA POLÍTICA URBANA Seção I Disposições Gerais Art O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia do bem-estar de sua população e o cumprimento da função social da propriedade, objetivos da política urbana executada pelo Poder Público, serão assegurados mediante: I - formulação e execução do planejamento urbano; II - distribuição espacial adequada da população, das atividades sócio-econômicas, da infra-estrutura básica e dos equipamentos urbanos e comunitários; III - integração e complementaridade das atividades urbanas e rurais, no âmbito da região polarizada pelo Município; IV - participação da sociedade civil no planejamento e no controle da execução de programas que lhe forem pertinentes. Art São instrumentos do planejamento urbano, entre outros: I - plano diretor; II - legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo, de edificações e de posturas; III - legislação financeira e tributária, especialmente o imposto predial e territorial progressivo e a contribuição de melhoria; IV - transferência do direito de construir; V - parcelamento ou edificação compulsórios; VI - concessão do direito real de uso; VII - servidão administrativa; VIII - tombamento; IX - desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública; X - fundos destinados ao desenvolvimento urbano. Art Na promoção do desenvolvimento urbano, observar-se-á o seguinte: I - ordenação do crescimento da cidade, prevenção e correção de suas distorções; II - contenção de excessiva concentração urbana; III - indução à ocupação do solo urbano edificável ocioso ou subutilizado; IV - parcelamento do solo e adensamento condicionados, adequada disponibilidade de infra-estrutura e de equipamentos urbanos e comunitários; V - urbanização, regularização e titulação das áreas ocupadas por população de baixa renda; VI - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente e do patrimônio histórico, cultural, artístico e arqueológico; VII - garantia do acesso adequado do portador de deficiência aos bens e serviços coletivos, aos logradouros e edifícios públicos, bem como a edificações destinadas ao uso industrial, comercial e de serviços, e ao residencial multifamiliar; VIII - ampliação das áreas reservadas a pedestres. Art O Município, sobre toda edificação cuja implantação resultar em coeficiente de aproveitamento do terreno superior a índice estabelecido em lei, deverá receber contrapartida correspondente à concessão do direito de criação do solo. Parágrafo único - A contrapartida, que se dará em moeda corrente ou dação de imóvel, será utilizada segundo critérios definidos pelo plano diretor. Seção II Do Plano Diretor Art O plano diretor conterá: I - exposição circunstanciada das condições econômicas, financeiras, sociais, ambientais, culturais e administrativas do Município;

69 350 II - objetivos estratégicos, fixados com vista à solução dos principais entraves ao desenvolvimento social; III - diretrizes econômicas, financeiras, administrativas, sociais, de uso e ocupação do solo e de preservação do patrimônio ambiental e cultural, visando a atingir os objetivos estratégicos e as respectivas metas; IV - ordem de prioridades, abrangendo objetivos e diretrizes; V - estimativa preliminar do montante de investimentos e dotações financeiras necessários à implantação das diretrizes e à consecução dos seus objetivos, segundo a ordem de prioridades estabelecida; VI - cronograma físico-financeiro com previsão dos investimentos municipais. Parágrafo único - Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual serão compatibilizados com as prioridades e metas estabelecidas no plano diretor. Art As diretrizes e metas do plano diretor devem estar ajustadas às definidas para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no que se refere às funções públicas de interesse comum metropolitano. Art O plano diretor definirá áreas especiais, tais como: I - áreas de urbanização preferencial; II - áreas de reurbanização; III - áreas de urbanização restrita; IV - áreas de regularização; V - áreas destinadas a implantação de programas habitacionais; VI - áreas de transferência do direito de construir; VII - áreas de preservação ambiental. 1º - Áreas de urbanização preferencial são as destinadas a: I - aproveitamento adequado de terrenos não-edificados, subutilizados ou não-utilizados, observado o disposto no art. 182, 4º, I, II e III, da Constituição da República; II - implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários; III - adensamento de áreas edificadas; IV - ordenamento e direcionamento da urbanização. 2º - Áreas de reurbanização são as que, para a melhoria das condições urbanas, poderão exigir novo parcelamento do solo, recuperação ou substituição de construções existentes ou novo zoneamento de uso e ocupação do solo. 3º - Áreas de urbanização restrita são aquelas em que a ocupação será desestimulada ou contida, em decorrência de: I - necessidade de preservação de seus elementos naturais; II - vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas; III - necessidade de proteção ambiental e de preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural, arqueológico e paisagístico; IV - proteção dos mananciais, margens de rios e demais águas correntes e dormentes; V - manutenção do nível de ocupação da área; VI - implantação e operação de equipamentos urbanos de grande porte, tais como terminais aéreos, rodoviários, ferroviários e autopistas. 4º - Áreas de regularização são as ocupadas por população de baixa renda, sujeitas a critérios especiais de urbanização, bem como a implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários. 5º - Áreas de transferência do direito de construir são as passíveis de adensamento, observados os critérios estabelecidos na lei de parcelamento, ocupação e uso do solo. 6º - Áreas de preservação ambiental são as destinadas à preservação permanente, em que a ocupação deve ser vedada, em razão de: I - riscos geológicos, geotécnicos e geodinâmicos; II - necessidade de conter, pela preservação da vegetação nativa, o desequilíbrio no sistema de drenagem natural;

70 351 III - necessidade de garantir áreas para a preservação da diversidade das espécies; IV - necessidade de garantir áreas ao refúgio da fauna; V - proteção às nascentes e cabeceiras de cursos d água. Art A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao proprietário de imóvel considerado de interesse de preservação ambiental ou cultural, bem como ao proprietário de imóvel destinado à implantação de programa habitacional. 1º - Na transferência do direito de construir, observar-se-á o índice de aproveitamento estabelecido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o imóvel a que se refere o artigo, deduzida a parcela já utilizada do mesmo índice, limitando-se a transferência, no caso de imóvel destinado a programa habitacional, a 50% (cinqüenta por cento) do saldo. 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º) 2º - Os imóveis passíveis de recepção da transferência do direito de construir são: I - os integrantes das áreas a que se refere o art. 190, 5º; II - os indicados em lei específica referente a projetos urbanísticos especiais; III - os situados em torno do imóvel objeto da transferência, segundo critérios de proximidade a serem estabelecidos em lei. 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º) 3º - Observar-se-á, como limite máximo de recepção da transferência do direito de construir, a área correspondente ao percentual de 20% (vinte por cento) do índice de aproveitamento do terreno de recepção, excetuados os casos previstos em projetos urbanísticos especiais para os quais o limite será definido em lei específica. 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º) 4º - Uma vez exercida a transferência do direito de construir, o índice de aproveitamento não poderá ser objeto de nova transferência. 3º renumerado como 4º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º) 5º - O disposto no artigo não se aplica ao imóvel cujo possuidor preencha as condições para a aquisição da propriedade por meio de usucapião. 4º renumerado como 5º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º) Art A operação do plano diretor dar-se-á mediante implantação de sistema de planejamento e informações, objetivando o controle das ações e diretrizes setoriais. Parágrafo único - Além do disposto no art. 39, o Poder Executivo manterá cadastro atualizado dos imóveis dos patrimônios estadual e federal, situados no Município. LEI Nº 3.532, DE 6 DE JANEIRO DE 1983 Autoriza o Executivo Municipal a criar o Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica autorizado o Executivo Municipal a criar o Programa Municipal de Regularização de Favelas PROFAVELA, aplicável somente às favelas densamente ocupadas por populações economicamente carentes, existentes até a data do levantamento aerofotogramétrico do 1º semestre de Parágrafo único - O PROFAVELA visa possibilitar a urbanização e regularização jurídica das favelas mencionadas no artigo 1º. Art. 2º - Fica criado no zoneamento municipal o Setor Especial-4 (SE 4), que compreende as áreas faveladas definidas por esta lei.

71 352 1º - Compete ao Executivo Municipal delimitar as áreas caracterizadas como SE-4, regulamentando-lhes o zoneamento e a ocupação. 2º - O SE-4 destina-se à urbanização especifica de favelas e deverá observar, tanto quanto possível, as características da ocupação espontânea. Art. 3º - O uso e ocupação do solo nas áreas classificadas como SE-4 serão apreciados e aprovados de acordo com a tipicidade da ocupação, excluindo-se a aplicação das normas gerais do Município, observadas as disposições a serem baixadas em decreto regulamentar. Art. 4º - O Prefeito Municipal poderá aprovar o parcelamento nas áreas classificadas como SE-4, a título de urbanização específica, de acordo com o inciso II do art. 4º da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de Parágrafo único - A anuência prévia à aprovação do parcelamento será dada pela Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana - PLAMBEL, conforme as disposições do Decreto Estadual nº , de 08 de dezembro de Art. 6º - Os lotes resultantes do parcelamento aprovado na forma desta lei poderão ser alienados diretamente a seus ocupantes, de acordo com a Lei Federal nº 4.132, de 10 de setembro de 1962, a Lei Complementar nº 3, de 28 de dezembro de 1972, ou mediante licitação, observadas as normas aplicáveis. 1º - A alienação obedecerá às normas e diretrizes do PROFAVELA, a serem baixadas pelo Executivo Municipal. 2º - Constará do documento de alienação dos lotes a destinação específica de moradia do ocupante e sua família ou o comprometimento aos demais usos possíveis na área, assegurando-se-lhes condições que favorecem a permanência no imóvel. 3º - Deverá constar, ainda, do documento mencionado acima a obrigação do particular de, em caso de alienação do imóvel, fazê-la a pessoa que se enquadre nas normas e diretrizes do PROFAVELA, ouvindo-se, para tanto, o Executivo Municipal, que comparecerá ao ato na qualidade de interveniente. Art. 9º - Fica o Executivo Municipal autorizado a criar um Fundo de Urbanização de Áreas Faveladas, destinado à gestão dos recursos originários das alienações de lotes urbanizados ou de habitações de interesse social, no SE-4, ou originários de repasse de organismos estaduais e federais, bem como internacionais. Art O Executivo Municipal poderá firmar convênio com a União, Estado de Minas Gerais, municípios integrantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte e respectivos órgãos, com vistas à execução integrada do Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA. Art Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar a presente Lei (VETADO) criando ou adequando a estrutura organizacional e operacional do PROFAVELA. DECRETO Nº 4.762, DE 10 DE AGOSTO DE 1984 Cria o Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA, dispõe sobre sua regulamentação e dá outras providências. O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e Considerando as disposições contidas no inciso II do art. 4º da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que disciplina o parcelamento do solo para fins urbanos e na Lei Municipal nº 3.532, de 06 de janeiro de 1983, decreta:

72 353 CAPÍTULO I DO PROGRAMA Art. 1º - Fica criado o Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA, nos termos do art. 1º da Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de CAPÍTULO II DO CONTEÚDO DO PROFAVELA Art. 2º - O Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA, compreende, a título de regularização, o conjunto das seguintes providências, de iniciativa direta ou indireta do Poder Público Municipal: I - O levantamento topográfico do perímetro das áreas passíveis de inclusão no Setor Especial 4 (SE- 4), introduzido no zoneamento municipal pela Lei nº 3.532, de 6 de janeiro de 1983; II - a delimitação, por decreto, das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4); III - a demarcação do sistema viário das áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4) de forma a permitir a elaboração do respectivo projeto de parcelamento do solo, observada a tipicidade local; IV - a aprovação do projeto de parcelamento do solo mencionado acima, acompanhado da definição das normas de uso e ocupação do solo que orientarão o desenvolvimento urbano da respectiva área; V - a promoção ou acompanhamento da regularização fundiária, objetivando a titulação da propriedade aos ocupantes dos lotes resultantes do projeto de parcelamento do solo aprovado; VI - a implantação e coordenação de medidas para a melhoria das condições de vida da população ocupante e sua melhor integração na vida e nos benefícios da cidade. 1º - A delimitação por decreto das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será feita simultaneamente para todas as áreas passíveis de enquadramento no PROFAVELA, referidas no art. 1º da Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de º - As áreas referidas no art. 1º da Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de 1983, que, por motivo de força maior, não forem delimitadas na forma do parágrafo anterior, poderão ser enquadradas no PROFAVELA a qualquer tempo. CAPÍTULO III DOS REQUISITOS DO PROFAVELA Art. 3º - A implantação do PROFAVELA observará os requisitos de que trata o presente Capítulo, excluindo-se a aplicação das normas gerais do Município sempre que estas conflitarem com a tipicidade da ocupação local e com o conteúdo do programa. Seção I Do lote padrão Art. 4º - Para fins e efeitos de alienação, remembramento e desmembramento, fica instituída a figura do lote padrão. Art. 5º - Considera-se lote padrão o lote básico em metros quadrados determinado para cada área integrante do Setor Especial 4 (SE-4) em função da tipicidade da ocupação local e de sua preservação, definido no decreto de aprovação da área respectiva. Art. 6º - Para efeitos de titulação de lotes a área do lote a ser titulado será no máximo igual a 2 (duas) vezes a área do lote padrão do respectivo local, observado, que em qualquer caso, a área máxima será de 360m ² (trezentos e sessenta metros quadrados). Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica aos lotes ocupados para atividades definidas como de uso institucional local. Art. 7º - Para efeito de remembramento e desmembramento, a partir da aprovação do projeto de parcelamento da respectiva área, o lote padrão servirá de parâmetro para o deferimento ou o indeferimento do pedido correspondente, observado o seguinte: I - o pedido somente será deferido se gerar diminuição da desconformidade existente entre a área do lote padrão e a área dos lotes cujo desmembramento ou remembramento se pretende;

73 354 II - no caso de desmembramento, a análise da desconformidade com o lote padrão levará em consideração, necessariamente, tanto o lote que do pedido irá surgir, o qual será examinado autonomamente, se for o caso, ou agregado àquele ao qual irá ser remembrado, bem como o lote remanescente daquele que deu origem ao desmembramento. Art. 8º - Fica assegurada a isenção tributária relativa ao imposto predial e territorial urbano, taxas reais imobiliárias e contribuição de melhoria nas áreas classificadas como SE-4, na conformidade das disposições contidas no art. 5º e seu Parágrafo Único, da Lei Municipal nº 3.532, de 06 de janeiro de Seção II Do parcelamento do solo Art. 9º - O parcelamento do solo nas áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE - 4) será feito a título de urbanização específica de interesse social, excluindo-se a aplicação das normas gerais do município sempre que estas conflitarem com a tipicidade local e com o conteúdo do Programa. Art Os projetos de parcelamento do solo das áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4) obedecerão às seguintes condições: I - serão considerados "non aedificandi" os terrenos: a) com declividade igual ou superior a 47% (quarenta e sete por cento); b) alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para o escoamento das águas; c) onde as condições geológicas não aconselham a edificação; II - os terrenos indivisos resultantes e integrantes do projeto de parcelamento do solo da área caracterizada como Setor Especial 4 (SE-4) terão sua destinação aprovada pela Prefeitura, ouvidas as entidades representativas dos moradores do respectivo SE-4; III - o sistema viário compreenderá as ruas, becos e passagens de uso comum lançados no projeto de parcelamento do solo, e uma vez aprovados pela Prefeitura, observada a legislação específica pertinente, em especial a Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passarão ao domínio público; IV - somente serão aprovados lotes que tiverem acesso direto ao sistema viário definido no inciso anterior. Parágrafo único - O disposto no inciso IV deste artigo aplica-se aos casos de desmembramento. Seção III Do Cadastro Oficial de Ocupantes Art Para cada área integrante do Setor Especial 4 (SE-4) será elaborado o Cadastro Oficial de Ocupantes, que funcionará como referência para a titulação da propriedade dos lotes resultantes do parcelamento aprovado. Parágrafo único - Por ocupante considera-se o posseiro ou posseiros diretos, à época da titulação. Seção IV Da Alienação Art Para efeito de alienação de lotes, resultantes do parcelamento aprovado, de que fala o artigo 6º da Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de 1983, qualquer que seja a natureza da propriedade, da alienação e do loteador, cada lote somente poderá ser alienado a seu ocupante. Parágrafo único - Quando se tratar de família não legalmente constituída, a alienação será feita diretamente à mulher, salvo no caso de acordo entre os co-habitantes, hipótese em que os mesmos passarão a ser co-proprietáríos do respectivo lote. Art A cada ocupante somente será alienado um único lote de uso residencial ou misto admitindose a alienação de um segundo lote quando este já estiver edificado e destinado exclusivamente a uso não residencial, comprovadamente de sustentação da economia familiar, observado o Cadastro Oficial de Ocupantes do conjunto de áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4).

74 355 Art O lote não residencial destinado a uso institucional local será alienado exclusivamente à quem lhe houver dado o uso ou a quem exercer a atividade e na falta ou extinção deste, às entidades representativas dos moradores do respectivo Setor Especial 4 (SE-4). Seção V Das normas de uso e ocupação do solo Art As normas relativas ao uso e ocupação do solo serão objeto de decreto específico a ser baixado juntamente com a aprovação do projeto de parcelamento do solo da área, e visarão sempre à preservação da tipicidade da ocupação local. Parágrafo único - As normas de uso e ocupação do solo previstas neste artigo, sempre que possível, serão baixadas após a manifestação das entidades representativas dos moradores do local. CAPÍTULO IV DO FUNDO DE URBANIZAÇÃO DE ÁREAS FAVELADAS. Art Fica criado o Fundo de Urbanização de Áreas Faveladas, em atendimento ao disposto no artigo 9º da Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de Parágrafo único - O Fundo de Urbanização de Áreas Faveladas constituirá subconta do Fundo de Habitação Popular criado pelo parágrafo único do artigo 1º do Decreto Municipal nº 4.539, de 12 de setembro de 1983, e regulamentado peto artigo 12 do Decreto Municipal nº 4.651, de 23 de fevereiro de CAPÍTULO V DOS PROCEDIMENTOS DO PROFAVELA Art Os procedimentos do PROFAVELA relativos à regularização do parcelamento das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4), ao remembramento e desmembramento dos lotes resultantes do parcelamento, e à alienação, serão feitos de acordo com as normas descritas nas seções seguintes: Seção I Do Processo de Parcelamento Art Observada a tipicidade da ocupação, o loteamento de áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será aprovado pelo município, a título de urbanização específica de interesse social, desde que os interessados apresentem à Prefeitura o respectivo projeto, acompanhado dos seguintes documentos e informações: I - relação das quadras e lotes definidos no projeto de parcelamento da área; II - memorial descritivo, contendo a descrição das áreas públicas que passarão ao domínio do Município assim como a indicação dos equipamentos urbanos e comunitários, e dos serviços públicos ou de utilidade pública existentes na área do parcelamento. Parágrafo único - A planta ou plantas integrantes do projeto mencionado neste artigo serão elaboradas de acordo com as diretrizes técnicas a serem fornecidas aos interessados pela Prefeitura. Art Tratando-se de terra devoluta, sem registro imobiliário, o poder público proprietário, promotor do loteamento, apresentará ainda, como documento, certidões negativas de registro, passadas pelos cartórios imobiliários da Comarca. Havendo registro, apresentará o respectivo título. Parágrafo único - Tratando-se de imóvel público, com uso definido, o poder público interessado apresentará, além do título de propriedade, lei de desafetação de uso público. Art Tratando-se de imóvel de domínio particular, o respectivo proprietário, ou seu representante, apresentará o título de domínio. Seção II Dos pedidos de desmembramento e de remembramento de lotes

75 356 Art Os pedidos de remembramento ou desmembramento de lotes nas áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) serão formulados à Prefeitura, acompanhados dos seguintes documentos: I - títulos de propriedade dos lotes que se pretende desmembrar ou remembrar; II - planta da situação atual dos lotes, demonstrando, inclusive, seu acesso ao sistema viário; e III - planta da situação que resultará do desmembramento ou do remembramento que se pretende. 1º - Na hipótese de remembramento, o interessado apresentará o título de propriedade do lote que receberá o remembramento assim como o do que a ele irá se remembrar. 2º - No caso de remembramento, sendo distintos os proprietários dos lotes, o pedido será formulado pelos respectivos proprietários. Art Na análise dos pedidos de remembramento e de desmembramento, a Prefeitura observará o disposto na Lei Municipal nº 3.532, de 6 de janeiro de 1983 e neste decreto, excluída a aplicação das normas gerais do Município. Seção III Do Processo de Alienação de Lotes Art A alienação de lotes resultantes do parcelamento aprovado em áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será feita de acordo com as seguintes normas e princípios: I - os lotes somente se destinarão a pessoas que se enquadrem na categoria de economicamente carente, tomado como referência o padrão médio da população da área integrante do Setor Especial 4 (SE-4), orientado pelo Cadastro Oficial de Ocupantes que indicará os posseiros a serem titulados e sua qualificação; II - é vedada a alienação de mais de um lote a uma mesma pessoa, salvo o disposto no artigo 13 deste decreto; III - é vedada a alienação de lotes situados nos terrenos descritos nas alíneas b e c do artigo 10, deste decreto, assim como aqueles com declividade igual ou superior a 47% (quarenta e sete por cento), salvo, neste caso, quando já se destinarem a uso institucional local que prescinda de edificações e que seja compatível com a sua topografia. Art Do documento de alienação dos lotes referidos no artigo 23 deste Decreto deverão constar, além das cláusulas comuns à alienação, elementos que caracterizem as condições especiais de sua aprovação, concernentes ao uso, tais como: I - no caso de lote com uso residencial, que o mesmo tem destinação específica de moradia do ocupante e de sua família, e o comprometimento com os outros usos que, nas normas de uso e ocupação do solo da área, vierem a ser permitidos no local; II - no caso de alienação de um segundo lote, na hipótese do artigo 13 deste decreto, o comprometimento de se manter nele destinação que seja comprovadamente de sustentação da economia familiar, atendidas as normas de uso e ocupação do solo da respectiva área; III - no caso de lote já destinado a uso institucional local, o comprometimento com a manutenção de sua destinação, e de só alterá-lo ouvidas previamente as entidades representativas dos moradores da respectiva área e a Prefeitura; IV - na hipótese de venda de imóveis assim adquiridos, os adquirentes e seus sucessores somente os poderão alienar nas condições estabelecidas no artigo 6º e seus parágrafos da Lei Municipal nº de 6 de janeiro de Parágrafo único - Havendo a titulação de imóveis de propriedade do Município, através de alienação gratuita, a Prefeitura poderá, no documento de transferência de domínio, estabelecer condições de permanência da pessoa titulada no respectivo lote. CAPÍTULO VI DA ESTRUTURA OPERACIONAL DO PROFAVELA Art O Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA, será implantado pelas Secretarias Municipais de Ação Comunitária e de Desenvolvimento Urbano, observada a área de competência de cada um desses órgãos. Parágrafo único - Compete à Secretaria Municipal de Ação Comunitária coordenar as ações necessárias à implantação da PROFAVELA.

76 357 CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art A alteração dos usos já existentes no SE-4 somente será aprovada pela Prefeitura caso se compatibilize com as normas de uso e ocupação do solo aplicáveis no respectivo local. Art Não titulados um ou alguns dos lotes resultantes do parcelamento aprovado, face à sua área ou à sua declividade, será respeitada, todavia, a posse existente, inclusive para fins e efeitos de indenização das benfeitorias, no caso da conveniência de se promover sua desocupação. LEI Nº 3.995, DE 16 DE JANEIRO DE 1985 Introduz dispositivos na Lei 3.532, de 06 de janeiro de Cria o Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA - e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPITULO I DO PROGRAMA Art. 1º - Fica criado o Programa Municipal de Regularização de Favelas PROFAVELA - aplicável somente às favelas densamente ocupadas por populações economicamente carentes, existentes até a data do levantamento aerofotogramétrico do 1º semestre de Parágrafo único - O PROFAVELA visa possibilitar a urbanização e regularização jurídica das favelas mencionadas no artigo 1º. CAPÍTULO II DO ZONEAMENTO Art. 2º - Fica criado no zoneamento municipal o Setor Especial 4 (SE-4), que compreende as áreas faveladas definidas por esta Lei. 1º - Compete ao Executivo Municipal delimitar as áreas caracterizadas como SE-4, regulamentando-ihes o zoneamento e a ocupação. 2º - O SE-4 destina-se à urbanização específica de favelas e deverá observar, tanto quanto possível, as características da ocupação espontânea. CAPÍTULO III DO CONTEÚDO DO PROFAVELA Art. 3º - 0 Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA compreende, a título de regularização, o conjunto das seguintes providências, de iniciativa direta ou indireta do Poder Público Municipal: I - o levantamento topográfico do perímetro das áreas passíveis de inclusão no Setor Especial 4 (SE-4), introduzido no zoneamento municipal pela Lei nº 3532, de 06 de janeiro de 1983; II - a delimitação, por decreto, das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE- 4); III - a demarcação do sistema viário das áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4) de forma a permitir a elaboração do respectivo projeto de parcelamento do solo, observada a tipicidade local; IV - a aprovação do projeto de parcelamento do solo mencionado acima, acompanhado da definição das normas de uso e ocupação do solo que orientarão 0 desenvolvimento urbano da respectiva área; V - a promoção ou acompanhamento da regularização fundiária, objetivando a titulação da propriedade aos ocupantes dos lotes resultantes do projeto de parcelamento do solo aprovado; VI - a implantação e coordenação de medidas para a melhoria das condições de vida da população ocupante e sua melhor integração na vida e nos benefícios da cidade.

77 358 1º - A delimitação por decreto das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será feita simultaneamente para todas as áreas passíveis de enquadramento do PROFAVELA, referido no art. 1º desta Lei. 2º - As áreas referidas no art. 1º que, por motivo de força maior, não forem delimitadas na forma do parágrafo anterior, poderão ser enquadradas no PROFAVELA a qualquer tempo. CAPÍTULO I V DOS REQUISITOS DO PROFAVELA Art. 4º - A implantação do PROFAVELA observará os requisitos de que trata o presente Capítulo, excluindo-se a aplicação das normas gerais do Município sempre que estas conflitarem com a tipicidade da ocupação local e com o conteúdo do programa. Seção I Do Lote Padrão Art. 6º - Considera-se lote padrão o lote básico em metros quadrados determinado para cada área integrante do Setor Especial 4 (SE-4) em função da tipicidade da ocupação local e de sua preservação, definindo no decreto de aprovação da área respectiva. Art. 8º - Para efeito da remembramento e desmembramento, a partir da aprovação do projeto de parcelamento da respectiva área, o lote padrão servirá de parâmetro para o deferimento ou o indeferimento do pedido correspondente, observado o seguinte: I - o pedido somente será deferido se gerar diminuição da desconformidade existente entre a área do lote padrão e a área dos lotes cujo desmembramento ou remembramento se pretente; II - no caso de desmembramento, a análise da desconformidade com o lote padrão levará em consideração, necessariamente tanto o lote que do pedido irá surgir, o qual será examinado autonomamente se for o caso, ou agregado àquele ao qual irá ser remembrado, bem como o lote remanescente daquele que deu origem ao desmembramento. Seção II Do Parcelamento do Solo Art O parcelamento do solo nas áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4) será feito a título de urbanização específica de interesse social, excluindo-se a aplicação das normas gerais do município sempre que estas conflitarem com a tipicidade local e com o conteúdo do programa. Parágrafo único - A anuência prévia à aprovação do parcelamento será dada pela Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana - PLAMBEL, conforme as disposições do Decreto Estadual nº , de 08 de setembro de Art Os projetos de parcelamento do solo das áreas caracterizadas como Setor Especial 4 (SE-4) obedecerão às seguintes condições: I - serão considerados "non aedificandae" os terrenos: a) com declividade geral ou superior a 47%; (quarenta e sete por cento); b) alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para o escoamento das águas; c) onde as condições geológicas não aconselham a edificação; II - os terrenos indivisos resultantes e integrantes do projeto de parcelamento do solo da área caracterizada como Setor Especial 4 (SE-4) terão sua destinação aprovada pela Prefeitura, ouvidas as entidades representativas dos moradores do respectivo SE-4; III - o sistema viário compreenderá as ruas, becos e passagens de uso comum lançados no projeto de parcelamento do solo, e uma vez aprovados pela Prefeitura observada a legislação específica pertinente, em especial a Lei Federal nº 6766, de 19 de dezembro de 1979, passarão do domínio público; IV - somente serão aprovados lotes que tiveram acesso direto ao sistema viário definido no inciso anterior.

78 359 Parágrafo único - o disposto no inciso IV deste artigo aplica-se aos casos de desmembramento. Seção III Do Cadastro Oficial de Ocupantes Art Para cada área integrante do Setor Especial 4 (SE-4) será elaborado o Cadastro Oficial de Ocupantes, que funcionará como referência para a titulação da propriedade dos lotes resultantes do parcelamento aprovado. Parágrafo único - Por ocupante considera-se o posseiro ou posseiros diretos, à época da titulação. Seção IV Da Alienação Art Os lotes resultantes do parcelamento aprovado na forma desta Lei poderão ser alienados diretamente a seus ocupantes, de acordo com a Lei Federal nº 4132, de 10 de setembro de 1962, a Lei Complementar nº 3, de 28 de dezembro de 1972, ou mediante licitação, observadas as normas aplicáveis. 1º - Qualquer que seja a natureza da propriedade, da alienação e do loteador, cada lote, somente poderá ser alienado ao seu ocupante. 2º - O lote com construção multifamiliar será titulado a todas as famílias que o ocupem, observados os seguintes critérios: I - a cada família corresponderá uma fração ideal, calculada pela proporção entre a área construída do imóvel individual e a área total construída no lote; II - a construção multifamiliar não poderá exceder a 3 (três) pavimentos, dependendo sempre de vistoria do órgão competente quanto à observância das normas técnicas de segurança." 2º acrescentado pela Lei nº 6.221, de 05/08/1992 (Art. 1º) 3º - A alienação obedecerá às normas e diretrizes do PROFAVELA. 3º renumerado pela Lei nº 6.221, de 05/08/1992 (Art. 1º) 4º - Constará do documento de alienação dos lotes a destinação específica de moradia do ocupante e sua família ou o comprometimento dos demais usos possíveis na área, assegurando-se-lhes condições que favoreçam a permanência do imóvel. 4º renumerado pela Lei nº 6.221, de 05/08/1992 (Art. 1º) 5º - Deverá constar, ainda, do documento mencionado acima a obrigação do particular de, em caso de alienação do imóvel, faze-la a pessoa que se enquadre nas normas e diretrizes do PROFAVELA, ouvindo-se para tanto, o Executivo Municipal, que comparecerá ao ato na qualidade de interveniente. 5º renumerado pela Lei nº 6.221, de 05/08/1992 (Art. 1º) 6º - Quando se tratar de família não legalmente constituída, a alienação será feita diretamente à mulher, salvo no caso de acordo entre os co-habitantes, hipóteses em que os mesmos passarão a ser co-proprietários do respectivo lote. 6º renumerado pela Lei nº 6.221, de 05/08/1992 (Art. 1º) 6º - Fica o Executivo excluído do comparecimento como interveniente, previsto no 4º deste artigo, nos casos de garantia para obtenção de financiamento destinado a ampliação, construção ou reforma no próprio imóvel. 6º acrescentado pela Lei nº 5.133, de 09/06/1988 (Art. 1º) Art O lote não residencial destinado a uso institucional local será alienado exclusivamente à quem lhes houver dado o uso a quem exercer a atividade e na falta ou extinção deste, ás entidades representativas dos moradores do respectivo Setor Especial 4 (SE-4). Seção V Das Normas de Uso e Ocupação do Solo

79 360 Art As normas relativas ao uso e ocupação do solo serão objeto de decreto específico a ser baixado juntamente com a aprovação do projeto de parcelamento do solo da área, e visarão sempre à preservação da tipicidade da ocupação local. Parágrafo único - As normas de uso e ocupação do solo revistas neste artigo, sempre que possível, serão baixadas após a manifestação das entidades representativas dos moradores do local. CAPITULO V DO FUNDO DE URBANIZAÇÃO DE ÁREAS FAVELADAS Art. 17- Fica criado o Fundo de Urbanização de Áreas Faveladas, destinado à gestão dos recursos originários das alienações de lotes urbanizados ou de habitações de interesse social, no SE-4, ou originários de repasse de organismos estaduais e federais, bem como internacionais. Parágrafo único - O Fundo de Urbanização de Áreas Faveladas constituirá subconta do Fundo de Habitação Popular criado pelo parágrafo único do artigo 1º do Decreto Municipal nº 4539, de 12 de setembro de 1983, e regulamentado pelo artigo 12 do Decreto Municipal nº 4651, de 23 de fevereiro de CAPÍTULO VI DOS PROCEDIMENTOS DO PROFAVELA Art Os procedimentos do PROFAVELA relativos à regularização do parcelamento das áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4), ao remembramento e desmembramento dos lotes resultantes do parcelamento, e à alienação, serão feitos de acordo com as normas descritas nas seções seguintes: Seção I Do Processo de Parcelamento Art Observada a tipicidade da ocupação o loteamento de áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será aprovado pelo Município, a título de urbanização específica de interesse social desde que os interessados apresentem à Prefeitura o respectivo projeto, acompanhado dos seguintes documentos e informações: I - relação das quadras e lotes definidos no projeto de parcelamento da área; II - memorial descritivo, contendo a descrição das áreas públicas que passarão ao domínio do Município assim como a indicação dos equipamentos urbanos e comunitários, e dos serviços públicos ou de utilidade pública existentes na área do parcelamento. Parágrafo único - A planta ou plantas integrantes do projeto mencionado neste artigo serão elaboradas de acordo com as diretrizes técnicas a serem fornecidas aos interessados pela Prefeitura. Art Tratando-se de terra devoluta, sem registro imobiliário, o poder público proprietário, promotor do loteamento, apresentará ainda como documento certidões negativas de registro, passadas pelos cartórios imobiliários da Comarca. Havendo registro, apresentará o respectivo título. Parágrafo único - Tratando-se de imóvel público com uso definido o poder público interessado apresentará além do título e propriedade, lei de desafetação de uso público. Art. 21- Tratando-se de imóvel de domínio particular, o respectivo proprietário, ou seu representante, apresentará o título de domínio. Seção II Dos Pedidos de Desmembramento e Remembramento de Lotes Art Os pedidos de remembramento ou desmembramento de lotes nas áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) serão formulados à Prefeitura, acompanhados dos seguintes documentos: I - títulos de propriedade dos lotes que se pretende desmembrar ou remembrar; II - planta de situação atual dos lotes, demonstrando, inclusive, seu acesso ao sistema viário e; III - planta da situação que resultará do desmembramento ou remembramento que se pretende.

80 361 1º - Na hipótese de remembramento, o interessado apresentará o título de propriedade do lote que receberá o remembramento assim como o do que a ele irá se remembrar. 2º - No caso de remembramento, sendo distintos os proprietários dos lotes, o pedido será formulado pelos respectivos proprietários. Art Na análise dos pedidos de remembramento e de desmembramento, a Prefeitura observará o disposto na Lei Municipal nº 3532, de 06 de janeiro de 1983 e, nesta Lei, excluída a aplicação das normas gerais do Município. Seção III Do Processo de Alienação de Lotes Art A alienação de lotes resultantes do parcelamento aprovado em áreas integrantes do Setor Especial 4 (SE-4) será feita de acordo com as seguintes normas e princípios: I - os lotes somente se destinarão a pessoas que se enquadrem na categoria de economicamente carente, tomando como referência o padrão médio da população da área integrante do Setor Especial 4 (SE-4), orientado pelo Cadastro Oficial de Ocupantes que indicará os posseiros a serem titulados e sua qualificação; III - é vedada a alienação de lotes situados nos terrenos descritos nas alíneas "b" e "c" do art. 11 deste Lei, assim como aqueles com declividade igual ou superior a 47% (quarenta e sete por cento), salvo, neste caso, quando já se destinarem a uso institucional local que prescinda de edificações e que seja compatível com a sua topografia. Inciso III com redação dada pela Lei nº 6.301, de 29/12/1992 (Art. 1º) Art Do documento de alienação dos lotes referidos no artigo 24 desta Lei deverão constar, além das cláusulas comuns à alienação, elementos que caracterizem as condições especiais de sua aprovação, concernentes ao uso, tais como: I - no caso de lote com uso residencial, que o mesmo tem destinação específica de moradia de ocupantes e de sua família, e o comprometimento com os outros usos que, nas normas de uso e ocupação do solo da área vierem a ser permitidos no local; II - no caso de alienação de um segundo lote, na hipótese do artigo 14 desta Lei o comprometimento de se manter nele destinação que seja comprovadamente de sustentação de economia familiar, atendidas as normas de uso e ocupação do solo da respectiva área; III - no caso de lote já destinado a uso institucional local, o comprometimento com a manutenção de sua destinação, e de só alterá-lo ouvidas previamente as entidades representativas dos moradores da respectiva área e a Prefeitura; Parágrafo único - Havendo a titulação de imóveis de propriedade do Município, através de alienação gratuita, a Prefeitura poderá, no documento de transferência de domínio, estabelecer condições de permanência da pessoa titulada no respectivo lote. CAPÍTULO VII DA ESTRUTURA OPERACIONAL DO PROFAVELA Art Fica atribuída à Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL competência para coordenar e implantar o Programa de Regularização de Favelas - PROFAVELA, criado pela Lei Municipal nº 3532, de 06 de janeiro de 1983, inclusive realizar obras de urbanização em áreas caracterizadas como Setor Especial-4 (SE-4). Art. 26 com redação dada pela Lei nº 4.781, de 18/08/1987 (Art. 5º) Art O Executivo Municipal poderá firmar convênio com a União, Estado de Minas Gerais municípios integrantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte e respectivos órgãos, com vistas à execução integrada no Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA. CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

81 362 Art A alteração dos usos já existentes no SE- 4 somente será aprovada pela Prefeitura caso se compatibilize com as normas de uso e ocupação do solo aplicáveis no respectivo local. Art Não titulados um ou alguns dos lotes resultantes do parcelamento aprovado, face à sua área ou à sua declividade, será respeitada, todavia, a posse existente, inclusive para fins e efeitos de indenização das benfeitorias, no caso da conveniência de se promover sua desocupação. LEI Nº 5.641, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1989 Dispõe sobre os tributos cobrados pelo município de Belo Horizonte e contém outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA Art O imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou acessão física, como definido na lei civil, localizado na Zona Urbana do Município. Parágrafo único - Entende-se como zona urbana a que for dotada dos melhoramentos e equipamentos mínimos indicados em lei complementar federal e, ainda, a área urbanizável ou de expansão urbana constante de loteamentos destinados à habitação ou a quaisquer outros fins econômicos-urbanos. Art Considera-se ocorrido o fato gerador do IPTU no dia 1 de janeiro de cada exercício financeiro. Art A incidência do imposto independe do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, sem prejuízo das penalidades cabíveis e do cumprimento das obrigações acessórias. Art Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou o seu possuidor. Art É responsável pelo pagamento do IPTU e das taxas que com ele são cobradas: I - o adquirente, ainda que beneficiário de imunidade ou isenção, pelo débito do alienante; Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 13) II - O espólio, pelo débito do "de cujus", até a data da abertura da sucessão; III - O sucessor, a qualquer título, e o meeiro, pelo débito do espólio, até a data da partilha ou da adjudicação. Parágrafo único - Quando a aquisição se fizer por arrematação em hasta pública ou na hipótese do inciso III deste artigo, a responsabilidade terá por limite máximo, respectivamente, o preço da arrematação ou o montante do quinhão, legado ou meação. Art A pessoa jurídica que resultar de fusão, incorporação, cisão ou transformação responde pelo débito das entidades fundidas, incorporadas, cindidas ou transformadas, até a data daqueles fatos. Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se igualmente ao caso de extinção de pessoa jurídica, quando a exploração de suas atividades for continuada por sócio remanescente, ou seu espólio, sob qualquer razão social ou firma individual. Art A base de cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

82 363 Parágrafo único - Na determinação da base de cálculo não será considerado o valor dos bens móveis mantidos em caráter permanente ou temporário no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 14) Art O valor venal do imóvel será determinado em função dos seguintes elementos, tomados em conjunto ou separadamente: I - Preços correntes das transações no mercado imobiliário; II - Zoneamento urbano; III - Características do logradouro e da região onde se situa o imóvel; IV - Características do terreno como: a) área; b) topografia, forma e acessibilidade; V - características da construção como: a) área; b) qualidade, tipo e ocupação; c) o ano da construção; VI - custos de reprodução. Art A avaliação dos imóveis será procedida através do Mapa de Valores Genéricos, que conterá a Listagem ou Planta de Valores de Terrenos, a Tabela de Preços de Construção e, se for o caso, os fatores específicos de correção que impliquem em depreciação ou valorização do imóvel. Parágrafo único - Não sendo expedido o Mapa de Valores Genéricos, os valores venais dos imóveis serão atualizados com base nos índices oficiais de correção monetária divulgados pelo Governo Federal. Art Os dados necessários à fixação do valor venal serão arbitrados pela autoridade competente, quando sua coleta for impedida ou dificultada pelo sujeito passivo. Parágrafo único - Para o arbitramento de que trata o artigo, serão tomadas como parâmetros os imóveis de características e dimensões semelhantes, situados na mesma quadra ou na mesma região em que se localizar o imóvel cujo valor venal estiver sendo arbitrado. 1 - Tratando-se de imóvel em construção, as alíquotas previstas no item II da Tabela III, anexa a esta Lei, serão reduzidas em 50% (cinqüenta por cento). 1º acrescentado pela Lei nº 5.839, de 28/12/1990 (Art. 12) 2º - Não sendo concedida de ofício pelo órgão fazendário responsável pelo lançamento a redução de alíquota prevista no 1º deste artigo, para fazer jus ao benefício, o contribuinte deverá requerê-lo àquele órgão, anexando o Alvará de Construção e a comunicação de início de obra ou documentação que supra sua falta, nos termos do regulamento. 2º com redação dada pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 15) 3 - O benefício de que trata o 1 deste artigo, somente poderá ser aplicado no máximo em três exercícios. 3º acrescentado pela Lei nº 5.839, de 28/12/1990 (Art. 12) 4º - A redução mencionada no 1º deste artigo somente é válida para o imposto que for integralmente pago no mesmo exercício a que se referir o lançamento, sendo restaurada a alíquota integral para efeito de inscrição do débito, total ou parcial, em dívida ativa. Em caso de pagamento parcial, a inscrição em dívida ativa será efetuada considerando-se o remanescente do valor total do débito lançado, com a alíquota integral, deduzindo-se o valor, em moeda, efetivamente pago durante o exercício. 4º acrescentado pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 16) Art. 83-A - O imóvel de tipo construtivo casa, apartamento ou barracão, utilizado pelo Microempreendedor Individual - MEI - para o desenvolvimento de suas atividades econômicas, será considerado, para fins de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, ocupado exclusivamente para fins residenciais, por uma única vez, no exercício seguinte ao do início da atividade.

83 364 Parágrafo único - Não se aplicará o benefício previsto no caput deste artigo se a parte do imóvel ocupada pelo MEI já estiver classificada no Cadastro Tributário Imobiliário Municipal como Imóvel Edificado com Ocupação Não Residencial. Art. 83-A acrescentado pela Lei n , de 5/7/2013 (Art. 8 ) Art Serão obrigatoriamente inscritos no Cadastro Imobiliário os imóveis situados na zona urbana do Município, ainda que sejam beneficiados com isenções ou imunidades relativamente ao imposto. Art É obrigado a promover a inscrição dos imóveis no Cadastro Imobiliário, na forma prevista em regulamento: I - O proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor; II - O inventariante, síndico, liquidante ou sucessor, em se tratando de espólio, massa falida ou sociedade em liquidação ou sucessão; III - O titular da posse ou propriedade de imóvel que goze de imunidade ou isenção. Art O prazo para inscrição no Cadastro Imobiliário é de 30 (trinta) dias, contados da data de expedição do documento hábil, conforme dispuser o regulamento. Parágrafo único - Não sendo realizada a inscrição dentro do prazo estabelecido, o órgão fazendário competente deverá promovê-la de ofício, desde que disponha de elementos suficientes. Art O órgão fazendário competente poderá intimar o obrigado a prestar informações necessárias à inscrição, as quais serão fornecidas no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação. Parágrafo único - Não sendo fornecidas as informações no prazo estabelecido, o órgão fazendário competente, valendo-se dos elementos de que dispuser, promoverá a inscrição. Art As pessoas nomeadas no artigo 85 são obrigadas: I - A informar ao cadastro qualquer alteração na situação do imóvel, como parcelamento, desmembramento, remembramento, fusão, demarcação, divisão, ampliação, medição judicial definitiva, reconstrução ou reforma ou qualquer outra ocorrência que possa afetar o valor do imóvel, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da alteração ou da incidência; II - A exibir os documentos necessários à inscrição ou atualização cadastral, previstos em regulamento, bem como a das todas as informações solicitadas pelo fisco no prazo constante da intimação, que não será inferior a 10 (dez) dias; III - A franquear ao agente do fisco, devidamente credenciado, as dependências do imóvel para vistoria fiscal. Art Os responsáveis por loteamento, bem como os incorporadores, ficam obrigados a fornecer, mensalmente, à Secretaria Municipal da Fazenda, a relação dos imóveis que no mês anterior tenham sido alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, mencionando o adquirente, seu endereço, dados relativos à situação do imóvel alienado e o valor da transação. Art As pessoas físicas ou jurídicas que gozem de isenção ou imunidade ficam obrigadas a apresentar à Prefeitura o documento pertinente à venda de imóvel de sua propriedade, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da expedição do documento. Art Nenhum processo, cujo objetivo seja a concessão de Baixa e Habite-se, modificação ou subdivisão de terreno, será arquivado antes de sua remessa ao órgão fazendário municipal responsável pela atualização do Cadastro Tributário Municipal, sob pena de responsabilidade funcional. Art. 91 com redação dada pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 17) 1º - O disposto neste artigo aplica-se também aos processos de desapropriação efetivados por órgãos do Município integrantes da Administração Direta ou Indireta, os quais deverão remeter, mensalmente, ao órgão fazendário municipal a relação de imóveis desapropriados, quando pagos ou com depósito judicial realizado ou, ainda, imissão de posse deferida, com menção ao índice cadastral de cada imóvel, registrando a área objeto da desapropriação, bem como a área remanescente, quando a desapropriação for parcial.

84 365 2º - O disposto no 1º deste artigo estende-se às desapropriações efetivadas pelo Estado ou pela União em relação aos imóveis situados no Município. Art Em caso de litígio sobre o domínio do imóvel, da inscrição deverá constar tal circunstância, bem como os nomes dos litigantes, dos possuidores do imóvel, a natureza do feito, o juízo e o cartório por onde correr a ação. Art Para fins de inscrição no Cadastro Imobiliário, considera-se situado o imóvel no logradouro correspondente à sua frente efetiva. 1 - No caso de imóvel não construído, com duas ou mais esquinas ou com duas ou mais frentes, será considerado o logradouro relativo à frente indicada no título de propriedade ou, na falta deste, o logradouro que confira ao imóvel maior valorização. 2 - No caso de imóvel construído em terreno com as características do parágrafo anterior, que possua duas ou mais frentes, será considerado o logradouro correspondente à frente principal e, na impossibilidade de determiná-la, o logradouro que confira ao imóvel maior valor. 3 - No caso de terreno interno, será considerado o logradouro que lhe dá acesso ou, havendo mais de um logradouro de acesso, aquele a que haja sido atribuído maior valor. 4 - No caso de terreno encravado, será considerado o logradouro correspondente à servidão de passagem. Art O lançamento do IPTU será anual e deverá ter em conta a situação fática do imóvel existente à época da ocorrência do fato gerador. Parágrafo único - Poderão ser lançadas e cobradas com o IPTU as taxas que se relacionem direta ou indiretamente com a propriedade ou posse do imóvel. Art O lançamento será feito de ofício, com base nas informações e dados levantados pelo órgão competente, ou em decorrência dos processos de "Baixa e Habite-se", "Modificação ou Subdivisão de Terreno" ou, ainda, tendo em conta as declarações do sujeito passivo e de terceiros, na forma e prazos previstos em regulamento. Parágrafo único - Sempre que julgar necessário à correta administração do tributo, o órgão fazendário competente poderá notificar o contribuinte para, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de cientificação, prestar declarações sobre a situação do imóvel, com base nas quais poderá ser lançado o imposto. Art O IPTU será lançado em nome de quem constar o imóvel no Cadastro Imobiliário. 1 - No caso de condomínio indiviso, o lançamento será feito em nome de um ou de todos os condôminos. 2 - Quando se tratar de condomínio de unidades imobiliárias autônomas, o lançamento será feito individualmente, em nome de cada condômino. Art O recolhimento do IPTU, e das taxas que com ele são cobradas, será feito dentro do prazo e forma estabelecidos em regulamento. Parágrafo único - O recolhimento dos tributos fora do prazo acarretará a incidência de juros de mora de 1% ( um por cento) ao mês ou fração, contados da data do vencimento, e correção monetária, nos termos da legislação específica, além das multas previstas em Lei. Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 8.405, de 5/7/2002 (Art. 13) Art O Executivo, através de decreto, poderá: I - Conceder descontos pelo pagamento antecipado do IPTU e das taxas que com ele são cobradas; II - Autorizar o pagamento do IPTU e das taxas que com ele são cobradas em parcelas mensais, até o máximo de 12 (doze);

85 366 III - Diferir o pagamento do IPTU em até 90 (noventa) dias, contados da data da concessão da "Baixa e Habite-se" ocorrida na vigência desta Lei. Art O pagamento parcelado far-se-á com incidência de correção monetária pós-fixada, a partir da segunda parcela, apurada nos termos da legislação específica. Parágrafo único - O pagamento da parcela após o vencimento e dentro de exercício a que se referir o lançamento acarretará a incidência de correção monetária, juros de mora e multas previstas em Lei, a partir da data do vencimento da parcela. Art. 99 com redação dada pela Lei nº 8.405, de 5/7/2002 (Art. 13) Art O IPTU e as taxas que com ele são cobradas, não recolhidos no exercício a que se referir o lançamento, serão inscritos em Dívida Ativa. Parágrafo único - Havendo parcelas não quitadas, relativas ao parcelamento previsto no inciso II do art. 11 da Lei nº 5.839, de 28 de dezembro de 1990, o crédito remanescente será inscrito pelo seu valor originário, apurado na proporção das parcelas não quitadas em relação ao número total de parcelas, sujeitando-se, quando do pagamento, à incidência de correção monetária, multa e juros calculados a partir da data de vencimento dos tributos. Art. 100 com redação dada pela Lei nº 8.405, de 5/7/2002 (Art. 13) Art Pelo descumprimento das obrigações acessórias relativas ao IPTU, serão aplicadas as seguintes multas: I - De 2 (duas) UFPBH: a) por deixar de inscrever-se no Cadastro Imobiliário ou de comunicar qualquer alteração no prazo legal; b) por deixar de exibir os documentos necessários, na forma prevista na legislação; II - De 4 (quatro) UFPBH: a) por deixar o responsável por loteamento ou o incorporador de fornecer ao órgão fazendário competente a relação mensal dos imóveis alienados ou prometidos à compra e venda; b) por desatender a notificação do órgão fazendário competente para declarar os dados necessários ao lançamento do IPTU ou oferecê-los incompletos; c) por deixarem as pessoas físicas ou jurídicas que gozem de isenção ou de imunidade, de apresentar à Prefeitura o documento relativo à venda de imóvel de sua propriedade; III - De 10 (dez) UFPBH: a) por oferecer dados falsos ao Cadastro Imobiliário; b) por não franquear ao agente do fisco devidamente credenciado as dependências do imóvel para vistoria fiscal. 1 - Será aplicada multa correspondente a 1 (uma) UFPBH por qualquer ação ou omissão, não prevista nos incisos acima, que importe em descumprimento de obrigação acessória. 2 - O sujeito passivo que, antecipando-se à ação fiscal, promover a correção das irregularidades referidas nos incisos I, II e alínea "a" do inciso III deste artigo, ficará isento das penalidades previstas. Art O Executivo poderá, anualmente, conceder isenção do IPTU e das taxas que com ele são cobradas, aos proprietários: I - De imóveis edificados, de ocupação exclusivamente residencial, classificados no padrão de acabamento popular, cujo valor venal à época do lançamento não exceda ao valor de 900 (novecentas) UFPBH; II - De imóvel não edificado, não situado na zona de uso comercial e industrial e que constitua a sua única propriedade, desde que o valor venal, à época do lançamento, não exceda o valor de 90 (noventa) UFPBH. TABELA III ALÍQUOTAS DO IPTU Tabela III com redação dada pela Lei nº 9.795, de 28/12/2009 (Art. 5º) 1 - IMÓVEIS EDIFICADOS: Ocupação exclusivamente residencial: imóveis com valor venal até R$80.000,00: 0,60%;

86 imóveis com valor venal acima de R$80.000,00 e até R$ ,00: 0,70%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 0,75%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 0,80%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 0,85%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 0,90%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00: 1,00 % Ocupação não residencial e demais ocupações: imóveis com valor venal até R$30.000,00: 1,20%; imóveis com valor venal acima de R$30.000,00 e até R$ ,00: 1,30% imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 1,40%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 1,50%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00: 1,60 %. 2 - LOTES OU TERRENOS NÃO EDIFICADOS: imóveis com valor venal até R$40.000,00: 1,00%; imóveis com valor venal acima de R$40.000,00 e até R$ ,00: 1,60%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 2,00%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00 e até R$ ,00: 2,50%; imóveis com valor venal acima de R$ ,00: 3,00%. LEI Nº 5.872, DE 14 DE MARÇO DE 1991 Estabelece a Região da Savassi, disciplina normas de posturas e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA REGIÃO DA SAVASSI Art. 1 - Passa a denominar-se Região da Savassi a área compreendida pela poligonal assim descrita: Começa na Praça Tiradentes, formada pela confluência da Av. Brasil com Av. Afonso Pena, segue a Av. Brasil até a Praça da Liberdade incluindo toda esta praça, sobe pela Rua da Bahia até a Av. do Contorno, desta até a esquina de Av. do Contorno com Av. Afonso Pena, na Praça Milton Campos. Da Praça Milton Campos segue pela Av. Afonso Pena, por esta até a esquina com Av. Brasil, voltando ao ponto inicial. Parágrafo único - Incluem-se na Região as edificações situadas nos dois lados das ruas, avenidas e praças que a delimitam. CAPÍTULO I-A DAS FESTAS E DOS EVENTOS Art. 1º A - Fica proibida a utilização de trios elétricos e de similares nas festas e nos eventos realizados na Região da Savassi, no horário compreendido entre 22:00h e 8:00h. Capítulo I-A acrescentado pela Lei nº Lei nº 8.061, de 13/07/2000 (Art. 1º) CAPÍTULO V CONSERVAÇÃO DE FACHADAS Art Os comandos de portão eletrônico deverão, preferencialmente, ser instalados internamente nas edificações a partir do alinhamento do terreno particular.

87 368 Parágrafo único - Somente com a autorização prévia da Prefeitura, quando as condições técnicas assim o exigirem, os comandos de portão poderão ser instalados nos passeios, e atenderão às seguintes disposições: I - altura do suporte igual a 1,0m (um metro); II - a distância do eixo do suporte à face externa do meio-fio deverá ser igual a 0,25m (vinte e cinco centímetros ; III - localizar-se na direção dos limites do portão da garagem. Art A execução de obras nas vias públicas da região ora criada fica condicionada à expedição de alvará específico por parte do órgão competente da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, observada a legislação vigente, em especial os Decreto n s 2.262, de 25 de setembro de 1972, 2.351, de 13 de abril de 1973 e a Lei n 3.299, de 14 de janeiro de Art Fica instituído um concurso público, sob responsabilidade do Poder Executivo, para a escolha de projeto visando à execução de passeios padronizados na região ora criada. Parágrafo único - o concurso público deverá ser realizado no prazo de um ano, a contar da publicação desta Lei. LEI Nº 6.326, DE 18 DE JANEIRO DE 1993 Dá nova regulamentação ao Fundo Municipal de Habitação Popular e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Fundo Municipal de Habitação Popular, criado pela Lei n 517, de 29 de novembro de 1955, dará suporte financeiro à política municipal de habitação voltada para o atendimento da população de baixa renda. Art. 2º - O Fundo Municipal de Habitação Popular será destinado a financiar, subsidiar e implementar programas e projetos habitacionais de interesse social, considerando-se como tais aqueles que atendam: Caput com redação dada pela Lei nº 9.040, de 14/1/2005 (Art. 2º) I - à população em precárias condições de habitação, residente em áreas de risco, favelas e habitações coletivas; II - à população que tenha renda familiar igual ou inferior a 5 (cinco) salários mínimos. Art. 3º - Os recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular, em consonância com as diretrizes da política municipal de habitação, serão aplicados em: I - urbanização de vilas e favelas; II - construção ou recuperação de unidades habitacionais; III - urbanização de lotes; IV - aquisição de imóveis destinados a programas habitacionais de interesse social; V - melhoria das condições de moradia de habitações coletivas; VI - regularização fundiária; VII - serviços de assistência técnica e jurídica aos mencionados nos incisos do artigo anterior; VIII - apoio técnico e material aos citados no inciso anterior. IX - ampliação e melhoria de unidades habitacionais; Inciso IX acrescentado pela Lei nº 8.641, de 15/9/2003 (Art. 1º) X - doação de kit de materiais para construção; Inciso X acrescentado pela Lei nº 8.641, de 15/9/2003 (Art. 1º) XI - financiamento de materiais para construção; Inciso XI acrescentado pela Lei nº 8.641, de 15/9/2003 (Art. 1º) XII- desenvolvimento e execução de projetos para verticalização gradual de vilas e favelas; Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.641, de 15/9/2003 (Art. 1º) XIII - ações em cortiços e habitações coletivas alugadas para fins sociais. Inciso XIII acrescentado pela Lei nº 8.641, de 15/9/2003 (Art. 1º)

88 369 XIV - subsídio para aquisição de moradia pelo interessado em programa de financiamento patrocinado por órgãos e agências financiadoras públicas. Inciso XIV acrescentado pela Lei nº 9.040, de 14/1/2005 (Art. 3º) Parágrafo único - O subsídio mencionado no inciso XIV será concedido no limite do valor da prestação mensal assumida pelo interessado. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.040, de 14/1/2005 (Art. 3º) Art. 4º - O Fundo Municipal de Habitação Popular será gerido pelo órgão da administração pública municipal encarregado da formulação e execução da política habitacional do Município. Art. 5º - As políticas de aplicação de recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular serão formuladas em conjunto com o Conselho Municipal de Habitação, a quem caberá, dentre outras atribuições definidas em lei: I - aprovar as diretrizes e normas para a gestão do Fundo Municipal de Habitação Popular; II - aprovar a liberação de recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular; III - aprovar normas e valores de remuneração dos diversos agentes envolvidos na aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular; IV - fiscalizar e acompanhar a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular. Art. 6º - São receitas do Fundo Municipal de Habitação Popular: I - dotações consignadas, anualmente, no orçamento municipal e créditos adicionais que lhe sejam destinados; II - dotações federais ou estaduais, não-reembolsáveis, a ele especificamente destinadas; III - financiamentos concedidos ao Município por organismos estaduais, federais, internacionais ou privados para aplicação em programas e projetos, conforme disposto nos artigos 2º e 3º desta Lei; IV - contribuições e dotações de pessoas físicas ou jurídicas, estrangeiras ou nacionais; V - recursos provenientes da venda de editais de concorrência para execução de obras a serem realizadas com recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular; VI - recursos provenientes da transferência do direito de construir em áreas públicas destinadas a programas habitacionais; VII - recursos provenientes do recebimento de prestações e retornos oriundos das aplicações do Fundo Municipal de Habitação Popular em financiamentos de programas habitacionais; VIII - produto da aplicação de seus recursos financeiros; IX - outras receitas. Parágrafo único - As despesas correntes, necessárias à administração do Fundo Municipal de Habitação Popular, com pessoal, material de consumo e outros, não poderão ser realizadas com recurso do mesmo, devendo estar vinculadas ao orçamento do órgão da administração pública municipal que o gerencia. Art. 7º - Os recursos financeiros do Fundo Municipal de Habitação Popular serão depositados em conta especial, em estabelecimento oficial de crédito, movimentados sob fiscalização do Conselho Municipal de Habitação. Art. 8º - O orçamento anual do Fundo Municipal de Habitação Popular observará o plano plurianual e a lei de Diretrizes Orçamentárias, evidenciando as políticas municipais na área de habitação. Parágrafo único - O orçamento do Fundo Municipal de Habitação Popular integrará o orçamento do Município, observando-se, em sua elaboração, execução e avaliação, as normas de controle interno deste. Art. 9º - As despesas do Fundo Municipal de Habitação Popular serão constituídas por: I - financiamento total ou parcial de programas e projetos habitacionais de interesse social desenvolvidos pelo órgão da administração municipal gestor do Fundo Municipal de Habitação Popular ou por instituições com ele conveniadas;

89 370 LEI Nº 6.452, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993 Disciplina a regularização de edificações em situação irregular e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 - Poderão ser regularizadas, nos termos desta Lei, as edificações erguidas em desacordo com as normas previstas na legislação municipal, desde que: I - estejam concluídas até a data de publicação desta Lei; II - não estejam localizadas em áreas de preservação paisagística ou de proteção de mananciais, bosques, matas naturais, parques urbanos, monumentos históricos e áreas de valor estratégico para segurança pública; III - não estejam localizadas junto a mananciais, cursos d'água, represas e demais recursos hídricos; IV - não estejam localizadas, total ou parcialmente, em logradouros públicos; V - a área a ser regularizada não esteja construída no recuo frontal fixado conforme a Lei n 4.034, de 25 de março de 1985; VI - seja comprovada a propriedade do terreno; VII - estejam situadas em parcelamentos aprovados pelo Município; VIII - não estejam localizadas em espaços destinados à implantação de projetos especiais; IX - não ofereçam risco a seus usuários e aos de áreas adjacentes; X - não tenham dimensões inferiores em mais de 20% (vinte por cento) das mínimas permitidas, exceto nos casos de ocupação de afastamentos laterais com ou sem abertura de vãos; XI - tenham autorização do vizinho ou decisão judicial favorável, quando se tratar de abertura de vãos sem o devido afastamento; XII - não tenham pé-direito inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros) e não constituam unidade autônoma, quando se tratar de sobreloja. 3 - Considerar-se-á concluída a edificação que apresentar paredes erguidas, revestidas internamente, com cobertura, e instalações hidráulicas e elétricas em funcionamento, de forma a permitir seu uso. Art. 2 - Para fazer jus aos benefícios de que trata esta Lei, o proprietário da edificação deverá: I - formular requerimento ao Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei, acompanhado dos seguintes documentos: a) guia de IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano - do exercício de 1993, se houver, devidamente quitada ou com parcelas em dia; b) (VETADO) II - apresentar levantamento da edificação nos padrões e prazos estabelecidos; III - recolher, integralmente, as multas cabíveis em cada caso, previstas nas Tabelas I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, anexas a esta Lei, calculadas com base na UFPBH - Unidade Fiscal Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte -, em função da categoria de uso da edificação, do padrão de acabamento e da zona fiscal onde se localiza o imóvel. 1 - Além da documentação prevista no inciso I deste artigo, poderão ser exigidos durante a tramitação do processo outros documentos que se façam necessários à regularização. 2 - O prazo previsto no inciso I poderá ser prorrogado mediante decreto do Executivo. 3 - Para cálculo das multas mencionadas no inciso III deste artigo, será utilizado o valor da UFPBH do mês em que for emitida a guia de recolhimento respectiva. 4 - Aos proprietários de imóveis classificados nos padrões de acabamento popular e baixo situados nas Zonas Fiscais D e E que não possuam projeto aprovado e cuja renda familiar comprovada for de até 5 (cinco) salários mínimos, o Município poderá prestar assistência técnica gratuita na elaboração do levantamento que objetivar a regularização. 5 - Os proprietários de imóveis localizados em bairros ou loteamentos não-aprovados pelo Poder Público Municipal e que formularem requerimento de regularização, nos termos desta Lei, terão

90 371 garantido o direito da regularização por ela instituída, a dar-se tão logo seja regularizado o bairro ou loteamento. Art. 3 - Fica o Executivo autorizado, por meio de operação interligada, a converter a multa pecuniária mencionada no inciso III do art. 2 em obrigação do requerente, isoladamente ou consorciado a outros, de construir imóvel de interesse social a ser incorporado ao patrimônio do Município. 1 - Entendem-se por imóvel de interesse social as construções destinadas a: I - pré-escola; II - escola; III - escola para pessoas portadoras de deficiência, inclusive as profissionalizantes; IV - creche; V - unidade de saúde; VI - atendimento a menor de rua; VII - implementação de parques. 2 - Caberá ao Executivo contratar a obra de interesse social na administração direta ou na iniciativa privada e fiscalizar sua execução, ficando o proprietário do imóvel em situação irregular encarregado de efetuar o pagamento dos valores de sua responsabilidade diretamente à empresa ou ao órgão para o qual for adjudicado o serviço. Art. 4 - Fica o Executivo autorizado a quitar as multas de regularização previstas nesta Lei para edificações destinadas às áreas de saúde e educação, através da conversão de seus valores em serviços específicos das referidas áreas. Art. 5 - Dos recursos oriundos do recolhimento das multas de regularização previstas nesta Lei, 50% (cinqüenta por cento) destinar-se-ão, exclusivamente, ao Fundo Municipal de Habitação Popular, instituído pela Lei n 6.326, de 18 de janeiro de Art. 6 - A Baixa e o Habite-se somente serão concedidos mediante a integral quitação da multa estabelecida no inciso III do art. 2, ou mediante a aceitação definitiva, pelo Executivo, da obra na qual a multa for convertida. Art. 7 - Poderão beneficiar-se desta Lei: I - os proprietários de imóveis em situação irregular que oferecerem denúncia espontânea; II - os proprietários de imóveis que tiverem os pedidos de Baixa e Habite-se indeferidos até a publicação deste Instrumento; III - os proprietários de imóveis já autuados por ofensa à Lei n 4.034, de 25 de março de 1985, e suas alterações, cujos débitos não tenham sido integralmente quitados; IV - os proprietários de imóveis concluídos até a publicação desta Lei que vierem a ser notificados e/ou autuados por ofensa à legislação citada no inciso anterior, no prazo de até 90 (noventa) dias após sua publicação. 1 - Ao requerente que se denunciar espontaneamente será facultado o parcelamento da multa a que se refere o inciso III do art. 2, em até 12 (doze) parcelas mensais. 2 - O parcelamento será concedido nos termos da Lei n 5.762, de 24 de dezembro de 1990, e de seu regulamento. 3 - Na hipótese prevista no inciso III deste artigo, o cálculo do débito residual será efetuado de acordo com a seguinte fórmula: VNP X D R = TA onde: R = resíduo a ser recolhido em uma única vez, VNP = valor das parcelas não pagas, em UFPBH, TA = valor total da autuação, em UFPBH, D = débito total apurado pela aplicação desta Lei.

91 372 Art. 8 - Deixam de incidir nas edificações regularizadas nos moldes desta Lei as penalidades previstas no art. 7 da Lei n 5.982, de 18 de outubro de Art. 9 - Fica isenta de multa a infração que for inferior à unidade adotada na tabela correspondente ao seu caso. Art Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente a Lei Municipal n 5.001, de 09 de fevereiro de Belo Horizonte, 26 de novembro de 1993 Patrus Ananias de Sousa Prefeito de Belo Horizonte TABELA I Índice aplicado ao m² (metro quadrado) de área excedente ao coeficiente de aproveitamento em edificação residencial PADRÃO DE ZONA ZONA ZONA ZONA ZONA ACABAMENTO DO IMÓVEL FISCAL E (P/M²) FISCAL D (P/M²) FISCAL C (P/M²) FISCAL B (P/M²) FISCAL A (P/M²) LUXO 0,1506 0,5356 1,9049 6, ,0953 ALTO 0,1284 0,4336 1,4641 4, ,6935 NORMAL 0,1073 0,3393 1,0730 2,8931 9,7299 BAIXO 0,0872 0,2522 0,7295 1,6101 5,1035 POPULAR 0,0680 0,1710 0,4300 1,0814 2,2196 * - índices em UFPBH TABELA II Índice aplicado ao m² (metro quadrado) de área excedente ao coeficiente de aproveitamento em edificação não-residencial, inclusive sobreloja. PADRÃO DE ZONA ZONA ZONA ZONA ZONA ACABAMENTO DO IMÓVEL FISCAL E (P/M²) FISCAL D (P/M²) FISCAL C (P/M²) FISCAL B (P/M²) FISCAL A (P/M²) LUXO 0,2636 0,9373 3,3336 8, ,1668 ALTO 0,2247 0,7588 2,5622 6, ,7136 NORMAL 0,1878 0,5938 1,8777 4, ,7773 BAIXO 0,1526 0,4414 1,2766 3,1927 8,1811 POPULAR 0,1190 0,2993 0,7525 1,8924 4,2593 * - índices em UFPBH TABELA III (VETADO) TABELA IV Índice aplicado ao m² (metro quadrado) de área construída com qualquer irregularidade exceto as relativas ao coeficiente de aproveitamento.

92 373 PADRÃO DE ZONA ZONA ZONA ZONA ZONA ACABAMENTO DO IMÓVEL FISCAL E (P/M²) FISCAL D (P/M²) FISCAL C (P/M²) FISCAL B (P/M²) FISCAL A (P/M²) LUXO 0,0753 0,2678 0,9524 3, ,0476 ALTO 0,0642 0,2168 0,7320 2,4719 8,3467 NORMAL 0,0536 0,1696 0,5365 1,6965 5,3649 BAIXO 0,0436 0,1261 0,3647 1,055 3,0517 POPULAR 0,0340 0,0855 0,2150 0,5407 1,3598 * - índices em UFPBH TABELA V Índice aplicado a cada 10cm (dez centímetros) inferior/superior à dimensão mínima/máxima permitida. PADRÃO DE ACABAMENTO DO IMÓVEL INFRAÇÃO P/CADA 10cm Obs: Esta tabela aplica-se a: - pé direito - largura de corredor - raio do círculo inscrito em cômodos LUXO 6,023 - largura e/ou altura da ALTO 4,1733 marquise NORMAL 1, outros por semelhança BAIXO 0,7629 POPULAR 0,3399 * - Índices em UFPBH TABELA VI Índice aplicado em caso de construção em desacordo com a altura permitida na divisa do lote. PADRÃO DE ACABAMENTO DO IMÓVEL INFRAÇÃO P/CADA 1 metro linear LUXO 13,0635 ALTO 9,2741 NORMAL 5,3649 BAIXO 2,7743 POPULAR 1,0878 * - Índices em UFPBH TABELA VII Índice aplicado a cada irregularidade relativa aos parâmetros estabelecidos para conforto e higiene da habitação. PADRÃO DE INFRAÇÃO ACABAMENTO P/CADA DO IMÓVEL 10cm Obs: Esta tabela aplica-se a: - intercomunicação de cômodos - insuficiência de iluminação/ventilação LUXO 11, falta de passeio ALTO 8, escada fora de padrão NORMAL 1, outros por semelhança BAIXO 0,6103

93 374 POPULAR 0,2379 * - Índices em UFPBH TABELA VIII Índice aplicado ao cálculo dos preços públicos, renovação do Alvará e cálculo do início de obra aplicado para aqueles que estão com imóvel pronto regular e não possuem Baixa e Habite-se. Excetuam-se da aplicação desta tabela os imóveis nas zonas fiscais "D" e "E", padrão baixo e popular. A) Roteiro de cálculo para renovação do Alvará Área Bruta da Edificação X 0,004 X UFPBH X Período Obs: Entende-se como período o prazo decorrido a cada 2 (dois) anos. B) Tabela para cálculo da comunicação do início da obra Valor do m² (metro quadrado) do terreno (IPTU) K = UFPBH do ANO Se K < 3 = 0, < K < 9 = 0, 012 K > 9 = 0, 024 FÓRMULA PARA CÁLCULO K X UFPBH X ÁREA LÍQUIDA EDIFICADA LEI Nº 6.831, DE 17 DE JANEIRO DE 1995 Dispõe sobre o estabelecimento e o funcionamento de empresas em residências e edificações multifamiliares e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica permitido, nos termos desta Lei, o estabelecimento e o funcionamento de empresas na residência de seus titulares. 1º - Poderão beneficiar-se da permissão instituída por esta Lei as empresas que possuam até 3 (três) funcionários de presença regular na residência. 2º - No caso de empresas situadas em edificações multifamiliares verticais de uso exclusivamente residencial, só se permitirá o exercício das atividades aos sócios moradores. Art. 2º - O estabelecimento e o funcionamento de empresas na residência de seus titulares dependerão de alvará a ser concedido pela Secretaria Municipal de Atividades Urbanas - SMAU. Art. 3º - Para a concessão da autorização de que trata o artigo anterior, serão observados os seguintes critérios: I - localização da residência; II - natureza da atividade; III - tipo da edificação. Art. 4º - Não será permitido, nos termos do art. 3º, I, o estabelecimento e o funcionamento de empresas em residências situadas nos seguintes locais:

94 375 I - nas áreas de preservação paisagística ou de tombamento pelo Conselho Municipal de Patrimônio, devendo tais atividades ser analisadas pelos órgãos competentes; II - nas áreas ou faixas non aedificandi. Art. 5º - Só será permitido, nos termos do art. 3º, II, o estabelecimento e o funcionamento de empresas cujas atividades se incluam entre as de: I - prestação de serviços técnico-profissionais, tais como: representante comercial, engenheiro, arquiteto, economista, advogado, fisioterapeuta, despachante, contabilista, tradutor, avaliador, investigador e outros semelhantes; II - serviços de assessoria, consultoria, elaboração de projetos, planejamento, pesquisa, análise e processamento de dados e informática; III - serviços de publicidade, propaganda, jornalismo, relações públicas e comunicação; IV - serviços de atendimento de consulta médica e dentária, desde que não envolvam procedimentos cirúrgicos; V - cursos sem caráter regular e aulas particulares ministradas por professor particular; VI - serviços de jardinagem, floricultura, paisagismo, viveiro e mudas; VII - estúdio de pintura, desenho, escultura e serviços de decoração; VIII - estúdios e serviços fotográficos e de vídeo comunicação; IX - confecção e reparação de roupas e artigos de vestuário, cama, mesa e banho; X - fabricação e montagem de bijuterias; XI - fabricação e reparação de calçados e de outros objetos em couro; XII - serviços domiciliares de instalação e reparação, tais como instalações hidráulicas, elétricas e de gás; XIII - prestação de serviços de reparação e conservação de máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos ou não e de uso doméstico ou pessoal; XIV - fabricação de artefatos de tapeçaria - tapetes, passadeiras, capachos; XV - fabricação de artefatos diversos, tais como: adornos para árvores-de-natal, artefatos modelados ou talhados de cera ou resinas naturais, azeviche, âmbar e espuma do mar, trabalho em marfim, ossos, nácar e vegetais, piteiras, cigarreiras, manequins, flores, folhas e frutos artificiais e troféus esportivos; XVI - confecção de pequenas peças em marcenaria, tecidos e papéis, tais como: brinquedos pedagógicos, enfeites e utilidades domésticas; XVII - fabricação e montagem de lustres, abajures e luminárias; XVIII - reparação de artigos diversos, tais como: jóias, relógios, instrumentos de medida de precisão, brinquedos, ótica e fotografia; XIX - pequenas indústrias artesanais. 1º - Em nenhum desses casos poderão ser exercidas atividades poluentes que envolvam armazenagem de produtos, tais como químicos, explosivos, que causem prejuízos e riscos ao meio ambiente e incômodo à vizinhança. 2º - As atividades não previstas neste artigo que apresentem grande similaridade podem ter seus alvarás expedidos após consulta ao COMPUR. 2º com redação dada pela Lei nº 7.166, de 27/08/1996 (Art. 116) Art. 6º - Nas edificações do tipo multifamiliar destinadas a uso exclusivamente residencial, nos termos do art. 3º, III, o estabelecimento e o funcionamento de empresas serão restritos às prestações de serviços técnico-profissionais exercidos pelos sócios moradores. Parágrafo único - Para o exercício de outras atividades previstas nesta Lei, deverá haver autorização unânime do condomínio, por meio de ata registrada em cartório, que poderá prever cláusulas restritivas adicionais às desta Lei. Art. 7º - Será cancelada pelo órgão competente a autorização concedida à empresa que: I - contrariar as normas de higiene, saúde, segurança, trânsito e outras de ordem pública; II - infringir disposições relativas ao controle da poluição, causar danos ou prejuízos ao meio ambiente ou incômodo à vizinhança; III - destinar exclusivamente às atividades a área da residência, deixando o titular de residir no local.

95 376 Parágrafo único - O condomínio poderá pedir o cancelamento do alvará da empresa, apresentando a ata de sua reunião que cassou a autorização de funcionamento, devidamente registrada em cartório. Art. 9º - Os benefícios desta Lei não geram direitos adquiridos e nem permitem que haja mudança na destinação do imóvel, vedada a transformação do uso residencial para comercial, salvo disposição expressa da legislação de uso e ocupação do solo aplicável à espécie. LEI Nº 6.978, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1995 Dispõe sobre a construção e o funcionamento de posto de abastecimento. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A construção e o funcionamento de posto de abastecimento de combustíveis e lubrificantes dependem da outorga de alvará municipal, respeitadas as condições estabelecidas nesta Lei e em outras pertinentes a este tipo de comércio. Parágrafo único - Considera-se posto de abastecimento de combustíveis e lubrificantes o estabelecimento comercial destinado preponderantemente à venda a varejo de derivados de petróleo e álcool carburante para veículos automotores. Art. 2º - Para os fins desta Lei, o posto de abastecimento poderá ser: I - posto de venda: aquele destinado exclusivamente à venda a varejo de combustíveis e lubrificantes para veículos automotores; II - posto de serviço: aquele que, além de exercer preponderantemente a atividade prevista no inciso anterior, também se dedica a 1 (uma) ou mais das seguintes atividades: a) lavagem e lubrificação de veículos; b) suprimento de água e ar; c) comércio de peças e acessórios para veículos e de artigos relacionados com a higiene, conservação, aparência e segurança de veículos; d) comércio de bar, restaurante, café, mercearia e similares. Art. 3º - A venda a varejo de combustível, derivado do petróleo ou não, para veículos automotores é atividade exclusiva dos postos de abastecimento, em qualquer das espécies definidas no artigo anterior. Art. 4º - Somente será outorgado alvará de localização e funcionamento para posto de abastecimento que satisfaça, além das exigências da legislação sobre construções, as seguintes condições: I - terreno com área mínima: a) de 720 m² (setecentos e vinte metros quadrados), para posto de serviço; b) do menor lote permitido pela Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, para posto de venda; II - distância mínima - entre o local destinado a lavagem ou lubrificação de veículo e o passeio público - correspondente à metade da largura ou comprimento do terreno, no caso de posto de serviço; III - construção e manutenção do passeio público lindeiro ao terreno, permitindo-se o seu rebaixamento em até 2/3 (dois terços) do comprimento de cada testada do mesmo, exceto nos seus primeiros 50 cm (cinqüenta centímetros), quando se localizar em esquina; IV - depósito subterrâneo de combustível com capacidade mínima, por tanque, de l (dez mil litros). V - implantação e manutenção de alternativas técnicas e sinalização que promovam a circulação, com segurança e autonomia, de veículos e pedestres, considerando inclusive as necessidades das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, nos termos e padrões técnicos da legislação aplicável. Inciso V acrescentado pela Lei nº , de 13/1/2011 (Art. 1º) Parágrafo único - O posto de abastecimento só poderá ser instalado observando-se normas que preservem a segurança do estabelecimento e da população, conforme definido em regulamento do Executivo. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 185)

96 377 Art. 5º - Nenhuma licença poderá ser concedida para a construção de posto de abastecimento, sem que o pretendente faça prova de estar legalmente constituído, com declaração de firma individual ou atos constitutivos da sociedade, devidamente arquivados na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Parágrafo único - A construção do posto de abastecimento deverá ser concluída no prazo máximo de 6 (seis) meses, salvo motivo de força maior, formalmente declarado e protocolizado no órgão competente da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. LEI Nº 7.031, DE 12 DE JANEIRO DE 1996 Dispõe sobre a normatização complementar dos procedimentos relativos à saúde pelo Código Sanitário Municipal e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DO SISTEMA DE SAÚDE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - Esta Lei estabelece normas de ordem pública e de interesse social, regulamentando as atividades relacionadas à saúde desenvolvidas por entidades públicas e privadas, no Município. Art. 2º - A saúde é condição essencial da liberdade individual e igualdade de todos perante a Lei. Art. 3º - O direito à saúde é inerente à pessoa humana, constituindo-se em direito público subjetivo. Parágrafo único - O dever do Poder Público de prover as condições e as garantias para o exercício do direito à saúde não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 4º - O direito à saúde pressupõe o acesso a bens e serviços essenciais, dentre eles a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte e o lazer. Parágrafo único - O exercício do direito do indivíduo à saúde, como sujeito das ações e serviços assistenciais, garante-lhe: I - exigir, por si ou por meio de entidade que o represente, serviços de qualidade, prestados oportunamente e de modo eficaz; II - obter registro e informações sobre o seu estado de saúde, as alternativas possíveis de tratamento e a evolução provável do quadro nosológico; III - obter informações e esclarecimentos adequados sobre assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde e, quando for o caso, sobre situações atinentes à saúde coletiva e formas de prevenção de agravos; IV - ser tratado por meios adequados e com presteza, correção técnica, privacidade e respeito; V - decidir, livremente, sobre a aceitação ou recusa da prestação da assistência à saúde oferecida pelo Poder Público e pela sociedade, salvo nos casos de iminente perigo para a vida de outrem; e, VI - ter resguardada sua identidade quando forem revelados dados pessoais relativos à sua saúde. Art. 5º - As ações e serviços de saúde abrangem o meio ambiente, os locais públicos e de trabalho e os produtos, os procedimentos, os processos, os métodos e as técnicas relacionadas à saúde. CAPÍTULO II PRINCÍPIOS GERAIS

97 378 Art. 6º - As atribuições e competências da municipalidade no Sistema Único de Saúde - SUS - são as prescritas pelas cartas Federal, Estadual e Municipal, demais legislações em vigor e as especificadas nesta Lei. Art. 7º - O sistema de saúde no âmbito do Município se organizará com base nos princípios e objetivos do ordenamento nacional, notadamente: I - acesso universal e igualitário; II - cobertura e atendimento integral, priorizando as atividades preventivas, sem prejuízo das demais; Art. 8º - As ações e serviços de saúde serão desenvolvidos e executados pelo Poder Público e pela iniciativa privada, na forma desta Lei e da sua respectiva regulamentação, sob o comando da Secretaria Municipal de Saúde. 1º - Por serem de relevância pública, as ações e serviços de saúde implicam co-participação do Poder Público Municipal - em articulação com o Estado e a União -, das pessoas e da sociedade em geral, na consecução de resultados qualitativos e quantitativos para o bem comum em matéria de saúde. 2º - A atuação da rede privada na área da saúde deverá observar as normas de regulamentação, fiscalização e controle estabelecidas neste Código e na legislação nacional e estadual. 3º - As pessoas jurídicas de direito privado poderão participar do SUS, no âmbito do Município, quando a capacidade instalada for insuficiente para garantir a assistência à saúde da população. 4º - A participação complementar do setor privado no SUS será efetivada mediante convênio ou contrato administrativo, observadas as normas de direito administrativo. Art. 9º - Na execução das ações e dos serviços de saúde, públicos e privados, serão observados os seguintes princípios gerais: I - os serviços de saúde manterão, nos seus vários níveis de complexidade, os padrões de qualidade técnica, científica e administrativa universalmente reconhecidos, e os ditames da ética profissional; II - os agentes públicos e privados têm o dever de comunicar às autoridades competentes as irregularidades ou deficiências apresentadas por serviços públicos e privados responsáveis por atividades ligadas ao bem-estar físico, mental e social do indivíduo. Art Os serviços públicos de saúde serão organizados com base na integração de meios e recursos, nas características demográficas e epidemiológicas da população a ser atendida, na resolubilidade e na garantia de acesso a todos os níveis de atendimento. TÍTULO II DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art As ações de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e saúde do trabalhador são tratadas neste Código como vigilância em saúde, em função da interdependência do seu conteúdo e do desenvolvimento de suas ações, implicando compromisso do Poder Público, do setor privado e da sociedade em geral na proteção e defesa da qualidade de vida. 1º - Entende-se por vigilância sanitária o conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde; III - o controle e avaliação das condições ambientais que possam indicar riscos e agravos potenciais à saúde. 2º - Entende-se por vigilância epidemiológica o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e

98 379 condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 3º - Entende-se por saúde do trabalhador, para os fins desta Lei, o conjunto de atividades destinadas à prevenção de riscos e agravos à saúde advindos das condições de trabalho, e à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional ou do trabalho; II - normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; III - avaliação do impacto que as tecnologias trazem à saúde. Art A atuação do sistema de vigilância sanitária, no âmbito do Município, dar-se-á de forma integrada com o sistema de vigilância epidemiológica, compreendendo: I - a proteção e manutenção da salubridade do ambiente e a defesa do desenvolvimento sustentado; II - a fiscalização de alimentos, água e bebidas para consumo humano; III - a fiscalização de medicamentos, equipamentos, produtos imunológicos e outros insumos de interesse para a saúde; IV - a proteção do ambiente de trabalho e da saúde do trabalhador; V - a execução dos serviços de assistência à saúde; VI - a produção, transporte, distribuição, guarda, manuseio e utilização de outros bens, substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VII - a fiscalização da coleta, do processamento e da transfusão do sangue e seus derivados; VIII - o controle e a fiscalização de radiações de qualquer natureza. 1º - Os órgãos e autoridades do Poder Público, bem como qualquer pessoa, entidade de classe ou associação comunitária poderão solicitar às autoridades sanitárias a adoção de providências que satisfaçam o previsto nos incisos de I a VIII. 2º - Os órgãos e autoridades do SUS, no âmbito do Município, articular-se-ão com autoridades e órgãos de outras áreas do mesmo, e com as direções estadual e nacional do SUS, para a realização e promoção de estudos e pesquisas interdisciplinares, a identificação de fatores potencialmente prejudiciais à qualidade de vida e para a avaliação de resultados de interesse para a saúde. 3º - As atividades de vigilância epidemiológica, controle de endemias e vigilância sanitária no SUS são públicas e exercidas em articulação e integração com outros setores, dentre os quais os de saneamento básico, planejamento urbano, obras públicas, abastecimento e meio ambiente. 4º - No campo da vigilância em saúde serão observadas as seguintes normas: I - é vedada a adoção de medidas obrigatórias que impliquem agravo à saúde coletiva e risco à vida humana; II - os atos que consubstanciarem condicionamentos administrativos, sob as modalidades de limites, encargos e sujeições, serão proporcionais aos fins que em cada situação se busquem; e, III - dar-se-á preferência à colaboração voluntária das pessoas e da comunidade com as autoridades sanitárias. Art Para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade sanitária competente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas físicas como jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização. CAPÍTULO II DOS PRODUTOS DE INTERESSE DA SAÚDE Art Na fiscalização e vigilância sanitária dos produtos de interesse para a saúde, as autoridades sanitárias observarão: I - o controle de possíveis contaminações microbiológicas, químicas e radioativas; II - o controle de normas técnicas sobre os limites de contaminação biológica e bacteriológica; as medidas de higiene relativas às diversas fases de operação; os resíduos e coadjuvantes; os níveis de tolerância de resíduos e de aditivos intencionais; os resíduos de detergentes utilizados para limpeza;

99 380 a contaminação por poluição atmosférica ou da água; a exposição à radiação ionizante, dentre outros; III - procedimentos de conservação; IV - especificação na rotulagem dos elementos exigidos pela legislação pertinente; V - normas de embalagens e apresentação dos produtos, em conformidade com a legislação específica; VI - normas sobre construções e instalações, no que se refere ao aspecto sanitário, de locais que exerçam atividades de interesse da saúde. Art Serão adotados e observados os padrões de identidade estabelecidos pelos órgãos competentes para cada tipo ou espécie de produto de interesse para a saúde. Parágrafo único - Os rótulos dos produtos de interesse da saúde deverão estar de acordo com a legislação pertinente. Art Para o exercício das funções de fiscalização e vigilância sanitária dos produtos de interesse da saúde, a autoridade sanitária fará, periodicamente ou quando necessário, coletas de amostras para efeito de fiscalização. Parágrafo único - Os procedimentos para coleta de amostras para fiscalização serão definidos em normas técnicas especiais. LEI Nº 7.165, DE 27 DE AGOSTO DE 1996 Institui o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DA CONCEITUAÇÃO E DOS OBJETIVOS Art. 1º - O Plano Diretor do Município de Belo Horizonte é o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano - sob o aspecto físico, social, econômico e administrativo, objetivando o desenvolvimento sustentado do Município, tendo em vista as aspirações da coletividade - e de orientação da atuação do Poder Público e da iniciativa privada. Art. 2º - A política de desenvolvimento urbano tem por objetivo o ordenamento do Município e o cumprimento das funções sociais da propriedade, assegurando o bem-estar dos munícipes. Art. 3º - São objetivos do Plano Diretor: I - ordenar o pleno desenvolvimento do Município no plano social, adequando a ocupação e o uso do solo urbano à função social da propriedade; II - melhorar a qualidade de vida urbana, garantindo o bem-estar dos munícipes; III - promover a adequada distribuição dos contingentes populacionais, conciliando-a às diversas atividades urbanas instaladas; IV - promover a estruturação de um sistema municipal de planejamento e gestão urbana democratizado, descentralizado e integrado; V - promover a compatibilização da política urbana municipal com a metropolitana, a estadual e a federal; VI - preservar, proteger e recuperar o meio ambiente e o patrimônio cultural, histórico, paisagístico, artístico e arqueológico municipal; VII - promover a integração e a complementaridade das atividades urbanas e rurais na região polarizada pelo Município - visando, dentre outros, à redução da migração para este -, mediante o adequado planejamento do desenvolvimento regional. Art. 4º - O ordenamento da ocupação e do uso do solo urbano deve ser feito de forma a assegurar:

100 381 I - a utilização racional da infra-estrutura urbana; II - a descentralização das atividades urbanas, com a disseminação de bens, serviços e infraestrutura no território urbano, considerados os aspectos locais e regionais; III - o desenvolvimento econômico, orientado para a criação e a manutenção de empregos e rendas, mediante o incentivo à implantação e à manutenção de atividades que o promovam; IV - o acesso à moradia, mediante a oferta disciplinada de solo urbano; V - a justa distribuição dos custos e dos benefícios decorrentes dos investimentos públicos; VI - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assegurado, quando de propriedade pública, o acesso a eles; VII - seu aproveitamento socialmente justo e ecologicamente equilibrado, mediante a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis; VIII - sua utilização de forma compatível com a segurança e a saúde dos usuários e dos vizinhos; IX - o atendimento das necessidades de saúde, educação, desenvolvimento social, abastecimento, esporte, lazer e turismo dos munícipes, bem como do direito à livre expressão religiosa, nos termos da lei. CAPÍTULO II DAS FUNÇÕES SOCIAIS DA PROPRIEDADE Art. 5º - Para o cumprimento de sua função social, a propriedade deve atender aos critérios de ordenamento territorial e às diretrizes de desenvolvimento urbano desta Lei. Parágrafo único - As funções sociais da propriedade estão condicionadas ao desenvolvimento do Município no plano social, às diretrizes de desenvolvimento municipal e às demais exigências desta Lei, respeitados os dispositivos legais e assegurados: I - o aproveitamento socialmente justo e racional do solo; II - a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis, bem como a proteção, a preservação e a recuperação do meio ambiente; III - o aproveitamento e a utilização compatíveis com a segurança e a saúde dos usuários e dos vizinhos. TÍTULO II DO DESENVOLVIMENTO URBANO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 6º - Os objetivos estratégicos e as diretrizes de desenvolvimento urbano estabelecidos nesta Lei visam a melhorar as condições de vida no Município, considerados os seguintes fatores: I - o papel de centro político-administrativo regional e de núcleo de comércio e de serviços modernos; II - a base econômica industrial relativamente inexpressiva; III - a alta concentração espacial das atividades de comércio e de prestação de serviços; IV - o sistema viário e de transporte coletivo radioconcêntrico, que compromete a fluidez do trânsito; V - a alta concentração demográfica em favelas e em conjuntos residenciais não regularizados, desprovidos de infra-estrutura de saneamento básico; VI - a alta concentração demográfica em áreas de risco potencial ou inadequadas para o uso habitacional; VII - a progressiva redução dos padrões de qualidade ambiental; VIII - a ocupação inadequada de áreas verdes; IX - o valor cultural do centro histórico constituído pela área interna à Avenida do Contorno; X - a inexistência ou a má consolidação das centralidades; XI - a crescente obstrução visual dos elementos naturais da paisagem urbana e dos conjuntos de interesse cultural. XII - a falta generalizada de acessibilidade ambiental ao transporte coletivo, aos logradouros públicos, moradias, edifícios para uso cultural, de lazer, de ensino, de trabalho, de serviços e outros locais de interesse coletivo, por pessoas com mobilidade ou condições físicas distintas do padrão mediano. Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 1º) Parágrafo único - Entende-se por acessibilidade ambiental a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliário e equipamentos urbanos.

101 382 Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 1º) CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Art. 7º - São objetivos estratégicos para promoção do desenvolvimento urbano: I - a consolidação do Município como pólo regional de aglomeração de serviços, mediante o estabelecimento de condições para o estreitamento das relações entre: a) as fontes de conhecimento científico, as de informação e as de capacitação tecnológica; b) as empresas de serviços especializados e os clientes e os fornecedores destas; c) as empresas de serviços especializados e os segmentos do mercado de mão-de-obra qualificada; II - a criação de condições para a instalação de indústrias leves de alta tecnologia, para a especialização industrial dos setores tradicionais e para a integração do setor industrial com as áreas industriais dos municípios vizinhos; III - a expansão do sistema viário e sua integração com o da região metropolitana, de modo a viabilizar a sua participação na estruturação do desenvolvimento econômico, da ordenação da ocupação e do uso do solo; IV - a melhoria das ligações viárias com os municípios vizinhos; V - a melhoria do sistema de transporte coletivo, mediante a criação de condições para a implantação de rede multimodal, integrando os sistemas de capacidade baixa, média e alta; VI - o controle do adensamento habitacional, segundo as condições geológicas e a capacidade da infra-estrutura urbana das diversas áreas; VII - a regularização fundiária, a melhoria das moradias e a urbanização das vilas e favelas, inclusive por meio de programas que possibilitem sua verticalização; VIII - o aumento da oferta de moradias de interesse social; IX - o controle da ocupação das áreas de risco geológico potencial; X - o aumento da área verde; XI - o controle das condições de instalação das diversas atividades urbanas e de grandes empreendimentos, minimizando as repercussões negativas; XII - a criação de condições para preservar a paisagem urbana e a adoção de medidas para o tratamento adequado do patrimônio cultural do Município, tendo em vista sua proteção, preservação e recuperação; Inciso XII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 2º) XIII - a valorização urbanística do hipercentro, visando a resgatar a sua habitabilidade e a sociabilidade do local; XIV - a criação de condições para a preservação do caráter histórico-cultural da área central; XV - a criação de condições para a formação e a consolidação de centralidades; XVI - a preservação e a manutenção dos marcos urbanos de valor histórico, artístico e cultural; XVII - o aumento dos recursos municipais a serem destinados ao desenvolvimento urbano; XVIII - a participação popular na gestão do Município; XIX - a adequação da estrutura administrativa ao processo de implementação desta Lei e à aplicação das normas urbanísticas, de acordo com lei específica; XX - a promoção da integração metropolitana e da complementaridade dos investimentos, tanto na prestação de serviços quanto na execução de obras de interesse comum; XXI - o apoio à instalação e à consolidação de atividades produtivas, inclusive indústrias; XXII - a promoção da criação de uma coordenação de assuntos metropolitanos com a função de estudar, planejar, propor e supervisionar problemas urbanos que tenham relação com outros municípios da Região Metropolitana. XXIII - a promoção do desenvolvimento econômico e social compatível com os preceitos de qualidade de vida e de consolidação da cidadania; Inciso XXIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 2º) XXIV - a consolidação do Município como centro de excelência e referência em cultura, turismo, design, educação, esporte, lazer, artesanato, ciência e tecnologia, mediante otimização de sua infraestrutura e serviços básicos e de suas políticas de investimentos e financiamento de geração de ocupação e renda, sob a ótica da integração regional; Inciso XXIV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 2º) XXV - a criação de meios para promover, implantar, supervisionar e preservar a acessibilidade ambiental ao transporte coletivo, aos logradouros públicos e edifícios de interesse coletivo, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida. Inciso XXV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 2º)

102 383 1º - Hipercentro é a área compreendida pelo perímetro iniciado na confluência das avenidas do Contorno e Bias Fortes, seguindo por esta até a Rua Rio Grande do Sul, por esta até a Rua dos Timbiras, por esta até a Avenida Bias Fortes, por esta até a Avenida Álvares Cabral, por esta até a Rua dos Timbiras, por esta até a Avenida Afonso Pena, por esta até a Rua da Bahia, por esta até a Avenida Assis Chateaubriand, por esta até a Rua Sapucaí, por esta até a Avenida do Contorno, pela qual se vira à esquerda, seguindo até o Viaduto Jornalista Oswaldo Faria, por este até a Avenida do Contorno, por esta, em sentido anti-horário, até a Avenida Bias Fortes, e por esta até o ponto de origem. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 1º) 2º - Entende-se por área central a delimitada pela Avenida do Contorno. Art. 8º - As políticas públicas setoriais a serem implementadas devem ser orientadas para a realização dos objetivos estratégicos de desenvolvimento urbano estabelecidos nesta Lei. Parágrafo único - Deve ser promovida a integração dos órgãos municipais, estaduais e federais e de entidades, visando ao incremento de ações conjuntas eficazes para alcance dos objetivos estratégicos do desenvolvimento urbano. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 3º) CAPÍTULO III DAS DIRETRIZES Seção I Da Política de Desenvolvimento Econômico Art. 9º - São diretrizes da política de desenvolvimento econômico: I - o asseguramento de critérios de multiplicidade de usos no território do Município, visando a estimular a instalação de atividades econômicas de pequeno e médio porte, a reduzir a capacidade ociosa da infra-estrutura urbana e a contribuir para a diminuição da necessidade de deslocamentos; II - o incentivo ao desenvolvimento do turismo receptivo, tanto no que se refere à implantação de equipamentos turísticos, como à criação de programas que visem o incremento do turismo de negócios, de eventos e de lazer no Município; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 4º) III - o incentivo e o desenvolvimento das atividades de turismo, integrando o Município às cidades históricas, às do circuito das águas, às do circuito espeleológico e às ligadas ao turismo ecológico; IV - a regularização, a manutenção e a promoção das atividades de indústria, comércio e serviços já instaladas, definindo os critérios para tanto, conforme legislação vigente; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 4º) VIII - a delimitação de áreas com características ou potencialidades para a aglomeração de atividades econômicas que visem à exportação; IX - a priorização, na instalação de incubadoras de alta tecnologia, da localização próxima às universidades e aos centros de pesquisa; X - o estímulo às iniciativas de produção cooperativa, ao artesanato e às empresas ou às atividades desenvolvidas por meio de micro e pequenas empresas ou de estruturas familiares de produção; XI - a priorização de planos, programas e projetos que visem à geração de ocupação e de renda, contemplando o incremento da economia popular; Inciso XI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 4º) XII - a instalação de atividades econômicas de forma a evitar prejuízos à qualidade de vida da população, ao ordenamento urbano e à integridade física da infra-estrutura urbana; XIII - a implantação de programas de incentivo à tecnologia, à pesquisa e ao desenvolvimento de segmentos produtivos do setor da construção civil, preferencialmente em áreas passíveis de adensamento e/ou que se pretenda revitalizar por meio de parâmetros construtivos definidos em lei, adotando novas tecnologias alternativas ambientalmente corretas; Inciso XIII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 4º) XIV - o desenvolvimento de infra-estrutura e a capacitação profissional para atividades destinadas à produção artística e cultural e a promoção do entretenimento como fontes geradoras de emprego, XVI - estímulo à instalação de atividades produtivas em Belo Horizonte, integradas com os Municípios vizinhos, de forma a compartilhar racionalmente o espaço da Região Metropolitana;

103 384 Inciso XVI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XVII - a criação de mecanismos que transformem Belo Horizonte em centro convergente da economia local e regional e em agente articulador de intercâmbios nacionais e internacionais; Inciso XVII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XVIII - o incentivo à pesquisa e produção de tecnologia de ponta, associadas à instalação e ao desenvolvimento de indústrias, serviços e atividades comerciais que dela fazem uso; Inciso XVIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XIX - a viabilização de política de financiamento, por meio de parcerias para a elaboração de projetos, captação de recursos e a atração de investimentos diferenciados em função das excelências; Inciso XIX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XX - a criação e promoção de programas e mecanismos que possibilitem a inserção, em parâmetros legais, de atividades da economia popular e informal; Inciso XX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XXI - o incentivo a projetos econômicos que estejam vinculados aos planos regionais e locais; Inciso XXI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XXII - o estabelecimento de política de qualificação profissional, observando os planos locais e regionais, para a geração de ocupação e renda; Inciso XXII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) XXIII - o incentivo à industria de reciclagem, reaproveitamento e reutilização de resíduos sólidos. Inciso XXIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 5º) Seção II Das Diretrizes de Intervenção Pública na Estrutura Urbana Subseção I Da Política Urbana Art São diretrizes da política urbana: I - implementar políticas setoriais integradas, apoiadas em dotações orçamentárias e dados estatísticos, visando a ordenar a expansão e o desenvolvimento urbano do Município, permitindo seu crescimento planejado, sem perda de qualidade de vida ou degradação do meio ambiente; II - manter, mediante ações concretas que priorizem o interesse coletivo, a coerência com as demandas apresentadas para o cumprimento das expectativas desta Lei; III - tornar esta Lei instrumento eficaz de planejamento do Município, que se antecipe às tentativas de especulação e ao crescimento desordenado e incorpore as novas vias ao sistema viário, remanejando o tráfego e eliminando os focos de congestionamento; IV - evitar que esta Lei e a de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo sejam instrumentos normativos rígidos e elaborados sem considerar os agentes e os processos que atuam na dinâmica do Município e na vida dos cidadãos; V - criar comissão técnica para estudar a viabilidade e planejar a implantação de pólos tecnológicos e de serviços em área estratégicas quanto à articulação com rodovias estaduais e federais; VI - elaborar proposta física de crescimento para o Município, criando pólos de desenvolvimento, visando a reduzir o tráfego, a descongestionar a área central e o hipercentro e a proporcionar à população alternativas de trabalho, estudo, moradia e melhor acesso aos equipamentos urbanos e comunitários, diminuindo a necessidade de deslocamentos; VII - voltar especial atenção ao planejamento urbano integrado e inserido no contexto da Região Metropolitana. VIII - promover o levantamento das terras griladas e das áreas de propriedade pública dominiais no Município, priorizando a política habitacional em sua destinação; Inciso VIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 6º) Subseção II Da Área Central Art A área central deve receber tratamento diferenciado, nela sendo vedados investimentos públicos na construção e na ampliação de: IV - presídios; Parágrafo único - São diretrizes de intervenção pública na área central estabelecer instrumentos e incentivos urbanísticos e realizar obras que visem a: I - preservar o traçado original do sistema viário;

104 385 II - promover a recuperação de áreas públicas e verdes; III - preservar os exemplares e os conjuntos arquitetônicos de valor histórico e cultural; IV - delimitar espaços públicos que funcionem como pólos de atividades culturais, artísticas e educacionais, sem embaraçar o funcionamento de igrejas e locais de culto, nos termos da lei; V - construir abrigos nos pontos de ônibus; VI - promover o restabelecimento dos passeios públicos e das áreas de circulação de pedestres; VII - estimular o aumento e a melhoria do setor hoteleiro, de entretenimento, lazer e cultura; Inciso VII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 7º) VIII - criar condições para a preservação e a conservação de edificações particulares. Art São diretrizes de intervenção pública na estrutura urbanística do hipercentro: I - estabelecer instrumentos e incentivos urbanísticos para a promoção de sua recuperação, restituindo-lhe a condição de moradia, lugar de permanência e ponto de encontro; II - priorizar a circulação de pedestres, garantindo-lhes segurança, acessibilidade ambiental e conforto; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 8º) III - estabelecer condições urbanísticas para a racionalização da circulação do transporte coletivo e a redução do tráfego de passagem do transporte individual; IV - revitalizar os marcos, as referências e os espaços públicos, históricos, turísticos e culturais; V - promover a recuperação das calçadas e implementar projetos de paisagismo; VI - promover a desobstrução das fachadas das edificações, reduzindo, padronizando e adequando os engenhos de publicidade; VII - escalonar o horário de funcionamento das atividades; VIII - empreender ação conjunta com os órgãos de segurança pública e de ação social para erradicar a violência e a mendicância urbana; IX - estruturar a circulação de veículos particulares, coletivos e de carga. Subseção III Dos Centros e das Centralidades Art São diretrizes de intervenção pública nos centros e nas centralidades estabelecer instrumentos e incentivos urbanísticos e realizar obras em áreas públicas, visando a: I - consolidar e incentivar as aglomerações de atividades sócio-educativas, econômicas, culturais e religiosas, observada, quanto a estas, a legislação específica; II - preservar e recuperar os marcos urbanos de valor artístico, histórico e cultural; III - recuperar os espaços públicos e tornar-lhes fácil o acesso; IV - estimular o surgimento de centralidades; V - estimular o surgimento de centros fora do perímetro da Avenida do Contorno, priorizando a instalação das atividades relacionadas no art º - Centros são as concentrações de atividades comerciais e de serviços dotadas de ampla rede de acesso e grande raio de atendimento. 2º - Centralidades são os espaços de convivência para a comunidade local ou regional, como praças, largos e similares, bem como os monumentos e as demais referências urbanas. 3º - Os centros e as centralidades podem ser objeto de operações urbanas. 4º - Nos centros a que se refere o inciso V, além das diretrizes previstas no caput, devem: I - ser estabelecidos instrumentos e incentivos urbanísticos que lhes emprestem a condição de locais de prestação de serviços, de comércio e de moradia; II - ser atendidas as diretrizes dos arts. 11, parágrafo único, II a IV, e 12, VI e VII. Art Os centros, as centralidades e as suas proximidades são locais preferenciais de investimento público, instalação de equipamentos para serviços públicos e realização de eventos culturais, de lazer e de turismo. Subseção IV Da Proteção da Memória e do Patrimônio Cultural Art São diretrizes de proteção da memória e do patrimônio cultural:

105 386 I - priorizar a preservação de conjuntos e ambiências em relação a edificações isoladas; II - proteger os elementos paisagísticos, permitindo a visualização do panorama e a manutenção da paisagem em que estão inseridos; III - promover a desobstrução visual da paisagem e dos conjuntos de elementos de interesse histórico e arquitetônico; IV - adotar medidas visando à manutenção dos terrenos vagos lindeiros a mirantes, mediante incentivos fiscais, desapropriação ou transferência do direito de construir; V - estimular ações com a menor intervenção possível que visem à recuperação de edifícios e conjuntos, conservando as características que os particularizam; VI - proteger o patrimônio cultural, por meio de pesquisas, inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de acautelamento e preservação definidas em lei; VII - compensar os proprietários de bens protegidos; VIII - coibir a destruição de bens protegidos; IX - disciplinar o uso da comunicação visual para melhoria da qualidade da paisagem urbana; X - criar o arquivo de imagens dos bens culturais tombados no Município, sejam eles imóveis, móveis ou integrados; Inciso X com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) XI - definir o mapeamento cultural para áreas históricas e de interesse de preservação da paisagem urbana, adotando critérios específicos de parcelamento, ocupação e uso do solo, considerando a harmonização das novas edificações com as do conjunto da área em torno. XII - promover campanhas educativas que visem à promoção e proteção do patrimônio cultural e que cheguem efetivamente a toda a população; Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) XIII - promover a integração entre os órgãos municipais, estaduais e federais e com outras entidades visando ao incremento de ações conjuntas eficazes de preservação, recuperação e conservação do patrimônio cultural; Inciso XIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) XIV - incentivar estudos e pesquisas direcionados à busca de alternativas tecnológicas e metodológicas para a área de restauração, conservação e proteção do patrimônio cultural; Inciso XIV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) XV - elaborar a caracterização e o mapeamento das áreas e bens tombados de Proteção da Memória e do Patrimônio Cultural e de suas respectivas diretrizes. Inciso XV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) XVI - promover estudos com vistas à proteção das manifestações culturais populares. Inciso XVI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) 1º - As diretrizes referidas neste artigo devem ser aplicadas obrigatoriamente no perímetro de tombamento da Serra do Curral e nos conjuntos urbanos tombados pelo Município. 1º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) 2º - As intervenções dentro do perímetro de tombamento da Serra do Curral e nos conjuntos urbanos tombados pelo Município devem ser objeto de prévia análise pela Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) 3º - As intervenções em áreas em estudo, com perímetros previamente definidas por ato do Executivo, devem ser encaminhadas ao Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte CDPCM. 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 9º) Parágrafo único - As diretrizes referidas neste artigo devem ser aplicadas preferencialmente na Serra do Curral, em suas proximidades e nos conjuntos urbanos: I - da Avenida Afonso Pena; II - das avenidas Alfredo Balena e Carandaí; III - da Avenida Álvares Cabral; IV - da Avenida Assis Chateaubriand; V - da Rua dos Caetés; VI - da Cidade Jardim; VII - da Praça da Boa Viagem; VIII - da Praça da Liberdade e da Avenida João Pinheiro; IX - da Praça Rui Barbosa;

106 387 X - da Praça Duque de Caxias; XI - da Praça Floriano Peixoto; XII - da Praça Hugo Werneck; XIII - da Praça Negrão de Lima; XIV - da Rua Congonhas; XV - da Rua da Bahia; XVI - da Praça Raul Soares; XVII - da Pampulha; XVIII - do São Cristóvão (ex-iapi). Art Os investimentos na proteção da memória e do patrimônio cultural devem ser feitos preferencialmente nas áreas e nos imóveis incorporados ao patrimônio público municipal. Art. 16-A - O Executivo deve elaborar um plano de recuperação, preservação, conservação, ocupação e uso da Serra do Curral, que servirá como base para a criação da respectiva Área de Diretrizes Especiais ADE. Parágrafo único - O estudo de que trata o caput deverá contemplar a perspectiva da integração entre os Municípios que se encontram na área de abrangência da Serra do Curral. Art. 16-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 10) Art. 16-B - O Executivo deverá identificar, por meio de estudo técnico, os ângulos de visada privilegiados de trechos de significativa beleza cênica da Serra do Curral, definindo as áreas de interferência nestas visadas. Parágrafo único - As intervenções nas áreas de interferência referidas no caput serão submetidas à apreciação dos Conselhos Colegiados (Conselho Municipal de Meio Ambiente COMAM, Conselho Municipal de Política Urbana COMPUR e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte CDPCM), até que sejam definidas, mediante legislação específica, diretrizes especiais para ocupação dessas áreas. Art. 16-B acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 10) Subseção V Da Política de Segurança Pública Art. 17 São diretrizes da política de segurança pública: I promover a implantação descentralizada dos equipamentos necessários à melhoria das condições de segurança pública, objetivando a redução dos índices de criminalidade e dos sinistros; II incluir as áreas de risco geológico e as sujeitas a enchentes na programação da defesa civil, objetivando o estabelecimento de medidas preventivas e corretivas; III promover programas de prevenção de incêndio, inclusive no âmbito das áreas não edificadas; IV adotar sistema de comunicação de emergência com populações de áreas sujeitas a catástrofes, treinando-as quanto ao comportamento a ser adotado em caso de acidentes; V implantar sistema de controle e proteção dos bens municipais, incluída a criação da guarda municipal. Subseção VI Do Sistema Viário e de Transportes Art. 18 São diretrizes do sistema viário: I reformular a atual estrutura viária radioconcêntrica, mediante interligações transversais que integrem os elementos estruturais do Município, por meio da complementação do sistema viário e das vias de ligação às áreas de adensamento preferencial e aos pólos de emprego; II articular o sistema viário com as vias de integração metropolitanas e as rodovias estaduais e as federais; III reduzir o caráter da área central de principal articuladora do sistema viário; IV melhorar a estruturação espacial, criando condições de articulação interna que consolidem os centros; V buscar uma melhor articulação das periferias, entre si e com os centros; VI melhorar a acessibilidade da população aos locais de emprego, de serviços e de equipamentos de lazer;

107 388 VII implantar obras viárias de atendimento ao sistema de transporte coletivo e de complementação do sistema viário principal; VIII tornar obrigatório o planejamento da integração entre o transporte coletivo e o sistema viário; IX implantar pistas especiais para transporte de massa; X implementar políticas de segurança do tráfego urbano; XI reduzir o conflito entre o tráfego de veículos e o de pedestres; XII estabelecer programa periódico de manutenção do sistema viário; XIII possibilitar o acesso do transporte coletivo e de veículos de serviço às áreas ocupadas por população de baixa renda; XIV aprimorar a sinalização e aumentar a segurança do tráfego, mediante a colocação de placas de orientação e localização; XV pavimentar as vias locais, mistas e de pedestres estabelecidas na classificação viária com revestimentos que tenham a maior capacidade possível de permeabilização, devidamente compatibilizados com o solo local e o sistema de drenagem previsto, conforme atestado emitido por profissional habilitado; Inciso XV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 11) XVI promover, em conformidade com as políticas de trânsito, a permeabilidade do solo nos canteiros separadores de pistas e nos passeios de vias públicas, através da maior preservação possível dos canteiros já existentes, contemplando não só as suas espécies arbóreas como também as suas áreas ajardinadas, e através da implantação de pisos permeáveis nas áreas restantes destas faixas, além de estudos para as adaptações necessárias nas faixas centrais e laterais e em passeios de vias públicas ainda não ajardinados; Inciso XVI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 11) XVII criar cadastro das vias não pavimentadas, incluindo-as em programa de pavimentação, priorizando os bairros mais antigos; XVIII implantar ciclovias, estimulando o uso de bicicletas como meio de transporte. XIX implantar áreas de travessia e de circulação de pedestres, de modo a criar faixas de percurso conforme parâmetros de acessibilidade ambiental; Inciso XIX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 11) XX implantar programa de reserva de estacionamentos em logradouros públicos, garagens e espaços privativos para o comércio e a prestação de serviços de interesse público para veículos de pessoas com mobilidade reduzida. Inciso XX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 11) 1º - O Anexo I contém o Sistema Viário do Município, incluindo as vias existentes e as propostas, independentemente da classificação respectiva, que será definida na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 2º - O Anexo II contém os Projetos Viários Prioritários a serem implantados no Município conforme as diretrizes estabelecidas neste artigo, sem prejuízo de outras obras necessárias. 3º - A Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, - Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo - definirá critérios para garantir a implantação das intervenções previstas no Anexo II desta Lei. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 2º) 4º - A hierarquização do sistema viário deve ser estabelecida na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 5º - A recomposição das pavimentações das ruas que possuem capacidade filtrante, assim como a pavimentação das áreas de estacionamento não cobertos, deverão ser feitas mantendo as características definidas no inciso XV deste artigo. 5º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 11) Art. 19 São diretrizes do sistema de transportes: I desenvolver um sistema de transporte coletivo prevalente sobre o individual, por meio das seguintes ações: a) assegurar a unidade da aglomeração urbana como conjunto físico, econômico e social, induzindo uma estrutura compatível com os objetivos estabelecidos nesta Lei; b) assegurar a acessibilidade dos munícipes aos centros de comércio e de serviços e às zonas industriais, interligando as regiões do Município por linhas expressas ou sistemas de transporte de massa;

108 389 c) implantar linhas internas articuladas aos centros regionais, rompendo com o atual sistema radioconcêntrico; d) promover a implantação de um sistema principal de transporte de passageiros, integrando o sistema ferroviário aos demais corredores de transporte coletivo; e) ampliar a cobertura territorial e o nível do serviço das linhas de ônibus; f) implantar, a curto prazo, o tratamento prioritário para transporte coletivo nos corredores, utilizando preferencialmente pista segregada; II melhorar a qualidade do sistema viário e dos serviços de transporte coletivo, compreendendo a segurança, a rapidez, o conforto e a regularidade, por meio das seguintes ações: a) aperfeiçoar o gerenciamento dos serviços de forma a reduzir e controlar os custos constantes nas planilhas aprovadas pelo Executivo, visando à redução das tarifas; b) remunerar as empresas operadoras de transporte coletivo de acordo com os custos reais; c) estabelecer programas e projetos de proteção à circulação de pedestres e de grupos específicos, priorizando os idosos, os portadores de deficiências físicas e as crianças e facilitando seu acesso ao sistema de transporte; d) adotar política de estímulo à destinação de áreas para estacionamento de veículos, inclusive mediante incentivos próprios, com o objetivo de otimizar a utilização do sistema viário; III estruturar um sistema principal de transporte de carga que articule os terminais regionais, as zonas industriais e as atacadistas de relevância, por meio das seguintes ações: a) implantar medidas para melhorar o desempenho das áreas de geração, armazenagem e transbordo de carga; b) estimular a implantação de terminais de carga em locais de fácil acesso às rodovias e compatíveis com o uso do solo e com o sistema de transporte; IV racionalizar, otimizar e integrar o atual sistema de transporte coletivo com a complementação do transporte sobre trilhos e correções no percurso dos coletivos na área central; V descentralizar o terminal rodoviário interurbano para áreas adequadas, integrando-o ao sistema metroviário e aos eixos viários, e transformar o atual em terminal metropolitano integrado à estação Lagoinha do sistema de metrô; VI reestruturar os trajetos do transporte coletivo, utilizando-os como indutores da ocupação de vazios urbanos de forma a alterar a expectativa de ocupação do território; VII promover estudos que viabilizem a concessão temporária de linhas de transporte coletivo que o financiem e antecipem sua disponibilidade para a comunidade em modalidades não existentes no Município e com gestão compartilhada das atividades. Subseção VII Da Utilização de Energia Art. 20 São diretrizes relativas à utilização de energia: I assegurar a expansão dos serviços de energia elétrica, segundo a distribuição espacial da população e das atividades sócio-econômicas; II promover a captação e a utilização do biogás proveniente de aterros sanitários; III difundir a utilização de formas alternativas de energia, como a solar, a eólica e o gás natural; IV promover periodicamente campanhas educativas visando ao uso racional de energia e evitando o desperdício. Subseção VIII Das Comunicações Art. 21 São diretrizes relativas às comunicações: I promover a expansão dos serviços segundo a distribuição espacial da população e das atividades sócio-econômicas; II promover a ampliação da oferta de telefones públicos em corredores de circulação, terminais de transportes e outras áreas de equipamentos públicos, priorizando, nas regiões mais carentes, a instalação de telefones comunitários, especialmente nos conjuntos habitacionais, nas favelas e na periferia; III promover a integração dos sistemas de telefonia e de transmissão de dados e de imagens com centros financeiros e de negócios, nacionais e internacionais; IV garantir a integração das telecomunicações no que se refere a telefonia básica, pública e celular, bem como a transmissão de dados e de imagens, visando a atender a demanda no tempo, no local e com a qualidade determinados pelo mercado;

109 390 V transformar a infra-estrutura das telecomunicações em alavanca de desenvolvimento econômico e de atração de novos negócios e empreendimentos; VI viabilizar o funcionamento de estações de rádio e de canais de televisão compartilhados entre diferentes emissoras; VII promover a instalação de canais comunitários de televisão. Subseção IX Do Meio Ambiente Art. 21-A Considera-se meio ambiente o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e política que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Art. 21-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 12) Art. 21-B São princípios fundamentais da Política Municipal de Meio Ambiente: I - promover o desenvolvimento sustentável, compatibilizando o desenvolvimento social e econômico com a preservação ambiental, a partir dos princípios da justiça social e da eficiência econômica, garantindo o uso racional e eqüitativo dos recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e o conforto climático; II - garantir a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, incentivando sua preservação para as presentes e futuras gerações; III - proteger as áreas verdes e aquelas ameaçadas de degradação, assegurando a sustentabilidade da flora e da fauna; IV - articular e integrar planos, programas, ações e atividades ambientais intermunicipais, de modo a buscar consórcios e outros instrumentos de gestão. Art. 21-B acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 12) Art. 22 São diretrizes relativas ao meio ambiente: I delimitar espaços apropriados que tenham características e potencialidade para se tornarem áreas verdes; II viabilizar a arborização dos logradouros públicos, notadamente nas regiões carentes de áreas verdes; III delimitar áreas para a preservação de ecossistemas; IV delimitar faixas non aedificandae de proteção às margens d água e às nascentes, para manutenção e recuperação das matas ciliares; V garantir a preservação da cobertura vegetal de interesse ambiental em áreas particulares, por meio de mecanismos de compensação aos proprietários; VI promover a recuperação e a preservação dos lagos, das represas e das lagoas municipais; VII garantir maiores índices de permeabilização do solo em áreas públicas e particulares; VIII controlar as ações de decapeamento do solo e os movimentos de terra, de forma a evitar o assoreamento de represas, córregos, barragens e lagoas; IX elaborar planos urbanísticos para bota-fora, utilizando-os, preferencialmente, para recuperação de áreas degradadas e posterior criação de áreas verdes; X estabelecer critérios para a instalação e o controle das atividades que envolvam risco de segurança, radioatividade ou que sejam emissoras de poluentes, de vibrações ou de radiações, inplementando um sistema eficaz e atualizado de fiscalização, principalmente nos locais em que são utilizados aparelhos de raios-x; XI definir e disciplinar, em legislação específica, as obras e as atividades causadoras de impacto ambiental, em relação às quais deverão ser adotados procedimentos especiais para efeito de licenciamento; XII promover a articulação com os municípios da Região Metropolitana, para desenvolver programas urbanísticos de interesse comum, por meio de mecanismos de controle ambiental, de normas técnicas e de compensação por danos causados pela poluição e pela degradação do meio ambiente; XIII promover a estabilização de encostas que apresentem riscos de deslizamento; XIV recuperar e manter as áreas verdes, criando novos parques e praças; XV assegurar a proporção de, no mínimo, 12m² (doze metros quadrados) de área verde por munícipe, distribuídos por administração regional;

110 391 XVI priorizar a criação de áreas verdes, nas administrações regionais em que o índice não atinja o previsto no inciso anterior; XVII estabelecer o efetivo controle da poluição sonora, visual, atmosférica, hídrica e do solo, fixando padrões de qualidade e programas de monitorização, especialmente nas áreas críticas, visando à recuperação ambiental destas; XVIII instituir programa que crie condições para a sobrevivência de pássaros no meio urbano pelo plantio de árvores frutíferas, nos termos da Lei Federal nº 7.563, de 19 de dezembro de 1986; XIX exigir das empresas mineradoras a recuperação das áreas degradadas; XX estabelecer a integração dos órgãos municipais do meio ambiente com as entidades e os órgãos de controle ambiental da esfera estadual e da federal, visando ao incremento de ações conjuntas eficazes de defesa, preservação, fiscalização, recuperação e controle da qualidade de vida e do meio ambiente; XXI elaborar legislação sobre o uso das águas subterrâneas, estabelecendo medidas de controle e fiscalização; XXII preservar as áreas do Município que integram a APA-Sul; XXIII priorizar a educação ambiental pelos meios de comunicação, mediante a implementação de projetos e atividades nos locais de ensino, trabalho, moradia e lazer; XXIV gerenciar e tratar os resíduos sólidos gerados pelo Município, promovendo, inclusive, campanhas educativas e políticas públicas que visem a contribuir com o reaproveitamento, a redução, a reutilização e a reciclagem destes resíduos; Inciso XXIV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXV exigir a recuperação das áreas degradadas e garantir a indenização decorrente de danos causados ao meio ambiente; Inciso XXV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXVI criar um sistema de informações relativas ao meio ambiente; Inciso XXVI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXVII estimular e apoiar a participação dos cidadãos e de suas entidades representativas nas ações de controle ambiental, promovendo a implementação de ações de educação ambiental em planos, programas e projetos governamentais e não governamentais; Inciso XXVII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXVIII promover o conforto acústico na cidade por meio de ações do poder público municipal, em parceria com empresas, organizações não governamentais e comunidade; Inciso XXVIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXIX ampliar a rede de monitoramento da qualidade do ar e incentivar o uso de combustíveis alternativos nos veículos automotores, notadamente nos táxis, carros oficiais, assim como aqueles que prestam serviço à municipalidade, criando a frota verde; Inciso XXIX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXX definir, através de regulamentação própria, diretrizes para a implantação de parques, praças e demais áreas verdes da cidade, englobando aspectos de ocupação e preservação do patrimônio natural do terreno; Inciso XXX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXI elaborar plano diretor de áreas verdes e arborização da cidade, com caracterização e mapeamento destas; Inciso XXXI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXII criar mecanismos de incentivos que favoreçam parcerias com a iniciativa privada, no tocante à implantação e manutenção de áreas verdes; Inciso XXXII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXIII promover, em consonância com a política habitacional do Município, ações de resgate ou recuperação de áreas verdes públicas invadidas e de ações que coíbam futuras invasões; Inciso XXXIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXIV estimular e adotar, quando possível, tecnologias alternativas ambientalmente corretas nas ações desenvolvidas pelo setor público e privado; Inciso XXXIV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXV adotar os aspectos da dimensão ambiental nos empreendimentos urbanos, levando-se em conta, na sua elaboração, indicadores de conforto e sustentabilidade ambiental, como forma de melhorar a qualidade de vida da população; Inciso XXXV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXVI promover política adequada de implantação de áreas verdes nas vilas e favelas; Inciso XXXVI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) XXXVII exigir das instituições e dos concessionários dos serviços públicos a guarda, garantia de integridade, tratamento urbanístico, manutenção e conservação das faixas de domínio e serviço sob sua responsabilidade.

111 392 Inciso XXXVII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 13) Parágrafo único O Executivo deve instalar, no prazo de 2 (dois) anos, contados da vigência desta Lei, o Parque Florestal da Baleia, mediante a celebração de convênio com o governo estadual. Subseção X Da Política do Saneamento Art. 22-A Considera-se saneamento como um conjunto de ações entendidas fundamentalmente como de saúde pública e proteção ao meio ambiente, compreendendo: I o abastecimento de água em quantidade suficiente para assegurar a higiene adequada e o conforto e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade; II a coleta, o tratamento e a disposição adequada dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos; III a drenagem urbana das águas pluviais; IV o controle de vetores transmissores e reservatórios de doenças. Art. 22-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 14) Art. 23 São diretrizes gerais da política de saneamento: I articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações de saneamento e dos programas urbanísticos de interesse comum, de forma a assegurar a preservação dos mananciais, a produção de água tratada, a interceptação e o tratamento dos esgotos sanitários, a drenagem urbana, o controle de vetores e a adequada coleta e disposição final dos resíduos sólidos; Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) II fomentar o desenvolvimento científico, a capacitação de recursos humanos e a adoção de tecnologias apropriadas na área de saneamento, criando condições para o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias alternativas; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) III condicionar o adensamento e o assentamento populacional à prévia solução dos problemas de saneamento local; IV criar condições urbanísticas para que a recuperação e a preservação dos fundos de vale sejam executadas, preferencialmente, mediante a criação de parques lineares adequadamente urbanizados, que permitam a implantação dos interceptores de esgoto sanitário; V implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de tratamento de fundos de vale, mediante a implantação de áreas verdes e de lazer; VI priorizar planos, programas e projetos que visem à ampliação de saneamento das áreas ocupadas por população de baixa renda; VII garantir a todos o atendimento do serviço de saneamento e o ambiente salubre, indispensáveis à segurança sanitária e à melhoria da qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de assegurá-lo; Inciso VII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) VIII promover política tarifária que considere as condições econômicas, garantindo que a tarifa não seja empecilho para a prestação de serviços. IX subordinar as ações de saneamento ao interesse público, de forma a cumprir sua função social; Inciso IX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) X promover a coordenação e a integração das políticas, planos, programas e ações governamentais de saneamento, saúde, meio ambiente, habitação, uso e ocupação do solo; Inciso X acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) XI buscar a permanente melhoria da qualidade e a máxima produtividade na prestação dos serviços de saneamento, considerando as especificidades locais e as demandas da população; Inciso XI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) XII utilizar o quadro epidemiológico no planejamento, implementação e avaliação da eficácia das ações de saneamento; Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) XIII assegurar a participação efetiva da sociedade na formulação das políticas, no planejamento e controle de serviços de saneamento e a promoção de educação ambiental e sanitária, com ênfase na participação social; Inciso XIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) XIV estabelecer mecanismos de controle sobre a atuação de concessionários dos serviços de saneamento, de maneira a assegurar a adequada prestação dos serviços e o pleno exercício do poder concedente por parte do Município. Inciso XIV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15)

112 393 1º - A Administração Municipal deverá estruturar-se para, com a utilização de políticas setoriais integradas, promover a gestão, a organização e a prestação direta, ou mediante regime de concessão ou permissão, dos serviços de saneamento. 1º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) 2º - A política de saneamento do Município será regulamentada em lei específica, que terá por finalidade assegurar a proteção da saúde da população e do meio ambiente, bem como institucionalizar a gestão, disciplinar o planejamento e a execução das ações, obras e serviços de saneamento no Município. 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) 3º - A política municipal de saneamento contará, para sua execução, com o Sistema Municipal de Saneamento, definido como o conjunto de instrumentos e agentes institucionais que, no âmbito das respectivas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulação de políticas, definição de estratégias e execução das ações de saneamento, inclusive com clara definição dos seus mecanismos de financiamento. 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 15) Art. 24 São diretrizes relativas ao esgotamento sanitário: I promover a articulação com o Município de Contagem, para a ampliação, na bacia da Pampulha, do serviço de coleta e interceptação de esgotos sanitários; II- assegurar a toda a população a coleta, interceptação, tratamento e disposição ambientalmente adequada dos esgotos sanitários; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 16) III definir as áreas e ações prioritárias a serem contempladas no planejamento dos serviços, considerando o perfil epidemiológico; Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 16) IV promover o controle da poluição industrial, visando o enquadramento do efluente a padrões de lançamento previamente estabelecidos. Inciso IV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 16) Art. 25 São diretrizes relativas ao abastecimento de água: I assegurar o abastecimento de água a toda a população, com qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para a garantia de suas condições de saúde e conforto; Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 17) III implementar mecanismos de controle da qualidade da água distribuída à população. Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 17) IV definir as áreas e ações prioritárias a serem contempladas no planejamento dos serviços, considerando o perfil epidemiológico; Inciso IV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 18) V controlar as atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras das águas nas bacias dos mananciais de abastecimento, articulando ações, se necessário, com outros Municípios da Região Metropolitana; Inciso V acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 18) VI promover campanhas educativas que visem a contribuir para a redução e racionalização do consumo de água. Inciso VI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 18) Art. 26 São diretrizes relativas à limpeza urbana: I promover a articulação do Município com a região metropolitana no tocante a coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos; II implantar programas especiais de coleta e destinação final do lixo em áreas ocupadas por população de baixa renda; III incentivar estudos e pesquisas direcionados para a busca de alternativas tecnológicas e metodológicas para coleta, transporte, tratamento e deposição final do lixo, visando a prolongar ao máximo a vida útil dos aterros sanitários; IV assegurar a adequada prestação de serviço de limpeza urbana, segundo a distribuição espacial da população e das atividades sócio-econômicas; V complementar e consolidar a descentralização das atividades de limpeza urbana, particularmente no que concerne às unidades de recepção, triagem e reprocessamento de resíduos recicláveis, bem como de tratamento e destinação final dos resíduos não recicláveis;

113 394 VI criar condições urbanísticas para a implantação do sistema de coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos, dando especial atenção ao tratamento e à destinação final do lixo hospitalar; VII incentivar sistemas de monitorização para o controle de contaminação do lençol freático nas áreas de depósito de resíduos industriais e de aterros sanitários; VIII permitir a coleta privativa do lixo. IX promover o gerenciamento adequado dos resíduos de serviços de saúde, de modo a evitar danos à saúde e ao meio ambiente; Inciso IX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 19) X controlar os efeitos potencialmente danosos ao meio ambiente e à saúde nas áreas de armazenamento, tratamento e destinação final de resíduos sólidos; Inciso X acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 19) XI promover campanhas educativas que visem a contribuir com a redução, reutilização e reciclagem do lixo. Inciso XI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 19) Art. 27 São diretrizes relativas à drenagem urbana: I promover a adoção de alternativas de tratamento de fundos de vale com a mínima intervenção no meio ambiente natural e que assegurem acessibilidade, esgotamento sanitário, limpeza urbana e resolução das questões de risco geológico e de inundações; Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 20) II elaborar o cadastro completo do sistema de drenagem, que deverá contar com mecanismos de atualização contínua e permanente; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 20) VI inibir ações que impliquem na expansão de áreas impermeáveis; Inciso VI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) VII implantar tratamento urbanístico e paisagístico nas áreas remanescentes de tratamentos de fundos de vale, privilegiando as soluções de parques; Inciso VII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) VIII - elaborar diagnóstico da drenagem urbana no Município, enfocando os aspectos relacionados à prevenção e controle de inundações, às condições de risco à saúde, ao risco geológico e à expansão do sistema viário; Inciso VIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) IX implementar um sistema de monitoramento que permita definir e acompanhar as condições reais de funcionamento do sistema de macro-drenagem; Inciso IX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) X - buscar alternativa de gestão que viabilize a auto-sustentação econômica e financeira do sistema de drenagem urbana. Inciso X acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) Parágrafo único O Executivo deverá elaborar e implementar o Plano Diretor de Drenagem de Belo Horizonte PDDBH, abrangendo as bacias dos ribeirões Arrudas e Onça, que deverá ter uma abordagem integrada. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 21) Art. 27-A São diretrizes relativas ao controle de vetores: I promover o controle de vetores em todo o Município, visando à prevenção das zoonoses e à melhoria da qualidade de vida; II articular, em nível metropolitano, ações integradas que visem ao controle de vetores; III compatibilizar as ações de controle de vetores com o planejamento global para a bacia da Pampulha; IV garantir o desenvolvimento de ações contínuas para o controle de vetores. Parágrafo único A política de controle de vetores deve ter como premissa básica a articulação das ações dos diversos órgãos afetos ao saneamento básico. Art. 27-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 22) Subseção XI Das Áreas de Risco Geológico Art. 28 As áreas de risco geológico são as sujeitas a sediar evento geológico natural ou induzido ou a serem por ele atingidas, dividindo-se nas seguintes categorias de risco:

114 395 I potencial, incidente em áreas não parceladas e desocupadas; II efetivo, incidente em áreas parceladas ou ocupadas. 1º - São as seguintes as modalidades de risco geológico: I de escorregamento; II associado a escavações; III de inundações; IV de erosão e assoreamento; V de contaminação do lençol freático. 2º - O parcelamento de glebas em que haja áreas de risco geológico está sujeito a elaboração de laudo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Art. 29 São diretrizes para a ocupação de áreas de risco potencial: I adoção de medidas mitigadoras, em conformidade com a natureza e a intensidade do risco declarado; II destinação que impeça a ocupação nas áreas onde o risco não puder ser mitigado; III assentamento compatível com as modalidades de risco a que se refere o 1º do artigo anterior; IV restrição às atividades de terraplenagem no período de chuvas; V criação de programas que visem a estabelecer parcerias com a sociedade civil, no intuito de recuperar áreas degradadas, por meio de replantios e outras medidas; Inciso V com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 23) VI adoção de processos construtivos adequados, em concordância com as diretrizes do laudo geológico-geotécnico respectivo. Inciso VI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 23) Art. 30 São diretrizes para o controle de áreas de risco efetivo: I monitorização permanente, para verificação de mudanças nas suas condições; II execução de obras de consolidação de terrenos; III fixação de exigências especiais para construção, em conformidade com a natureza e a intensidade do risco declarado; IV controle de ocupação e adensamento; V orientação periódica à população envolvida em situações de risco. Parágrafo único Nas áreas de risco, deve-se estimular o plantio de espécies adequadas à consolidação dos terrenos. Subseção XII Da Política Habitacional Art. 30-A Para os efeitos desta Lei, considera-se como habitação a moradia digna inserida no contexto urbano, provida de infra-estrutura básica de serviços urbanos e de equipamentos comunitários básicos. Art. 30-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 24) Art. 31 São diretrizes da política habitacional: I delimitar áreas para a implantação de programas habitacionais de interesse social; II priorizar, nas ações de remoção, as famílias de baixa renda residentes em áreas de risco e insalubres; III priorizar a inclusão em programas habitacionais das famílias comprovadamente residentes no Município há pelo menos dois anos; Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 25) V promover a implantação de planos, programas e projetos, por meio de cooperativas ou associações habitacionais, com utilização do processo de autogestão e capacitação por meio de assessorias técnicas; Inciso V com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 25) IX incentivar, por normas diferenciadas na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, a implantação de programas habitacionais pela iniciativa privada;

115 396 X promover o reassentamento, preferencialmente em área próxima ao local de origem, dos moradores das áreas de risco e das destinadas a projetos de interesse público ou dos desalojados por motivo de calamidade; XI incentivar a inclusão de novas áreas entre as reservadas para programas habitacionais; XII estimular formas consorciadas de produção de moradias populares, inclusive verticais, com a participação do Poder Público e da iniciativa privada; XV promover a implantação de serviço de auxílio para população de baixa renda que acompanhe o custo e a execução da obra e forneça projeto padrão de arquitetura, estrutural, elétrico, hidráulico e de telefone. XVI promover o acesso à terra e à moradia digna para os habitantes da cidade, em especial os de baixa renda; Inciso XVI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XVII possibilitar a melhoria do padrão das edificações nos programas habitacionais destinados à população de baixa renda; Inciso XVII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XVIII considerar os indicadores de conforto e sustentabilidade ambiental nos programas habitacionais; Inciso XVIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XIX utilizar processos tecnológicos que garantam maior qualidade e menor custo da habitação; Inciso XIX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XX articular, em nível metropolitano, o planejamento das ações relativas à política habitacional, objetivando a busca de soluções para problemas comuns ligados à habitação, sobretudo nas áreas conurbadas; Inciso XX acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XXI assegurar a articulação da política habitacional com a política urbana, considerando suas diversas políticas setoriais; Inciso XXI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XXII estimular a realização de parcerias entre o poder público e sociedade civil na implementação da política habitacional; Inciso XXII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) XXIII promover a construção de moradias, com características de adaptabilidade às condições de acessibilidade ambiental de pessoas com mobilidade reduzida, sem que isso implique em qualquer reserva percentual das unidades habitacionais. Inciso XXIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 26) Art. 32 Os programas habitacionais referentes a novos assentamentos devem ser implantados de acordo com as seguintes diretrizes: I promoção do assentamento da população de baixa renda em lotes já urbanizados, preferencialmente em áreas próximas à origem da demanda; Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 27) II utilização preferencial de pequenas áreas inseridas na malha urbana, dotadas de infra-estrutura básica e de equipamentos comunitários; III priorização de conjuntos com até 150 (cento e cinqüenta) unidades, preferencialmente próximos à origem da demanda; V regularização fundiária obrigatória na implantação dos novos assentamentos. Inciso V acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 28) Parágrafo único As construções dos novos assentamentos estão sujeitas a aprovação do Executivo, devendo ser compatíveis com as características da região. Art. 32-A Os programas habitacionais referentes a assentamentos existentes devem ser implantados de acordo com as seguintes diretrizes: I elaborar Plano Global Específico para cada assentamento, considerando as particularidades de cada área e abordando de forma integrada os aspectos físico ambiental, jurídico legal, sócioeconômico e organizativo, promovendo a integração à cidade; II adequar as intervenções dos diversos órgãos e esferas de governo às diretrizes do Plano Global Específico, ressalvadas aquelas para atendimento a situações emergenciais, de calamidade pública ou de manutenção;

116 397 III desenvolver programas para a urbanização e a regularização fundiária de favelas, a complementação da infra-estrutura urbana de loteamentos populares e o reassentamento de população desalojada em decorrência de obras públicas ou calamidades; IV efetivar a regularização fundiária de loteamentos populares e favelas localizados em terrenos pertencentes ao Município, mediante a aprovação de projetos de parcelamento, urbanização da área e titulação dos moradores; V promover a regularização fundiária de loteamentos populares e favelas localizadas em terrenos particulares e em áreas públicas federais e estaduais, visando à execução de projetos de parcelamento, urbanização da área e a titulação dos moradores; VI criar mecanismos para garantir a permanência das famílias de baixa renda nas vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social, assegurando a função de moradia. Art. 32-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 29) Art. 32-B - Fica instituído, na Política Municipal de Habitação, o Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS -, que se destina a suprir a demanda habitacional, vinculado a programas de financiamento público subsidiado, e que atenda aos critérios vigentes na Política Municipal de Habitação. Parágrafo único - A implantação dos EHISs pode ocorrer por iniciativa do Executivo ou por solicitação de particulares, denominados Empreendedores Sociais, e obedecerá a critérios, parâmetros e procedimentos a serem regulamentados pelo Executivo, ouvido o Conselho Municipal de Habitação - CMH. Art. 32-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 3º) Subseção XIII Do Turismo Art. 33 São diretrizes do turismo: I ordenar, incentivar e fiscalizar o desenvolvimento das atividades relacionadas ao turismo; II desenvolver o turismo de eventos e negócios; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) III promover e estimular a formação e a ampliação dos fluxos turísticos regionais, nacionais e internacionais; IV estabelecer e manter sistema de informações sobre as condições turísticas, atrativos, equipamentos, infra-estruturas, serviços e locais de interesse turístico; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) V incentivar as ações de formação, capacitação e aperfeiçoamento de recursos humanos, visando ao aprimoramento da prestação de serviços vinculados ao turismo; VI promover e orientar a adequada expansão de áreas, equipamentos, instalações, serviços e atividades de turismo, hospedagem, entretenimento e lazer, em condições de acessibilidade ambiental para todos, inclusive pessoas com mobilidade reduzida; Inciso VI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) VII diligenciar para que os empreendimentos e os serviços turísticos se revistam de boa qualidade; VIII criar condições para a melhoria dos recursos turísticos, mediante estímulos às iniciativas afins, estabelecendo critérios de caracterização das atividades de turismo, de recreação e de lazer; IX implantar sistema permanente de animação turístico-cultural e de lazer, orientando a população para a prática de atividades em espaços livres e maximizando a utilização turística e recreativa dos recursos naturais, físicos, humanos e tecnológicos disponíveis; X apoiar e colaborar no desenvolvimento das artes, das tradições populares, da cultura popular e do artesanato; Inciso X com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) XI criar e manter sistema de informações e de publicações turísticas, nos moldes e nos parâmetros internacionais; Inciso XI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) XII colocar, em pontos estratégicos, placas de sinalização e identificação dos locais de importância turística e cultural, com padrões internacionais; Inciso XII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) XIII promover feiras e congressos; XIV promover o aprimoramento do Terminal Aéreo da Pampulha como equipamento de serviço internacional;

117 398 XV estimular o aprendizado de espanhol e inglês nas escolas municipais, para preparo de pessoal especializado; XVII colaborar no desenvolvimento das atividades culturais, estimulando a dança, a música, as artes plásticas, o teatro e o cinema; Inciso XVII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) XVIII promover a criação do centro de consulados, aglutinando maior número de representantes diplomáticos no Município; XIX incrementar os convênios entre Municípios, estimulando o intercâmbio social, político, cultural, esportivo, turístico e ecológico; Inciso XIX com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 30) XX implementar política de turismo ecológico integrando o Município aos demais da APA-Sul e aos que possuam grutas, cachoeiras ou unidades de conservação; XXII promover os recursos turísticos de Belo Horizonte junto aos mercados estadual, nacional e internacional; Inciso XXII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 31) XXIII promover ações para um melhor tratamento e aproveitamento turístico da Serra do Curral e da Pampulha, mediante a implantação de equipamentos turísticos geradores de novas demandas que proporcionem a criação de ocupação e renda e que se constituam em atrativo diferencial, considerada a preservação ambiental; Inciso XXIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 31) XXIV estimular a implantação de equipamentos turísticos, de esporte e de lazer que visem ao desenvolvimento do setor; Inciso XXIV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 31) XXV estimular novas alternativas de hospedagem para atendimento a um segmento de mercado de baixa renda. Inciso XXV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 31) Subseção XIV Do Subsolo Art. 34 São diretrizes relativas ao subsolo: I coordenar as ações das concessionárias de serviço público, visando a articulá-las com o Município e a monitorar a utilização do subsolo; II coordenar o cadastramento das redes de água, telefone, energia elétrica e das demais que passam pelo subsolo; III manter banco de dados atualizado sobre as redes existentes no subsolo; IV determinar que a execução de obras no subsolo somente possa ser feita por meio de licença prévia; V autorizar por licitação a utilização do subsolo para a instalação de equipamentos urbanos e exploração de atividades comerciais; VI proibir a deposição de material radioativo no subsolo; VII promover ações que visem a preservar e a descontaminar os lençóis freáticos. Seção III Das Diretrizes Sociais Subseção I Da Política de Saúde Art. 35 São diretrizes da política de saúde: I assegurar a implantação dos pressupostos do Sistema Único de Saúde, mediante o estabelecimento de condições urbanísticas que propiciem a descentralização, a hierarquização e a regionalização dos serviços que o compõem; II organizar a oferta pública de serviços de saúde e estendê-la a todo o Município; III garantir a melhoria da qualidade dos serviços prestados e o acesso da população a eles; IV promover a distribuição espacial de recursos, serviços e ações, conforme critérios de contingente populacional, demanda, acessibilidade física e hierarquização dos equipamentos de saúde em centros de saúde, policlínicas, hospitais gerais, pronto-socorros e hospitais especializados;

118 399 V garantir, por meio do sistema de transporte urbano, condições de acessibilidade às áreas onde estejam localizados os equipamentos de saúde; VI promover o desenvolvimento de centros detentores de tecnologia de ponta, de forma a atender a demanda de serviços especializados; VII garantir boas condições de saúde para a população, por meio de ações preventivas que visem à melhoria das condições ambientais, como o controle dos recursos hídricos, da qualidade da água consumida, da poluição atmosférica e da sonora; VIII promover política de educação sanitária, conscientizando e estimulando a participação nas ações de saúde. Subseção II Da Política Educacional Art. 36 São diretrizes da política educacional: I promover a expansão e a manutenção da rede pública de ensino, de forma a cobrir a demanda, garantindo o ensino fundamental obrigatório e gratuito; II promover a distribuição espacial de recursos, serviços e equipamentos, para atender à demanda em condições adequadas, cabendo ao Município, prioritariamente, o atendimento ao ensino fundamental e à educação infantil; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 32) III promover a melhoria da qualidade de ensino, criando condições para a permanência e a progressão dos alunos no sistema escolar; IV promover o desenvolvimento de centros de excelência em educação, voltados para a modernização do padrão de ensino e a formação de recursos humanos; V expandir e descentralizar gradativamente as atividades e os equipamentos do sistema educacional, incluídas as creches e as pré-escolas; VI promover programas de integração entre a escola e a comunidade com atividades de educação, saúde e lazer. Subseção III Da Política de Ação Social Art. 37 São diretrizes da política de ação social: I erradicar a pobreza absoluta, apoiar a família, a infância, a adolescência, a velhice, os portadoras de deficiência e os toxicômanos; II assegurar a participação dos segmentos sociais organizados; III promover, junto com a comunidade, a implantação, o desenvolvimento e a melhoria das creches; Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 33) IV descentralizar espacialmente os serviços, os recursos e os equipamentos, de forma hierarquizada, articulada e integrada com as diversas esferas de governo; V descentralizar os serviços e os equipamentos públicos, de modo a viabilizar o atendimento das demandas regionalizadas; VI implantar rede de centros sociais urbanos regionalizados; VII promover a implantação de centros de convivência para idosos, de triagem e encaminhamento social, de pesquisa e formação de educadores sociais e de apoio comunitário a portadores de AIDS e toxicômanos; VIII promover o acesso dos portadores de deficiência às novas edificações destinadas a serviços regulares prestados pelo Município, bem como a remoção das barreiras arquitetônicas, de locomoção e de comunicação das já existentes. Inciso VIII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 33) Subseção IV Da Política Cultural Art. 38 São diretrizes da política cultural: I promover o acesso aos bens da cultura e incentivar a produção cultural; II promover a implantação do Museu da Imagem e do Som e de espaços e centros culturais públicos regionalizados, de centros de referência, entre os quais o da cultura negra, bibliotecas, outros museus, bem como consolidar aqueles já existentes, em condições de utilização por todos; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34)

119 400 III coibir, por meio da utilização de instrumentos previstos em lei, a destruição dos bens classificados como de interesse de preservação; IV realizar sistematicamente pesquisas, estudos e levantamentos sobre a produção cultural da cidade, de forma a se produzirem indicadores efetivos para a formulação de políticas para a área; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) V estabelecer programas de cooperação técnica e financeira com instituições públicas e privadas, visando a estimular as iniciativas culturais; VI promover e apoiar iniciativas de fomento à produção cultural e de capacitação de recursos humanos para ações de preservação e promoção do patrimônio cultural da cidade; Inciso VI com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) VII apoiar as iniciativas artísticas e culturais das escolas municipais, creches e centros de apoio comunitário; VIII criar um calendário permanente de eventos culturais de qualidade na cidade, de forma a estabelecer um processo de intercâmbio e de consolidação da cidade como pólo cultural; Inciso VIII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) IX implantar a Fundação Municipal de Cultura, criada pela Lei nº 3.324, de 5 de maio de 1981; X estabelecer estratégias de informação e divulgação da produção cultural da cidade, em toda a sua diversidade; Inciso X com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) XI incentivar o processo sistemático de participação popular na área cultural; Inciso XI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) XII promover uma política de intercâmbio internacional do setor cultural; Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) XIII promover a acessibilidade ambiental para todos, incluídas as pessoas com mobilidade reduzida, aos equipamentos e às formas de criação e difusão cultural, mediante oferta de rede física adequada. Inciso XIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 34) Subseção V Da Política do Esporte e do Lazer Art. 39 São diretrizes da política do esporte e do lazer: I incentivar a prática esportiva e recreativa, propiciando aos munícipes condições de recuperação psicossomática e de desenvolvimento pessoal e social; II promover a distribuição espacial de recursos, serviços e equipamentos, segundo critérios de contingente populacional, objetivando a implantação de estádios municipais e de áreas multifuncionais para esporte e lazer; III promover a acessibilidade ambiental para todos, incluídas as pessoas com mobilidade reduzida, aos equipamentos e às formas de esporte e lazer, mediante oferta de rede física; Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 35) IV promover ações que tenham por objetivo consolidar a Região da Pampulha e a serra do Curral como complexo recreativo e de turismos ecológico; V promover competições olímpicas de caráter internacional; VI incentivar a prática do esporte olímpico nas escolas municipais; VII orientar a população para a prática de atividades em áreas verdes, parques, praças e áreas livres; VIII manter sistema de animação esportiva, por meio de calendário de eventos e da instalação de novas atividades permanentes; IX estimular a prática de jogos tradicionais populares; X buscar a implantação de campos de futebol e áreas de lazer em todas as regiões do Município. Subseção VI Da Política do Abastecimento Alimentar Art. 40 São diretrizes da política de abastecimento alimentar: I a instituição de bases jurídicas e operacionais para o gerenciamento do sistema de abastecimento pelo Poder Público; II a estruturação de um sistema de abastecimento destinado a melhorar as condições de atendimento à população, em termos de qualidade, quantidade e preços de produtos de primeira necessidade, mediante políticas de apoio à produção e à distribuição; III a consolidação e a ampliação do sistema de abastecimento, por meio: a) da reforma dos mercados distritais;

120 401 b) da implantação de minimercados e de restaurantes populares; c) da ampliação e da modernização do programa de abastecimento municipal; d) da revitalização das feiras livres; e) da criação da Cooperativa de Produtores de Hortifrutigranjeiros; IV a promoção da implantação de hortas comunitárias, principalmente em regiões nas quais possam representar suplementação da renda familiar; V desenvolver programa de gestão compartilhada entre o Executivo e os permissionários dos equipamentos públicos de abastecimento; VI promover políticas sociais para a população hipossuficiente; VII promover a criação de centro comercial de abastecimento e distribuição de hortifrutigranjeiros nas regiões Leste, do Barreiro e de Venda Nova. Seção IV Das Favelas Art. 41 O Executivo deve elaborar, em até 12 (doze) meses após a promulgação desta Lei, projeto de lei instituindo o Plano Estratégico de Diretrizes de Intervenção em Vilas, Favelas e Conjuntos Habitacionais de Interesse Social, com indicativos gerais de ações necessárias à recuperação sócio urbanística jurídica dessas áreas. Parágrafo único O Plano Estratégico terá como objetivo traçar diretrizes gerais e prioridades para a intervenção nas vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social. Art. 41 com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 36) Art. 43 Para o cumprimento dos objetivos previstos nesta Seção, o Executivo fará uso dos instrumentos da política urbana desta Lei, em especial do convênio urbanístico de interesse social. Seção V Da Pampulha Art. 44 O Executivo deve encaminhar à Câmara Municipal, no prazo máximo de 18 (dezoito) meses, contados da vigência desta Lei, projeto de lei contendo plano de ação visando à recuperação da represa da Pampulha. Art. 45 O plano referido no artigo anterior deve prever o saneamento da represa no prazo máximo de 10 (dez) anos, possibilitando a prática de esportes em seu interior e em sua orla. Parágrafo único O plano deve ser acompanhado de cronograma de investimentos, a serem incluídos nos orçamentos anuais e plurianuais, e conterá a previsão: I de despoluição e tratamento de fundos de vale dos córregos afluentes; II de instalação de interceptores e de estação de tratamento de esgotos; III da instalação de bacias de sedimentação descentralizadas; IV de recuperação e posterior preservação das áreas erodidas; V de controle ambiental sanitário; VI de desassoreamento; VII de instalação de equipamentos de lazer e de turismo; VIII de parâmetros urbanísticos a serem definidos para a região, que garantam: a) a preservação de paisagem e da cobertura vegetal; b) a manutenção dos índices de permeabilização do solo; c) a existência de locais destinados à instalação de usos não-residenciais e as condições especiais para tanto necessárias; d) a preservação do conjunto arquitetônico e urbanístico tombado. Alínea d acrescentada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 38) IX de mecanismos de participação da sociedade na gestão da região; X de controle de bota-fora; XI de programa de educação ambiental. XII de fomento à promoção do patrimônio cultural tombado. Inciso XII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 39) Seção VI Das Diretrizes de Legislação Tributária

121 402 Art. 46 Os tributos devem ser utilizados como instrumentos complementares aos do desenvolvimento urbano e do ordenamento territorial, balizada sua utilização pelas seguintes diretrizes: I nas áreas de preservação ambiental, histórico-cultural e paisagística, devem ser previstos mecanismos compensatórios da limitação de ocupação e uso do solo, mediante a redução das alíquotas dos tributos; II nas áreas de estímulo à implantação de atividades econômicas, devem ser previstos mecanismos de incentivo ao investimento privado, mediante a redução das alíquotas dos tributos; III devem ser previstos mecanismos compensatórios da limitação de ocupação do solo, mediante a redução das alíquotas dos tributos, nas áreas em que haja interesse em ampliar: a) os passeios, por meio de sua continuidade com os afastamentos frontais; b) o sistema viário, por meio da previsão de recuos de alinhamento; IV nas áreas de limitação ao adensamento, devem ser previstos mecanismos de desestímulo à verticalização e à concentração de atividades econômicas, mediante a elevação das alíquotas dos tributos; V nas áreas de investimento público que motivem a valorização de imóveis, deve ser prevista a cobrança de contribuição de melhoria, com definição da abrangência, dos parâmetros e dos valores determinados em lei específica; VI os imóveis devem ser reavaliados, para fins de incidência do IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano e do ITBI Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis -, adequando-se as respectivas alíquotas à nova Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. VII devem ser previstos mecanismos de incentivo ao investimento privado para remoção de barreiras arquitetônicas e para a construção de edifícios adequados ao acesso e utilização por pessoas com mobilidade reduzida, mediante a redução dos tributos. Inciso VII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 40) Parágrafo único Deve a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo estabelecer a largura dos recuos de alinhamento e das vias a eles sujeitas. Seção VII Do Cronograma Art. 47 Para a implementação das diretrizes e a consecução dos seus objetivos, deve ser observado o cronograma de investimento prioritário em obras estratégicas para o desenvolvimento do Município, constante do Anexo III, cuja execução ocorrerá nos dois anos seguintes à data da publicação desta Lei. Art. 48 Para os anos subseqüentes, deve o Executivo prever as obras estratégicas prioritárias nos planos plurianuais excetuadas as relativas à ampliação do sistema viário constantes do Anexo II tendo em vista as diretrizes de desenvolvimento urbano estabelecidas nesta Lei. 1º - Os recursos necessários para a implementação das obras referidas no caput devem estar previstos nas leis de diretrizes orçamentárias e nos orçamentos anuais. 2º - No caso das obras de ampliação do sistema viário constantes do Anexo II, deve o Executivo encaminhar projeto de lei contendo cronograma que defina a prioridade de sua implantação no prazo de 20 (vinte) anos. 3º - O projeto deve ser instruído com a explicação técnica dos percentuais de aplicação indicados para cada área de intervenção, considerando as prioridades apontadas nesta Lei. 4º - Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais devem ser elaborados e compatibilizados com os cronogramas referidos neste artigo. TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL Art. 49 São diretrizes de ordenamento do território: I considera-lo integralmente zona urbana;

122 403 II atender ao art. 190 da Lei Orgânica, mediante a fixação de critérios específicos para o seu zoneamento; III estabelecer política de instalação múltipla de usos, respeitados a qualidade de vida e o direito adquirido. CAPÍTULO I DO ZONEAMENTO Art. 50 É diretriz do zoneamento a divisão do território em zonas, em função de suas características ou potencialidades, na forma do disposto neste Capítulo. Art. 51 Devem-se identificar áreas, que, por suas características e pela tipicidade da vegetação, sejam destinadas à preservação e à recuperação de ecossistemas, visando a: I garantir espaço para a manutenção da diversidade das espécies e propiciar refúgio à fauna; II proteger as nascentes e as cabeceiras dos cursos d água; III evitar riscos geológicos; IV manter o equilíbrio do sistema de drenagem natural. Parágrafo único Deve ser vedada a ocupação das áreas previstas neste artigo. Art. 52 Devem-se identificar áreas em que haja interesse público na proteção ambiental e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico. Parágrafo único Devem ser fixadas, para as áreas previstas no caput, critérios especiais que determinem a ocupação com baixa densidade e maior taxa de permeabilização. Art. 53 Devem-se identificar áreas em que predominem os problemas de ausência ou deficiência de infra-estrutura de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário, de adversidade das condições topográficas, de precariedade ou de saturação da articulação viária interna ou externa. 1º - A deficiência da infra-estrutura de abastecimento de água é caracterizada por ser este intermitente devido a problema estrutural do sistema. 2º - A deficiência da infra-estrutura de esgotamento sanitário é caracterizada pela falta de interceptor. 3º - É caracterizada a precariedade da articulação viária: I interna, quando: a) as características geométricas das vias indicarem sua baixa capacidade; b) existirem barreiras físicas à integração das vias; II externa, quando houver má integração das vias da área com o sistema viário arterial principal. 4º - Deve-se desestimular a ocupação das áreas previstas no caput. Art. 54 Devem-se identificar áreas nas quais a alta densidade demográfica resulte na utilização da infra-estrutura em níveis próximos aos limites de saturação, sobretudo nos corredores viários. Parágrafo único Deve-se conter o adensamento da ocupação do solo nas áreas referidas no caput. Art. 55 Devem-se identificar áreas em que haja predominância de condições favoráveis de infraestrutura e topografia, as quais serão consideradas passíveis de adensamento. Art. 56 Devem-se identificar áreas que, além de possuírem condições favoráveis de topografia, acessibilidade e infra-estrutura, possam ser configuradas como centros de polarização regional, municipal ou metropolitana. Parágrafo único Deve-se permitir maior adensamento demográfico e maior verticalização nas áreas referidas no caput.

123 404 Art. 57 Devem-se identificar áreas nas quais, por razões sociais, haja interesse público em ordenar a ocupação por meio de urbanização e regularização fundiária ou em implantar programas habitacionais de interesse social. Parágrafo único Nas áreas a que se refere o caput, devem ser estabelecidos critérios especiais para o parcelamento, a ocupação e o uso do solo. Art. 58 Devem-se identificar áreas que, por sua dimensão e localização estratégica, possam ser ocupadas por grandes equipamentos de interesse municipal. CAPÍTULO II DOS USOS Art. 59 São diretrizes da política da instalação de usos: I assegurar a multiplicidade e a complementaridade destes; II estabelecer condições para a localização de atividades,considerando, no mínimo: a) o seu porte; b) a sua abrangência de atendimento; c) a disponibilidade de infra-estrutura; d) a predominância de uso da área; e) o processo tecnológico utilizado; f) o impacto sobre o sistema viário e de transporte; g) o impacto sobre o meio ambiente; h) a potencialidade da concentração de atividades similares na área; i) o seu potencial indutor de desenvolvimento e o seu caráter estruturante do Município. TÍTULO IV DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA CAPÍTULO I DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR Capítulo I regulamentado pelo Decreto nº 9.616, de 26/06/1998 Art Transferência do Direito de Construir - TDC - é o instrumento pelo qual o Poder Público Municipal autoriza o proprietário de imóvel urbano a alienar ou a exercer em outro local, mediante escritura pública, o direito de construir previsto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo relativo ao Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAb -, observado o disposto no art. 61 desta Lei. Parágrafo único - O acréscimo de potencial construtivo proveniente da Transferência do Direito de Construir poderá gerar aumento proporcional no número de unidades habitacionais no imóvel receptor, aplicando-se, para tanto, as regras referentes à Transferência do Direito de Construir previstas nesta Lei. Art. 60 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 4º) Art São imóveis passíveis de geração da TDC aqueles considerados necessários para: I - a implantação de programa habitacional de interesse social, observado o 1º do art. 191 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte - LOMBH -; II - o atendimento a interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; III - o atendimento a programas de regularização fundiária e de urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda; IV - a implantação de equipamentos urbanos e comunitários; 1º - Não podem originar Transferência do Direito de Construir: I - os imóveis cujo possuidor preencha as condições para aquisição da propriedade por meio de usucapião; II - os imóveis não parcelados; III - os imóveis de propriedade pública ou que, em sua origem, tenham sido alienados pelo Município, pelo Estado ou pela União de forma não onerosa. Art. 61 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 5º)

124 405 Art São passíveis de recepção da Transferência do Direito de Construir os imóveis situados: I - nas Zonas de Adensamento Preferencial - ZAPs -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II - na mesma mancha contínua do zoneamento do imóvel de origem; III - em área indicada em lei específica, referente a projetos urbanísticos especiais; IV - na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da Zona Hipercentral - ZHIP -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; V - na ZHIP, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da ZCBH; VI - na Zona Adensada - ZA -, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da Zona de Proteção - ZP -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; VII - nas áreas receptoras previstas nos conjuntos urbanos tombados, respeitadas suas diretrizes de proteção cultural e ambiental. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 6º) 1º - O limite máximo de recepção da transferência do direito de construir é de 20% (vinte por cento), exceto no caso de projetos urbanísticos especiais, em que será definido em lei específica. 2º - Os terrenos situados em áreas identificadas conforme o art. 52 somente poderão receber transferência de direito de construir proveniente da mesma zona. 3º - A recepção da transferência do direito de construir deve se dar prioritariamente nas áreas de que trata o inciso I. 4º - O cálculo da possibilidade de recepção de TDC será feito a partir do Coeficiente de Aproveitamento Básico do terreno, e sua utilização independe da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir ODC. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 6º) Art. 62-A - O imóvel gerador, consumada a transferência, poderá ser receptor de Transferência do Direito de Construir para repor o potencial construtivo transferido, desde que sejam mantidas as características do imóvel que o levaram a ser classificado como gerador de TDC. Art. 62-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 7º) Art O Executivo deve manter registro das transferências do direito de construir ocorridas, do qual constem os imóveis transmissores e receptores, bem como os respectivos potenciais construtivos transferidos e recebidos. Parágrafo único - Consumada a transferência do direito de construir em relação a cada imóvel receptor, fica o potencial construtivo transferido vinculado a este, vedada nova transferência. Art A área adicional edificável é determinada com observância da equivalência entre os valores do metro quadrado do imóvel de origem e do receptor. Parágrafo único - Os valores citados no caput são obtidos de acordo com a Planta de Valores Imobiliários utilizada para o cálculo do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis ITBI. CAPÍTULO II DA OPERAÇÃO URBANA Seção I Disposições Gerais Seção I (arts. 65 a 65-E) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 10) Art Operação Urbana é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação de agentes públicos ou privados, com o objetivo de viabilizar projetos urbanos de interesse público, podendo ocorrer em qualquer área do Município. 1º - A Operação Urbana pode ser proposta pelo Poder Executivo Municipal ou a este, por qualquer cidadão ou entidade que nela tenha interesse, e será aprovada por lei específica, observado o disposto no art. 80, II, da Lei nº 7.165/96.

125 406 2º - O encaminhamento à Câmara Municipal de projeto de lei relativo à Operação Urbana deverá ser precedido de assinatura de Termo de Conduta Urbanística - TCU - entre o Executivo e o empreendedor interessado, por meio do qual este se compromete a cumprir as obrigações e os prazos constantes da proposta de texto legal, sob pena de aplicação das penalidades previstas no TCU. Art. 65 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 8º) Art. 65-A - As áreas envolvidas na Operação Urbana não podem receber potencial construtivo adicional, originado da Transferência do Direito de Construir, durante a tramitação do projeto de lei respectivo, a não ser que essa tramitação exceda o prazo de 4 (quatro) meses. Art. 65-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 9º) Art. 65-B - A lei referente à Operação Urbana pode prever que a execução de obras por agentes da iniciativa privada seja remunerada pela concessão para exploração econômica do serviço implantado. Art. 65-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 9º) Art. 65-C - O potencial construtivo das áreas privadas passadas para domínio público sem ônus para o Município pode ser transferido para outro local, determinado por lei, situado dentro ou fora das áreas envolvidas na Operação Urbana. Art. 65-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 9º) Art. 65-D - As Operações Urbanas classificam-se em Operações Urbanas Simplificadas e Operações Urbanas Consorciadas. Art. 65-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 9º) Art. 65-E - As Operações Urbanas e os projetos urbanísticos especiais que envolvam a autorização da Transferência do Direito de Construir poderão ser realizados com a contrapartida de transferência não onerosa de imóvel ao Município, sendo vedado, nessa hipótese, pagamento de indenização, a qualquer título, ao particular. Art. 65-E acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 9º) Seção II Da Operação Urbana Simplificada Seção II (arts. 66 a 68) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 10) Art A Operação Urbana Simplificada, sempre motivada por interesse público, destina-se a viabilizar intervenções tais como: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 11) I - tratamento urbanístico de áreas públicas; II - abertura de vias ou melhorias no sistema viário; III - implantação de programa habitacional de interesse social; IV - implantação de equipamentos públicos; V - recuperação do patrimônio cultural; VI - proteção ambiental; VII - reurbanização; VIII - amenização dos efeitos negativos das ilhas de calor sobre a qualidade de vida; IX - regularização de edificações e de usos; Inciso IX com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 11) X - requalificação de áreas públicas. Inciso X acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 11) Art Da lei que aprovar a Operação Urbana Simplificada, deverão constar: I - a identificação das áreas envolvidas; II - a finalidade da intervenção proposta; III - as obrigações do Executivo e de cada um dos agentes envolvidos; IV - os procedimentos de natureza econômica, administrativa, urbanística ou jurídica necessários ao cumprimento das finalidades pretendidas; V - os parâmetros urbanísticos a serem adotados na Operação; VI - as obrigações das demais partes envolvidas na Operação Urbana Simplificada, a serem dimensionadas em função dos benefícios conferidos pelo Poder Público na Operação, de acordo com o que dispuser a lei específica;

126 407 VII - o seu prazo de vigência. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 12) 2º - A modificação prevista no inciso V somente pode ser feita se justificada pelas condições urbanísticas da área da operação. 4º - As obrigações previstas no inciso VI do caput deste artigo não se confundem com a execução de condicionantes impostas aos empreendedores em decorrência de processo de licenciamento urbanístico ou ambiental. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 12) Seção III Da Operação Urbana Consorciada Seção III (69 a 69-H) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 10) Art Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental, podendo ocorrer em qualquer área do Município. 1º - Cada Operação Urbana Consorciada será instituída por lei específica, de acordo com o disposto nos arts. 32 a 34 da Lei Federal nº , de 10 de julho de 2001, - Estatuto da Cidade. 2º - As Operações Urbanas Consorciadas serão instituídas visando a alcançar, entre outras, as seguintes finalidades: I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social; IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo; V - implantação de espaços públicos; VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico; VII - melhoria e ampliação da infraestrutura e da Rede Viária Estrutural; VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos. 3º - Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas: I - a modificação de índices e características de parcelamento, ocupação e uso do solo e subsolo, bem como as alterações das normas edilícias, considerando-se o impacto ambiental delas decorrente e o impacto de vizinhança; II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente. 4º - A lei específica que aprovar ou regulamentar a Operação Urbana Consorciada deverá conter, no mínimo: I - a definição da área a ser atingida; II - o programa básico de ocupação da área; III - o programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela Operação; IV - as finalidades da Operação; V - o estudo prévio de impacto de vizinhança; VI - a contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, nos termos do disposto no inciso VI do art. 33 da Lei nº /01; VII - a forma de controle da Operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil. 5º - Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal na forma do inciso VI do 4º deste artigo serão aplicados, exclusivamente, na própria Operação Urbana Consorciada.

127 408 6º - A partir da aprovação da lei específica de que trata o 1º do art. 69 desta Lei, são nulas as licenças e as autorizações a cargo do Poder Público Municipal expedidas em desacordo com o plano de Operação Urbana Consorciada, conforme previsto na Lei nº /01. 7º - O Executivo poderá utilizar, na área objeto da Operação Urbana Consorciada, mediante previsão na respectiva lei específica, os instrumentos previstos nos arts. 32 a 34 da Lei nº /01, bem como a Outorga Onerosa do Direito de Construir, de acordo com as características de cada Operação Urbana Consorciada. Art. 69 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 13) Art. 69-A - Sem prejuízo de outras que venham a ser instituídas por lei específica, ficam delimitadas as seguintes áreas para Operações Urbanas Consorciadas, nas quais, até a aprovação da lei de que trata o 1º do art. 69 desta Lei, prevalecerão os parâmetros e as condições estabelecidos nesta Lei: I - as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte; II - o entorno de Corredores Viários Prioritários; III - o entorno de Corredores de Transporte Coletivo Prioritários; IV - as Áreas Centrais, indicadas como preferenciais para Operação Urbana nos termos do Plano de Reabilitação do Hipercentro; V - as áreas localizadas em um raio de 600 m (seiscentos metros) das estações de transporte coletivo existentes ou das que vierem a ser implantadas. 1º - A delimitação das áreas de que trata o caput deste artigo é a estabelecida nos Anexos IV e IV-A desta Lei. 2º - Na hipótese de o limite das áreas de que trata o caput deste artigo coincidir com o eixo de via já existente, os terrenos lindeiros a ambos os seus lados ficarão submetidos às normas relativas às mesmas. Art. 69-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-B - A Operação Urbana nas Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte tem as seguintes finalidades: I - ordenar a ocupação do solo, visando a estruturar nova centralidade no entorno da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais; II - assegurar condições para a expansão do uso institucional de interesse público, complementar às atividades da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais; III - garantir a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico; IV - ordenar o crescimento urbano na região; V - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; VI - implantar espaços públicos; VII - ampliar e melhorar a rede viária estrutural e local; VIII - proteger as áreas de fragilidade ambiental; IX - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte; X - reciclar as áreas consideradas subutilizadas. Art. 69-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-C - Até a aprovação da lei de que trata o 1º do art. 69 desta Lei, prevalecerão, para as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, os parâmetros e as condições desta Lei, estabelecidos de acordo com as Subáreas especificadas nos arts. 69-D, 69-E, 69-F, 69-G e 69-H, constantes do Anexo IV-A desta Lei. Art. 69-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-D - Fica criada a Subárea I - Área de Proteção Ambiental e Paisagística, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, constituída pelo Parque Serra Verde e pelas áreas de proteção ambiental e paisagística, com os seguintes parâmetros urbanísticos: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,05 (cinco centésimos); II - Taxa de Ocupação igual a 2% (dois por cento); III - Taxa de Permeabilidade igual a 95% (noventa e cinco por cento). 1º - Os usos permitidos na Subárea I são apenas os relacionados com as atividades de apoio e manutenção da área de preservação, excetuados aqueles relacionados aos equipamentos de lazer públicos.

128 409 2º - As áreas de propriedade particular inseridas na Subárea I poderão utilizar a Transferência do Direito de Construir, observadas as seguintes condições: I - o potencial construtivo da área, calculado com base nas condições estabelecidas no caput deste artigo, poderá ser transferido para outro imóvel localizado na área da Operação Urbana, observados os parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições estabelecidas na legislação em vigor; II - o potencial construtivo da área, calculado com base nos parâmetros de ZP-1, poderá ser transferido para qualquer outro imóvel receptor, localizado ou não na área da Operação Urbana, observados os parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições estabelecidas na legislação em vigor, desde que a propriedade da área seja transferida, integralmente, para o Poder Público. Art. 69-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-E - Fica criada a Subárea II - Área de Proteção Institucional, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pela área de entorno imediato da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, e sujeita aos seguintes parâmetros: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,5 (cinco décimos); II - altura máxima das edificações limitadas a 9,0 m (nove metros), contados a partir do terreno natural, podendo tal limite ser superado mediante estudo de controle de altimetria a ser desenvolvido pelo Executivo, visando a garantir a visibilidade e o caráter monumental do equipamento público instalado; III - afastamento mínimo de 25 m (vinte e cinco metros) em relação à Rodovia MG-10, incluindo-se a faixa de domínio da Rodovia, para os terrenos com testada para a face oeste da Rodovia. 1º - Na Subárea II, prevista no caput deste artigo, serão admitidas as seguintes atividades e tipologias de atividades, de acordo com o disposto no Anexo X da Lei n 7.166/96: I - instituições científicas, culturais, tecnológicas e filosóficas; II - serviços públicos; III - serviços de alimentação; IV - hotéis e apart-hotéis; V - academias de ginástica; VI - cinemas; VII - teatros com área de até m² (um mil metros quadrados); VIII - estacionamento de veículos com área de até 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); IX - demais atividades classificadas como do Grupo I indicadas no Anexo X da Lei n 7.166/96. 2º - Na Subárea II, de que trata o caput deste artigo, fica vedada a instalação de todos os demais usos não residenciais e atividades. 3º - Para as áreas pertencentes à Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, prevalecem os parâmetros previstos pelo zoneamento e pela regra geral de usos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Art. 69-E acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-F - Fica criada a Subárea III - Área de Influência Direta, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pelas áreas inseridas na porção territorial que está sob influência direta da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, delimitada em função das características topográficas e de circulação locais. 1º - A Área de Influência Direta fica submetida aos parâmetros urbanísticos estabelecidos para Zona de Adensamento Restrito ZAR-2, com o Coeficiente de Aproveitamento limitado a 0,5 (cinco décimos). 2º - A limitação prevista no 1º deste artigo não se aplica ao uso residencial unifamiliar. 3º - Fica vedada, na Subárea III de que trata o caput deste artigo, a instalação de usos industriais e atividades do Grupo IV, prevista no Anexo X da Lei nº 7.166/96. 4º - Fica permitida a outorga onerosa de potencial construtivo adicional para usos não residenciais em imóveis situados em vias coletoras, arteriais e de ligação regional, limitado ao Coeficiente de

129 410 Aproveitamento Máximo igual a 4,0 (quatro), mediante avaliação prévia do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR - quanto à pertinência do uso e à capacidade da infraestrutura no local do empreendimento, estando sujeito ao licenciamento especial ambiental ou urbanístico, conforme o caso. 5º - O valor da outorga onerosa prevista no 4º deste artigo será calculado com base nos procedimentos estabelecidos no art. 14-E da Lei nº 7.166/96. 6º - Os recursos arrecadados na forma do 4º deste artigo somente poderão ser aplicados na área da Operação Urbana Consorciada e deverão ser utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social e de mobilidade. 7º - Fica estabelecido o lote mínimo de m² (um mil metros quadrados); Art. 69-F acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-G - Fica criada a Subárea IV - Área de Influência Indireta, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pelas áreas inseridas em regiões potencialmente beneficiadas e valorizadas por intervenções urbanísticas públicas, e com capacidade para reciclar as áreas consideradas subutilizadas. 1º - As Áreas de Influência Indireta ficam submetidas aos seguintes critérios especiais de ocupação: I - adoção de parâmetros urbanísticos estabelecidos para Zona de Adensamento Restrito - ZAR-2 -, excetuadas as áreas de Zonas de Preservação Ambiental - ZPAMs -; Zonas de Proteção - ZPs - e Zonas de Especial Interesse Social - ZEISs -, que mantêm os parâmetros urbanísticos de seus respectivos zoneamentos; II - possibilidade de alteração dos parâmetros urbanísticos de empreendimentos caracterizados como de interesse público, observado o seguinte: a) lotes mínimos de m² (um mil metros quadrados); b) outorga onerosa de potencial construtivo adicional para usos não residenciais em imóveis situados em vias coletoras, arteriais e de ligação regional, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento Máximo igual a 4,0 (quatro), mediante avaliação prévia do Conselho Municipal de Política Urbana quanto à pertinência do uso e à capacidade da infraestrutura no local do empreendimento, estando sujeito ao licenciamento especial ambiental ou urbanístico, conforme o caso. 2º - O pagamento de outorga onerosa prevista na alínea b do inciso II do 1º deste artigo deverá ser calculado com base nos procedimentos estabelecidos no art. 14-E da Lei nº 7.166/96. 3º - Os recursos arrecadados na forma do 2º deste artigo somente poderão ser aplicados na área da Operação Urbana e deverão ser utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social e de mobilidade. Art. 69-G acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-I - As restrições relativas aos parâmetros urbanísticos previstas para as Subáreas I, II, III e IV não se aplicam às edificações públicas e àquelas destinadas ao uso institucional, cujos projetos deverão ser submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, nos termos da Lei nº 7.166/96. Art. 69-I acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-J - As áreas contidas na Operação Urbana do Vetor Norte não poderão receber a Transferência do Direito de Construir, exceto nas hipóteses previstas nessa Operação Urbana. Art. 69-J acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-K - A Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários tem as seguintes finalidades: I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - implantar novos espaços públicos; III - ampliar e melhorar a rede viária estrutural; IV - otimizar áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas. 1º - Para as áreas lindeiras às avenidas D. Pedro I, D. Pedro II, e Presidente Carlos Luz e à Via 710, no trecho entre a Avenida José Cândido da Silveira e a Rua Arthur de Sá, incluídas nas áreas

130 411 previstas no caput deste artigo, conforme delimitação constante do Anexo IV desta Lei, o Coeficiente de Aproveitamento Básico é igual a 0,5 (cinco décimos). 2º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação Urbana prevista no 1º deste artigo, lindeiros às vias incluídas no Anexo V da Lei nº 7.166/96, que transferirem ao Município as áreas necessárias à implantação do Corredor Viário Prioritário, de acordo com projeto do Executivo, fica autorizada a transferência do potencial construtivo a essas referentes, alternativamente: I - para as áreas remanescentes do mesmo terreno; II - para outro lote situado em áreas de Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários ou de Operação Urbana no entorno dos Corredores de Transporte Coletivo Prioritários. 3º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários lindeiros à Via 710, fica autorizada a geração de Unidades de Transferência de Direito de Construir - UTDCs - pela área total de sua propriedade, calculadas com base no Coeficiente de Aproveitamento previsto na Lei n 7.165/96, desde que: I - a área seja integralmente transferida ao Município; II - o proprietário custeie a implantação da via no trecho correspondente ao seu terreno. 4º - O cálculo das UTDCs geradas pelos terrenos descritos no 2º deste artigo será feito de acordo com o previsto nesta Lei. 5º - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no 2º deste artigo fica condicionada à implantação do Corredor Viário ou do Corredor de Transporte Coletivo Prioritário respectivos. Art. 69-K acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-L - A Operação Urbana no entorno de Corredores de Transporte Coletivo Prioritários tem as seguintes finalidades: I - permitir, após a reestruturação dos Corredores, a revisão do adensamento, dada a maior capacidade de suporte do sistema de transporte; II - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte; III - implantar novos espaços públicos; IV - ampliar e melhorar a rede viária; V - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas. Art. 69-L acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-M - A Operação Urbana nas áreas localizadas em um raio de 600 m (seiscentos metros) das estações de transporte coletivo tem as seguintes finalidades: I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte; II - ampliar e melhorar a rede viária local, melhorando o acesso às estações; III - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e proporcionar a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; IV - rever os adensamentos, dada a maior capacidade de suporte do sistema de transporte. Art. 69-M acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) Art. 69-N - A Operação Urbana das Áreas Centrais, que abrange as áreas identificadas como preferenciais no Plano de Reabilitação do Hipercentro, denominadas Casa do Conde de Santa Marinha/Boulevard Arrudas, Guaicurus/Rodoviária e Mercados, tem as seguintes finalidades: I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social; IV - implantação de espaços públicos; V - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico; VI - dinamização de áreas, visando à geração de empregos. Art. 69-N acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14)

131 412 Art. 69-O - Os Coeficientes de Aproveitamento Básico das áreas incluídas nas Operações Urbanas Consorciadas de que tratam os arts. 69-K, 69-L, 69-M e 69-N são aqueles previstos para cada zoneamento, conforme o Anexo V desta Lei, limitados a 1,0 (um). 1º - A limitação prevista no caput deste artigo não se aplica aos imóveis públicos e de comprovado interesse público, cujos projetos deverão ser submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, conforme o caso. 2º - As áreas contidas nas Operações Urbanas Consorciadas a que se refere o caput deste artigo não poderão receber a Transferência do Direito de Construir. 3º - Os parâmetros urbanísticos das áreas destinadas à implantação de terminal rodoviário e seus empreendimentos associados poderão ser flexibilizados, independentemente do zoneamento, mediante análise do COMPUR. Art. 69-O acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 14) CAPÍTULO III DO CONVÊNIO URBANÍSTICO DE INTERESSE SOCIAL Art O convênio urbanístico de interesse social é o acordo de cooperação firmado entre o Município e a iniciativa privada, para execução de programas habitacionais de interesse social. 1º - Por meio do Convênio Urbanístico, poderão ser firmados compromissos dentro dos seguintes padrões: I - o proprietário de imóvel situado em áreas destinadas à implantação de programas habitacionais poderá autorizar o Município a realizar, dentro de determinado prazo, obras de implantação de empreendimento; II - o Poder Público poderá disponibilizar terrenos para empreendedores interessados em implantar programas habitacionais, com vistas à viabilização do atendimento, por parte destes, ao público da Política Municipal de Habitação. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 15) 2º - Na hipótese prevista no inciso I do 1º deste artigo, a proporção da participação do proprietário do imóvel no empreendimento é obtida pela divisão do valor venal original do terreno pelo somatório desse valor ao do orçamento das obras. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 15) 3º - Na hipótese prevista no inciso I do 1º deste artigo, concluídas as obras, o proprietário do imóvel deve receber, nas áreas incluídas no convênio ou fora dessas, imóveis em valor equivalente à proporção da participação prevista no 2º deste artigo, multiplicada pelo somatório do valor venal das unidades produzidas. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 15) 4º - Para a realização das obras previstas no inciso I do 1º deste artigo, fica o Poder Público autorizado a utilizar recursos do Fundo Municipal de Habitação. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 15) 5º - Os critérios e os procedimentos para a formalização de Convênio Urbanístico de Interesse Social serão definidos pelo Executivo, em decreto. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 15) Art O proprietário que pretenda construir habitações de interesse social pode propor ao Município a realização de convênio urbanístico de interesse social, respeitadas as regras do artigo anterior. Art O convênio urbanístico de interesse social pode ser firmado para urbanização ou para implantação de programas habitacionais de interesse social pela iniciativa privada em área pública. 1º - O convênio previsto no caput deve ser objeto de licitação pública, cujo edital estabelecerá: I os padrões da urbanização e da edificação; II o cronograma dos serviços e obras;

132 413 III a estimativa dos valores envolvidos na transação. 2º - O executor das obras previstas neste artigo deve receber, no local ou fora, imóveis em valor a ser calculado em consonância com os critérios estabelecidos no art. 70, 2º e 3º. Art. 73 Os valores venais previstos neste Capítulo são determinados de acordo com: I a Planta de Valores Imobiliários utilizada para cálculo do ITBI, no caso da gleba original; II a Comissão de Valores Imobiliários do Executivo, no caso dos demais imóveis envolvidos. CAPÍTULO V DOS PROGRAMAS DE REVITALIZAÇÃO URBANA Capítulo V (Art. 74-A) acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 42) Art. 74-A - Os programas de Revitalização Urbana são instrumentos de planejamento urbano com o objetivo de conferir nova qualificação a áreas urbanas específicas, para sua reinserção sustentada ao contexto urbano, por meio de conjunto de ações jurídico-institucionais, sócio-econômico-culturais e físico-ambientais, com caráter multiinstitucional e multidisciplinar. 1º - Os programas de revitalização urbana envolvem intervenções voltadas para objetivos específicos como: I realização das potencialidades de áreas centrais; II alteração na dinâmica de apropriação dos espaços urbanos; III - valorização dos marcos históricos e simbólicos existentes, preservando o patrimônio arquitetônico e cultural; IV incremento das atividades de turismo, esporte e lazer; V criação de áreas públicas e equipamentos urbanos de livre acesso para o conjunto da população; VI recuperação e ampliação da qualidade ambiental. 2º - Os programas de revitalização urbana têm como princípios gerais: I busca de referenciais mais humanos na concepção dos espaços públicos; II garantia dos princípios básicos de infra-estrutura urbana e do acesso às benfeitorias urbanas e a integração e articulação das áreas de vilas e favelas e das áreas periféricas carentes; III recuperação de edificações existentes, através de mecanismos e incentivos fiscais; IV permanência da população residente e dinamização das atividades existentes, preferencialmente em compatibilidade com a vocação local; V participação da população residente e demais agentes econômicos na definição das propostas constantes dos projetos de revitalização urbana, bem como no processo de implantação dos mesmos. 3º - Na implementação dos programas de Revitalização Urbana poderão ser utilizados os instrumentos de política urbana previstos nesta Lei, assim como podem ser criados novos mecanismos e flexibilizados mecanismos jurídicos existentes, a serem vinculados com os projetos específicos. 4º - Os programas de Revitalização Urbana poderão ser desenvolvidos com recursos privados. 5º - O Executivo deve estabelecer ordem de prioridades das áreas objeto dos projetos de revitalização urbana, considerando parâmetros de importância urbanística, histórica, habitacional, econômica, social e de lazer. 6º - Os programas de revitalização urbana serão promovidos e coordenados pelo sistema municipal de planejamento. CAPÍTULO VI DO PARCELAMENTO, DA EDIFICAÇÃO E DA UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS, DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA Capítulo VI (Arts. 74-B a 74-F) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Seção I Do Parcelamento, da Edificação e da Utilização Compulsórios

133 414 Art. 74-B - O Executivo poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não utilizado ou subutilizado, observadas as potencialidades e as vocações das diferentes zonas e unidades de planejamento do Município, visando ao cumprimento de sua função social. Art. 74-C - A aplicação dos instrumentos previstos no caput do art. 74-B desta Lei é válida em todo o território do Município, exceto nas ZPAMs, ZPs-1 e ZPs-2. Parágrafo único - A aplicação, nas ZARs, dos instrumentos previstos no caput do art. 74-B desta Lei deverá observar as características da área relativas à capacidade da infraestrutura, e aos aspectos ambientais e de sistema viário, nos termos do regulamento. Art. 74-D - Para os efeitos desta Seção, considera-se: I - imóvel não utilizado: a) gleba não parcelada e o lote não edificado; b) edificação que esteja abandonada ou sem uso comprovado há mais de 5 (cinco) anos; c) a edificação caracterizada como obra paralisada, entendida como aquela que não apresente Alvará de Construção em vigor e não possua Certidão de Baixa de Construção; II - imóvel subutilizado: o lote com área total edificada inferior ao aproveitamento mínimo deste, definido pela fórmula Área do lote x Coeficiente de Aproveitamento Básico x 0,15. Parágrafo único Não serão considerados subutilizados os lotes ocupados por uso não residencial com área total edificada inferior ao definido no inciso II do caput deste artigo, desde que a atividade exercida no local faça uso de toda a área não construída existente. Art. 74-E - A incidência do instrumento de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios fica vedada no caso de: I - gleba ou lote onde haja impossibilidade técnica de implantação de infraestrutura de saneamento e de energia elétrica; II - gleba ou lote com impedimento de ordem legal ou ambiental; III - gleba que não tenha acesso por logradouro pavimentado e pertencente a parcelamento aprovado. Seção II Do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública Art. 74-F - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos para o parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios, poderão ser aplicados, sucessivamente, a cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU - progressivo no tempo e a desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública, conforme o disposto nas Seções III e IV do Capítulo II da Lei Federal nº /01. Parágrafo único - Consumada a desapropriação por meio do instrumento a que se refere o caput, fica o Município obrigado a dar imediato início aos procedimentos relativos à destinação ao imóvel, de acordo com o previsto no art. 8º, 4º e 5º, da Lei nº /01. CAPÍTULO VII DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO Capítulo VII (Art. 74-G) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Art. 74-G - Fica instituído o Consórcio Imobiliário, com vistas a viabilizar planos de urbanização ou edificação por meio dos quais o proprietário atingido pela obrigação de parcelar, edificar ou utilizar poderá transferir ao Poder Público Municipal seu imóvel, e, após a realização das obras, receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas. 1º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras. 2º - O valor a que se refere o 1º deste artigo refletirá aquele da base de cálculo do IPTU, conforme previsto no art. 8º, 2º, da Lei nº /01.

134 415 CAPÍTULO VIII DO DIREITO DE PREEMPÇÃO Capítulo VIII (Arts. 74-H a 74-I) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Art. 74-H - Fica instituído, no âmbito do Município de Belo Horizonte, o Direito de Preempção, que será exercido nos termos e nas condições previstos na Seção VIII do Capítulo II da Lei Federal nº /01. Art. 74-I - O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para: I - regularização fundiária; II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; III - constituição de reserva fundiária; IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI - criação de equipamentos públicos de lazer e áreas verdes; VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; VIII - proteção de áreas de interesse histórico ou paisagístico. CAPÍTULO IX DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR Capítulo IX (Arts. 74-J a 74-N) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Art. 74-J - Fica instituído o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir - ODC -, por meio do qual o direito de construir poderá ser exercido acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. 1º - A aplicação da ODC deverá observar a relação entre a densidade máxima prevista, os aspectos ambientais, culturais e paisagísticos e a capacidade da infraestrutura existente nas diversas áreas do Município. 2º - Para efeito do disposto neste artigo, ficam estabelecidos os Coeficientes de Aproveitamento Básico e Máximo, nos seguintes termos: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico CAb : é aquele que resulta do potencial construtivo atribuído às diversas zonas, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II - Coeficiente de Aproveitamento Máximo - CAm -: é aquele que poderá ser atingido mediante ODC e/ou TDC. 3º - Alcançado o CAm por meio da ODC, o imóvel ainda poderá receber o potencial construtivo proveniente da recepção de TDC. 4º - Os valores relativos aos Coeficientes de Aproveitamento serão definidos no Anexo V desta Lei. 5º - É vedada a aplicação da ODC nas ZPAMs, nas ZPs-1 e ZPs-2 e nas ZEISs, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 6º - O uso do CAm nas edificações previstas nos incisos do caput do art. 14-G independe da regulamentação da Outorga Onerosa do Direito de Construir. 6º com redação dada pela Lei nº , de 5/6/2013 (Art. 1º) 7º - A aplicação da ODC nas Áreas de Diretrizes Especiais ADEs fica condicionada à observância de todos os parâmetros previstos para cada uma delas. 8º - Nas áreas para Operações Urbanas, a aplicação da ODC é regida pelo disposto em suas regulamentações específicas. Art. 74-K - A aplicação do potencial construtivo adicional passível de ser obtido mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ficará condicionada à elaboração de Estudo de Estoque de Potencial Construtivo Adicional e será limitada: I - nos lotes, pelo CAm definido para a zona em que estão inseridos;

135 416 II - nas zonas ou em parte delas e nas áreas de Operação Urbana, pelo Estoque de Potencial Construtivo Adicional. 1º - Os Estoques de Potencial Construtivo Adicional a serem concedidos por meio da Outorga Onerosa do Direito de Construir serão calculados e reavaliados a partir de estudo técnico a ser desenvolvido pelo Executivo, podendo ser diferenciados por uso residencial e não residencial e que considere: I - a capacidade do sistema de circulação; II - a infraestrutura disponível; III - as limitações ambientais e de paisagem urbana; IV - as políticas de desenvolvimento urbano. 2º - O estudo técnico para a definição dos Estoques de Potencial Construtivo Adicional a que se refere o 1º deste artigo será submetido à avaliação do órgão colegiado responsável por monitorar a implementação das normas contidas nesta Lei e na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, nos termos do art. 80 desta Lei, e publicado no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei. 3º - Publicados os Estoques de Potencial Construtivo Adicional estabelecidos conforme disposto no 1º deste artigo, esses terão validade por um período não inferior a 2 (dois) anos. 4º - Uma vez aprovado e publicado o estudo técnico a que se refere o 1º deste artigo, as revisões a serem realizadas após o decurso do período previsto no 3º deste artigo não poderão prever aumento no Estoque de Potencial Construtivo Adicional inicialmente estabelecido para cada região, exceto se, no mesmo período, se verificar a ocorrência de intervenção estruturante que, comprovadamente, demonstre o aumento de capacidade na área respectiva. 5º - A revisão do estudo técnico de Estoque de Potencial Construtivo Adicional submeter-se-á aos mesmos procedimentos de aprovação e publicação previstos no 2º deste artigo. 6º - O impacto na infraestrutura e no meio ambiente da concessão de outorga onerosa de potencial construtivo adicional e da Transferência do Direito de Construir será monitorado permanentemente pelo Executivo, que tornará públicos, mediante avaliação do COMPUR e por meio de publicação, o estoque inicial disponível e os relatórios periódicos de monitoramento, destacando as áreas críticas próximas da saturação. 7º - Caso o monitoramento a que se refere o 6º deste artigo revele que a tendência de ocupação de determinada área do Município levará à saturação no período de 1 (um) ano, a concessão da outorga onerosa do potencial construtivo adicional e a Transferência do Direito de Construir poderão ser suspensas 180 (cento e oitenta) dias após a publicação de ato do Executivo nesse sentido. Art. 74-L - Os recursos obtidos por meio da ODC serão destinados ao Fundo Municipal de Habitação, ficando sua utilização vinculada às finalidades previstas no art. 26 da Lei Federal nº /01, podendo ser aplicados em qualquer área do Município, respeitada a destinação mínima de 10% (dez por cento) dos recursos provenientes de projetos de edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, para aplicação em projetos públicos de recuperação ou de proteção do patrimônio histórico e cultural do Município aprovados pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte CDPCM-BH. Art. 74-M - Fica o Executivo autorizado a receber imóveis de seu interesse, em pagamento da ODC, observados os trâmites legais. Art. 74-N - Além do Coeficiente de Aproveitamento Máximo, poderá ser concedida outorga onerosa adicional, exclusivamente para acréscimo de vagas de estacionamento em empreendimentos residenciais, independentemente da realização de estudo técnico de Estoque de Potencial Construtivo Adicional, nos termos do Anexo V desta Lei. Parágrafo único - O acréscimo de vagas de estacionamento previsto no caput deste artigo ficará condicionado à observância dos parâmetros urbanísticos das ADEs, quando for o caso.

136 417 CAPÍTULO X DA CONCESSÃO URBANÍSTICA Capítulo X (Art. 74-O) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Art. 74-O - Fica o Executivo autorizado a delegar, mediante licitação, à empresa, isoladamente, ou a conjunto de empresas, em consórcio, a realização de obras de urbanização ou de reurbanização de região do Município, inclusive parcelamento, modificação de parcelamento, demolição, reconstrução, implantação de infraestrutura e incorporação de conjuntos de edificações para implementação de diretrizes do Plano Diretor do Município. 1º - A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante exploração, por sua conta e risco, dos terrenos e das edificações destinados a usos privados que resultarem da obra realizada, da renda derivada da exploração de espaços públicos, nos termos que forem fixados no respectivo edital de licitação e contrato de concessão urbanística. 2º - A empresa concessionária ficará responsável, por sua conta e risco, pelo pagamento das indenizações devidas em decorrência das desapropriações e pela aquisição dos imóveis que forem necessários à realização das obras concedidas, inclusive o pagamento do preço de imóvel no exercício do Direito de Preempção pelo Executivo ou o recebimento de imóveis que forem doados por seus proprietários para viabilização financeira do seu aproveitamento, nos termos do art. 46 da Lei Federal nº /01, cabendo-lhe também a elaboração dos respectivos projetos básico e executivo, o gerenciamento e a execução das obras objeto da concessão urbanística. 3º - A concessão urbanística a que se refere este artigo será regulamentada por lei específica. CAPÍTULO XI DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA Capítulo XI (Arts. 74-P a 74-S) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 16) Art. 74-P - Fica instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, para os casos em que o empreendimento implicar repercussões preponderantemente urbanísticas. 1º - O EIV deverá considerar a interferência do empreendimento na qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades, considerando, nos termos da Seção XII do Capítulo II da Lei Federal nº /01, no mínimo: I - o adensamento populacional; II - os equipamentos urbanos e comunitários; III - o uso e a ocupação do solo; IV- a valorização imobiliária; V - a geração de tráfego e a demanda por transporte público; VI - a ventilação e a iluminação; VII - a paisagem urbana e o patrimônio natural e cultural. 2º - Lei municipal definirá os empreendimentos ou as atividades sujeitos a EIV. 3º - O Executivo disporá sobre a regulamentação do licenciamento e sobre os procedimentos para a aplicação do EIV. 4º - Os empreendimentos sujeitos à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA - serão dispensados da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, ficando, nessa hipótese, acrescidos ao escopo do EIA os requisitos incluídos no Estatuto da Cidade para o EIV. Art. 74-Q - O EIV será elaborado por responsável técnico habilitado, apresentado pelo empreendedor, devendo conter a análise de impactos nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos e será submetido a análise e deliberação por parte do COMPUR. 1º - É de responsabilidade do empreendedor a efetivação de medidas mitigadoras de impactos gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo funcionamento dos empreendimentos de impacto preponderantemente urbanísticos.

137 418 2º - O processo desenvolvido para a elaboração do EIV pode determinar a execução, pelo empreendedor, de medidas compensatórias dos impactos gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo funcionamento dos empreendimentos de impacto preponderantemente urbanísticos. 3º - O estudo do impacto urbano-ambiental deve incorporar pesquisas sobre a paisagem urbana e sobre o patrimônio natural e cultural da área impactada. Art. 74-R - Para garantir a participação da sociedade e, em especial, da população afetada pelo empreendimento sujeito ao licenciamento urbanístico, poderão ser realizadas, no decorrer do processo de elaboração do EIV, audiências públicas e utilizados outros instrumentos de gestão democrática. 1º - Os documentos integrantes do EIV serão disponibilizados, pelo órgão municipal responsável por sua análise, para consulta por qualquer interessado. 2º - Regulamentação específica preverá casos em que será necessária pesquisa de percepção ambiental a ser realizada em área de abrangência definida para avaliação de impacto dos empreendimentos. Art. 74-S - Regulamento definirá a instância de recurso contra as decisões relativas ao licenciamento dos empreendimentos sujeitos ao EIV. TÍTULO V DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS Art Devem-se fixar diretrizes especiais para as áreas que, por suas características específicas, demandem políticas de intervenção e parâmetros urbanísticos e fiscais diferenciados a serem estabelecidos em lei, os quais devem ser sobrepostos aos do zoneamento e sobre eles preponderantes, tais como: I proteção do patrimônio cultural e da paisagem urbana; II proteção de bacias hidrográficas; III incentivo ou restrição a usos; IV revitalização de áreas degradadas ou estagnadas; V incremento ao desenvolvimento econômico; VI implantação de projetos viários. 1º - Os parâmetros urbanísticos relativos a coeficientes de aproveitamento do solo e taxa de permeabilização propostos para as áreas de diretrizes especiais devem ser iguais ou mais restritivos que os do zoneamento no qual elas venham a se situar. 2º - No caso do inciso I, a lei que detalhar a política de intervenção e os parâmetros urbanísticos e fiscais diferenciados deve ser instruída com parecer do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. TÍTULO V-A DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL Título V-A (Art. 75-A) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 17) Art. 75-A - Em atendimento ao disposto no art. 31 desta Lei, o Executivo identificará áreas que apresentem características adequadas quanto às condições topográficas, geológico-geotécnicas, de acesso a infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos e de regularidade jurídica e urbanística, nas quais haja interesse público em implantar programas e empreendimentos habitacionais de interesse social. 1º - Para as áreas a que se refere o caput deste artigo, serão fixados parâmetros e critérios urbanísticos diferenciados, que viabilizem programas e empreendimentos habitacionais destinados à população de baixa renda.

138 419 TÍTULO VI DA GESTÃO URBANA CAPÍTULO I DA PARTICIPAÇÃO POPULAR Art. 76 O processo de gestão urbana é desenvolvido pelo Executivo e pela Câmara Municipal, com a colaboração dos munícipes. Parágrafo único A manifestação e a participação popular são de âmbito municipal nas questões de interesse geral e de âmbito regional e local nas questões de interesse localizado. Art. 77 Para a implementação de programas urbanísticos de políticas setoriais, devem ser criados mecanismos que permitam a participação dos agentes envolvidos em todas as fases do processo, desde a elaboração até a implantação e a gestão dos projetos a serem aprovados. Art. 78 Podem ser criadas, no âmbito de cada região administrativa, instâncias de discussão da política urbana, com composição e regimento adequados à realidade regional e com as seguintes atribuições: I suscitar, regionalmente, discussões de interesse localizado, relativas à legislação urbanística, encaminhando ao COMPUR as propostas delas advindas; II colaborar na monitorização da implementação das normas contidas nesta Lei e na de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Art. 79 Deve-se estimular a criação de fóruns locais, em que as comunidades possam discutir questões relevantes para as condições de vida. CAPÍTULO II DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA Art. 80 Fica criado o Conselho Municipal de Política Urbana COMPUR -, com as seguintes atribuições: I realizar, quadrienalmente, a Conferência Municipal de Política Urbana; II monitorar a implementação das normas contidas nesta Lei e na de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, sugerindo modificações em seus dispositivos; III sugerir alterações no zoneamento e, quando solicitado opinar sobre propostas apresentadas; IV sugerir a atualização da listagem de usos; V opinar sobre a compatibilidade das propostas de obras contidas nos planos plurianuais e nos orçamentos anuais com as diretrizes desta Lei; VI opinar sobre os casos omissos desta Lei e da de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, indicando soluções para eles; VII deliberar, em nível de recurso, nos processos administrativos de casos decorrentes desta Lei ou da de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; VIII analisar as propostas apresentadas conforme o art. 78, I; IX elaborar seu regimento interno. Parágrafo único O COMPUR deve reunir-se, no mínimo, uma vez por mês. Art. 81 O COMPUR é composto por 16 (dezesseis) membros efetivos, além dos seus respectivos suplentes, com mandato de 2 (dois) anos, da seguinte forma: I oito representantes do Executivo; II dois representantes da Câmara Municipal; III dois representantes do setor técnico; IV dois representantes do setor popular; V dois representantes do setor empresarial. 1º - Constituem o setor técnico as universidades, as entidades de profissionais liberais e as organizações não governamentais. 2º - Constituem o setor popular as organizações de moradores, as entidades religiosas e as entidades de movimentos reivindicativos setoriais específicos vinculados à questão urbana.

139 420 3º - Constituem o setor empresarial as entidades patronais da indústria, do comércio e dos serviços vinculados à questão urbana. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 18) 4º - Os membros titulares e suplentes são indicados pelos respectivos setores, nos termos definidos no regimento interno do COMPUR, nomeados pelo Prefeito, e homologados pela Câmara Municipal. 5º - Os membros do Conselho Municipal de Política Urbana devem exercer seus mandatos de forma gratuita, vedada a percepção de qualquer vantagem de natureza pecuniária. 6º - O suporte técnico e administrativo necessário ao funcionamento do COMPUR deve ser prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Planejamento. 7º - São públicas as reuniões do COMPUR, facultado aos munícipes solicitar, por escrito e com justificativa, que se inclua assunto de seu interesse na pauta da primeira reunião subseqüente. Art. 82 A Conferência Municipal de Política Urbana tem os seguintes objetivos: I avaliar a condução e os impactos da implementação das normas contidas nesta Lei e na de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II sugerir alteração, a ser aprovada por lei, das diretrizes estabelecidas nesta Lei e na de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; III sugerir alteração no cronograma de investimentos prioritários em obras. 1º - A Conferência Municipal de Política Urbana deve ser amplamente convocada e dela poderão participar, debatendo e votando, representantes do Executivo, de órgãos técnicos, da Câmara Municipal e de entidades culturais, comunitárias, religiosas, empresariais e sociais. 2º - A Conferência Municipal de Política Urbana é realizada no primeiro ano de gestão do Executivo. CAPÍTULO III DAS DIRETRIZES DE MONITORAMENTO DA POLÍTICA URBANA Capítulo III com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 19) Art. 83 São diretrizes para a monitorização do Plano Diretor: I estimular a elaboração de planos regionais e locais, com a participação da população envolvida, visando ao cumprimento das diretrizes previstas nesta Lei; II estabelecer, por decreto, critérios para a criação de um índice regionalizado destinado a avaliar a qualidade de vida dos munícipes. TÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 84 São parte integrante desta Lei: I Anexo I Mapa do Sistema Viário -; II Anexo II Mapa de Projetos Viários Prioritários -; III Anexo III Cronograma de Investimentos Prioritários. Art. 85 A Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo deve regulamentar as disposições referentes ao zoneamento, às áreas de diretrizes especiais e aos usos. Art. 86 Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após a sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 6.706, de 5 de agosto de TÍTULO VIII DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 1º - O COMPUR deve ser instalado no prazo de 50 (cinqüenta) dias, contados da publicação desta Lei.

140 421 1º - Instalado, tem o COMPUR o prazo de 60 (sessenta) dias para elaborar seu regimento interno. 2º - O regimento interno do COMPUR deve ser aprovado por decreto, no prazo de 10 (dez) dias, contados de sua elaboração. Art. 2º - A Comissão de Uso e Ocupação do Solo, instituída pelo art. 52 da Lei nº 4.034, de 25 de março de 1985, deve definir em 30 (trinta) dias, a forma de indicação dos membros dos setores previstos no art. 81, III a V, para a primeira composição do COMPUR. Art. 3º - Deve ser instituída pelo Executivo Comissão Técnica para analisar as condições geológicogeotécnicas frente ao crescimento urbano e as situações de risco potencial e efetivo. Art. 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 43) Art. 4º - Deve ser efetuado o levantamento de áreas propícias à implantação de conjuntos habitacionais para a população de baixa renda do Município, a serem delimitadas como Zonas de Especial Interesse Social 2 ZEIS-2. Art. 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 43) ANEXO I MAPA DO SISTEMA VIÁRIO Este mapa estará à disposição para consulta, junto às Secretarias Municipais de Atividades Urbanas e de Planejamento. Anexo I alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Anexos I e II) ANEXO II MAPA DE PROJETOS VIÁRIOS PRIORITÁRIOS Este mapa será editado me conjunto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, Enquanto isso, estará à disposição, para consulta, junto às Secretarias Municipais de Atividades Urbanas e de Planejamento. Anexo II alterado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 44, Anexo I) Anexo II alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Anexos I e II) ANEXO III CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS PRIORITÁRIOS I - PROGRAMA: MELHORIAS NO SISTEMA VIÁRIO E DE TRÁFEGO 1º ano - Metas: a) implantação da Via 710; b) conclusão do complexo viário da Lagoinha; c) implantação de controle centralizado de semáforos; d) implantação de interseção em nível na Av. Cristiano Machado com a Av. José Cândido da Silveira; e) implantação de melhorias e alteração de circulação viária na área central. - Previsão de Investimentos: R$ 35 milhões 2º ano - Metas: a) duplicação do Viaduto da Floresta e construção de viaduto sobre a Av. Andradas; b) viaduto Av. Cristiano Machado/Rua Jacuí/Av.Silviano Brandão; c) sinalização da Via 240; d) sinalização da Via Previsão de Investimentos: R$ 35 milhões II - PROGRAMA: INTEGRAÇÃO COM O TREM METROPOLITANO 1º ano - Metas: a) melhorias de acesso nas estações Gameleira, Calafate, Lagoinha, Santa Efigênia, Santa Tereza e Horto; b) implantação de sinalização indicativa, de regulamentação e de advertência nas estações; c) implantação do trem metropolitano na região de Venda Nova, utilizando a Av. Maria Vieira Barbosa.

141 422 - Previsão de Investimentos: R$ 100 milhões 2º ano - Metas: a) melhorias de acesso nas estações Cidade Industrial e Vila Oeste; b) implantação do trem metropolitano na região de Venda Nova, utilizando a Av. Maria Vieira Barbosa. - Previsão de Investimentos: R$ 100 milhões III - PROGRAMA: REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO 1º ano - Metas: a) implantação de sistema de transporte coletivo de média capacidade na região Norte; b) sinalização e melhorias nas avs. Antônio Carlos, Amazonas, Paraná e Santos Dumont. - Previsão de Investimentos: R$ 8 milhões 2º ano - sinalização e melhorias nos principais corredores viários nas regiões Leste, Nordeste, Noroeste e Barreiro. - Previsão de Investimentos: R$ 8 milhões IV - PROGRAMA: TRATAMENTO DE FUNDO DE VALE 1º ano - Metas: a) Programa de Melhoria de Qualidade de Vida (PROMEVIDA):. Rua 3;. Av. Dr. Álvaro Camargos/Várzea da Palma - Av. A;. Av. Belmonte;. Av. Henrique Badaró Portugal;. Av. Cercadinho;. córrego do Bom Sucesso; b) Programa SOMMA/Av. Pedro II; c) PROSAM:. canalização/urbanização do ribeirão do Onça;. canalização do ribeirão Arrudas (Av. Tereza Cristina);. tratamento urbanístico do vale do Arrudas; d) Av. Jequitinhonha, entre as ruas Pe. Feijó e Serra Azul; e) Av. Francisco N. de Lima, entre a Av. Otacílio N. de Lima e a Rua Previsão de Investimentos: R$ 40 milhões 2º ano - Metas: a) PROMEVIDA (continuação das obras); b) Programa SOMMA/Av. Pedro II (continuação das obras). - Previsão de Investimentos: R$ 75 milhões V - PROGRAMA: PROGRAMA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA 1º ano - Meta: implantação de aterro sanitário na região Nordeste. - Previsão de Investimentos: R$ 2 milhões 2º ano - Meta: implantação de aterro sanitário na região Nordeste (continuação das obras). - Previsão de Investimentos: R$ 2 milhões VI - PROGRAMA: PROGRAMA DE MEIO AMBIENTE 1º ano - Metas: a) reforma e revitalização de praças na área central; b) implantação ou reforma dos parques Caiçara, Ecológico do Jatobá, Serra Verde, Orlando Carvalho Silveira, Ursulina Andrade Melo, Renato Azeredo, Escola Jardim Belmonte, Mata das Borboletas, Planalto, Alexandre Brandt, Dona Clara e Marcus Pereira de Melo. - Previsão de Investimentos: R$ 4,6 milhões 2º ano - Meta: implantação ou reforma dos parques Municipal Vila Betânia, Fernão Dias, Vescesli Firmino da Silva e Ageo Pio Sobrinho. - Previsão de Investimentos: R$ 200 mil VII - PROGRAMA: PROGRAMA DE HABITAÇÃO 1º ano - Metas: a) reassentamento e urbanização da Vila Carioca; b) reassentamento da Vila São José; c) reassentamento da Vila Nova Cachoeirinha I e II; d) reassentamento da Vila Real;

142 423 e) Projeto Alvorada:. urbanização da Vila Senhor dos Passos;. urbanização da Vila Ventosa;. urbanização da Vila Apolônia; f) intervenções em áreas de risco; g) produção de moradias. - Previsão de Investimentos: R$ 40 milhões 2º ano - Metas: a) Projeto Alvorada:. urbanização da Vila N. Sra. Aparecida;. urbanização da Vila Marçola;. urbanização da Vila Apolônia; b) intervenções em áreas de risco; c) produção de moradias. - Previsão de Investimentos: R$ 75 milhões VIII - PROGRAMA: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 1º ano - Meta: programa de implantação de incubadoras de micro e pequenas empresas. - Previsão de Investimentos: R$ 500 mil 2º ano - Meta: programa de implantação de incubadoras de micro e pequenas empresas. - Previsão de Investimentos: R$ 500 mil IX - PROGRAMA: PROGRAMA DE AÇÃO CULTURRAL 1º ano - Meta: reforma do Museu de Mineralogia. - Previsão de Investimentos: R$ 500 mil 2º ano - Meta: construção do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. - Previsão de Investimentos: R$ 500 mil

143 424 ANEXO IV ÁREAS PARA OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS Anexo IV acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Anexo III) A versão em tamanho real do mapa encontra-se disponível para a consulta no seguinte link: 6df5df01166e3c6cfc6ecb&metodo=detalhar#

144 425 ANEXO IV-A OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA DAS ÁREAS EM REESTRUTURAÇÃO DO VETOR NORTE DE BELO HORIZONTE Anexo IV-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Anexo IV) A versão em tamanho real do mapa encontra-se disponível para a consulta no seguinte link: 6166df5df01166e3c6cfc6ecb&metodo=detalhar# ANEXO V - COEFICIENTES DE APROVEITAMENTO BÁSICO E MÁXIMO Anexo V acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/07/2010 (Art. 171, V) ZONEAMENTO Cab Cam (1) ZPAM 0,05 0,05 ZP-1 (2) 0,3 0,3 ZP ZP-3 1,5 1,8 ZAR-1 1 1,3 ZAR-2 1 1,3 ZA (3,4) 1,4 1,8 ZAP 1,5 2 ZHIP 2,7 3,4

145 426 ZCBH 2,7 3,4 ZCBA 1,8 2,3 ZCVN 1,8 2,3 ZEIS Sujeitos à legislação específica ZE Cf. 7º do art. 45 8,0 1. Ao potencial construtivo outorgado onerosamente e limitado ao CAm poderá ser acrescida outorga onerosa destinada, exclusivamente, a vagas adicionais de estacionamento de veículos, da seguinte forma: I - uma vaga adicional de estacionamento de veículos para cada unidade residencial com área líquida entre 90m² (noventa metros quadrados) e 180m² (cento e oitenta metros quadrados); II - duas vagas adicionais de estacionamento de veículos para cada unidade residencial com área líquida acima de 180m² (cento e oitenta metros quadrados). 2. Na ZP-1 e nas áreas de propriedade particular situadas na ZPAM, os lotes com área inferior a m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) regularmente aprovados em data anterior a 27 de dezembro de 1996 estarão submetidos aos parâmetros urbanísticos da ZP Na ZA para as edificações de uso não residencial e para a parte não residencial das de uso misto, o CAb é igual a 1,0 (um), e o CAm é igual a 1,3 (um inteiro e três décimos). 4. As edificações de uso residencial situadas em terrenos na ZA que tenham testada igual ou superior a 20,00m (vinte metros) e área igual ou maior que 800m² (oitocentos metros quadrados) poderão ser construídas utilizando-se CAb igual a 1,8 (um inteiro e oito décimos) e CAm igual a 2,3 (dois inteiros e três décimos), desde que observada a ampliação dos valores relativos à quota de terreno por unidade habitacional, de acordo com o previsto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Deverá ainda ser observada a ampliação do afastamento lateral e de fundos prevista na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Observação 4 com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 1º) LEI Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996 Estabelece normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no município. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta Lei estabelece as normas e as condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no Município. Art. 2º - Estão sujeitas às disposições desta Lei: I - a execução de parcelamentos do solo; II - as obras de edificações, no que se refere aos parâmetros urbanísticos relacionados com Coeficientes de Aproveitamento do solo, quota de terreno por unidade habitacional, taxa de ocupação, gabarito, Taxa de Permeabilidade, afastamentos, altura na divisa, saliências e área de estacionamento; Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 20) III - a localização de usos e o funcionamento de atividades.

146 427 Art. 3º - As definições dos termos técnicos utilizados nesta Lei, ressalvadas as feitas em seu texto, são as constantes do Anexo I. CAPÍTULO II DO ZONEAMENTO Art. 4º - O território do Município é considerado área urbana, dividindo-se em zonas, de acordo com as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor. Art. 5º - As zonas, diferenciadas segundo os potenciais de adensamento e as demandas de preservação e proteção ambiental, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística, são as seguintes: I - Zona de Preservação Ambiental - ZPAM -; II - Zona de Proteção - ZP -; III - Zona de Adensamento Restrito - ZAR -; IV - Zona de Adensamento Preferencial - ZAP -; V - Zona Central - ZC -; VI - Zona Adensada - ZA -; VII - Zona de Especial Interesse Social - ZEIS -; VIII - Zona de Grandes Equipamentos - ZE. Art. 6º - São ZPAMs as regiões que, por suas características e pela tipicidade da vegetação, destinam-se à preservação e à recuperação de ecossistemas, visando a: I - garantir espaço para a manutenção da diversidade das espécies e propiciar refúgio à fauna; II - proteger as nascentes e as cabeceiras de cursos d'água; III - evitar riscos geológicos. 1º - É vedada a ocupação do solo nas ZPAMs de propriedade pública, exceto por edificações destinadas, exclusivamente, ao seu serviço de apoio e manutenção. Parágrafo único renumerado como 1º e com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 21) 2º - As áreas de propriedade particular classificadas como ZPAMs poderão ser parceladas, ocupadas e utilizadas, respeitados os parâmetros urbanísticos previstos nesta Lei e assegurada sua preservação ou recuperação, mediante aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente COMAM. 2º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 21) Art. 7º - São ZPs as regiões sujeitas a critérios urbanísticos especiais, que determinam a ocupação com baixa densidade e maior Taxa de Permeabilidade, tendo em vista o interesse público na proteção ambiental e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico, e que se subdividem nas seguintes categorias: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 22) I - ZP-1, regiões, predominantemente desocupadas, de proteção ambiental e preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico ou em que haja risco geológico, nas quais a ocupação é permitida mediante condições especiais; II - ZP-2, regiões, predominantemente ocupadas, de proteção ambiental, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística ou em que existam condições topográficas ou geológicas desfavoráveis, onde devem ser mantidos baixos índices de densidade demográfica; III - ZP-3, regiões em processo de ocupação, que será controlado visando à proteção ambiental e preservação paisagística. Parágrafo único - O parcelamento e a ocupação de área situada em ZP-1 estão sujeitos à aprovação do Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM. Art. 8º - São ZARs as regiões em que a ocupação é desestimulada, em razão de ausência ou deficiência de infra-estrutura de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário, de precariedade ou saturação da articulação viária interna ou externa ou de adversidade das condições topográficas, e que se subdividem nas seguintes categorias: I - ZARs-1, regiões com articulação viária precária ou saturada, em que se faz necessário manter baixa densidade demográfica; II - ZARs-2, regiões em que as condições de infra-estrutura e as topográficas ou de articulação viária exigem a restrição da ocupação.

147 428 Art. 9º - São ZAs as regiões nas quais o adensamento deve ser contido, por apresentarem alta densidade demográfica e intensa utilização da infra-estrutura urbana, de que resultam, sobretudo, problemas de fluidez do tráfego, principalmente nos corredores viários. Art São ZAPs as regiões passíveis de adensamento, em decorrência de condições favoráveis de infra-estrutura e de topografia. Art São ZCs as regiões configuradas como centros de polarização regional, municipal ou metropolitana, e que se subdividem em: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 23) I - ZHIP - Zona Hipercentral -; II - ZCBH - Zona Central de Belo Horizonte -; III - ZCBA - Zona Central do Barreiro -; IV - ZCVN - Zona Central de Venda Nova. Art São ZEISs as regiões edificadas, em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social ou que tenham sido ocupadas de forma espontânea, nas quais há interesse público em ordenar a ocupação por meio de implantação de programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, subdividindo-se essas regiões nas seguintes categorias: I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha urbana; II - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social. Parágrafo único - As ZEISs ficam sujeitas a critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha urbana. Art. 12 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 24) Art São Zonas de Grandes Equipamentos - ZEs - as regiões ocupadas ou destinadas a usos de especial relevância na estrutura urbana, nas quais é vedado o uso residencial. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 25) 1º - A lei que estabelecer novas ZEs deve fixar os parâmetros urbanísticos a que estarão sujeitas. 2º - Passam os terrenos de propriedade pública situados na ZE, quando alienados, a ser classificados sob o zoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe maior extensão limítrofe. Art O Anexo II contém os limites das zonas previstas neste Capítulo. 2º - Ficam classificadas como ZP-1 as áreas classificadas como ZPAMs que sejam de propriedade particular. 4º - Ficam classificadas como ZPAM as ilhas da Lagoa da Pampulha que resultarem do processo de desassoreamento da Lagoa. 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 45) 5º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a área delimitada pelas ruas Deputado Salim Nacur, dos Expedicionários, das Canárias e pela Avenida Guarapari. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 25) 6º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, toda a área definida como ZP-1 paralela à Rua Francisco Borja e Silva, no trecho compreendido entre as ruas Anita Soares Borja e Professor Josias Faria; 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 25)

148 429 7º - Fica classificada como ZA, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a área delimitada pelas ruas Professor Júlio Mourão, Engenheiro Teodoro Vaz, Pio Porto de Menezes e Engenheiro Albert Scharlé. 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 25) 7º promulgado em 14/10/2010 e publicado em 15/10/2010 CAPÍTULO II-A DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA Capítulo II-A (Arts. 14-A a 14-I) acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 26) Seção I Da aplicação da Transferência do Direito de Construir Art. 14-A - O cálculo do potencial construtivo proveniente do imóvel gerador será feito pela fórmula UTDC = AT(m²) x VG (reais/m²)/r$1.000,00, na qual: I - UTDCs correspondem às unidades de Transferência do Direito de Construir; II - AT corresponde ao saldo da área líquida transferível, calculada com base no valor do CA básico; III - VG corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do imóvel gerador. Art. 14-B - O cálculo do potencial construtivo a ser acrescido ao imóvel receptor será feito pela fórmula UTDC = AR(m²) x VR (reais/m²)/r$1.000,00, na qual: I - UTDCs são as unidades de Transferência do Direito de Construir; II - AR corresponde à área líquida adicional a ser edificada; III - VR corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do imóvel receptor. Seção II Da aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsórios, do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública Art.14-C - A aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsórios deverá seguir os seguintes prazos: I - 2 (dois) anos, contados a partir da notificação, segundo regras definidas na Lei nº /01, para que seja protocolado o projeto de parcelamento; II - 1 (um) ano, contado a partir da notificação, segundo regras definidas na Lei nº /01, para que seja protocolado projeto de edificação; III - 2 (dois) anos, contados a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento; IV - 1 (um) ano, contado a partir da conclusão das obras, para a utilização da edificação. Parágrafo único - Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá ser prevista a conclusão da obra por etapas, desde que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo. Art. 14-D - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos no art. 14-C desta Lei, o Município procederá à aplicação do IPTU progressivo no tempo, mediante majoração da alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos, nos seguintes termos: I - 1,8 (uma vírgula oito) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no primeiro ano de cobrança; II - 2,6 (duas vírgula seis) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no segundo ano de cobrança; III - 3,4 (três vírgula quatro) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no terceiro ano de cobrança; IV - 4,2 (quatro vírgula duas) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no quarto ano de cobrança; V - 5 (cinco) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no quinto ano de cobrança. Parágrafo único - Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos previsto no caput deste artigo, o Executivo poderá manter a cobrança pela alíquota máxima até que seja cumprida a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel. Seção III Da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir

149 430 Art. 14-E - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir obedecerá à formula CT = (CP - CAb) x AT x V, na qual: I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário; II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado ao CA máximo; III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico; IV - AT corresponde à área do terreno; V - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno. Parágrafo único - Aos empreendimentos caracterizados como EHIS será aplicado o Fator de Interesse Social - FIS -, que constituirá redutor a ser aplicado ao resultado da equação prevista no caput deste artigo, menor ou igual a 0,8 (oito décimos). Art. 14-F - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir relativa às vagas de estacionamento adicionais obedecerá à formula CT = (30 x N x V / Cab) x FV, na qual: I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário; II - 30 (trinta) corresponde à área de cada vaga de garagem adicional, medida em metros quadrados; III - N corresponde ao número de vagas de garagem adicionais, limitado ao número previsto no Anexo V da Lei nº 7.165/96; IV - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno; V - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico; VI - FV - corresponde ao fator de volumetria, variável conforme o impacto, no meio urbano, do acréscimo do direito de construir relativo às vagas de garagem adicionais, limitado a 0,5 (cinco décimos). Art. 14-G - Ficam isentos de pagamento referente à Outorga Onerosa do Direito de Construir: I - equipamentos públicos destinados a educação, saúde, lazer, assistência social e segurança; II - hospitais; III - estabelecimentos culturais destinados, exclusivamente, a cinemas, teatros, auditórios, bibliotecas e museus, conforme disposto em regulamento. 1º-A - Para os equipamentos previstos no inciso II do caput deste artigo, considerados de interesse público, o coeficiente de aproveitamento máximo é 5,0 (cinco), observado o disposto no art. 74-J da Lei nº 7.165/96 e desde que: I - não se situem em ZPAM, ZP-1 e ZP-2; II - observem integralmente as regras e limitações das Áreas de Diretrizes Especiais, quando for o caso. 1º-A acrescentado pela Lei nº , 5/7/2013 (Art. 1º) 1º-B - São aplicáveis às edificações destinadas à atividade de hospital existentes na data da publicação desta lei, quando situadas nas zonas mencionadas no inciso I do 1º-A deste artigo, os seguintes parâmetros urbanísticos. I - coeficiente de aproveitamento máximo igual a 2,5 (dois inteiros e cinco décimos); II - taxa de ocupação máxima de 45% (quarenta e cinco por cento); III - taxa de permeabilidade mínima de 40% (quarenta por cento). 1º-B acrescentado pela Lei nº , 5/7/2013 (Art. 1º) 1º-C - Não se aplicam às edificações de que trata o 1º-B deste artigo a condição prevista no inciso II de seu 1º-A, bem como o disposto nos 5º e 7º do art. 74-J da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, desde que não haja ampliação de desconformidade em relação aos parâmetros urbanísticos não excepcionados neste artigo. 1º-C acrescentado pela Lei nº , 5/7/2013 (Art. 1º) 2º - A concessão da isenção da Outorga Onerosa do Direito de Construir, bem como a utilização de quaisquer parâmetros urbanísticos excepcionais previstos neste artigo, ficam condicionadas à manutenção do funcionamento da atividade, na respectiva edificação, pelo prazo mínimo de 50 (cinquenta) anos, para os equipamentos de que trata o inciso II do caput deste artigo, e de 10 (dez) anos, para os demais, contados da data da emissão do Alvará de Localização e Funcionamento. 2º com redação dada pela Lei nº , de 5/7/2013 (Art. 1º) 3º - O descumprimento do disposto no 2º deste artigo, no caso de empreendimento privado, sujeita o infrator à transferência, ao Executivo, de valor equivalente ao potencial construtivo

150 431 excedente, calculado com base no valor atualizado do metro quadrado de terreno apurado para fins de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter Vivos - ITBI -, conforme o cadastro do Município, observada a fórmula VP = (CP - CAb) x AT x V, na qual: I - VP corresponde ao valor a ser pago pelo potencial construtivo adicional; II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado a 5,0 (cinco); III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento básico; IV - AT corresponde à área do terreno; V - V corresponde ao valor do metro quadrado de terreno, apurado conforme previsto no 3º deste artigo. 4º - Somente farão jus aos parâmetros urbanísticos excepcionais previstos neste artigo os hospitais que: I - dispuserem de serviço de internação, meios diagnósticos e terapêuticos, com o objetivo de prestar assistência médica curativa e de reabilitação que requeira a permanência do paciente na unidade por período superior a 24 (vinte e quatro) horas; II - destinarem, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da área líquida da edificação ao funcionamento de leitos hospitalares, enfermaria e bloco cirúrgico e o percentual remanescente a setores de apoio hospitalar; III - disponibilizarem estrutura de assistência destinada ao atendimento: de urgências e emergências adultas e pediátricas, nas hipóteses em que houver serviço de pronto atendimento no estabelecimento; adulto e infantil nas especialidades médicas e nos serviços ofertados no estabelecimento. 4º acrescentado pela Lei nº , 5/7/2013 (Art. 1º) 5º - Os hospitais de que trata este artigo poderão dispor de atividades de prevenção, assistência ambulatorial e de ensino e pesquisa. 5º acrescentado pela Lei nº , 5/7/2013 (Art. 1º) Seção IV Da aplicação do Direito de Preempção Art. 14-H - Ficam definidas como áreas nas quais o Município detém o Direito de Preempção: I - as áreas de Projetos Viários Prioritários, definidas no Anexo II da Lei nº 7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº /01; II - as áreas definidas como Zonas de Especial Interesse Social ZEISs, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I, II, III, V e VI do art. 26 da Lei Federal nº /01; III - as áreas definidas como AEISs, para atendimento da finalidade prevista no inciso II do art. 26 da Lei Federal nº /01; IV - as áreas de Operações Urbanas Consorciadas estabelecidas no art. 69-A da Lei nº 7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº /01; V - os imóveis tombados, para atendimento da finalidade prevista no inciso VIII do art. 26 da Lei Federal nº /01. Art. 14-I - A vigência do Direito de Preempção é de 5 (cinco) anos, renovável a partir de 1 (um) ano após o decurso desse prazo. CAPÍTULO III DO PARCELAMENTO DO SOLO Seção I Disposições Preliminares Art O parcelamento do solo urbano pode ser feito por meio de loteamento ou desmembramento. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação que implique a abertura, o prolongamento, a modificação ou a ampliação de vias de circulação ou de logradouros públicos. 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem o prolongamento, a modificação ou a ampliação dos existentes.

151 432 3º - Para efeito da caracterização da modalidade de parcelamento do solo urbano, são consideradas vias públicas aquelas oficializadas ou pavimentadas pelo Poder Público. 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 47) Art. 15-A - O exame da regularidade dominial ou possessória não compete ao Executivo. Parágrafo único - A apresentação dos títulos de domínio ou posse perante o Município destina-se apenas a indicar a localização, o formato, a dimensão e as características do imóvel, cabendo ao Executivo apenas o exame da regularidade técnica e urbanística do projeto de parcelamento. Art. 15-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 27) Art No projeto de parcelamento do solo, devem ser demarcadas como de interesse ambiental: I - as áreas não parceláveis, de acordo com a Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que serão identificadas no projeto de parcelamento do solo como Unidades de Preservação - UPs -; II - as áreas não edificáveis entendidas como de interesse ambiental, de acordo com a Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 Código Florestal. 1º - As áreas a que se refere o inciso I do caput deste artigo podem ser agregadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes aprovados, sendo identificadas e descritas nas certidões de origem. 2º - Verificada a hipótese prevista no 1º deste artigo, as áreas não parceláveis não geram potencial construtivo, bem como não são consideradas para a aferição do número de unidades habitacionais admitidas no lote ou no conjunto de lotes. 3º - As áreas não edificáveis a que se refere o inciso II do caput deste artigo serão incorporadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes aprovados, sendo identificadas e descritas nas certidões de origem. Art. 16 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 28) Art. 16-A - O projeto de parcelamento de área com declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento) deve ser acompanhado de declaração do responsável técnico que ateste a viabilidade de edificar no local. Art. 16-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 29) Art Os parcelamentos devem atender às seguintes condições: I - a extensão máxima da somatória das testadas de lotes ou terrenos contíguos compreendidos entre duas vias transversais não pode ser superior a 200m (duzentos metros); Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50) II - os lotes devem ter área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e máxima de m² (dez mil metros quadrados), com, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) de frente e relação entre profundidade e testada não superior a 5 (cinco); Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 30) III - é obrigatória a reserva de faixas non aedificandae estabelecidas com fundamento em parecer técnico: a) ao longo de águas correntes ou dormentes, com largura mínima de 30,00m (trinta metros) em cada lado, a partir da margem; b) num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros) ao redor de nascentes ou olhos d'água, ainda que intermitentes; Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50) IV - o plano de arruamento deve ser elaborado considerando as condições topográficas locais e observando as diretrizes do sistema viário e a condição mais favorável à insolação dos lotes; V - as vias previstas no plano de arruamento do loteamento devem ser articuladas com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizadas com a topografia local. 1º - Os lotes a serem aprovados em ZP-1 e em terrenos de propriedade particular situados na ZPAM devem ter área mínima de m² (dez mil metros quadrados). 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 30) 2º - Os lotes a serem aprovados em ZP-2 devem ter área mínima de 1.000m² (mil metros quadrados).

152 433 3º - Os lotes lindeiros às vias arteriais e de ligação regional devem ter área mínima de 2.000m² (dois mil metros quadrados). 4º - São admitidos lotes com área superior a m² (dez mil metros quadrados), observados os critérios estabelecidos para o parcelamento vinculado ou para o parcelamento para condomínio. 4º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 30) 5º - São admitidos lados de quarteirões com extensão superior à prevista no inciso I, nos casos em que a natureza do empreendimento demande grandes áreas contínuas e desde que suas vias circundantes se articulem com as adjacentes, observados os critérios estabelecidos para o parcelamento vinculado. 6º - Além das previstas no caput, devem ser respeitadas as seguintes condições: I - os lotes devem confrontar-se com via pública, vedada a frente exclusiva para vias de pedestres, exceto nos casos de loteamentos ocorridos em ZEISs; II - nos parcelamentos realizados ao longo das faixas de domínio público de rodovias, ferrovias e dutos, deve-se observar a reserva de faixa non aedificandae de 15,00m (quinze metros) de largura de cada lado das faixas de domínio; III - nos projetos de parcelamento realizados ao longo de águas canalizadas, é obrigatória a reserva, em cada lado, a partir de sua margem, de faixa de segurança non aedificandae, cujas dimensões serão estabelecidas pelo Executivo, até o máximo de 15,00m (quinze metros) de largura. 7º - As áreas non aedificandae devem ser identificadas na planta de aprovação do parcelamento. 8º - Não são admitidos lotes: I - com frente para vias com classificação viária distinta; II - pertencentes a zoneamentos distintos; III - incluídos em Áreas de Diretrizes Especiais distintas. 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50) 9º - Não se aplica o disposto no parágrafo anterior nos seguintes casos: I - lotes localizados em esquinas; II - parcelamentos para condomínios; III - parcelamentos vinculados; IV - em atendimento ao 3º deste artigo. 9º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50) 10 - No caso de parcelamento de terreno situado na ZPAM, descontadas as áreas a serem transferidas ao Município, a área remanescente constituirá um único lote. 10 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50) 11 - No parcelamento de gleba ou porção de gleba com declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento), os lotes deverão ter área mínima correspondente a 4 (quatro) vezes a área mínima permitida, exceto quando situados na ZP-1 ou em áreas de propriedade particular classificadas como ZPAMs. 11 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 30) Art Estão sujeitos a laudo de liberação para parcelamento expedido pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente os parcelamentos: I - em áreas iguais ou superiores a 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados); II - que acusem presença de cursos d'água, nascentes, vegetação arbórea ou sítios arqueológicos; III - que se enquadrem no art. 16 ou no art. 16-A desta Lei. Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 31) Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 51) Parágrafo único - Excluem-se da exigência prevista no caput os parcelamentos sujeitos a licenciamento ambiental pelo COMAM. Art Não é permitida a aprovação de lotes isolados, a não ser que situados em quarteirões delimitados, por, pelo menos, 3 (três) vias públicas aprovadas ou pavimentadas.

153 434 1º - Não se aplica o disposto no caput aos terrenos lindeiros às rodovias federais, às estaduais e à Avenida Presidente Juscelino Kubitschek. Parágrafo único renumerado como 1º pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 52) 2º - Para ser admitida como delimitadora de quarteirão, a via de pedestre deve, obrigatoriamente, promover a ligação entre duas vias de circulação de veículos. 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 52) Art No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da aprovação do projeto de parcelamento, deve o interessado protocolá-lo em cartório de registro de imóveis, sob pena de caducidade. Seção II Do Loteamento Art Nos loteamentos, é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, para instalação de equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público, além da área correspondente à implantação do sistema de circulação do loteamento. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) 1º - Equipamentos urbanos são os equipamentos públicos destinados a abastecimento de água, serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. 2º - Equipamentos comunitários são os equipamentos públicos destinados a educação, saúde, cultura, lazer, segurança e similares. 3º - Sistema de circulação são as vias necessárias ao tráfego de veículos e pedestres. 4º - Espaços livres de uso público são as áreas verdes, as praças e os similares. 5º - Nas glebas a serem loteadas, com área igual ou superior a m² (trinta mil metros quadrados), será destinado a espaços livres de uso público, no mínimo, 1/3 (um terço) do percentual a que se refere o caput deste artigo. 5º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) 5º A - Será destinado 1% (um por cento) ou 100m² (cem metros quadrados) da área resultante da aplicação do percentual previsto no parágrafo previsto no parágrafo anterior para praça ou área verde, prevalecendo o maior valor numérico. 5º A acrescentado pela Lei nº 7.886, de 24/12/1999 (Art. 1º) 5º B - Apenas mediante parecer técnico fundamentado pelo Executivo poderá ser dispensada a exigência prevista no parágrafo anterior. 5º B acrescentado pela Lei nº 7.886, de 24/12/1999 (Art. 1º) 6º - Na definição das áreas a serem transferidas ao Município, será priorizado o acordo entre Poder Público e proprietário, desde que resguardado o atendimento ao interesse público. 6º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) 7º - Não são aceitas, no cálculo do percentual de terrenos a serem transferidos, as seguintes áreas: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) I - Unidades de Preservação e áreas não edificáveis previstas nos arts. 16 e 17 desta Lei; Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) II - relativas às faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica, a não ser aqueles trechos nos quais se implantam vias passíveis de serem transferidas ao patrimônio público municipal, nos quais prevalecerá a função da via. Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 53) 8º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas ao Município, caso haja justificado interesse público de ordem ambiental comprovado no laudo a que se refere o art. 18 desta Lei, sendo computada, para efeito do cálculo do percentual, apenas metade de sua área, até o máximo de 5% (cinco por cento) da gleba parcelada.

154 435 8º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 53) 9º - Não são computados como espaços livres de uso público os canteiros centrais ao longo das vias. 9º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) 10 - As áreas transferidas ao Município devem ter, no mínimo, 10,00m (dez metros) de frente para logradouro público e acesso direto ao sistema viário As áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários, a sistema de circulação e a espaços livres de uso público devem constar no projeto de loteamento e no memorial descritivo No ato do registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as áreas a que se refere o parágrafo anterior As áreas verdes devem ser implantadas pelo empreendedor, conforme for estabelecido pelas diretrizes fornecidas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente, e ser mantidas e conservadas pelo empreendedor até o recebimento, pelo Município, das obras do loteamento. 15 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 54) 16 - As áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários devem estar desocupadas quando da expedição do Termo de Recebimento de Obras de Urbanização. 16 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 54) 17 - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI. 17 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) 18 - A transferência prevista no 17 deste artigo fica condicionada ao atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto de parcelamento. 18 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 32) Art. 21-A - Os espaços livres de uso público podem separar quarteirões, desde que, alternativamente: I - não haja viabilidade técnica de execução de via pública, devido a declividades em desacordo com o Anexo III desta Lei; II - não seja de interesse público a abertura de via pública que mantenha a testada do quarteirão em, no máximo, 200 m (duzentos metros); III - o somatório das testadas dos quarteirões separados e do espaço livre de uso público não ultrapasse 400 m (quatrocentos metros). Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese prevista no caput deste artigo, o Executivo poderá exigir do empreendedor alternativa que viabilize a transposição do quarteirão dentro dos espaços livres de uso público usados como separadores dos mesmos. Art. 21-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 33) Art Nenhum quarteirão pode pertencer a mais de um loteamento. Art A elaboração do projeto de loteamento deve ser precedida da fixação de diretrizes pelo Município. Art. 23 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 34) Art Aprovado o loteamento ou a sua modificação, deve ser expedido Alvará de Urbanização, com prazo de validade que respeitará o máximo previsto na legislação federal, a ser fixado levandose em conta a extensão do cronograma das obras de urbanização. Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 55) Parágrafo único - O prazo previsto no caput inicia-se na data do registro do projeto de parcelamento no cartório de registro de imóveis.

155 436 Art O Executivo pode estabelecer padrões de urbanização diferenciados para cada finalidade de loteamento. Art. 25 com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 56) Art A execução das obras constantes do projeto de loteamento deve ser garantida pelo depósito, confiado ao Município, do valor a elas correspondente, da seguinte forma: I - em dinheiro; II - em títulos da dívida pública; III - por fiança bancária; IV - por vinculação a imóvel, no local ou fora, feita mediante instrumento público. 1º - Cumprido o cronograma de obras, o depósito poderá ser restituído, até o máximo de 70% (setenta por cento), no momento da liberação do loteamento, depois de feita vistoria pelas concessionárias de água, esgoto e energia elétrica. 2º - A critério do Executivo, o depósito previsto no caput pode ser liberado parcialmente à medida em que as obras de urbanização forem executadas e recebidas pelas concessionárias de água, esgoto e energia, respeitado o limite previsto no parágrafo anterior. 3º - O restante do depósito deve ser restituído 1 (um) ano após a liberação do loteamento, conforme o disposto no 1º deste artigo. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 36) Seção III Do Sistema Viário dos Loteamentos Art As vias públicas dos loteamentos - constantes do Anexo IV - são classificadas como: I - de ligação regional; II - arterial; III - coletora; IV - local; V - mista; VI - de pedestres; VII - ciclovia. 1º - Entende-se por: I - de ligação regional a via - ou trecho - com função de fazer a ligação com municípios vizinhos, com cesso às vias lindeiras devidamente sinalizado; II - arterial a via - ou trecho - com significativo volume de tráfego, utilizada nos deslocamentos urbanos de maior distância, com acesso às vias lindeiras devidamente sinalizado; III - coletora a via - ou trecho - com função de permitir a circulação de veículos entre as vias arteriais ou de ligação regional e as vias locais; IV - local a via - ou trecho - de baixo volume de tráfego, com função de possibilitar o acesso direto às edificações; V - mista a via - ou trecho - destinada à circulação de pedestres e ao lazer, de baixo volume de circulação de veículos, na qual a entrada de veículos de carga aconteça apenas eventualmente; VI - de pedestres, a via destinada à circulação de pedestres e, eventualmente, de bicicletas; VII - ciclovia a via ou pista lateral fisicamente separada de outras vias, destinada exclusivamente ao trânsito de bicicletas. 2º - Compõem as vias públicas os espaços destinados a circulação de pedestres e de veículos. 3º - O disposto neste artigo não se aplica à classificação das vias da ZCBH e da ZHIP, a ser feita por decreto - levando em consideração suas características específicas e sua localização estratégica -, respeitado o previsto no art. 67, 2º. 3º regulamentado pelo Decreto nº 9.089, de 29/01/1997 4º - Dentre as obras do loteamento, será executada a afixação de placas indicativas da denominação oficial de logradouros em suportes padronizados. 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 57)

156 437 Art O sistema viário dos loteamentos deve obedecer, quanto à geometria das vias, às características definidas no Anexo III. 1º - O ato de aprovação do projeto de loteamento deve estabelecer a classificação das vias. 2º - O proprietário de gleba cujo acesso ao sistema viário somente possa ser feito através de terreno de propriedade pública pode parcelá-la, correndo por sua conta os ônus da construção do referido acesso, cabendo ao Executivo a definição da localização e da geometria e a classificação da via de acesso. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 37) 3º - Quando as condições de topografia e acessibilidade não propiciarem a continuidade e interligação dos logradouros, as vias coletoras secundárias e locais devem ser finalizadas com praças de retorno. 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 58) Seção IV Do Desmembramento Art Os desmembramentos estão sujeitos à transferência ao Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, sendo que, na determinação da localização dessas áreas, deverá ser priorizado o acordo entre Poder Público e proprietário, desde que seja resguardado o atendimento ao interesse público. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 38) 1º - A transferência prevista no caput não se aplica às glebas com área inferior a 800m² (oitocentos metros quadrados). Parágrafo único renumerado como 1º pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 38) 2º - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI. 2º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 38) 3º - A transferência prevista no 2º deste artigo fica condicionada ao atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto de parcelamento. 3º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 38) Art Deve ser apresentada planta da gleba a ser desmembrada, contendo suas divisas geometricamente definidas conforme as normas técnicas oficiais vigentes. 1º - No caso de glebas com até 3.000m² (três mil metros quadrados), é facultado converter a transferência prevista no artigo anterior em pagamento em espécie. 2º - Nos casos em que, dos 15% (quinze por cento), resulte área inferior à mínima prevista no art. 17, II, o procedimento previsto no parágrafo anterior é obrigatório. 3º - O valor da conversão prevista nos parágrafos anteriores é calculado de acordo com a Planta de Valores Imobiliários utilizada para cálculo do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis - ITBI. Seção V Das Destinações do Parcelamento Seção V com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 43) Subseção I Do Parcelamento para Condomínios Subseção I (arts. 32 a 34) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 43, parágrafo único)

157 438 Art Parcelamento para condomínio é o que se destina a abrigar conjunto de edificações em lote único, dispondo de espaços de uso comum, caracterizados como bens em condomínio, e cujo terreno não pode: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 39) I - ter área superior a m² (cem mil metros quadrados), sendo que, para condomínios com área entre m² (cinquenta mil metros quadrados) e m² (cem mil metros quadrados), sua aprovação fica condicionada à elaboração de estudos de impactos urbanos e/ou ambientais a serem avaliados pelo órgão municipal competente; Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 39) II - obstaculizar a continuidade do sistema viário público existente ou projetado. 2º - No parcelamento para condomínios, pode ser concentrado em parte do terreno todo o seu potencial construtivo. Art As áreas transferidas ao Município resultantes do processo de aprovação do parcelamento devem localizar-se fora dos limites da área condominial. Art. 33-A - O sistema viário interno dos condomínios poderá integrar-se ao sistema viário público em, no máximo, dois pontos, de acordo com avaliação do órgão municipal competente. Art. 33-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 40) Art. 33-B - A aprovação do parcelamento de que trata esta Seção deve ser vinculada à aprovação do plano de ocupação da área, do qual devem constar: I - o sistema viário de circulação interna; II - o espaço de interesse ambiental de propriedade particular dos condôminos, quando o terreno tiver características que justifiquem sua caracterização como áreas não edificáveis; III - as unidades territoriais; IV - o número máximo de unidades residenciais, calculado como o quociente da área líquida de terreno edificável pela quota de terreno aplicável ao empreendimento. 1º - Para efeito do parcelamento e da ocupação das áreas a que se refere este artigo, considera-se: I - área líquida de terreno edificável a diferença entre a área total do terreno e o somatório das áreas a que se referem os incisos I e II do caput deste artigo e das áreas transferidas ao Município; II - sistema viário de circulação interna as vias internas de uso privativo do condomínio, com largura mínima de 10 m (dez metros); III - espaço de interesse ambiental de propriedade particular a área interna vegetada, não passível de ocupação ou de impermeabilização, destinada à proteção ambiental; IV - unidade territorial a fração de terreno individualizada dentro do lote único. 2º - A área mínima da unidade territorial é igual à da quota de terreno definida para o condomínio. 3º - Os parâmetros de ocupação do zoneamento aplicam-se às unidades territoriais. Art. 33-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 40) Art Compete exclusivamente aos condomínios, com relação as suas áreas internas: I - coleta de lixo; II - execução e manutenção da infra-estrutura; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 59) III - instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios, conforme projeto elaborado por profissional legalmente habilitado e com anotação de responsabilidade técnica. Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.064, de 17/01/2005 (Art. 5º) ADI nº , do Tribunal de Justiça de Minas Gerais PROCEDÊNCIA DO PEDIDO ART. 5º da LEI Nº 9.064/05 DECLARADO INCONSTITUCIONAL. ADI com efeito suspenso pelo STF dispositivo vigente. Subseção II Do Parcelamento Vinculado Subseção II (arts. 35 e 36) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 43, parágrafo único)

158 439 Art Parcelamento vinculado é aquele em que ocorre aprovação simultânea do parcelamento e da edificação em função da necessidade de análise e de estudos detalhados da repercussão do empreendimento sobre o meio urbano. 1º - O uso da edificação deve ser explicitado no projeto e somente pode ser alterado mediante licença prévia condicionada a comprovação da compatibilidade do parcelamento com o novo uso pretendido. 2º - Em parcelamentos vinculados referentes a condomínios residenciais e a distritos industriais, somente precisam ser aprovados, juntamente com o projeto de parcelamento, os projetos das partes comuns e os parâmetros construtivos das edificações. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 41) Art É obrigatório o parcelamento vinculado: I - em empreendimentos que originem lotes com área superior a m² (dez mil metros quadrados); Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 42) II - em empreendimentos que originem quarteirões com dimensões superiores às previstas no art. 17, I; III - em loteamentos destinados à instalação de indústrias; IV - em ZP-1; V - em glebas em que pelo menos 1/4 (um quarto) da área tenha declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento); VI - em terrenos de propriedade particular situados na ZPAM. Inciso VI com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 42) Seção VI Da Modificação de Parcelamento Seção VII renumerada como Seção VI pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 44) Art Modificação de parcelamento é a alteração das dimensões de lotes pertencentes a parcelamento aprovado que implique a redivisão de parte ou de todo o parcelamento, sem alteração do sistema viário, dos espaços livres de uso público ou das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários. 2º - No caso de modificação de parcelamento, é permitida a regularização de parte de lote sem a participação no processo dos proprietários das demais partes, desde que a forma, as dimensões e a localização da parte em questão estejam clara e corretamente caracterizadas no respectivo registro. 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 61) Art Não é permitida a modificação de parcelamento: I - que resulte em desconformidade com o disposto no art. 17 desta Lei, a não ser nos seguintes casos, conforme dispuser o regulamento: a) regularização de situação existente de fato e de direito comprovada por documentação anterior á aprovação desta Lei; b) regularização de parte de lote; c) redução de desconformidade em caso de modificação de parcelamento; e) impossibilidade física ou geomorfológica; Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 62) II - em parcelamentos vinculados, salvo no caso de nova análise da vinculação; III - que resultar em desconformidade com parâmetro urbanístico definido nesta Lei. Parágrafo único - Em caso de modificação de parcelamento de lotes lindeiros unicamente a vias locais, não se aplica a relação entre testada e profundidade prevista no inciso II, do art. 17 desta Lei. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 62) Art A parte remanescente da desapropriação parcial de lote pertencente a parcelamento aprovado, deve respeitar o previsto no art. 17.

159 440 1º - Pode o proprietário fazer requerimento visando a regularizar a parte remanescente resultante de desapropriação. 2º - Os ônus da instrução do requerimento previsto no parágrafo anterior são de exclusiva responsabilidade do Executivo. 3º - O Executivo tem o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do protocolo do requerimento, para providenciar a regularização requerida, sem ônus para o requerente. 4º - O procedimento de regularização referido no 1º configura modificação de parcelamento. Seção VII Do Reparcelamento Seção VIII renumerada como Seção VII pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 45) Art Reparcelamento é a redivisão de parte ou de todo o parcelamento que implique alteração do sistema viário, dos espaços livres de uso público ou das áreas destinadas à instalação de equipamentos urbanos e comunitários. 1º - A desafetação do domínio público relativa ao reparcelamento depende de prévia avaliação e de autorização legislativa. 2º - No reparcelamento, é obrigatória a manutenção do percentual de área transferido ao Município no parcelamento original, a não ser que inferior ao mínimo exigido nesta Lei, que deve ser respeitado. 3º - Pode o reparcelamento objetivar a implantação de condomínio em parcelamento aprovado. 4º - Aplicam-se ao reparcelamento, no que couber, as regras do art. 38 e as previstas para loteamento. Art O Executivo somente pode deferir requerimento de reparcelamento em que haja previsão de urbanização compatível com o novo parcelamento proposto. CAPÍTULO IV DA OCUPAÇÃO DO SOLO Seção I Disposições Preliminares Art Podem ser construídas edificações em lote ou conjuntos de lotes que atendam uma das seguintes condições: I - fazer parte de parcelamento aprovado; II - ter existência anterior a 19 de dezembro de 1979 comprovada por meio de documentos, como registro em cartório, escritura ou contrato de compra e venda. Parágrafo único - Para que neles seja admitida a edificação, os lotes previstos no inciso II devem ter frente mínima de 5,00m (cinco metros), voltada para logradouro público aprovado. Art Os parâmetros urbanísticos a que se refere o inciso II do caput do art. 2º desta Lei são os definidos neste Capítulo, nos Anexos VI a IX desta Lei e no Anexo V da Lei nº 7.165/96. 1º - As ZEISs serão regidas por parâmetros urbanísticos especiais, a serem definidos em lei. 2º - Cessado o interesse público na implantação de Estação de Integração de Transporte Coletivo constante do Anexo VI-A desta Lei, o terreno ficará submetido aos parâmetros urbanísticos do zoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe a maior extensão limítrofe. 3º - Na ZP-1 e nas áreas de propriedade particular situadas na ZPAM, os lotes com área inferior a m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) regularmente aprovados em data anterior a 27 de dezembro de 1996 estarão submetidos aos parâmetros urbanísticos da ZP-2. Art. 43 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 46)

160 441 Art O Executivo poderá exigir que os proprietários de terrenos lindeiros às vias constantes do Anexo V desta Lei respeitem recuo de alinhamento de 10,00 m (dez metros), mediante redução da área computada para efeito de incidência do IPTU, com base na alínea b do inciso III do art. 46 do Plano Diretor do Município Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 47) Parágrafo único - De acordo com o traçado básico do alargamento das vias, pode o Executivo permitir recuos de alinhamento inferiores ao estabelecido no caput. Art. 44-A - É facultado aos proprietários de terrenos situados em áreas de projetos prioritários indicados no Anexo II do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte construir edificações, desde que observadas as seguintes exigências: I - o terreno faça parte de loteamento regularmente aprovado pela Prefeitura; II - o terreno não tenha sido declarado de utilidade publica para fins de desapropriação; III - a edificação tenha caráter provisório ou temporário, e 1º - Os terrenos de que trata este artigo ficam submetidos aos seguintes parâmetros e critérios de ocupação e uso do solo: I - o Coeficiente de Aproveitamento Básico é de 0,8 (oito décimos), prevalecendo entre este valor e o do CAb do zoneamento em que o imóvel se insere, aquele que for mais restritivo; II - a área total a ser edificada não pode exceder m² (um mil metros quadrados); III - a altura máxima da edificação é de 8,00 m (oito metros); IV - fica vedada a aplicação do instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir para os terrenos de que trata o caput deste artigo. 1º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 48) 2º - Após definido pelo Executivo o projeto básico a ser implantado em Área de Projeto Viário Prioritário, as restrições de uso e ocupação do solo de que trata este artigo deixarão de incidir sobre as porções dos lotes que não forem atingidas no projeto, passando a vigorar os parâmetros do zoneamento em que o imóvel se insere. 2º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 48) 2 com redação dada pela Lei n , de 16/1/2014 (Art. 11) 3º - Após executado o projeto a que se destina, a Área de Projeto Viário Prioritário ficará descaracterizada, deixando de submeter-se ao disposto neste artigo. 3º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 48) Art. 44-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 63) Seção II Dos Parâmetros Urbanísticos Subseção I Do Coeficiente de Aproveitamento Art O potencial construtivo é calculado mediante a multiplicação da área total do terreno pelo Coeficiente de Aproveitamento Básico do zoneamento em que se situa. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 49) 1º - Os valores do CAb são aqueles previstos no Anexo V da Lei nº 7.165/96 e no Anexo VI-A desta Lei. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 49) 6º - Quando exigido recuo de alinhamento, o potencial construtivo é calculado utilizando a área total do terreno, inclusive a área do recuo de alinhamento. 6º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 64) 7º - O valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico aplicável ao terreno situado na ZE é o da tabela do Anexo VI-A desta Lei ou o do zoneamento de maior extensão limítrofe. 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 49) Art Não são computadas, para efeito de cálculo do CA:

161 442 I - a área destinada a estacionamento de veículos, exceto se situada em edifícios-garagem, limitada à área correspondente à multiplicação da área do terreno pelo valor do CAb válido para o zoneamento no qual ele está inserido; Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 50) III - um único pavimento de pilotis em edificação residencial ou de uso misto com pavimento-tipo residencial; Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 50) IV - a área situada ao nível do subsolo, destinada a lazer e recreação de uso comum em edificações residenciais multifamiliares; V - a área de circulação vertical coletiva; VI - a área de circulação horizontal coletiva até o limite correspondente à 2 (duas) vezes a área da caixa dos elevadores; VII - as varandas abertas - situadas em unidades residenciais - que tenham área total equivalente a até 10% (dez por cento) da área do pavimento onde se localizam; VIII - a caixa-d'água, a casa de máquinas e a subestação; IX - os compartimentos destinados a depósito de lixo, nas dimensões mínimas estabelecidas em legislação específica; X - a guarita de até 6m² (seis metros quadrados); XI - a zeladoria de até 15m² (quinze metros quadrados), desde que dotada de instalação sanitária; XII - os compartimentos destinados a depósitos em edificações residenciais e situados nos pilotis ou na garagem; XIII - a antecâmara, se exigida em projeto de prevenção e combate a incêndios previamente aprovado; XIV - a área da cobertura equivalente a 20% (vinte por cento) da área do último pavimento tipo, desde que a área total edificada da cobertura não ultrapasse 50% (cinqüenta por cento) da área do último pavimento tipo; Inciso XIV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 65) XVII - a área das rampas de acesso às áreas comuns de edificações destinadas ao uso residencial que sejam adequadas à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, bem como às normas técnicas pertinentes, desde que façam parte de edificação em que não seja obrigatória a instalação de elevadores. Inciso XVII com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 50) 1º - O compartimento de edificação destinada a uso não residencial cujo pé-direito exceda 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros) deve ter sua área considerada, para efeito de cálculo do CA, da seguinte forma: I - se igual ou inferior a 5,80m (cinco metros e oitenta centímetros), a área do compartimento é multiplicada por 1,5 (um e meio); II - se superior a 5,80m (cinco metros e oitenta centímetros), a área do compartimento é multiplicada por 2 (dois). 2º - É admitido pé-direito superior a 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros), sem acréscimo de área a ser computada, por razões técnicas relativas a: I - acústica ou visibilidade em auditórios, salas de espetáculos ou templos religiosos; II - necessidade de aproveitamento do espaço aéreo; III - logradouro em declive em que o pé direito mínimo do primeiro pavimento seja de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) e o máximo não exceda 6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros). Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 66) 3º - Não pode ser aproveitado para piso adicional o espaço decorrente da exceção prevista no parágrafo anterior. 5º - O somatório das áreas a que se referem os incisos IV a XIII do caput deste artigo não será computado, para efeito de cálculo do CA, até o limite de 14% (quatorze por cento) do somatório das áreas dos pavimentos-tipo. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 50)

162 443 6º - Não serão computadas, para efeito de cálculo do CA, as vagas de estacionamento adicionais exigidas em processo de licenciamento ambiental ou urbanístico. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 50) Subseção II Da Quota de Terreno por Unidade Habitacional Art Quota de terreno por unidade habitacional é o instrumento que controla o nível de adensamento nas edificações destinadas ao uso residencial ou na parte residencial das de uso misto. 1º - As quotas de terreno por unidade habitacional são as previstas no Anexo VI desta Lei, e seu cálculo somente é feito depois de deduzido da área do terreno o percentual transferido ao Município no registro do parcelamento. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 51) 2º - Em loteamento aprovado em data anterior a 27 de dezembro de 1996, situado em ZP-1, ZP-2 ou em área de propriedade particular classificada como ZPAM, quando a área do lote for inferior à quota de terreno por unidade habitacional estabelecida para o zoneamento, será admitida quota de terreno equivalente à área do lote. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 51) Subseção III Da Taxa de Ocupação Art Taxa de Ocupação - TO - é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação e a área do terreno. 1º - As TOs máximas são as definidas no Anexo VI. 2º - Não é computada no cálculo da taxa de ocupação prevista no Anexo VI a área citada no art. 46, XV. Subseção IV Do Gabarito Subseção V Da Taxa de Permeabilidade Subseção V com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 52) Art Considera-se Taxa de Permeabilidade a área descoberta e permeável do terreno em relação à sua área total, dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio para o sistema público de drenagem urbana. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 1º - Os valores da Taxa de Permeabilidade mínima são os definidos no Anexo VI desta Lei, observado o seguinte: I - para terreno situado na ADE da Bacia da Pampulha, a taxa de permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento); II - para terreno situado nas demais ADEs, prevalecem os valores previstos em suas regulamentações; III - para terreno situado em ZPAM, ZP-1, ZP-2 e ZP-3 prevalecem os valores determinados no Anexo VI desta Lei; IV - para terreno que não se enquadre nos incisos I a III deste parágrafo, prevalece: a) 10% (dez por cento), se o terreno tiver área menor ou igual a 360m² (trezentos e sessenta metros quadrados); b) 20% (vinte por cento), se o terreno tiver área superior a 360m² (trezentos e sessenta metros quadrados). 1º com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 2º) 2º - As edificações, exceto as localizadas na ZPAM e nas ZPs, podem impermeabilizar até 100% (cem por cento) da área do terreno, desde que:

163 444 I - nelas haja área descoberta - equivalente à área de permeabilidade mínima - dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático; II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas pluviais provenientes da área de que trata o inciso I deste parágrafo. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 3º - A caixa referida no inciso II do parágrafo anterior deve possibilitar a retenção de até 30l (trinta litros) de água pluvial por metro quadrado de terreno impermeabilizado que exceda o limite previsto no caput. 4º - Podem ser utilizados, simultaneamente, as áreas permeáveis de terreno e os mecanismos previstos no 2º deste artigo para atingir a Taxa de Permeabilidade. 4º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 5º - Pode ser dispensada a taxa prevista neste artigo nos casos em que comprovadamente, por meio de parecer técnico, seja desaconselhável a permeabilização do terreno. 6º - Quando exigido o recuo de alinhamento, não será considerada, para aplicação da Taxa de Permeabilidade, a área do terreno resultante do referido recuo. 6º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 7º - A Taxa de Permeabilidade estará atendida com a manutenção de área descoberta e permeável, podendo a área dotada de vegetação situar-se em área equivalente à permeável sobre lajes, jardineiras ou pavimentos elevados. 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 8 - A área permeável, livre e vegetada, implantada no afastamento frontal de edificação e inteiramente visível do logradouro público, poderá ser convertida em pagamento do potencial construtivo adicional utilizado no próprio lote, observadas as demais exigências legais. 8º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 9º - Aplica-se a permissão prevista no 8º deste artigo aos terrenos lindeiros a vias arteriais, exceto nas ruas que apresentem intenso fluxo de pedestres, conforme dispuser o regulamento. 9º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) 10 - Não se aplica o disposto nos 2º e 3º, 7, 8º e 9º deste artigo aos terrenos situados em ADEs de Interesse Ambiental. 10 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 53) Subseção VI Do Afastamento Frontal Art O afastamento frontal mínimo das edificações é equivalente a uma distância fixa definida em função da classificação viária da via lindeira à testada do terreno, da seguinte forma: I - vias de ligação regional e arteriais, 4,00m (quatro metros); II - demais vias, 3,00m (três metros). 1º - O afastamento frontal mínimo das edificações na ZHIP não pode ser utilizado como área de estacionamento ou guarda de veículos nem para a instalação de elementos construtivos, exceto - desde que continue possível o livre trânsito no local - pilares de sustentação, respeitado o previsto no art. 46, III, "a", do Plano Diretor. 1º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 69) 2º - Em razão do reduzido fluxo de pedestres nas vias, da topografia acidentada ou em razão de estar a edificação situada na ADE Residencial Central ou em ADE de uso exclusivamente residencial, pode a exigência prevista no 1º deste artigo ser substituída pela de ajardinamento, permitidos, nesse caso, a construção de guarita e o fechamento, exclusivamente, por gradil vazado ou transparente. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 54)

164 445 4º - Em edificações situadas em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação regional, os afastamentos frontais deverão ser tratados de modo a que se obtenha concordância dos greides dos afastamentos frontais de edificações contíguas. 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 70) 5º - A utilização do afastamento frontal para estacionamento de veículos na ZHIP, em postos de gasolina ou em terrenos lindeiros a vias arteriais ou de ligação regional poderá ser permitida, desde que cumpridas as seguintes exigências: I - anuência prévia do órgão de trânsito de jurisdição sobre a via, que levará em conta o fluxo de pedestres, existente e potencial, e a intensidade do tráfego no sistema viário adjacente; II - afastamento frontal de, no mínimo, 5,00 m (cinco metros); Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 54) III - existência de passeio com, no mínimo, 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros), admitindose, no caso de ter o passeio dimensão inferior, o estacionamento no afastamento frontal, desde que a soma da largura desse afastamento e a do passeio existente seja de, no mínimo, 7,40 m (sete metros e quarenta centímetros); Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 54) IV - seja destinada à circulação de pedestres a faixa mínima de 0,90 m (noventa centímetros) nas divisas laterais, ou junto ao acesso à garagem, quando este estiver junto às divisas laterais; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 54) V - as áreas de circulação de pedestres e de estacionamento estejam demarcadas; VI - os acessos obedeçam às regulamentações existentes; e VII - autorização de caráter provisório, condicionada à manutenção das condições de trânsito. 5º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 70) 6º - O afastamento frontal mínimo das edificações em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação regional deve dar continuidade ao passeio, não sendo permitida a instalação de elementos construtivos, exceto pilares de sustentação, respeitado o livre trânsito no local. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 54) Art É dispensado o afastamento frontal mínimo: I - em área destinada a estacionamento de veículos ou de uso comum, cuja laje de cobertura se situe em nível inferior à menor cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote, devendo ser garantida, na área delimitada por este afastamento, a continuidade do passeio nos terrenos situados na ZHIP, na ZCBH e nos lindeiros a vias de ligação regional ou arteriais; Inciso I com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 3º) II - em edificação localizada na ZHIP, nos pavimentos situados em nível superior a 3,5m (três metros e meio) em relação à cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento, em qualquer ponto; III - em pavimentos de edificações localizadas na ZCBH, ou lindeiras a vias de ligação regional ou arteriais que estejam situados entre 3,5m (três metros e cinqüenta centímetros) e 9,00m (nove metros) acima da cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento, em qualquer ponto. IV - em edificações vizinhas a bens tombados, por indicação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, ouvido o órgão responsável pelo trânsito; Inciso IV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 71) V - em áreas destinadas a uso não residencial, desde que a laje de cobertura se situe em nível inferior à menor cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote. Inciso V acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 55) Parágrafo único - Na área de afastamento frontal mínimo situada abaixo da altura mínima referida nos incisos II e III, os únicos elementos construtivos permitidos são os pilares de sustentação com seção máxima de 60dm² (sessenta decímetros quadrados). Art Em terrenos lindeiros a vias coletoras e locais, podem ser construídas, na área delimitada pelo afastamento mínimo frontal, guaritas que tenham, no máximo, 10% (dez por cento) da área do afastamento frontal. Parágrafo único - É permitida a construção de guaritas com área de até 6,00m² (seis metros quadrados), mesmo se superado o percentual fixado no caput. Subseção VII Dos Afastamentos Laterais e de Fundo

165 446 Art Os afastamentos mínimos laterais e de fundo dos pavimentos são os seguintes: I - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para os pavimentos com H menor que 6,00m (seis metros); II - 2,30m (dois metros e trinta centímetros) para os pavimentos com H maior que ou igual a 6,00m (seis metros) e menor que ou igual a 12,00m (doze metros); III - os previstos na tabela do Anexo VII para os pavimentos com H maior que 12,00m (doze metros). 1º - Entende-se por H a distância vertical, em metros, entre a laje de cobertura de cada pavimento e a laje de piso do primeiro pavimento acima da cota altimétrica média do passeio lindeiro ao alinhamento do lote. 2º - Para valores de H superiores ao limite máximo do Anexo VII, adota-se a fórmula nele prevista para cálculo dos afastamentos mínimos. 3º - Para valores fracionários de H, adota-se a seguinte regra: I - os valores, em metros, entre 0,01 (um centésimo) e 0,50 (cinqüenta centésimos), exclusive, são arredondados para o número inteiro imediatamente anterior; II - os valores, em metros, entre 0,50 (cinqüenta centésimos) e 1,00 (cem centésimos), exclusive, são arredondados para o número inteiro imediatamente superior. 4º - Havendo níveis de subsolo, o H deve ser definido em relação ao piso deste, exceto nos casos de utilização para estacionamento, guarda de veículos ou área de lazer aberta. 5º - No caso de lotes com menos de 12,00m (doze metros) de frente, é admitida como afastamento lateral mínimo para pavimentos com H inferior a 12,00m (doze metros) a distância de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), desde que: I - os lotes estejam regularmente aprovados na data de publicação desta Lei; II - a edificação respeite a taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento) da área do terreno, sendo facultada taxa de ocupação superior para níveis de garagem no subsolo; Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 72) III - o ponto de referência para definição do H seja o ponto médio do passeio. Inciso III acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 72) 6º - Nas edificações situadas na ZA, na ZCBH ou que sejam lindeiras a vias arteriais ou de ligação regional, o H deve ser contado a partir da laje de cobertura do último pavimento integralmente situado abaixo da altura máxima permitida na divisa ou, havendo pavimentos com aberturas laterais ou de fundo em altura inferior, a partir do piso do mais baixo destes. 7º - Para efeito de definição do H, a casa de máquinas não é considerada como pavimento. 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 73) 8 - Para terrenos em aclive, o H poderá ser considerado pelo ponto médio do plano paralelo ao perfil do terreno ou pelo plano paralelo ao perfil do terreno em todos os seus pontos. 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 73) Art Os afastamentos laterais mínimos das edificações situadas na ZHIP são facultativos, desde que não existam aberturas na fachada respectiva. Parágrafo único - Na ZHIP, os afastamentos de fundo e os laterais são calculados em relação à divisa, de acordo com o diâmetro de iluminação e ventilação previsto no Decreto-Lei nº 84, de 21 de dezembro de 1940, adotando-se como afastamentos mínimos 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para divisa lateral e 5,00m (cinco metros) para divisa de fundo. Art No caso de edificação constituída de vários blocos, independentes ou interligados por pisos comuns, a distância entre eles deve obedecer ao dobro dos afastamentos mínimos laterais e de fundo previstos nesta Lei. Art Caso existam aberturas ou varandas voltadas para áreas de iluminação e ventilação fechadas, deve ser observado para elas o diâmetro mínimo estabelecido no Decreto-Lei nº 84/40.

166 447 Subseção VIII Da Altura na Divisa Art As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo até as alturas máximas na divisa previstas no Anexo VI. 1º - A altura máxima permitida nas divisas laterais e de fundo é calculada em relação aos seguintes níveis de referência: I - a cota do passeio no ponto de encontro da divisa lateral com o alinhamento, no caso de divisa lateral com terreno natural plano ou em declive em relação àquela cota; II - a média aritmética dos níveis do terreno natural correspondentes aos pontos limítrofes da parte da edificação construída em cada divisa lateral, no caso de terreno em aclive em relação à cota prevista no inciso anterior; III - o terreno natural em seus respectivos pontos, no caso de divisa de fundos. 2º - Nenhum elemento construtivo da edificação pode ultrapassar os limites de altura máxima na divisa estabelecidos neste artigo. 3º - É proibida a construção sem afastamentos laterais e de fundo nas partes das edificações nas quais haja aberturas voltadas para as divisas laterais ou as de fundo. 4º - No caso de terreno em declive nos termos deste artigo, elementos construtivos situados acima do nível da altura máxima permitida na divisa de fundo devem ter afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) em relação à divisa de fundo. 5 - O afastamento previsto no parágrafo anterior deve ser aplicado à parte da edificação situada abaixo da cota altimétrica definida pela altura máxima nas divisas laterais permitidas. 5º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 74) 6º - No caso de edificações lindeiras a vias arteriais e de ligação regional, adota-se como altura máxima na divisa 10,80m (dez metros e oitenta centímetros), independentemente do valor previsto no Anexo VI. 7 - A altura máxima nas divisas laterais e de fundos poderá ser acrescida até a altura máxima das divisas das edificações vizinhas, desde que estas estejam legalmente construídas, independentemente do valor previsto no Anexo VI. 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 74) Subseção IX Das Saliências Art Consideram-se saliências os brises, as jardineiras, os elementos decorativos e os estruturais. Parágrafo único - As saliências podem avançar sobre as áreas delimitadas pelos afastamentos mínimos em até 25cm (vinte e cinco centímetros). Subseção X Das Áreas de Estacionamento Art O número mínimo de vagas destinadas a estacionamento de veículo é calculado conforme o disposto no Anexo VIII. 1º - Ficam excluídas da exigência contida neste artigo: I - as habitações unifamiliares; II - a unidade não residencial com área de até 60m² (sessenta metros quadrados), situada em terreno onde exista, além dela, somente uma edificação de uso residencial; III - os templos e os locais de culto; IV - as edificações de uso residencial adaptadas ao uso não residencial, desde que comprovada a impossibilidade técnica de ampliação do número de vagas destinadas a estacionamento.

167 448 2º - No caso previsto no inciso IV do 1º deste artigo, serão mantidas, no mínimo, as vagas destinadas a estacionamento previstas no projeto residencial original. 3º - Para enquadrar-se ao que dispõe o inciso IV do 1º deste artigo, a edificação não poderá sofrer acréscimo de área construída. 4º - No caso de edificação destinada a hotel, o número mínimo de vagas de estacionamento de veículos é de 1/3 (um terço) do número de unidades hoteleiras. 4º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) 5º - No caso de edificação destinada a uso não residencial atrator de veículos de carga, poderá ser facultada, a critério do órgão municipal responsável pelo trânsito, a utilização de, no máximo, 70% (setenta por cento) da área reservada para estacionamento de veículos leves como área de estacionamento e manobra de veículos pesados. 5º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) Art. 61 com redação dada pela Lei nº 8.939, de 03/08/2004 (Art. 1º) 6º - Para empreendimentos não sujeitos ao Estudo de Impacto de Vizinhança ou ao Licenciamento Ambiental pelo COMAM, a serem instalados em edificações já existentes até 27 de dezembro de 1996, a exigência relativa ao número mínimo de vagas para estacionamento de veículos poderá ser flexibilizada, mediante parecer favorável do COMPUR. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) 7º - Para as edificações existentes na ZHIP, até a data da entrada em vigor deste parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de veículos poderá ser atendida pelas vagas existentes, no caso de adaptação de edificações para o uso residencial. 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) 8º - A condição prevista no 7º deste artigo poderá ser aplicada no caso de substituição ou instalação de novo uso não residencial em edificações existentes na ZHIP, mediante parecer favorável do COMPUR ou do COMAM, conforme a hipótese. 8º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) 9º - A exigência do número mínimo de vagas de estacionamento para edificações públicas destinadas ao uso institucional poderá ser flexibilizada, mediante parecer favorável do COMPUR ou do COMAM, conforme a hipótese. 9º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) 10 - Cada vaga de carga e descarga deve ter 9,0 m (nove metros) de comprimento por 3,0 m (três metros) de largura e 4,0 m (quatro metros) de altura. 10 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 56) Art Devem dispor de pista de acumulação interna, junto à entrada e ao nível do logradouro, de acordo com o Anexo IX, os acessos a: I - edificações de uso não residencial com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento; II - edificações de uso misto com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento, excluídas as relativas à parte residencial; III - estacionamentos de veículos abertos ao público; IV - edifícios-garagem. Parágrafo único - O cálculo do número de vagas previsto nos incisos I e II é feito de acordo com o previsto no artigo anterior. Seção III Dos Projetos Geotécnicos Art Deve ser anexada ao projeto arquitetônico de edificação aprovado pelo Executivo a Anotação de Responsabilidade Técnica de projeto geotécnico junto ao CREA/MG, no caso de terrenos que, em função dos serviços de terraplenagem, tenham taludes de corte, de aterro ou mistos com altura superior a 4,00m (quatro metros). Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 76)

168 449 1º - O procedimento referido no caput também é obrigatório quando constar da informação básica uma das seguintes situações: I - ocorrência de várzeas ou de solo sujeito a recalque; II - ocupação de áreas junto a córregos que possam ser inundadas; III - ocorrência de condições que aconselhem restrições à ocupação, definidas na carta geotécnica do Município. Parágrafo único renumerado como 1º pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 76) 2º - É de responsabilidade do construtor o término das obras que visam solucionar as condições de risco antes do início da construção predial. 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 76) CAPÍTULO V DOS USOS Seção I Da Classificação dos Usos Art Ficam estabelecidas as seguintes categorias de uso: I - residencial; II - não residencial, compreendendo atividades das subcategorias Comércio, Serviços, Serviços de Uso Coletivo, Indústria e Agricultura Urbana; Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 57) III - misto, definido como o exercício, em uma mesma edificação, de usos residencial e não residencial. Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 57) Parágrafo único - Os usos não residenciais são classificados de acordo com as seguintes subcategorias: I - Comércio; II - Serviço; III - Indústria; IV - Serviço de Uso Coletivo; V - Agricultura Urbana. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 57) Art Os usos não residenciais são classificados, de acordo com o potencial de geração de incômodos atribuído a cada atividade, em: I - Grupo I: atividades compatíveis com o uso residencial, sem potencial de geração de repercussões negativas e que não necessitam de medidas mitigadoras para se instalarem; II - Grupo II: atividades compatíveis com o uso residencial, com potencial de geração de incômodos de pouca significância, que devem ser mitigados; III - Grupo III: atividades que se destinam à produção de objetos de maior complexidade ou a serviços mais impactantes e que, por sua natureza, têm potencial de geração de incômodos de maior relevância e maior atração de veículos e pessoas; IV - Grupo IV: atividades com alto potencial de geração de incômodos, que geram riscos à saúde ou ao conforto da população ou que não são compatíveis com o funcionamento das atividades urbanas na maioria dos locais. 1º - São classificadas como do Grupo I, para fins de localização, as atividades econômicas exercidas por Microempreendedor Individual MEI, nos termos da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de º - Excetuam-se do disposto no 1º deste artigo as atividades classificadas como de risco alto, conforme o Anexo X desta Lei. 3º - O disposto no 1º deste artigo não isenta o MEI do cumprimento das medidas mitigadoras relativas à atividade por ele exercida, previstas no Anexo X desta Lei.

169 450 4º - A classificação das atividades econômicas quanto ao Grupo a que pertencem, a designação de atividades desenvolvidas por MEI e as atividades consideradas de risco alto estão dispostas no Anexo X desta Lei. Art. 65 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 58) Art. 65-A - São atividades auxiliares aquelas que subsidiam as atividades principais, sendo complementares ao funcionamento destas, compreendendo: I - escritório/sede administrativa de empresa; II - depósito/almoxarifado; III - garagem de veículos leves; IV - pátio de máquinas/garagem de veículos pesados; V - ponto de exposição; VI - unidade de manutenção; VII - centro de treinamento; VIII - unidade de enfermaria; IX - refeitório/cozinha; X - posto de coleta de material biológico; XI - posto de recebimento de pequenos objetos sem armazenamento; XII - unidade de abastecimento de combustíveis. Parágrafo único - Consideram-se parte integrante das atividades industriais, quando implantadas no mesmo local, além do setor produtivo: I - as atividades auxiliares previstas no caput do art. 65-A desta Lei; II - as atividades complementares de lazer, saúde e cultura voltadas para o atendimento de seus funcionários. Art. 65-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 59) Art. 65-B - É obrigatória a declaração, pelo interessado, das atividades auxiliares exercidas no local de implantação do empreendimento. 1º - Na hipótese de conjugação do exercício de atividades principais com atividades auxiliares, a instalação do empreendimento apenas será possível caso todas as atividades sejam admitidas no local. 2º - Verificado o atendimento ao requisito previsto no 1º deste artigo, deverão ser atendidas as medidas mitigadoras relativas a cada uma das atividades exercidas no local. 3º - Para as atividades econômicas classificadas no Código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE - não mencionadas no Anexo X desta Lei, somente será admitida a instalação de suas atividades auxiliares. 4º - É admitido o exercício de atividade auxiliar fora do local onde se exerce a atividade principal. 5º - Nas hipóteses determinadas nos 3º e 4º deste artigo, o licenciamento e a localização da atividade serão determinados segundo a classificação definida para as atividades auxiliares. Art. 65-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 59) Seção II Dos Tipos de Repercussão Art São os seguintes os tipos de repercussões negativas: I - atração de alto número de veículos leves, referida como número 1 (um) no Anexo X desta Lei; II - atração de alto número de veículos pesados, referida como número 2 (dois) no Anexo X desta Lei; III - atração de alto número de pessoas, referida como número 3 (três) no Anexo X desta Lei; IV - geração de risco de segurança, referida como número 4 (quatro) no Anexo X desta Lei; V - geração de efluentes atmosféricos, referida como número 5 (cinco) no Anexo X desta Lei; VI - geração de efluentes líquidos especiais, referida como número 6 (seis) no Anexo X desta Lei; VII - geração de resíduos sólidos especiais e de saúde, referida como número 7 (sete) no Anexo X desta Lei; VIII - geração de radiações ionizantes ou não ionizantes, referida como número 8 (oito) no Anexo X desta Lei;

170 451 IX - geração de ruídos e vibrações, referida como número 9 (nove) no Anexo X desta Lei; Parágrafo único - As repercussões negativas são atribuídas às atividades principais e auxiliares, conforme o disposto no Anexo X desta Lei. Art. 66 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 60) Seção III Da Localização dos Usos e do Funcionamento das Atividades Subseção I Do Funcionamento das Atividades Causadoras de Repercussões Negativas Subseção I acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 65) Art. 66-A - As atividades causadoras de repercussões negativas, sem prejuízo do cumprimento das normas ambientais, de posturas, sanitárias e outras pertinentes, ficam sujeitas à adoção das seguintes medidas mitigadoras em função da análise da característica da atividade: I - implantação de alternativa de estacionamento e controle de acesso de veículo a edificação, referida como letra a no Anexo X desta Lei; II - realização de medidas para viabilizar a carga e a descarga, referida como letra b no Anexo X desta Lei; III - realização de medidas para viabilizar embarque e desembarque, referida como letra c no Anexo X desta Lei; IV - realização de medidas para prevenção e combate a incêndio, comprovada mediante apresentação de laudo elaborado por profissional habilitado, relativo às condições de segurança, prevenção e combate a incêndios, referida como letra d no Anexo X desta Lei; V - adoção de processo de umidificação, referida como letra e no Anexo X desta Lei; VI - adoção de sistema de controle de efluentes atmosféricos, referida como letra f no Anexo X desta Lei; VII - adoção de sistema de tratamento dos efluentes líquidos especiais resultantes do processo produtivo da atividade, referida como letra g no Anexo X desta Lei; VIII - adoção de procedimentos para gerenciamento de resíduos sólidos, como segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final adequada de acordo com a legislação específica, referida como letra h no Anexo X desta Lei; IX - realização de medidas de controle dos níveis de emissões radiométricas, comprovado por laudo elaborado por profissional habilitado e, no caso de exercício de atividades com fontes de radiação ionizante, em medicina nuclear, radioterapia e aplicações industriais, o laudo deverá ser acompanhado da respectiva autorização emitida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN -, referida como letra i no Anexo X desta Lei; X - implantação de medidas de controle de ruído e atenuação da vibração, tais como proteção ou isolamento acústico e de vibração, confinamento ou relocalização de equipamentos e operações ruidosas, observadas as normas legais de construção, iluminação e ventilação, referida como letra j no Anexo X desta Lei. 1º - As medidas mitigadoras aplicáveis aos usos não residenciais causadores de repercussões negativas e enumeradas no caput deste artigo estão contidas no Anexo X desta Lei. 2º - Para as edificações existentes até a data da entrada em vigor deste parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de veículos poderá ser atendida pelas vagas existentes, desde que seja apresentada alternativa para a mitigação do impacto decorrente do não atendimento ao número mínimo de vagas de estacionamento previsto no Anexo VIII desta Lei. 3º - As vagas de estacionamento constantes do Anexo VIII desta Lei terão como dimensões mínimas, além dos espaços necessários ao acesso, circulação e manobra de veículos, 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) de largura por 4,50 m (quatro metros e cinquenta centímetros) de comprimento. 4º - As vagas de carga e descarga poderão, a critério do órgão responsável pelo tráfego, ter dimensões diferentes das definidas no 10 do art. 61 desta Lei e na Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009, Código de Edificações do Município, ou ser dispensadas, nos casos de instalação de atividades em edificações existentes antes de 27 de dezembro de 1996.

171 452 5º - Sempre que houver interferência significativa na circulação de veículos ou pedestres, será exigida, a critério do órgão municipal competente, a implantação de sinalização ou equipamentos de controle do tráfego. 6º - A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento, para as atividades que tenham repercussões negativas, será subsidiada por dados ambientais e urbanísticos e por informações prestadas pelo próprio interessado, contendo dados qualitativos e quantitativos referentes ao funcionamento da atividade. 7º - Para edificações destinadas a uso não residencial atrator de veículo de carga que não seja atrator de veículos leves, poderá ser autorizada a utilização da área reservada para o estacionamento de veículos leves como área de estacionamento e manobra de veículos pesados, desde que haja anuência do órgão municipal competente. 8º - Para as atividades não classificadas como de risco alto, o Alvará de Localização e Funcionamento será emitido de forma simplificada. 9º - Para as atividades classificadas como de risco alto, a emissão de Alvará de Localização e Funcionamento será precedida de parecer prévio, elaborado pelo órgão responsável pelo controle ambiental. Art. 66-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 61) Subseção II Da Localização Subseção II acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 65) Art A localização dos usos não residenciais é disciplinada, na forma do Anexo XI desta Lei, pela conjugação da classificação de cada atividade, prevista no Anexo X desta Lei, com a classificação da via pública quanto à permissividade de usos. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 1º - Com relação à localização de usos não residenciais, ficam definidas as seguintes regras para as ZPs: I - é proibida a instalação de usos do Grupo II em vias preferencialmente residenciais; Inciso I com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 4º) II - a instalação de usos do Grupo IV nas ZPs fica condicionada a parecer favorável do COMAM, respeitada a permissividade de usos não residenciais de cada via. Inciso II com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 4º) 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 2º - Para efeito de localização dos usos, as vias que compõem o sistema viário do Município ficam definidas como: I - VR: vias preferencialmente residenciais, onde se busca preservar a ambiência residencial; II - VM: vias de caráter misto, onde se busca a conjugação de usos; III - VNR: vias preferencialmente não residenciais, onde se busca privilegiar o uso não residencial. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 3º - Para efeitos de localização, as atividades não listadas no Anexo X desta Lei devem ser classificadas, devendo ainda ser definidas medidas mitigadoras para eventuais repercussões no meio urbano, identificadas de acordo com critérios definidos no art. 66-A desta Lei e observado o disposto no art. 80, IV, da Lei nº 7.165/96. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 5º - As escolas infantis e os estabelecimentos de ensino fundamental e médio somente podem ser localizados: I - em terrenos lindeiros a vias locais e coletoras, observado o disposto no Anexo XI desta Lei; II - na Zona Hipercentral - ZHIP - e na ZCBH, observado o disposto no Anexo XI desta Lei; III - em terrenos lindeiros a vias arteriais, desde que submetidos a licenciamento urbanístico, mediante EIV. 5º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62)

172 453 7º - Nas ADEs Residencial Central, do Estoril, do Mangabeiras, do Belvedere, do São Bento, da Cidade Jardim e da Pampulha, são permitidos os usos não residenciais que atendam o disposto na Lei nº 6.831, de 18 de janeiro de º - Os motéis e os drive-in somente podem ser localizados em terrenos lindeiros a vias de ligação regional. 8º acrescentado pela Lei nº 7.936, de 12/1/2000 (Art. 1º) 12 - É permitido ao profissional autônomo exercer na sua residência as atividades inerentes à sua profissão, desde que obedecida a legislação ambiental e sanitária. 11 renumerado como 12 conforme retificação em 7/6/ Para efeito da aplicação do disposto no Anexo X desta Lei, considera-se área da atividade ou área utilizada a área edificada ocupada pela mesma, acrescida dos espaços não cobertos destinados ao seu exercício. 13 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 14 - No cálculo da área utilizada, não são computados os espaços descobertos e os cômodos exigidos para a conformidade da edificação segundo as normas contidas nesta Lei. 14 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 15 - Nas vias classificadas como VR, são admitidos bares, restaurantes e similares com área de até 100,00 m² (cem metros quadrados), desde que a atividade ocupe somente área edificada e o passeio não seja utilizado para colocação de mesas e cadeiras. 15 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) 16 - O exercício de qualquer atividade econômica em logradouro público deverá ser licenciado conforme os critérios previstos na Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, - Código de Posturas do Município - e suas alterações posteriores. 16 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 62) Art. 71-A - São admitidos no Grupo I os serviços de uso coletivo de iniciativa pública com área superior à estipulada no Anexo X, desde que haja anuência prévia do COMPUR. Art. 71-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 81) Art. 71-B - No caso de aprovação de projeto em lote ou em conjunto de lotes com frente para logradouros de permissividade de usos diferentes, poderá ser admitido para todo o terreno o uso permitido nos lotes com frente para a via de maior permissividade, desde que: I - sejam respeitados os parâmetros urbanísticos relativos a cada lote; II - o acesso se faça pelas vias em que o uso é permitido. 1º - O acesso poderá ser feito por via em que o uso não é permitido, desde que haja licenciamento urbanístico especial, mediante EIV. 2º - No caso em que os lotes ou o conjunto de lotes estiverem situados em área adjacente a ADE exclusivamente ou predominantemente residencial, não será admitido, em nenhuma hipótese, o uso permitido na via de maior permissividade para todo o terreno. Art. 71-B com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 64) Seção IV Dos Usos Não Conformes Seção IV com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 68) Subseção I Do Direto de Permanência dos Usos Subseção I acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 68, parágrafo único) Art Poderá permanecer no local, independentemente de vedação estabelecida por legislação posterior à sua instalação, a atividade admitida nesse local por lei vigente à época de sua implantação e que atenda a uma das seguintes condições: I - possuir Alvará de Localização e Funcionamento emitido em data anterior à da publicação da lei que estabeleceu a vedação;

173 454 II - ser desenvolvida por empresa regularmente constituída e comprovadamente instalada em data anterior à da publicação da lei que estabeleceu a vedação; III - estar instalada em edificação construída especificamente para uso admitido à época de sua instalação. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 66) 3º - Podem continuar a ser exploradas as atividades agropecuárias comprovadamente existentes, desenvolvidas em áreas classificadas como zonas rurais até a data da publicação desta Lei, vedada a expansão da área ocupada. 4º - Para efeito de localização, podem também permanecer as atividades industriais, comerciais e de serviços desenvolvidas em áreas classificadas como zonas rurais até a data de publicação desta Lei. 5º - As atividades referidas no parágrafo anterior estão sujeitas, para efeito de funcionamento, aos critérios desta Lei. 6º - A permanência das atividades permitida neste artigo fica sujeita ao respeito às normas ambientais, de posturas, sanitárias e similares. 7º - O terreno cujo uso tenha sido vinculado quando da aprovação do parcelamento e tenha ficado desconforme com as disposições desta Lei poderá, mediante parecer favorável do COMPUR, ser utilizado conforme previsto no parcelamento aprovado. 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 82) 9º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso é passível de alteração e acréscimo da área utilizada pela atividade, dentro dos limites dos parâmetros urbanísticos fixados por esta Lei, mediante parecer prévio favorável do COMPUR, baseado em Estudo de Impacto de Vizinhança. 9º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 66) 10 - Os impactos da atividade gerados pela modificação devem ser mitigados e contribuir para minimizar possíveis incômodos por ela causados. 10 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 66) Subseção II Da Substituição dos Usos Não Conformes Subseção I acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 68, parágrafo único) Art. 72-A - A atividade que usufruir do direito de permanência, nos termos do art. 72 desta Lei, poderá ser substituída por outra, desde que a nova atividade esteja classificada na mesma Tipologia e no mesmo Grupo, ou em Grupo inferior em que se enquadra a atividade a ser substituída, conforme o Anexo X desta Lei. Art. 72-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 67) Art. 72-B - A lei específica que regulamentar ou instituir ADE poderá definir critérios diferenciados de permanência e de substituição de uso, de acordo com a especificidade da área. Art. 72-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 67) Art. 72-C - As edificações a que se refere o inciso V do caput do art. 2º do Decreto Municipal nº 2.383, de 6 de julho de 1973, poderão ter seu uso substituído pela atividade Hospital, definida nos termos do Anexo X desta Lei. Parágrafo único - Na hipótese de haver a substituição de uso a que se refere o caput deste artigo, as edificações utilizadas, à época da substituição, serão passíveis de regularização, de acordo com os critérios estabelecidos pela Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, para fins da instalação da atividade Hospital. Art. 72-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 67) Seção V Dos Empreendimentos de Impacto

174 455 Art Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que venham a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental significativa. Art A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos empreendimentos de impacto, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, ficam sujeitos a: I - licenciamento ambiental pelo COMAM, nos termos da legislação específica, nos casos em que o empreendimento implique repercussões ambientais significativas; II - licenciamento urbanístico pelo COMPUR, nos casos em que o empreendimento implique repercussões preponderantemente urbanísticas. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 69) 1º - Os órgãos da administração municipal somente aprovarão projeto de implantação ou ampliação dos empreendimentos de impacto após o licenciamento a que se refere o caput, sob pena de responsabilização administrativa e nulidade dos seus atos. 2º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso I do caput deste artigo dependerá da prévia elaboração de estudos que contenham a análise de impactos no meio ambiente e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA -, quando for o caso. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 69) 3º - Lei específica disporá sobre a regulamentação do licenciamento de que trata este artigo. 4º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso II do caput deste artigo dependerá da elaboração de estudos que contenham a análise de impactos nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, conforme o disposto no Capítulo XI da Lei nº 7.165/96, quando for o caso. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 69) 5º - O funcionamento de empreendimento de impacto já instalado poderá ficar condicionado ao licenciamento urbanístico, quando convocado pelo COMPUR. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 69) Art. 74-A - Submetem-se a licenciamento ambiental pelo COMAM as seguintes atividades e os seguintes empreendimentos de impacto: I - extração ou tratamento de minerais; II - barragens para contenção de rejeitos ou resíduos; III - indústrias com repercussão ambiental significativa; IV - usina de asfalto; V - terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários; VI - terminais de minério, de produtos químicos e petroquímicos; VII - oleodutos, gasodutos, minerodutos; VIII - interceptores de esgoto; IX - aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos e estação de transbordo de resíduos; X - unidades de incineração de resíduos; XI - autódromos, hipódromos e estádios esportivos; XII - cemitérios e crematórios; XIII - matadouros e abatedouros; XIV - estabelecimentos prisionais; XV - ferrovias, subterrâneas ou de superfície; XVI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kv (duzentos e trinta quilovolts); XVII - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima 10 MW (dez megawatts); XVIII - intervenções em corpos d água - tais como barragens, canalizações, retificações de coleções de água - e em diques; XIX - estações de tratamento de água; XX - estações de tratamento de esgotos sanitários;

175 456 XXI - garagem de empresas de transporte de passageiros e de cargas; XXII - postos de abastecimento de veículos e de revenda de combustíveis; XXIII - loteamentos; XXIV - parcelamentos destinados a uso industrial; XXV - obras de arte compreendidas por viadutos, túneis e trincheiras; XXVI - hospitais; XXVII - tipologias de atividades e empreendimentos arrolados pelo Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM -, como modificadoras do meio ambiente, sujeitas ao licenciamento ambiental ou à autorização ambiental de funcionamento. Parágrafo único - O COMAM estabelecerá, com base em critérios que conjuguem o porte e o potencial poluidor ou degradador do meio ambiente, quais as atividades e os empreendimentos arrolados neste artigo que estarão sujeitos a licenciamento simplificado perante o órgão municipal de meio ambiente, e quais os procedimentos específicos aplicáveis a cada modalidade de licenciamento. Art. 74-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 70) Art. 74-B - Submetem-se a licenciamento urbanístico pelo COMPUR os seguintes empreendimentos de impacto: I - os edifícios não residenciais com área de estacionamento maior que m² (dez mil metros quadrados) ou com mais de 400 (quatrocentas) vagas; II - os destinados a uso residencial que tenham mais de 300 (trezentas) unidades; III - os destinados a uso misto com mais de m² (vinte mil metros quadrados); IV - os destinados a serviço de uso coletivo com área maior que m² (seis mil metros quadrados); V - casas de show, independentemente da área utilizada; VI - centro de convenções, independentemente da área utilizada; VII - casa de festas e eventos com área utilizada superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); VIII - hipermercados com área utilizada igual ou superior a m² (cinco mil metros quadrados); IX - os parcelamentos vinculados, na figura de desmembramento, que originem lote com área superior a m² (dez mil metros quadrados) ou quarteirão com dimensão superior a 200 m (duzentos metros); X - as intervenções em áreas urbanas consolidadas, compreendidas por modificações geométricas significativas de conjunto de vias de tráfego de veículos; XI - os helipontos; XII - outros empreendimentos sujeitos a EIV definidos por lei municipal. Parágrafo único - Mediante definição de padrões e procedimentos, o COMPUR poderá delegar ao Executivo a análise de licenciamentos de empreendimentos que sejam considerados de baixa repercussão negativa para a vizinhança. Art. 74-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 70) Art. 74-C - Estão sujeitos à elaboração de EIV os empreendimentos de que trata o art. 74-B desta Lei. Art. 74-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 70) Art. 74-D - A classificação de novos empreendimentos e a definição de tipo de licenciamento a que estarão sujeitos será efetuada mediante lei municipal. Art. 74-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 70) Art. 74-E - O estudo para fins de licenciamento, realizado para empreendimentos de impacto, deverá prever a revisão e a adequação do zoneamento da área impactada pela intervenção, se for o caso. Art. 74-E acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 70) CAPÍTULO VI DAS ÁREAS ESPECIAIS Capítulo VI com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 84) Seção I Das Áreas de Diretrizes Especiais Seção I (arts. 75 a 91-E) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 84, parágrafo único)

176 457 Art As áreas de diretrizes especiais - ADEs - são as que, por suas características, exigem a implementação de políticas específicas, permanentes ou não, podendo demandar parâmetros urbanísticos, fiscais e de funcionamento de atividades diferenciados, que se sobrepõem aos do zoneamento e sobre eles preponderam. 1º - As ADEs são instituídas por lei específica, da qual, além da delimitação, devem constar os instrumentos, as intervenções, os parâmetros urbanísticos e fiscais, os usos a serem admitidos e os critérios para o funcionamento de atividades, as normas complementares necessárias e, se for o caso, o tempo de duração. 2º - Os parâmetros urbanísticos relativos a coeficiente de aproveitamento do solo, quotas de terreno por unidade habitacional e taxa de permeabilização das ADEs que vierem a ser instituídas por lei específica devem ser iguais ou mais restritivos que os da zona em que se localizem. 3º - A lei a que se refere o 1º, no caso das ADEs instituídas por esta Lei, deve dispor sobre o que nesta não esteja referido. 4º - O Anexo XII contém a delimitação das ADEs referidas neste Capítulo. ADE Cidade Jardim regulamentada pela Lei nº 9.563, de 30/5/2008 Art A ADE da Serra destina-se à limitação, em 15,00m (quinze metros), do gabarito das edificações do Bairro Serra. Art A ADE da Bacia da Pampulha compreende a área da bacia hidrográfica da lagoa da Pampulha situada no Município, estando sujeita, em função da preservação ambiental da lagoa, a diretrizes especiais de parcelamento, ocupação e uso, de movimentação de terra e de recuperação de áreas erodidas, degradadas ou desprovidas de cobertura vegetal. Parágrafo único - A Taxa de Permeabilidade mínima da ADE da Bacia da Pampulha é de 30% (trinta por cento). Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 71) Art A ADE Residencial Central é destinada ao controle especial de uso, sendo garantidas, em parte da ZCBH, a predominância do uso residencial e a preservação das edificações e de traços da ambiência local, resultante do atendimento aos parâmetros específicos da ADE. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 72) 1º - Na ADE Residencial Central, será de 5,00m (cinco metros) a altura máxima na divisa. 2º - Na ADE Residencial Central não se aplica o disposto no art. 52, III. 3º - Na ADE Residencial Central, somente é permitido o uso não residencial em edificações horizontais, nas destinadas a hotéis ou a apart-hotéis e nas edificações tombadas. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 72) 4º - Na ADE Residencial Central, não se aplica o disposto no 6º do art. 54 desta Lei. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 72) Art A ADE do Vale do Arrudas, em função de sua localização estratégica, de sua importância como eixo simbólico, histórico e de articulação viária ao longo do curso d água mais importante do Município e de suas condições de degradação ou subutilização, demanda projetos de reurbanização e requalificação urbana. 1º - São diretrizes para regulamentação da ADE do Vale do Arrudas, com vistas à requalificação urbana por meio do tratamento da paisagem urbana e intensificação do uso dos espaços públicos: I - implementação de projetos de tratamento paisagístico das áreas livres sobre o Túnel da Lagoinha, com potencial para praça/mirante e para interligação entre eixos viários preferenciais de pedestres da área central do Município; II - estímulo à requalificação das fachadas das edificações e, em especial, dos galpões; III - criação de áreas de lazer, com incremento da arborização e implantação de ciclovias; IV - promoção e/ou estímulos à realização de grandes eventos de interesse cultural;

177 458 V - melhoria e padronização da acessibilidade para pedestres, principalmente em relação ao acesso às estações do metrô e à transposição do curso d água e das pistas veiculares; VI - verificação da possibilidade de extensão do Boulevard até a Avenida Teresa Cristina; VII - promoção da reintegração das propriedades públicas existentes na área, que hoje se encontram destinadas ao uso por terceiros. 2º - A regulamentação da ADE do Vale do Arrudas deve ser referenciada em subáreas de interesse especial, que retratem a diversidade urbana da ADE, e deve considerar critérios de preservação cultural e ambiental, bem como as diretrizes e propostas provenientes do planejamento do Hipercentro. 3º - A lei específica que dispuser sobre a ADE do Vale do Arrudas deve prever, por meio de parâmetros urbanísticos e critérios especiais de ocupação e uso do solo: I - o aumento das taxas de permeabilidade do solo, entre outras medidas de proteção das características de drenagem das áreas de fundo de vale; II - o controle do adensamento das áreas lindeiras ao curso d água em toda a sua extensão na ADE, conjugado com a possibilidade de maior aproveitamento dos lotes da ADE do Hipercentro; III - outras medidas de valorização da paisagem urbana de fundo de vale, a partir de estudos voltados para a manutenção das visadas significativas da área; IV - o incentivo ao reagrupamento de lotes e vias, de modo a viabilizar a instalação de grandes equipamentos; V - o incentivo à diversidade de usos, visando a garantir mais vitalidade à área, principalmente no período noturno. Art. 79 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 73) Art A ADE do Estoril é destinada ao uso residencial unifamiliar, permitido o funcionamento de atividades relativas aos usos do Grupo I definidos no Anexo X em edificações horizontais. Art As ADEs do Mangabeiras, do Belvedere, do São Bento e de Santa Lúcia são destinadas exclusivamente ao uso residencial unifamiliar. 1º - São admitidas atividades do Grupo II em edificações horizontais: I - na ADE do Mangabeiras, nos terrenos lindeiros à Av. dos Bandeirantes entre a Praça da Bandeira e a Rua Professor Mello Cançado; II - na ADE do São Bento, nos lotes lindeiros à Rua Michel Jeha, e nos lotes da quadra 3901 lindeiros à Avenida Cônsul Antônio Cadar. Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 74) 2º - Em edificações existentes, as atividades a que se refere o parágrafo anterior ficam isentas da exigência de limite de área. 3º - Para os lotes de que tratam os incisos I e II do 1º deste artigo permite-se utilizar, uma única vez, a extensão de uso prevista no art. 71-B desta Lei. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 74) 4º - Incluem-se na ADE de Santa Lúcia os lotes situados nos dois lados das ruas Agena, Nazareth e Acarahy. Art. 81 com redação dada pela Lei nº 8.407, de 30/7/2002 (Art. 1º) 5º - Nos terrenos voltados para a Avenida Celso Porfírio Machado, entre as ruas Juvenal Melo Senra e Emílio Jacques de Moraes, e para a Avenida Paulo Camilo Pena, entre a Avenida Luiz Paulo Franco e a Rua Jornalista Djalma Andrade, bem como naqueles terrenos localizados na quadra 3675, conforme o Anexo II desta Lei, são admitidas as atividades previstas no Anexo XV desta Lei, desde que instaladas em edificações horizontais. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 74) 6º - Nos lotes com frente para a Avenida Raja Gabaglia inseridos nas ADEs de Santa Lúcia e do São Bento, é permitida a instalação dos usos não residenciais admitidos na via, desde que o acesso se faça exclusivamente pelas vias em que o uso é permitido. 6º com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 5º)

178 459 Art A ADE da Cidade Jardim é área em que deverão ser adotadas políticas especificas visando à preservação paisagística, cultural e histórica. 1º - A lei específica que dispuser sobre a ADE da Cidade Jardim deve, além do previsto no art. 75, 1º, conter: I - os afastamentos e o gabarito das edificações; II - as intervenções físicas necessárias a sua preservação; III - os mecanismos de participação comunitária em sua gestão. 2º - Até que seja promulgada a lei que dispuser sobre a ADE da Cidade Jardim, nela somente é permitido o uso residencial unifamiliar, respeitados os seguintes parâmetros urbanísticos: I - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros); II - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 3,00m (três metros). 3º - As edificações existentes na data de publicação desta Lei e situadas em terrenos lindeiros às avenidas do Contorno e Raja Gabaglia podem ser destinadas ao uso não residencial, respeitado o previsto no parágrafo anterior. Art. 82 regulamentado pela Lei nº 9.563, de 30/5/2008 Art A ADE de Santa Tereza, em função das características da ocupação histórico-cultural, demanda a adoção de medidas temporárias para proteger e manter o uso predominantemente residencial. 1º - No prazo de 12 (doze) meses após a vigência desta Lei, o Executivo deve encaminhar projeto de lei relativo à ADE de Santa Tereza, contendo, além do previsto no art. 75, 1º, os mecanismos de participação da comunidade na gestão da região. 2º - Até que seja aprovada a lei a que se refere o parágrafo anterior, além do uso residencial, somente é permitido na ADE de Santa Tereza o funcionamento de atividades relativas aos usos do Grupo I, respeitados os seguintes parâmetros urbanísticos: I - coeficiente de aproveitamento de 1,20 (um inteiro e vinte centésimos) para edificações residenciais e de 1,0 (um) para as destinadas aos usos não-residencial ou misto; II - afastamento frontal mínimo de 3,00m (três metros); III - gabarito das edificações de 15,00m (quinze metros). Art A ADE da Savassi é a que, em função de suas características e do alto potencial para desenvolvimento econômico e cultural, demanda a adoção de incentivos e normas especiais, visando à sua requalificação urbana. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 75) 1º - À ADE da Savassi, aplicam-se as disposições da Lei nº 5.872, de 14 de março de Parágrafo único renumerado como 1º pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 75) 2º - Deverá ser desenvolvido um projeto de requalificação urbano-ambiental da Savassi, que aborde, entre outras, as seguintes questões: I - tratamento dos espaços públicos, incluindo-se a padronização do mobiliário urbano; II - ordenamento e intensificação do uso dos espaços públicos por atividades múltiplas, em especial as culturais de médio e pequeno porte; III - altimetria das edificações; IV - uso do solo e horário de funcionamento dos estabelecimentos; V - circulação de pedestres e veículos, incluindo-se a definição de eixos preferenciais de pedestre para ligação com outras áreas de referência no entorno da ADE; VI - compatibilidade entre iluminação pública e arborização das calçadas. 2º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 75) Art A ADE Hospitalar é a área que, devido à alta concentração de atividades da área de saúde e hospitalares de caráter geral, demanda a adoção de medidas para inibir a crescente especialização dos usos, adequá-la aos já existentes e promover a melhoria da qualidade ambiental. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 76)

179 460 1º - Na ADE Hospitalar, ficam condicionados a parecer favorável do COMPUR o funcionamento e a ampliação das atividades hospitalares, comerciais e de prestação de serviços relacionadas à saúde e classificadas, no Anexo X desta Lei, como do Grupo IV. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 76) 2º - O trânsito de veículos na ADE Hospitalar deve ser reestruturado de forma a limitar o tráfego de passagem e diminuir os índices de poluição sonora e atmosférica. 3º - Os espaços e os equipamentos públicos da ADE Hospitalar, especialmente as praças Hugo Werneck e Floriano Peixoto, serão adaptados às características de seus usuários, em especial os portadores de necessidades especiais, e tratados de modo a estimular sua apropriação pela população. 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 76) 4º - Para a ADE Hospitalar devem ser estabelecidas normas complementares de controle ambiental. 5º - O Executivo promoverá estudos e adotará medidas com os seguintes objetivos: I - viabilizar a implantação de estações de transbordo do transporte de massa e eixos preferenciais para o caminhamento de pedestres na ADE Hospitalar; II - incentivar a formação de novas concentrações de atividades hospitalares e de saúde, visando à diminuição da tendência ao adensamento dessas atividades nesta ADE; III - avaliar as interferências advindas do agrupamento de hospitais em seu entorno imediato, em particular no Bairro Santa Efigênia, com possibilidade de extensão do perímetro da ADE, de modo a incorporá-lo. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 76) Art A ADE de Interesse Ambiental é constituída por áreas nas quais existe interesse público na preservação ambiental, a ser incentivada pela aplicação de mecanismos compensatórios, por apresentarem uma ou mais das seguintes características: I - presença de cobertura vegetal relevante; II - presença de nascentes, cursos d água, lagoas e represas; III - existência de áreas cujo lençol freático seja subaflorante, configurando ecossistema de brejo; IV - existência de expressivo contingente de quintais arborizados; V - existência de terrenos com declividade superior a 47% (quarenta e sete por cento), vegetado ou não; VI - existência de áreas degradadas, ainda não ocupadas, em processo de erosão ativa e/ou cuja vegetação tenha sido suprimida ou submetida a degradação. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 1º - A preservação das ADEs de Interesse Ambiental será estimulada por meio dos seguintes instrumentos: I - Transferência do Direito de Construir, prevista no Plano Diretor do Município de Belo Horizonte e na legislação correlata; II - instituição de Reserva Particular Ecológica, conforme previsto nas leis n 6.314, de 12 de janeiro de 1993, e n 6.491, de 29 de dezembro de º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 2º - Na ADE de Interesse Ambiental, havendo parecer favorável do COMAM, pode ser concentrado em parte do terreno todo o seu potencial construtivo. 3º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental serão objeto de prévio licenciamento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, sem prejuízo de outras análises cabíveis, e mediante apresentação da caracterização da área e indicação dos impactos previsíveis e das medidas mitigadoras e/ou compensatórias, se for o caso. 3º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 4º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental poderão ser objeto de análise pelo COMAM, quando assim o determinar a legislação pertinente. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77)

180 461 5º - A Taxa Mínima de Permeabilidade em ADE de Interesse Ambiental é de 30% (trinta por cento), resguardadas as taxas determinadas pela legislação vigente para as áreas localizadas em ZP-1 e ZPAM. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 6º - Em ADE de Interesse Ambiental, é vedada a substituição da taxa mínima de permeabilidade por caixa de captação de águas pluviais ou jardineiras, devendo ser incentivado o uso concomitante da caixa de captação. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 7º - Nos lotes localizados em ADE de Interesse Ambiental, devem ser preservados os elementos naturais relevantes existentes, devendo a localização da área permeável ser coincidente com a localização desses elementos. 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 8º - Poderá ser admitida a não preservação de elementos naturais existentes, mediante justificativa técnica e condicionada ao estabelecimento de medidas compensatórias a serem definidas pelo COMAM, observadas as demais restrições legais. 8º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 9º - Em caso de ADE de Interesse Ambiental cuja cobertura vegetal seja inexistente ou tenha sofrido processo de degradação, a área permeável deverá ser alvo de ações de recuperação ambiental, tais como a contenção de erosões e a revegetação com espécies adequadas, preferencialmente nativas. 9º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) 10 - As áreas públicas situadas em ADE de Interesse Ambiental devem ser destinadas, preferencialmente, a áreas verdes. 10 acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 77) Art. 86-A - Fica instituída a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, que poderá ser objeto de Operação Urbana, desde que respeitados os parâmetros específicos da ADE. Art. 86-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-B - Na área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, o parcelamento do solo somente poderá ser feito por meio da modalidade de parcelamento vinculado. Art. 86-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-C - No parcelamento das áreas lindeiras aos principais cursos d'água da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, em especial do Ribeirão do Isidoro, do Córrego dos Macacos e do Córrego da Terra Vermelha, será prevista a implantação de parques lineares destinados a atividades de lazer, preservação e requalificação ambiental, respeitado o disposto na legislação específica. 1º - Os parques lineares de que trata o caput deste artigo deverão, sempre que possível, interligarse com as áreas definidas como ZPAM, de modo a criar eixos contínuos de preservação ambiental, e deverão ser implantados nas áreas delimitadas pelas cotas máximas de cheia, a serem definidas de acordo com estudos técnicos específicos. 2º - Todos os córregos na área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro devem ser mantidos em leito natural, ressalvadas as transposições do sistema viário quando não houver alternativa tecnicamente viável, devendo ser evitadas, em todos os casos, as movimentações de terra junto a esses córregos. Art. 86-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-D - Em todas as vias classificadas como locais, mistas e de pedestres, nos termos do art. 27 desta Lei, será previsto calçamento intertravado, de paralelepípedo ou outro que garanta a permeabilidade da via e que seja adequado às características do solo local. Art. 86-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-E - A Taxa de Ocupação máxima admitida no perímetro da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro é de 0,5 (cinco décimos). Art. 86-E acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83)

181 462 Art. 86-F - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a instalação das atividades classificadas como do Grupo IV, nos termos do Anexo X desta Lei, fica condicionada a parecer favorável do COMPUR, não sendo admitidas aquelas que apresentem risco de contaminação do lençol freático ou das águas superficiais. Art. 86-F acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-G - Nas porções da área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro localizadas em cotas altimétricas acima de 800 m (oitocentos metros), a altura máxima das edificações fica limitada a 12,0 m (doze metros), contados a partir do terreno natural. 1º - O limite de altimetria previsto no caput deste artigo deverá abarcar todos os elementos que compõem a edificação, inclusive a caixa d água e a casa de máquinas. 2º - Poderão ser construídos acima da cota altimétrica definida no caput deste artigo apenas os equipamentos destinados exclusivamente ao apoio à manutenção das áreas de preservação. Art. 86-G acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-H - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a construção de pavimentos no subsolo somente poderá ocorrer caso seja assegurada a proteção do lençol freático. Art. 86-H acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-I - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, deverão ser implantadas vias públicas ao redor de todos os parques e reservas particulares ecológicas, de forma a garantir sua visualização a partir do espaço público. Parágrafo único - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, poderá ser exigida pelo Executivo a implantação de rede elétrica, de telefonia ou similar no subsolo, de forma a evitar o impacto da fiação aérea na paisagem, conforme dispuser regulamento. Art. 86-I acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-J - Na arborização dos espaços públicos da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, somente poderão ser adotadas espécies arbóreas da flora nativa local, sujeito à aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 86-J acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-K - Poderá ser exigida pelo Executivo a utilização de sistema de aproveitamento de energia solar e de reaproveitamento de água nas edificações construídas na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, conforme dispuser regulamento. Art. 86-K acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-L - Para os lotes inseridos na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, fica obrigatória a instalação da caixa de captação e drenagem, juntamente com o atendimento ao parâmetro da Taxa de Permeabilidade, de acordo com os parâmetros previstos em regulamento. Parágrafo único - A obrigatoriedade de utilização da caixa de captação e drenagem prevista no caput deste artigo estende-se às áreas do loteamento destinadas ao sistema viário, ficando o loteador obrigado a promover sua instalação. Art. 86-L acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-M - Fica definido o Coeficiente de Aproveitamento igual a 0,5 (cinco décimos) para o uso não residencial na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro. Art. 86-M acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 86-N - Ressalvado o disposto nos arts. 86-A a 86-M desta Lei, são válidos para a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro os parâmetros urbanísticos referentes às demais ADEs de Interesse Ambiental do Município. Art. 86-N acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art A ADE de Venda Nova tem o objetivo de compatibilizar a proteção do patrimônio cultural com o desenvolvimento das atividades econômicas e a permanência do uso residencial, mediante a

182 463 adoção de políticas que, considerando a reestruturação urbana e econômica do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH -, contemplem: I - o reforço da identidade do centro de Venda Nova e sua valorização como referencial simbólico, considerando-se os eixos da Rua Padre Pedro Pinto e da Avenida Vilarinho como eixos culturais e funcionais da ADE; II - o tratamento urbanístico-ambiental da Avenida Vilarinho e da Rua Padre Pedro Pinto, visando à melhoria da acessibilidade e à sua articulação com o metrô; III - a implementação de medidas de proteção e de valorização do patrimônio cultural da região, que resultem de estudos urbanísticos que considerem controle de altimetria das edificações, despoluição e requalificação das fachadas de edificações de interesse histórico, requalificação de espaços públicos e dos referenciais simbólicos, bem como ações de promoção da história local. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 78) 1º - A implantação das atividades econômicas referidas no caput pode ser estimulada por incentivos fiscais. Art A ADE da Lagoinha, em função de sua localização estratégica e da importância cultural e econômica da região, é destinada: I - à proteção do patrimônio cultural e da paisagem urbana; II - à requalificação de áreas degradadas ou estagnadas; Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 79) III - ao incremento ao desenvolvimento econômico. 1º - No que se refere ao incremento das atividades econômicas na ADE da Lagoinha, devem ser adotadas políticas que contemplem: I - a permanência das atividades econômicas tradicionais existentes na área; II - o estímulo à implantação de novas atividades compatíveis com as lá existentes; III - a implantação de incubadoras de empresas e de equipamentos indutores similares, visando a modernizar os processos produtivos. 2º - A permanência e a implantação das atividades econômicas referidas no parágrafo anterior podem ser estimuladas por incentivos fiscais. 3º - Os projetos de reurbanização necessários para as áreas degradadas ou subutilizadas podem ser feitos por meio de operações urbanas. 4º - Visando ao desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural da região, a regulamentação da ADE da Lagoinha deverá, entre outros aspectos: I - estimular o desenvolvimento de novas vocações econômicas na região, por meio de projetos de requalificação urbana; II - estimular a permanência do uso residencial na ADE; III - levantar os imóveis passíveis de inventário e tombamento. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 79) Art A ADE do Belvedere III é a área em que, em função da proximidade dos bairros Belvedere I e II, somente é permitido o uso residencial. Art. 89-A - Fica instituída a ADE do Quilombo de Mangueiras, cuja delimitação coincide com os limites do território quilombola, conforme descrição perimétrica a ser definida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. 1º - Os parâmetros de uso e ocupação da ADE do Quilombo de Mangueiras serão objeto de regulamentação específica a ser elaborada em conjunto com a comunidade local, considerando-se o relatório técnico de identificação e delimitação elaborado pelo INCRA, bem como o disposto na legislação pertinente. 2º - Após regulamentação específica, a ADE do Quilombo de Mangueiras poderá adotar parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo distintos dos especificados por esta Lei, inclusive aqueles relativos à ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, desde que respeitadas as exigências das legislações ambientais pertinentes. Art. 89-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83)

183 464 Art A ADE da Pampulha é a área em que, até que entre em vigor o plano previsto nos arts. 44 e 45 do Plano Diretor, devem ser aplicados os seguintes parâmetros urbanísticos especiais: I - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros); II - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 3,00m (três metros); III - uso exclusivamente residencial, permitidos condomínios horizontais em conjunto de lotes, desde que as unidades sejam isoladas e respeitem os parâmetros urbanísticos do zoneamento existente. Parágrafo único - O trânsito na Avenida Otacílio Negrão de Lima deve ser reestruturado de forma a limitar o tráfego de veículos pesados. Art A ADE Trevo é destinada a estabelecer condições especiais de ocupação e uso, de forma a garantir e a preservar a paisagem das proximidades da lagoa da Pampulha, criando alternativa de ocupação e mantendo a predominância do uso residencial da região até que seja aprovado o plano global previsto no Plano Diretor. 1º - As edificações da ADE Trevo devem obedecer aos seguintes parâmetros: I - taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento); II - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros); III - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros); IV - taxa de permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); Inciso IV com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 80) V - quota de terreno por unidade habitacional de 120m² (cento e vinte metros quadrados); VI - altura máxima de 9,00m (nove metros), contados a partir do nível médio do alinhamento. Inciso VI com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 6º) 2º - Podem ser instalados condomínios residenciais na ADE Trevo, desde que cada unidade respeite os parâmetros definidos no parágrafo anterior. Art. 91-A - A ADE do Primeiro de Maio tem o objetivo de preservar os traços da ambiência original dos espaços públicos e a tipologia típica da ocupação e do uso, por meio de: I - valorização da centralidade urbana, conformada pelo centro comercial ao longo da Rua Ladainha, nos bairros Primeiro de Maio e Providência; II - promoção da requalificação urbana da área e das fachadas de edificações de interesse cultural, com integração ao Parque Primeiro de Maio; III - instituição de perímetro de proteção do patrimônio cultural. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 81) Parágrafo único - A altura das edificações não poderá ultrapassar dois pavimentos, prevalecendo as demais disposições contidas nesta Lei. Art. 91-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 84) Art. 91-B - A ADE do Buritis é a área que, devido à precariedade de articulação viária da região com o restante da cidade, demanda a adoção de medidas visando inibir o crescente adensamento, cujo processo deve ser objeto de constante monitorização por parte do Executivo. 1º - As edificações na ADE do Buritis deverão respeitar os seguintes parâmetros: I - Quota de Terreno por Unidade Habitacional = 60m² (sessenta metros quadrados); II - Coeficiente de Aproveitamento - CA - igual a 1,0 (um); Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 82) III - nas quadras a montante do Parque Aggeo Pio Sobrinho, identificadas no Anexo II desta Lei, às folhas 53 e 59, pelos números 11223, 11340, 11353, 11366, 11379, 11381, 11394, 11400, 11439, 11441, 11454, 11501, 11514, 11527, e 9973, é admitido, exclusivamente, o uso residencial unifamiliar e com os parâmetros do zoneamento existentes. Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 82) 2º - Os empreendimentos de impacto que vierem instalar-se na ADE do Buritis devem adotar medidas no sentido de mitigar os respectivos impactos nos acessos principais da área da ADE. 3º - As novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno, evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se, excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico

184 465 para bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou superiores a 3 m (três metros), compatível com o restante da edificação, de maneira a formar composição estética com esta. 3º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 82) 4º - Deve ser estimulada a adoção de medidas de melhoria da paisagem urbana, como proteção e tratamento paisagístico de taludes, a serem implementadas pelas edificações existentes, às quais poderão ser concedidos incentivos, e pelas edificações a construir. 4º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 82) Art. 91-B acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 84) Art. 91-C - A ADE da Serra do Curral corresponde à área de proteção da Serra do Curral, incluindo-se a área tombada e a área de entorno, definidas conforme deliberação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH -, de acordo com o Anexo XII-A desta Lei, excluídas as áreas de ZEIS. 1º - As intervenções na ADE Serra do Curral estão sujeitas aos seguintes critérios, que poderão ser flexibilizados mediante análise e aprovação do CDPCM-BH: I - a Taxa Mínima de Permeabilidade é superior ao valor estabelecido no Anexo VI desta Lei em: a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Área Parcelada 1 - Apa 1 - e como Área Parcelada 2 - Apa 2 -; b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Área Parcelada 3 - Apa 3 -; II - a taxa máxima de ocupação é inferior ao valor estabelecido no Anexo VI desta Lei em: a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Apa 1 e Apa 2; b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Apa 3; III - para todo o perímetro da ADE, a altura máxima dos taludes em novos cortes no terreno é de 3,00 m (três metros), salvo nos casos de comprovada inviabilidade técnica; IV - as novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno, evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se, excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico para bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou superiores a 3,00 m (três metros), compatível com o restante da edificação, de maneira a formar composição estética com esta; V - para a recuperação de áreas degradadas e implementação de paisagismo de novas áreas, deverão ser utilizadas espécies nativas da Serra do Curral; VI - as construções nas áreas degradadas classificadas como Área de Recuperação no mapeamento cultural somente serão permitidas mediante elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada a ser aprovado pelo CDPCM-BH, ouvido o COMAM, e desde que destinadas a uso público. Parágrafo único - A recuperação das áreas degradadas poderá ser estimulada mediante utilização de instrumentos de política urbana. Art. 91-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 91-D - A ADE Rua da Bahia Viva é aquela que, em virtude de sua importância histórico-cultural associada à sua vocação de lazer e cultura, demanda a adoção de medidas para o incremento de seu potencial, que incluam: I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas pertinentes; II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local, tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros; III - a identificação de órgão ou unidade responsável por coordenar as ações institucionais e técnicas necessárias ao seu desenvolvimento. Art. 91-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Art. 91-E - A ADE Polo da Moda, delimitada no Anexo XII desta Lei, é aquela que, em virtude do potencial existente relacionado aos setores têxtil, de design e produção de moda, demanda a adoção de medidas para incremento da geração de divisas e empregos para o Município, que incluam: I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas pertinentes; II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local, tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros;

185 466 III - a consolidação de entidade gestora, de forma a coordenar ações institucionais, técnicas e estratégicas para seu desenvolvimento. Art. 91-E acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) Seção II Das Áreas de Especial Interesse Social Seção II (art. 91-F) acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 84, parágrafo único) Art. 91-F - Áreas de Especial Interesse Social - AEISs - são aquelas edificadas ou não, destinadas à implantação de programas e empreendimentos de interesse social, vinculados ao uso habitacional. 1º - A instituição das AEISs pode se dar: I - por lei, quando da alteração do zoneamento, observado o disposto no art. 111 desta Lei; II - por ato do Executivo, a partir da proposição do proprietário, caracterizado o interesse público, desde que haja: a) anuência prévia do COMPUR relativa à capacidade da área para receber os parâmetros urbanísticos de AEIS; b) anuência prévia do CMH. 2º - Ficam classificadas como AEISs-1 as áreas delimitadas no Anexo XIII desta Lei e os terrenos incluídos no Anexo XIV desta Lei. 3º - Constituem AEISs-2 os loteamentos clandestinos passíveis de regularização, que serão definidas pelo Executivo, no prazo de 6 (seis) meses, contado a partir da data de publicação desta Lei. 4º - Os critérios e parâmetros urbanísticos das AEISs serão estabelecidos em lei municipal. Art. 91-F acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 83) CAPÍTULO VII DAS PENALIDADES Seção I Disposições Gerais Art O processo administrativo relativo à infração pelo descumprimento do disposto nesta Lei deve ser feito, no que não contrariar o que nela está previsto, com os mesmos prazos e forma aplicáveis pelo descumprimento do Código de Edificações do Município. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 85) 1º - A infração ao disposto nesta Lei implica a aplicação de penalidades ao agente que lhe der causa, nos termos deste Capítulo. 2º - O infrator do disposto nesta Lei será previamente notificado, pessoalmente ou mediante via postal, com Aviso de Recebimento - AR -, para regularizar a situação no prazo de 30 (trinta) dias, ressalvados os casos de prazos maiores ou menores fixados neste Capítulo. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 85) Art Em caso de reincidência, o valor da multa previsto nas seções seguintes será progressivamente aumentado, acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo. 1º - Para os fins desta Lei, considera-se reincidência: I - o cometimento, pela mesma pessoa física ou jurídica, de nova infração da mesma natureza, em relação ao mesmo estabelecimento ou atividade; II - a persistência no descumprimento da Lei, apesar de já punido pela mesma infração. 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta a continuidade da ação fiscal. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 86)

186 467 Art A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não obsta a iniciativa do Executivo em promover a ação judicial necessária para a demolição da obra irregular, nos termos dos arts. 934, III, e 936, I, do Código de Processo Civil. Art. 94-A - A instalação, construção ou ampliação de empreendimento de impacto em desacordo com o disposto na Seção V do Capítulo V desta Lei implica pagamento de multa diária no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno, sem prejuízo do disposto no art. 106 desta Lei. Art. 94-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 87) Seção II Das Penalidades por Infrações a Normas de Parcelamento Art A realização de parcelamento irregular ensejará a adoção das seguintes medidas: I - imediato embargo da obra de implantação do parcelamento ou interdição do parcelamento concluído; II - notificação para obter, no prazo de 90 (noventa) dias, o Alvará de Urbanização para a obra de implantação do parcelamento ou o registro do loteamento, no caso de parcelamento concluído. 1º - Caracteriza-se como realização de parcelamento irregular: I - a execução de qualquer obra sem a existência de Alvará de Urbanização; II - a implantação de parcelamento em desacordo com o projeto aprovado. 2º - A desobediência ao embargo ou à interdição sujeitará o infrator, proprietário, empresa contratada ou corretor, à apreensão ou à interdição das máquinas, dos equipamentos e veículos em uso no local, juntamente com a aplicação de multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), observando-se o disposto no caput do art. 93 desta Lei, e considerando-se o prazo de 1 (um) dia para a caracterização de reincidência. 3º - A não regularização no prazo estabelecido no inciso II do caput deste artigo ensejará à aplicação de multa de R$1,00 (um real) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento irregular, observando-se o disposto no art. 93 desta Lei, e considerando-se o prazo de 60 (sessenta) dias para a caracterização de reincidência. Art. 95 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 88) Art Para fins de aplicação de multas, a venda de lotes ou áreas e a publicidade de qualquer natureza ou forma, inclusive a presença de corretores no imóvel, serão consideradas desobediência ao auto de embargo ou de interdição. Art. 96 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 89) Art A não conclusão da urbanização, no prazo de validade fixado no Alvará de Urbanização sujeita o proprietário ao pagamento de multa, por mês, ou fração de atraso, no valor de R$1,00 (um real) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento. Art. 97 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 90) Seção III Das Penalidades por Infrações a Normas de Edificação Art O acréscimo irregular de área em relação ao Coeficiente de Aproveitamento sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa, calculada multiplicando-se o valor venal do metro quadrado do terreno pelo número de metros quadrados de construção acrescidos à área líquida máxima permitida. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 91) 1º - Se a área irregularmente acrescida se situar em cobertura, será o valor da multa aumentado em 50% (cinqüenta por cento). Art A construção de mais unidades que o permitido sujeita o proprietário da edificação a multa correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor de cada unidade acrescida, apurado conforme os critérios utilizados para cálculo do ITBI.

187 468 Art A desobediência aos parâmetros mínimos referentes às taxas de ocupação e de permeabilidade sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado pelo número de metros quadrados, ou fração, de área irregular. Art. 100 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 92) Art A desobediência às limitações de gabarito sujeita o proprietário ao pagamento de multa no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado por metro cúbico, ou fração, do volume criado pela altura excedente à permitida. Art. 101 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 93) Art O desrespeito às medidas correspondentes à altura máxima na divisa sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado por metro cúbico, ou fração do volume superior ao permitido calculado a partir da limitação imposta. Art. 102 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 94) Art A invasão dos afastamentos mínimos estabelecidos nesta Lei ou o descumprimento do disposto nos arts. 57 e 58 desta Lei sujeitam o proprietário do imóvel ao pagamento de multa de 0,5% (cinco décimos por cento) do valor venal do terreno por metro cúbico ou fração, de volume invadido, calculado a partir da limitação imposta. Art. 103 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 95) Art A execução de área de estacionamento em desconformidade com o disposto nesta Lei implica o pagamento de multa correspondente a 1% (um por cento) do valor venal do imóvel multiplicado pelo número de vagas inferior ao mínimo exigido por esta Lei. Art. 105 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 96) Seção IV Das Penalidades por Infrações a Normas de Localização de Usos e de Funcionamento de Atividades Art O funcionamento de estabelecimento em desconformidade com os preceitos desta Lei enseja a notificação para o encerramento das atividades irregulares em 10 (dez) dias. 1º - O descumprimento da obrigação referida no caput implica: I - pagamento de multa diária no valor equivalente a: a) R$250,00 (duzentas e cinquenta reais), no caso de uso do Grupo I do Anexo X desta Lei; Alínea a com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 97) b) R$500,00 (quinhentos reais), no caso de uso do Grupo II do Anexo X desta Lei; Alínea b com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 97) c) R$1.000,00 (um mil reais), no caso de uso do Grupo III e do Grupo IV do Anexo X desta Lei; Alínea c com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 97) d) R$3.000,00 (três mil reais), no caso de empreendimento de impacto. Alínea d com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 97) II - interdição do estabelecimento ou da atividade, após 5 (cinco) dias de incidência da multa. 2º - O valor da multa diária referida no parágrafo anterior é acrescido do valor básico: I - a cada 30 (trinta) dias de incidência daquela, caso não tenha havido interdição; II - a cada 5 (cinco) dias, por descumprimento da interdição. 3º - No caso de atividade poluente, assim considerada pela lei ambiental, é cumulativa com a aplicação da primeira multa a apreensão ou a interdição da fonte poluidora. 4º - Para as atividades em que haja perigo iminente, enquanto persistir o perigo, o valor da multa diária é equivalente a R$3.000,00 (três mil reais), podendo a interdição se dar de imediato, cumulativamente com a multa. 4º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 97) 5º - Para os fins deste artigo, entende-se por perigo iminente a ocorrência de situações em que se coloque em risco a vida ou a segurança de pessoas, demonstrada no auto de infração respectivo.

188 469 Art. 106-A - A construção, a ampliação, a instalação ou o funcionamento de empreendimentos de impacto, inclusive de antenas de telecomunicações, sem a devida licença ambiental ou em desacordo ao que nela estiver determinado, sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de Parágrafo único - As infrações decorrentes das condutas previstas no caput deste artigo serão consideradas de natureza gravíssima. Art. 106-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 98) Art. 106-B - As multas previstas em normas de caráter ambiental poderão ter a sua exigibilidade suspensa, quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente, cessar imediatamente a degradação ambiental e obrigar-se à adoção de medidas específicas para repará-la. 1º - A correção do dano a que se refere o caput deste artigo deverá ser precedida de apresentação de projeto técnico de reparação do mesmo. 2º - A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de projeto técnico na hipótese em que a reparação não o exigir. 3º - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa será reduzida em 80% (oitenta por cento) do valor, atualizado monetariamente. 4º - Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de corrigir a degradação ambiental, por decisão da autoridade ambiental, o infrator deverá recolher o valor da multa atualizado monetariamente, que será proporcional ao dano não reparado. 5º - Na hipótese de descumprimento das obrigações de cessar e de corrigir a degradação ambiental, por culpa do infrator, o valor da multa, atualizado monetariamente, será recolhido integralmente. 6º - Os valores apurados nos 3º, 4º e 5º deste artigo serão recolhidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado do recebimento da notificação. Art. 106-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 98) Seção V Da Penalidade Aplicável às Demais Infrações Art Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei não especificados nas seções anteriores, o infrator deve ser punido com multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais). Art. 107 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 99) CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS Art São parte integrante desta Lei: I - Anexo I - Glossário -; II - Anexo II - Mapa de Zoneamento -; III - Anexo III - Tabela de Características Geométricas das Vias -; IV - Anexo IV - Mapa de Hierarquização do Sistema Viário -; V - Anexo V - Tabela das Vias com Previsão de Recuo de Alinhamento -; VI - Anexo VI - Tabela de Parâmetros Urbanísticos -; VII - Anexo VII - Tabela de Afastamentos Mínimos Laterais e de Fundo -; VIII - Anexo VIII - Tabela de Número Mínimo de Vagas de Estacionamento -; IX - Anexo IX - Tabela de Faixa de Acumulação de Veículos -; X - Anexo X - Classificação dos Usos, Repercussões Negativas e Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas; Inciso X com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) XI - Anexo XI - Tabela de Localização dos Usos -; XII - Anexo XII - Mapa das Áreas de Diretrizes Especiais; XIII - Anexo XIII - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1 -;

189 470 Inciso XIII acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) XIV - Anexo XIV - Listagem de Terrenos Classificados como Áreas de Especial Interesse Social AEIS-1 -; Inciso XIV acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) XV - Anexo XV - Usos não residenciais admitidos nas ADEs Belvedere e Belvedere III; Inciso XV acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) XVI - Anexo VI-A - Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº 8.137/00; Inciso XVI acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) XVII - Anexo XII-A - Mapa da ADE Serra do Curral. Inciso XVII acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 100) Art São considerados lotes aprovados as partes de lotes que possam ser identificadas na Planta Cadastral de Belo Horizonte de 1942, elaborada na administração Juscelino Kubitschek de Oliveira. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 101) 1º - Para que se constituam em planta de parcelamento do solo aprovada, devem os lotes receber identificação que os correlacione com a planta cadastral. 2º - O proprietário do lote citado no caput deve regularizar sua situação junto ao cartório de registro de imóveis, por meio de certidão de origem fornecida pelo Executivo. 3º - Os loteamentos correspondentes a vilas e bairros que tenham sua existência anterior a 1979 comprovada por meio de registro em cartório, escrituras, contrato de compra e venda, levantamento aerofotogramétrico ou documento similar podem ser regularizados, desde que atendam à legislação em vigor na época de sua instalação. Art O zoneamento somente será revisto, mediante lei específica: I - em sua área de influência, sempre que aberta nova via regional ou arterial; II - em qualquer parte do Município, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir de 1999, quando ocorrerá a primeira revisão. Inciso II com redação dada pela Lei nº 7.795, de 10/09/1999 (Art. 1º) Art Os acréscimos e as alterações ao Anexo IV desta Lei e à classificação das vias segundo a permissividade de usos não residenciais somente podem ser feitos: I - por decreto, quando se tratar de aprovação de parcelamento; II - por lei, de 3 (três) em 3 (três) meses, com parecer prévio favorável do COMPUR, contados da data de vigência desta Lei; III - por lei, quando objeto de Operação Urbana. 1 - A classificação da via, efetivada nos termos do inciso I do caput deste artigo, não poderá ser alterada por decreto. 2 - Os acréscimos e as alterações relativos à permissividade de usos não residenciais serão estabelecidos com base na análise das seguintes características das vias: I - predominância de usos lindeiros; II - largura da via obtida da planta cadastral; III - classificação da função da via, no sistema ao qual pertence, em local, coletora, arterial e de ligação regional; IV - características físicas da via; V - ambiência do entorno, contemplando a compatibilidade entre usos diversos; VI - potencial de saturação do sistema viário e de estacionamento; VII - saturação da via gerada por impacto cumulativo de atividades no local. Art. 112 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 102) Art Passa a ser a seguinte a redação do 2º do art. 5º da Lei nº 6.831, de 17 de janeiro de 1995: " 2º - As atividades não previstas neste artigo que apresentem grande similaridade podem ter seus alvarás expedidos após consulta ao COMPUR."

190 471 Art. 116-A - Para valores numéricos fracionários resultantes da aplicação da Quota de Terreno por Unidade Habitacional, adota-se a seguinte regra: I - Os valores entre 0,01 (um centésimo) e 0,50 (cinqüenta centésimos), inclusive, são arredondados para o número inteiro imediatamente inferior.. II - Os valores entre 0,50 (cinqüenta centésimos) e 1,00 (um inteiro), exclusive, são arredondados para o número inteiro imediatamente superior. Art. 116-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 88) Art. 116-B - Deve ser estimulada, mediante mecanismos a serem estabelecidos por decreto, a utilização simultânea da área de permeabilização e da caixa de captação e drenagem para atendimento à Taxa de Permeabilidade. Art. 116-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 103) Art Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após a sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente: I - os arts. 41 a 45, 47 e 48 e 264 a 268 do Decreto-Lei nº 84/40; II - a Lei nº 2.662, de 29 de novembro de 1976; Inciso II retificado em 21/06/2006 III - a Lei nº 4.034, de 25 de março de 1985; IV - a Lei nº 4.129, de 18 de junho de 1985; V - a Lei nº 4.704, de 8 de maio de 1987; VI - a Lei nº 4.850, de 19 de outubro de 1987; VII - a Lei nº 5.010, de 22 de fevereiro de 1988; VIII - a Lei nº 5.021, de 23 de março de 1988; IX - a Lei nº 5.106, de 17 de maio de 1988; X - a Lei nº 5.125, de 25 de maio de 1988; XI - a Lei nº 5.161, de 7 de julho de 1988; XII - a Lei nº 5.384, de 14 de novembro de 1988; XIII - a Lei nº 5.485, de 27 de dezembro de 1988; XIV - a Lei nº 5.489, de 28 de dezembro de 1988; XV - a Lei nº 5.550, de 17 de janeiro de 1989; XVI - a Lei nº 5.663, de 2 de fevereiro de 1990; XVII - a Lei nº 5.831, de 4 de dezembro de 1990; XVIII - a Lei nº 5.835, de 21 de dezembro de 1990; XIX - a Lei nº 5.982, de 18 de outubro de 1991; XX - a Lei nº 6.262, de 20 de novembro de 1992; XXI - a Lei nº 6.515, de 26 de janeiro de 1994; XXII - a Lei nº 6.521, de 26 de janeiro de Parágrafo único - Ficam revogadas as leis que alteraram o zoneamento previsto na Lei nº 4.034/85, especialmente a nº 6.773, de 6 de dezembro de CAPÍTULO IX DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 8º - Às edificações cujo Alvará de Construção tenha sido obtido na vigência da Lei nº 4.034/85 aplicam-se as penalidades nela previstas. Art. 9º - Serão estabelecidos por decreto os prazos de: I - expedição de diretrizes para o projeto de loteamento; II - exame e aprovação de projeto de loteamento; III - exame e aprovação de projeto de desmembramento; IV - elaboração de laudo de liberação pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente; V - exame e aprovação de projetos de modificação de parcelamento; VI - exame e aprovação de projetos de reparcelamento. Parágrafo único - O limite máximo a ser estabelecido para os prazos referidos nos incisos é de 90 (noventa) dias. Art As intervenções nas ADE s de Interesse Ambiental devem ser analisadas pelo órgão responsável pelo meio ambiente, até que legislação específica entre em vigor.

191 472 Art. 13 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 89) Art Nos terrenos classificados como ZEIS-2, até que seja aprovada legislação específica, serão adotados os parâmetros urbanísticos da maior zona limítrofe. Art. 14 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 89) ANEXO I - GLOSSÁRIO Anexo I substituído pelo Anexo VI da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, VI) ACRÉSCIMO - Aumento de uma edificação em relação ao projeto aprovado, quer no sentido horizontal, quer no vertical, formando novos compartimentos ou ampliando os já existentes. ADENSAMENTO - Intensificação de uso do solo. AFASTAMENTO FRONTAL MÍNIMO - Menor distância permitida entre a edificação e o alinhamento do terreno, medida perpendicularmente a este. AFASTAMENTO LATERAL E DE FUNDO MÍNIMO - Menor distância permitida entre qualquer elemento construtivo da edificação e as divisas laterais e de fundos, medida perpendicularmente a essas. ALINHAMENTO - Limite divisório entre o lote e o logradouro público. ALTURA MÁXIMA NA DIVISA - Distância máxima vertical, medida do ponto mais alto da edificação na divisa até a cota de nível de referência estabelecido de acordo com a topografia do terreno. AMBIÊNCIA Qualidade de determinado lugar, que corresponde a um conjunto de elementos físicos naturais e construídos, estéticos, repletos de significados, em função de valores e vivências dos grupos sociais que, historicamente, constroem a cidade. ÁREA DE CARGA E DESCARGA - Área destinada a carregar e descarregar mercadorias. ÁREA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO - Área livre destinada a iluminação e ventilação, indispensável aos compartimentos. ÁREA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE - Área destinada a embarque e desembarque de pessoas. ÁREA DE ESTACIONAMENTO - Área destinada a estacionamento ou guarda de veículos. ÁREA LÍQUIDA EDIFICADA - Área total edificada, deduzidas as áreas não computadas para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento, conforme previsto no texto legal. ÁREA TOTAL EDIFICADA - Soma das áreas de construção de uma edificação, medidas externamente. ÁREA DE USO COMUM - Área de edificação ou do terreno destinada à utilização coletiva dos ocupantes da mesma. BRISE - Conjunto de elementos construtivos postos nas fachadas para controlar a incidência direta da luz solar nos ambientes. CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COLETIVA - Espaço de uso comum necessário ao deslocamento em um mesmo pavimento e ao acesso às unidades privativas. CIRCULAÇÃO VERTICAL COLETIVA - Espaço de uso comum necessário ao deslocamento de um pavimento para outro em uma edificação, como caixas de escadas, de elevadores e rampas. COBERTURA - Último pavimento de uma unidade residencial em edificação com mais de duas unidades autônomas agrupadas verticalmente.

192 473 COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO - Coeficiente que, multiplicado pela área do lote, determina a área líquida edificada, admitida no terreno. EDIFICAÇÃO HORIZONTAL - Edificação com, no máximo, 2 (dois) pavimentos acima da cota altimétrica média do passeio lindeiro ao alinhamento, excluídos os subsolos. EDIFÍCIO-GARAGEM - Edificação vertical destinada a estacionamento ou guarda de veículos. FACHADA - Face externa da edificação. GABARITO - Altura máxima da edificação, incluídas a caixa d água e a casa de máquinas. GLEBA - Terreno que não foi objeto de parcelamento. GUARITA - Compartimento destinado ao uso da vigilância e de proteção do acesso a uma edificação. INFORMAÇÃO BÁSICA - Documento expedido pelo Executivo contendo as informações necessárias e suficientes à elaboração do projeto arquitetônico ou de parcelamento. LOTE - Porção do terreno parcelado, com frente para logradouro público e destinado a receber edificação. PASSEIO - Parte do logradouro público reservado ao trânsito de pedestres. PAVIMENTO - Espaço de uma edificação situado no mesmo piso. Para os efeitos desta Lei, não são considerados pavimentos: o subsolo, o jirau, a sobreloja, o mezanino, o sótão, a caixa d'água, a casa de máquinas e a caixa de circulação vertical. PILOTIS - Pavimento com espaço livre destinado a uso comum, podendo ser fechado para instalações de lazer e recreação coletivas. POTENCIAL CONSTRUTIVO É a área líquida edificável em um terreno, calculada como o produto da área do mesmo pelo Coeficiente de Aproveitamento da zona em que se situa. SHAFT Vão na edificação para passagem vertical de tubulações e instalações. SOBREZONEAMENTO Delimitação de áreas sujeitas a critérios e parâmetros urbanísticos diferenciados, que se sobrepõem aos estabelecidos pelo zoneamento e sobre eles preponderam. SUBSOLO: a) terrenos em aclive: espaço de uma edificação cuja laje de cobertura esteja situada em nível inferior ao do terreno circundante, no seu todo ou em parte; b) terrenos planos ou em declive: espaço da edificação que atenda, pelo menos, a uma das seguintes condições: 1 - o piso esteja abaixo do ponto mais baixo do alinhamento; 2 - a laje de cobertura esteja abaixo do ponto mais alto do alinhamento. TESTADA - Maior extensão possível do alinhamento de um lote ou grupo de lotes voltada para uma mesma via. USO MISTO - Exercício concomitante do uso residencial e do não residencial. USO RESIDENCIAL - O exercido em edificações, unifamiliares e multifamiliares, horizontais ou verticais, destinadas à habitação permanente. USO NÃO RESIDENCIAL - O exercido por atividades de comércio varejista e atacadista, de serviços, de serviços de uso coletivo e industriais. VARANDA - Área aberta com peitoril ou parapeito de altura máxima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

193 474 ZELADORIA - Conjunto de compartimentos destinados à utilização do serviço de manutenção da edificação. ANEXO II MAPA DE ZONEAMENTO Anexo II alterado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 44 e Anexo I) Anexo II alterado pela Lei nº 8.254, de 12/11/2001 (Art. 1º) Anexo II alterado pela Lei nº 9.655, de 12/12/2008 (Art. 1º) Anexo II alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171 e Anexo VII) O Anexo II da Lei n 7166/96 - Mapa de Zoneamento é parte integrante do Mapa consolidado da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e encontra-se disponível em: &app=planejamentourbano&tax=38827&lang=pt_br&pg=8843&taxp=0& ANEXO III - CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS VIAS VIA ARTERIAL VIA COLETORA CARACTERÍSTICAS PRIMÁRIA SECUNDÁRIA PRIMÁRIA SECUNDÁRIA VIA LOCAL Velocidade Diretriz (km/h) Velocidade de Operação (km/h) Distância de visibilidade parada (m) Raio mínimo de curvatura horizontal (m) CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE I II I II I II I II I II Rampa máxima (%) Rampa mínima (%) 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 Comprimento mínimo de concordância vertical (m) Comprimento crítico da rampa (m) Largura mínima da via (m) CLASSE I - São as vias em áreas com predominância de declividade entre 0 e 30%; CLASSE II - São as vias em áreas com predominância de declividade acima de 30%. ANEXO IV MAPA DE HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO Anexo IV com alterações determinadas pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 91, Anexo II) Anexo IV alterado pela Lei nº 9.022, de 10/1/2005 (Art. 1º e Anexos I e II) Anexo IV alterado pela Lei nº 9.321, de 24/1/2007 (Art. 1º e Anexos I e II) Anexo IV alterado pela Lei nº 9.371, de 18/6/2007 (Art. 1º) Anexo IV alterado pela Lei nº 9.417, de 37/7/2007 (Art. 1º, Anexos I e II) Anexo IV alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171 e Anexo VIII) O Anexo IV da Lei n 7.166/96 - Mapa de Hierarquização do Sistema Viário é parte integrante do

194 475 Mapa consolidado da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e encontra-se disponível em: &app=planejamentourbano&tax=38827&lang=pt_br&pg=8843&taxp=0& ANEXO V - TABELA DAS VIAS COM PREVISÃO DE RECUO DE ALINHAMENTO CÓD. DA VIA NOME DO LOGRADOURO TRECHO Al. José Maria Alkimim Av. A 634 Av. Abílio Machado Anel Rodoviário/Pç. Paulo VI 634 Av. Abílio Machado Pç. Paulo VI/Av. Atlântida 1306 Av. Afonso Vaz de Melo 2494 Av. Almirante Alexandrino Av. Alvinegro 3355 Av. Américo Vespúcio Av. Presidente Carlos Luz/Av. Presidente Antônio Carlos Av. Antônio Francisco Lisboa 5902 Av. Ari Barroso Av. Ayres da Mata Machado Av. Atlântida/Rua Maria Cecília Av. Baleares Av. Salamanca/Av. Maria Vieira Barbosa 7936 Av. Barão Homem de Melo Av. Silva Lobo/Av. Raja Gabaglia Av. Brasília Av. Cachoeirinha Av. Catulo da Paixão Cearense Av. Civilização Av. Maria Vieira Barbosa/limite do Município Ribeirão das Neves Av. Dalva de Matos Rua Beatriz/Av. Augusto dos Anjos Av. das Castanholas Av. Dep. Último de Carvalho Av. do Canal Limite do Município de Contagem/Rua Antônio Eustáquio Piazza Av. do Farol Av. Dom Joaquim Silveira Av. Dom Pedro I Av. Otacílio Negrão de Lima/MG Av. Dom Pedro II Complexo da Lagoinha/AP Av. dos Clarins Av. dos Esportes Av. Dr. Cristiano Guimarães Av. General Olímpio Mourão Filho/Rua São Félix Av. Engenheiro Carlos Goulart Av. Esplanada 748 Av. Flor de Seda Av. Francisco Negrão de Lima Av. Presidente/ligação Av. Francisco Negrão de Lima Av. Francisco Sá 329 Av. Gen. Olímpio Mourão Filho Av. Pedro I/Av. Dr. Cristiano Guimarães Av. Governador Milton Campos Av. Guaratá Av. Haydeé Abras Homssi Av. Henfil Av. Serrana/limite Município Contagem Av. Isabel Bueno Rua Amável Costa/Av. Silveira Ribeiro Av. Itaú

195 Av. Josefino Gonçalves da Silva Av. Luzitânia Av. Maria Conceição Bonfim Av. Nossa Senhora de Fátima Complexo da Lagoinha/Av. Teresa Cristina Av. Otacílio Negrão de Lima Av. Paes de Abreu Av. Perimetral Av. Perimetral Av. Perimetral Av. Presidente Rua João Zacarias de Miranda/Av. Francisco Negrão de Lima 4461 Av. Presidente Antônio Carlos Complexo da Lagoinha/Viaduto São Francisco Av. Presidente Carlos Luz Av. Américo Vespúcio/Av. Dom Pedro II Av. Presidente Carlos Luz Av. C/Av. Américo Vespúcio Av. Raja Gabaglia Av. do Contorno/Av. Barão Homem de Melo Av. Ressaca Av. Santa Matilde Av. Sideral Av. Sigmund Weiss Av. Silva Lobo Av. Pres. Juscelino Kubistchek (Vulo)/Av. Barão Homem de Melo Av. Silveira Ribeiro Av. Isabel Bueno/Av. Sebastião de Brito Av. Sinfrônio Brochado Av. Olinto Meireles/Av. Afonso Vaz de Melo Av. Tupã Av. Um Av. Waldomiro Lobo Rua Vasco da Gama/Rua Dr. Benedito Xavier Av. Warley Aparecido Martins 8664 Beco do Galo MG-05 Anel Rodoviário/Av. José Cândido da Silveira MG-20 Av. Cristiano Machado/Estrada para Santa Luzia Praça 15 de Julho Praça Atalaia Rua Acesita 965 Rua Adalberto Ferraz Rua Afonso Lobato 1652 Rua Aiuroca Rua Alabandina Rua Albertina Rua Além Paraíba 2208 Rua Alfenas Rua Alga Verde Rua Altinópolis Rua Alto da Mata 2771 Rua Álvares da Silva Rua Amaro Ribeiro Coelho Rua Américo Martins da Costa 3907 Rua Anfibólios 4001 Rua Angola Rua Anhembi 4184 Rua Anita Garibaldi Rua Antônio Eustáquio Piazza AP-700/ Rua Lupércio Paixão

196 Rua Antônio Guerra Rua Antônio Ribeiro de Abreu Rua Antônio Teixeira Dias Rua Antônio Vieira Nunes 5159 Rua Apucarana Rua Monteiro Lobato/Rua Sena Madureira 5275 Rua Aracaju 5540 Rua Araribá 5600 Rua Arauá 6426 Rua Astolfo Dutra 6530 Rua Atibaia 7012 Rua Avelino Fóscolo 7980 Rua Barão de Macaúbas Rua Barão do Monte Alto Rua Eridiano/LR Rua Barra do Piraí Rua Bechelany Rua Beija-Flor Rua Beira Linha 8982 Rua Belmiro Braga 9783 Rua Boaventura Rua Boemia Rua Boturobi Rua Bragança Rua Bráulio Gomes Nogueira Rua Caetano Dias Rua Calixto Rua Camilo Prates Rua Camões Rua Campo Formoso Rua Lagoa da Prata/ Rua Úrsula Paulino Rua Campos Elíseos Rua Cândido Carvalho Rua Cândido de Souza Rua Cantora Maysa Rua Capitão Bragança Rua Capitão Duarte Rua Capitão Nelson Albuquerque Rua Capitólio Rua Caraguatatuba Rua Carlos Etiene de Castro Rua Carmem Costa Rua Casa Branca Rua Cataguazes Rua Rio Pomba/ Rua Três Pontas Rua Catete Rua Catulo da Paixão Cearense Rua Célio de Castro Rua Chapinha Rua Cheflera Rua Cibipuruna Rua Cinco Rua Cirilo Gaspar de Araújo Rua Cláudio da Silva Rua Cleanto

197 478 CÓD. DA VIA NOME DO LOGRADOURO TRECHO Rua Coari Rua Coletora Rua Conceição do Canindé Rua Conceição do Mato Dentro Av. Pres. Carlos Luz/Rua Brasiléia Rua Conde de Linhares Av. do Contorno/Praça José Cavalini Rua Conde de Palma Rua Conselheiro Rocha Rua Copeia Rua Corcovado Rua Cel. Antônio Pereira da Silva Rua Crispim Jacques Rua Cruzília Rua Cuiabá Rua da Comunidade Rua da Igreja Rua da Passabem Rua Darcy Vargas Rua Desembargador Barcelos/ Rua Lagoa da Prata Rua das Canoas 9119 Rua das Clarinetas Rua das Petúnias Rua das Violas Rua Deputado José Raimundo Rua Descalvado Rua Desembargador Barcelos Rua Platina/ Rua Darcy Vargas Rua Desembargador Bráulio Rua do Comércio Rua do Contorno Rua Dolomita Rua Dom Aquino Rua Dom Vital Rua Dona Ambrosina Rua Donato da Fonseca 7517 Rua dos Bacuraus Rua dos Beneditinos Rua dos Borges Rua dos Chilenos Rua dos Cravos Rua dos Navegantes Rua Radialista Zélia Marinho/Rua Horácio Dolabela Vaz Rua Dr. Álvaro Camargos Av. Sanitária II/ligação Rua Dr. Benedito Xavier Rua Dr. Camilo Rua Dr. Cristiano Rezende Rua Duzentos e Vinte e Sete Rua Edna Quentel Rua Edson Luiz Miranda Rua Engenheiro Felipe Caldas Rua Engenho de Minas Rua Eridano Rua Espinosa

198 Rua Estanislau Fernandes Rua Euclásio Rua Euclides Andrade Rua Expedicionário José Silva Rua Fabiano Taylor Rua Farmacêutico Raul Machado Rua Felicíssimo Rua Figueiro Rua Filomena Gaspar de Araújo Rua Flor da Noite Rua Flor das Almas Rua Fluorina Rua Formiga Rua Francisca Cândida Rua Francisco Bicalho Rua Francisco Bretas Bhering Rua Elias Moisés/ Rua João Zacarias de Miranda Rua Francisco Leocádio Rua Frei Gaspar Rua G Rua General Aranha Rua General Clark Rua Gentios Rua Geraldo Costa Lara Rua Gregório de Matos Rua Groenlândia Rua Gurutuba Rua Gustavo da Silveira Rua H Rua Halley Rua Hélio Viana Rua Henrique Tamm Rua Hermes Fontes Rua Herval Rua Hoffman Rua Horário Dolabela Vaz Rua dos Navegantes/Ligação Rua Iara Rua Ilha de Malta Rua Amaraji/ Rua São João da Serra Rua Ilha de Malta Rua Potengi/Anel Rodoviário Rua Imperial Av. Atlântida/limite Município Contagem Rua Independência Rua Interna Rua Ipê Roxo Rua Ipiranga Rua Ipurinas Rua Iraí Pç. José Cavalini/Av. Artur Bernardes Rua Itaguaí Rua Itajubá Av. do Contorno/Av. Silviano Brandao Rua Itamarandiba Rua Itanhomi Rua Itapetinga Rua J

199 Rua Jaboatão Rua Jacuí Rua Jaguari Rua Japura Rua Jaques Roberto Rua Java Rua Jeceaba Rua João Pires Rua João Ramalho Rua João Zacarias de Miranda Rua Francisco Bretas Bhering/Av. Presidente 1422 Rua Joaquim Gouveia Rua Joaquim Teixeira dos Anjos 6470 Rua Jornalista João Bosco Rua José Bartolota Rua José de Oliveira Fernandes Rua José de Paula Cotta Rua José dos Reis Pereira Rua José Luiz Azevedo 4216 Rua José Moreira Mota Rua José Soares da Costa Rua Josué Martins de Souza Rua Josué Menezes 8320 Rua Jovina Gaspar de Araújo Rua Júlio Mesquita Rua Lupércio Paixão/AP Rua Junquilhos Av. Amazonas/ Rua Desembargador Barcelos Rua Juramento Rua La Paz Rua Ladainha Rua Lagoa da Prata Rua Darcy Vargas/AP Rua Lambari Rua Leopoldino de Oliveira Rua Leopoldo Gomes Rua Líbia Rua Líder Rua Professor Magalhães Penido/ Rua Amável Costa Rua Lindolfo de Azevedo Rua Lorca Rua Lucimara Marques Rua Lupércio Paixão Av. Antônio Eustáquio Piazza/Av. Nélio Cerqueira Rua Luzia Salomão Rua Macaúbas Rua Madre Gertrudes Comensoli Rua Magela Gonçalves Rua Major Barbosa Rua Manaíra Rua Mangabeira Rua Manjericão 1580 Rua Manoel Alexandrino Rua Manoel Elias de Aguiar Rua Sena Madureira/Av. Presidente Tancredo Neves Rua Maquinista Antônio da Costa Rua Marabá

200 Rua Maracá Rua Marajó Rua Junquilhos/Rua Desembargador Barcelos Rua Marcelino Ferreira Rua Marco Aurélio Rua Marfisa de Souza Raposo Rua Maria Amélia Maia Rua São Tiago/ Rua Vasco da Gama Rua Maria Amélia Pimenta Rua Maria Auxiliadora Rua Maria Heilbuth Surette Rua Maria Martins Rua. Maria Morais da Silva Rua Mariana Rua Mariano de Abreu Rua Marquês de Lavradio Rua Martins Alves Rua Martins Soares Rua Menelick de Carvalho Rua Mica Rua Ministro Oswaldo Aranha Rua Mira Mar Rua Mirante Rua Modelo Rua Monte Santo Rua Monteiro Lobato Rua Brasiléia/Rua Apucarana Rua Nascimento Rua Navarra Rua Niquelina Rua Ocidental Rua Olaria do Barreiro Rua Olinda Av. Amazonas/ Rua Java Rua Olinto Magalhães Rua Vila Rica/ Rua Pelotas Rua Oliveira Fortes Rua Ouricuri Rua Ouro Branco Rua Padre Eustáquio Rua Vila Rica/Praça do Vaticano Rua Padre Pedro Evangelista Rua Padre Pedro Pinto Rua Palermo Rua Sardenha/Av. Cremona Rua Paquequer Rua Pará de Minas Rua Vila Rica/Pç. São Vicente de Paula Rua Patagônia Rua Pau Ferro Rua Paulista Rua Paulo Arbex Rua Paulo de Frontin Rua Paulo Diniz Carneiro Rua Paulo Freire de Araújo Rua Paulo Piedade Campos Rua Pedro Américo Rua Pedro Batista Martins Rua Pedro Celestino Mendonça

201 Rua Pedro Lessa Rua Pelotas Rua Vila Rica/ Rua Pará de Minas Rua Perdigão Malheiros Rua Petrópolis Rua Pintor Pablo Picasso Rua Pitangueiras Rua Pium-I Rua Piúma Rua Platina Av. do Contorno/ Rua Campos Sales Rua Plêiades Rua Pororocas Rua Pouso Alegre Rua Jacuí/ Rua Salinas Rua Praça dos Touros Rua Principal Rua Professor Magalhães Drumond Rua Professor Magalhães Penido Av. Pres. Antônio Carlos/ Rua Líder Rua Professor Rubens Guelli Rua Queluzita Rua Radialista José Baluarte Rua Maria Gertrudes dos Santos/ Rua Deise de Lima Rua Raimundo Magno Silva Rua Reis de Almeida Rua Ribeirão da Onça Rua Rio Grande Rua Rio Negro Rua Rio Parnaíba Rua Rocha Lagoa Rua Rodrigues do Prado Rua Rogério Aparecido da Silva Rua Rosemberg Silva Rua Rosinha Sigaud Rua Rubens de Souza Pimentel Rua Sabará Rua Salinas Rua Santa Cruz Rua Santa Cruz Rua Santa Josefina Rua Santa Mônica Rua Santa Quitéria Rua Santa Rita de Cássia Rua Santo Agostinho Rua Santo Ildelfonso Rua Santo Inácio Rua São Jerônimo Rua São João Batista da Glória Rua São João da Lagoa Rua São João de Meriti Rua Sardenha Av. Otacílio Negrão de Lima/ Rua Palermo Rua Sem Nome Rua da Comunidade/ Rua La Paz Rua Sem Nome Rua Sem nome

202 Rua Serra José Vieira Rua Serrinha Rua Sena Madureira Rua Apucarana/ Rua Manoel Elias de Aguiar Rua Senhora dos Navegantes Rua Serafim Pereira da Silva Rua Serra dos Orgãos Rua Serra Dourada Rua Sessenta e Cinco Rua Sessenta e Quatro Rua Sete Rua Sílvio Romero Rua Simão Tamm Rua Sofre Rua Tales Rua Tavares Bastos Rua Tenente Anastácio de Moura Rua Tenente Garro Rua Terezina Rua Tiziu 9377 Rua Trem de Ferro Rua Três Pontas Rua Cataguazes/Av. Dom Pedro II Rua Trevo Rua Treze Rua Trifana Rua Tubarão Rua Itapetinga/LR Rua Ubá Rua Um Rua Um Rua Úrsula Paulino Rua Campo Formoso/Anel Rodoviário Rua V Rua Vargem Bonita Rua Vasco da Gama Rua Vinte Rua Vinte e Três Rua Violeta de Melo Rua Vitorio Marçola Rua Volts Rua W Rua W Rua Walmique Santos Rua Yvon Magalhães Pinto

203 484 Logradouro Nome Bairro Trecho Antiga estrada para Nova Lima Taquaril Av. Álvaro da Silveira Barreiro Av. Dom José Gaspar Coração Eucarístico Av. dos Bandeirantes Sion Av. Miguel Perrela Castelo Av. Olinto Meireles Barreiro Av. Solferina Ricci Pace Jatobá Av. Waldir Soeiro Enrich Betânia Rua Aporé Aparecida Rua Arquiteto Morandi Barreiro Rua Bernardino de Lima Gutierrez Rua Bonfim Bonfim Rua Bonsucesso Betânia Rua Brás Baltazar Caiçara Rua Camanducaia Salgado Filho Rua Canaã Nova Granada Rua Capitão Nelson Albuquerque Venda Nova Rua Comendador Nohme Salomão Lagoinha Rua Conselheiro Carneiro de Campos Salgado Filho Rua Conselheiro Lafaiete Floresta Rua Corcovado Jardim América Rua Corrêas Sion Rua do Ouro Serra Rua Dr. Henrique Tann São Bernardo Rua Fides Aparecida Rua Gomes Freire Cachoeirinha Rua Grão Mogol Sion Rua Haiti Belvedere Rua Hespéria Aparecida Rua Itabira Lagoinha R. Rio Novo / R. Formiga Rua Jequitaí São Cristóvão Rua João de Deus Matos Cachoeirinha Rua José Rodrigues Pereira Buritis Rua Kepler Santa Lúcia Rua Madalena São Cristóvão R. Belmiro Almeida / Av. Antônio Carlos R. Belmiro Almeida / Av. Antônio Carlos Rua Major Barbosa Santa Efigênia Rua Mantena Ouro Preto Rua Maquiné Salgado Filho Rua Maria Macêdo Nova Suissa Rua Medusa Santa Lúcia Rua Montes Claros Anchieta Rua Nilo A. Gazire Estoril Rua Paulo Afonso Santo Antônio Rua Pitangui São Cristóvão Rua Prof. Estevão Pinto Serra Rua Prof. José Vieira de Mendonça Engenho Nogueira Rua Rio Novo Lagoinha R. Itabira / R. Itapecerica Rua Rocha Lagoa Cachoeirinha Rua São Vicente Olhos D agua Rua Silvério Ribeiro Santa Rosa Rua Taquaril Saudade Rua Tecelões Aparecida Rua Turquesa Prado Rua Varginha Floresta

204 Rua Viçosa São Pedro Códigos dos Logradouros (Antiga estrada para Nova Lima Taquaril) a (Rua Viçosa - São Pedro) acrescentados pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 92, Anexo III) ANEXO VI - PARÂMETROS URBANÍSTICOS RELATIVOS À QUOTA DE TERRENO POR UNIDADE HABITACIONAL, TAXA DE OCUPAÇÃO, TAXA DE PERMEABILIDADE E ALTURA MÁXIMA NA DIVISA Anexo VI substituído pelo Anexo IX da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, IX) ZONEAMENTO Quota de Terreno por unidade habitacional (m²/un) Taxa de Ocupação Taxa de Permeabilidade Altura Máxima na Divisa ZPAM - 0,02 95% - ZP-1 (1) (2) 0,2* 70% 5,0 m ZP (2) 0,5* 30% 5,0 m ZP ,5* 30% 5,0 m ZAR Cf. art. 50 (3) 5,0 m ZAR Cf. art. 50 (3) 5,0 m ZA (4) 40 - Cf. art. 50 (3) 5,0 m ZAP 40 - Cf. art. 50 (3) 5,0 m ZHIP 08 - Cf. art. 50 (3) 10,8 m (5) ZCBH 20 - Cf. art. 50 (3) 10,8 m ZCBA 25 - Cf. art. 50 (3) 9,0 m ZCVN 25 - Cf. art. 50 (3) 9,0 m ZEIS ZE - - Cf. art. 50 (3) 5,0 m *Valores acrescentados pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 7º) (1) - Na ZP-1 e nas áreas de propriedade particular situadas na ZPAM, os lotes com área inferior a m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) regularmente aprovados em data anterior a 27 de dezembro de 1996 estarão submetidos aos parâmetros urbanísticos da ZP-2. (2) - Em loteamento aprovado até a data da publicação desta Lei situado em ZP-1, ZP-2 ou em área de propriedade particular classificada como ZPAM, quando a área do lote for inferior à quota de terreno estabelecida para a zona, a quota de terreno equivalerá à área do lote. (3) - Ver 1º do artigo 50 da LPOUS. (4) - As edificações de uso residencial situadas em terrenos na ZA que tenham testada igual ou superior a 20,00m (vinte metros) e área igual ou maior que 800m² (oitocentos metros quadrados) poderão ser construídas utilizando-se de CAb igual a 1,8 (um inteiro e oito décimos) e CAm igual a 2,3 (dois inteiros e três décimos), conforme previsto no Plano Diretor, desde que observada quota de terreno por unidade habitacional igual a 70m²/un. Deverá ainda ser observada a utilização do b=4 na fórmula de cálculo do afastamento lateral e de fundos constante do Anexo VII desta Lei. Observação 4 com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 8º) (5) - Parâmetro somente aplicável em relação à divisa de fundo.

205 486 ANEXO VI-A PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ZEs ESTABELECIDAS PELA LEI Nº 8.137/2.000 Anexo VI-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Anexo IV), com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XVIII e 2º, e Anexo XVIII) IDENTIFICAÇÃO DA ZE Coeficiente de Aproveitamento Quota Básica de Terreno por Unidade Habitacional Coluna excluída pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 9º) Taxa de Permeabilidade Altura Máxima na Divisa "Estação Venda Nova": localizada na região de Venda Nova, com frente para a Rua Padre Pedro Pinto, identificada à folha 8**. "Estação Vilarinho": localizada na região de Venda Nova, na confluência das avenidas Cristiano Machado e Vilarinho, identificada à folha 9**. "Estação Pampulha": localizada na região da Pampulha, na interseção das avenidas Pedro I e Portugal, identificada à folha 14** (*) Estação Carlos Luz": localizada na região de Engenho Nogueira, indicada para estação de integração de transporte coletivo e centro tecnológico, identificada à folha 28**. "Estação José Cândido da Silveira: localizada no bairro Santa Inês, identificada à folha 30**. Estação Alípio de Melo": localizada no bairro Manacás, destinada a estação de integração de transporte coletivo, identificada à folha 33**. "Estação Salgado Filho": localizada no bairro Salgado Filho, identificada à folha 45**. "Estação Barreiro": localizada na região do Barreiro, identificada à folha 51**. "Estação Diamante", correspondente à Estação Diamante e sua expansão, identificada à folha 57**. ZE Pilar : correspondente a área ocupada por indústrias localizada na 1,7 25 m²/un 20 % 9,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 1, m²/un 20 % 5,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 2,0 25 m²/un 20 % 9,0 m 1,7 25 m²/un 20 % 5,0 m 1,0 20% 5,0 m

206 487 região do Barreiro, nas proximidades do Bairro Olhos d Água, identificada às folhas 58 e 59**. Linha acrescentada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 10) ZE São Francisco : correspondente à área do Bairro São Francisco, ocupada predominantemente por galpões, identificada às folhas 21, 22, 28 e 29.** Linha acrescentada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 10) ZE Jatobá : correspondente a áreas parcialmente ocupadas por atividades econômicas de grande porte, identificadas às folhas 56 e 57.** Linha acrescentada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 10) ZE Engenho Nogueira : correspondente a áreas ocupadas por atividades econômicas de grande porte, identificadas à folha 28.** Linha acrescentada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 10) 1,0 20% 5,0 m 1,0 20% 5,0 m 1,0 30% 5,0 m (*) Na ZE identificada como Estação Pampulha, a altura máxima das edificações é de 12m (doze metros), medidos a partir do terreno natural, em qualquer ponto. O parcelamento e a ocupação do solo ficam condicionados a autorização dos órgãos responsáveis pelo patrimônio cultural. ** Folha do Anexo II da Lei n /96. ANEXO VII AFASTAMENTOS MÍNIMOS LATERAIS E DE FUNDO Anexo VII substituído pelo Anexo X da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, X) A = 2,30 + ( H 12,00 ) b, onde A = afastamentos laterais e de fundos mínimos, em metros, quanto aos pavimentos com altura H > 12,00 m (doze metros); H = distância vertical, me metros entre a laje de cobertura de cada pavimento e a laje de piso do primeiro pavimento acima da cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote. b = 4, para edificações na ZCBA, ZCVN, ZE-2, ZAP, ZARs, ZPs e ZPAM. b = 8, para edificações na ZCBH e na ZA

207 488 ANEXO VIII NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS PARA VEÍCULOS NOS PROJETOS DE EDIFICAÇÕES Anexo VIII substituído pelo Anexo XI da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XI) CATEGORIA DE USO CLASSIFICAÇÃO DA VIA NÚMERO DE VAGAS RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR Nº MÍNIMO DE VAGAS PARA ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS Unidades com área 90 m 2 : 1 vaga por unidade Ligação Regional e Unidades com área > 90 m 2 : 2 vaga por unidade Arterial Coletora e Local Unidades com área 47 m 2 : 1 vaga por 3 unidades Unidades com área 47 m 2 e 60 m 2 : 2 vagas por 3 unidades Unidades com área > 60 m 2 e 90 m 2 : 1 vaga por unidade Unidades com área > 90 m 2 : 2 vaga por unidade NÃO RESIDENCIAL Ligação Regional Arterial e Coletora 1 vaga para cada 50 m 2 de área líquida Vagas adicionais: 1 vaga para cada 300 m 2 de área líquida 1 vaga para cada 50 m 2 de espaços não cobertos essenciais ao exercício da atividade Local classificada como VR 1 vaga para cada 150 m 2 de área líquida Vagas adicionais: 1 vaga para cada 450 m 2 de área líquida Local classificada como VM ou VNR 1 vaga para cada 75 m 2 de área líquida Vagas adicionais: 1 vaga para cada 450 m 2 de área líquida NÃO RESIDENCIAL Nº MÍNIMO DE VAGAS PARA CARGA E DESCARGA área líquida > 1500 m 2 e < 3000 m 2 : 1 vaga área líquida 3000 m 2 : 1 vaga / 3000 m 2, desprezando-se as frações Nº MÍNIMO DE VAGAS PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE Escolas (Maternais, Infantis, de ensino Fundamental e de Ensino Médio) 1 vaga para cada 450 m 2 de área líquida, desprezando-se as frações Hotéis, Apart-Hotéis, Policlínicas, 1 vaga Hospitais, Pronto Socorros e Maternidades OBS.: - No caso de uso misto, o cálculo do número mínimo de vagas seguirá as regras: - da categoria de uso residencial multifamiliar para a parte residencial; - da categoria de uso não residencial para a parte não residencial.

208 489 ANEXO IX FAIXA DE ACUMULAÇÃO DE VEÍCULOS ÁREA DE ESTACIONAMENTO (em m2) COMPRIMENTO DA FAIXA DE ACUMULAÇÃO (em metros) NÚMERO DE FAIXAS Até De a De a De a Mais de ANEXO X Anexo X alterado pela Lei nº 8.076, de 15/9/2000 (Art. 1º) Anexo X, abaixo, original, substituído pelo Anexo V da Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 95 e Anexo V) Anexo X, abaixo, original, substituído pelo Anexo XII da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XII) O Anexo X da Lei n 7.166/96 Classificação dos Usos foi substituído pelo Anexo XII da Lei n 9.959/2010 e encontra-se disponível em: ANEXO XI LOCALIZAÇÃO DOS USOS Anexo XI substituído pelo Anexo XIII da Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XIII) PERMISSIVIDADE DE USOS VR Baixa permissividade em relação à instalação de usos não residenciais VM Média permissividade em relação à instalação de usos não residenciais VNR Alta permissividade em relação à instalação de usos não residenciais USOS NÃO RESIDENCIAIS GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV A AC NA NA A AC AC NA A AC AC AC VR = Via Preferencialmente Residencial VM = Via de Caráter Misto VRM = Via Preferencialmente Não Residencial A = Admitido AC = Admitido sob condições

209 490 NA = Não admitido ANEXO XII MAPA DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS Anexo XII alterado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 91, Anexo II) Anexo XII alterado pela Lei nº 8.254, de 12/11/2001 (Art. 1º) Anexo XII alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XIV e Anexo XIV) O Anexo XII da Lei n 7.166/96 Mapa das Áreas de Diretrizes Especiais é parte integrante do Mapa consolidado da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e encontra-se disponível em: &app=planejamentourbano&tax=38827&lang=pt_br&pg=8843&taxp=0& ANEXO XII-A MAPA DA ADE SERRA DO CURRAL

210 491 ANEXO XIII MAPA DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL 1 (AEIS-1) Anexo XVI - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1, incluído na Lei nº 7.166/96 como Anexo XIII pela Lei nº 9.959, de (Art. 100, Anexo XVI) Anexo XIII alterado pela Lei nº , de 5/7/2013 (Art. 7º, Anexo I) Anexo XIII alterado pela Lei nº , de 20/1/2014 (Art. 10, Anexo Único) O Anexo XIII da Lei n 7.166/96 Mapa das Áreas de Especial Interesse Social 1 (AEIS-1) é parte integrante do Mapa consolidado da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e encontra-se disponível em: &app=planejamentourbano&tax=38827&lang=pt_br&pg=8843&taxp=0& ANEXO XIV LISTAGEM DE TERRENOS CLASSIFICADOS COMO ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL - AEIS Anexo XIV acrescentado pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 27) que acrescentou ANEXO XXXIII à Lei nº 9.959, de 20/7/2010 N.º do Lote Quadra Bairro Região CP Zona Folha do Mapa Área (m²) Marize / Juliana Norte M ZAR , Marize M ZAR ,15 1 a Tupi B ZAR ,00 1 A/ 2 A 82 B Jaqueline J ZAR-2 5 e ,56 25 a 42 6 Vila Califórnia I ZAR ,40 1 a 6, 26 a Juliana M ZAR ,19 1 a Juliana M ZAR ,72 7 a Goiânia Nordes te A ZE ,00 10 a Vista Alegre Oeste M ZAR ,00 23 a 25 8 Alpes M ZAP ,00 1 a A Santa Lúcia Centro -Sul M ZAR-1/ZP ,00

211 492 1 a A Santa Lúcia 30 a A Santa Lúcia São Francisco Pampu lha M ZAR-1/ZP , M ZAR , J ZE ,00 ANEXO XV ATIVIDADES ADMITIDAS NAS ADEs BELVEDERE E BELVEDERE III Anexo XV acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XVII e Anexo XVII) Código CNAE 2.0 Descrição das atividades principais Atividades COMÉRCIO Comércio varejista de produtos alimentícios Padaria e confeitaria com predominância de produção própria Padaria e confeitaria com predominância Padaria e Confeitaria de revenda Comércio varejista de laticínios e frios Laticínios e frios Comércio varejista de doces, balas, Artigos de bomboniere e semelhantes bombons e semelhantes Comércio varejista de carnes Açougue Peixaria Açougue e Peixaria Comércio varejista de bebidas Bebidas Comércio varejista de hortifrutigranjeiros Hortifrutigranjeiros Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios minimercados, mercearias e armazéns Minimercados, mercearias e armazéns Comércio varejista de artigos e aparelhos de uso pessoal e domiciliar Comércio varejista de plantas e flores naturais Plantas e flores naturais Comércio varejista de tecidos Comércio varejista de artigos de armarinho Tecidos e armarinho Comércio varejista de artigos de tapeçaria, cortinas e persianas Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas Comércio varejista de livros Comércio varejista de jornais e revistas Comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas Comércio varejista de artigos de papelaria Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas Artigos de papelaria, livraria e fotográficos Comércio varejista de produtos farmacêuticos, com manipulação de fórmulas Artigos de beleza e farmacêuticos Comércio varejista de produtos farmacêuticos homeopáticos Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal Comércio varejista de artigos de óptica Artigos de uso pessoal Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou magazines Lojas de variedades

212 493 Código CNAE 2.0 Descrição das atividades principais Atividades COMÉRCIO Comércio varejista de materiais de construção Comércio varejista de tintas e materiais para pintura Tintas, solventes e materiais para pintura Comércio varejista de material elétrico Comércio varejista de materiais hidráulicos Comércio varejista de vidros Comércio varejista de ferragens e ferramentas SERVIÇOS Serviços de alimentação Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, exceto sorveteria Material elétrico e hidráulico, vidros e ferragem Bares, lanchonetes, restaurantes e similares Sorveteria Alimentação em cantina, sorveteria e ambulantes Serviços de comunicação Salas de acesso à internet Provedores e serviços de acesso à internet Serviços de técnico-profissionais Serviço de instalações elétricas, inclusive antenas Instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material Instalações e manutenção elétrica Instalação de esquadrias, armários embutidos e divisórias Instalações hidráulicas, sanitárias e de gás Instalações hidráulicas, sanitárias e de gás Montagem de molduras e quadros Montagem de molduras e quadros Atividades paisagísticas Serviços técnicos profissionais Laboratórios fotográficos Laboratórios fotográficos Ensino de artes cênicas, exceto dança Ensino de música Ensino de arte e cultura não especificado anteriormente Ensino de esportes, música, arte e cultura Treinamento de informática Cursos diversos e centro de treinamento Serviço de acupuntura Atividades de atenção à saúde humana Serviços pessoais Lavanderias Lavanderia, Tinturaria e Toalheiros Tinturarias Cabeleireiros Outras atividades de tratamento de beleza Beleza e Estética Serviços domiciliares Serviços domésticos Serviços domésticos Chaveiros Chaveiros Locação de objetos pessoais, domésticos, máquinas e equipamentos Aluguel de fitas de vídeo, DVDs e similares Aluguel de objetos pessoais e artigos Aluguel de aparelhos de jogos eletrônicos eletrônicos

213 494 Código CNAE 2.0 Descrição das atividades principais Atividades Serviços de reparação e conservação Serviços de borracharia para veículos Borracharia automotores Reparação de calçados Reparação de relógios Reparação de bicicletas, triciclos e outros veículos não-motorizados Reparação de artigos do mobiliário Reparação e manutenção de Reparação e manutenção de artigos e equipamentos eletroeletrônicos de uso equipamentos pessoais e domésticos pessoal e doméstico Reparação e manutenção de outros objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados anteriormente Serviços auxiliares de transportes e viagens Serviço de táxi Serviços de apoio ao transporte por táxi, inclusive centrais de chamada Serviço de transporte de passageiros locação de automóveis com motorista Serviços auxiliares das atividades econômicas Decoração, lapidação, gravação, vitrificação e outros trabalhos em cerâmica, louça, vidro e cristal. Serviços agro-veterinários Alojamento, higiene e embelezamento de animais Transporte rodoviário por táxi Lapidação, gravação, vitrificação Alojamento, higiene e embelezamento de animais SERVIÇOS DE USO COLETIVO Serviços de educação Ensino de idiomas Escola de idiomas Serviços públicos Atividades de franqueadas do Correio Nacional Agência de correio e telégrafo LEI Nº 7.241, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1996 Estabelece condições para o planejamento do serviço de transporte coletivo no Município e dá outras providências. O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, e atendendo ao que dispõe o 8º do art. 92 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, promulga a seguinte Lei: Art. 1º - O planejamento do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros do Município deve ser adequado às alternativas tecnológicas apropriadas ao atendimento de suas necessidades intrínsecas e ao atendimento do interesse público, respeitado o disposto no Título VI, Capítulo XII da Lei Orgânica do Município, a Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, e em outras diretrizes do planejamento urbano municipal. Parágrafo único - O planejamento terá como princípio básico proporcionar aos usuários do sistema de transporte coletivo a mais ampla mobilidade, com segurança e conforto, com o menor tempo e custo.

214 495 Art. 2º - O transporte coletivo de passageiros terá prioridade sobre o transporte individual e comercial, estendendo-se esta ao sistema viário. Art. 3º - A implantação de qualquer serviço será determinada pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte BHTRANS - após estudo circunstanciado de viabilidade técnica, econômica e social, considerando o equilíbrio financeiro do sistema de transporte coletivo. 1º - O contrato de concessão terá vigência de 10 (dez) anos e poderá ser prorrogado por iguais períodos pela BHTRANS, considerando o desempenho do concessionário. 3º - As permissões serão delegação unilateral e discricionária, veiculadas em Decreto, a pessoas naturais ou jurídicas, aplicando-se as disposições deste artigo. Art 5º - Lei municipal estabelecerá o regime de delegação do serviço de transporte público de passageiros no Município de Belo Horizonte, bem como o regulamento de serviço público de transporte coletivo. LEI Nº 7.277, DE 17 DE JANEIRO DE 1997 Institui a Licença Ambiental e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A construção, a ampliação, a instalação e o funcionamento de empreendimentos de impacto ficam vinculados à obtenção prévia da Licença Ambiental. Art. 2º - Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que venham a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental significativa. 1º - São considerados empreendimentos de impacto: I - os destinados a uso não residencial nos quais a área edificada seja superior a 6.000m² (seis mil metros quadrados); II - os destinados a uso residencial que tenham mais de 150 (cento e cinqüenta) unidades; III - os destinados a uso misto em que o somatório da razão entre o número de unidades residenciais e 150 (cento e cinqüenta) e da razão entre a área da parte da edificação destinada ao uso não-residencial e 6.000m² (seis mil metros quadrados) seja igual ou superior a 1 (um); IV - os parcelamentos de solo vinculados, exceto os propostos para terrenos situados na ZEIS - Zona de Especial Interesse Social - com área total parcelada inferior a m² (dez mil metros quadrados); V - os seguintes empreendimentos e os similares: a) aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos; b) autódromos, hipódromos e estádios esportivos; c) cemitérios e necrotérios; d) matadouros e abatedouros; e) presídios; f) quartéis; g) terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários; ga) heliponto, considerando-se este como a área ao nível do solo ou elevada para pousos e decolagens de helicópteros; Alínea ga acrescentada pela Lei nº 9.084, de 11/05/2005 (Art. 1º) h) vias de tráfego de veículos com 2 (duas) ou mais faixas de rolamento; i) ferrovias, subterrâneas ou de superfície; j) terminais de minério, petróleo e produtos químicos; l) oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; m) linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kv (duzentos e trinta quilovolts); n) usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10mw (dez megawatts); o) obras para exploração de recursos hídricos, tais como barragens, canalizações, retificações de coleções de água, transposições de bacias e diques; p) estações de tratamento de esgotos sanitários;

215 496 q) distritos e zonas industriais; r) usina de asfalto. 2º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM - poderá, em deliberação normativa, incluir novos empreendimentos na relação do inciso V do parágrafo anterior. Art. 3º - A Licença Ambiental será outorgada pelo COMAM, mantidas as demais licenças legalmente exigíveis. Parágrafo único - A outorga da Licença Ambiental será precedida da publicação de edital - explicitando o uso pretendido, o porte e a localização - em órgão oficial de imprensa e em jornal de grande circulação no Município, com ônus para o requerente, assegurado ao público prazo para exame do pedido, dos respectivos projetos e dos pareceres dos órgãos municipais e para apresentação de impugnação, fundamentada e por escrito. Art. 4º - O COMAM, se julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e urbanos e discussão do Relatório de Impacto Ambiental RIMA. Parágrafo único - A convocação de audiência pública será feita por meio de edital, publicado em jornal de grande circulação no Município e em órgão oficial de imprensa, com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis. Art. 5º - O COMAM, no exercício de sua competência, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de construção, ampliação, instalação e funcionamento, observadas as leis municipais, estaduais e federais de uso do solo; II - Licença de Implantação (LI), autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do projeto aprovado e verificados os requisitos básicos definidos para esta etapa; III - Licença de Operação ou Licença de Ocupação (LO), autorizando, após as verificações necessárias e a execução das medidas mitigadoras do impacto ambiental e urbano, o início da atividade licenciada ou da ocupação residencial, de acordo com o previsto na LP e na LI. 1º - No caso de construção ou ampliação de empreendimentos de impacto, a LP e a LI deverão preceder a outorga do Alvará de Construção; e a LO, a da Certidão de Baixa e Habite-se. 2º - A LP é precedida da apresentação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e do respectivo RIMA, a serem aprovados pelo COMAM. 3º - A LI é precedida da apresentação do Plano de Controle Ambiental - PCA -, a ser aprovado pelo COMAM. 4º - Serão definidos pelo COMAM, mediante deliberação normativa, para cada empreendimento ou grupo de empreendimentos: I - os requisitos prévios para obtenção das licenças mencionadas; II - o roteiro básico de elaboração do EIA, RIMA e PCA. Art. 6º - Para avaliação do cumprimento das obrigações assumidas para a obtenção da LI e da LO, o COMAM poderá determinar, quando necessário, a adoção de dispositivos de medição, análise e controle, a cargo do responsável pelo empreendimento, diretamente ou por empresa do ramo, de reconhecida idoneidade e capacidade técnica. Parágrafo único - A medição, a análise ou o controle deverão ser precedidos de comunicado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que poderá fazer-se representar por um técnico de sua escolha. Art. 7º - Os empreendimentos sujeitos à Licença Ambiental que, na data de publicação desta Lei, já estejam instalados ou em funcionamento, deverão apresentar o Relatório de Controle Ambiental - RCA -, a ser aprovado pelo COMAM. Parágrafo único - As diretrizes para elaboração do RCA serão definidas pelo COMAM para cada atividade ou grupo de atividades, mediante deliberação normativa.

216 497 LEI Nº 7.597, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1998 Dispõe sobre assentamento de famílias no Município e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica criado, no âmbito da Administração Pública Municipal, o Programa Municipal de Assentamento - PROAS -, que será executado por tempo indeterminado, com a finalidade de atender à situação de: I - família removida em decorrência da execução de obra pública; II - família que, vítima de calamidade, tenha sido removida de área sem condições de retorno, comprovadas por laudo técnico do órgão municipal competente; III - família que resida em habitação precária, situada em área de risco, em ocupação clandestina ou irregular; IV - família sem casa, que habite rua e viaduto do Município. Art. 1º com redação dada pela Lei nº 8.566, de 14/05/2003 (Art. 1º) Art. 2º - O beneficiário do PROAS deverá atender aos seguintes requisitos: I - possuir renda familiar de até 5 (cinco) salários mínimos; II - não possuir outro imóvel em nome próprio, nem do cônjuge ou companheiro, no Município ou região metropolitana de Belo Horizonte; III - renunciar expressamente ao direito de pleitear, judicial ou administrativamente, eventual indenização pertinente a realização de benfeitorias na área pública a ser desocupada, conforme legislação em vigor; IV - não ter sido beneficiado anteriormente por este ou outro programa de assentamento municipal; Inciso IV retificado em 13/11/1998 V - ser ocupante da área pública pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses; VI - ser proprietário da benfeitoria; VII - estar dentro dos parâmetros definidos pelo Conselho Municipal de Habitação. Art. 3º - O PROAS assegurará a seus beneficiários: I - imediato assentamento em imóvel dotado de condições de habitabilidade, respeitado o valor de referência determinado no art. 11 da Resolução do Conselho Municipal de Habitação; II - apoio material, assistencial e jurídico para a desocupação da área pública e para o assentamento; III - direito de transferência e vaga em pré-escola, em escola pública e em creche conveniada às crianças e adolescentes atingidos. 1º - O assentamento de que trata o inciso I poderá ser substituído por auxílio financeiro. 2º - Para atender ao disposto no inciso III, o Executivo enviará ao Conselho Tutelar a relação das crianças e adolescentes atingidos, informando: I - o local de moradia; II - a unidade escolar de onde estão sendo removidos; III - a unidade escolar para onde serão removidos. 3º - Poderão ser utilizados temporariamente, sob a forma de Bolsa-Moradia, recursos do Tesouro Municipal, do Fundo Municipal de Habitação e do Fundo Municipal de Assistência Social para locação de imóvel habitacional vago, para atender ao disposto no inciso I do caput. 3º acrescentado pela Lei nº 8.566, de 14/05/2003 (Art. 2º) 4º - A Bolsa-Moradia será objeto de regulamento específico, que fixará os critérios de concessão do benefício, as obrigações dos beneficiários, o prazo e demais parâmetros da locação. 4º acrescentado pela Lei nº 8.566, de 14/05/2003 (Art. 3º) 5º - A utilização dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social tem por finalidade atender às famílias que se enquadrem na situação dos incisos II, III e IV do art. 1º. 5º acrescentado pela Lei nº 8.566, de 14/05/2003 (Art. 4º)

217 498 Art. 4º - O não-atendimento dos requisitos estabelecidos no art. 2º desta Lei não impedirá a efetuação - via administrativa - do pagamento de indenização por benfeitoria realizada na área a ser desocupada, desde que seja comprovada a boa-fé do proprietário, na forma de estabelecido no art. 516 do Código Civil Brasileiro. Art. 5º - O pedido de indenização de que trata o artigo anterior será formalizado pelo interessado - juntamente com as provas que atestem a sua boa-fé - e será examinado por uma comissão a ser constituída pelo Prefeito. 1º - A comissão de que trata o caput emitirá laudo conclusivo, seguindo-se parecer jurídico e decisão de autoridade competente deferindo ou não o pedido de indenização. 2º - Deferido o pedido de indenização, será realizada apuração do valor a ser pago, respeitada a legislação em vigor. Art. 6º - Os recursos necessários à viabilização do PROAS serão fornecidos pelo Fundo Municipal de Habitação Popular. LEI Nº 7.620, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1998 Institui o Eixo Cultural Rua da Bahia Viva e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica instituído o Eixo Cultural Rua da Bahia Viva, com o intuito de preservar, revitalizar, reabilitar, promover e divulgar a memória e o patrimônio cultural, artístico, histórico, simbólico, urbanístico, turístico, paisagístico e ambiental da Rua da Bahia. Art. 2º - O Eixo Cultural Rua da Bahia Viva, conforme mapa constante do Anexo I desta Lei, compreende: I - o sistema viário formado pela Rua da Bahia, em toda a sua extensão, pela Rua Carangola, no trecho entre a Avenida do Contorno e a Rua Primavera, e pelos trechos dos logradouros que interceptam os anteriormente citados entre a esquina com estes logradouros e a esquina imediatamente consecutiva, bem como toda a porção dos quarteirões lindeiros a este sistema, conforme detalhamento constante do Anexo II desta Lei; II - a Praça Rui Barbosa; III - a Praça da Liberdade; IV - o Parque Municipal Américo René Giannetti; V - o Viaduto Santa Tereza, considerando-se toda a extensão do tabuleiro, bem como a área sob a sua projeção. Art. 3º - O Eixo Cultural Rua da Bahia Viva será acompanhado por um Conselho Consultivo, coordenado pela Administração Regional Centro-Sul. Art. 4º - O Conselho Consultivo do Eixo Cultural Rua da Bahia Viva será formado por um colegiado composto por um representante de cada um dos seguintes órgãos ou entidades, a ser indicado pelo superior hierárquico de cada um deles ou por processo eleitoral interno, mediante convocação do Prefeito Municipal, para um mandato de 2 (dois) anos: I - Administração Regional Centro-Sul; II - Secretaria Municipal de Cultura; III - Secretaria Municipal de Planejamento; IV - Secretaria Municipal de Atividades Urbanas; V - Secretaria Municipal de Indústria e Comércio; VI - Secretaria Municipal de Meio Ambiente; VII - Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte - BELOTUR; VIII - Câmara Municipal de Belo Horizonte; IX - Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB; X - duas entidades culturais eleitas por colégio eleitoral composto por entidades culturais de Belo Horizonte; XI - Associação Brasileira de Estabelecimentos de Entretenimento e Lazer - ABRASEL;

218 499 XII - Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte - CDL; XIII - Associação Comercial de Minas - ACMinas; XIV - Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais - FCEMG. 1º - Os representantes previstos no inciso X serão eleitos entre as várias entidades culturais de Belo Horizonte, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua convocação pelo Administrador da Regional Centro-Sul. 2º - Caso não se proceda à indicação no prazo determinado no parágrafo anterior, caberá ao Executivo, por meio da Administração Regional Centro Sul, promover a referida indicação. 3º - O Conselho Consultivo será presidido pelo Administrador da Regional Centro-Sul, cabendo a suplência a um de seus membros, a ser escolhido por seus pares, dentre representantes do Poder Público Municipal. 4º - Os membros do Conselho Consultivo serão nomeados pelo Prefeito Municipal e não perceberão qualquer remuneração pelos serviços prestados, os quais serão considerados trabalho relevante prestado à comunidade. Art. 5º - Ao Conselho Consultivo compete: I - propor aos órgãos municipais competentes a aprovação dos projetos de obra, recuperação e restauração de equipamentos, mobiliário, praças e imóveis localizados na área objeto desta Lei; II - incentivar e cooperar com a implantação e fiscalização de projetos pró-memória, educativos e culturais a serem executados na área sob sua jurisdição; III - emitir pareceres, quando consultado, sobre as ações e normatizações sugeridas pela Administração Regional Centro-Sul, referentes à área objeto desta Lei; IV - propor ao Município e entidades particulares a promoção de eventos ligados à área cultural, educativa, turística, de lazer e de recreação na porção territorial abrangida pela presente Lei; V - zelar pela manutenção física e operacional e pela harmonia das edificações, mobiliário e equipamentos urbanos do Eixo Cultural Rua da Bahia Viva, requisitando aos órgãos municipais próprios os serviços de sua competência e pleiteando os serviços de competência extramunicipal; VI - elaborar o calendário oficial dos eventos culturais, sociais e turísticos do Eixo Cultural Rua da Bahia Viva; VII - propor, junto com a Administração Regional Centro-Sul, programas para conservação e recuperação do patrimônio e das manifestações culturais da área objeto da presente Lei, ouvida a Secretaria Municipal de Cultura; VIII - criar e propor à Administração Regional Centro-Sul projetos, programas e campanhas que visem ao aprimoramento das normas de posturas municipais e das normas urbanísticas em geral no Eixo Cultural Rua da Bahia Viva; IX - emitir pareceres em processos encaminhados pela Secretaria Municipal de Atividades Urbanas relativos ao licenciamento de obras e instalação de mobiliários urbanos e anúncios de publicidade. Art. 6º - O Conselho Consultivo reunir-se-á, ordinariamente, a cada bimestre e, extraordinariamente, por convocação do Administrador da Regional Centro-Sul. Art. 7º - O Eixo Cultural Rua da Bahia Viva será acompanhado por um Grupo Executivo, subordinado ao Administrador da Regional Centro-Sul, composto de servidores do Município, a serem designados pelo Prefeito, ficando esse Grupo Executivo responsável pelo desenvolvimento de pesquisas e projetos em prol do Eixo Cultural e pelo apoio operacional às ações do Conselho Consultivo. Art. 8º - O comércio e os serviços estabelecidos na área de abrangência definida no art. 2º desta Lei, poderão funcionar, facultativamente, em regime de 24 (vinte e quatro) horas, de segunda a domingo, respeitados os direitos assegurados pela legislação trabalhista. 1º - Para a adoção do horário especial, o comerciante deverá comunicar, por escrito, o horário pretendido, o período de duração da opção e os turnos de trabalho que adotará, às seguintes entidades: I - Sindicato dos Empregados do Comércio de Belo Horizonte; II - Ministério do Trabalho; III - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Administração Regional Centro-Sul.

219 500 2º - As comunicações previstas no parágrafo anterior, devidamente protocoladas, habilitam o interessado à adoção imediata do horário pretendido, dispensada a exigência de taxa municipal para esse fim. ANEXO I ANEXO II

220 501 DETALHAMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE LOTES E TRECHOS DE LOGRADOUROS - Rua da Bahia em toda a sua extensão, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 01 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15, 17 e 19 do quarteirão 02 da Primeira Seção Urbana, lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 08 do quarteirão 04 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 07, 09, 11, 13, 15, 17 e 19 do quarteirão 05 da Primeira Seção Urbana, lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 08 do quarteirão 10 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 11 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 07, 09 e 11 do quarteirão 16 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 07, 09 e 11 do quarteirão 20 da Primeira Seção Urbana, lotes 02, 03 e 04 do quarteirão 25 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 07, 09 e 11 do quarteirão 26 da Primeira Seção Urbana, lote único do quarteirão 34 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 10 da Terceira Seção Urbana, lotes 02, 03 e 10 do quarteirão 16 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 07, 09, 11, 13, 15, 17 e 18 do quarteirão 17 da Terceira Seção Urbana, lote único do quarteirão 23 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 24 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 04 da Quarta Seção Urbana, lotes 06, 08, 10, 12, 14, 16, 18 e 24 do quarteirão 08 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 09 da Quarta Seção Urbana, lotes 08, 10, 12, 14, 16 e 24 do quarteirão 15 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 07, 09, 11, 13, 15, 17 e 19 do quarteirão 16 da Quarta Seção Urbana, lotes 06, 08, 10, 12, 14, 16, 18 e 24 do quarteirão 23 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 24 da Quarta Seção Urbana, lotes 08, 10, 12, 14, 16 e 24 do quarteirão 28 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 29 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 04 e 06 do quarteirão 11 da Décima Seção Urbana, lotes 01, 07, 09, 11, 13, 15, 17 e 19 do quarteirão 12 da Décima Seção Urbana, lotes 02, 04 e 06 do quarteirão 18 da Décima Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 19 da Décima Seção Urbana, lotes 08, 10, 12, 14, 16 e 24 do quarteirão 06 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 08 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 06, 08, 10, 12, 14, 16, 18 e 24 do quarteirão 14 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 01, 09, 11, 13, 15 e 17 do quarteirão 21 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 08, 10, 12, 14, 16 e 24 do quarteirão 18 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 01, 02 e sem número do quarteirão 20 da Décima Primeira Seção Urbana, e lote sem número do quarteirão sem número da Décima Primeira Seção, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua da Bahia; - Avenida 17 de Dezembro, conhecida como Avenida do Contorno, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida dos Andradas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lote 04 do quarteirão 25 da Primeira Seção Urbana e lotes 11, 12, 13, 14, 15 e 16 do quarteirão 26 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida 17 de Dezembro; - Rua dos Guaicurus, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida dos Andradas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 11, 12, 13, 14, 15 e 16 do quarteirão 20 da Primeira Seção Urbana, lotes 01 e 02 do quarteirão 25 da Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 26 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Guaicurus; - Avenida Santos Dumont, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 11, 12, 13, 14, 15 e 16 do quarteirão 16 da Primeira Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 20 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Santos Dumont; - Rua dos Caetés, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida dos Andradas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 07 e 08 do quarteirão 10 da Primeira Seção Urbana, lotes 01 e 02 do quarteirão 12 da Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 16 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Caetés; - Avenida Amazonas, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 11 da Primeira Seção Urbana e lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 12 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Amazonas;

221 502 - Rua dos Tupinambás, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida dos Andradas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 07 e 08 do quarteirão 04 da Primeira Seção Urbana, lotes 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 05 da Primeira Seção Urbana, lotes 01 e 02 do quarteirão 10 da Primeira Seção Urbana e lotes 01 e 07 do quarteirão 11 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Tupinambás; - Rua dos Carijós, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida dos Andradas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 06 e 07 do quarteirão 01 da Primeira Seção Urbana, lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 02 da Primeira Seção Urbana, lotes 01 e 02 do quarteirão 04 da Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 05 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Carijós; - Rua dos Tamoios, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lote único do quarteirão 34 da Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Tamoios; - Avenida Afonso Pena, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida Álvares Cabral, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lote único do quarteirão 34 da Primeira Seção Urbana, lote único do quarteirão 23 da Terceira Seção Urbana, lote único do quarteirão 36 da Terceira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04 e 05 do quarteirão 33 da Terceira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Afonso Pena; - Rua dos Tupis, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 24 da Terceira Seção Urbana e lotes 01 e 06 do quarteirão 33 da Terceira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Tupis; - Rua dos Goitacazes, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 18, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 17 da Terceira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 24 da Terceira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Goitacazes; - Rua Goiás, no trecho entre a Rua da Bahia e a Avenida Álvares Cabral, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10 do quarteirão 16 da Terceira Seção Urbana, lote único do quarteirão 23 da Terceira Seção Urbana e lote único do quarteirão 36 da Terceira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Goiás; - Avenida Augusto de Lima, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 10 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 02 e 04 do quarteirão 16 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 17 da Terceira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Augusto de Lima; - Avenida Álvares Cabral, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 05 da Terceira Seção Urbana, lote 01 do quarteirão 10 da Terceira Seção Urbana, lote único do quarteirão 35 da Terceira Seção Urbana, lote 24 do quarteirão 28 da Quarta Seção Urbana, lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 29 da Quarta Seção Urbana e lote único do quarteirão 33 da Quarta Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Álvares Cabral; - Rua dos Guajajaras, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 05 da Terceira Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 10 da

222 503 Terceira Seção Urbana, lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 28 da Quarta Seção Urbana e lote único do quarteirão 33 da Quarta Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Guajajaras; - Rua dos Aimorés, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 15 da Quarta Seção Urbana, lotes 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 16 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 23 da Quarta Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 24 da Quarta Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua dos Aimorés; - Rua Bernardo Guimarães, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 08 da Quarta Seção Urbana, lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 09 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 15 da Quarta Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 16 da Quarta Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Bernardo Guimarães; - Rua Gonçalves Dias, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Avenida João Pinheiro, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 04, 05 e 06 do quarteirão 04 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 08 da Quarta Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e 09 do quarteirão 09 da Quarta Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Gonçalves Dias; - Avenida Bias Fortes, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Praça da Liberdade, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lote único do quarteirão sem número da Quarta Seção Urbana, lote único do quarteirão 02 da Quarta Seção Urbana, lotes 03, 05 e 06 do quarteirão 04 da Quarta Seção Urbana, lotes 05 e 06 do quarteirão 18 da Décima Seção Urbana, lote 17 do quarteirão 19 da Décima Seção Urbana e lotes 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 25 da Décima Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida Bias Fortes; - Rua Alvarenga Peixoto, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 19 da Décima Seção Urbana e lotes 01, 02 e 03 do quarteirão 25 da Décima Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Alvarenga Peixoto; - Rua Tomaz Gonzaga, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Praça da Liberdade, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 05 e 06 do quarteirão 11 da Décima Seção Urbana, lotes 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25 do quarteirão 12 da Décima Seção Urbana, lotes 01 e 02 do quarteirão 18 da Décima Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 19 da Décima Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Tomaz Gonzaga; - Rua Antônio Aleixo, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua da Bahia, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 12 da Décima Seção Urbana e lote único do quarteirão sem número da Décima Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Antônio Aleixo; - Rua Tomé de Souza, no trecho entre a Rua da Bahia e as ruas Levindo Lopes e Sergipe, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 18 da Décima Seção Urbana e lotes 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10 11, 12, 13, 14, 15 e 16 do quarteirão 20 da Décima Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Tomé de Souza; - Rua Antônio de Albuquerque, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua Levindo Lopes, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lote único do quarteirão sem número da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 14 da Décima Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 18 da Décima

223 504 Primeira Seção Urbana e lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 21 da Décima Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Antônio de Albuquerque; - Rua Fernandes Tourinho, no trecho entre a Rua Espírito Santo e a Rua Levindo Lopes, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 06 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 19, 20, 21, 22, 23 e 24 do quarteirão 07 da Décima Primeira Seção Urbana, lotes 01, 02, 03, 04, 05 e 06 do quarteirão 14 da Décima Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 21 da Décima Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Fernandes Tourinho; - Avenida 17 de Dezembro, conhecida como Avenida do Contorno, no trecho entre a Rua Espírito Santo e Rua Levindo Lopes, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 06 da Décima Primeira Seção Urbana e lotes 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07 do quarteirão 07 da Décima Primeira Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida 17 de Dezembro; - Avenida 17 de Dezembro, conhecida como Avenida do Contorno, no trecho entre a Rua Professor Magalhães Drumond e Rua Leopoldina, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes 01 e 02 do quarteirão primitivo 06 da Segunda Seção Urbana e lotes primitivos 01 e 02 do quarteirão primitivo 07 da Segunda Seção Urbana e pela planta CP D, em 24 de abril de 1946, como lotes 1A e 1B do quarteirão 06 da Segunda Seção Suburbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Avenida 17 de Dezembro; - Rua Carangola, no trecho entre a Avenida 17 de Dezembro e a Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes primitivos 02, 04, 06, 08, 10 e 12 do quarteirão primitivo 06 da Segunda Seção Urbana, lotes primitivos 01, 03, 05, 07 e 09 do quarteirão primitivo 07 da Segunda Seção Urbana, pela planta CP E, aprovada em 20 de março de 1936, como lotes 2A e 2B do quarteirão 06 da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, em 11 de abril de 1945, como lotes 18 e 19 do quarteirão 06 da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, em 24 de maio de 1952, como lotes 15A e 16A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP G, em 22 de abril de 1973, como lote 04 do quarteirão 7H da Segunda Seção Suburbana e pela planta CP F, em 10 de outubro de 1980, como lotes 1A e 2A do quarteirão 711 da Segunda Seção Suburbana bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Carangola; - Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque, no trecho entre a Rua Professor Magalhães e a Rua Leopoldina, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes primitivos 01, 03, 05, 07 e 09 do quarteirão primitivo 07 da Segunda Seção Urbana, pela planta CP E, em 20 de março de 1936, como lotes 2A, 2B, 13A e 14A do quarteirão primitivo 06 da Segunda Seção Urbana, pela planta CP C, em 11 de fevereiro de 1946, como lotes 4A, 6B, 8B, 8C e 10B do quarteirão 06 da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP G, aprovada em 22 de abril de 1973, como lotes 04, 05, 06, 07 e 08 do quarteirão 7H da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, aprovada em 20 de março de 1936, como lotes 1A, 5A, 7A, 9A e 11A do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP C, em 19 de julho de 1945, como lotes 12B, 12C e 12D do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque; - Rua Carangola, no trecho entre a Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque e a Rua Primavera, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes primitivos 01, 03, 05, 07 e 09 do quarteirão primitivo 07 da Segunda Seção Urbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Carangola; - Rua Carangola, no trecho entre a Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque e a Rua Congonhas, incluindo os lotes a ela lindeiros e aprovados pela planta CP M, em 10 de setembro de 1941, como lotes primitivos 02, 04, 06, 08, 10 e 12 do quarteirão primitivo 06 da Segunda Seção Urbana, pela planta CP E, aprovada em 20 de março de 1936, como lote 1A do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, em 18 de outubro de 1976, como lotes 10A e 10B do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, em 24 de maio de 1952, como lotes 15A e 16A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP F, aprovada em 12 de setembro de 1977, como

224 505 lotes 13 e 14 do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, pela planta CP E, em 23 de maio de 1996, como lote 10C do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana e pela planta CP G, aprovada em 14 de maio de 1982, como lote 15 do quarteirão 6A da Segunda Seção Suburbana, bem como suas modificações cujos lotes resultantes apresentem frente para a Rua Carangola. LEI Nº 8.137, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000 Altera as leis n os e 7.166, ambas de 27 de agosto de 1996, e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO IV DA REGULAMENTAÇÃO DA ADE DE SANTA TEREZA Seção I Das Disposições Gerais Art A ADE de Santa Tereza é definida pela Lei nº 7.166/96 como área que, em função das características ambientais e da ocupação histórico-cultural, demanda a adoção de medidas especiais para proteger e manter o uso predominantemente residencial. Parágrafo único - A delimitação da ADE de Santa Tereza é a representada no Anexo II da Lei nº 7.166, de Seção II Dos Parâmetros Urbanísticos Art Os parâmetros urbanísticos para a ADE de Santa Tereza são aqueles definidos pela Lei nº 7.166, de 1996, que não contrariem o disposto nesta Lei e aqueles definidos neste Capítulo. Parágrafo único - Os parâmetros urbanísticos para a área classificada como ZEIS pela Lei nº 7.166, de 1996 serão definidos em lei específica. Art Imóveis situados na ADE de Santa Tereza somente podem receber transferência do direito de construir, nos termos da lei, proveniente da mesma ADE. Art O coeficiente de aproveitamento é de 1,20 (um inteiro e vinte centésimos) para as edificações de uso residencial e de 1,00 (um inteiro) na parte não residencial das edificações de uso misto e nas edificações de uso não residencial. Parágrafo único - O cálculo do coeficiente de aproveitamento é feito conforme o estabelecido no art. 46 da Lei nº 7.166, de Art A quota de terreno por unidade habitacional é de 50m²/unidade (cinqüenta metros quadrados de terreno por unidade habitacional). Art A altura máxima permitida às edificações é de 15,00m (quinze metros) contados a partir de qualquer ponto do terreno natural, exceto no caso de edificações situadas em lotes lindeiros às ruas Hermílio Alves, Mármore e Salinas, às praças Duque de Caxias, Ernesto Tassini, Marechal Rondon, Coronel José Persilva e ao largo formado pelas esquinas das ruas Quimberlita, Tenente Freitas, Bocaiúva e Bom Despacho, em que a altura máxima permitida, a partir de qualquer ponto do terreno natural, é de: I - 9,00m (nove metros), até a profundidade de 20,00m (vinte metros), a partir do alinhamento; II - 15,00m (quinze metros), no restante do terreno. 1º - As edificações situadas em lotes lindeiros a imóveis considerados de interesse de preservação cultural pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município não podem ultrapassar 9,00m (nove metros) de altura em ponto algum do terreno natural.

225 506 2º - Excetuam-se dos limites máximos de altura definidos neste artigo os volumes correspondentes às caixas d'água e casas de máquinas. Art A taxa de permeabilização mínima é de 20% (vinte por cento) da área do lote, não se aplicando o disposto nos 2º, 3º e 4º, do art. 50, da Lei nº 7166, de Art Tendo em vista a necessidade de composição volumétrica de nova edificação em conjunto arquitetônico construído no alinhamento, considerado de interesse de preservação, é facultada a construção sem afastamento frontal, desde que a nova edificação não ultrapasse a altura máxima das edificações lindeiras e respeite os demais parâmetros urbanísticos. Art Os afastamentos mínimos laterais e de fundo dos pavimentos são os definidos nos arts. 54 e 55 da Lei nº 7.166, de 1996 não se aplicando o disposto no 5º do art. 54. Art As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo até a altura máxima de 5,00m (cinco metros). 1.º- As edificações horizontais, destinadas ao uso residencial multifamiliar, poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo até a altura máxima de 7,00m (sete metros), desde que a parte da edificação sem afastamento não ultrapasse 40% da extensão da respectiva divisa. 2.º - A altura máxima permitida na divisa deverá ser calculada tendo como referência de nível o terreno natural em seus respectivos pontos. Art Na ADE de Santa Tereza, a Classificação de Usos é a definida pelo Anexo VIII desta Lei. Parágrafo único - Além das atividades previstas no Anexo VIII desta Lei, é permitido o funcionamento de atividades nos termos da Lei nº 6.831, de 17 de janeiro de 1995, estendendo-se a iniciativa a autônomos. Art Será permitida a permanência no local de usos regularmente instalados em data anterior à publicação desta Lei, mas não será permitida a emissão de novo Alvará de Localização para atividade que não se enquadre nos usos permitidos para a ADE de Santa Tereza. Parágrafo único - Não se aplica o disposto no caput no caso de uso não residencial regularmente instalado em edificações aprovadas e a ele especificamente destinadas. Seção III Da Gestão Urbana Art Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais de Santa TEREZA - FADE DE SANTA TEREZA - com o objetivo de acompanhar as decisões e ações relativas a essa ADE, encaminhando sugestões às comissões temáticas do poder legislativo. 1º - O FADE DE SANTA TEREZA é composto por 7 (sete) membros efetivos e respectivos suplentes, a saber: I - 5 (cinco) representantes dos vários setores da comunidade local; II - 1 (um) profissional com experiência em urbanismo, indicado pela associação dos moradores de Santa Tereza; III - 1 (um) representante da Administração Regional Leste. 2º - Os mandatos do FADE DE SANTA TEREZA não serão remunerados e terão a duração de 2 (dois) anos, podendo seus membros serem reeleitos ou reconduzidos para mais 1(um) mandato; 3º - O FADE DE SANTA TEREZA reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, ou extraordinariamente, quando se fizer necessário. 4º - A Administração Regional prestará apoio técnico e administrativo para o funcionamento do FADE DE SANTA TEREZA.

226 507 5º - As reuniões serão públicas, facultando-se aos munícipes da comunidade local solicitar, por escrito e com justificativa, a inclusão de assunto de seu interesse na pauta da reunião subsequente. Art Fica instituída uma comissão provisória, com a atribuição de convocar assembléia plenária para a indicação dos representantes da comunidade e de efetivar a implementação do FADE DE SANTA TEREZA. 1º - Esta comissão é composta por 1 (um) representante da Administração Regional Leste, que a coordenará, e por 3 (três) representantes da comunidade. 2º - O prazo para a convocação da assembléia plenária é de 60 (sessenta dias) após a promulgação desta lei. CAPÍTULO V DA OPERAÇÃO URBANA DO ISODORO Seção I Disposições Gerais Art Em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, fica aprovada a Operação Urbana do Isidoro, compreendendo intervenções com o objetivo de promover a ocupação ordenada da Região do Isidoro, através da implantação de sistema viário e equipamentos que dotem a região da infraestrutura necessária ao seu desenvolvimento econômico, ambiental e urbano. Parágrafo único - A área da operação urbana prevista nesta Lei é delimitada no mapa constante do Anexo IX. Art A Operação Urbana do Isidoro compreende intervenções coordenadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e executadas em parceria com empreendedores particulares, tendo por objeto: I - implantação do trecho da Via 540 entre a Av. Cristiano Machado e a MG-020, excluída a interseção da Via 540 com a Av. Cristiano Machado; II - tratamento paisagístico das áreas públicas componentes do projeto da via, contemplando áreas de convivência, praças e áreas verdes e calçadões; III - implantação dos parques municipais previstos no plano urbanístico da região. 1º - A Via 540 é uma via de ligação regional prevista para interligar a Av. Cristiano Machado e MG-20. 2º - Os parques municipais referidos no inciso III são áreas de domínio público destinadas à conservação dos recursos naturais existentes, devido à sua importância no contexto ambiental da região, à sua beleza e ao seu valor científico e de lazer. Art O prazo de vigência da Operação Urbana do Isidoro é de 6 (seis) anos, contados da publicação desta Lei. Art Fica assegurada aos proprietários, incorporadores, compromissários compradores ou possuidores de imóveis localizados na área objeto da Operação Urbana referida no art. 114 a opção de utilizar os benefícios referidos neste Capitulo, com os respectivos encargos, e observadas as demais disposições legais vigentes aplicáveis à matéria. Art Para efeito da presente Operação Urbana, considera-se outorga onerosa a possibilidade do exercício do direito de construir com os parâmetros urbanísticos e admissibilidade de usos previstos no Anexo XI. Seção II Do Plano Urbanístico Art O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana do Isidoro engloba:

227 508 I - o plano geral da região, descrito neste capítulo e representado no mapa constante do Anexo IX; II - as diretrizes gerais para o sistema viário básico da região, representadas no mapa constante do Anexo X; III - os parâmetros urbanísticos e a permissividade de usos específicos desta Operação, constantes do Anexo XI. Art Para efeito da operação urbana de que trata esta Lei, a Região do Isidoro fica subdividida, conforme representado no mapa constante do Anexo IX, em: I - Área 1, passível de densidades mais elevadas e grandes equipamentos urbanos, em virtude da existência de glebas extensas e contínuas com condições de relevo, declividade e drenagem mais propícias à ocupação, inexistência de cobertura vegetal expressiva e previsão de condições favoráveis de acessibilidade; II - Área 2, em que a ocupação e o adensamento deverão sofrer restrições, por apresentarem vertentes muito onduladas e predominantemente de alta declividade, ocorrência de linhas de drenagem muito próximas, cobertura vegetal significativa e maior dificuldade de articulação viária; III - Área 3, destinada à implantação dos parques municipais referidos no art. 115, III, sem prejuízo de outras disposições desta Lei. Art As glebas situadas na Área 1 e Área 2 ficam submetidas aos seguintes critérios especiais de parcelamento do solo, mantidas as normas gerais contidas no Capítulo II, da Lei nº 7166/96, de 27 de agosto de 1996, naquilo que com elas não conflitarem: I - o percentual mínimo de espaços livres de uso público destinados a área verde é de 8% (oito por cento) da gleba a ser parcelada, podendo este percentual ser reduzido para até 5% (cinco por cento), a critério do órgão municipal responsável pelo fornecimento de diretrizes para parcelamento do solo, no caso de projeto que apresente demanda especial de áreas para implantação de equipamentos urbanos e comunitários; II - 75% (setenta e cinco por cento) da área referida no inciso I será transferida ao Município mediante depósito do respectivo valor no Fundo da Operação Urbana, devendo os recursos apurados ser aplicados na implantação dos parques municipais previstos nesta Operação; III - os terrenos identificados como não parceláveis, nos termos dos incisos III e IV do art. 16 da Lei de 1996 serão considerados unidades de conservação e poderão ser computados para efeito do cálculo de espaços livres de uso público, mediante parecer técnico ambiental favorável ao seu aproveitamento como jardins e similares, a serem mantidos e custeados pelos proprietários de lotes contíguos. Art As faixas lindeiras à Via 540, com a largura de 150m (cento e cinqüenta metros) contados do eixo da via, ficam sujeitas a tratamento especial no âmbito desta Operação, em virtude de seu acesso privilegiado à via, e tendo em vista a valorização desta faixa como eixo de estruturação de toda a área da Operação Urbana. Art O sistema viário básico da região do Isidoro, cujas diretrizes são representadas no Anexo X, é composto por: I - um sistema principal, constituído pela Via 540; II - um sistema secundário, constituído pelas vias Arteriais e Coletoras previstas para a região, conforme mapa constante do Anexo X, que servirá também como diretriz na concepção do sistema viário local, a ser aprovado quando do parcelamento do solo. Seção III Da Implementação da Operação Urbana Subseção I Da Participação Art A implantação do objeto da Operação Urbana implica a participação dos seguintes agentes: I - poder público municipal; II - proprietários de glebas situadas na Área 1 e Área 2, que empreenderem o parcelamento de seus terrenos; III - proprietários de glebas situadas na Área 3, que formalmente renunciarem ao parcelamento de seus terrenos. Art A participação do Poder Público municipal dar-se-á mediante:

228 509 I - aplicação de 50% (cinqüenta por cento) do custo total do objeto da operação urbana no Fundo Municipal instituído por esta Lei; II - elaboração, aprovação e implantação dos projetos executivos da Via 540 e dos parques previstos nesta Operação. Parágrafo único - O prazo máximo de elaboração e aprovação dos projetos é de 18 (dezoito) meses contados da entrada em vigor desta Lei. Subseção II Da outorga onerosa Art Os proprietários de glebas situadas na Área 1 e Área 2 poderão beneficiar-se da outorga onerosa estabelecida por esta Lei, mediante: I - depósito em pecúnia no fundo da Operação Urbana do Isidoro, no ato de aprovação dos projetos de parcelamento do solo; II - transferência ao Município de terreno destinado à implantação parcial do trecho da via 540 previsto nesta operação; III - implantação de trecho da via. Art Os valores individuais da contrapartida dos empreendedores particulares, retratando o rateio de 50% (cinqüenta por cento) do custo total "x" do objeto da Operação Urbana, serão calculados em função da extensão "A L" da área líquida e da valorização relativa das glebas a serem parceladas, dada sua localização, da forma seguinte: x I - Área 1: contribuição = A L (0,22 x 10-6 ), 2 onde 0,22 x 10-6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à Área 1; x II - Área 2: contribuição = A L (0,10 x 10-6 ), 2 onde 0,10 x 10-6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à Área 2; x III - Faixa lindeira à Via 540: contribuição = A L (0,68 x 10-6 ), 2 onde 0,68 x 10-6 é o fator de proporcionalidade de rateio correspondente à faixa lindeira à Via º - Entende-se como área líquida a área passível de ser convertida em lotes. 2º - O recolhimento das contra partidas estabelecidas neste artigo implica na adoção dos parâmetros urbanistas constantes do Anexo XI. 3º - O custo total x, definido no caput esta limitado ao valor de R$ ,00 (vinte e cinco milhões de reais) sendo reajustado de acordo com o art. 135, considerado a data da aprovação desta Lei e a data da aprovação desta Lei e a data da contratação de cada operação urbana. Subseção III Dos Mecanismos Compensatórios Art Ficam os proprietários de glebas situadas na Área 3 autorizados a transferir o potencial construtivo resultante do Coeficiente de Aproveitamento estabelecido pela Lei nº de Parágrafo único - A adesão do proprietário de gleba situada em Área 3 à Operação Urbana, nas condições previstas nesta Lei, será efetivada pelo requerimento de UTDC's (Unidades de Transferência do Direito de Construir), na forma regulamentar. Seção IV Do Fundo da Operação Urbana do Isidoro Art Fica instituído o Fundo da Operação Urbana do Isidoro, de natureza contábil, com

229 510 autonomia administrativa e financeira, com o objetivo de custear a implantação do trecho da via 540 e dos parques municipais previstos nesta operação. Art Constituem receitas do Fundo da Operação Urbana do Isidoro: I - recursos oriundos de aplicações do Executivo Municipal, disponibilizados através Lei Orçamentária Anual; II - recursos oriundos da contrapartida dos empreendedores particulares participantes da Operação Urbana; III - outros. Art Os recursos do Fundo da Operação Urbana do Isidoro serão aplicados em: I - elaboração dos projetos executivos; II - desapropriação de terrenos necessários à implantação dos objetos da Operação Urbana; III - execução das obras previstas na Operação Urbana. Art O Fundo da Operação Urbana do Isidoro será gerido pela SUDECAP, em consonância com as deliberações do Comitê de Acompanhamento de que trata o art. 134 desta Lei. Parágrafo único - O controle interno da gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial é de responsabilidade da SUDECAP, que deverá publicar, para fins de prestação de contas, balancetes, balanços e demais demonstrativos contábeis do recebimento e aplicação dos recursos processados pelo Fundo da Operação Urbana do Isidoro, nos termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de Art Fica o Executivo autorizado a abrir créditos especiais no montante de R$ ,00 (um milhão de reais), para atender a instituição do Fundo da Operação Urbana do Isidoro, podendo ser reabertos nos limites dos seus saldos para o exercício seguinte, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de Parágrafo único - O valor citado no caput refere-se à elaboração dos projetos executivos do trecho da Via 540 e dos parques municipais previstos na operação urbana. Seção V Disposições Finais Art Fica criado o Comitê de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, com atribuição deliberativa e fiscalizadora da aplicação dos recursos oriundos da Operação Urbana. Parágrafo único - O Comitê referido no caput será constituído por 4 (quatro) membros, a saber: I - 1 (um) representante da SUDECAP; II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Planejamento; III - 1 (um) representante da BHTRANS; IV - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art O custo de implantação dos projetos previstos na operação urbana será reajustado anualmente, com base no Índice Nacional da Construção Civil - INCC, da Fundação Getúlio Vargas. Art São parte integrante desta Lei: I - Anexo IX - Plano Geral da Operação Urbana do Isidoro; II - Anexo X - Diretrizes especiais para o sistema viário; III - Anexo XI - Parâmetros autorizados na operação urbana do Isidoro. CAPÍTULO VI DA REVISÃO DO PROFAVELA E REGULAMENTAÇÃO DA ZEIS Capítulo VI com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 112) Seção I Do PROFAVELA Art O Programa Municipal de Regularização de Favelas - PROFAVELA - é o instrumento destinado a regular os processos de urbanização e de regularização fundiária das Zonas de Especial

230 511 Interesse Social 1 (ZEIS-1) e das Zonas de Especial Interesse Social 3 (ZEIS-3), estabelecendo critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo, nos termos do Parágrafo único do art. 57 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, e dos arts. 12 e 43 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, bem como o art Das Disposições Transitórias da mesma Lei. 1º - As ZEIS-1 são as "regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de urbanização e de regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e a sua integração à malha urbana". 2º - As ZEIS-3 são "regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social". 3º - Compete ao Executivo proceder à descrição narrativa do polígono das áreas delimitadas no Anexo da Lei nº de 1996, como ZEIS-1 e ZEIS-3. Art O PROFAVELA tem como objetivo orientar as ações públicas ou privadas que impliquem na urbanização ou na regularização fundiária das ZEIS-1 e das ZEIS-3. Parágrafo único - A regularização fundiária das ZEIS compreende os processos de regularização urbanística e de regularização jurídica do domínio da terra em favor dos ocupantes, visando: I - melhorar a qualidade de vida da população; II - adequar a propriedade do solo a sua função social; e III - exercer efetivamente o controle sobre o solo urbano. Art. 138-A - A delimitação de áreas como ZEIS será definida de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, durante as revisões da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, a partir de estudos específicos do órgão gestor da Política Municipal de Habitação, com base no conceito das ZEISs e com o referendo do Conselho Municipal de Habitação, desde que não sejam áreas que estejam predominantemente inseridas: I - em faixas de domínio e/ou servidão; II - em áreas de risco; III - em áreas de preservação histórica e/ou ambiental; IV - em áreas com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento). Art. 138-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 113) Seção II Dos Planos Globais Específicos para Intervenção Estrutural Art Fica instituída a figura dos Planos Globais Específicos - PGEs -, a serem elaborados para cada ZEIS sob a coordenação do Executivo. Art. 139 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 114) Art Os Planos Globais Específicos para cada ZEIS deverão considerar 3 (três) níveis de abordagem: físico-ambiental, jurídico-legal e socioeconômico-organizativo, elaborados concomitantemente. 1º - Para efeito de ordenação territorial, o Plano Global Específico para cada ZEIS poderá subdividilas em áreas de categorias diferenciadas, em função dos potenciais de adensamento, da necessidade de proteção ambiental e das características de expansão dessas áreas, ficando estas sujeitas a índices ou parâmetros urbanísticos próprios. 2º - O detalhamento do conteúdo dos Planos Globais Específicos deverá ser feito por decreto. Art. 140 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 115) Art Os Planos Globais Específicos poderão ser alterados mediante parecer favorável da URBEL, que ateste sua necessidade e/ou conveniência, considerando-se a grande dinâmica das áreas em questão, bem como a necessidade de adequá-los no decorrer do tempo à lógica de desenvolvimento e crescimento das comunidades-alvo.

231 512 Art Os Planos Globais Específicos das ZEISs e suas eventuais alterações deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação, após prévia aprovação da comunidade. Parágrafo único - O Executivo implementará processos de monitoramento e avaliação dos procedimentos de elaboração e de execução dos Planos Globais Específicos. Art. 142 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 116) Seção III Do Parcelamento do Solo Art Os projetos de parcelamento das ZEISs serão aprovados pelo Executivo a título de urbanização específica de interesse social, em conformidade com o disposto no art. 4º, inciso II, da Lei nº 6.766/79. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 117) 1º - O sistema viário, nas ZEISs, será composto de avenidas, travessas, ruas, escadarias e becos ou passagens de uso comum e será incorporado ao domínio público, uma vez aprovado o registro do projeto de parcelamento do solo. 1º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 117) 2º - As vias veiculares serão caracterizadas conforme os parâmetros abaixo: I - vias veiculares locais: a) pista de rolamento com largura mínima de 6,00 m (seis metros), para as vias com 2 (duas) pistas; b) pista de rolamento com largura mínima de 3,00 m (três metros) para as vias com 1 (uma) pista; c) declividade máxima de 30% (trinta por cento), exceto em pequenos trechos para viabilização de concordâncias; II - vias veiculares coletoras: a) no mínimo 2 (duas) pistas de rolamento, totalizando-se uma largura mínima de 6m (seis metros) de pista; b) declividade máxima de 22% (vinte e dois por cento); III - vias de acesso restrito, assim consideradas por apresentarem baixo volume de circulação de veículos: a) pista de rolamento com largura mínima de 5 m (cinco metros); b) declividade máxima de 35% (trinta e cinco por cento); c) extensão máxima de 100 m (cem metros). 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 117) 3º - A largura mínima da faixa de circulação das vias de pedestres será de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), reservando-se faixa de alargamento de 0,80 m (oitenta centímetros); 3º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 117) 4º - Somente serão aprovados lotes que tiverem frente de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros). 5º - O Executivo estimulará o parcelamento do solo nas áreas ocupadas pelas ZEISs, sempre que necessário à implantação do respectivo Plano Global Específico e à melhoria da qualidade de vida do conjunto da população, mediante operações compensatórias, entre moradores e Administração Pública, conforme previsto na Lei nº 7.165/96. 5º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 117) 6º - O detalhamento das demais características geométricas das vias será feito por decreto específico. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 118) Art Para o parcelamento do solo de cada ZEIS deverá ser elaborado: I - levantamento topográfico planialtimétrico cadastral; e II - pesquisa socioeconômica de forma censitária, físico-ambiental e jurídico-legal. Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 119)

232 513 1º - Após a realização da pesquisa censitária e do levantamento topográfico planialtimétrico cadastral, a construção, ampliação ou reforma de edificações fica condicionada a parecer favorável da URBEL que verificará as implicações da obra proposta com o Plano Global Específico da área. 2º - A pesquisa sócio-econômica, físico-ambiental e jurídico-legal indicará os ocupantes responsáveis pelos lotes e servirá de referência para o processo de regularização fundiária da área. Art Não será permitido, nas ZEISs, o parcelamento do solo nas seguintes áreas: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 120) I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, a menos que sejam tomadas providências para assegurar o escoamento das águas; II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; III - em terrenos com declividade igual ou superior a 47% (quarenta e sete por cento), salvo apreciação técnica que ateste a viabilidade do parcelamento; IV - em terrenos em que seja tecnicamente comprovado que as condições geológicas não aconselham edificações; V - nas áreas em que a degradação ambiental impeça condições sanitárias suportáveis, até sua correção; e VI - em áreas estabelecidas por lei como preservação histórica e ambiental. Art O percentual de reserva de áreas destinadas à implantação, nas ZEISs, de equipamentos urbanos e comunitários, de sistema de circulação e de espaços para lazer e recreação será estabelecido nos respectivos projetos de parcelamento do solo. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 121) Parágrafo único - A reserva de áreas destinadas à implantação de equipamentos urbanos e comunitários deverá ser suficiente, no mínimo, para promover o atendimento adequado da população residente. Art Para aprovação do projeto de parcelamento do solo, integral ou parcial, das ZEISs, o interessado deverá encaminhar ao órgão competente do Município responsável a relação de documentos constantes do Anexo XII desta Lei. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 122) Parágrafo único - A planta ou plantas integrantes do projeto de parcelamento serão elaboradas de acordo com as diretrizes técnicas fornecidas ao interessado pela Administração Municipal. Art Fica instituída a figura do Lote Padrão. Parágrafo único - Considera-se lote padrão a área básica, em metros quadrados, fixada para cada ZEIS, com dimensão estabelecida por parâmetros estatísticos referentes às áreas dos lotes resultantes do levantamento planialtimétrico cadastral. Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 123) Art A partir da aprovação do projeto de parcelamento do solo da ZEIS respectiva, o Lote Padrão servirá de parâmetro para modificação de parcelamento, sendo aprovado o pedido quando gerar diminuição da desconformidade existente entre a área do Lote Padrão e a área dos lotes cuja modificação de parcelamento se pretende. Parágrafo único - Nos pedidos de modificação de parcelamento a diminuição da desconformidade deverá ser observada para os lotes resultantes, autonomamente considerados. Art Os pedidos de modificação do parcelamento do solo aprovado para as ZEISs serão instruídos com os documentos constantes do Anexo XII desta Lei. Art. 150 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 124) Art Nas ZEISs, os lotes deverão atender às condições básicas de habitabilidade, acesso e segurança, resguardando-se a área mínima de 40 m² (quarenta metros quadrados) e a área máxima de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), exceto:

233 514 I - aqueles destinados à implantação de atividades institucionais promovidas pelo Poder Público ou de uso coletivo; II - os lotes originalmente maiores que 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) situados em ZEIS-3. Caput e incisos com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 125) 1º - Os lotes com área inferior ou superior aos limites acima definidos deverão ser objeto de avaliação técnica específica realizada por Comissão Técnica da URBEL, a ser instituída pelo Executivo, bem como aprovação da URBEL que: I - ateste as condições básicas de habitabilidade, acesso e segurança, condições estas que deverão ser analisadas em conformidade com sua destinação de uso, para os lotes com área inferior a 40m² (quarenta metros quadrados); e II - justifique a conveniência e/ou necessidade de aprovação de lotes com área superior a 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados); 2º - Sempre que necessário à melhoria da qualidade de vida do conjunto das famílias moradoras das ZEISs, será promovida a redivisão das áreas densamente ocupadas, estabelecendo-se, inclusive, medidas compensatórias às benfeitorias atingidas. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 126) 3º - Os lotes resultantes das modificações de parcelamento visando assentamentos e reassentamentos multifamiliares, posteriores à aprovação do parcelamento da ZEIS em questão, deverão obedecer a área máxima de 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), independente do aumento da desconformidade em relação ao Lote Padrão. Art As normas relativas ao Lote Padrão, ao uso e a ocupação do solo de cada ZEIS serão objeto de decreto específico, que também aprovará o projeto de parcelamento do solo da área. Seção IV Das Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo Art As condições de uso e ocupação do solo de cada núcleo integrante das ZEISs serão regidas por decreto específico, visando a: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 127) I - assegurar a observância de padrões mínimos de urbanização, segurança, acesso, higiene, salubridade e conforto das edificações; II - orientar a regularização das edificações já existentes; III - orientar o projeto e a execução de reforma, ampliações e novas edificações; IV - orientar as categorias de uso permitidos, bem como sua localização; e V - evitar o processo de expulsão indireta dos moradores da ZEIS, provocado pela valorização do uso do solo, decorrente da implantação de atividades. Subseção I Dos Usos Permitidos Art Não serão permitidas atividades econômicas nas ZEIS-1 e ZEIS-3 sem alvará de funcionamento e localização. Art Os usos permitidos nas ZEIs serão aqueles constantes das Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, quando se tratar de áreas já regularizadas. Parágrafo único - As ZEISs ainda não regularizadas deverão seguir os parâmetros discriminados nesta Seção. Art. 155 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 128) Art As ZEISs são predominantemente de uso residencial, sendo admitidos também os usos não residencial e misto, nos termos do art. 64 da Lei nº 7.166/96. 1º - O uso misto será permitido desde que a atividade não residencial associada ao uso residencial não prejudique a segurança, o bem-estar e o sossego dos moradores e desde que suas instalações tenham acesso independente.

234 515 2º - Os usos não residencial e misto, nas ZEISs, deverão ser compatíveis com o uso residencial, observando-se, cumulativamente: I - as condições de ocupação e características locais; II - a repercussão produzida pela atividade no local e em seu entorno imediato, nos termos do art. 66 da Lei nº 7.166/96; III - a possibilidade da geração de emprego e renda, em conformidade com a situação socioeconômica dos moradores da ZEIS. Art. 156 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 129) Art. 156-A - Serão permitidas, nas ZEISs, apenas as seguintes atividades: I - todas as atividades do Grupo I indicadas no Anexo X da Lei nº 7.166/96; II - as atividades do Grupo II e III indicadas no Anexo XIV desta Lei. 1º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, segue as normas estabelecidas pela Lei nº 7.166/96 e suas alterações, exceto no que se refere ao disposto em seu art. 67, que trata da vinculação da localização de atividades com a permissividade de uso atribuída ao sistema viário. 2º - A área máxima utilizada será de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), exceto para atividades: I - instaladas em lotes originalmente implantados com área superior em ZEIS-3; II - classificadas como Serviço de Uso Coletivo. 3º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, dependerá de parecer prévio da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL -, no qual serão consideradas as diretrizes definidas no art. 156 desta Lei. 4º- O licenciamento de atividades em lotes acima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) depende de parecer favorável da URBEL. Art. 156-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 130) Art Os decretos específicos das Normas de Uso e Ocupação do Solo das ZEISs poderão detalhar as atividades permitidas para as edificações em consonância com as diretrizes do Plano Global Específico. Art. 159 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 131) Subseção II Da Ocupação do Solo Art Nos lotes ocupados por mais de um domicílio, o parcelamento e a titulação serão precedidos de Estudo Básico de Ocupação efetuado com a participação dos moradores, para definição das frações ideais respectivas, quando necessário. Art. 160 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 132) Art As obras de novas edificações, de reformas e de ampliações das existentes estarão sujeitas às normas estabelecidas nesta Lei e em suas alterações, bem como às disposições do decreto específico que contenha as Normas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, quando da aprovação do parcelamento. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 133) 2º - Até que ocorra a regularização fundiária da ZEIS em questão, as novas construções, ampliações ou quaisquer elementos construtivos - lajes, sacadas, varandas, marquises, toldos, - terão sua altura acima do nível da via limitada em função da distância da edificação ao eixo da via, de acordo com o estabelecido em decreto específico. 2º com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 133) 3º - Casos desconformes serão objeto de estudo pelo órgão competente. 4º - A altura da edificação, para efeito de definição da altura máxima permitida é entendida como a distância vertical, em metros, entre a laje de cobertura e a laje do piso do primeiro pavimento.

235 516 5º - Serão admitidas edificações de, no máximo, 4 (quatro) pavimentos e altura máxima de 12,00 m (doze metros), medidos do piso do primeiro pavimento ao forro do último pavimento. 5º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 133) 6º - As áreas destinadas a reassentamentos com mais de m² (um mil metros quadrados) seguirão os parâmetros de ocupação do solo da AEIS-1. 6º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 133) 7º - Nas áreas destinadas a reassentamentos, o limite das edificações será de 5 (cinco) pavimentos, desde que o desnível entre a laje de piso do primeiro pavimento e a laje de piso do último pavimento seja de, no máximo, 11,00 m (onze metros). 7º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 133) Art Ficam proibidas as aberturas nas paredes sobre as divisas laterais e de fundos, e a execução de quaisquer elementos construtivos da edificação que se projetem sobre via pública, ou que acarretem o lançamento de águas para o lote vizinho ou diretamente nos acessos de uso comum e vias públicas. 1º - Entende-se como divisas as condições de apropriação do lote e sua ocupação de fato. 2º - As águas pluviais provenientes de telhados deverão ser captadas por condutores e canalizadas sob os passeios até as sarjetas, não sendo permitido o seu lançamento na rede de esgoto sanitário. Art Ficam proibidas novas construções, acréscimos, ou quaisquer intervenções que, mediante laudo técnico emitido pelo(s) órgão(s) competente(s), criem situações de risco, inviabilizem implantação de infra-estrutura ou comprometam a infra-estrutura existente. Art Fica proibida a obstrução dos acessos de uso coletivo, tais como avenidas, travessas, ruas, escadarias, becos ou passagem de uso comum, e de demais espaços de uso coletivo existentes, tais como praças e áreas de lazer, ainda que não derivados de parcelamento aprovado. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 134) Parágrafo único - Os acessos acima referidos somente poderão ser alterados mediante indicativos do Plano Global Específico, projeto de aprovação do parcelamento da ZEIS em questão, ou ainda por solicitação da comunidade, sujeita à avaliação técnica da URBEL. Subseção III Das Edificações em Geral Art Na execução, reforma ou ampliação de edificações, os materiais utilizados deverão satisfazer às normas compatíveis com o seu uso na construção, bem como os coeficientes de segurança para os diversos materiais, em conformidade com o que dispõem as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT em relação a cada caso. Parágrafo único - Os materiais utilizados para paredes, portas, janelas, pisos, coberturas e forros deverão atender aos padrões mínimos exigidos pelas normas técnicas oficiais quanto à resistência ao fogo, isolamento térmico e acústico. Art As edificações para fins residenciais só poderão estar anexas a conjuntos de escritórios, consultórios e compartimentos destinados ao comércio, desde que a natureza dos últimos não prejudique o bem-estar, a segurança e o sossego dos moradores, e quando tiverem acesso independente a logradouro público. Art É proibido o sentido de abertura das portas e janelas sobre as vias e seus espaços aéreos. Art O Executivo poderá aprovar Cadastro de Edificações no interior das ZEISs, destinado a fazer prova junto ao Registro Imobiliário para fins de averbação da edificação. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 135)

236 517 1º - Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por Cadastro de Edificações um levantamento simplificado da edificação e de todas as suas dependências, em que deverá constar, no mínimo, os elementos que possibilitem proceder ao cálculo da área construída e da projeção da edificação sobre o lote, a saber: Planta(s) Baixa(s), 1 (um) corte, Planta de Situação e registro fotográfico. 2º - Para efetivação do disposto acima, as edificação deverão ser objeto de avaliação técnica específica sujeita à aprovação da URBEL, devendo ser respeitados os padrões mínimos de habitabilidade, acesso e segurança. Seção V Da Alienação dos Lotes Art Fica o Executivo autorizado a alienar lotes em áreas públicas municipais, com dispensa de licitação nos termos do art. 17 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, alterada pela Lei nº 8.883, de 8 de junho de 1994, aos moradores das ZEIS, mediante as condições seguintes: Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) I - os lotes serão alienados em conformidade com suas respectivas áreas definidas e aprovadas no parcelamento; II - para cada família somente será destinado um único lote, ou fração ideal, no caso de ocupação multifamiliar, de uso residencial ou misto; Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) III - os lotes somente serão alienados a pessoas moradoras da ZEIS, cadastradas pela pesquisa sócio-econômica realizada nas ZEIS em questão; IV - nas áreas classificadas como ZEISs, o documento de propriedade será conferido mediante escritura de compra e venda, nos critérios estabelecidos pela URBEL e de acordo com legislação vigente; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) V - não poderá ser titulada a família moradora de ZEISs que possuir outro imóvel no Município de Belo Horizonte; Inciso V acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) VI - as transferências de domínio dos lotes e frações ideais posteriormente à titulação deverão se dar com a interveniência do órgão gestor da Política Municipal de Habitação, de acordo com normas e critérios estabelecidos em conjunto com o CMH. Inciso VI acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) 1º - A renda arrecadada com alienação dos imóveis constantes das áreas classificadas como ZEIS- 3 serão aplicados nos próprios conjuntos em serviços sociais e obras de melhorias urbanas, definidas pela própria comunidade e aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação - CMH. Parágrafo único renumerado como 1º pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) 2º - Os lotes de uso residencial destinados à locação ou os lotes de uso não residencial poderão ser objeto de concessão do direito real de uso ou de permissão de uso, com ou sem ônus. 2º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) 3º - Decreto detalhará a destinação dos lotes nos casos previstos no 2º deste artigo. 3º acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 136) Art. 170-A - Os parâmetros para cálculo de frações ideais em lotes de uso multifamiliar serão os seguintes: I - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída horizontalmente poderão ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada família corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a parcela do lote ocupada individualmente e a área total do lote; II - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída verticalmente poderão ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada família corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a soma da área edificada com a sua respectiva área livre e a área de ocupação total do lote, desde que assegurados os parâmetros mínimos de segurança, salubridade, conforto e acesso. Art. 170-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 137) Art Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos existentes no interior das ZEISs, para fins de regularização fundiária das ZEISs e de implantação do Plano Global Específico respectivo. Art. 171 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 138)

237 518 Seção VI Do Grupo de Referência das ZEISs Seção VI com denominação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 139) Art No início dos processos de elaboração dos Planos Globais Específicos das ZEISs, deverá ser criado o Grupo de Referência da respectiva área. Art. 172 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 140) Art Os Grupos de Referência poderão ser compostos por representantes da Associação de Moradores local, por grupos comunitários formais e informais da área específica, por grupos organizados das áreas de influência da respectiva ZEIS e por moradores interessados. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 141) Parágrafo único - Das reuniões do Grupo de Referência participará, sempre que necessário, um representante da equipe técnica da URBEL. Art O Grupo de Referência tem as seguintes atribuições: I - acompanhar a elaboração e a execução do Plano Global Específico da ZEIS em questão, em todas as etapas; II - acompanhar as ações públicas ou privadas na área, informando ao órgão competente, sempre que necessário, a realização de obras ou a instalação de atividades em desacordo com o Plano Global Específico da respectiva ZEIS; III - acompanhar a aplicação dos recursos orçamentários e financeiros alocados; IV - participar da análise dos pedidos de exclusão de áreas de ZEISs referidas no art. 124 desta Lei; Inciso IV com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 142) V - atuar como interlocutor entre comunidade e poder público, assim como agente multiplicador das informações no processo. Art Os membros do Grupo de Referência das ZEIS não farão jus a remuneração e suas funções serão consideradas serviço público relevante. Seção VII Das Penalidades Art O processo administrativo relativo a infração pelo descumprimento do disposto neste Capítulo deve ser feito observando o seguinte: 1º - A infração ao disposto neste Capítulo implica na aplicação das seguintes penalidades: I - multa; II - embargo; III - interdição da edificação, dependência(s), objeto(s), equipamento(s) e mercadoria(s); IV - demolição; V - apreensão. 2º - O infrator de qualquer preceito deste Capítulo deve ser previamente notificado, pessoalmente, mediante via postal com aviso de recebimento, ou edital publicado no Diário Oficial do Município, para regularizar a situação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias. Após este prazo, caso a situação não tenha sido regularizada, deverá ser aplicada a penalidade prevista. Art Em caso de reincidência, o valor da multa será progressivamente aumentado, acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo. 1º - Para os fins desta Lei, considera-se reincidência: I - o cometimento, pela mesma pessoa física ou jurídica, de nova infração da mesma natureza, em relação à mesma edificação, estabelecimento ou atividade, no mesmo endereço; e II - a persistência no descumprimento da Lei, apesar de já punido pela mesma infração, no mesmo endereço.

238 519 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta nova autuação em 30 (trinta) dias, caso permaneça a irregularidade. Art A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não obsta a iniciativa do Executivo em promover a ação judicial necessária à demolição da obra irregular, nos termos dos arts. 934, inciso III, e 936, inciso I, do Código de Processo Civil Brasileiro. Art Pelo descumprimento dos arts. 154, 155, 156, 157, 158, 161, 162, 163, 164, 166, 167 desta Lei, o infrator deverá ser punido com multa no valor equivalente a 50 (cinqüenta) UFIRs. Art Pelo descumprimento do disposto nos artigos da Seção IV do Capítulo VI desta Lei, o infrator ficará sujeito a multa no valor de R$ 53,00 (cinquenta e três reais), que terá sua aplicação iniciada 6 (seis) meses após a publicação desta Lei e após ampla campanha de divulgação e conscientização da população das ZEISs referente ao seu conteúdo. Art. 180 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 143) CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art A consulta Prévia sobre Licenciamento de Atividade terá prazo de validade de 90 (noventa) dias a partir de sua emissão, garantindo, durante este prazo, o direito de se estabelecer no local consultado, nos termos da legislação vigente à época da consulta prévia. Art Sem prejuízo do previsto no artigo anterior, fica estabelecida a seguinte divisão de competências administrativas para atuação do Executivo nas ZEIS-1 e nas ZEIS-3: I - compete à Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL: a) a coordenação e/ou acompanhamento da elaboração e da execução das intervenções propostas pelo poder público; b) o acompanhamento e anuência nas intervenções, de qualquer natureza, que direta ou indiretamente tenham interferência com as ZEIS-1 e ZEIS-3; c) a coordenação da elaboração e da execução das intervenções previstas nos Planos Globais Específicos, nas ações propostas pelo Poder Público; d) acompanhamento e anuência aos Planos Globais Específicos, quando não forem estes promovidos pela URBEL; e) a promoção de parcerias que objetivem os serviços de manutenção da infra-estrutura existente, com os diversos agentes envolvidos na produção e fornecimento dos serviços urbanos; f) a coordenação das ações de fiscalização urbana nas ZEISs; Alínea f acrescentada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 144) II - compete à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana: Inciso II com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 144) a) a aprovação de projetos de parcelamento do solo, mediante parecer favorável da URBEL; b) aprovação de projetos de edificação autorização para instalação de atividades, em consonância com as Normas Específicas de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de cada ZEIS quando se tratar de áreas já regularizadas, e em consonância com o disposto nos art. 88, 89, 90, 91, 92 e 93 desta Lei, no caso de ZEIS-1 e ZEIS-3 não regularizadas, mediante parecer prévio da URBEL; c) juntamente com a URBEL, a definição dos instrumentos de controle normativo referente ao desenvolvimento habitacional das ZEIS-1 e ZEIS-3, a partir das Normas Específicas de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo da ZEIS em questão e em consonância com o disposto nesta Lei; d) as ações de fiscalização urbana e exercício do poder de polícia administrativa nas ZEIS; III - compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA opinar, em parceria com a URBEL, nas questões referentes ao meio-ambiente; IV - compete à Secretaria Municipal de Saúde - SMSA: a) opinar, em parceria com a URBEL, nas questões referentes à saúde; b) executar ações de vigilância à saúde nas ZEIS. Art A permanência dos usos disconformes já existentes nas ZEIS-1 e ZEIS-3 somente serão admitidos mediante adoção de medidas mitigadoras a serem definidas nas Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão. Art Não titulados um ou alguns lotes resultantes do parcelamento aprovado, será respeitada,

239 520 todavia, a posse existente, inclusive para fins e efeitos de indenização das benfeitorias, no caso da conveniência de se promover sua desocupação. Art Enquanto o Executivo não proceder à descrição narrativa do polígono das áreas delimitadas, prevista no art. 71, 3º, desta Lei, utilizar-se-á, como referência para definição dos limites, as áreas constantes dos levantamentos aerofotogramétricos de 1981 e de 1994 e a descrição narrativa dos perímetros dos Setores Especial-4 (SE-4), constantes dos decretos específicos. 2º - O Executivo poderá determinar a exclusão de áreas inseridas nas ZEIS-1 e ZEIS-3 que: I - não tenham sido ocupadas por população de baixa renda; II - não se caracterizem como área vazia localizada no interior do assentamento habitacional; III - que atenda aos procedimento previstos no Anexo XIII desta Lei. Art Poderão também ser excluídas das ZEIS-1 e das ZEIS-3 áreas anteriormente ocupadas como tal, simultaneamente observado o seguinte: I - acordos entre moradores e proprietários, através de operações compensatórias, e comprovação do reassentamento das famílias removidas; II - aprovação e intermediação realizada pelo Executivo do Município, sendo necessária a análise com parecer positivo específica do COMPUR, ouvido o Conselho Municipal de Habitação. Art Os casos omissos do Capítulo VI serão submetidos ao Conselho Municipal de Habitação - CMH. Art No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicação desta Lei, devem ser estabelecidos em decreto os procedimento complementares à aplicação das disposições do Capítulo IV desta Lei. Art São parte integrante desta Lei: I - Anexo II: Mapa contendo alterações nos Anexos II, IV e XII da Lei nº 7.166, de 1996, referentes a Zoneamento, Hierarquização do Sistema Viário e Áreas de Diretrizes Especiais - ADE's; II - Anexo III: Vias com Previsão de Recuo de Alinhamento a serem acrescentadas ao Anexo V da Lei nº 7.166, de 1996; III - Anexo IV: Parâmetros Urbanísticos das Zonas de Grandes Equipamentos estabelecidas por esta Lei; IV - Anexo V: Classificação dos Usos, em substituição à classificação constante do Anexo X da Lei nº 7.166, de 1996; V - Anexo VI: Usos, Repercussões Negativas e Medidas Mitigadoras; VI - Anexo VII: Medidas Mitigadoras para Atividades Atratoras de Veículos; VII - Anexo VIII - Classificação de Usos na ADE de Santa Tereza; VIII - Anexo XII - Relação de Documentos para Aprovação de Projetos de Parcelamento nas ZEIS-1 e ZEIS-3; IX - Anexo XIII - Normas para Pedido de Exclusão de Áreas em ZEIS-1 e ZEIS-3. X - Mapa contendo alterações nos anexos I e II do Anexo II da Lei nº 7.165/96, referentes a sistema viário e Projetos viários prioritários; XI - Anexo XIV - Parâmetros urbanísticos das AEIS-1. Inciso XI acrescentado pela Lei nº , de 20/1/2014 (Art. 8º) Parágrafo único - Para efeito de aplicação das disposições dos Anexos V, VI, VII e VIII, é considerada como área da atividade a área edificada ocupada pela mesma, somada aos espaços não cobertos destinados ao seu exercício. Art Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Lei nº 1.301, de 27 de dezembro de 1966 e o art. 1º do Capítulo IX da Lei nº 7166, de Retificado em 23/12/2005 Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2000 Célio de Castro Prefeito de Belo Horizonte

240 521 ANEXO I (Este Mapa está à disposição para consulta na Secretaria Municipal de Planejamento) ANEXO II (Este Mapa está à disposição para consulta na Secretaria Municipal de Planejamento) ANEXO VII DA LEI Nº MEDIDAS MITIGADORAS PARA ATIVIDADES ATRATORAS DE VEÍCULOS Número adicional de vagas de estacionamento Vias locais Vias de ligação regional, Arteriais ou coletoras 1 vaga / 450m² de área líquida 1 vaga / 75m² de área em espaços não cobertos essenciais ao exercício da atividade 1 vaga / 300m² de área líquida 1 vaga / 50m² de área em espaços não cobertos essenciais ao exercício da atividade Número mínimo de vagas para carga e descarga 1.500m² < área líquida<3.000m² Área líquida 3.000m² 1 vaga 1 vaga / 3.000m², desprezando-se as frações Área de Embarque e Desembarque Hotéis, apart-hotéis, policínicas, hospitais, pronto-socorros, maternidades, estabelecimento de ensino superior e cursos pré-vestibulares. 1 vaga Escolas de 1º e 2º graus, maternal e pré escolar 1 vaga / 400m² de área líquida, desprezando-se as frações Relocação do controle de acesso Conforme Anexo IX da Lei nº 7166/96

241 522 ANEXO VIII DA LEI Nº CLASSIFICAÇÃO DE USOS NA ADE DE SANTA TEREZA RAMO DE ATIVIDADE GRUPO I GRUPO II Área: <50m², com exceção Área: <300m² INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, SEGURO, CAPITALIZAÇÃO, COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS SERVIÇOS DE ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO - Adm. de loterias - Adm. Seguros e Resseguro - Adm. de Cartões de Crédito - Arrendamento Mercantil - Caixas Eletrônicos e Postos de Atendimento Bancário (<150m²) - Casas de Câmbio - Crédito Habitacional - Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores - Fundos de Investimento - Instituições de Aplicação Financeira, Financiamento, Investimento e Crédito - Sociedade de Capitalização Área: <50m² - Adm. de Imóveis - Compra, Venda e Corretagem de Imóveis - Empreendimentos Imobiliários - Incorporação de Imóveis Área: <150m²,com exceção - Cafeterias - Casas de Chá - Casas de Doces - Casas de Sucos e Vitaminas - Lanches em Trailer (<30m²) - Sorveterias - Lanchonete - Pensões Área: <100m² - Estabelecimentos Bancários Área: <300m², com exceção - Albergues - Restaurantes - Bar (150m²) - Grupo I >150m² a <300m² Área: <100m², com exceção SERVIÇOS DOMICILIARES - Chaveiros - Dedetização - Escritório de Limpeza e Conservação de Edifícios - Jardinagem e Paisagismo - Lavanderias Self-Service - Locação de Artigos para Festas - Postos de Recebimento de Pequenas Mercadorias - Produção de Húmus - Lavanderias e Tinturarias - Toalheiro - Adm. de Condomínios (50m²) - Buffets (sem limite de área prédefinido) - Casas de Recepção e Salões de Festa (sem limite de área prédefinido)

242 523 SERVIÇOS DE REPARAÇÃO E CONSERVAÇÃO SERVIÇOS DE REPARAÇÃO E CONSERVAÇÃO SERVIÇOS PESSOAIS Área: <100m² - Montagem de Molduras e Quadros - Reparação de Artigos de Couro e Similares - Reparação de Bicicletas - Reparação de Instalações de Gás, Elétricas e Hidráulicas - Reparação de Aparelhos Eletrônicos - Reparação e Conservação de Ferramentas - Reparação e Conservação de Máquinas, Aparelhos e Artigos de Uso Doméstico e Pessoal - Reparação e Instalação de Antenas - Reparação e Instalação de Computadores, Periféricos e Impressoras - Serviços de Esterilização - Serviços de Montagem de Quiosques Área: <100m² - Agências de Casamento - Barbeiros - Centros de Estética - Confecções e Reparação de Artigos de Vestuário Sob Medida - Cursos Aula Particular - Curso de Datilografia - Curso de Informática - Cursos Diversos - Estilista - Escola de Mergulho - Estúdios Fotográficos - Locação de Artigos de Vestuário - Massagens, Saunas, Duchas e Banhos - Salões de Beleza - Salões de Engraxate - Serviços Exotéricos Área: <100m², com exceção - Reparação de Veículos, excluindo Lanternagem e Pintura (150m²) - Serviços de Vidraçaria - Serviços de Reparação de Móveis - Serviços de Corte e Vinco em Embalagens - Serviços Gerais de Pintura Área: sem limite pré-definido, exceção com - Academias de Ginástica e Esportivas - Escolas de Dança, Música e Natação - Serviço Funerário (100m²) SERVIÇOS DE DIVERSÃO E COMUNICAÇÃO Área: <100m² - Locação de Filmes e Discos - Locação de Livros - Locação de Fitas de Vídeo- Game - Casas Lotéricas - Estúdios de Gravação Área: sem limite pré-definido - Cinemas, Teatros e Auditórios

243 524 - Prestação de Serviços por Telefone - Serviços de Tele-Informática SERVIÇOS TÉCNICO- PROFISSIONAIS SERVIÇOS TÉCNICO- PROFISSIONAIS SERVIÇOS AUXILIARES DA AGRICULTURA SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTE Área:<100m² - Agências de Publicidade e Propaganda - Consultórios - Consultórios Veterinários - Escritórios - Estúdios de Escultura, Desenho e Pintura Artística - Profissionais Autônomos - Sedes Administrativas de Construtoras - Serviços de Acupuntura - Serviços de Auditoria - Serviços de Fotolito e Microfilmagem - Serviços de Investigação Particular - Serviços de Organização e Promoção de Eventos - Serviços de Tradução e Documentação - Laboratórios de Prótese Dentária - Laboratório Fotográfico - Postos de Coleta de Materiais Biológicos - Provedores Internet - Serviços de Decoração - Serviços de Editoração Eletrônica - Serviços de Jornalismo e Comunicação - Serviços de Litografia - Serviços de Nutricionismo - Serviços de Reprografia - Serviços de Serigrafia - Empreiteira de Serviços de Construção Área: <50m² - Assistência Técnico-Rural - Combate a Pragas - Reflorestamento Área: <50m² - Locação e Arrendamento de Bicicletas - Escritório de Transporte de Mudança e Valores, sem pátio de veículos Área:<100m² - Serviços Gráficos, Editoriais e de Reprodução - Serviços de Silk-Screen - Laboratórios - Leiloeiros Área: <100m² - Transportes Escolares - Borracharia - Capotaria

244 525 Área: <50m² SERVIÇOS AUXILIARES DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO - Agências de Intercâmbio Cultural e Viagens - Agências de Turismo - Confecção de Carimbos - Serviços de Comunicação e Programação Visual - Adm. de Tickets, Vales, Cartões, e Fichas - Adm. de Consórcios - Agências de Trabalho Avulso, Diaristas - Locação, Compra e Venda de Telefones - Locação de Marcas e Patentes - Locação e Venda de Telões - Posto de Intermediação de Serviços - Serviços de Vigilância OUTROS SERVIÇOS - Gravação de Jóias - Lapidação de Jóias Área: <50m² - Vitrificação Área: <50m² Área: <150m² SERVIÇOS DE USO COLETIVO: ASSISTÊNCIA SOCIAL SERVIÇOS DE USO COLETIVO: ÓRGÃOS DE PREVIDÊNCIA - Asilos - Associações Beneficentes - Creches - Entidades de Assistência e Promoção Social - Entidades de Atendimento não Asilar - Orfanatos - Grupo I >150m² a <400m² - Previdência Privada - Previdência Pública Área: <50m² SERVIÇOS DE USO COLETIVO: ENTIDADES DE CLASSE E SINDICAIS SERVIÇOS DE USO COLETIVO: INSTITUIÇÕES Área: <150m² - Mostras Artesanais e Área: <50m² - Associações - Confederações - Conselhos - Federações - Organizações de Assistência a Empresas - Sindicatos Área: sem limite pré-definido - Associações Culturais, Filosóficas e Científicas

245 526 CIENTÍFICAS, CULTURAIS, TECNOLÓGICAS E FILOSÓFICAS Folclóricas - Aquários - Bibliotecas - Centros de Documentação - Centros de Pesquisa - Estabelecimentos de Cultura Artística - Museus - Grupo I maior que o estipulado SERVIÇOS DE USO COLETIVO: ENTIDADES DESPORTIVAS E RECREATIVAS Área: sem limite pré-definido - Confederações e Federações - Ligas Desportivas e Recreativas - Associações Desportivas e Recreativas - Praças e Quadras de Esporte - Clubes - Escolas de Esportes SERVIÇOS DE USO COLETIVO: INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS SERVIÇOS DE USO COLETIVO: ORGANIZAÇÕES CÍVICAS E POLÍTICAS Retificado em 30/12/2000 Área: <100m² - Associações Religiosas - Congregações Religiosas - Órgãos Administrativos de Instituições Religiosas Seminários Religiosos - Templos - Grupo I >100m² a < 400m² Área: <50m² - Comitês Políticos - Diretórios Políticos - Sedes de Partidos Políticos SERVIÇOS DE USO COLETIVO: DEFESA DE INTERESSE COLETIVO Área: <150m² - Associações de Bairros - Associações de Moradores Área: <50m² - Cooperativas - Sedes de Movimentos Sociais - Diretórios Estudantis SERVIÇOS DE USO COLETIVO: SERVIÇOS DE SAÚDE Área: <150m² - Postos de Saúde Pública - Postos de Vacinação - Serviços de Enfermagem Área: <150m², com exceção - Clínicas Especializadas - Clínicas Odontológicas - Institutos de Fisioterapia - Clínicas Veterinárias - Serviços de Ambulância - Serviço Veterinário de Embelezamento e Vacinação - Bancos de Sangue - Laboratórios de Anál. Clínica - Laboratório Radiológico - Maternidade (sem limite de área pré- definido)

246 527 SERVIÇOS DE USO COLETIVO: SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO SERVIÇOS DE USO COLETIVO: SERVIÇOS PÚBLICOS Área: <150m² - Institutos para Cegos - Institutos para Portadores de Deficiência - Institutos para Surdos-Mudos - Jardins de Infância e Maternais - Pré-Primário - Escolas de Excepcionais - Escolas de Idiomas - Escolas de Primeiro Grau - Escolas de Segundo Grau Área: <50m² - Agências de Correios e Telégrafos - Postos Policiais - Postos Telefônicos - Representação Diplomática - Representação de Organismos Internacionais - Postos de Atendimento de Empresas de Energia Elétrica e de Telecomunicações - Postos de Identificação - Clínica de Fisioterapia - Policlínica (sem limite de área prédefinido) - Grupo I >150m² < 400m² Área: < 400 m² - Centros de Formação Profissional - Cursos Pré-Vestibular - Cursos Supletivos - Grupo I >150m² a <400m² Área: <50m², com exceção - Cartórios - Delegacias de polícia (150m²) Área: <150m² - Antiquários - Abrasivos - Açougues - Pescados - Aves Abatidas - Aparelhos Elétricos e Eletrônicos - Aparelhos e Artigos de Cine- Foto - Aparelhos de Uso Pessoal - Aquários e Peixes Ornamentais - Armarinhos - Artesanato - Artigos de Apicultura - Artigos de Borracha e Couro - Artigos de Caça e Pesca - Artigos de Cama, Mesa e Banho Área: <150m², com exceção - Colchões - Show Room - Vidraçarias - Produtos Agropecuários - Artigos de Uso Comercial - Artefatos de Madeira - Máquinas de Pequeno Porte, Sem Incômodo Ambiental - Materiais de Acabamento de Edificações - Materiais de Serigrafia e Silk- Screen - Produtos de Origem Animal - Produtos de Origem Vegetal - Produtos de Origem Mineral - Animais - Tintas - Materiais de Construção, Madeira e

247 528 USO COMERCIAL - Artigos de Conveniência - Artigos Desportivos e Recreativos - Artigos de Escritório - Artigos de Gesso - Artigos de Uso Doméstico e Pessoal - Artigos de Vestuário - Artigos de Madeira - Artigos, Materiais e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Laboratoriais e Hospitalares - Artigos e Produtos Veterinários - Artigos Esotéricos - Artigos e Suprimentos de Informática - Artigos Importados - Artigos para Camping - Artigos para Decoração - Artigos para Festas - Artigos para Forração - Artigos para Pintura Artística - Artigos para Piscina - Artigos Religiosos - Artigos para Sorveteria - Bazares - Bebidas - Bicicletas - Bijuterias - Bombonnières - Brinquedos - Cestas de Alimentação - Confeitarias - Copiadoras - Cortinas - Cosméticos - Drogarias e Farmácias - Eletrodomésticos - Essências, Corantes e Especiarias - Embalagens - Equipamentos de Pequeno Porte Sem Incômodo Ambiental - Equipamentos de Segurança de Uso Pessoal - Equipamentos e Materiais Elétricos e Eletrônicos - Ferragens - Ferramentas - Floriculturas - Gelo - Instrumentos Musicais - Joalherias e Relojoarias - Jornais e Revistas - Laticínios e Frios - Livrarias e Papelarias - Lubrificantes Sucata - Móveis, Instalações e Equipamentos Usados - Super-Mercados (sem limite de área pré-definido) - Grupo I >150m² a <300m²

248 529 USO COMERCIAL (cont.) - Materiais Plásticos - Mercearias - Metais e Pedras Preciosas Para Joalherias - Móveis - Molduras - Objetos de Arte e Adornos - Óticas - Padarias - Perfumarias - Presentes - Produtos Alimentícios - Produtos de Limpeza - Produtos Naturais - Programas para Computadores - Roupas Especiais de Segurança - Sapatarias - Tabacarias - Tapetes - Tecidos - Peças e Acessórios Para Bicicletas - Pequenos Animais Não Abatidos - Produtos Preparados e/ou Comercializados em Equipamentos Compactos Tipo: Jornais, Refrigerantes, Pipocas, Balas, Churros, etc - Produtos Hortifrutigrangeiros - Quitandas - Toldos - Grupo I >150m² a <300m² ANEXO IX Estes mapas estarão à disposição para consultas na Secretaria Municipal de Planejamento ANEXO X Estes mapas estarão à disposição para consultas na Secretaria Municipal de Planejamento ANEXO XI - PARÂMETROS URBANÍSTICOS E USOS ADMISSÍVEIS MEDIANTE OUTORGA ONEROSA NA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO Republicado em 30/12/2000 PARÂMETROS (1) Área 1 Declividade até 30% Declividade > 30 até 47% Área 2 Lote mínimo 1.000m² 1.000m² Coeficiente de Aproveitamento 1,2 ou 1,5 (2) 1,0 ou 1,2 (2) Quota de Terreno por Unidade Residencial 60m² 90m²

249 530 Taxa de Ocupação 0,5 0,4 Taxa de Permeabilização Afastamentos 30%, vedada a substituição da área permeável obrigatória pela caixa de captação e drenagem referida no art. 50 da Lei 7166/96 Valores de b para cálculo de afastamentos: - para H 30 m, b=2 - para H > 30 m, b=3 USOS Residencial - unifamiliar e multifamiliar Não Residenciais Grupo I Grupos II e III - todas as atividades - todas as atividades (3), desde que licenciadas pelo COMAM (1) A utilização de qualquer parâmetro urbanístico mais permissivo que o estabelecido pelo zoneamento da Lei 7166/96 determina a observância dos demais parâmetros constantes deste Anexo. (2) Coeficiente de Aproveitamento autorizado no caso de recepção de potencial construtivo transferido de terreno situado em Área 3. (3) Respeitado o critério de conjugação da classificação da atividade com a natureza e a largura da via pública, definido no caput do art. 67 da Lei 7166/96. ANEXO XII A QUE SE REFERE A LEI Nº RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS DE PARCELAMENTO NAS ZEIS Anexo XII com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XXIII e Anexo XXIII) 1 - Para aprovação de projetos de loteamento, reparcelamento e desmembramento nas ZEIS, o interessado deverá encaminhar os seguintes documentos: a) projeto de loteamento, reparcelamento ou desmembramento; b) relação de quadras e lotes; c) memorial descritivo, contendo a descrição das áreas públicas que permanecerão ou que passarão ao domínio do Município; d) indicação dos equipamentos urbanos e comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública existentes na área do parcelamento; e) Certidão de Propriedade emitida pelo(s) respectivo(s) Cartórios de Registro Imobiliário. 2 - No caso de imóveis sem registro imobiliário, o Poder Público promotor do parcelamento deverá apresentar certidões negativas de registro, fornecidas por todos os Cartórios Imobiliários da Comarca. 3 - Aprovação das Modificações do Parcelamento do Solo nas ZEIS Os pedidos de modificação de parcelamento nas ZEIS serão formulados à Administração Municipal, instruídos com os seguintes documentos: a) título de propriedade das áreas ou lotes envolvidos na modificação do parcelamento; b) planta da situação atual dos lotes demonstrando, inclusive, seu acesso ao sistema viário; c) planta da situação que resultará da modificação do parcelamento que se pretende No caso de modificação de parcelamento, o interessado apresentará o título de propriedade dos lotes a serem modificados. Havendo distintos proprietários, o pedido deverá ser instruído por todos eles.

250 531 ANEXO XIII A QUE SE REFERE A LEI Nº NORMAS PARA PEDIDO DE EXCLUSÃO DE ÁREAS EM ZEIS-1 E ZEIS-3 Anexo XIII com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 171, XX e Anexo XX) I - Procedimentos para encaminhamento de pedido de utilização de parâmetros urbanísticos do zoneamento do entorno de áreas equivocadamente inseridas em ZEIS 1 - Os pedidos de utilização de parâmetros urbanísticos do zoneamento do entorno de áreas equivocadamente inseridas em ZEIS serão formulados à Administração Municipal instruídos dos seguintes documentos: a) ofício do interessado solicitando a exclusão da área; b) registro atualizado da área com validade de 90 dias; c) planta da situação atual da área contendo, inclusive, seu acesso ao sistema viário; d) cópia do Cadastro de Plantas (CP) ou Informação Básica dos lotes, no caso de parcelamento aprovado; e) planta cadastral, na escala 1:1.000, com a localização da área, no caso de áreas não aprovados (fornecida pela PRODABEL); f) certidão negativa de débito com o IPTU; g) declaração da associação comunitária, atestando que o imóvel não foi objeeto de invasão e/ou remoção. II - A documentação para instrução dos pedidos a que se refere este Anexo estará sujeita a exame e aprovação pela URBEL. III - O deferimento para o pedido de utilização de parâmetros urbanísticos do zoneamento do entorno de áreas equivocadamente inseridas em ZEIS ficarão sujeitos a parecer técnico e sindicância da URBEL. ANEXO XIV - Parâmetros urbanísticos para AEIS-1 Anexo XIV acrescentado pela Lei nº , de 20/1/2014 (Art. 9º) Coeficiente de aproveitamento Quota de terreno por unidade habitacional - AEIS-1 2,8 (v. nota 1) 2,5 (v. nota 2) 1,7 (v. nota 3) Taxa de Permeabilidade Conforme art Destinação das unidades habitacionais por faixa de renda (v. nota 4) 70% - até 3 (três) salários mínimos 30% - acima de 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos Nota 1. Coeficiente aplicável para lotes que atendam às seguintes condições: a) estejam inseridos em empreendimentos que abarquem, no mínimo, 2/3 (dois terços) da área da mancha de AEIS-1, incluídas nessa fração as Áreas de Preservação Permanente vinculadas aos mesmos, bem como as áreas transferidas ao Município por força da legislação relativa ao parcelamento do solo; b) que sejam destinados a edificações de uso misto nas quais o pavimento térreo seja ocupado por atividades de uso não residencial voltadas para o logradouro público, exceto estacionamento. Nota 2. Coeficiente aplicável para lotes inseridos em empreendimentos que abarquem, no mínimo, 2/3 (dois terços) da área da mancha de AEIS-1, incluídas nessa fração as Áreas de Preservação Permanente vinculadas aos mesmos, bem como as áreas transferidas ao Município por força da legislação relativa ao parcelamento do solo. Nota 3. Coeficiente aplicável para os lotes inseridos em empreendimentos que não atendam ao disposto na nota 2 deste Anexo.

251 532 Nota 4. O cálculo dos percentuais previstos neste anexo não inclui as unidades habitacionais implantadas nos lotes previstos no caput do art. 157-A desta lei, não vinculadas a faixa de renda específica.

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258 539 LEI Nº 8.407, DE 30 DE JULHO DE 2002 Altera dispositivo da Lei nº 7.166/96, que estabelece normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no Município, e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O art. 81 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, passa a ter a seguinte redação: "Art As ADEs do Mangabeiras, do Belvedere, do São Bento e de Santa Lúcia são destinadas exclusivamente ao uso residencial unifamiliar. 1º - São admitidas atividades do Grupo II em edificações horizontais: I - na ADE do Mangabeiras, nos terrenos lindeiros à Av. dos Bandeirantes entre a Praça da Bandeira e a Rua Professor Mello Cançado; II - na ADE do São Bento, nos terrenos lindeiros à Av. Michel Jeha. 2º - Em edificações existentes, as atividades a que se refere o parágrafo anterior ficam isentas da exigência de limite de área. 3º - O perímetro da ADE de Santa Lúcia inicia-se na Rua Agena, por esta até a Rua Nazareth, por esta até a Rua Acarahy, seguindo por esta e cruzando a quadra 2590 até a Avenida Raja Gabaglia, por esta até a confluência com a Rua Agena, no ponto inicial. 4º - Incluem-se na ADE de Santa Lúcia os lotes situados nos dois lados das ruas Agena, Nazareth e Acarahy.(NR)". Art. 2º - O perímetro da ADE de Santa Lúcia, prevista no art. 81 da Lei nº 7.166/96, corresponde ao definido no Anexo Único desta Lei.

259 540 ANEXO ÚNICO ADE DE SANTA LÚCIA ADE DE SANTA LÚCIA

260 541 LEI Nº 8.616, DE 14 DE JULHO DE 2003 Contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Este Código contém as posturas destinadas a promover a harmonia e o equilíbrio no espaço urbano por meio do disciplinamento dos comportamentos, das condutas e dos procedimentos dos cidadãos no Município de Belo Horizonte. Art. 2º - As posturas de que trata o art. 1º regulam: I - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso do logradouro público; II - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso da propriedade pública ou particular, quando tais operações e uso afetarem o interesse público; III - o uso do espaço aéreo e do subsolo. Inciso III acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 1º) 1º - Para os fins deste Código, entende-se por logradouro público: I - o conjunto formado pelo passeio e pela via pública, no caso da avenida, rua e alameda; II - a passagem de uso exclusivo de pedestre e, excepcionalmente, de ciclista; III - a praça; IV - o quarteirão fechado. 2º - Entende-se por via pública o conjunto formado pela pista de rolamento e pelo acostamento e, se existentes, pelas faixas de estacionamento, ilha e canteiro central. Art. 4º - O uso do logradouro público é facultado a todos e o acesso a ele é livre, respeitadas as regras deste Código e de seu regulamento. Art. 5º - As operações de construção, conservação e manutenção e o uso da propriedade pública ou particular afetarão o interesse público quando interferirem em direito do consumidor ou em questão ambiental, sanitária, de segurança, de trânsito, estética ou cultural do Município. Art. 6º - Dependerá de prévio licenciamento a realização das operações e dos usos previstos nos incisos do caput do art. 2º, conforme exigência expressa que neste Código se fizer acerca de cada caso. Art. 6º-A - É vedada a colocação de qualquer elemento que obstrua, total ou parcialmente, o logradouro público, exceto o mobiliário urbano que atenda às disposições desta Lei. Art. 6º A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 2º) Art. 7º - O regulamento deste Código disporá sobre o processo de licenciamento, sobre o documento que poderá dele resultar e sobre as regras para o cancelamento do documento expedido. 1º - Dependendo da operação ou uso a ser licenciado, o processo de licenciamento será distinto, podendo, conforme o caso, exigir: I - pagamento de taxa de valor diferenciado; II - prévia licitação ou outro procedimento de seleção; III - elenco específico de documentos para a instrução do requerimento inicial; IV - cumprimento de ritual próprio de tramitação, com prazos específicos para cada uma de suas fases.

261 542 2º - Dependendo do processo de licenciamento, o tipo do documento expedido será distinto, podendo ter, conforme cada caso: I - nome específico; II - prazo de vigência temporário determinado ou validade permanente; III - caráter precário. 3º - Dependendo do tipo de documento de licenciamento expedido, o cancelamento terá ritual próprio e será feito por meio de um dos seguintes procedimentos: I - cassação, se descumpridas as normas reguladoras da operação ou uso licenciados; II - anulação, se expedido o documento sem observância das normas pertinentes; III - revogação, se manifestado interesse público superveniente. 4º - Será considerada licenciada, para os fins deste Código, a pessoa natural ou jurídica a quem tenha sido conferido, ao final do processo, o documento de licenciamento respectivo. 5 - A licença caducará quando não for exercido pelo licenciado o direito de renovação dentro do prazo de validade da mesma, não sendo necessária sua declaração pelo Executivo. 5º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 3º) Art. 7 -A - Constatada a irregularidade urbanística da edificação onde seja exercida atividade que cause dano ou ameaça de dano a terceiros, especialmente ocasionando risco à segurança ou à saúde pública, a fiscalização, mediante despacho fundamentado, poderá solicitar à autoridade competente autorização para interdição da atividade. Art. 7º A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 4º) Art. 8º - O processo de licenciamento receberá decisão favorável sempre que: I - forem preenchidos os requisitos legais pertinentes; II - houver conveniência ou interesse públicos. 1º - A decisão desfavorável baseada no previsto pelo inciso II deste artigo será acompanhada de justificativa técnica. 2º - O regulamento deste Código, considerando a operação ou uso a ser licenciado, definirá prazo máximo para deliberação sobre o licenciamento requerido. Art. 9º - Se dada decisão favorável ao processo de licenciamento, será expedido o documento comprobatório respectivo, o qual especificará, no mínimo, a operação ou uso a que se refere, o local ou área de abrangência respectiva e o seu prazo de vigência, além de outras condições previstas neste Código. Parágrafo único - Deverá o documento de licenciamento ser mantido no local onde se realiza a operação ou se usa o bem, devendo ser apresentado à fiscalização quando solicitado. Art. 9º-A - Na hipótese de decisão desfavorável ao pedido de licenciamento, o requerente poderá recorrer, em primeira instância, à Secretaria de Administração Regional Municipal competente e, em segunda instância, à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. 1 - O prazo para a interposição dos recursos previstos no caput deste artigo será de 15 (quinze) dias, contados da notificação pessoal do requerente ou da publicação no Diário Oficial do Município. 2 - Os recursos em primeira e segunda instâncias deverão ser julgados no prazo máximo de 2 (dois) meses, contados do seu recebimento. Art. 9º A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 5º) Art. 9º-B - O Executivo deverá definir parâmetros específicos para regulação e fiscalização de posturas nas Zonas de Especial Interesse Social ZEIS. Art. 9º B acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 5º) Art Dos atos do Executivo previstos neste Título e que se relacionem a casos omissos ou a interpretação dos dispositivos deste Código, caberá recurso ao Conselho Municipal de Política Urbana (COMPUR), conforme ritual a ser estabelecido em regulamento.

262 543 TÍTULO II DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO LOGRADOURO PÚBLICO DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 11-A - No caso de realização de obra ou serviço, o responsável por dano ao logradouro público deverá restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo da intervenção, imediatamente após o término da obra, conforme parâmetros legais, normas e padrões estabelecidos pelo Executivo. Parágrafo único - Na hipótese de descumprimento do disposto neste artigo, o responsável terá o prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contados da notificação, para a restauração do logradouro. Art. 11-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 6º) Art. 11-B - Estando a recomposição do logradouro público em conformidade com esta Lei e livre de entulho ou outro material decorrente da obra, o Executivo emitirá o Termo de Aceitação Provisório, que será relativo à sua perfeita condição de utilização. 1 - O responsável, o licenciado ou a empresa executora da obra responderá por qualquer deficiência técnica que comprometa a estabilidade da mesma pelo prazo irredutível de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do Termo de Aceitação Provisório. 2 - Decorrido o prazo fixado no 1 deste artigo e constatada a regularidade mediante nova vistoria ao local da obra, o órgão competente emitirá o Termo de Aceitação Definitivo e cessará a responsabilidade do executor da obra. Art. 11-B acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 6º) Art. 11-C - A faixa de pedestre na via pública deve ter largura compatível com o volume de pedestres e garantir, por meio de demarcação com sinalização horizontal, passagem separada em ambos os sentidos, evitando colisão entre os pedestres. CAPÍTULO I DO PASSEIO Art. 11-D - A utilização do passeio deverá priorizar a circulação de pedestres, com segurança, conforto e acessibilidade, em especial nas áreas com grande fluxo de pedestres. Parágrafo único - O Executivo deverá identificar rotas preferencialmente utilizadas por pedestres, priorizando nas mesmas o tratamento de passeios e travessias das vias, de modo a garantir a acessibilidade. Art. 11-D acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 7º) Art Cabe ao proprietário de imóvel lindeiro a logradouro público a construção do passeio em frente à testada respectiva, a sua manutenção e a sua conservação em perfeito estado. 1º - Em se tratando de lote com mais de uma testada, a obrigação estabelecida no caput se estende a todas elas. 2º - A obrigatoriedade de construir o passeio não se aplica aos casos em que a via pública não esteja pavimentada ou em que não tenha sido construído o meio-fio correspondente. 3º - No caso de não cumprimento do disposto no caput deste artigo, poderá o Executivo realizar a obra, cujo custo será ressarcido pelo proprietário, acrescido da taxa de administração, sem prejuízo das sanções cabíveis. 4 - O Município adotará medidas para fomentar a adequação dos passeios ao padrão estabelecido pelo Executivo, nos termos do regulamento.

263 544 4º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 8º) 5 - O regulamento desta Lei irá definir os passeios considerados de fluxo intenso de pedestres, que receberão tratamento especial e manutenção pelo Executivo. 5º acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 8º) Art. 12-A - A construção do passeio deve prever, conforme regulamento: I - faixa reservada a trânsito de pedestres, obrigatória; II - faixa destinada a mobiliário urbano, sempre que possível; III - faixa ajardinada, obrigatória em áreas específicas. Parágrafo único - A faixa reservada a trânsito de pedestres deverá ter largura igual ou superior a 1,50m (um metro e meio) ou, no caso de passeio com medida inferior a 2,00m (dois metros), a 75% (setenta e cinco por cento) da largura desse passeio. Art. 12-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 9º) Art No caso de dano a passeio, a restauração deverá ser realizada sem defeitos construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do passeio ao longo da intervenção, de forma a atender aos parâmetros legais estabelecidos. Parágrafo único - Na hipótese de não existir padronização de tratamento do passeio definido para a área, a restauração deverá obedecer às demais normas estabelecidas em decreto regulamentador. Art. 13 com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 10) CAPÍTULO II DA ARBORIZAÇÃO Art É obrigatório o plantio de árvores nos passeios públicos do Município, respeitada a faixa reservada ao trânsito de pedestre, nos termos deste Código. Parágrafo único - Nos passeios com largura inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), o Executivo poderá autorizar o plantio de árvore na via pública, sem obstrução do escoamento de águas pluviais, nos termos do regulamento desta Lei. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 16) TÍTULO III DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art Com exceção dos usos de que trata o Capítulo II deste Título, o uso do logradouro público depende de prévio licenciamento. Art O Executivo somente expedirá o competente documento de licenciamento para uso do logradouro público se atendidas as exigências pertinentes. Parágrafo único - Em caso de praça, a expedição do documento de licenciamento dependerá, adicionalmente, de parecer favorável do órgão responsável pela gestão ambiental. Art. 47-A - As licenças para utilização do logradouro público para afixação de engenho de publicidade, para colocação de mesa e cadeira e para utilização de toldo, entre outros, ficarão vinculadas ao Alvará de Localização e Funcionamento da atividade. Art. 47-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 20) Art O logradouro público não poderá ser utilizado para depósito ou guarda de material ou equipamento, para despejo de entulho, água servida ou similar ou para apoio a canteiro de obra em imóvel a ele lindeiro, salvo quando este Código expressamente admitir algum destes atos. Art O logradouro público, observado o previsto neste Código, somente será utilizado para:

264 545 I - trânsito de pedestre e de veículo; II - estacionamento de veículo; III - operação de carga e descarga; IV - passeata e manifestação popular; V - instalação de mobiliário urbano; VI - execução de obra ou serviço; VII - exercício de atividade; VIII - instalação de engenho de publicidade; IX - eventos; Inciso IX acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 21) X - atividades de lazer. Inciso X acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 21) CAPÍTULO III DA INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO Seção I Disposições Gerais Art Mobiliário urbano é o equipamento de uso coletivo instalado em logradouro público com o fim de atender a uma utilidade ou a um conforto públicos. Parágrafo único - O mobiliário urbano poderá ser: I - em relação ao espaço que utilizará para sua instalação: a) superficial, aquele que estiver apoiado diretamente no solo; b) aéreo, aquele que estiver suspenso sobre o solo; c) subterrâneo, aquele que estiver instalado no subsolo; d) misto, aquele que utilizar mais de uma das categorias anteriores; II - em relação à sua instalação: a) fixo, aquele que depende, para sua remoção, de ser carregado ou rebocado por outro equipamento ou veículo; b) móvel, aquele que, para ser removido, depende exclusivamente de tração própria ou aquele não fixado ao solo e de fácil remoção diária. Art A instalação de mobiliário urbano em logradouro público depende de prévio licenciamento, em processo a ser definido no regulamento deste Código. Parágrafo único - Em caso de mobiliário urbano considerado pelo regulamento deste Código como de risco para a segurança pública, será exigida, em termos a serem definidos no mesmo regulamento, documentação complementar, podendo ser estabelecido ritual específico para a renovação do respectivo documento de licenciamento. CAPÍTULO IV DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES Seção I Disposições Gerais Art O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. Parágrafo único - O Executivo poderá licenciar, para o exercício em logradouro público, apenas as seguintes atividades, observadas as limitações previstas neste Código: I - em banca; II - em veículo de tração humana e veículo automotor; III - exercida por deficiente visual; IV - de engraxate; V - evento; VI - feira; VII - em quiosque em local de caminhada;

265 546 VIII - exploração de sanitário público; IX - lavador de veículo automotor. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº , de 30/7/2012 (Art. 1º) Art. 118-A - O passeio poderá ser utilizado por ambulante somente para exercício de atividade de comércio: I - em veículo de tração humana; II - por deficiente visual. Art. 118-A com redação dada pela Lei nº , de 30/7/2012 (Art. 3º) Art O licenciamento para exercício de atividade em logradouro público terá sempre caráter precário e será feito por meio de licitação, conforme procedimento previsto no regulamento deste Código, que poderá ser simplificado em relação a alguma atividade, particularmente a classificada como eventual. Parágrafo único - O prazo de validade do documento de licenciamento variará conforme a classificação da atividade, podendo ser: I - de até 1 (um) ano, prorrogável conforme dispuser o regulamento deste Código, quando se tratar de atividade constante; II - de até 3 (três) meses ou até o encerramento do evento, conforme o caso, quando se tratar de atividade eventual, sendo, em ambos os casos, improrrogável. Art O documento de licenciamento deverá explicitar o equipamento ou apetrecho de uso admitido no exercício da atividade respectiva no logradouro público e mencionar, inclusive, a possibilidade de utilização de aparelho sonoro, sendo vedada a utilização de qualquer outro equipamento ou apetrecho nele não explicitado. Art O Executivo capacitará o licenciado para o exercício de atividade no logradouro público, visando a engajá-lo nos programas de interesse público desenvolvidos no respectivo local, podendo, inclusive, vir a utilizar o mobiliário onde a atividade é exercida como ponto de apoio e referência para a comunidade. Art O Executivo regulamentará este Capítulo, especialmente no que se refere ao detalhamento dos critérios de licenciamento, às taxas respectivas e à fiscalização das atividades. TÍTULO IV DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DA PROPRIEDADE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art Serão observadas, para a promoção e a manutenção do controle sanitário nos terrenos e nas edificações, as disposições contidas no Código Sanitário Municipal e no Regulamento de Limpeza Urbana. Art Para a instalação de cerca elétrica ou de qualquer dispositivo de segurança que apresente risco de dano a terceiros exige-se que: I - qualquer elemento energizado esteja a, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima do piso circundante; Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 62) II - a projeção ortogonal do dispositivo esteja contida nos limites do terreno; III - sejam feitas a apresentação de Responsável Técnico e a de comprovação de contratação de seguro de responsabilidade civil. Art A instalação, o funcionamento e a manutenção de elevadores e aparelhos de transporte similares observarão o disposto na Lei nº 7.647, de 23 de fevereiro de 1999, e nas que a modificarem ou sucederem, aplicando-se às infrações nelas elencadas as penalidades previstas neste Código. Art. 200 retificado em 28/04/2005 CAPÍTULO II DO TERRENO OU LOTE VAGO

266 547 Art Entende-se por terreno ou lote vago aquele destituído de qualquer edificação permanente. Art Em logradouro público dotado de meio-fio, o proprietário de terreno ou lote vago deverá fechá-lo em sua divisa com o alinhamento, com vedação de no mínimo 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) de altura, medida em relação ao passeio. 1º - O fechamento de que trata este artigo poderá ser feito com qualquer material admitido no regulamento, podendo este padronizar ou proibir determinado material em alguma área específica do Município. 2º - O material a ser usado no fechamento deverá ser capaz de impedir o carreamento de material do lote ou terreno vago para o logradouro público. 3º - Deverá ser previsto um acesso ao terreno ou lote vago. Art É proibido o despejo de lixo no terreno ou lote vago. Parágrafo único - O proprietário de terreno ou lote vago é obrigado a mantê-lo limpo, capinado e drenado, independendo de licenciamento os respectivos atos. TÍTULO VI DO USO DA PROPRIEDADE CAPÍTULO I DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES Seção I Disposições Gerais Art O disposto neste Capítulo complementa o previsto na legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo no que diz respeito à localização de usos e ao exercício de atividades na propriedade pública e privada. Art O exercício de atividade não-residencial depende de prévio licenciamento. 1º - A atividade a ser desenvolvida deverá estar em conformidade com os termos do documento de licenciamento, dentre eles os referentes ao uso licenciado, à área ocupada e às restrições específicas. 2º - O documento de licenciamento terá validade máxima de 5 (cinco) anos. Art O exercício de atividade em parque deverá atender às exigências contidas no Capítulo IV do Título III deste Código no que for compatível, bem como às exigências adicionais previstas nos regulamentos específicos de cada parque. Art Deverão ser afixados no estabelecimento onde se exerce a atividade, em local e posição de imediata visibilidade: I - o documento de licenciamento; II - cartaz com o número do telefone dos órgãos de defesa do consumidor e da ordem econômica; III - cartaz com o número do telefone do órgão de defesa da saúde pública, conforme exigência no regulamento, considerada a natureza da atividade; IV - certificado de regularidade, emitido pelo órgão competente, referente a equipamento de aferição de peso ou medida, no caso de a atividade exercida utilizar tal equipamento; V - demais documentos elencados no documento de licenciamento que condicionem a sua validade. Inciso V acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 67) Parágrafo único - O certificado de que trata o inciso IV deste artigo deverá ser mantido em local próximo ao equipamento, sem prejuízo de sua imediata visibilidade.

267 548 Art É permitida a exposição de produto fora do estabelecimento, nos afastamentos laterais, frontal e de fundo da respectiva edificação, desde que se utilizem para tanto vitrine, banca ou similares e desde que a projeção horizontal máxima desses equipamentos não tenha mais de 0,25m (vinte e cinco centímetros) além dos limites da edificação. Parágrafo único - A exposição de produto fora do estabelecimento não pode avançar sobre o passeio, mesmo quando se tratar de edificação construída sobre o alinhamento, sem afastamento frontal. Art. 230-A - Ressalvadas as hipóteses autorizadas neste Código, é proibido: I - apregoar a prestação de serviços e a venda de mercadorias no logradouro público; II - prestar serviços ou vender mercadorias no logradouro público; III - afixar produtos em toldos; IV - afixar produtos e publicidade em postes, exceto mobiliário urbano, conforme dispuser o regulamento. Art. 230-A acrescentado pela Lei nº 9.845, de 8/4/2010 (Art. 68) Art A edificação destinada total ou parcialmente a atividade não- residencial que atraia um alto número de pessoas está sujeita à elaboração de laudo técnico descritivo de suas condições de segurança. 1º - O laudo previsto no caput deve ser de autoria de profissional competente, com a respectiva anotação de responsabilidade técnica junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA/MG). 2º - O regulamento deste Código estabelecerá, com relação ao laudo técnico: I - a listagem das atividades, conforme o porte e características, que se obrigam a elaborá-lo; II - a relação e o nível de detalhamento mínimos dos itens de segurança que deverão constar na análise para cada tipo de atividade; III - o prazo de validade. 3º - O laudo técnico e suas respectivas renovações, em inteiro teor, serão arquivados no órgão competente do Executivo, para fins de fiscalização. LEI Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 Institui o plano de ação - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - em Belo Horizonte, e regulamenta as ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, em conformidade com as Leis nº 7.165/96 e 7.166/96. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL DA BACIA DA PAMPULHA - PROPAM - EM BELO HORIZONTE CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS Art. 1º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - tem como objetivos: I - proceder à recuperação e ao desenvolvimento ambiental da Bacia da Pampulha por meio de: a) desenvolvimento de ações relativas à melhoria do saneamento ambiental; b) garantia da qualidade das águas conforme legislação específica; c) recuperação da represa da Pampulha, das ilhas, das enseadas e revitalização da orla; d) melhoria das condições viárias;

268 549 e) educação ambiental da população, de modo a propiciar a mudança de comportamento em relação à proteção e à preservação dos recursos naturais; f) gestão ambiental conjunta com o Município de Contagem, por meio da Associação Civil Comunitária de Recuperação da Bacia Hidrográfica da Pampulha/Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha, autorizado pela Lei nº 7.932, de 30 de dezembro de 1999; II - promover o desenvolvimento urbano e econômico da Bacia da Pampulha por meio de: a) requalificação urbana das áreas integrantes da Bacia, de modo a propiciar a realização de potenciais econômicos, ampliar a oferta e as condições de apropriação de espaços públicos e acentuar a atratividade da Pampulha como espaço de lazer, cultura e turismo de âmbito metropolitano; b) definição de parâmetros de ocupação e uso do solo adequados à recuperação ambiental e ao desenvolvimento urbano e econômico da referida Bacia. CAPÍTULO II DAS AÇÕES Art. 2º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - abrange as seguintes ações relativas ao saneamento ambiental: I - a definição de vilas e de conjuntos prioritários para urbanização, conforme o Anexo I; II - o controle dos focos erosivos e do aporte de sedimentos para os cursos d'água; III - a remoção e o reassentamento das famílias residentes em áreas de risco geológico, sujeitas à inundação ou destinadas à implantação de sistema viário estrutural; IV - a ampliação da rede de drenagem em toda a Bacia; V - a ampliação da coleta de esgotos sanitários, por meio de redes coletoras convencionais e da adoção de tecnologias alternativas em toda a Bacia, de forma a eliminar os lançamentos clandestinos nas redes de drenagem e nos cursos d'água; VI - a implantação prioritária dos interceptores de esgotos nos fundos de vale e na margem esquerda da Lagoa da Pampulha, conforme Anexo II; VII - a implantação da coleta de lixo em áreas ainda não atendidas e a ampliação deste serviço em áreas onde o atendimento ainda é insuficiente; VIII - o controle dos bota-foras clandestinos; IX - a garantia da infra-estrutura necessária para a coleta seletiva e para a reciclagem dos resíduos sólidos, por meio da implantação de galpões de recebimento e triagem de resíduos, de contenedores seletivos e de equipamentos de transporte; X - a intensificação do controle e da recuperação ambiental da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da BR-040; XI - a implantação de estação de reciclagem de entulho, objetivando a minimização do seu lançamento em áreas públicas, de forma clandestina, bem como sua reutilização comercial; XII - o desenvolvimento de ações de combate e controle de vetores, visando a eliminar, a diminuir ou a prevenir os riscos e os agravos à saúde; XIII - o tratamento dos fundos de vale constantes do Anexo III, de forma a favorecer a adoção de alternativas que assegurem mínima intervenção no meio ambiente natural; XIV - a priorização da urbanização dos logradouros públicos constantes do Anexo III, incluída a pavimentação não asfáltica ou assemelhada, extensão de rede de drenagem, expansão da rede coletora de esgotos e da coleta de resíduos sólidos. Art. 3º - O PROPAM abrange as seguintes ações relativas à recuperação da represa: I - o desassoreamento da represa por meio de dragagem dos sedimentos, visando à recuperação do espelho d'água, a manutenção da capacidade de amortecimento nos picos de cheias e a proteção contra enchentes nas áreas situadas à jusante da barragem; II - a recuperação ambiental das ilhas e da enseada do Zoológico, por meio de implantação de parques ecológicos para a proteção e para o desenvolvimento da flora e da fauna locais; III - a revitalização da orla da represa por meio da recuperação de áreas verdes, da preservação do patrimônio histórico-arquitetônico, da requalificação do espaço público e da redefinição do uso do solo, para reforçar o turismo e o lazer na região; IV - a melhoria da qualidade das águas da represa e dos cursos d'água afluentes, por meio de medidas adequadas em relação aos lançamentos de efluentes líqüidos, à disposição de resíduos sólidos e ao combate às erosões, viabilizando as atividades de pesca e de recreação de contato primário.

269 550 Art. 4º - Entre as ações do PROPAM, incluem-se as seguintes, relativas à gestão e ao planejamento urbano e ambiental: I - a mobilização e a educação ambiental por meio de oficinas, palestras, circuitos de percepção ambiental, implantação de centros de educação ambiental na Fundação Zoobotânica e nas secretarias municipais da coordenação de gestão regional Noroeste e Pampulha e de um centro de vivência agroecológica; II - a implantação de comissões locais de meio-ambiente para a divulgação e para a promoção de iniciativas de proteção dos recursos hídricos, da fauna e da flora, cuja composição e atribuições serão definidas em conjunto com o Executivo e as associações comunitárias; III - o monitoramento e o controle da qualidade ambiental quanto à qualidade dos recursos hídricos, à fauna, à flora, aos focos de erosão e aos sedimentos provenientes destes, e quanto às condições de ocupação e uso do solo; IV - o monitoramento pluviométrico e fluviométrico dos cursos d'água da bacia; V - o controle de vetores, de forma integrada com os órgãos relacionados ao saneamento; VI - a maximização do potencial turístico e de lazer representado pela represa e seu entorno, por meio da ampliação das possibilidades de localização de atividades econômicas; VII - a preservação ambiental da Bacia e a proteção do patrimônio cultural e da paisagem no entorno da represa, por meio da revisão dos parâmetros de ocupação e de uso do solo, em especial, nas Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs - da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo; VIII - a compatibilização da atividade turística com a preservação do patrimônio cultural e paisagístico e a permanência do assentamento residencial nas proximidades da represa. Art. 4º-A - O Executivo priorizará a implementação do Programa de Recuperação da Bacia da Pampulha, com vistas à sua consolidação deverá ser implementado em caráter prioritário, para que esteja consolidado até o ano de 2014, especialmente no que diz respeito à finalização das obras físicas previstas. Art. 4º-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 104) TÍTULO II DA REGULAMENTAÇÃO DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS - ADES - DA BACIA DA PAMPULHA, DA PAMPULHA E TREVO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 5º - As ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo visam a assegurar condições de recuperação e de preservação ambiental da represa da Pampulha, proteção e valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e fomento ao potencial turístico da área. Parágrafo único - A delimitação das ADEs é determinada pela Lei nº 7.166, de 27 de agosto de Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo - LPOUS. Art. 6º - Os parâmetros urbanísticos para as ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo são aqueles definidos pela LPOUS que não contrariem o disposto nesta Lei. Parágrafo único - Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-se aos do zoneamento definido pela LPOUS e sobre eles preponderam. Art. 7º - A taxa mínima de permeabilidade é de 30% (trinta por cento), salvo na Zona de Preservação Ambiental - ZPAM - e na Zona de Proteção - ZP-1 -, contidas na LPOUS e nas Áreas de Proteção Máxima - Grau 1 - e Áreas de Proteção Moderada - Grau 2 -, definidas no art. 10 desta Lei. 1º - É vedada a substituição, mesmo que parcial, da área permeável obrigatória, por caixa de captação e de drenagem. 2º - A área permeável obrigatória será localizada, preferencialmente, em áreas de vegetação significativa já existentes no terreno. Art. 8º - Ficam vedados os níveis de edificação que atinjam o lençol freático, à exceção de fundação e de reservatório.

270 551 Parágrafo único - A edificação que implique desaterro, corte e/ou ocupação abaixo do nível do terreno natural será obrigatoriamente precedida por sondagem que identifique a profundidade do lençol freático, de modo a evitar sua exposição e conseqüente contaminação. Art. 9º - (VETADO) Art Ficam instituídas as seguintes Áreas de Proteção Especial quanto à ocupação e ao uso do solo, conforme delimitação contida no Anexo IV: I - Áreas de Controle Especial de Uso do Solo, em função da vulnerabilidade à contaminação de águas subterrâneas e superficiais; II - Áreas de Proteção Máxima - Grau 1 - para a preservação permanente de nascentes, de cursos d'água e de cobertura vegetal; III - Áreas de Proteção Moderada - Grau 2 - para o controle da ocupação e do uso em áreas de nascentes, de cursos d'água e de cobertura vegetal. Art As Áreas de Controle Especial de Uso do Solo estão sujeitas às seguintes condições: a) vedação de implementação de atividades capazes de gerar efluentes líquidos e de contaminar o lençol freático e as águas superficiais, tais como: aterro sanitário, cemitério, cemitério para animais e produtos químicos, inflamáveis, tóxicos e venenosos; b) a instalação das atividades listadas no Anexo V desta Lei sujeita-se a licenciamento pelo órgão ambiental competente e será admitida somente mediante a adoção de medidas mitigadoras que assegurem a proteção integral das águas; Parágrafo único - Quando já instaladas, as atividades referentes às alíneas a e b ficam sujeitas a licenciamento corretivo pelo órgão municipal competente. Art São admitidos nas Áreas de Proteção Máxima - Grau 1: a) a instalação somente de serviços de apoio à manutenção de vegetação, de nascentes e de cursos d'água; b) o Coeficiente de Aproveitamento máximo de 0,05 (cinco centésimos); c) a taxa máxima de ocupação de 2% (dois por cento); d) a taxa mínima de permeabilidade de 95% (noventa e cinco por cento). Parágrafo único - No caso de terrenos de propriedade particular, são admitidos os usos e as condições previstos nesta Lei, desde que obedecidos os parâmetros de ocupação da LPOUS para ZPAM na mesma situação. Art São admitidos nas Áreas de Proteção Moderada - Grau 2: a) lotes mínimos de 1.000m² (mil metros quadrados); b) coeficiente de aproveitamento máximo de 0,6 (seis décimos); c) quota de terreno por unidade habitacional de 120m² (cento e vinte metros quadrados); d) taxa máxima de ocupação de 20% (vinte por cento); e) taxa mínima de permeabilidade de 70% (setenta por cento). Parágrafo único - Nas Áreas de Proteção Moderada -- Grau 2 - situadas fora da ADE da Pampulha, é obrigatório o licenciamento específico para atividades dos Grupos II e III, quando permitidas pela LPOUS, exigindo-se licenciamento corretivo, se já instaladas. CAPÍTULO II DA ADE TREVO Art. 20-A - Podem ser instalados na ADE Trevo, desde que adequadamente solucionado o esgotamento sanitário na região, em conformidade com o adensamento resultante, equipamentos de uso público e edificações relativas a programas de habitação de interesse social, limitada a 12 m (doze metros) a altura das edificações e respeitando-se a quota mínima de terreno por unidade habitacional de 60 m² (sessenta metros quadrados). Art. 20-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105) CAPÍTULO III DA ADE DA PAMPULHA

271 552 Art A ADE da Pampulha tem como objetivo específico a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e o fomento do potencial turístico da área, por meio da definição de parâmetros adequados de ocupação e de uso do solo. Art A taxa máxima de ocupação é de 50% (cinqüenta por cento). Art O afastamento frontal mínimo é de 5m (cinco metros). 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações será obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se a sua impermeabilização em um percentual máximo de 25% (vinte e cinco por cento) para acessos e guaritas; 2º - Na área do afastamento frontal mínimo o piso intertravado será permitido desde que utilizado em até 10% (dez por cento) da área permeável desse afastamento; 3º - É vedada a utilização da área delimitada pelo afastamento frontal mínimo ajardinado para estacionamento de veículos. 4º - Não se aplica à ADE da Pampulha o disposto no inciso III do artigo 52 da Lei n 7.166/96. Art No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos com permeabilidade visual, que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos logradouros públicos. Parágrafo único - Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros) acima do terreno natural. Art Os afastamentos laterais e de fundo mínimos são de 3m (três metros). Art A altura máxima permitida às edificações é de 9m (nove) metros, contados a partir do terreno natural. Parágrafo único - Excetua-se do disposto no caput deste artigo o terreno não parcelado inserido na quadra 4700 e definido como ZAR-2 no Anexo II da Lei nº 7.166/96, na qual a altimetria das edificações fica limitada, alternativamente: I - a 9 m (nove metros), contados a partir do terreno natural; II - a 30 m (trinta metros), contados a partir do nível da Avenida Flemming, no trecho correspondente à quadra a que se refere o parágrafo único deste artigo. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105) Art Nos terrenos lindeiros à Avenida Otacílio Negrão de Lima, a somatória dos pés direitos dos diversos pisos não pode, em nenhuma parte da edificação, ultrapassar a altura máxima de 9m (nove metros). Parágrafo único - Não são permitidos, nesses terrenos, níveis de subsolo enterrados em mais de 3m (três metros) de altura em relação ao terreno natural, assegurada a proteção do lençol freático, conforme condições definidas no artigo 8º desta Lei. Art Além do uso residencial, é permitida a instalação das atividades previstas no Anexo VII desta Lei, conforme as áreas incluídas no Anexo VI desta Lei, a saber: I - áreas predominantemente residenciais; II - Avenida Otacílio Negrão de Lima; III - Avenida Fleming; Rua Expedicionário Celso Racioppi; avenidas Alfredo Camarate e Santa Rosa; Praça Alberto D. Simão; avenidas Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Professor Clóvis Salgado, Braúnas, Chaffir Ferreira e Orsi Conceição Minas e ruas Xangrilá, Versília e Ministro Guilhermino de Oliveira. 1º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser agregadas as atividades auxiliares constantes do mesmo Anexo, desde que sua instalação seja admitida na via na qual está instalada a atividade principal.

272 553 2º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser associadas outras, independentemente de sua admissão no local em que está instalada a atividade principal, observado o seguinte: I - às atividades incluídas entre os serviços de alimentação poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios; II - às atividades de centro de convenções e de centro cultural poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios e comércio varejista de artigos e aparelhos de uso pessoal e domiciliar. 3º - O Executivo deverá regulamentar a forma de implantação das atividades associadas, ouvido o COMPUR. Art. 28 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 106) Art São permitidos, nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Portugal, Presidente e Francisco Negrão de Lima, entre a Avenida Presidente a Rua Acácio Teles Pereira, e nas ruas Francisco Bretas Bhering, João Zacarias de Miranda, Estanislau Fernandes e Pedrogão Pequeno, os usos permitidos em vias arteriais, de acordo com a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107) 1º - A R. Cheik N. Assrauy, extensão da Avenida Portugal, admite os mesmos usos desta. 2º - Aplica-se aos lotes 8, 9 e 10 da quadra 3A do Bairro São Luiz o disposto no art. 71-B da Lei nº 7.166/96, exceto o disposto nos 1º e 2º do mesmo artigo. 2º com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 16) Art É permitida a instalação de equipamentos voltados à cultura, ao turismo e ao lazer com parâmetros urbanísticos diferenciados dos determinados nesta Lei nas vias incluídas no inciso III do art. 28, no art. 29 e no Anexo VI, todos desta Lei. 1 - A utilização dos benefícios previstos no caput deste artigo somente será admitida para: I - lotes desocupados; II - imóveis comprovadamente subutilizados, cujas edificações não se caracterizem como de interesse de preservação. 2 - Para os casos previstos no caput deste artigo, admitir-se-á: I - taxa de ocupação superior a 50% (cinquenta por cento), desde que observada a Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); II - altura máxima na divisa de 9 m (nove metros), nas vias arteriais e de ligação regional e de 5 m (cinco metros) nas vias coletoras. III - altura total da edificação superior a 9 m (nove metros), desde que: a) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas significativas do Conjunto Urbano da Pampulha; b) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas dos monumentos tombados e definidos como de interesse de preservação. 3 - A utilização dos parâmetros estabelecidos no 2 deste artigo fica condicionada à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança EIV e à aprovação pelo CDPCM-BH e pelo COMPUR. 4º - A concessão prevista no inciso III do 2º deste artigo é válida apenas para os lotes 1, 2, 3 e 35 a 46 da quadra 66 do Bairro São Luiz. 4º com redação dada pela Lei nº , de 12/1/2011 (Art. 17) Art. 30 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107) Art O remembramento de lotes para usos não residenciais é permitido somente ao longo das avenidas Flemming/Celso Racioppi, Alfredo Camarate, Santa Rosa, Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Clóvis Salgado e Braúnas. Art Cinemas, teatros, auditórios e museus, desde que sua destinação não seja alterada, são permitidos, inclusive com parâmetros de ocupação diferentes dos previstos nesta Lei, desde que: I - tenham sido submetidos à aprovação do CDPCM e do COMPUR;

273 554 II - contribuam para a requalificação da área; III - promovam adequação à paisagem local. Art. 32-A - Nos terrenos onde estão situados o Mineirão, o Mineirinho e o Centro Esportivo Universitário Centro Esportivo Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais - CEU/UFMG -, com vistas ao atendimento das demandas relativas aos equipamentos esportivos e em virtude da necessidade de constante modernização desses, podem ser praticados parâmetros e critérios urbanísticos diferentes dos previstos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e desta Lei, desde que: I - sejam submetidos à aprovação do CDPCM-BH e do COMPUR; II - contribuam para a requalificação da área. Art. 32-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 108) Art As atividades instaladas há mais de 2 (dois) anos da vigência desta Lei e que estejam em desacordo com o Anexo VII desta regulamentação, poderão permanecer no local, observadas as seguintes condições: a) regularização das edificações, esteja a atividade regularizada ou não; b) regularização das atividades, mediante apresentação do EIV e aprovação do Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha - FADE da Pampulha, do COMPUR e aprovação do CDPCM, quando aplicável. Parágrafo único - As atividades do Grupo 3, nos termos do Anexo X da Lei nº 7.166/96 regularmente instaladas, até a data da publicação desta Lei, na ADE da Pampulha, poderão ser substituídos pela atividade de hotel, desde que a substituição não implique desrespeito a qualquer dos parâmetros urbanísticos válidos para ADE e para o zoneamento do local, em especial a Taxa de Permeabilidade e a altimetria. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 109) Art A intervenção nas edificações constantes do Inventário de Arquitetura Modernista de Belo Horizonte será submetida à aprovação do CDPCM. Art Intervenções de qualquer natureza (construções, instalação de usos, mobiliário urbano, etc), de iniciativa particular ou não, situadas nos lotes lindeiros ou em espaços públicos da Avenida Otacílio Negrão de Lima, serão submetidas à anuência prévia do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. Art É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de mobiliário urbano, mediante licenciamento municipal, precedido de parecer favorável do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. 1º - A instalação de dispositivos de comunicação visual atenderá às seguintes condições: I - não comprometimento da paisagem local; II - não obstrução da visualização de elementos arquitetônicos característicos das edificações. 2º - Na Avenida Otacílio Negrão de Lima, somente poderão ser instalados engenhos de publicidade indicativos, cooperativos e institucionais. 3º - Os engenhos de publicidade classificados como publicitários somente serão permitidos em mobiliário urbano, atendidas as diretrizes do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha - FADE da Pampulha, com as seguintes atribuições: I - elaborar seu regimento interno; II - acompanhar a implementação desta Lei, avaliando, periodicamente, os resultados; III - propor a adoção de melhorias para a ADE da Pampulha; IV - subsidiar o COMPUR, o CDPCM e o Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM-; V - auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei.

274 555 1º - As condições de funcionamento e a composição do FADE da Pampulha serão definidas em conjunto com o Executivo. 2º - Fica instituída uma Comissão Provisória com a atribuição de definir o processo de indicação dos seus representantes e efetivar a implementação do FADE da Pampulha, composta por 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional - SCOMGER - Pampulha e 2 (dois) representantes da comunidade local, por esta indicados. Art O Executivo, por meio de decreto, estabelecerá as intervenções necessárias à implementação do PROPAM, de acordo com o estabelecido no Título I desta Lei. Art. 39-A - O Executivo elaborará estudos técnicos que apresentem alternativas de uso para os imóveis ociosos ou desocupados das ADEs da Pampulha e Trevo, compatíveis com os usos residenciais dessas regiões. Art. 39-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-B - O Executivo promoverá a implantação, manutenção e custeio de projetos permanentes de educação ambiental extraescolar, que tenham como foco a conscientização ambiental, especialmente a de crianças, adolescentes e jovens. Art. 39-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-C - O Executivo estenderá os projetos de educação ambiental já existentes e promovidos pelo Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - às escolas de ensino público e privado e a outras instituições. Art. 39-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-D - Serão previstas as seguintes ações e intervenções no âmbito das ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo: I - criação, para toda a ADE da Bacia da Pampulha, de mecanismos de coleta e tratamento de dejetos recicláveis e reutilizáveis; II - definição de políticas de mobilidade, acessibilidade e controle do tráfego de veículos para as ADEs da Pampulha e Trevo. III - realização de intervenções que visem à recuperação de espaços públicos pertencentes à Avenida Otacílio Negrão de Lima, para implantação de segunda pista e de calçadão junto à Lagoa, em consonância com o planejamento inicial da via. Art. 39-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art São partes integrantes desta Lei: I - ANEXO I: Mapa - Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização; II - ANEXO II: Listagem - Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de Esgotos; III - ANEXO III: Listagem - Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização Prioritários; IV - ANEXO IV: Mapa - Áreas de Proteção Especial quanto à Ocupação e ao Uso do Solo; V - ANEXO V: Listagem - Usos Sujeitos a Licenciamento Especial - Áreas de Controle Especial de Uso do Solo; VI - ANEXO VI: Mapa - Áreas Diferenciadas Quanto ao Uso do Solo; VII - ANEXO VII: Quadro - Relação de Usos Permitidos na ADE da Pampulha. Parágrafo único - Ficam inseridas, entre os Serviços de Educação permitidos na ADE da Pampulha e constantes do Anexo VII desta Lei, as escolas de ensino médio e profissionalizante. Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 111) ANEXO I - Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização Vila São Bernardo Vila São Tomás Vila Novo Ouro Preto Vila Alvorada Vila Antena Relação de Vilas e Conjuntos

275 556 Vila Califórnia Vila Coqueiral Vila Santo Antônio Vila Paquetá Conjunto Jardim Filadélfia Conjunto São Francisco de Assis Fonte: PROPAM Avenida Havaí Avenida Hum Avenida Dois Avenida Francisco Negrão de Lima ANEXO II - Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de Esgoto Fundos de Vale Avenida Otacílio Negrão de Lima (margem esquerda da Lagoa da Pampulha correspondendo ao trecho situado entre o Jardim Zoológico e o Pampulha Iate Clube) Fonte: PROPAM 2003 ANEXO III - Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização Prioritários Avenida Havaí Avenida Hum Logradouro Avenida Francisco Negrão de Lima Rua Cornélio Lima Rodrigues Rua Exp. Noraldino dos Santos Rua Exp. Nilo M. Pinheiro Avenida João XXIII Rua Guimoar Paranhos Rua Andorra Rua Geraldo Parreiras Rua Dirceu D. Braga Rua Otilia Moreira Rua Wanderley T. Matos Rua Tóquio Rua Manoel Ferreira Cardoso Rua 45 Rua Bagdá Rua Vocação Rua Hum Rua Montreal Rua Oslo Rua Idalisio A. Filho Fundos de Vale para Tratamento Vias Prioritárias para Urbanização Bairro Garças Garças São Luiz São Luiz Alípio de Melo Ouro Preto Santa Terezinha Braúnas Braúnas Braúnas Braúnas Braúnas Nova Pampulha Ouro Preto Trevo V. São José Jardim Filadélfia Trevo Trevo Braúnas

276 557 Rua Walquiria Rua Maestro João Cavalcante Rua Cartagena Rua Adolfo Lippi Fonseca Rua Radialista Sheilla Jordani Rua Radialista Carlos Filgueiras Rua Antônio Mazzinetti Rua Engenho da Noite Rua Engenho da Estrela Rua Engenho da Paz Rua Professor José Guerra Praça e Rua 47 Rua Nizia Torres Rua Celso Cunha Fonte: PROPAM Braúnas Braúnas Braúnas Garças Garças Garças Ouro Preto Ouro Preto Ouro Preto Ouro Preto Ouro Preto Ouro Preto Ouro Preto Braúnas

277 558 ADE BACIA DA PAM PULHA ANEXO IV - Áreas de Proteção Especial Quanto à Ocupação e ao Uso do Solo Anexo IV alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 Áreas de Controle Especial de Uso do Solo - Vulneráveis à Contaminação de Aquíferos Áreas de Proteção Máxima Grau 1 Áreas de Proteção Moderada Grau 2 Lagoa da Pampulha Escala 1 : m Prefeitura Municipal de Belo Horizonte SMRU/GERE - Fevereiro/2004

278 559 ANEXO V Usos Sujeitos a Licenciamento Especial - Áreas de Controle Especial de Uso do Solo Produção de Húmus Reparação de Baterias e Acumuladores Garagem de Empresa de Transporte de Carga e de Passageiros Garagem de Serviço de Guindaste e Reboque Lava-jato Posto de Serviço de Veículos Transportadora de Carga com Depósito sem Pátio de Veículos Transportadora de Carga com Pátio de Veículos com/sem Depósito Transportadora e Revendedora Retalhista de Derivados de Petróleo Pátio de Máquinas, Equipamentos e Veículos Indústria com Pequeno Potencial Poluidor não Geradora de Tráfego Pesado Indústria com Pequeno Potencial Poluidor Indústrias que não se enquadrem nos Grupos I e II Terminais de Cargas Unidade de Reciclagem de Resíduos Sólidos Posto de Abastecimento de Veículos

279 560 ANEXO VI Anexo VI alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 ANEXO VI Uso do Solo - ADE da Pampulha Avs. Portugal, Antônio Carlos e F. Negrão de Lima (trecho) e Ruas P. Pequeno e E. Fernandes Av. Otacílio Negrão de Lima Escala 1 : m Prefeitura Municipal de Belo Horizonte SMRU/GERE - Setembro/2003 Avs. Francisco N. de Lima (trecho), A. Francisco Lisboa, Flemming /C. Racioppi, A. Camarate, Santa Rosa, Atlântida, Clóvis Salgado, Braúnas e Pça. A. D. Simão Área predominantemente residencial

280 DIRLEG 561

281 DIRLEG 562

282 DIRLEG 563

283 DIRLEG 564

284 DIRLEG 565

285 DIRLEG 566

286 DIRLEG 567

287 DIRLEG 568

288 569 LEI Nº 9.074, DE 18 DE JANEIRO DE 2005 Dispõe sobre a regularização de parcelamentos do solo e de edificações no Município de Belo Horizonte e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - Esta Lei estabelece as normas e as condições para a regularização de parcelamentos do solo e de edificações comprovadamente existentes na data de publicação desta Lei, segundo critérios a serem definidos em regulamento, e que estejam em desconformidade com os parâmetros da legislação urbanística municipal. Art. 2º - Para efeito da aplicação do disposto nesta Lei, as citações nela contidas, referentes a parâmetros de ocupação do solo e a zoneamento, correspondem ao definido na Lei nº 7.166, de 27 de agosto de Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Parágrafo único - O disposto nesta Lei não se aplica aos imóveis situados em ZEIS-1 e ZEIS-3. CAPÍTULO II DA REGULARIZAÇÃO DE PARCELAMENTOS Art. 3º - Não é passível de regularização parcelamento em área de risco ou naquela considerada non aedificandae, conforme análise do órgão competente.

289 570 Art. 4º - Na regularização de parcelamento poderão ser aceitos parâmetros diferenciados dos previstos na legislação urbanística, mediante avaliação do Executivo em relação à acessibilidade, disponibilidade de equipamento público e infra-estrutura da região e apreciação do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR. Art. 5º - Para efeito da regularização de que trata esta Lei, parcelamento do solo não se configura como empreendimento de impacto. Art. 6º - Podem propor a regularização de parcelamento do solo: I - o proprietário; II - o portador de Compromisso de Compra e Venda, de Cessão, de Promessa de Cessão, ou outro documento equivalente que represente a compra de um lote deste parcelamento, ou associação ou cooperativa habitacional; III - o Executivo, nos termos da legislação pertinente. Parágrafo único - Independentemente da iniciativa de regularização do parcelamento, certidão emitida pelo Município indicará, como proprietário aquele com inscrição no registro imobiliário ou aquele que possuir outra prova inequívoca de propriedade, sem, com isto, caracterizar o reconhecimento do Município quanto ao domínio. Art. 7º - O processo de regularização do parcelamento do solo será analisado pelo Executivo, que: I - fixará as diretrizes e os parâmetros urbanísticos; II - avaliará a possibilidade de transferência para o Município de áreas a serem destinadas a equipamentos públicos e a espaços livres de uso público, na área do parcelamento ou em outro local; III - definirá as obras de infra-estrutura necessárias e as compensações, quando for o caso. Parágrafo único - Em caso de realização de obras pelo Município, fica obrigado o loteador a reembolsar as despesas realizadas, sem prejuízo da aplicação das sanções legais cabíveis pelas irregularidades executadas no loteamento. Art. 8º - A aprovação do parcelamento decorrente desta Lei não implica o reconhecimento de direitos quanto à posse e ao domínio, quer em relação ao Município, quer entre as partes interessadas no contrato de aquisição de terreno ou de construções edilícias. Art. 9 - O protocolo ou a aprovação de parcelamento do solo de glebas a serem regularizadas não eximem a responsabilidade do parcelador pelo cumprimento do disposto no artigo 50 da Lei Federal n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, alterada pela Lei Federal n 9.785, de 29 de janeiro de 1999, devendo o Executivo tomar as medidas punitivas cabíveis, concomitantemente à regularização que se promove. Art A diferença de até 5% (cinco por cento) nos registros será tolerada, desde que não se sobreponha a áreas já aprovadas, nos termos do artigo 500, 1º, da Lei n , de 10 de janeiro de 2002, que contém o Código Civil. Art É permitida a regularização, no todo ou em parte, dos loteamentos de que trata esta Lei. Art A aprovação dos parcelamentos de que trata esta Lei será efetuada por decreto. CAPÍTULO III DA REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES Seção I Das Disposições Gerais Art É passível de regularização a edificação que atenda a, pelo menos, uma das condições previstas nos incisos I e II do artigo 42 da Lei nº 7.166/96 e aos demais dispositivos estabelecidos nesta Lei.

290 571 1º - Em caso de construção situada em lote não aprovado, a regularização da edificação poderá ser concomitante à regularização do parcelamento do solo. 2º - A regularização de edificação destinada ao uso industrial ou ao comércio, ou a serviço de materiais perigosos não licenciados só será permitida mediante processo concomitante de licenciamento da atividade. 3º - Dependerá de prévia anuência ou autorização do órgão competente a regularização das edificações: I - situadas em ZPAM e ZP-1; II - tombadas, preservadas ou contidas em perímetro de área protegida; III - destinadas a usos e a atividades regidas por legislação específica. Art Não é passível de regularização, para os efeitos da aplicação do disposto nesta Lei, edificação que: I - esteja implantada em área de risco, em área considerada não edificável, em área pública, inclusive a destinada à implantação de sistema viário, ou em área de projeto básico definido pelo Executivo, a ser implantado em área de projeto viário prioritário, nos termos da legislação urbanística; Inciso I com redação dada pela Lei n , de 16/1/2014 (Art. 10) II - esteja sub judice em decorrência de litígio entre particulares, relacionado à execução de obras irregulares. Art Para efeito da regularização de que trata esta Lei, edificação não se configura como empreendimento de impacto. Art A regularização de edificação será onerosa e calculada de acordo com o tipo de irregularidade e a classificação da edificação, exceto para os casos previstos nesta Lei. 1º - O valor a ser pago pela regularização da edificação corresponderá à soma dos cálculos referentes a cada tipo de irregularidade, de acordo com os critérios definidos nesta Lei. 2º - Em caso de edificação residencial horizontal, o valor a ser pago pela regularização da edificação não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor venal do imóvel. 3º - A avaliação do imóvel, edificação ou terreno será feita pela Gerência de Auditoria de Valores Imobiliários da Prefeitura, segundo os critérios de avaliação utilizados para cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU -, no ano em que o imóvel for vistoriado. Seção II Da Regularização de Caráter Social e Pública Art Independentemente de solicitação ou de protocolação de requerimento, será considerada regular a edificação de uso exclusivamente residencial, construída em lote aprovado e inscrita no Cadastro Imobiliário Municipal, cuja somatória do valor venal das unidades imobiliárias situadas no lote não ultrapasse R$30.000,00 (trinta mil reais), localizadas em lotes com lançamento fiscal para o exercício de 2004, no qual conste esse valor, salvo se: I - se enquadrem no 3º do art. 13 desta Lei; II - se enquadrem no Artigo 14 desta Lei; III - apresentem área construída diferente daquela lançada no Cadastro Imobiliário Municipal; IV - contrariem a legislação federal ou estadual vigente; V - seja o proprietário do imóvel possuidor de mais de um lote no Município. 1º - As edificações mencionadas nos incisos I, III e IV do caput poderão ser regularizadas nos termos do Artigo 18 e da Seção III desta Lei, e as edificações que se enquadrem no inciso V poderão ser regularizadas de acordo com o disposto no artigo 20 desta Lei. 2º - Para as edificações de que trata o caput deste artigo, a comprovação de regularidade será enviada ao interessado, no endereço de entrega da notificação-recibo do IPTU.

291 572 3º - Constatado o enquadramento da edificação em um dos casos previstos nos incisos do caput deste artigo, o Certificado de Regularidade, expedido automaticamente, será declarado nulo e serão aplicadas as sanções cabíveis. 4º - Fica cancelada multa incidente sobre a edificação de que trata o caput deste artigo, decorrente da legislação edilícia e de uso e ocupação do solo aplicada até a data da publicação desta Lei, vedada a restituição dos valores pagos a esse título. 5º - O disposto no 4º deste artigo aplica-se, inclusive, aos casos que estejam sub judice, desde que o interessado se manifeste expressamente no processo e se responsabilize pelo pagamento das custas e dos honorários. 6º - Por opção do interessado, poderá ser requerido "visto em planta", conforme os procedimentos previstos na Seção III deste Capítulo. 7º - Para as edificações de que trata o caput deste artigo não serão cobrados quaisquer tipos de taxa ou preço público referentes à regularização pretendida. Art Poderá ser requerida a regularização por meio de procedimento simplificado, a ser regulamentado, para a edificação cuja somatória do valor venal das unidades imobiliárias situadas no lote não ultrapasse R$50.000,00 (cinqüenta mil reais), e desde que o proprietário do imóvel seja possuidor de um único lote no Município, nos seguintes casos: I - destinada ao uso exclusivamente residencial, excluídos os casos enquadrados no artigo 17 desta Lei; II - destinada ao uso misto que apresente o uso residencial referido no inciso I deste artigo e o uso não residencial permitido no local, exceto uso industrial, depósito ou comércio de produtos perigosos, que deverá atender ao disposto no 2º do artigo 13 desta Lei; III - destinada a uso não residencial permitido no local, exceto uso industrial, depósito ou comércio de produtos perigosos, que deverá atender ao disposto no 2º do artigo 13 desta Lei. 1º - Fica cancelada multa incidente sobre a edificação de que trata este artigo, decorrente da legislação edilícia e de uso e ocupação do solo aplicada até a data da publicação desta Lei, vedada a restituição dos valores pagos a esse título. 2º - O disposto no 1º deste artigo aplica-se, inclusive, aos casos que estejam sub judice, desde que o interessado se manifeste expressamente no processo e se responsabilize pelo pagamento das custas e dos honorários. 3º - Para as edificações de que trata este artigo não será cobrado qualquer tipo de taxa ou preço público, referente à regularização pretendida. Art Poderá ser requerida a regularização de imóvel de propriedade do Poder Público, independentemente de seu valor, por meio de procedimento simplificado, nos termos do regulamento. Parágrafo único - Para as edificações de que trata este artigo não será cobrado qualquer tipo de taxa ou preço público referente à regularização pretendida. Seção III Das Demais Regularizações Art A edificação passível de regularização, nos termos definidos por esta Lei e que não se enquadrem no disposto na Seção II deste Capítulo, poderão ser regularizadas por meio de procedimentos simplificados a serem definidos por Regulamento. Art A construção de área acima do permitido pelo Coeficiente de Aproveitamento será passível de regularização, mediante o recolhimento do valor em reais, a ser calculado da seguinte forma: I - 11% (onze por cento) do resultado da multiplicação da área irregular construída pelo valor do metro quadrado do terreno, em caso de edificação situada na ZHIP ou na ZCBH; II - 25% (vinte e cinco por cento) do resultado da multiplicação da área irregular construída pelo valor do metro quadrado do terreno, em caso de edificação situada fora da ZHIP ou da ZCBH.

292 573 Art O não atendimento aos afastamentos frontal, laterais e de fundo mínimos será passível de regularização, mediante o recolhimento do valor em reais, a ser calculado da seguinte forma: I - 4,5% (quatro e meio por cento) do valor do metro quadrado do terreno, multiplicado pelo volume invadido, em metros cúbicos ou fração, a partir da limitação imposta, no caso de edificação situada na ZHIP ou na ZCBH; II - 10% (dez por cento) do valor do metro quadrado do terreno, multiplicado pelo volume invadido, em metros cúbicos ou fração, a partir da limitação imposta, no caso de edificação situada fora da ZHIP ou da ZCBH. Parágrafo único - Para a regularização de edificação com aberturas a menos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) das divisas laterais e de fundos, será necessária anuência expressa do proprietário do terreno limítrofe. Art O não atendimento à altura máxima na divisa será passível de regularização, mediante o recolhimento do valor em reais, a ser calculado da forma seguinte: I - quando a infração à altura máxima na divisa resultar do avanço da edificação sobre os afastamentos laterais ou de fundos, o valor será calculado na forma do artigo 22 desta Lei; II - quando se tratar de muro divisório acima da altura máxima permitida, o valor será calculado pela multiplicação da área do plano vertical excedente por: a) 7,5% (sete e meio por cento) do valor do metro quadrado do terreno, no caso de edificação situada na ZHIP ou na ZCBH; b) 15% (quinze por cento) do valor do metro quadrado do terreno, no caso de edificação situada fora da ZHIP ou da ZCBH. Parágrafo único - Na hipótese de infração aos incisos I e II deste artigo, o valor a ser recolhido equivalerá à somatória dos valores calculados para cada uma dessas infrações. Art Para a edificação construída após a vigência da Lei nº 7.166/96, o não atendimento à taxa de permeabilidade será passível de regularização, mediante o recolhimento do valor em reais, a ser calculado da seguinte forma: I - 11% (onze por cento) do resultado da multiplicação da área permeável não atendida pelo valor do metro quadrado do terreno, no caso de edificação situada na ZHIP ou na ZCBH; II - 25% (vinte e cinco por cento) do resultado da multiplicação da área permeável não atendida pelo valor do metro quadrado do terreno, no caso de edificação situada fora da ZHIP e da ZCBH. Art O não atendimento ao número mínimo de vagas para estacionamento de veículos será passível de regularização, mediante o recolhimento do valor em reais, a ser calculado pela multiplicação do número de vagas não atendidas por 2 (duas) vezes o valor do metro quadrado do terreno. Art O fechamento de varanda construída irregularmente em edificação vertical poderá, no que se refere ao Coeficiente de Aproveitamento, ser regularizado alternativamente, também por meio da aquisição de Unidades de Transferência do Direito de Construir - UTDC. Parágrafo único - As UTDC utilizadas para a regularização, de que trata o caput, poderão ser oriundas de imóveis tombados, situados em qualquer zoneamento. Art Os demais parâmetros estabelecidos pela legislação em vigor serão considerados regularizáveis independentemente da cobrança de preço público. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art Fica o Executivo autorizado a viabilizar, sem ônus para os requerentes, o atendimento e a orientação técnica e jurídica, nos processos de que trata esta Lei, para os munícipes que, comprovadamente, não puderem fazê-lo às suas expensas e que cujo valor venal do imóvel não ultrapasse R$30.000,00 (trinta mil reais).

293 574 Art O contribuinte que, de sua livre e espontânea vontade, denunciar a irregularidade existente no seu imóvel, será beneficiado com o parcelamento do seu débito, na forma a ser definida na regulamentação desta Lei. Art A regularização de edificação decorrente desta Lei não implica o reconhecimento de direitos quanto à regularização de uso irregular ou à permanência de uso desconforme porventura instalado no imóvel. Art A Conferência Municipal de Política Urbana, instituída pela Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, deverá analisar e propor modificações a esta Lei. Art Os casos omissos serão decididos pelo COMPUR. LEI Nº 9.326, DE 24 DE JANEIRO DE 2007 Dispõe sobre normas para adaptação e implantação de atividades específicas situadas no Hipercentro de Belo Horizonte e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS NORMAS GERAIS Art. 1º - A reforma e adaptação de edificação existente na área do Hipercentro de Belo Horizonte deverá atender ao disposto a seguir. 1º - Considera-se Hipercentro, para efeito desta Lei, a área definida no 1º do art. 7º da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de º - A adaptação de edificação referida no caput deste artigo somente poderá ser efetuada, nos termos desta Lei, para imóveis com destinação cultural e para os usos residencial e misto, estes dois últimos desde que, cumulativamente: I - seja comprovada a existência da edificação anterior à data de publicação desta Lei; II - não haja acréscimos de área líquida, exceto para os casos de que dispõe a Seção II do Capítulo II desta Lei. Art. 2º - As edificações de destinação cultural poderão utilizar parâmetros diferenciados daqueles exigidos pela Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, relacionados ao Coeficiente de Aproveitamento, Quota de Terreno por Unidade Habitacional, Taxa de Permeabilização e Áreas de Estacionamento, de acordo com o projeto de adaptação apresentado, que serão analisados e aprovados pelos COMPUR. Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento para adaptação de edificações de uso cultural não poderá exceder o dobro do valor constante na Lei nº 7.166/96 para a Zona do Hipercentro. Art. 3º - Nas adaptações de edificações, o número de unidades residenciais existente não poderá ser reduzido. Art. 4º - As edificações adaptadas conforme os critérios desta Lei deverão respeitar as seguintes exigências: I - manutenção e utilização dos fossos, caso existentes na edificação atual, como área para ventilação, podendo ser utilizados também para adequação da edificação às normas de prevenção e combate a incêndio; II - apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART -, que ateste sobre a não-redução da eficiência do sistema de prevenção e combate a incêndio, conforme legislação pertinente; III - apresentação de solução de sistema de armazenamento dos resíduos sólidos a ser analisada e aprovada pela Superintendência de Limpeza Urbana - SLU -, para as edificações que não atenderem às normas técnicas do Regimento de Limpeza Urbana.

294 575 Parágrafo único - A solução a que se refere o inciso III deste artigo deverá atender aspectos referentes ao acondicionamento e armazenamento dos resíduos sólidos, considerando a quantidade e o tipo de resíduos gerados, classificados em conformidade com a legislação pertinente. Art. 5º - Para os casos de que dispõe esta Lei, serão aceitos parâmetros diferenciados daqueles exigidos pela Lei nº 7.166/96, e suas alterações posteriores, com relação a Coeficiente de Aproveitamento, Quota de Terreno por Unidade Habitacional, Taxa de Permeabilização e Áreas de Estacionamento, de acordo com o projeto de adaptação apresentado. CAPÍTULO II DA ADAPTAÇÃO DE EDIFICAÇÃO PARA O USO RESIDENCIAL Seção I Das Normas Gerais Art. 6º - A adaptação de edificação para o uso residencial fica submetida às normas e critérios definidos nos Capítulos I e II desta Lei. Parágrafo único - VETADO Art. 7º - Nos casos de que dispõe este Capítulo, é obrigatório o respeito às seguintes exigências: I - previsão de 01 (um) banheiro e 01 (um) cômodo de uso comum do condomínio; II - previsão de espaço para uso comum do condomínio, com área mínima correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) da área do pavimento-tipo, nas edificações destinadas ao uso residencial e que apresentarem mais de cinco pavimentos residenciais. Art. 8º - Quanto às condições mínimas de segurança, conforto ambiental, higiene e salubridade, os empreendimentos deverão respeitar os seguintes critérios: I - área útil interna da unidade habitacional de, no mínimo, 24m² (vinte e quatro metros quadrados), respeitando-se os cômodos e os parâmetros relativos ao mobiliário e circulação mínimos, constantes do Anexo I desta Lei; II - profundidade máxima igual a três vezes a medida do pé-direito para que o compartimento seja considerado iluminado e ventilado; III - total da superfície das aberturas para o exterior, em cada compartimento, não inferior a 1/8 (um oitavo) da superfície do piso, podendo ser utilizada exaustão mecânica nos compartimentos destinados a banheiro e área de serviço. 1º - Os cômodos da unidade residencial poderão ocorrer em espaço sem compartimentação física, excetuado o banheiro. 2º - Os equipamentos constantes do Anexo I para a Área de Serviço poderão estar previstos no compartimento do banheiro. 3º - Em respeito aos parâmetros técnicos dispostos nos incisos I, II e III deste artigo, desconsideramse, para os efeitos desta Lei, os capítulos VII e VIII do Regulamento de construções da Prefeitura de Belo Horizonte, aprovado pelo Decreto-Lei nº 84, de 21 de dezembro de Art. 9º - Os edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos destinados ao uso residencial multifamiliar deverão apresentar unidades acessíveis às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida correspondentes a, pelo menos, 2% (dois por cento) do total das unidades residenciais de todo o empreendimento. Parágrafo único - Para os casos dispostos no caput deste artigo não se aplica o disposto no art. 23 da Lei nº 9.078, de 19 de janeiro de Art Os empreendimentos adaptados nos termos desta Lei, enquadrados nos casos dispostos neste Capítulo, não serão considerados empreendimentos de impacto para efeitos de licenciamento. Seção II Das Normas Específicas para Empreendimentos

295 576 Habitacionais de Interesse Social - EHIS Art Para efeito desta Lei, considera-se Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS - aquele vinculado ao atendimento de um dos programas de financiamento público subsidiado, bem como aquele que atende aos critérios da Lei nº 6.326, de 18 de janeiro de 1993, e da Resolução nº II do Conselho Municipal de Habitação - CMH -, de 1 de dezembro de Art A adaptação de edificação que resultar em unidades residenciais de Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS - deverá atender às normas definidas nos Capítulos I e II desta Lei. 1º - Para os casos de que dispõe o caput deste artigo, poderá ser acrescida área líquida à edificação até o limite de 20% (vinte por cento) acima do coeficiente praticado, desde que a área acrescida se destine a unidades habitacionais de interesse social ou à área de uso comum do condomínio. Art Para os casos de que dispõe esta Seção, o Executivo Municipal deverá definir procedimentos específicos para facilitar a aprovação de projetos. Art Não será cobrado preço público referente à aprovação de projeto de edificação no caso de Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS -, nos termos desta Lei. Art Fica cancelada multa decorrente da Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, incidente sobre edificação adaptada para EHIS, vedada a restituição dos valores pagos a esse título. CAPÍTULO III DA ADAPTAÇÃO DE EDIFICAÇÃO PARA O USO MISTO Art Considera-se uso misto o exercício concomitante dos usos residencial e não residencial em uma mesma edificação. Parágrafo único - Para efeito de aplicação desta Lei, considera-se uso misto quando, no mínimo, 30% (trinta por cento) da área líquida da edificação for ocupada por unidades de uso residencial. Art Para os casos de que dispõe este Capítulo não se aplica o disposto no art. 68 da Lei nº 7.166/96. Art A parte residencial das edificações de uso misto fica submetida às normas e critérios definidos nos Capítulos I e II desta Lei. Parágrafo único - A parte residencial dos empreendimentos de uso misto enquadrados nos casos de que dispõe este Capítulo não será considerada empreendimento de impacto para efeitos de licenciamento. Art A parte não residencial da edificação de uso misto, adaptada nos termos desta Lei, fica submetida às normas e critérios definidos no Capítulo I desta Lei, devendo atender às normas de acessibilidade previstas em lei federal. Parágrafo único - Não se enquadra nesta exigência a parte não residencial da edificação cuja atividade já se encontrar instalada no momento do licenciamento da edificação e se a área ocupada pela atividade não for alterada. Art Na adaptação de edificação para uso misto, nos termos desta Lei, as vagas destinadas a estacionamento ou carga e descarga, quando existentes, deverão ser mantidas. Art O projeto de adaptação de edificação para uso misto deverá ser licenciado pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - Caberá ao Executivo Municipal definir, em Decreto, os procedimentos e critérios para facilitar o licenciamento das edificações de uso misto. Art O licenciamento de atividades somente será permitido após o licenciamento da edificação.

296 577 Art No caso de adaptação de edificação para o uso misto em que a parte residencial ocupe mais de 50% (cinqüenta por cento) da área total da edificação e seja considerado EHIS, considera-se válido o disposto no art. 14 desta Lei. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art Ficam revogados os incisos I, II, III, V, VII e VIII do art. 11 da Lei nº 7.165/96. Art Fica revogado o 6º do art. 67 da Lei nº 7.166/96. Art Caberá ao Conselho Municipal de Políticas Urbanas - COMPUR - definir diretrizes específicas para os casos omissos desta Lei. Art Integra esta Lei o Anexo I, que define os parâmetros mínimos relativos ao mobiliário e à circulação a serem considerados nas unidades residenciais multifamiliares resultantes da adaptação de edificação, nos termos desta Lei. Art A utilização dos parâmetros urbanísticos e construtivos previstos nesta Lei fica condicionada à apresentação de projeto para análise urbanística junto ao órgão competente, no prazo máximo de 4 (quatro) anos, contados da data de publicação desta Lei. Parágrafo único - O prazo previsto no caput deste artigo poderá ser prorrogado por mais 4 (quatro) anos, por meio de ato do Chefe do Executivo, mediante parecer favorável do Conselho Municipal de Política Urbana. ANEXO I PARÂMETROS MÍNIMOS RELATIVOS AO MOBILIÁRIO E À CIRCULAÇÃO A SEREM CONSIDERADOS NAS UNIDADES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES Compartimentos ou cômodo único Móvel ou equipamento Dimensões Circulação Largura Profundidade Diâmetro Estar Primeiro Dormitório (*Os demais dormitórios deverão ter área mínima de 6m²) Cozinha Área de serviço Banheiro (*O lavatório pode ser externo ao cômodo do banheiro) Sofá 2,00 0,80-0,60 Estante/armário para TV 1,20 0,50-0,60 Mesa retangular ou mesa 1,20 0,80-0,75 redonda - - 0,95 0,75 Cama de casal 1,40 1,90-0,95 Guarda-roupa 1,60 0,53-0,55 Criado-mudo 0,50 0,50-0,55 Pia 1,20 0,50-0,85 Fogão 0,55 0,60-0,85 Geladeira 0,70 0,75-0,85 Tanque 0,55 0,55-0,60 Máquina de lavar roupa 0,65 0,65-0,60 Lavatório ou lavatório 0,40 0,30-0,50 com bancada 0,80 0,55-0,50 Espaço para vaso 0,60 0,65-0,45 sanitário (caixa 0,60 0,60-0,50 acoplada) ou espaço para vaso sanitário (descarga) Box quadrado ou box 0,80 0,90-0,50 retangular 0,70 0,90-0,50

297 578 LEI N 9.506, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 Institui a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Mirante, autoriza o Município a outorgar concessão de uso do imóvel que menciona e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica instituída a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Mirante, com o objetivo de incentivar os usos que garantam o incremento das atividades turísticas, culturais, de entretenimento e lazer, e a conseqüente sustentabilidade ambiental da área e de seu entorno, em consonância com os objetivos previstos no inciso III do art. 75 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de Art. 2º - A ADE Mirante compreende o lote 1 do quarteirão 37 do Bairro das Mangabeiras, conforme CP M. Art. 3º - A implantação de edificação na ADE Mirante deverá atender: I - quanto à ocupação, aos parâmetros urbanísticos definidos para Zona de Preservação Ambiental - ZPAM -, zoneamento original da área, de acordo com a Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996; II - quanto ao uso, à permissão para instalação de atividades comerciais e de serviços relacionados com o uso cultural, de entretenimento, lazer e alimentação, independentemente da classificação viária da via de acesso; III - às diretrizes para elaboração de projeto e posterior aprovação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. Art. 4º - Para viabilizar o objetivo previsto no art. 1º desta Lei, nos termos do art. 38 da Lei Orgânica do Município, fica o Executivo autorizado a outorgar concessão de uso, mediante procedimento licitatório, de parte do lote 1 do quarteirão 37 do Bairro das Mangabeiras, tendo por objeto a construção e a exploração de um restaurante, destinado a incentivar a cultura, o entretenimento e o lazer na região, por conta e risco do concessionário. 1º - A concessão de que trata o caput deste artigo será onerosa para o concessionário, mediante pagamento de valor de outorga inicial ou periódica, conforme vier a ser definido no edital de licitação e no contrato a ser firmado, cabendo ao concessionário todos os investimentos necessários à execução da obra e à conservação, administração e exploração do empreendimento. 2º - Caberá ao concessionário, para remuneração e amortização de seu investimento, a exploração comercial do empreendimento descrito no caput deste artigo. 3º - O prazo e as demais condições da concessão serão fixados no edital de licitação respectivo. LEI N 9.563, DE 30 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre a regulamentação da Área de Diretrizes Especiais da Cidade Jardim, instituída pela Lei nº 7.166/96. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta Lei regulamenta a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Cidade Jardim, em atendimento ao disposto no inciso I do art. 75 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996 e nos arts. 75, 4º e 82 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de Parágrafo único - A ADE Cidade Jardim constitui área sujeita a políticas específicas de preservação paisagística, cultural e histórica que visam a reforçar sua identidade e sua referência no Município, e sua delimitação, determinada pela Lei n 7.166/96, está representada no Anexo I desta Lei.

298 579 Art. 2º - São diretrizes gerais para a regulamentação da ADE: I - fortalecer a ADE Cidade Jardim como espaço de referência histórico-arquitetônica de Belo Horizonte; II - preservar a ambiência local; III - viabilizar um processo sustentável de preservação. Art. 3º - São diretrizes específicas de uso e ocupação do solo na ADE Cidade Jardim: I - manter a tipologia de ocupação original e existente, desestimulando a substituição de edificações; II - preservar o estilo arquitetônico modernista; III - preservar o alto índice de cobertura vegetal; IV - compatibilizar a tipologia de ocupação existente e o alto índice de cobertura vegetal com o uso do solo a ser flexibilizado, buscando: a) controlar a poluição sonora e atmosférica; b) restringir usos que demandam carga e descarga e estacionamento; c) dificultar o aumento do fluxo de tráfego. CAPÍTULO II DA INTERVENÇÃO EM IMÓVEIS EXISTENTES Art. 5º - As vagas existentes destinadas a estacionamento de veículos deverão ser mantidas e não poderão ter outra destinação, exceto serem transformadas em áreas ajardinadas. Art. 6º - A área total permeável nos imóveis da Cidade Jardim não poderá ser inferior a 30% (trinta por cento). Parágrafo único - As espécies arbóreas existentes não poderão ser suprimidas sem prévia autorização do órgão competente, sendo obrigatória, no caso de supressão, a reposição de nova espécie no mesmo imóvel. CAPÍTULO III DA OCUPAÇÃO Art. 7º - Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-se aos do zoneamento definidos na Lei nº 7.166/96 e sobre eles preponderam. Art. 8º - Os parâmetros urbanísticos da ADE Cidade Jardim são os seguintes: I - o coeficiente de aproveitamento é 0,8 (oito décimos); II - a taxa de ocupação é de 40% (quarenta por cento); III - a quota de terreno por unidade habitacional é m²/un. (mil metros quadrados de terreno por unidade habitacional), exceto para lotes aprovados até a data de publicação desta Lei com área inferior a m² (mil metros quadrados), para os quais a quota mínima por unidade habitacional será igual a sua área; IV - a taxa de permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento) da área do lote; V - o afastamento frontal mínimo da edificação, a partir do alinhamento da via pública é de 10 m (dez metros), sendo de 5 m (cinco metros) para os lotes de esquina; VI - os afastamentos laterais e de fundo mínimos das edificações são de 3 m (três metros), vedada a construção na divisa; VII - a altura máxima permitida às edificações é 9 m (nove metros), incluindo telhados e caixa d'água, contados a partir do terreno natural em todos os seus pontos, se terreno plano ou em aclive; ou da cota média altimétrica do passeio, se terreno em declive. 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações de que trata este artigo será obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se impermeabilização máxima de 25% (vinte e cinco por cento) da área do afastamento frontal, exclusivamente para acessos e guaritas. 2º - As áreas revestidas com piso intertravado poderão ser computadas na área permeável, até o limite máximo de 10% (dez por cento) da área total permeável exigida no inciso IV deste artigo. CAPÍTULO IV DOS USOS

299 580 Seção I Dos Usos Permitidos Art. 9º - Nos imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida serão permitidos os usos previstos no Anexo II desta Lei, nas duas faces das vias, respeitados os demais parâmetros e critérios dispostos nesta Lei. Art Nos imóveis lindeiros às avenidas Raja Gabaglia e Contorno, serão permitidos os usos previstos para vias arteriais na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo em vigor, nas duas faces das vias, respeitando-se os demais critérios dispostos nesta Lei. Parágrafo único - Não se aplica aos lotes citados no caput deste artigo o disposto no art. 71-B da Lei nº 7.166/96. Art Nos imóveis que não se enquadrarem no disposto nos arts. 9º e 10, somente serão admitidos os usos constantes do Anexo III desta Lei. Seção II Da Permanência e da Substituição de Usos Art Poderão permanecer, nos termos deste artigo, os usos instalados em data anterior à entrada em vigor desta Lei que estejam em desacordo com o disposto neste Capítulo, desde que atendam a uma das seguintes condições: I - estar regularmente instalado; II - estar instalado em edificação construída para o exercício específico do uso a que se destina. 1º - Os usos que não se enquadrarem no disposto neste artigo, que estejam localizados em imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida e instalados antes da data de publicação desta Lei poderão ser licenciados mediante os seguintes procedimentos: I - regularização da edificação; II - definição de diretrizes e parecer favorável do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR. 2º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso não é passível de acréscimo de área construída. 3º - Para fins de aplicação do disposto neste artigo, aplicam-se os seguintes conceitos: I - uso regularmente instalado ou licenciado: refere-se ao uso com Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades; II - edificação construída para o exercício específico da atividade: é a edificação cujas dependências e instalações sejam inequivocamente vinculadas ao exercício da referida atividade. Art A substituição de uso, em data posterior a esta Lei, somente será admitida pelos usos permitidos conforme o estabelecido na Seção I deste Capítulo e no art. 16 desta Lei. Art A substituição de uso, nos lotes abaixo indicados, somente será admitida desde que pelas atividades de Biblioteca, Centro de Documentação ou Museu: I - nos lotes 1 a 19 e 22 e 23, quadra 7, CP: MB, ocupados pelo Colégio Loyola; II - no lote 1, quadra 2B, CP: MB, ocupado pela antiga Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -; III - nos lotes 8, 9, 10, 11, 12, quadra 9, CP: MB, ocupados pelo Colégio São Paulo; IV - nos lotes 1, 2, 3, 4, quadra 17, CP: F, ocupados pelo Museu Abílio Barreto; V - na área da quadra 7A subtraída dos lotes 1 a 8, quadra 7A, CP: H, com área aproximada de m2 (quarenta e quatro mil metros quadrados), ocupada pelo Ministério da Agricultura; VI - na área da quadra 17 subtraída dos lotes 1 a 4, quadra 17, CP: F, com área aproximada de m2 (quatro mil, cento e oitenta e três metros quadrados), ocupada pela Igreja Santo Inácio de Loyola.

300 581 CAPÍTULO V DAS POSTURAS A SEREM ADOTADAS Seção I Dos Passeios e Fechamento de Terrenos Art Os passeios não poderão ter largura inferior à existente, devendo obedecer, além do disposto no Título II, Capítulo I do Código de Posturas do Município de Belo Horizonte e sua regulamentação, aos seguintes parâmetros: I - faixa pavimentada contínua no quarteirão, destinada à circulação de pedestres, com largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), livre de quaisquer obstáculos; II - restante da área ajardinada, não sendo permitida a sua delimitação por cordões ou outro tipo de elemento que extrapole, em altura, o nível do piso pavimentado. Parágrafo único - Para fins do disposto no inciso I deste artigo, são considerados obstáculos os degraus, o mobiliário urbano, as árvores e os postes de iluminação pública. Art No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos vazados ou transparentes que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos logradouros públicos. Parágrafo único - Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros) acima do terreno natural. Seção II Da Comunicação Visual e do Mobiliário Urbano Art É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de mobiliário urbano mediante licenciamento municipal precedido de parecer favorável do órgão municipal responsável pela preservação do patrimônio histórico, devendo respeitar o Código de Posturas vigente no Município, e, em particular, o disposto nesta Lei. Art A instalação de dispositivos de comunicação visual deverá respeitar as seguintes condições: I - não comprometimento da paisagem local; II - não obstrução da visão de elementos arquitetônicos característicos das edificações; III - obediência aos parâmetros estabelecidos pelo órgão municipal responsável pelo patrimônio histórico. Parágrafo único - São proibidos os anúncios publicitários de qualquer natureza. CAPÍTULO VI DA GESTÃO URBANA Art Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Cidade Jardim - FADE - idade Jardim, cujo objetivo é acompanhar e monitorar as decisões e as ações relativas a esta Lei. Art São atribuições do FADE Cidade Jardim: I - elaborar seu regimento interno; II - subsidiar órgãos e conselhos municipais pertinentes; III - acompanhar a implementação desta Lei, avaliando periodicamente os resultados; IV - propor a adoção de melhorias para a ADE Cidade Jardim; V - auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei. Art O FADE Cidade Jardim será composto por 4 (quatro) membros efetivos e seus respectivos suplentes, assim definidos: I - 2 (dois) representantes da comunidade local; II - 2 (dois) representantes do Executivo Municipal. Art Caberá à Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul definir o processo de indicação dos representantes do FADE Cidade Jardim e efetivar a sua implementação.

301 582 CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art Não se aplica à ADE Cidade Jardim o disposto na Lei nº 6.831, de 17 de janeiro de Art São partes integrantes desta Lei: I - Anexo I: Delimitação da ADE Cidade Jardim; II - Anexo II: Usos admitidos em lotes lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida (cf. art. 9º); III - Anexo III: Usos admitidos em lotes não referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei (cf. art.11). LEI N 9.725, DE 15 DE JULHO DE 2009 Institui o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta Lei estabelece as normas e as condições para execução, por agente particular ou público, de toda e qualquer construção, modificação ou demolição de edificações, assim como para o licenciamento das mesmas no Município. Art. 2º - Os parâmetros técnicos estabelecidos nesta Lei buscam assegurar às edificações e instalações condições mínimas de segurança, conforto ambiental, higiene, salubridade, harmonia estética e acessibilidade. Seção II Do Proprietário Art. 8º - São deveres do proprietário do imóvel: I - responder pelas informações prestadas ao Executivo; II - providenciar para que os projetos e as obras no imóvel de sua propriedade estejam devidamente licenciados e sejam executados por responsável técnico; III - promover e zelar pelas condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel; IV - dar o suporte necessário às vistorias e fiscalizações das obras, permitindo-lhes o livre acesso ao canteiro de obras e apresentando a documentação técnica sempre que solicitado; V - apresentar, quando solicitado, laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel; VI - manter o imóvel e seus fechamentos em bom estado de conservação. 1º - As obrigações previstas neste Código para o proprietário estendem-se ao possuidor do imóvel, assim entendido a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer título, que tenha de fato o exercício, pleno ou não, de usar o imóvel objeto da obra. 2º - A depredação por terceiro ou a ocorrência de acidente não isentam o proprietário da manutenção do bom estado de conservação do imóvel e de seus fechamentos. Seção III Do Executivo Art. 9º - É competência do Executivo aprovar os projetos, licenciar e fiscalizar a execução das obras, certificar a conclusão das mesmas e aplicar as penalidades cabíveis, visando ao cumprimento da legislação vigente, não se responsabilizando por qualquer sinistro ou acidente decorrente de deficiências do projeto, da execução ou da utilização da obra ou da edificação concluída. CAPÍTULO III DO FECHAMENTO DOS LOTES E TERRENOS

302 583 Art O lote, o conjunto de lotes ou o terreno lindeiro a logradouro público dotado de meio-fio deverão ser mantidos fechados, limpos, drenados e roçados. 1º - O fechamento deverá ser capaz de impedir o carreamento de material dos lotes para o logradouro público, sendo vedada a utilização de formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos transeuntes. 2º - O lote, o conjunto de lotes ou o terreno não edificados deverão ser fechados no alinhamento com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e máxima de 5m (cinco metros). 3º - O fechamento de lote, de conjunto de lotes ou de terreno não edificados deverá possuir portão de acesso. 4º - O fechamento de lote, de conjunto de lotes ou de terreno não edificados deverá ter elementos vazados, de forma a permitir sua completa visualização. 5º - No lote ou conjunto de lotes edificados, é facultado o fechamento nas divisas laterais e de fundo, respeitada a altura máxima na divisa estabelecida pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 6º - No lote ou conjunto de lotes edificados, é facultado o fechamento no alinhamento frontal, limitado à altura de 5m (cinco metros) e observado o disposto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 7º - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos construtivos que garantam permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura. 8º - Na concordância das esquinas, deverá existir canto chanfrado de extensão mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), normal à bissetriz do ângulo formado pelo prolongamento do alinhamento, salvo se tal concordância tiver sido fixada de forma diversa pelo órgão competente. 9º - As alturas dos fechamentos frontais mencionadas neste artigo serão medidas ponto a ponto em relação ao alinhamento do terreno, tendo como referência o nível do passeio público lindeiro A limpeza, drenagem e roça do lote, conjunto de lotes ou terreno, mencionadas no caput deste artigo, deverão observar as disposições contidas na legislação específica relativa à limpeza urbana, seus serviços e manejo de resíduos sólidos urbanos no Município. Art. 10 com redação dada pela Lei nº , de 10/9/2012 (Art. 76) CAPÍTULO IV DO LICENCIAMENTO Seção I Disposições Gerais Art A execução das obras públicas ou privadas de edificações é condicionada à obtenção de licença outorgada pelo Executivo, precedida da aprovação dos respectivos projetos e do pagamento das taxas e preços públicos pertinentes. 1º - Estão sujeitas à aprovação de projeto e ao licenciamento as obras de: I - construção; II - demolição; III - reconstrução; IV - movimentação de terra e entulho; V - supressão de vegetação, nos termos do regulamento. 2º - Está sujeita apenas ao licenciamento e ao acompanhamento por responsável técnico, nos termos do regulamento desta Lei, a construção de marquises e de muros de arrimo. Art Estão dispensadas da aprovação de projeto e do licenciamento as seguintes obras:

303 584 I - construção de muros; II - instalação de canteiro de obras, barracão e estande de vendas em obras licenciadas, desde que não ocupem área pública; III - modificações internas às unidades residenciais e não residenciais que não gerem alteração da área líquida edificada, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; IV - reformas; V - instalação de grades de proteção; VI - serviços de manutenção e construção de passeios, nos termos do Código de Posturas do Município; VII - construção de abrigos para animais domésticos e cobertas em unidades residenciais, com altura máxima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros); VIII - escadas e rampas descobertas sobre terreno natural, respeitados os parâmetros da legislação vigente; IX - impermeabilização de lajes; 1º - A dispensa prevista neste artigo não se aplica às obras em edificações situadas nos conjuntos urbanos protegidos, imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, as quais deverão ser executadas de acordo com diretrizes fornecidas pelos órgãos competentes. 2º - A dispensa da aprovação do projeto não desobriga o interessado do cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros. 3º - Na instalação de canteiro e barracão de obras que ocupem o logradouro público será observado o disposto no Código de Posturas e no seu regulamento. Art As edificações residenciais unifamiliares com área máxima de 70m² (setenta metros quadrados) e as edificações destinadas a Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS - ficam sujeitas a processo simplificado de licenciamento, conforme dispuser o regulamento. 1º - Para os efeitos desta Lei, considera-se EHIS aquele vinculado ao atendimento de um dos programas de financiamento público subsidiado, bem como aquele que atende aos critérios da Lei no 6.326, de 18 de janeiro de 1993, e da Resolução nº II do Conselho Municipal de Habitação - CMH -, de 1º de dezembro de º - O licenciamento das edificações de que trata o caput deste artigo, bem como de suas alterações, está isento do pagamento de taxa e preço público. 3º - A isenção mencionada no 2º deste artigo somente será admitida para alterações que não impliquem descaracterização do empreendimento como EHIS. 4º - Para o caso de edificações unifamiliares, quando solicitado, o Executivo poderá fornecer o projeto aprovado com a planta de situação compatível com a situação topográfica do lote em questão. 5º - A análise dos projetos arquitetônicos destinados a EHIS será prioritária por parte do Executivo. Seção II Da Aprovação de Projeto Art A aprovação de projeto arquitetônico dar-se-á após a verificação da documentação pertinente, do pagamento do preço público correspondente e do atendimento às disposições estabelecidas nesta Lei, em sua regulamentação e na legislação vigente correlata, bem como do disposto na informação básica. 1º - O projeto deverá ser instruído com a documentação fixada em regulamento, sob pena de indeferimento do pedido de aprovação de projeto. 2º - O Executivo poderá indagar, desde que fundamentadamente, a respeito da destinação de uma obra, no seu conjunto ou em suas partes, recusando-se a aceitar o que for inadequado ou inconveniente do ponto de vista da segurança, da higiene, da salubridade e da adequação à legislação vigente.

304 585 Seção III Do Alvará de Construção Art Nenhuma obra poderá ser iniciada sem a emissão do respectivo Alvará de Construção, salvo na hipótese prevista no 8º do art. 15 desta Lei. 1º - A aprovação do projeto implicará a concessão do Alvará de Construção, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sendo facultado ao proprietário ou ao responsável técnico solicitar documento comprobatório da aprovação do projeto, independentemente da emissão do Alvará de Construção. 2º - O Alvará de Construção incluirá as autorizações relativas a construção, demolição, movimentação de terra e entulho e supressão de vegetação, se for o caso. Art O Alvará de Construção terá o prazo de validade de 4 (quatro) anos, a partir da data de sua expedição. 1º - O prazo mencionado no caput deste artigo não correrá durante impedimento judicial, desde que devidamente comprovada sua duração por documento hábil. 2º - Findo o prazo previsto no caput deste artigo sem que a obra tenha sido concluída, observar-se-á o seguinte: I - o Alvará de Construção poderá ser revalidado por mais 4 (quatro) anos, desde que não tenha havido alteração na legislação municipal pertinente; II - na ocorrência de alteração na legislação, o Alvará de Construção poderá ser revalidado apenas para a conclusão da parte correspondente à estrutura já executada, por período de mais 4 (quatro) anos. 3º - Na hipótese do inciso II do 2º deste artigo, para a revalidação de Alvará de Construção de obras que incluam a complementação da estrutura constante de projeto aprovado, este deverá ser reapresentado para aprovação, de acordo com os critérios da nova legislação. 3-A - Excepcionalmente a revalidação de Alvará de Construção de obras que incluem a complementação da estrutura constante de projeto aprovado de acordo com parâmetros urbanísticos alterados por lei superveniente poderá ocorrer por uma única vez, desde que preenchidos os seguintes requisitos: I - os parâmetros urbanísticos constantes da legislação alterada e considerados para aprovação do projeto arquitetônico poderão ter sido objeto de, no máximo, uma única alteração; II - a revalidação do Alvará de Construção, na hipótese prevista neste parágrafo, dependerá de pagamento de valor a ser calculado de acordo com a seguinte fórmula: VR = MQ x V/2, na qual MQ corresponde: a) à área líquida do projeto aprovado recalculada de acordo com a legislação vigente menos a área líquida máxima calculada a partir da aplicação do Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAB - ou; b) à área líquida do projeto aprovado recalculada de acordo com a legislação vigente menos a área líquida construída até a data de solicitação da renovação do alvará, recalculadas de acordo com a legislação vigente, prevalecendo o menor valor; V é o valor do metro quadrado resultante da aplicação de fórmula da Outorga; III - O requerimento de revalidação deverá ser apresentado durante o prazo de validade do Alvará de Construção. 3-A acrescentado pela Lei nº , de 17/1/2014 (Art. 1º) 3-B - O valor apurado para a revalidação de Alvará de Construção na forma do 3-A deste artigo poderá ser objeto de parcelamento, na forma do regulamento. 3-B acrescentado pela Lei nº , de 17/1/2014 (Art. 1º) 4º - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação do proprietário. 5º - O Alvará de Construção será anulado quando constatada irregularidade no processo de aprovação.

305 586 Art A aprovação de projeto de arquitetura em substituição a outro já aprovado implica cancelamento do Alvará de Construção em vigor. Seção IV Da Regularização Art Para fins de regularização de edificação executada sem prévia licença ou em desacordo com o projeto aprovado, a análise do projeto será feita conforme critérios da legislação vigente. 1º - Para as edificações comprovadamente existentes até a data de publicação desta Lei, ficam válidas as disposições da Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, e de seu regulamento. 2º - Concluída a regularização, será concedida a Certidão de Baixa da Construção, mediante pagamento do preço público devido. 3º - As edificações não regularizadas ficam sujeitas às penalidades previstas no Anexo VII desta Lei. Seção V Da Licença de Demolição Art A demolição de edificação deverá ser licenciada e acompanhada por responsável técnico. 1º - A demolição de imóvel de interesse de preservação depende de autorização prévia do órgão competente. 2º - Constatada a demolição em curso ou concluída de imóvel de interesse de preservação sem o devido licenciamento, ou de imóvel tombado, o valor da multa corresponderá a, no mínimo, 1 (uma) e a, no máximo, 10 (dez) vezes o respectivo valor venal do imóvel, conforme dispuser o regulamento. Seção VI Da Licença de Reconstrução Art Será concedida a licença de reconstrução total ou parcial para edificação regularmente aprovada e baixada que tenha sido vitimada por sinistro ou que esteja em situação de risco iminente, comprovados por meio de laudo técnico. CAPÍTULO V DAS OBRAS Seção I Do Canteiro de Obras Art Para dar início à obra, é obrigatória a instalação de placa de identificação que atenda à padronização estabelecida pelo Executivo, em posição visível a partir do logradouro público. Seção III Da Baixa de Construção Art A edificação somente poderá ser habitada, ocupada ou utilizada após a concessão da Certidão de Baixa de Construção. Art A conclusão da obra será comunicada ao Executivo pelo responsável técnico. Parágrafo único - Consideram-se obras concluídas as que atendam, cumulativamente, às seguintes condições: I - tenham instalações hidrossanitárias e elétricas executadas e devidamente ligadas à rede pública, bem como área permeável vegetada, pisos e paredes impermeáveis em ambientes de preparo de alimentos e higiene, vagas de estacionamento demarcadas e passeios públicos executados ao longo do meio-fio em frente ao lote, conforme exigências técnicas da legislação em vigor;

306 587 II - apresentem condições mínimas de habitabilidade, salubridade e segurança, quais sejam: a) contrapiso concluído; b) paredes rebocadas; c) cobertura concluída; d) revestimento externo acabado e impermeabilizado; e) esquadrias instaladas; f) instalações de combate a incêndio executadas, quando necessário; g) condições de acessibilidade garantidas de acordo com as normas técnicas vigentes; h) concordância com o projeto aprovado. CAPÍTULO VI DAS EDIFICAÇÕES Seção I Disposições Gerais Art Considera-se área construída a área coberta, à exceção de: I - área sob beiral e marquise, desde que esses tenham dimensão máxima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), não ultrapassem a metade do afastamento mínimo e estejam de acordo com o Código de Posturas; II - áreas para uso de guarda de material, armário, cabine de gás e abrigo de animais, com altura igual ou inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); III - área aberta sob pérgula em edificação residencial; IV - saliências, nos termos do 1º do art. 42 desta Lei; V - área sob toldo, conforme previsto no Código de Posturas; VI - área sem utilização sob projeção da edificação; VII - área de jardineiras, contada da fachada da edificação até 0,60m (sessenta centímetros) de projeção. Subseção II Das Edificações de Uso Residencial Unifamiliar Art Os compartimentos ou ambientes das edificações destinadas ao uso residencial unifamiliar obedecerão aos parâmetros mínimos contidos no Anexo II desta Lei. Parágrafo único - Entende-se por unifamiliar a edificação constituída por uma única unidade residencial, em um lote ou terreno onde não existam outras edificações. Subseção III Das Edificações de Uso Residencial Multifamiliar Art As edificações destinadas ao uso residencial multifamiliar terão, em cada unidade residencial, ambientes para estar, repouso, preparo de alimentos e higiene. 1º - Consideram-se ambientes de higiene a instalação sanitária e a área de serviço. 2º - Cada unidade residencial terá pelo menos uma instalação sanitária, vedada sua abertura para o ambiente de preparo de alimentos. 3º - Será admitida a conjugação em um mesmo espaço de todos os ambientes citados no caput deste artigo, excetuadas as instalações sanitárias, desde que esse espaço tenha: I - forma que permita, em seu piso, um diâmetro mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros); II - ponto de água e esgoto para preparo de alimentos. 4º - A área líquida mínima da unidade será de 24,00m2 (vinte e quatro metros quadrados). 5º - Na conformação de ambientes distinta da prevista no 3º deste artigo, a área total mínima será o somatório das áreas mínimas de cada ambiente, observados os valores constantes do Anexo III e do Anexo IV desta Lei.

307 588 6º - A área e as dimensões mínimas definidas no Anexo III desta Lei para dormitórios poderão ser reduzidas, mediante apresentação de leiaute, conforme o Anexo IV desta Lei. Art Os compartimentos ou ambientes da edificação residencial multifamiliar destinados ao uso comum obedecerão aos parâmetros mínimos contidos no Anexo VI desta Lei. Subseção IV Das Edificações de Uso Não Residencial Art Os compartimentos ou ambientes das edificações destinadas ao uso não residencial obedecerão aos parâmetros mínimos contidos nos Anexos V e VI desta Lei. Art As edificações destinadas a usos não residenciais deverão dispor de, no mínimo, um lavabo em cada pavimento. Parágrafo único - As instalações sanitárias destinadas a uso comum deverão atender ao previsto no Anexo V desta Lei, bem como às diretrizes contidas na legislação de medicina e segurança do trabalho e acessibilidade e, quando derem acesso a compartimentos destinados a trabalho, refeitório ou consumo de alimentos, serão providas de antecâmara ou anteparo. Art As edificações destinadas a usos específicos, como de educação e saúde, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário. Seção VI Da Acessibilidade das Edificações Art A construção, modificação e ampliação de edifício público ou privado obedecerão às disposições previstas nas legislações federal, estadual e municipal referentes à acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, bem como às normas técnicas pertinentes. Parágrafo único - No caso de modificação ou ampliação de edificação anteriormente licenciada, destinada ao uso residencial, comercial, de serviços ou industrial, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, os requisitos de acessibilidade deverão ser exigidos apenas na parte da edificação em alteração, excetuada a hipótese de impossibilidade de atendimento aos mesmos, comprovada por meio de laudo técnico. Art É obrigatória a comunicação entre o hall do elevador e a escada de incêndio. Parágrafo único - A exigência prevista no caput deste artigo poderá ser dispensada se atendidas as seguintes condições: I - o elevador der acesso direto a cada uma das unidades autônomas da edificação; II - cada uma das unidades autônomas da edificação tiver acesso à escada de incêndio. LEI Nº 9.814, DE 18 DE JANEIRO DE 2010 Autoriza o Executivo a doar áreas de propriedade do Município e a realizar aporte financeiro ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR -, representado pela Caixa Econômica Federal; institui isenção de tributos para operações vinculadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida, nas condições especificadas, e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Executivo, objetivando promover a implantação de moradias destinadas à alienação para famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha

308 589 Vida - PMCMV -, fica autorizado a doar ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR -, regido pela Lei Federal n , de 12 de fevereiro de 2001, representado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA -, responsável pela gestão do FAR e operacionalização do PMCMV, bens imóveis públicos de propriedade do Município para implantação do programa de habitação popular. 1º - Os bens públicos mencionados no caput deste artigo compreendem: I - imóveis não-edificados; II - imóveis edificados cujo emprego no PMCMV seja justificado; III - imóveis edificados ou não, adquiridos para cumprir o Programa previsto nesta Lei. 2º - Os bens públicos mencionados no 1º deste artigo deverão ser previamente avaliados, nos termos da legislação municipal. Art. 4º - Os bens imóveis doados pelo Município serão utilizados exclusivamente no âmbito do PMCMV e constarão dos bens e direitos integrantes do patrimônio do FAR, com fins específicos de manter a segregação patrimonial e contábil dos haveres financeiros e imobiliários, observados, quanto a tais bens e direitos, as seguintes restrições: I - não integram o ativo da CAIXA; II - não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da CAIXA; III - não compõem a lista de bens e direitos da CAIXA, para efeito de liquidação judicial ou extrajudicial; IV - não podem ser dados em garantia de débito de operação da CAIXA; V - não são passíveis de execução por quaisquer credores da CAIXA; VI - não podem ser constituídos quaisquer ônus reais sobre os imóveis. Art. 5º - Caso a donatária não utilize os imóveis e os recursos aportados para o cumprimento do disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei no prazo de 4 (quatro) anos, contados da efetiva transferência dos bens, prorrogável por mais 2 (dois) anos, justificadamente e a critério do Executivo, os mesmos reverterão ao patrimônio do Município mediante simples aviso no prazo de 30 (trinta) dias. Parágrafo único - Entende-se por utilizados os imóveis e recursos quando da efetiva entrega das moradias aos beneficiários do PMCMV devidamente concluídas e liberadas para habitação. Art. 6º - Observado o interesse público, as áreas destinadas à implantação do PMCMV poderão ser ocupadas com parâmetros urbanísticos excepcionais, mais permissivos do que os previstos na legislação municipal, desde que, comprovadamente, o projeto a ser implantado não implique comprometimento de aspectos ambientais relevantes existentes no local. Caput com redação dada pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 1º - A utilização dos parâmetros urbanísticos excepcionais mencionados no caput deste artigo fica condicionada à emissão, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, de diretrizes de implantação e parecer conjunto e motivado que conclua pela adequação do projeto às condições existentes no local. 1º com redação dada pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 2º - Os parâmetros previstos no caput deste artigo serão fixados pelas diretrizes de implantação a que se refere o 1º, ficando limitados a: I - coeficiente de aproveitamento igual a 1,0 (um inteiro); II - quota de terreno por unidade habitacional igual a 45m 2 /un. (quarenta e cinco metros quadrados por unidade habitacional); III - taxa de permeabilidade igual a 20% (vinte por cento); IV - área mínima dos lotes em ZP1 nos termos do disposto no art. 6º, inciso II, da Lei Federal nº 6.766/79. Inciso IV acrescentado pela Lei nº , de 18/1/2011 (Art. 3º) 3º - Consideram-se aspectos ambientais relevantes: I - declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento); II - existência de área de proteção de nascentes; III - existência de faixas de proteção de curso d água; IV - presença expressiva de vegetação;

309 590 V - inadequação do solo para o adensamento proposto; VI - outros considerados relevantes motivadamente pela Administração Municipal. 4º - Para as áreas previstas no caput deste artigo, o projeto a ser implantado deverá obedecer à seguinte proporção: I - destinação de até 5% (cinco por cento) da área total de lotes do empreendimento à livre comercialização, não se incluindo, como referência para o cálculo desse percentual, a área correspondente aos lotes destinados à implantação de equipamentos públicos; II - destinação de, no mínimo, 70% (setenta por cento) das unidades habitacionais a serem comercializadas a empreendimentos habitacionais de interesse social voltados para beneficiários com renda familiar mensal de até 3 (três) salários mínimos; III - destinação do restante das unidades habitacionais a serem comercializadas a empreendimentos habitacionais de interesse social voltados para beneficiários com renda familiar acima de 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos. 4º acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 5º - Os lotes previstos no inciso I do 4º deste artigo deverão ter área mínima de 360m² (trezentos e sessenta metros quadrados) e poderão usufruir de coeficiente de aproveitamento de até 0,5 (cinco décimos). 5º acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 6º - Na hipótese de o projeto a ser implantado não contar com lotes destinados à livre comercialização, poderá ser destinado a empreendimentos habitacionais de interesse social voltados para beneficiários inseridos na faixa acima de 3 (três) a até 6 (seis) salários mínimos até um terço das unidades a serem comercializadas. 6º acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 7º - Para os empreendimentos que atenderem ao disposto no caput deste artigo, a exigência relativa ao número mínimo de vagas para estacionamento de veículos deverá observar o disposto no art. 158 da Lei nº 9.959, de 20 de julho de º acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) 8º - Para os empreendimentos previstos no caput deste artigo, fica dispensado o atendimento aos parâmetros de dimensionamento mínimo dos ambientes e compartimentos previstos na Seção IV do Capítulo VI da Lei nº 9.725/09, bem como no Anexo III da mesma lei, desde que garantido o atendimento aos parâmetros mínimos estipulados pela Caixa Econômica Federal. 8º acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 4º) Art. 6º-A - Fica estabelecido como prioritário o licenciamento, pelo Executivo, dos empreendimentos enquadrados no PMCMV destinados a habitação de interesse social voltados para beneficiários com renda familiar mensal de até 6 (seis) salários mínimos, condicionado à emissão de parecer de enquadramento como empreendimento de interesse social emitido pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte - Urbel - dirigida ao órgão municipal licenciador, acompanhado de Termo de Conduta Urbanística. 1º - Aplica-se aos empreendimentos enquadrados no caput deste artigo o disposto no art. 13 da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009, e seu regulamento. 2º - Para emissão de Certidão de Origem e liberação do Alvará de Construção, deverá ser apresentado comprovante emitido pela Caixa Econômica Federal, representante da União e responsável pela operacionalização do PMCMV, de que o empreendimento vincula-se ao Programa na faixa de renda familiar estipulada no Termo de Conduta Urbanística. 3º - Para atestar o atendimento ao interesse social, deverão ser apresentados documentos comprobatórios de atendimento às faixas de renda familiar, conforme condições previstas no Termo de Conduta Urbanística. 4º - O não atendimento aos prazos e condições estabelecidos no Termo de Conduta Urbanística implicará a aplicação de:

310 591 I - multa de 50% (cinqüenta por cento), calculada sobre o valor de garantia da unidade, para cada unidade do empreendimento comercializada em desconformidade com o disposto no Termo de Conduta Urbanística; II - suspensão de participação em licitação para realização de obras no Município. Art. 6º-A acrescentado pela Lei nº , de 9/1/2012 (Art. 5º) Art. 7º - As áreas de propriedade do Município, incluídas as resultantes de parcelamento ou reparcelamento do solo, poderão ser desafetadas, mediante decreto, e destinadas à implantação de programas de habitação popular, inclusive por meio da doação prevista no art. 1º desta Lei. Parágrafo único - Aos imóveis de que trata este artigo aplica-se o disposto no art. 6º. LEI Nº , DE 18 DE MARÇO DE 2011 Institui a Política Municipal de Mobilidade Urbana. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica instituída a Política Municipal de Mobilidade Urbana. Parágrafo único - Para os fins desta Lei, entende-se por mobilidade urbana o conjunto de deslocamentos de pessoas e bens, com base nos desejos e nas necessidades de acesso ao espaço urbano, mediante a utilização dos vários meios de transporte. Art. 2º - O objetivo da Política Municipal de Mobilidade Urbana é proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os meios de transporte coletivos e não motorizados, de forma inclusiva e sustentável. Art. 3º - A Política Municipal de Mobilidade Urbana atenderá aos seguintes princípios: I - reconhecimento do espaço público como bem comum; II - universalidade do direito de se deslocar e de usufruir a cidade; III - sustentabilidade ambiental nos deslocamentos urbanos; IV - acessibilidade ao portador de deficiência física ou de mobilidade reduzida; V - segurança nos deslocamentos. Art. 4º - A Política Municipal de Mobilidade Urbana observará as seguintes diretrizes: I - priorizar o deslocamento realizado a pé e outros meios de transporte não motorizados; II - desenvolver o sistema de transporte coletivo do ponto de vista quantitativo e qualitativo; III - criar medidas de desestímulo à utilização do transporte individual por automóvel; IV - estimular o uso de combustíveis renováveis e menos poluentes; V - integrar os diversos meios de transporte; VI - assegurar que todos os deslocamentos sejam realizados de forma segura; VII - promover ações educativas capazes de sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância de se atender aos princípios da Política Municipal de Mobilidade Urbana; VIII - fomentar pesquisas a respeito da sustentabilidade ambiental e da acessibilidade no trânsito e no transporte; IX - buscar alternativas de financiamento para as ações necessárias à implementação desta Lei. Art. 5º - Para o alcance do objetivo proposto no art. 2º desta Lei, compete ao poder público: I - realizar diagnóstico que permita identificar aspectos referentes ao transporte e ao trânsito a serem trabalhados e locais a serem qualificados nos termos propostos por esta Lei, de modo a possibilitar a elaboração de um Plano Diretor de Mobilidade; II - intensificar a fiscalização referente às normas de construção e conservação de passeios; III - intensificar a fiscalização referente à instalação de mobiliário urbano e ao exercício de atividades nos logradouros públicos, conforme o previsto na Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003; IV - implantar faixas de pedestre nas vias coletoras, arteriais e de ligação regional, bem como em frente a escolas e hospitais; V - desenvolver campanha de conscientização que incentive o deslocamento realizado a pé; VI - avaliar e aprimorar a sinalização de trânsito horizontal e vertical;

311 592 VII - desenvolver programas voltados para a qualificação urbanística, ambiental e paisagística dos espaços públicos. 1º - O Plano Diretor de Mobilidade deverá prever: I - áreas de acesso restrito ou controlado; II - espaços para instalação de estacionamentos dissuasórios; III - medidas que favoreçam a circulação de pedestres e ciclistas; IV - medidas que possibilitem minimizar os conflitos intermodais; V - delimitação de áreas prioritárias a serem tratadas por meio de: a) projeto paisagístico; b) revitalização da infraestrutura do sistema viário; c) pavimentação de vias; d) construção ou manutenção de passeios; e) sinalização viária; f) implantação de ciclovias ou ciclofaixas; g) implantação de terminais, estações de embarque/desembarque e abrigos para pontos de parada; VI - formas de financiamento e parcerias a serem firmadas. 2º - Entende-se por dissuasório o estacionamento público ou privado, integrado ao sistema de transporte urbano, com o objetivo de dissuadir o uso do transporte individual. DECRETO Nº , DE 2 DE SETEMBRO DE 2013 Institui o Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte - PlanMob-BH - e estabelece as diretrizes para o acompanhamento e o monitoramento de sua implementação, avaliação e revisão periódica. O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do artigo 108 da Lei Orgânica do Município, em conformidade com o disposto na Lei Municipal nº , de 18 de março de 2011, que instituiu a Política Municipal de Mobilidade Urbana, e considerando, ainda, o disposto na Lei Federal nº , de 3 de janeiro de 2012, que instituiu as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, Considerando o compromisso do Município de Belo Horizonte com o constante aprimoramento do planejamento da mobilidade urbana; Considerando a necessidade de orientar a atualização periódica estabelecida pelo inciso XI, do art. 24 da Lei Federal nº /12, decreta: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - Este Decreto institui o Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte - PlanMob-BH e estabelece as diretrizes para o acompanhamento e o monitoramento de sua implementação, avaliação e revisão periódica, com o objetivo de efetivar a Política Municipal de Mobilidade Urbana instituída pela Lei nº , de 18 de março de Parágrafo único - O PlanMob-BH tem por finalidade orientar as ações do Município de Belo Horizonte no que se refere aos modos, serviços e infraestrutura viária e de transporte que garantem os deslocamentos de pessoas e cargas em seu território, com vistas a atender as necessidades atuais e futuras de mobilidade da população de Belo Horizonte. Art. 2º - O PlanMob-BH guarda compatibilidade com o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, estabelecido pela Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, com as normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no Município, previstas pela Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, e com as normas de acessibilidade do Decreto Federal nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004.

312 593 Seção I Dos Conceitos e Definições Art. 3º - Para os efeitos deste Decreto, ficam estabelecidos os seguintes conceitos e definições: I - ACESSIBILIDADE: facilidade de acesso das pessoas às áreas e atividades urbanas e aos serviços de transporte, considerando-se os aspectos físicos e/ou econômicos; II - ACESSIBILIDADE AMBIENTAL: possibilidade e condições de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliários e equipamentos urbanos; III - ACESSIBILIDADE UNIVERSAL: facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados, respeitando-se a legislação em vigor; IV - BICICLETÁRIO: local destinado ao estacionamento de bicicletas, com características de longa duração, grande número de vagas e controle de acesso, podendo ser público ou privado; V - BRT (Bus Rapid Transit): sistema de transporte coletivo por ônibus de média e/ou alta capacidade, com alto desempenho e qualidade, assegurados pela elevada velocidade operacional em pistas ou faixas exclusivas, pelo pagamento antecipado da passagem e o embarque e desembarque em nível, pela informação sobre o funcionamento do sistema aos usuários, e pelos equipamentos tecnológicos nos ônibus, estações e garagens que possibilitam o seu monitoramento em tempo real através de Centros de Controle Operacional, proporcionando regularidade, pontualidade, confiabilidade e segurança; VI - CICLOFAIXA: espaço destinado à circulação de bicicletas, contíguo à pista de rolamento de veículos, sendo dela separado por pintura e/ou dispositivos delimitadores; VII - CICLOROTAS OU ROTA CICLÁVEL: caminhos ou rotas identificados como agradáveis, recomendados para uso de bicicletas que complementam a rede de ciclovias e ciclofaixas, minimamente preparados para garantir a segurança de ciclistas, sem tratamento físico, podendo receber sinalização específica; VIII - CICLOVIA: espaço destinado à circulação exclusiva de bicicletas, segregada da via pública de tráfego motorizado e da área destinada a pedestres; IX - DIVISÃO MODAL: participação de cada modo de transporte no total de viagens realizadas para os diversos fins; X - ESTACIONAMENTO DISSUASÓRIO: estacionamento público ou privado, integrado ao sistema de transporte urbano, com o objetivo de dissuadir o uso do transporte individual; XI - FAIXA COMPARTILHADA: faixa de circulação aberta à utilização pública, caracterizada pelo compartilhamento entre modos diferentes de transporte, tais como veículos motorizados, bicicletas e pedestres, sendo preferencial ao pedestre, quando demarcada na calçada, e à bicicleta, quando demarcada na pista de rolamento; XII - FAIXA EXCLUSIVA PARA ÔNIBUS: faixa da via pública destinada, exclusivamente, à circulação dos veículos de transporte coletivo, separada do tráfego por meio de sinalização e/ou segregação física; XIII - FAIXA PREFERENCIAL PARA ÔNIBUS OU PARA ALGUM TIPO DE SERVIÇO: faixa da via pública destinada à circulação preferencial do transporte coletivo ou para determinados veículos, identificados por sinalização na via, indicando a preferência de circulação; XIV - GESTÃO DA DEMANDA OU GERENCIAMENTO DA DEMANDA: medidas para direcionamento da demanda de cada modo de transporte, com vistas a uma distribuição modal mais equilibrada; XV - LOGÍSTICA URBANA: estratégia de distribuição de cargas urbanas, sua regulamentação, mediante otimização do uso da infraestrutura existente, e adoção de tecnologia para operação e controle; XVI - METRÔ: sistema de transporte que utiliza trens de alta performance, com carros operando em vias exclusivas, sem cruzamentos em nível, possuindo estações com plataformas elevadas e com controle centralizado; XVII - MOBILIDADE URBANA: conjunto de deslocamentos de pessoas e bens, com base nos desejos e nas necessidades de acesso ao espaço urbano, mediante a utilização dos vários meios de transporte; XVIII - MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL: realização dos deslocamentos sem comprometimento do meio ambiente, das áreas e atividades urbanas e do próprio transporte; XIX - MODOS DE TRANSPORTE MOTORIZADOS: modalidades que se utilizam de veículos automotores; XX - MODOS DE TRANSPORTE NÃO MOTORIZADOS: modalidades que se utilizam do esforço humano ou tração animal; XXI - MONOTRILHO: ferrovia constituída por um único trilho, em oposição às ferrovias tradicionais que possuem dois trilhos paralelos; XXII - OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA: conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental, podendo ocorrer em qualquer área do Município;

313 594 XXIII - PARACICLO: local destinado ao estacionamento de bicicletas, de curta ou média duração, de pequeno porte, como número reduzido de vagas, sem controle de acesso, equipado com dispositivos capazes de manter os veículos de forma ordenada, com possibilidade de amarração para garantir mínima segurança contra furto; XXIV - PISTA EXCLUSIVA: faixa(s) exclusiva(s) destinada(s) à circulação dos veículos de transporte coletivo de forma segregada, dispondo de delimitação física (barreiras, canteiros, etc.) que as separa do tráfego geral, com sinalização de regulamentação específica; XXV - POLÍTICA DE PREÇO: política pública que envolve critérios de definição de preços dos serviços públicos, a precificação dos serviços de transporte coletivo, individual e não motorizado, assim como da infraestrutura de apoio, especialmente estacionamentos; XXVI - REDE ESTRUTURANTE DO TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO: compreende os sistemas de média e alta capacidade de transporte, operados por diferentes tecnologias (ônibus, VLT, metrô, etc); XXVII - SISTEMA DE ALTA E MÉDIA CAPACIDADE: sistemas, nas diversas modalidades de transporte, com capacidade variando entre (dez mil) a (oitenta mil) passageiros/hora/sentido; XXVIII - SISTEMA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA: conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, dos serviços e da infraestrutura que garanta os deslocamentos de pessoas e de cargas no território do Município; XXIX - TRANSPORTE PRIVADO COLETIVO: serviço de transporte de passageiros não aberto ao público para a realização de viagens com características operacionais específicas; XXX - TRANSPORTE PRIVADO INDIVIDUAL: meio motorizado de transporte de passageiros utilizado para a realização de viagens individualizadas por intermédio de veículos particulares; XXXI - TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO: serviço público de transporte de passageiros acessível a toda a população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo Poder Público; XXXII - TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO INTERMUNICIPAL: serviço de transporte público coletivo entre Municípios que tenham contiguidade nos seus perímetros urbanos ou que integrem a mesma região metropolitana; XXXIII - TRANSPORTE PÚBLICO INDIVIDUAL: serviço remunerado de transporte de passageiros aberto ao público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas; XXXIV - TRANSPORTE URBANO DE CARGAS: serviço de transporte de bens, animais ou mercadorias; XXXV - VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS (VLT): sistema sobre trilhos, caracterizado por sua habilidade de operar com carros únicos ou pequenas composições em vias exclusivas em nível, em nível elevado, subterrâneo ou, ocasionalmente, em tráfego partilhado nas vias urbanas; XXXVI - VIA: superfície por onde transitam veículos e pessoas, compreendendo a pista, a calçada, ilha e canteiro central; XXXVII - VIA EXCLUSIVA DE PEDESTRE: via destinada à circulação exclusiva de pedestres, com tratamento específico, podendo permitir acesso a veículos de serviço ou acesso aos imóveis lindeiros. Seção II Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos Gerais do PlanMob-BH Art. 4º - O PlanMob-BH obedece aos seguintes princípios: I - reconhecimento do espaço público como bem comum, titularizado pelo município; II - universalidade do direito de se deslocar e de usufruir a cidade; III - acessibilidade ao portador de deficiência física ou de mobilidade reduzida; IV - desenvolvimento sustentável da cidade, nas dimensões socioeconômica e ambiental; V - gestão democrática e controle social de seu planejamento e avaliação; VI - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos de transporte e serviços; VII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; VIII - segurança nos deslocamentos para promoção da saúde e garantia da vida; IX - eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana e na prestação do serviço de transporte urbano. Art. 5º - O PlanMob-BH orienta-se pelas seguintes diretrizes: I - priorização dos pedestres e dos modos de transporte não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; II - criação de medidas de desestímulo à utilização do transporte individual motorizado; III - integração com a política municipal de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito do Município;

314 595 IV - integração com a política metropolitana e respectivas políticas setoriais, de forma a assegurar melhores condições de mobilidade, acessibilidade e conectividade em todo o espaço urbano e contribuir para seu aprimoramento em âmbito metropolitano; V - mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas no Município; VI - priorização dos projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado; VII - desenvolvimento do sistema de transporte coletivo do ponto de vista quantitativo e qualitativo; VIII - integração dos diversos meios de transporte; IX - planejamento da mobilidade urbana orientado pelo gerenciamento de demanda; X - estímulo ao uso de combustíveis renováveis e menos poluentes; XI - fomento a pesquisas relativas à sustentabilidade ambiental e à acessibilidade no trânsito e no transporte; XII - busca por alternativas de financiamento para as ações necessárias à implementação do PlanMob- BH; XIII - promoção de ações educativas capazes de sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância de se atender aos princípios do PlanMob-BH; XIV - priorização do investimento público destinado à melhoria e expansão do sistema viário para a implantação da rede estruturante de transporte público coletivo. Art. 6º - O PlanMob-BH possui como objetivos gerais: I - proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os meios de transporte coletivos e não motorizados, de forma inclusiva e sustentável; II - contribuir para a redução das desigualdades e para a promoção da inclusão social; III - promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; IV - proporcionar melhoria das condições urbanas no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; V - promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas no Município; e VI - consolidar a gestão democrática como instrumento de garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana. CAPÍTULO II DO PLANO DIRETOR DE MOBILIDADE URBANA DE BELO HORIZONTE - PLANMOB-BH Seção I Do conteúdo do PlanMob-BH Art. 7º - O PlanMob-BH contemplará: I - os objetivos estratégicos coerentes com os princípios e diretrizes da Política Municipal de Mobilidade Urbana; II - as metas de curto, médio e longo prazo; III - os indicadores de desempenho e de monitoramento do sistema de mobilidade urbana; IV - ações e políticas que associam o uso e a ocupação do solo à capacidade de transporte, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e urbano da cidade e a garantir retorno social e econômico dos investimentos em infraestrutura, propondo alterações na legislação, quando necessário; V - medidas que contribuam para a diminuição do impacto ambiental do sistema de mobilidade urbana, tanto na redução de emissões de poluentes locais e globais, quanto na diminuição do impacto nas áreas e atividades urbanas, bem como para a racionalização da matriz de transportes do Município, priorizando os modos de transporte que acarretam menor impacto ambiental; VI - programas, projetos e infraestruturas destinados aos modos de transporte não motorizados, que deverão contemplar a sua integração aos demais modos de transporte e adequação à política municipal de promoção da saúde da população e conter: a) a identificação das vias prioritárias para circulação de pedestres no acesso ao transporte coletivo, com vistas à sua melhoria por meio da ampliação e manutenção dos passeios; b) a previsão de implantação de infraestrutura para circulação de bicicletas, contemplando ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas; c) ações de estímulo à circulação a pé, contemplando a iluminação de travessias e de calçadas, a sinalização indicativa para o pedestre, bem como ações educativas focadas em segurança, dentre outras;

315 596 d) ações de estímulo ao uso da bicicleta, contemplando a sinalização indicativa para o ciclista, ações educativas focadas em segurança, implantação de paraciclos, bicicletários e sistema de informação para o deslocamento por bicicletas, dentre outras; VII - os serviços de transporte coletivo em suas diversas escalas, contendo: a) a rede estruturante do transporte público coletivo e suas tecnologias; b) a composição das linhas do sistema convencional; c) as linhas de vilas e favelas; d) o sistema suplementar de transporte coletivo; e) demais serviços de transporte coletivo, tais como o transporte escolar, as linhas executivas, o transporte fretado, e outros possíveis serviços que vierem a ser implantados; VIII - as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana voltadas para o transporte coletivo, especificando as áreas prioritárias a serem definidas por meio de: a) construção de vias, pistas e faixas exclusivas e preferenciais para o transporte público coletivo; b) implantação de terminais, estações de embarque e desembarque, bem como abrigos para pontos de parada; IX - o sistema viário em conformidade com o mapa de hierarquização do sistema viário previsto na legislação urbanística municipal, contendo: a) circulação viária; b) sinalização viária; c) projeto paisagístico; d) revitalização da infraestrutura do sistema viário; e) pavimentação; f) áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada; X - a garantia de acessibilidade física para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade e de acessibilidade econômica, com vistas a ampliar a mobilidade da população de baixa renda, especialmente no que se refere aos modos de transporte coletivo; XI - a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados, incluindo medidas que permitam minimizar os conflitos intermodais; XII - a operação e o disciplinamento do transporte de carga na infraestrutura viária, a partir do conceito de logística urbana, de forma a compatibilizar a movimentação de passageiros com a distribuição das cargas, respeitando e garantindo o espaço de circulação das mesmas de forma eficiente e eficaz no espaço urbano; XIII - ações referentes aos polos geradores de tráfego, de forma a equacionar estacionamento e operações logísticas, porém sem estimular o acesso por modos de transporte individual, e melhorar o acesso por modos de transporte coletivos e não motorizados, incluindo espaços internos para o estacionamento de bicicletas; XIV - política de estacionamento integrada às diretrizes do planejamento urbano municipal, que contribua para a racionalização da matriz de transportes do Município e defina as áreas de estacionamentos dissuasórios integrados ao sistema de transporte urbano; XV - os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana; e XVI - a identificação dos meios institucionais que assegurem a implantação e a execução do planejamento da mobilidade urbana. Seção II Dos Objetivos Estratégicos Art. 8º - O PlanMob-BH contemplará, no mínimo, os seguintes objetivos estratégicos: I - tornar o transporte coletivo mais atrativo do que o transporte individual, tendo como meta ampliar o percentual de viagens em modos de transporte coletivos em relação ao total de viagens em modos motorizados; II - promover a melhoria contínua dos serviços, equipamentos e instalações relacionados à mobilidade; III - promover a segurança no trânsito; IV - assegurar que as intervenções no sistema de mobilidade urbana contribuam para a melhoria da qualidade ambiental e estimulem o uso de modos não motorizados; V - tornar a mobilidade urbana um fator positivo para o ambiente de negócios da cidade; VI - tornar a mobilidade urbana um fator de inclusão social.

316 597 Art. 9º - Para o atendimento dos objetivos estratégicos estabelecidos no art. 7º deste Decreto, o PlanMob-BH estabelecerá metas de curto, médio e longo prazo, cuja observância será monitorada por meio de indicadores de desempenho, em consonância com a normatização estabelecida neste Decreto. Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de tornar o transporte público mais atrativo frente ao transporte individual, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - implantação de rede estruturante do transporte coletivo, com integração dos sistemas de alta e média capacidade; II - ampliação das ações relacionadas ao transporte coletivo no sistema viário; III - modernização dos sistemas de informação relacionados ao transporte coletivo; IV - ampliação da integração física, operacional e tarifária do transporte coletivo em Belo Horizonte e na Região Metropolitana de Belo Horizonte; V - diversificação dos modos de transporte coletivo; VI - desestímulo ao uso do transporte individual de modo articulado à melhoria do transporte coletivo; VII - promoção de ações educativas centradas no objetivo de mudança da percepção da população quanto aos usos do transporte individual e coletivo; VIII - promoção da modernização tecnológica dos equipamentos de monitoramento e controle do transporte coletivo e de orientação aos usuários. Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de promover a melhoria contínua dos serviços, equipamentos e instalações relacionados à mobilidade, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - fomento à implantação de sistemas de gestão da qualidade e certificação dos prestadores de serviços de mobilidade; II - modernização dos métodos e processos de fiscalização dos serviços de transporte, tornando-os mais eficazes; III - monitoramento sistemático do grau de satisfação da população em relação aos serviços de transporte e trânsito; IV - disseminação de informações sobre o sistema de mobilidade urbana e sua operação, propiciando a escolha otimizada, pela população, dos meios de deslocamento; V - modernização dos equipamentos e instalações relacionados ao transporte coletivo. Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de promover a segurança no trânsito, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - reestruturação da atividade fiscalizatória com ênfase na garantia da segurança, orientação aos usuários e operação do trânsito; II - garantia de espaços adequados e de direitos preferenciais aos pedestres nas intervenções no sistema de mobilidade urbana; III - promoção da modernização tecnológica dos equipamentos de monitoramento, controle do tráfego e orientação aos usuários, com vistas à melhoria da segurança no trânsito; IV - desenvolvimento de projetos de educação no trânsito, com foco nos públicos mais vulneráveis, em especial, os pedestres, os idosos, os motociclistas e os jovens condutores; V - priorização de iniciativas, projetos e investimentos que potencializem a segurança no trânsito. Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de assegurar que as intervenções no sistema de mobilidade urbana contribuam para a melhoria da qualidade ambiental e estimulem o uso dos modos de transporte não motorizados, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - difusão do conceito de mobilidade urbana sustentável, enfatizando a sua importância para o meio ambiente e qualidade de vida; II - monitoramento da evolução tecnológica dos meios de transporte e indução da adoção de tecnologias limpas ou menos poluentes pelos prestadores de serviços de transporte público; III - atuação articulada com órgãos reguladores e gestores do meio ambiente, com vistas a reduzir as emissões veiculares e a poluição sonora e visual; IV - garantia da valorização do espaço urbano nas intervenções de mobilidade, atuando em parceria com os demais órgãos e entidades da Administração Pública; V - estímulo ao uso de transportes não motorizados, por meio do gerenciamento da demanda, da integração aos demais modos de transporte e da melhoria da oferta de equipamentos e infraestrutura, especialmente calçadas e ciclovias.

317 598 Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de tornar a mobilidade urbana um fator positivo para o ambiente de negócios da cidade, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - regulação dos serviços de mobilidade urbana no sentido de torná-los economicamente viáveis, garantindo a sua qualidade para os usuários e a modicidade das tarifas; II - adequação do planejamento, ordenamento e operação da logística urbana, atuando em cooperação com entidades públicas e privadas, e em consonância com as políticas de uso e ocupação do solo, desenvolvimento econômico e gestão da mobilidade; III - aprimoramento dos métodos e processos de licenciamento de empreendimentos geradores de tráfego. Art Com vistas a atingir o objetivo estratégico de tornar a mobilidade urbana um fator de inclusão social, o Poder Executivo priorizará as seguintes estratégias: I - implantação da política tarifária do transporte coletivo com vistas a proporcionar maior inclusão social; II - adequação da infraestrutura e da frota de veículos, em conformidade com os requisitos de acessibilidade universal; III - garantia de cobertura espacial e temporal para atendimento aos usuários de transporte público. Seção III Dos Instrumentos de Gestão Art Para viabilizar as estratégias definidas na Seção II deste Capítulo, poderão ser adotados instrumentos de gestão do sistema municipal de mobilidade urbana, tais como: I - restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados; II - estipulação de padrões de emissão de poluentes para locais e horários determinados, podendo condicionar o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle; III - aplicação de tributos sobre os modos e serviços de transporte urbano pela utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade, vinculando-se a receita à aplicação exclusiva em infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público, na forma da lei; IV - dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados; V - implantação de estacionamentos dissuasórios; VI - controle do uso e operação da infraestrutura viária destinada à circulação e operação do transporte de carga, concedendo prioridades ou restrições; VII - monitoramento e controle das emissões dos poluentes atmosféricos e dos gases de efeito estufa dos modos de transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da criticidade da qualidade do ar constatada; VIII - implantação de políticas de uso e ocupação do solo e de desenvolvimento urbano associadas ao sistema de transporte coletivo, a exemplo das operações urbanas consorciadas no entorno de corredores viários prioritários, no entorno de corredores de transporte coletivo e em áreas localizadas no entorno das estações de transporte coletivo existentes - ou das que vierem a ser instaladas -, que terão as seguintes finalidades para efeito de efetivação da Política Municipal de Mobilidade Urbana: a) permitir, após a reestruturação dos corredores, a revisão do adensamento, dada a maior capacidade de suporte do sistema de transporte; b) obtenção de recursos para ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte público coletivo; c) implantação e melhoria de espaços públicos, principalmente destinados a modos de transporte não motorizado, que devem ser estimulados; d) melhoria e ampliação da infraestrutura e da rede viária estrutural, priorizando os transportes coletivos, transportes não motorizados e as ligações regionais e perimetrais que contribuem para a desconcentração e descentralização urbanas. IX - priorização da aplicação de recursos do Fundo de Transportes Urbanos, criado pela Lei nº 5.953, de 31 de julho de 1991, na execução dos programas de investimento e manutenção em transporte público, tráfego e trânsito e educação para a mobilidade urbana, em consonância com o PlanMob-BH; X - priorização das obras relacionadas aos projetos viários prioritários, constante da legislação urbanística municipal, associada à implantação da rede estruturante do transporte público coletivo; XI - fiscalização com vistas a garantir a conservação e a implantação de passeios em logradouros públicos, nos termos do disposto no art. 12 da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, que instituiu o Código de Posturas do Município;

318 599 XII - definição de um mapa de classificação de calçadas, de forma a priorizar intervenções públicas ou privadas voltadas para a melhoria da circulação de pedestres, incluindo-se a identificação de vias exclusivas de pedestres; XIII - definição de políticas de preços dos serviços de mobilidade, incluindo políticas tarifárias para o transporte público, utilização de descontos, subsídios e desoneração tarifária e políticas de preços de circulação e estacionamento em vias públicas, como instrumentos de direcionamento da demanda para o transporte público, modos coletivos e não motorizados e tecnologias ambientalmente limpas; XIV - estabelecimento de consórcios, convênios e acordos com municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com vistas à gestão coordenada dos sistemas de mobilidade urbana, na forma da lei. CAPÍTULO III DA SISTEMÁTICA DE MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO PERIÓDICAS DO PLANMOB-BH Seção I Do Monitoramento e da Avaliação do PlanMob-BH Art Fica instituído o Observatório da Mobilidade Urbana de Belo Horizonte - ObsMob-BH, cujo objetivo é realizar, com base em indicadores de desempenho estabelecidos em conformidade com este Decreto, o monitoramento da implementação do PlanMob-BH, no que toca à operacionalização das estratégias nele previstas e aos seus resultados em relação às metas de curto, médio e longo prazo. Parágrafo único - Os indicadores deverão ser apurados anualmente e divulgados no Balanço Anual da Mobilidade Urbana, a ser disponibilizado na página eletrônica da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S.A. - BHTrans. Art O ObsMob-BH possui as seguintes atribuições: I - definir e rever os indicadores de desempenho a serem tomados como referência para o monitoramento e a avaliação do PlanMob-BH; II - consolidar e permitir acesso amplo e democrático às informações sobre o sistema de mobilidade urbana no Município; III - elaborar e divulgar balanço anual relativo à implantação do PlanMob-BH e seus resultados; IV - promover ações individuais e coletivas de reconhecimento, voltadas para estudos, pesquisas e divulgação de resultados; V - contribuir para a realização dos diagnósticos e prognósticos a serem desenvolvidos com vistas à elaboração das revisões do PlanMob-BH; VI - elaborar e aprovar, a partir de proposta encaminhada pela BHTrans, seu Regimento Interno, que deverá ser formalizado por meio de Portaria da entidade descentralizada. Art O ObsMob-BH, sob coordenação da BHTrans, será constituído por grupo de observadores integrado por instituições da sociedade civil, que deverão acompanhar os resultados e contribuir para os estudos e ações voltados para a construção da política de mobilidade urbana sustentável. 1º - As instituições interessadas em participar das reuniões do grupo de observadores deverão se comprometer com os princípios, diretrizes, objetivos e metas da Política Municipal de Mobilidade Urbana expressos na Lei nº , de 18 de março de 2011, e neste Decreto. 2º - Cada instituição participante do ObsMob-BH poderá indicar 2 (dois) representantes, titular e suplente, para participarem do grupo de observadores. 3º - Será garantido acesso amplo e democrático às reuniões e eventos do ObsMob-BH, bem como às informações sobre o sistema de mobilidade urbana do Município de Belo Horizonte. Seção II Da Revisão do PlanMob-BH Art As revisões periódicas do PlanMob-BH serão precedidas da realização de diagnóstico e de prognóstico do sistema de mobilidade urbana do Município, e deverão contemplar minimamente: I - análise da situação do sistema municipal de mobilidade urbana em relação aos modos, aos serviços e à infraestrutura de transporte no território do Município, à luz dos objetivos estratégicos estabelecidos, incluindo a avaliação do progresso dos indicadores de desempenho;

319 600 II - avaliação de tendências do sistema de mobilidade urbana, por meio da construção de cenários que deverão considerar horizontes de curto, médio e longo prazo. 1º - A avaliação do progresso dos indicadores de desempenho a que se refere o inciso I deste artigo deverá levar em consideração os relatórios anuais de balanço relativos à implantação do PlanMob-BH e seus resultados, realizados pelo ObsMob-BH. 2º - A elaboração do diagnóstico e do prognóstico a que se refere o caput deste artigo compete à BHTrans. Art As revisões do PlanMob-BH terão periodicidade de 4 (quatro) anos e serão realizadas conjuntamente com o processo de revisão do Plano Diretor de Belo Horizonte, incluindo ampla e democrática discussão nas Conferências Municipais de Políticas Urbanas, nos termos da legislação urbanística em vigor. Seção III Da Participação da Sociedade Civil no Planejamento, Fiscalização e Avaliação do PlanMob-BH Art Sem prejuízo dos instrumentos de participação da sociedade civil no planejamento, na fiscalização e na avaliação do PlanMob-BH já definidos neste Decreto, outros instrumentos poderão ser adotados, tais como: I - órgãos colegiados com a participação de representantes do Poder Executivo, da sociedade civil e dos operadores dos serviços de transporte; II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão do sistema municipal de mobilidade urbana; III - audiências públicas; IV - consultas públicas. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art Os relatórios técnicos que integram o PlanMob-BH serão disponibilizados na página eletrônica da BHTrans, bem como outras informações referentes ao sistema de mobilidade urbana em Belo Horizonte. Art A BHTrans deverá realizar, no prazo de 18 (dezoito) meses contados a partir da publicação deste Decreto: I - a consolidação e a divulgação estudos relativos aos polos geradores de impacto, com identificação de padrões para estabelecimento de medidas mitigadoras, a partir da análise dos impactos e medidas dos empreendimentos implantados no Município de Belo Horizonte; II - proposta de política de estacionamento para o Município de Belo Horizonte; III - proposta de política de logística urbana, a incluir as plataformas de logística urbana; IV - estudos relativos às necessidades de adaptações do PlanMob-BH a partir da aprovação dos Planos Diretores Regionais e do Plano de Redução de Gases de Efeito Estufa - PREGEE; V - proposta de política de segurança no trânsito. Art O PlanMob-BH e o diagnóstico do sistema de mobilidade urbana utilizado como referencial para a sua elaboração serão disponibilizados na página eletrônica da BHTrans. Art A BHTrans poderá editar outros atos normativos com o objetivo de garantir a eficácia e efetividade das disposições do PlanMob-BH. LEI Nº , DE 12 DE JANEIRO DE 2011 Estabelece regras para o parcelamento de créditos tributários, fiscais e de preços públicos; altera o caput do 2º do art. 1º da Lei nº 7.640/99; cria o Conselho Administrativo de Recursos Tributários do Município; estabelece o regime para acordo direto com credores de precatórios, e dá outras providências.

320 601 O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os créditos tributários, fiscais e os preços públicos do Município poderão ser parcelados, observadas as condições fixadas nesta Lei e em regulamento específico. Art. 2º - Poderão ser parcelados os créditos tributários, os créditos fiscais e os preços públicos: I - inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou não; II - que tenham sido objeto de notificação ou autuação; III - denunciados pelo contribuinte para fins de parcelamento. Parágrafo único - É vedado o parcelamento na forma desta Lei: II - do ISSQN de autônomos, das taxas municipais e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU -, no mesmo exercício a que se referirem os lançamentos, salvo quando o débito for inscrito em dívida ativa no curso do exercício, no interesse da Fazenda Municipal; Art. 3º - Os créditos objeto de parcelamento compreendem o valor principal, a atualização monetária, os juros e as multas incidentes até a data da concessão do benefício. Parágrafo único - Os créditos tributários, fiscais e os preços públicos parcelados ficarão sujeitos, a partir da concessão do benefício: I - à atualização, no dia 1º de janeiro de cada exercício, efetuada com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial IPCA-E, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, acumulada nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao da atualização; II - à incidência de juros de 1% (um por cento) ao mês sobre o valor atualizado do crédito parcelado, incidente no primeiro dia de cada mês subsequente à concessão do benefício. LEI Nº , DE 12 DE ABRIL DE 2011 Dispõe sobre a criação do sistema cicloviário do Município e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica criado o sistema cicloviário do Município, integrado ao sistema municipal de transportes e demais equipamentos. Art. 2º - São objetivos do sistema cicloviário criado pelo art. 1º: I - alcançar a utilização segura das bicicletas como veículo de transporte, com condições de segurança adequadas; II - promover a conscientização ecológica; III - abrandar a poluição atmosférica; IV - reduzir a poluição sonora; V - diminuir os congestionamentos causados pelo excessivo número de veículos automotores circulantes na cidade. Art. 3º - O sistema cicloviário do Município será constituído de: I - rede viária própria para o transporte por meio de bicicletas, formada por ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, bem como a sinalização adequada; II - locais destinados ao estacionamento de bicicletas; III - espaço cicloviário, constituído do espaço destinado ao trânsito de bicicletas. Art. 4º - Para os efeitos desta Lei, consideram-se I - ciclovia: a via aberta à utilização pública, caracterizada como pista destinada para trânsito exclusivo de bicicletas, separada da via pública de tráfego motorizado e da área destinada a pedestres; II - ciclofaixa: a via aberta à utilização pública, caracterizada como pista destinada para trânsito exclusivo de bicicletas, demarcada na pista de rolamento ou nas calçadas;

321 602 III faixa compartilhada: a via aberta à utilização pública, caracterizada como pista compartilhada com o trânsito de veículos motorizados, bicicletas e pedestres, sendo preferencial ao pedestre quando demarcada na calçada e à bicicleta quando demarcada na pista de rolamento, desde que tecnicamente viável; IV - estacionamento de bicicletas: local público munido de equipamento ou dispositivo de guarda de bicicletas que sirva como ponto de apoio ao ciclista. Art. 9º - O poder público promoverá programas educativos, dirigidos a orientar e conscientizar motoristas, pedestres e ciclistas quanto ao uso da bicicleta, do sistema cicloviário e das regras de segurança a serem compartilhadas entre eles. LEI Nº , DE 6 DE MAIO DE 2011 Institui a Política Municipal de Mitigação dos Efeitos da Mudança Climática. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS, CONCEITOS E DIRETRIZES Seção I Dos Princípios Art. 1º - A Política Municipal de Mitigação dos Efeitos da Mudança Climática atenderá aos seguintes princípios: I - prevenção, que deve orientar as políticas públicas; II - precaução, segundo a qual a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar medidas de combate ao agravamento do efeito estufa; III - responsabilização do poluidor, segundo a qual o poluidor deve arcar com o ônus do dano ambiental decorrente da poluição, evitando-se a transferência desse custo para a sociedade; IV - responsabilização do usuário, segundo a qual o usuário do recurso natural deve arcar com os custos de sua utilização, para que esse ônus não recaia sobre a sociedade nem sobre o poder público; V - apoio ao protetor, segundo o qual são transferidos recursos ou benefícios para as pessoas, grupos ou comunidades cujo modo de vida ou ação auxiliem na conservação do meio ambiente, garantindo que a natureza preste serviços ambientais à sociedade; VI - responsabilização comum, porém diferenciada, segundo a qual a contribuição de cada um para o esforço de mitigação deve ser dimensionada de acordo com sua respectiva responsabilidade pelos impactos da mudança climática; VII - abordagem holística, levando-se em consideração os interesses locais, regionais, nacionais e globais e, especialmente, os direitos das futuras gerações; VIII - internalização no âmbito dos empreendimentos, dos seus custos sociais e ambientais; IX - direito de acesso à informação, participação da sociedade no processo de tomada de decisão e acesso à justiça nos temas relacionados à mudança climática. Seção II Dos Conceitos Art. 2º - Para os fins previstos nesta Lei, em conformidade com os acordos internacionais sobre o tema e os documentos científicos que os fundamentam, são adotados os seguintes conceitos: I - adaptação: conjunto de iniciativas e estratégias que permitem a adaptação, nos sistemas naturais ou criados pelos homens, a um novo ambiente, em resposta à mudança climática atual ou esperada; II - adicionalidade: critério ou conjunto de critérios para que determinada atividade ou projeto de mitigação de emissões de gases de efeito estufa represente a redução de emissões desses gases ou o aumento de remoções de dióxido de carbono de forma adicional ao que ocorreria na ausência de determinada atividade; III - análise do ciclo de vida: exame do ciclo de vida de produto, processo, sistema ou função, visando a identificar seu impacto ambiental no decorrer de sua existência, incluindo desde a extração do recurso

322 603 natural, seu processamento para transformação em produto, transporte, consumo, uso, reutilização, reciclagem, até sua disposição final; IV - avaliação ambiental estratégica: conjunto de instrumentos para incorporar a dimensão ambiental, social e climática no processo de planejamento e implementação de políticas públicas; V - biogás: mistura gasosa composta principalmente de metano (CH4) e gás carbônico (CO2), além de vapor d água e outras impurezas, que constitui efluente gasoso comum dos aterros sanitários, lixões, lagoas anaeróbias de tratamento de efluentes e reatores anaeróbios de esgotos domésticos, efluentes industriais ou resíduos rurais, com poder calorífico aproveitável, que pode ser usada energeticamente; VI - ecoponto: área destinada a transbordo e triagem de resíduos; VII - emissões: liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera, em área específica e período determinado; VIII - evento climático extremo: evento raro em função de sua frequência estatística em determinado local; IX - fonte: processo ou atividade que libera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa na atmosfera; X - gases de efeito estufa: constituintes gasosos da atmosfera, naturais e antrópicos, que absorvem e reemitem radiação infravermelha, identificados pela sigla GEE; XI - linha de base: cenário para atividade de redução de emissões de gases de efeito estufa, o qual representa, de forma razoável, as emissões antrópicas que ocorreriam na ausência dessa atividade; XII - mecanismo de desenvolvimento limpo: um dos mecanismos de flexibilização criado pelo Protocolo de Quioto, com o objetivo de assistir as partes não incluídas no Anexo I da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ao cumprimento de suas obrigações constantes do Protocolo, mediante fornecimento de capital para financiamento a projetos que visem à mitigação das emissões de gases de efeito estufa em países em desenvolvimento, na forma de sumidouros, investimentos em tecnologias mais limpas, eficiência energética e fontes alternativas de energia; XIII - mitigação: ação humana para reduzir as fontes ou ampliar os sumidouros de gases de efeito estufa; XIV - mudança climática: mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis; XV - reservatórios: componentes do sistema climático nos quais ficam armazenados gás de efeito estufa ou precursor de gás de efeito estufa; XVI - serviços ambientais: serviços proporcionados pela natureza à sociedade, decorrentes da presença de vegetação, biodiversidade, permeabilidade do solo, estabilização do clima, água limpa, entre outros; XVII - sumidouro: qualquer processo, atividade ou mecanismo, incluindo a biomassa e, em especial, florestas e oceanos, que tenha a propriedade de remover gases de efeito estufa, aerossóis ou precursores de gases de efeito estufa da atmosfera; XVIII - vulnerabilidade: grau em que um sistema é suscetível ou incapaz de absorver os efeitos adversos da mudança climática, incluindo a variação e os extremos climáticos, em função da característica, magnitude e grau de variação climática ao qual um sistema é exposto, da sua sensibilidade e da capacidade de adaptação. Seção III Das Diretrizes Art. 3º - A Política Municipal de Mitigação dos Efeitos da Mudança Climática deve ser implementada de acordo com as seguintes diretrizes: I - formulação, adoção e implementação de planos, programas, políticas, metas e ações restritivas ou incentivadoras, envolvendo os órgãos públicos, incluindo parcerias com a sociedade civil; II - promoção de cooperação com todas as esferas de governo, organizações multilaterais, organizações não governamentais, empresas, institutos de pesquisa e demais atores relevantes para a implementação desta Política; III - promoção do uso de energias renováveis e substituição gradual dos combustíveis fósseis por outros com menor potencial de emissão de gases de efeito estufa, excetuada a energia nuclear; IV - formulação e integração de normas de planejamento urbano e uso do solo, com a finalidade de estimular a mitigação de gases de efeito estufa e promover estratégias de adaptação aos seus impactos; V - distribuição de usos e intensificação do aproveitamento do solo de forma equilibrada em relação à infraestrutura e aos equipamentos, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar sua ociosidade ou sobrecarga e a otimizar os investimentos coletivos, aplicando-se o conceito de cidade compacta; VI - promoção da avaliação ambiental estratégica dos planos, programas e projetos públicos e privados no Município, com a finalidade de incorporar a dimensão climática nos mesmos;

323 604 VII - apoio à pesquisa, ao desenvolvimento, à divulgação e à promoção do uso de tecnologias de combate à mudança climática e das medidas de adaptação e mitigação dos respectivos impactos, com ênfase na conservação de energia; VIII - proteção e ampliação dos sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa; IX - adoção de procedimentos de aquisição de bens e contratação de serviços pelo poder público municipal com base em critérios de sustentabilidade; X - estímulo à participação pública e privada nas discussões nacionais e internacionais de relevância sobre o tema das mudanças climáticas; XI - utilização de instrumentos econômicos, tais como isenções, subsídios, incentivos tributários e financiamentos, visando à mitigação de emissões de gases de efeito estufa. CAPÍTULO II DO OBJETIVO Art. 4º - A Política Municipal de Mitigação dos Efeitos da Mudança Climática tem por objetivo assegurar a contribuição do Município no cumprimento dos propósitos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático, em prazo suficiente para permitir aos ecossistemas uma adaptação natural à mudança do clima e assegurar que a produção de alimentos não seja ameaçada, bem como permitir que o desenvolvimento econômico prossiga de maneira sustentável. CAPÍTULO III DA META Art. 5º - Para a consecução do objetivo da Política ora instituída, fica estabelecida, no prazo de até 4 (quatro) anos da publicação desta Lei, uma meta de redução de 30% (trinta por cento) das emissões antrópicas agregadas oriundas do Município, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Protocolo de Quioto em relação a patamar expresso em estudo a ser realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Parágrafo único - O Executivo deverá realizar e divulgar amplamente relatórios parciais sobre os resultados observados no estudo climático e a relação dos mesmos com as metas propostas pelo Protocolo de Quioto. CAPÍTULO IV DAS ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO Seção I Dos Transportes Art. 6º - As políticas de mobilidade urbana deverão incorporar medidas para a mitigação dos gases de efeito estufa, bem como de outros poluentes, com foco na racionalização e redistribuição da demanda pelo espaço viário, melhoria da fluidez do tráfego e diminuição dos picos de congestionamento, promovendo, nessas áreas, as seguintes medidas: I - de gestão e planejamento: a) internalização da dimensão climática no planejamento da malha viária e da oferta dos diferentes modais de transporte; b) instalação de sistemas inteligentes de tráfego para veículos e rodovias, objetivando reduzir congestionamentos e consumo de combustíveis; c) promoção de medidas estruturais e operacionais para melhoria das condições de mobilidade nas áreas afetadas por polos geradores de tráfego; d) estímulo à implantação de entrepostos e terminais multimodais de carga preferencialmente nos limites dos principais entroncamentos rodoferroviários da cidade, instituindo-se redes de distribuição capilar de bens e produtos diversos; e) monitoramento e regulamentação da movimentação e do armazenamento de cargas, privilegiando-se o horário noturno, com restrições e controle do acesso à Zona Central de Belo Horizonte ZCBH e em especial à Zona Hipercentral ZHIP, nos termos da Lei n 7.166, de 28 de agosto de 1996 Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II - referentes aos modais:

324 605 a) ampliação da oferta de transporte público e estímulo ao uso de meios de transporte com menor potencial poluidor e emissor de gases de efeito estufa, com ênfase na rede ferroviária, metroviária e outros meios de transporte utilizadores de combustíveis renováveis; b) estímulo ao transporte não motorizado, com ênfase na implementação de infraestrutura e medidas operacionais para incentivar o deslocamento a pé e o uso da bicicleta, valorizando-se a articulação entre modais de transporte; c) implantação de medidas de atração do usuário de automóvel para a utilização de transporte coletivo; d) implantação de corredores segregados e faixas exclusivas de ônibus coletivos, e, na impossibilidade desta implantação por falta de espaço, medidas operacionais que priorizem a circulação dos ônibus, nos horários de pico, nos corredores do viário estrutural; e) regulamentação da circulação, parada e estacionamento de ônibus fretados, e criação de bolsões de estacionamento ao longo do sistema metroviário; III - referentes ao tráfego: a) planejamento e implantação de faixas exclusivas para veículos, com taxa de ocupação igual ou superior a 2 (dois) passageiros, nas rodovias e vias principais ou expressas; b) estabelecimento de programas e incentivos para caronas solidárias ou transporte compartilhado; c) reordenamento e escalonamento de horários e períodos de atividades públicas e privadas; IV - referentes às emissões: a) determinação de critérios de sustentabilidade ambiental e de estímulo à mitigação de gases de efeito estufa na aquisição de veículos da frota do poder público municipal e na contratação de serviços de transporte; b) promoção de conservação e uso eficiente de energia nos sistemas de trânsito; c) estabelecimento de limites e metas de redução progressiva e promoção de monitoramento de emissão de gases de efeito estufa para o sistema de transporte do Município; d) interação com a União e entendimento com as autoridades competentes para o estabelecimento de padrões e limites para emissão de gases de efeito estufa proveniente de atividades de transporte aéreo no Município, de acordo com os padrões internacionais, bem como a implementação de medidas operacionais compensadoras e mitigadoras. Seção II Da Energia Art. 7º - Serão objeto de execução coordenada entre os órgãos do poder público municipal as seguintes medidas: I - criação de incentivos, por lei, para a geração de energia descentralizada no Município, a partir de fontes renováveis; II - promoção de esforços em todas as esferas de governo para a eliminação dos subsídios aos combustíveis fósseis e a criação de incentivos à geração e ao uso de energia renovável; III - promoção e adoção de programas de eficiência energética e energias renováveis em edificações, indústrias e transportes; IV - promoção e adoção de programa de rotulagem de produtos e processos eficientes, sob o ponto de vista energético e de mudança climática; V - criação de incentivos fiscais e financeiros, por lei, para pesquisas relacionadas à eficiência energética e ao uso de energias renováveis em sistemas de conversão de energia; VI - promoção do uso dos melhores padrões de eficiência energética e do uso de energias renováveis na iluminação pública. Seção III Do Gerenciamento de Resíduos Art. 8º - Serão objeto de execução conjunta entre órgãos do poder público municipal a promoção de medidas e o estímulo a: I - minimização da geração de resíduos urbanos, esgotos domésticos e efluentes industriais; II - reciclagem ou reuso de águas pluviais, resíduos urbanos, esgotos domésticos e efluentes industriais; III - tratamento e disposição final de resíduos, preservando as condições sanitárias e promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa. Art. 9º - Os empreendimentos de alta concentração ou circulação de pessoas, como grandes condomínios comerciais ou residenciais, shopping centers, centros varejistas, dentre outros conglomerados, deverão instalar equipamentos e manter programas de coleta seletiva de resíduos

325 606 sólidos, para a obtenção da certidão de Baixa e Habite-se e o alvará de Localização e Funcionamento, devendo os órgãos públicos fazer o acompanhamento do desempenho desses programas. Parágrafo único - Os órgãos públicos municipais responsáveis definirão os parâmetros técnicos a serem observados para os equipamentos e programas de coleta seletiva. Art O Município deverá adotar medidas de controle e redução progressiva das emissões de gases de efeito estufa provenientes de estações de tratamento dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos. Art O poder público municipal e o setor privado devem coibir o uso de sacolas plásticas ou não biodegradáveis, bem como de embalagens excessivas ou desnecessárias, no âmbito do Município, nos termos da Lei nº 9.529, de 28 de fevereiro de Seção IV Da Saúde Art O Executivo deverá investigar e monitorar os fatores de risco à vida e à saúde decorrentes da mudança climática e implementar as medidas necessárias de prevenção e tratamento, de modo a evitar ou minimizar seus impactos sobre a saúde pública. Art Cabe ao Executivo, sob a coordenação de órgão público municipal responsável, sem prejuízo de outras medidas: I - realizar campanhas de esclarecimento sobre as causas, efeitos e formas de se evitar e tratar as doenças relacionadas à mudança climática e à poluição veicular; II - promover, incentivar e divulgar pesquisas relacionadas aos efeitos da mudança climática e da poluição do ar sobre a saúde e o meio ambiente; III - adotar procedimentos direcionados de vigilância ambiental, epidemiológica e entomológica em locais e em situações selecionadas, com vistas à detecção rápida de sinais de efeitos biológicos de mudança climática; IV - aperfeiçoar programas de controle de doenças infecciosas de ampla dispersão, com altos níveis de endemicidade e sensíveis ao clima, especialmente a malária e a dengue; V - treinar a defesa civil e criar sistemas de alerta rápido para o gerenciamento dos impactos sobre a saúde decorrentes da mudança climática. Seção V Da Construção Art As edificações novas a serem construídas no Município deverão obedecer a critérios de eficiência energética, sustentabilidade ambiental, qualidade e eficiência de materiais, conforme definições em regulamentos específicos. Art As construções existentes, quando submetidas a projetos de reforma e ampliação, deverão obedecer a critérios de eficiência energética, arquitetura sustentável e sustentabilidade de materiais, conforme definições em regulamentos específicos. Art O poder público municipal deverá introduzir os conceitos de eficiência energética e ampliação de áreas verdes nas edificações de habitação popular por ele desenvolvidas. Art O projeto básico de obras e serviços de engenharia contratados pelo Município que envolvam o uso de produtos e subprodutos de madeira somente poderá ser aprovado pela autoridade competente caso contemple, de forma expressa, a obrigatoriedade do emprego de produtos e subprodutos de madeira de origem exótica, ou de origem nativa que tenha procedência legal. 1º - A exigência prevista no caput deste artigo deverá constar de forma obrigatória como requisito para a elaboração do projeto executivo.

326 607 2º - Nos editais de licitação de obras e serviços de engenharia que utilizem produtos e subprodutos de madeira contratados pelo Município, deverá constar da especificação do objeto o emprego de produtos e subprodutos de madeira de origem exótica, ou de origem nativa que tenha procedência legal. 3º - Para efeito da fiscalização a ser efetuada pelo poder público municipal, quanto à utilização de madeira de origem exótica ou de origem nativa que tenha procedência legal, o contratado deverá manter em seu poder os respectivos documentos comprobatórios. 4º - Os órgãos municipais competentes deverão exigir, no momento da assinatura dos contratos de que trata este artigo, a apresentação, pelos contratantes, de declaração, firmada sob as penas da lei, do compromisso de utilização de produtos e subprodutos de madeira de origem exótica, ou de origem nativa que tenha procedência legal. Seção VI Do Uso do Solo Art A sustentabilidade da aglomeração urbana deverá ser estimulada pelo poder público municipal, norteada pelo princípio geral de plena utilização da infraestrutura urbana e materializada por meio das seguintes metas: I - redução dos deslocamentos por meio da melhor distribuição da oferta de emprego e trabalho na cidade; II - promoção da distribuição de usos e da intensidade de aproveitamento do solo de forma equilibrada em relação à infraestrutura, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar sua ociosidade ou sobrecarga e otimizar os investimentos públicos; III - estímulo à ocupação de área já urbanizada, dotada de serviços, infraestrutura e equipamentos, de forma a otimizar o aproveitamento da capacidade instalada com redução de custos; IV - estímulo à reestruturação e requalificação urbanística e ambiental para melhor aproveitamento de áreas dotadas de infraestrutura em processo de esvaziamento populacional, com potencialidade para atrair novos investimentos. Art O poder público deverá, com auxílio do setor privado e da sociedade, promover: I - a requalificação de áreas habitacionais insalubres e de risco, visando a oferecer condições de habitabilidade para a população moradora e evitar ou minimizar os riscos decorrentes de eventos climáticos extremos; II - a recuperação de áreas de preservação permanente, especialmente as de várzeas, visando a evitar ou minimizar os riscos decorrentes de eventos climáticos extremos. Art No licenciamento de empreendimentos, observada a legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo, deverá ser reservada área permeável sobre terreno natural, visando à absorção de emissões de carbono, à constituição de zona de absorção de águas, à redução de zonas de calor, à qualidade de vida e à melhoria da paisagem. Art O poder público municipal implantará programa de recuperação de áreas degradadas em áreas de proteção aos mananciais e em áreas de preservação permanente, com o fim de criação de sumidouros de carbono, garantia da produção de recursos hídricos e proteção da biodiversidade. Art O poder público municipal promoverá a arborização das vias públicas e a requalificação dos passeios públicos, com vistas a ampliar sua área permeável, para a consecução dos objetivos desta Lei. CAPÍTULO V DOS INSTRUMENTOS Seção I Dos Instrumentos de Informação e Gestão Art O Executivo publicará, a cada ano, um documento de comunicação contendo estudo de emissões antrópicas por fontes e de remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa em seu território, bem como informações sobre as medidas executadas para mitigar e permitir adaptação à mudança climática, utilizando metodologias internacionalmente aceitas.

327 608 Parágrafo único - O poder público municipal, com o apoio dos órgãos especializados, deverá implementar banco de dados para o acompanhamento e controle das emissões de gases de efeito estufa. Art O poder público municipal estimulará o setor privado na elaboração de inventários de emissões antrópicas por fontes e de remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa, bem como a comunicação e publicação de relatórios sobre medidas executadas para mitigar e permitir a adaptação adequada à mudança climática, com base em metodologias internacionais aceitas. Art O Executivo divulgará anualmente dados relativos ao impacto das mudanças climáticas sobre a saúde pública e as ações promovidas na área da saúde, no âmbito do Município. Art O Executivo disponibilizará banco de informações sobre projetos de mitigação de emissões de gases de efeito estufa passíveis de implementação no Município e de habilitação ao utilizar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a fim de serem beneficiados no Mercado de Carbono decorrente do Protocolo de Quioto e de outros mercados similares. Seção II Dos Instrumentos de Comando e Controle Art As licenças ambientais de empreendimentos com significativa emissão de gases de efeito estufa serão condicionadas à apresentação de um plano de mitigação de emissões e medidas de compensação, devendo, para tanto, os órgãos competentes estabelecer os respectivos padrões. Parágrafo único - O Executivo promoverá a necessária articulação com os órgãos de controle ambiental estadual e federal para a aplicação desse critério nas licenças de sua competência. Seção III Dos Instrumentos Econômicos Art O Executivo poderá reduzir alíquotas de tributos ou promover renúncia fiscal para a consecução dos objetivos desta Lei, mediante aprovação de lei específica. Art O Executivo definirá fatores de redução de Outorga Onerosa de Potencial Construtivo Adicional para empreendimentos que promovam o uso de energias renováveis, utilizem equipamentos, tecnologias ou medidas que resultem em redução significativa das emissões de gases de efeito estufa ou ampliem a capacidade de sua absorção ou armazenamento. Art O Executivo promoverá a renegociação das dívidas tributárias de empreendimentos e ações que resultem em redução significativa das emissões de gases de efeito estufa ou ampliem a capacidade de sua absorção ou armazenamento, conforme critérios e procedimentos a serem definidos em lei específica. Art O Executivo definirá fatores de redução dos impostos municipais incidentes sobre projetos de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, em particular aqueles que utilizem o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a fim de serem beneficiados pelo Mercado de Carbono decorrente do Protocolo de Quioto e de outros mercados similares, conforme critérios e procedimentos a serem definidos em lei específica. Art O poder público estabelecerá compensação econômica, com vistas a desestimular as atividades com significativo potencial de emissão de gases de efeito estufa. Art O poder público municipal estabelecerá critérios e procedimentos para a elaboração de projetos de neutralização e compensação de carbono no território do Município. Art O poder público municipal estabelecerá, por lei específica, mecanismo de pagamento por serviços ambientais para proprietários de imóveis que promoverem a recuperação, manutenção, preservação ou conservação ambiental em suas propriedades, mediante a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN - ou atribuição de caráter de preservação permanente em parte das propriedades, destinadas à promoção dos objetivos desta Lei.

328 609 1º - A propriedade declarada, no todo ou em parte, de preservação ambiental ou RPPN poderá receber incentivo da administração municipal, passível de utilização para pagamento de tributos municipais, lances em leilões de bens públicos municipais ou serviços prestados pela Prefeitura Municipal em sua propriedade. 2º - O pagamento por serviços ambientais somente será disponibilizado ao proprietário ou legítimo possuidor após o primeiro ano em que a área tiver sido declarada como de preservação ambiental ou RPPN. 3º - Os órgãos municipais competentes prestarão orientação técnica gratuita aos proprietários interessados em declarar terrenos localizados no Município como de preservação ambiental ou RPPN. 4º - O proprietário ou legítimo possuidor que declarar terreno localizado no Município como de preservação ambiental ou RPPN terá prioridade na apreciação de projetos de restauro ou recuperação ambiental. Seção IV Das Contratações Sustentáveis Art As licitações e os contratos administrativos celebrados pelo Município deverão incorporar critérios ambientais nas especificações dos produtos e serviços, com ênfase particular aos objetivos desta Lei. Art O Executivo, em articulação com entidades de pesquisa, divulgará critérios de avaliação da sustentabilidade de produtos e serviços. Seção V Da Educação, Comunicação e Disseminação Art Cabe ao poder público municipal, com a participação e colaboração da sociedade civil organizada, realizar programas e ações de educação ambiental, em linguagem acessível e compatível com diferentes públicos, com o fim de conscientizar a população sobre as causas e os impactos decorrentes da mudança climática, enfocando, no mínimo, os seguintes aspectos: I - causas e impactos da mudança climática; II - vulnerabilidades do Município e de sua população; III - medidas de mitigação do efeito estufa; IV - mercado de carbono. Seção VI Da Defesa Civil Art O poder público municipal adotará programa permanente de defesa civil e auxílio à população, voltado à prevenção de danos, ajuda aos necessitados e reconstrução de áreas atingidas por eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas. Art O poder público municipal instalará sistema de previsão de eventos climáticos extremos e alerta rápido para atendimento das necessidades da população, em virtude das mudanças climáticas. CAPÍTULO VI DA ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL Art Fica instituído o Comitê Municipal de Mudança Climática e Ecoeconomia, órgão colegiado e consultivo, com o objetivo de apoiar a implementação da Política ora instituída, contando com a representação do poder público municipal, do governo estadual, da sociedade civil, do setor empresarial e do acadêmico. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

329 610 Art Os projetos que proporcionem reduções de emissões líquidas e que sejam sujeitos ao licenciamento ambiental terão prioridade de apreciação, no âmbito do respectivo processo administrativo, pelo órgão ambiental competente. Art O inventário, a inspeção, a manutenção e o controle das emissões de gases de efeito estufa e poluentes de motocicletas serão objeto de programa específico, a ser implementado a partir da aprovação desta Lei, para adequação da frota de motocicletas a seus princípios e diretrizes, observada a legislação federal vigente. Art O poder público municipal implementará programa obrigatório de coleta seletiva de resíduos no Município, bem como promoverá a instalação de ecopontos, em cada uma das regionais da Cidade, no prazo de 2 (dois) anos, a contar da entrada em vigor desta Lei. Art Os programas, contratos e autorizações municipais de transportes públicos devem considerar a redução progressiva do uso de combustíveis fósseis, ficando adotada meta progressiva de redução de, pelo menos, 10% (dez por cento) a cada ano, a partir da publicação desta Lei. LEI Nº , DE 9 DE JANEIRO DE 2012 Altera as leis nºs 5.492/88, 9.010/04, 9.814/10, 9.959/10 e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os empreendimentos habitacionais de interesse social a serem implantados no Município de Belo Horizonte enquadram-se em duas faixas distintas: I - faixa I: empreendimentos voltados para beneficiários com renda familiar mensal de até 3 (três) salários mínimos, com valor da unidade habitacional estipulado pelo Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV; II - faixa II: empreendimentos voltados para beneficiários com renda familiar mensal acima de 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos, com o valor da unidade habitacional limitado a R$ ,91 (cento e seis mil e cinqüenta e oito reais e noventa e um centavos). 1º - Os valores previstos para a faixa I poderão ser acrescidos de subsídio estipulado pelo Executivo. 2º - Os valores previstos para as faixas I e II serão atualizados anualmente pelo Executivo, tendo como limite os valores estipulados pelo PMCMV para cada faixa. 3º - Até 20% (vinte por cento) das unidades da faixa II, em um mesmo empreendimento, poderão ser de valor superior ao limite previsto no inciso II do caput deste artigo, desde que atendam aos limites previstos pela Caixa Econômica Federal para o PMCMV. 4º - A indicação de famílias da faixa I é de responsabilidade do Executivo, observado o disposto no art. 15 da Lei nº 9.814, de 18 de janeiro de º - O Executivo terá prioridade na indicação dos beneficiários das unidades habitacionais destinadas à faixa II, devendo fazê-lo no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, contados da emissão do Alvará de Construção para o empreendimento, observado o disposto no art. 15 da Lei nº 9.814/10. Art Para terrenos localizados em AEIS com área total inferior a m² (mil e duzentos metros quadrados), fica dispensada a vinculação à proporção introduzida pelo art. 15 desta lei. LEI Nº , DE 12 DE JANEIRO DE 2012 Institui o Estatuto do Pedestre. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

330 611 Art. 1º - Fica instituído o Estatuto do Pedestre, que dispõe sobre direitos e deveres do pedestre no uso do espaço público, na forma desta lei. 1º - Na aplicação desta lei, o pedestre será considerado em suas especificidades relativamente à sua faixa etária, ao seu porte físico, à sua capacidade auditiva, visual e de locomoção. 2º - Os direitos e deveres estabelecidos nesta lei estendem-se à pessoa que transita em cadeira de rodas. Art. 2º - O pedestre tem direito a: I - priorização de sua condição de pedestre no planejamento da paisagem, do mobiliário e do tráfego urbanos; II - segurança, conforto e tranqüilidade; III - ambiente limpo e saudável; IV - conservação adequada dos equipamentos públicos e do mobiliário urbano; V - sistemas contínuos de circulação a pé ou em cadeira de rodas; VI - educação para o comportamento no trânsito; VII - sistema de sinalização eficiente; VIII - sinalização que lhe permita a travessia de via de um lado a outro, sem interrupção; IX - alerta contra risco à sua integridade; X - instalações sanitárias de uso gratuito; XI - abrigos contra intempéries; XII - zonas amplas, inseridas coerentemente dentro da organização geral do espaço urbano, que se configurem oásis de pedestres, para circulação exclusiva desses; XIII - informação sobre: a) locais públicos para a prática de esportes; b) acesso a serviços de utilidade pública; c) condições de iluminação, pavimentação, conservação e escoamento de água pluvial dos logradouros públicos; d) índices de ocorrência de acidentes, assaltos e violência física nos logradouros públicos; e) melhores rotas para deslocamento e roteiros turísticos, a serem desenvolvidos a pé, em cadeira de rodas ou por meio do transporte público, incluindo-se os tipos de informação previstos nas alíneas a, b, c e d deste inciso; XIV - comunicação de suas reclamações e denúncias ao poder público. Art. 3º - São deveres do pedestre: I - comportar-se de modo a não impedir terceiros do exercício dos direitos previstos no art. 2º desta lei; II - atender à sinalização de trânsito; III - proceder de modo respeitoso relativamente ao motorista e ao tráfego de veículos. LEI Nº , DE 5 DE JULHO DE 2013 Disciplina o parcelamento, a ocupação e o uso do solo em imóveis de propriedade pública situados em AEIS-1. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Esta lei disciplina o parcelamento, a ocupação e o uso do solo em imóveis de propriedade pública situados em Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1. Art. 2º - Nas glebas de propriedade pública situadas em AEIS-1, somente será admitido o parcelamento vinculado. Art. 3º - Aplicam-se aos terrenos de propriedade pública situados em AEIS-1 os parâmetros urbanísticos previstos no Anexo II desta lei. Art. 4º - Para os empreendimentos a serem implantados em terrenos de propriedade pública situados em AEIS-1, que sejam vinculados ao Programa Minha Casa, Minha Vida, fica dispensado o atendimento aos

331 612 parâmetros de dimensionamento mínimo dos ambientes e compartimentos previstos na Seção IV do Capítulo VI da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009, bem como no Anexo III da mesma lei, desde que garantido o atendimento aos parâmetros mínimos estipulados pela Caixa Econômica Federal. Art. 5º - Aos terrenos de propriedade pública situados em AEIS-1, não se aplica o disposto no art. 17 da Lei nº , de 9 de janeiro de Art. 6º - Aos terrenos de propriedade pública situados em AEIS-1, aplicam-se as demais disposições do Capítulo V do Título I da Lei nº 9.959, de 20 de julho de 2010, naquilo em que não contrariarem o disposto nesta lei. Art. 7º - São parte integrante desta lei: I - Anexo I - Acréscimos ao Anexo XIII da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996; II - Anexo II - Parâmetros urbanísticos aplicáveis aos terrenos de propriedade pública situados em AEIS- 1.

332 613 A versão em tamanho real do mapa encontra-se disponível para a consulta no seguinte link: a fbe44956e005b&metodo=detalhar

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