Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas

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1 Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas Relatório do Workshop e da Visita à operação da Fazenda da Toca Itirapina São Paulo 5 e 6 de maio de 2016 Plantio SAF com capim na entrelinha para formação de matéria-orgânica Muitos tentaram me desencorajar, alegando não ser possível produzir orgânico em escala. Mas topei o desafio. Hoje, tenho convicção de que é viável obter alimento bonito e saudável sem abrir mão da eficiência financeira. (Pedro Paulo Diniz)

2 Sumário SUMÁRIO EXECUTIVO... 3 Objetivo... 4 Workshop Pesquisa e Desenvolvimento Modelo Econômico Rede de Disseminação Externalidades Sementes e Mudas Cadeia de Valor Mercado Políticas Públicas Legalidade Aptidão Regional Investimento e Crédito Social / Educação A Fazenda da Toca SAF - Sistemas AgroFlorestais Manejo Agroflorestal Manejo do Solo Modelo de Negócio e Modelagem Financeira Participantes

3 Sumário Executivo O workshop Silvicultura com espécies nativas: desafios e oportunidades para uma nova economia florestal e a visita de campo realizados na Fazenda da Toca constituíram a terceira atividade de visita e análise dos primeiros três casos selecionados para criar massa crítica, identificar gargalos e mostrar a viabilidade do reflorestamento com espécies nativas para fins econômicos, dentro do contexto do projeto financiado pelo CIFF 1, Mobilizando Mercados para Capturar Carbono através de Projetos de Reflorestamento com Espécies Nativas para Fins Econômicos no Brasil, ou simplesmente VERENA Valoração Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas. Organizada pela Fazenda da Toca, em parceria com WRI 2 Brasil e IUCN 3, a atividade ocorreu entre 5 e 6 de maio de 2016 e contou com a participação de 56 pessoas em visita a campo e 52 no workshop, entre representantes de empresas privadas, organizações não governamentais, universidades, governo, Banco Mundial e especialistas da área. O objetivo da visita foi avaliar um empreendimento por meio de análise silvicultural e econômica para verificar a viabilidade do negócio do plantio de espécies nativas e a possibilidade de replicação do conceito para atender investidores em potencial. O workshop deu continuidade à discussão realizada nas duas visitas anteriores (Amata e Symbiosis). O resultado foi um aprimoramento dos temas definidos anteriormente como prioritários para que o reflorestamento com nativas para fins econômicos se concretize em larga escala. São eles: 1) Programa de pesquisa e tecnologia; 2) Modelagens econômicas; 3) Rede de conhecimento e disseminação; 4) Aprimoramento da mensuração e valoração das externalidades; 5) Produção de sementes e mudas; 6) Produtos e serviços da Cadeia de Valor; 7) Dimensionamento de mercado, oferta e demanda; 8) Políticas públicas; 9) Institucional / Legalidade; 10) Aptidão regional; 11) Captação de recursos; 12) Aspectos Sociais / Educação. 1 CIFF Children's Investment Fund Foundation 2 WRI World Resources Institute 3 IUCN International Union for Conservation of Nature 3

4 Objetivo O objetivo da visita foi conhecer a experiência de produção da Fazenda da Toca sobre os principais aspectos relacionados à viabilização de negócios de plantios de espécies nativas, no modelo de SAF 4, e gerar discussões sobre o tema, aproveitando o conhecimento dos participantes, representantes de diversas organizações. Workshop As plantações manejadas de forma intensiva encontram-se avançadas tecnologicamente e, hoje, oferecem melhores retornos financeiros comparados ao plantio de floresta com espécies nativas para fins econômicos. Hoje, o restauro florestal e as plantações florestais com espécies nativas enfrentam difícil visualização de mercado futuro, dúvidas em relação ao potencial produtivo, incertezas quanto às políticas públicas e aos riscos para o investidor. Diante desse contexto, é necessário adotar um processo de liderança e transformação para viabilizar o plantio e restauração econômica com espécies nativas. Iniciativas internacionais devem estimular esse ambiente de negócio. O Acordo de Paris, estruturado na COP 21, realizada no final do ano de 2015, reforça condições para o cumprimento das metas do Bonn Challenge, que é de restaurar 150 milhões de hectares de áreas desmatadas até 2020, a New York Declaration on Forest, que adiciona outros 200 milhões de hectares até 2030, e a INDC 5 brasileira, com a meta de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares até Essas metas funcionam como um gatilho para transformar em ganho de escala a restauração florestal no Brasil. Um dos objetivos do projeto VERENA é ajudar a criar massa crítica e gerar conhecimento para ajudar na transição do Business as Usual para uma economia de baixo carbono baseada em espécies florestais nativas, contribuindo assim para a criação de uma plataforma para novos projetos de uso da terra e retorno ao capital investido. Para o cumprimento da INDC, o Brasil tem como desafio: fortalecer o cumprimento Código Florestal, eliminar o desmatamento ilegal, compensar as emissões provenientes da supressão legal da vegetação e ampliar a escala de sistema de manejo sustentável de florestas nativas. Ainda dentro do contexto das mudanças climáticas, o Brasil possui outros potenciais alavancadores para uma economia de baixo carbono no uso da terra, como o PLANAVEG 6, que apresenta uma proposta preliminar de restauração em larga escala (12,5 milhões de hectares) e o próprio código florestal através do CAR 7 (10 a 20 milhões de hectares). Apesar de alguns estudos 8 apontarem que aproximadamente 50% da recuperação 4 SAF Sistema Agroflorestal 5 INDC - Intended Nationally Determined Contribution ou Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada. 6 Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa 7 Cadastro Ambiental Rural. 8 Agroícone Agenda pós CAR. 4

5 dessa área ocorre por regeneração natural, a oportunidade para reflorestamento com fins econômicos é real, mas sua escala é desafiadora. Para efeito de comparação, as florestas plantadas (Pinus e Eucalyptus) atingiram aproximadamente 8 milhões de hectares plantados em um período de 50 anos, alavancado por incentivos fiscais e desenvolvimento tecnológico, que estão ausentes hoje para a economia florestal baseada em espécies nativas. Para alavancar a agenda de restauração florestal e reflorestamento no Brasil, existem diversas iniciativas coordenadas como a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura 9, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, além de iniciativas estaduais e municipais; investimentos privados e aqueles avaliados pelo projeto VERENA, entre outros. Numa primeira fase, a equipe do projeto VERENA tem por objetivo fazer levantamento de casos de sucesso no reflorestamento com espécies nativas para fins econômicos no Brasil. Nesse processo, produzirá um template da modelagem econômica e elaborar business cases para atrair investidores para a agenda do reflorestamento e da restauração florestal. Nesse sentido, o projeto foca em casos de plantios econômicos biodiversos 10, com espécies nativas, plantio econômico com monocultura de nativas, plantio misto com exóticas e nativas e Sistemas Agroflorestais (SAF), como podem ser observados, abaixo, através do conceito do Contínuo Florestal, que representa as feições possíveis dentro do contexto da restauração florestal. Os casos estudados, até o momento, se enquadram nas feições: Plantio Econômico Biodiverso Symbiosis. Plantio Econômico Monocultura Amata. Sistema AgroFlorestal Fazenda da Toca Duas ou mais espécies nativas plantadas em sistema silvicultural. 5

6 E outros casos estão em definição e, em breve, serão objetos de estudo. Conforme resultado do workshop Silvicultura com espécies nativas: desafios e oportunidades para uma nova economia florestal realizado em 2016 na Amata em Paragominas/PA (fev); Symbiosis em Porto Seguro/BA (mar) e na Fazenda da Toca em Itirapina/SP (mai), os temas centrais para que o reflorestamento com nativas, para fins econômicos, se concretize estão listados na figura abaixo e representam o escopo do Projeto VERENA: Figura 2 Temas centrais para o desenvolvimento do Projeto VERENA Na figura, observam-se os temas nos quais são promovidas ações conjuntas com a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. 6

7 1. Pesquisa e Desenvolvimento P&D é essencial para o desenvolvimento de um programa pré-competitivo de pesquisa e desenvolvimento da silvicultura de espécies arbóreas nativas do Brasil. Atualmente, constatam-se inovações incrementais e um amplo conhecimento da silvicultura tradicional focada em pinus e eucalipto. Isto representa uma excelente base para o desenvolvimento da silvicultura de espécies nativas. No entanto, é necessária sólida governança para este programa, semelhante a uma parceria público privada, que possibilite o aporte de recursos financeiros e humanos com um fluxo contínuo e permanente, em um horizonte de pelo menos 30 anos. Avanços nesta área estão acontecendo por meio da efetiva atuação da Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura com a criação de um Comitê Técnico Científico com participação dos principais atores de instituições, universidades e empresas renomadas. Negociações avançadas estão sendo conduzidas para fomentar o financiamento deste programa com o Fundo Amazonas (BNDES), Banco Mundial, empresas do setor florestal e governos da Alemanha e Noruega. Estima-se a necessidade de um aporte na ordem de R$ 100 milhões de reais iniciais, além de cerca de US$ 15 milhões anuais. A meta é que o escopo de atuação deste fundo esteja em funcionamento até o final do ano de Então, editais públicos serão abertos para a elaboração de propostas para o desenvolvimento específico de cada parte do programa. Este programa de silvicultura para as espécies nativas brasileiras aborda tanto o melhoramento genético como as técnicas silviculturais. Em particular, a Fazenda da Toca representa um laboratório essencial para a modelagem de SAF, contribuindo para a quebra de paradigmas quando se pensa exclusivamente na silvicultura tradicional. Vale ressaltar que o modelo SAF não fazia parte do escopo inicial do Projeto VERENA e o caso da Fazenda da Toca abriu um horizonte de possibilidades para o reflorestamento com espécies nativas através de sistemas agrossilviculturais. A visita e o conhecimento da realidade de campo trazem discussões amplas para a agenda da restauração como é o caso de inovações em mecanização nas várias atividades agrossilviculturais; também na visão da inter-relação e da complementariedade das funções de cada espécie no sistema; no manejo do capim - que deixa de ser um adversário para ser um coadjuvante precioso no manejo das culturas principais; na restauração dos solos com o uso racional da biomassa etc. 2. Modelo Econômico A experiência demonstra que premissas fracas, não consistentes, são uma das causas de insucesso de modelos econômicos apresentados a potenciais investidores. Para resolver isto, é necessário conhecer os procedimentos operacionais detalhadamente e a descrição das operações deve conter informações sobre a escala de tempo do ciclo da cultura, além dos rendimentos, custos de mão-de-obra, insumos e máquinas. Esta é a base para uma análise 7

8 econômica consistente e abre a possibilidade de replicação em campo do sistema de plantio feito através da padronização das atividades. A modelagem econômica é o ponto central do Projeto VERENA porque é o produto final que será apresentado aos potenciais investidores. Um desafio desta modelagem é a composição de vários casos (vide as feições do contínuo florestal) em uma só planilha para possibilitar a comparação dos diversos sistemas. A criação de um framework que possibilite esta meta é essencial para os investidores, inclusive contemplando a modelagem do eucalipto, utilizado normalmente para investimentos em silvicultura tradicional. Isto possibilita comparar modelos, modificar premissas florestais e econômicas, aprimorar os custos das atividades operacionais, considerar externalidades, custos do capital, gerar fluxos de caixa, relatórios de resultados financeiros e análise de sensibilidade com o intuito de munir os analistas de investimentos com modelos econômicos robustos que gerem credibilidade aos investidores em potencial. Esta é uma demanda dos investidores que estão sendo prospectados pelo Projeto VERENA. A estrutura da modelagem consiste em quatro partes: 1) Premissas e Parâmetros; 2) Operações (agro) silviculturais; 3) Análise Econômica e 4) Resultados/Análise de Sensibilidade. Figura 3 Framework da modelagem Econômica do Projeto VERENA Nos últimos anos, a Fazenda da Toca desenvolveu experimentos com plantios no modelo SAF em 48 ha para definir procedimentos operacionais de manejo agrossilvicultural e obter a percepção dos custos realizados com vistas a uma implantação em escala. Diante do modelo de negócio SAF, a Fazenda da Toca apresentou os seguintes resultados: Premissas Área Total Preço da Terra Ciclo 48 ha Implantados em 2015 (área experimental) Área própria; como modelo de negócio foi considerado preço de arrendamento de terra utilizado no setor sucroalcooleiro 18 anos 8

9 Desbastes Inflação Dados de Produção Custo Implantação Custo Manutenção 2 no eucalipto (6 e 13 anos) e no CR Mogno aos 18 anos Não considera inflação (Preço / Custo / Caixa) Eucalipto: 5 m³/ha/ano e Mogno Africano: 8 m³/ha/ano; Banana: 25 Kg / planta (3 anos de produção); Citrus: 2,57; Caixas (17 anos de produção) R$ 57 mil (0 a 3 anos) R$ 11 mil (4 a 18 anos) = R$ 68 mil Custo de Capital 12% Preços NEC 11 VPL 12 R$ 100/m³ eucalipto; R$ 2.500/m³ mogno; banana R$ 1/Kg; R$ 20 / cx citrus R$ 47 mil / ha R$ 6 mil / ha TIR 13 13,6% Na análise de sensibilidade, o citrus apresenta a maior volatilidade, em função de preço e produtividade. Esse comportamento já era esperado pelos investidores uma vez que esse elemento é considerado uma espécie de carro chefe. Ainda existem incertezas em relação à qualidade e à produtividade do eucalipto, em função de seu manejo de poda apical. Todavia, as análises de sensibilidade mostram que a produtividade e o preço do eucalipto influenciam pouco no retorno do negócio. Importante na análise são as possibilidades de avanço na cadeia produtiva, não necessariamente verticalizando a própria empresa, mas empoderando parceiros a fazê-lo de maneira eficiente. O modelo com essas premissas apresenta retorno interessante, apesar de ser capital intensivo e possuir alta complexidade operacional em função dos vários elementos presentes na mesma área. O grande diferencial em um projeto como o SAF da Toca deverá ser a incorporação de externalidades nesse projeto, o que mudaria significativamente a rentabilidade do mesmo. PRINCIPAIS CONCLUSÕES E APRENDIZADOS A integração da produção de alimentos com a floresta, através dos SAFs, é um caminho bastante promissor para a geração de múltiplos benefícios para o produtor e a sociedade. A produção orgânica e a agregação de valor aos produtos através de 11 Necessidade de Caixa 12 Valor Presente Líquido 13 Taxa Interna de Retorno 9

10 parceiros e inovação torna o sistema de produção mais atrativo e rentável para o produtor e o investidor. É um modelo rentável, mas de capital intensivo; A sensibilidade econômica ao eucalipto é baixa (pouca densidade e pouco valor agregado); Forte potencial para ganhar eficiência no manejo (mecanização, desenvolvimento das atividades de campo, ajuste do volume necessário de biomassa, que deve ser produzida e colocada na superfície do solo, espaçamento, etc); Comercialização é fundamental e é importante dispor de um plano de agregação de valor que transmita uma proposta de valor; Próximos passos: - Comparação com modelos convencionais; - Potenciais modelos de parceria agrícola (tecnologia social); - Valor gerado por serviços ecossistêmicos e formas de conversão monetária e - Viabilidade para fazer a expansão para 400 hectares (modelagem global). 3. Rede de Disseminação A Rede de Disseminação se constitui na conscientização e envolvimento dos atores envolvidos na agenda da restauração, em todos os níveis e em todas as esferas. Existe um caminho extenso a ser trilhado para que seja atingida a meta da restauração de 12 milhões de hectares até o ano de 2030 (INDC). Até o presente momento, acordos, alianças e modelos de governança estão sendo conduzidos com sucesso, mas a implementação é bem mais complexa e precisamos continuamente fomentar uma massa crítica consciente para um alinhamento do mesmo propósito. Apesar do grande significado político, o Acordo de Paris representa somente o início de uma corrida que exigirá muitos esforços compartilhados. No ritmo atual, é necessário mudar o perfil da curva de aprendizado e a ação para uma fase exponencial, consonante com a velocidade que o processo exige. Isto é possível através da união de todos e de um sistema de governança que crie um ambiente de diálogo e compartilhamento das ideias que devem ser traduzidas em curto prazo para ações. O workshop realizado na Fazenda da Toca é uma ação real que vai de encontro com estes objetivos, unindo diversas pessoas de diversas instituições para um alinhamento geral em prol de um mesmo objetivo em comum. A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura está trabalhando na continuidade destas ações para o incremento da rede de disseminação. 4. Externalidades Até o momento, nenhum dos modelos econômicos com espécies nativas considera as externalidades como parte dos benefícios e do retorno do empreendimento. Mesmo assim, em um futuro próximo é previsível sua precificação, incrementando o valor para o modelo econômico. Algumas vezes, o setor financeiro é alvo de críticas por não considerar as externalidades nos modelos, porém, é necessário que os técnicos florestais que lidam com 10

11 este assunto instrumentalizem os analistas financeiros para que possam entender e considerar as externalidades nos modelos econômicos. Trata-se de uma mudança cultural e os grandes investidores desejam este componente. O mercado paga por externalidades positivas, a exemplo de outros setores. Neste sentido, o modelo econômico VERENA irá considerar o carbono (mesmo que o preço atual seja zero ou próximo disto), com o intuito de colocar este assunto na pauta das negociações e ter a certeza de que, em um breve futuro, a valorização do carbono será relevante para o modelo econômico. Da mesma forma, em um segundo momento, outras externalidades serão consideradas. A Fazenda da Toca, com o apoio da Universidade de Campinas UNICAMP, está estudando este tema inserido em uma pesquisa mais abrangente, sob a coordenação do Prof. Dr. Bastiaan Reydon. Figura 4 Externalidades (vermelho) no projeto de pesquisa conduzida pela Unicamp 5. Sementes e Mudas Esta dimensão é tema de muita discussão e interesse em todos os encontros realizados. De forma geral, os viveiros já conhecem as técnicas silviculturais de produção de mudas. Espécies novas podem configurar variações das técnicas já conhecidas, mas o aprendizado é relativamente facilitado pela experiência em outras espécies. 11

12 No entanto, um dos principais problemas é a falta de sementes, como no caso do Vale do Paraíba, que possui potencial de restauração de 20 mil hectares com problemas de obtenção de sementes para algumas espécies. A Cadeia de Valor é outro ponto importante porque o sistema de produção de mudas necessita de um consumo de mudas constante sob uma demanda bem definida. Por isso, a importância do planejamento para compor um sistema que englobe a identificação de mateiros na zona rural, capacitação para estes mateiros, catalogação, inventário e mapeamento das árvores matrizes com um cronograma fenológico para coleta das sementes, armazenamento destas sementes, plano de produção para garantir a viabilidade das sementes e mudas sob demanda de um consumo certo. As informações da floresta devem ser sistematizadas de forma que o proprietário receba uma ficha cadastral e fenológica, incrementando o valor da floresta para o âmbito científico, social e econômico. A experiência na Bahia (Symbiosis) aponta para um objetivo: 10 mil árvores matrizes mapeadas e catalogadas de espécies diferentes. Isto auxilia na qualidade da semente com o conhecimento de sua origem. É importante a elaboração de um protocolo de coleta para garantir padronização e qualidade. Notificou-se que o Instituto Socioambiental (ISA) 14 possui experiência na formação de uma rede de sementes, que deve ser prospectada. Porém, só se consegue trabalhar com uma rede de coletores se existir a demanda. E o desafio é construir um sistema que inicie este ciclo de forma organizada, pragmática e em ciclo contínuo. Quem entrar neste negócio tem que ter a segurança da demanda ao longo de vários anos para planejamento da produção e investimentos. É importante demonstrar que produzir sementes e mudas é um negócio que gera renda. Outro ponto importante é considerar e avaliar a Lei de Sementes e Mudas (Nº /8/03) como estratégia para a gestão da qualidade e garantia da adequação legal das iniciativas. Estes pontos deixam clara a necessidade de mudar nosso modelo mental quando se fala em sementes. O tema é muito mais abrangente e se refere a todo um sistema de produção para a obtenção de uma restauração com diversidade técnica e de espécies. 6. Cadeia de Valor O Projeto VERENA está iniciando ações neste campo. A questão principal é o mapeamento de uma cadeia de valor que considere duas fases bem definidas: 1) a produção das florestas, onde se enquadra toda a formação dos plantios: técnicas silviculturais, melhoramento genético, curvas de produção, etc e 2) consumo e mercado dos produtos oriundos da floresta: madeira, frutos, serviços, etc. Isto é essencial para dar vazão ao escoamento dos produtos gerados pelo plantio para fins econômicos de parte dos 12 milhões de hectares (INDC) e garantir a perpetuidade e o

13 equilíbrio de um ciclo que gere renda contínua aos envolvidos no processo produtivo e comercial do sistema. Em um curto prazo, temos que resolver a questão da maneira operacional da formação de plantios florestais, na qual a coleta de produção de mudas de essências florestais esteja ligada a um consumo constante e sob demanda que garanta a viabilidade dos viveiros. Há viveiros que não conseguiram se manter devido à falta de compradores das mudas. Elas são produtos perecíveis e o que não for comprado na data certa torna-se inviável e representa uma grande perda econômica para o produtor. Isto reforça a necessidade de acordos fortes de fornecimento e comercialização sob demanda, que garantam a continuidade do sistema. Por outro lado, o consumo dos produtos oferecidos pela floresta devem ser objeto de um estudo detalhado, com o mapeamento dos potenciais consumidores com implicação e apoio das políticas públicas que ajudem neste desenvolvimento, como, por exemplo, promover facilidades para a exportação e, internamente, aumentar a utilização de madeira pela construção civil ou na infraestrutura da rede pública de ensino. O fato é que estamos tateando neste campo e a cadeia de valor é uma dimensão dentro do Projeto VERENA que merece atenção focada tão logo seja vencida a primeira fase do projeto com a Fazenda da Toca. 7. Mercado Com a meta da INDC brasileira (12 milhões de hectares até 2030), somadas as concessões florestais de disponibilizar, até 2022, um total de 7 milhões de hectares, estima-se um grande volume de madeira tropical no mercado para os próximos 50 anos. Por outro lado, estudos 15 apontam que a demanda global por madeira irá triplicar até 2050, saltando dos atuais três bilhões de m³ para aproximadamente 10 bilhões de m³. No caso do aumento em escala dos SAFs, modelo proposto pela Fazenda da Toca, o mercado está relacionado com a rede de fornecedores de produtos no mesmo sistema para aumento do portfólio e de comercialização sob a marca TOCA. Para isto, é necessário fazer mapeamento, desenvolvimento e treinamento destes fornecedores nas técnicas agrossilviculturais orgânicas. A Toca já possui planejamento estratégico neste sentido. Isto significa que, em um futuro próximo, o aporte de vários produtores independentes pode representar um montante razoável, em hectares, na composição para o plantio econômico de espécies nativas. 8. Políticas Públicas Um dos focos do Projeto VERENA, para viabilizar em escala a silvicultura de nativas, é entender como usufruir das políticas públicas existentes para acelerar e alavancar esse processo através 15 WWF World Wildlife Fund (2013) Living Forest Report, Chapter 4, Gland. 33p 13

14 dos ganhos sociais de renda e empregos gerados por projetos de restauração e reflorestamento de grande escala. Estima-se que, a cada US$ 500 mil investidos em restauração, são gerados 33 empregos, enquanto que, com o mesmo valor investido na indústria de petróleo, são gerados cinco empregos. Para isso, é necessário trazer os modelos práticos e reais para a mesa de discussão do Estado. Como exemplo, a eucaliptocultura, em seu início na década de 60, recebeu incentivos fiscais. Para isso, é necessário apresentar e propor um sistema de governança forte com a participação da sociedade civil e do empresariado. Diante disso, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura está apta para liderar esse tema devido à estrutura de advocacy que mantém para atuar em políticas públicas. Além disso, os Ministérios esperam que as lideranças empresariais participem das políticas públicas. Uma vez que é necessária uma atuação mais cirúrgica e focada, sugere-se um foco no cumprimento da meta do setor de uso da terra e das florestas da INDC de 12 milhões de hectares. Outra observação importante é que a floresta ainda possui valor muito baixo em nossa cultura. No vale do Paraíba, por exemplo, um hectare de área degradada possui valor de cerca de R$ 15 mil, enquanto que uma área de floresta tem valor de R$ 2 mil. Por parte dos órgãos reguladores, a agenda ambiental é vista como controle ambiental e não como forma de planejamento e fomento de uma economia florestal. Apesar do setor de florestas plantadas estar alocado dentro do MAPA 16, desde dezembro de 2014, ainda não existe um locus institucional definido para a discussão do fomento da produção de florestas nativas. Isto evidencia a necessidade de uma Secretaria dentro de algum Ministério para discutir uma agenda de pesquisa, de política territorial, de desenvolvimento e de financiamento para o reflorestamento com fins produtivos. O manejo florestal na Amazônia ainda não se mostrou eficiente, devido às dificuldades de mercado, principalmente em função da competição da madeira ilegal. É necessário desenvolver a silvicultura tropical, pois, em muitos lugares, ela pode estar muito próxima do mercado consumidor (ex. áreas degradadas no Estado de São Paulo). O Projeto VERENA está trabalhando fortemente nesta dimensão com a mobilização de atores importantes na área de políticas públicas. Espera-se que, em 2017, avanços sejam obtidos para permitir a execução, de fato, do plantio de espécies nativas. 9. Legalidade A legalidade está diretamente relacionada com o mercado e, consequentemente, com a viabilidade econômica do projeto. A competição com a madeira ilegal é desleal e combate-la é fundamental para o sucesso do Projeto VERENA. Felizmente, já que existe um grupo de 16 Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento 14

15 advocacy na Coalização Brasil, Clima, Florestas e Agricultura trabalhando no tema, focado na rastreabilidade da madeira. Existem duas iniciativas que permitem o uso de aplicativos para rastreabilidade da madeira, desenvolvidos pela BV Rio 17 e pelo Serviço Florestal Brasileiro Aptidão Regional De maneira geral, esta dimensão lida com os grandes desafios para que a silvicultura de nativas e exóticas se estabeleça numa região. Além das questões técnicas, existem questões de ordem fundiária e cultural. Com isso, se faz necessário incorporar a silvicultura no contexto social e econômico das comunidades e no dia-dia dos produtores rurais, além de uma observação do bioma, da região e microrregião na implantação do empreendimento. No caso do modelo SAF proposto pela Fazenda da Toca, a localização regional é importante para a produção própria, mas é mais abrangente, porque, conforme o planejamento estratégico, a produção de vários produtos ocorre em outras regiões. Isto significa a necessidade do perfeito entendimento da realidade destas outras regiões onde se encontram os potenciais parceiros. 11. Investimento e Crédito São múltiplos os fatores que poderiam explicar porque a silvicultura de nativas no Brasil não evoluiu satisfatoriamente aos níveis requeridos na atualidade. Destaca-se a falta de financiamento para P&D. Neste momento, o foco do Projeto VERENA é a obtenção de Crédito para consolidar uma plataforma de P&D consistente. 12. Social / Educação Esta dimensão está muito ligada ao item 10 (Aptidão Regional). Em cada local de um potencial empreendimento pequeno, médio ou grande é fundamental dar a devida importância ao ser humano que lá habita. Muitos empreendimentos florestais foram alvo de críticas e sofreram com muitos problemas justamente por não respeitar a cultura das comunidades locais. O Projeto VERENA considera muito importante esta dimensão e prevê as primeiras ações concretas na fase 2, quando os plantios serão realizados em campo. É consenso que não é possível implementar plantios florestais na magnitude esperada sem a inserção da Educação como base para o terreno fértil necessário. Estamos nos referindo à formação e à capacitação da mão de obra, em todos os níveis, para o sucesso de uma nova economia florestal. É necessário, também, promover a educação do consumidor para que ele perceba o valor agregado aos produtos oriundos da floresta, o que irá impulsionar o consumo

16 e, da mesma forma, divulgar o conhecimento de toda a cadeia produtiva por meio da educação formal, das redes sociais e da mídia. A Fazenda da Toca A Fazenda da Toca fica a 200 km da capital de São Paulo, no município de Itirapina. Com produção 100% orgânica, abrange uma área de hectares, dos quais ha são certificados pelos selos do IBD Orgânicos do Brasil e do NOP (National Organic Program). Outros 35% são dedicados à preservação da Mata Atlântica. Até 2009, foi uma fazenda de lazer e agricultura convencional, quando seus idealizadores, Pedro Paulo Diniz e sua esposa Tatiane Floresti, em um movimento por uma vida mais sustentável, decidiram investir e trabalhar com agricultura orgânica, fixando residência na Fazenda. A partir daí, iniciaram o projeto de agricultura orgânica, substituindo a produção convencional de citrus, e de eucalipto e a pecuária leiteira. A Fazenda da Toca passou a ser entendida como um ecossistema onde cada atividade complementa a outra, sendo adotados ciclos em que aves e gado geram adubo orgânico para frutas e grãos que, por sua vez, alimentam animais e os seres humanos. Os dois também sentiram necessidade de melhorar o design do sistema de produção, adotando uma agricultura que não apenas fosse orgânica, mas também regenerativa e causadora de um impacto positivo. E foi nesse contexto que se iniciou a implementação das áreas dos Sistemas Agroflorestais. 16

17 Figura 5 Diferentes ecossistemas da Fazenda da Toca Além de se dedicar ao desenvolvimento de sistemas agroflorestais em larga escala, com visão agroecológica e com vistas à produção orgânica, a Fazenda da Toca é um lugar de encontros, vivências e experimentações, que convida ao pensar e ao viver orgânico. Seu propósito é conectar e cocriar iniciativas que regenerem o ambiente. E isso é feito atuando nos princípios da educação, na pesquisa aplicada agroflorestal e com o resultado dos produtos produzidos, tudo norteado por quatro princípios: 1. Produzir de forma regenerativa, diversificada e integrada; 2. Experimentar e aprimorar as práticas agroecológicas; 3. Fomentar a formação de outros produtores orgânicos e 4. Promover projetos educacionais, cursos e vivências baseados em princípios ecológicos através do Instituto Toca 19. Sua linha de produtos ovos, sucos de frutas e molhos de tomate é distribuída para pontos de venda. A Fazenda também está focada na exportação dos produtos. Em seu espaço, as atividades produtivas são divididas em produção de ovos, frutas e grãos integradas com as matas nativas, vila de moradores e áreas de pesquisa em agricultura regenerativa. Atualmente, as frutas colhidas são 100% destinadas à fabricação de sucos integrais orgânicos. A fazenda possui áreas destinadas para produção, mas também possui áreas experimentais, onde são testadas técnicas de implantação, manejo de opções de sistemas agroflorestais e pesquisas de mecanização com a intenção de incorporá-las ao processo produtivo. 19 Associação sem fins lucrativos que atua nas áreas de Educação, Saúde Integral, Cultura e Meio Ambiente. 17

18 SAF - Sistemas AgroFlorestais O termo SAF traduz a iniciativa de manejar a floresta em conjunto com culturas agrícolas. Nos últimos anos, vários estudos foram realizados e áreas experimentais com este tipo de manejo foram instaladas com o objetivo de melhor se conhecer o comportamento das diversas modalidades, consorciando espécies arbóreas com diversas culturas agrícolas. No caso da Fazenda da Toca, está sendo desenvolvido o manejo agroecológico, diferente das técnicas usualmente praticadas, no qual é eliminado o uso de agrotóxicos e se prioriza a restauração da capacidade produtiva e do ecossistema natural, ou o mais próximo possível das espécies conforme encontradas originalmente na natureza. O SAF constitui-se em uma alternativa para minimizar a degradação ambiental associada à produção diversificada, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável. Devido à maior diversidade de espécies no sistema, há melhor utilização dos recursos naturais disponíveis (nutrientes, água e luz). Nesse sistema, o componente arbóreo contribui para a proteção e a melhoria do solo e a manutenção do processo de ciclagem direta de nutrientes. Além disso, pode melhorar o nível de vida do trabalhador rural, à medida que favorece a sustentabilidade econômica. O conceito de SAF tem evoluído conforme a expansão de sua aplicação e dos resultados dos estudos e experimentos realizados. Entre as principais definições destacam-se: Agricultura + Florestas; Sistemas agropastoris, silvipastoris, agrossilviculturais, agrossilvopastoris; Sistemas de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de acordo com arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações entre estes componentes (DECRETO n. 7839/2012); Área cultivada com espécies florestais, também usada para lavouras e pastejo por animais (IBGE 2006). Para a equipe da Fazenda da Toca: Os sistemas agroflorestais com visão agroecológica possibilitam a regeneração da capacidade de produção, da biodiversidade e dos serviços ambientais. *Dados de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE dimensionam a extensão de SAF no Brasil: 18

19 Figura 6 Extensão de SAFs no Brasil (IBGE, 2006) Conforme o ICRAF 20, no Brasil existem SAF s de diversos tipos: Práticas utilizadas por povos indígenas e comunidades tradicionais; Agricultura familiar; SAFs comerciais (ex. RECA 21, CANTÁ 22 ); Manejo assistido da regeneração natural; Consórcios com vegetação natural (Cabruca, Faxinais, etc.); Sistemas ILPF - Integração Lavoura Pecuária Floresta (Embrapa); SAFs Sucessionais 23 (Ernst Götsch e outros). Em termos específicos da restauração florestal através de SAFs, podemos elencar os objetivos: Manutenção da biodiversidade; Manutenção da estrutura e função do ecossistema original; Recuperação da fertilidade do solo em áreas degradadas; Manutenção dos recursos hídricos; Viabilização econômica das atividades de restauração (potencial); 20 International Center for Research in Agroforestry 21 RECA: Projeto referência de SAF tipo multiestrato (cupuaçu, pupunha, castanha-do-brasil, etc.) com 650 ha em Rondônia. 22 SAF implantado em 1995 no Campo Experimental Confiança da EMBRAPA, Cantá, Estado de Roraima. 23 Este é o modelo utilizado pela Fazenda da Toca 19

20 Inclusão do ser humano nas atividades de produção, restauração e conservação; Aceleração da sucessão ecológica; Contribuição na melhoria da qualidade de vida da família agricultora; Contribuição do ser humano no avanço da sucessão ecológica; Produção de alimentos e outras plantas de interesse e Geração de renda em diferentes fases do ciclo de restauração florestal. Manejo Agroflorestal A Fazenda da Toca possui uma área produtiva e uma área experimental que produz - ou já produziu - culturas agrícolas de ciclo curto como mandioca, abóbora, inhame, milho verde, tomate, entre outros. As áreas experimentais têm como objetivo desenvolver sistemas agroflorestais em larga escala e a mecanização que viabilizem uma agricultura cada vez mais próxima dos ciclos da natureza, baseada nos princípios dos sistemas agroflorestais de Ernst Götsch 24. Este sistema, já com quatro anos de implantação, tem como chave a produção de biomassa para manutenção de sua fertilidade por meio do uso intensivo de podas para manejar a luz/sombra como elemento essencial na recomposição do sistema. Assim, dinamiza os processos como acontecem na condição original da natureza. A avaliação detalhada para escolha das espécies mais adaptadas às condições de cada fase de desenvolvimento do agroecossistema é objeto de cuidadoso estudo. Os resultados observados nessa área experimental apontam para uma quebra de paradigma da agricultura orgânica, baseada no aporte contínuo de esterco e/ou composto orgânico. Este assunto tem assumido posição central no setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Fazenda com o objetivo de desenvolver sistemas agrícolas produtivos, que preservem recursos naturais como água e solos, que sejam economicamente viáveis, implantáveis em larga escala e cada vez menos dependentes de insumos externos. As espécies florestais são plantadas em consórcio com as culturas agrícolas, sempre respeitando a sucessão natural (tempo) e estratificação (espaço) de cada uma delas. Periodicamente, as espécies do sistema são podadas e as podas permanecem dentro do sistema, em forma de matéria orgânica para a cobertura superficial do solo. Essa biomassa gera inúmeros benefícios, pois evita a erosão, mantém a umidade do solo e cria um ambiente favorável para o desenvolvimento de microrganismos benéficos. Consiste em uma fonte valiosa de nutrientes e energia para a biota do solo, que dinamiza a ciclagem de nutrientes e a consequente recuperação e melhoria contínua do solo ao longo do tempo. Essa metodologia faz com que se criem ciclos fechados de nutrientes no sistema, ciclados no próprio local, diminuindo a utilização de insumos externos, reduzindo custos de produção, regenerando o 24 Pesquisador suíço que desenvolve trabalhos na América Latina em modelos de sistemas agroflorestais. Desenvolveu uma nova técnica de rápida recuperação de solos pobres, imitando padrões existentes na natureza, através de seleção e consórcio de espécies cuidadosamente escolhidas e colocadas em um espaçamento e sequência pré-determinada, fortemente podadas durante o crescimento em intervalos regulares. 20

21 solo e contribuindo para o microclima da região. Criando, assim, um sistema produtivo que reproduz os serviços sistêmicos de uma floresta natural onde antes havia terras degradadas. O resultado do manejo que prioriza a matéria orgânica pode ser percebido nos resultados de estudo comparativo entre os diferentes ecossistemas existentes na fazenda. Observe a área de fruticultura que apresenta um valor de MO na linha maior do que em áreas de remanescentes florestais. Estima-se que, em profundidade de 0-5 cm a MO, irá aumentar no canteiro e na entrelinha à medida que o sistema passar por sucessivos ciclos de manejo. Figura 7 Dados Experimentais de Matéria Orgânica no solo Em 2015, 48 hectares de plantio AgroFlorestal orgânico foram promovidos em seis áreas da Fazenda com a finalidade de observar e pesquisar seu desenvolvimento. Três principais áreas foram testadas em modelos diferenciados e visitadas durante o encontro: 21

22 TALHÃO 27 Figura 8 Área Experimental TALHÃO 27 Cadastro: Tamanho da área: 6,4 ha Data da implantação: Nov/2015 Foco produtivo: Fruticultura Culturas consorciadas: eucalipto grandis, laranja baía, banana nanica e prata, cedro australiano, araribá e mogno africano Culturas da entrelinha: P. maximum cv. Mombaça Implantação: Vegetação precedente: cultivo orgânico tradicional e irrigado de laranja baía Etapas: Retirada da irrigação; corte de citrus (para lenha) em linha alternada para plantio de eucalipto e bananeiras; roçada ecológica nos restos da poda; preparo dos berços para recebimento das mudas; plantio das bananeiras e eucalipto; utilização do aerosol nas entrelinhas e próximos aos tocos; semeadura com plantio direto de capim mombaça e crotalária junceae; poda para redução da laranja baía para realizar enxertia; enxertia do citrus; preparo dos berços para árvores de madeira (araribá, mogno africano e cedro australiano); replantio das falhas de eucalipto e bananeiras. 22

23 Práticas de Manejo: As práticas de manejo fino são intensas nos primeiros meses de implantação da área (podas de formação e capina seletiva), reduzindo gradativamente sua necessidade conforme a área se desenvolve; realização de podas de estratificação, auxiliando no desenvolvimento harmônico das mudas consorciadas. BIODIVERSO Figura 9 Área Experimental BIODIVERSO Cadastro: Tamanho da área: 2,34 ha Data da implantação: Abr/2012 Foco produtivo: Citrus (2,3 X 6,0m por planta) Culturas consorciadas: laranja valência, banana prata, inhame, manga, jaca, gliricídia, eucalipto, pau-balsa, teca, cedro e ipê. Culturas da entrelinha: P. maximum cv. Mombaça Implantação: Vegetação precedente: U. Brizantha cv. Marandu Etapas: Análise do solo para correção da fertilidade; roçagem realizada apenas no alinhamento nas linhas de plantio; gradagem, subsolagem e correção de fertilidade; aplicação de fosfato, calcário e gesso; adubação orgânica no berço ; plantio manual das árvores; plantio a lanço do capim mombaça e aveia-branca seguida de gradagem para incorporação das sementes. 23

24 Práticas de Manejo: As práticas de manejo fino, antes da roçada da entrelinha com o objetivo de que a linha esteja manejada e pronta para receber o capim que será acumulado; roçagem com roçadeiras costais, para evitar a compactação pela entrada de tratores pesados; enleiramento do material, única operação mecanizada; duas podas anuais nas árvores (na entrada do inverno e no meio do verão); pulsão da banana. Tem sido observada a redução da severidade do ataque de greening nas laranjas sombreadas. RETIRO I Figura 10 Área Experimental RETIRO I Cadastro: Tamanho da área: 1,33 ha Data da implantação: Mai/2014 Foco produtivo: Fruticultura (manga palmer e laranja valência) Culturas consorciadas: batata-doce, feijão de porco, eucalipto, banana prata, acácia mangium, Culturas da entrelinha: U. Brizantha cv. Marandu ( braquiarão ), P. maximum cv. Mombaça Implantação: Vegetação precedente: cana-de-açúcar (até 2012); braquiária com feijão guandu ( ). Etapas: roçagem inicial utilizando roçadeira central; abertura da linha de plantio com o desenleirador; preparo da linha com grade estreita; aplicação de pó de rocha nas mudas de eucalipto e fosfato nas linhas de plantio; formação de leira; biomassa com alto volume, 24

25 mostrando que o consórcio de feijão guandu com capim foi positivo; plantio manual da banana, eucalipto e acácia; plantio manual das frutíferas e anuais. Práticas de Manejo: Manejo fino (poda de formação e limpeza, capina na linha); aplicação de biofertilizante nas leiras e Azoaspirillum na entrelinha; roçada do capim; enfileiramento da biomassa logo após a roçada; adubação de manutenção das entrelinhas com composto orgânico ou torta de mamona após a roçada; poda de formação (retirada dos galhos da parte inferior das plantas); poda de pulsão (corte do ponteiro do eucalipto). Manejo do Solo A Fazenda da Toca está localizada predominantemente em cima de uma rocha quartzosa, o que na geomorfologia produz um solo tipicamente arenoso. Dados de pesquisa demonstram uma constituição de 96% de areia, com traços de argila e silte. Este é um solo desafiador para qualquer empreendimento agrícola porque fisicamente se caracterizam por possuir pouca retenção de água e baixa CTC 25, em contraposição a solos argilosos que proporcionam uma base melhor para as culturas agrícolas e um manejo para conservação mais facilitado. Associado a isto, o histórico da área é de uma agricultura convencional agressiva com a cultura da cana-de-açúcar, sem a aplicação de técnicas de conservação dos solos e com alto grau de compactação ocasionado pela movimentação de máquinas e implementos. Isto levou estes solos à exaustão e à degradação comprovadas cientificamente através da mensuração da macroporosidade do solo (por onde a água e o ar caminham), que indicou um valor inferior a 10%, o que é indicativo de degradação. Todos estes fatores exigem a aplicação de técnicas de manejo que visem principalmente a reconstrução dos solos para garantir uma base viável para o cultivo de culturas agrícolas, com a qual se recupere a capacidade de resiliência do sistema e a retenção de água. Entre estas técnicas predomina a produção de matéria orgânica visando a estruturação e a agregação deste solo arenoso, o que é possível através do manejo da matéria orgânica (MO). Esta grande importância da recuperação dos solos norteou todo o desenvolvimento das operações e técnicas do manejo silvicultural/agrícola. 25 CTC: Capacidade de Troca Catiônica, característica do solo que define a capacidade de retenção de nutrientes. 25

26 Entre as operações agrossilviculturais predominam a produção de biomassa inicial através do cultivo de capim (Braquiária, Mombaça, etc.) e plantio de feijão guandu na adubação verde de fundação. A formação de leiras 26 é possível pelo corte, enleiramento e acumulação do material na linha de plantio. Este procedimento possibilitou a eliminação do uso do herbicida pela cobertura de solo da leira através dos cortes sucessivos do capim e também pelo controle da entrada do mesmo na leira. Com o crescimento do plantio nas leiras esta passa a ser também uma fonte produtora de biomassa para o sistema pelo material de pulsão da banana e desrama e poda do eucalipto. As práticas de manejo demandam o desenvolvimento de implementos que otimizem o rendimento das operações de roçagem e enleiramento. Um bom exemplo é o manejo dado ao capim mombaça, que substitui o capim braquiária ao longo do tempo, com a melhoria das condições físicas e de fertilidade do solo. A sequência das operações neste manejo de formação de biomassa é: entrada na linha de plantio para realizar o manejo fino; preparo da área para receber o capim; roçada e enleiramento deste capim; pulverização no pomar na entrelinha (se necessário); adubação do capim (se necessário). Toda entrada na área deve ser feita preferencialmente logo após a roçada do capim, para evitar o pisoteio indesejável. O Mombaça apresenta características interessantes para o manejo agroecológico porque não se espalha, não dá estolão, não invade a área, evita capina economizando a mão-de-obra e é tida como uma espécie mais florestal do que de campo, em consonância para uma integração melhor ao sistema com o objetivo de retornar o estado natural da planta. No entanto, possui uma gema mais superficial do que a braquiária, o que significa alta sensibilidade ao pisoteio na área. Atualmente, os maquinários disponíveis no mercado não estão desenvolvidos para este tipo de manejo que prioriza os cuidados com a matéria orgânica. O resultado pragmático é que a operação de roçada é realizada manualmente elevando os custos e reduzindo a produtividade. O desenvolvimento de um implemento tipo ceifadeira, que roce e enleire sem prejudicar o mombaça, é uma das prioridades para a equipe de desenvolvimento operacional. Nesta mesma linha, o dimensionamento da potência dos tratores e de vários outros tipos de implementos foram desenvolvidos com o objetivo de adequar outras operações conforme as 26 Leira/Enleiramento: operação que consiste em roçar e amontoar o capim plantado na entrelinha dos cultivos. 26

27 exigências do manejo agroecológico. Isto torna o tema da mecanização operacional um constante desafio para este tipo de manejo. Modelo de Negócio e Modelagem Financeira A Fazenda da Toca possui uma estratégia bem definida para os próximos anos, fruto da experiência obtida desde a implantação do empreendimento onde se experimentou diversas técnicas de manejo agrossilvicultural e se ampliou o entendimento da cadeia de valor que resultou na definição de quais produtos realmente agregam valor para o negócio. No setor de orgânicos é raro o empreendedor rural que detém todas as etapas do processo produtivo de todos os produtos comercializados pela empresa. No caso da Toca, a produção de ovos orgânicos depende de milho para ração com autenticidade orgânica, fornecido externamente, fruto de parceria com produtor que desenvolve um programa de melhoramento genético ecológico. O modelo de negócio da Toca enfatiza alguns pontos do planejamento estratégico, considerados como chave para o sucesso do empreendimento: Redes de Matérias-Primas: é importante definir quais os produtos que terão produção autossuficiente para compor o portfólio que se deseja comercializar, colocando o foco na produção própria de sucos, bebidas, sopas, comidas prontas e desenvolver parcerias para obter um amplo mix de produtos. Por exemplo, obtendo produtos de terceiros para aumentar a variedade de sopas sob a marca da Toca. Processamento: colocar esforços em alguns itens de produção própria e terceirizar serviços que necessitam de uma tecnologia mais refinada. É o caso do sistema de envase dos sucos. Gestão: o processo decisório é realizado através de um colegiado em um modelo de gestão inovador e horizontal. Isto amadurece o time dos envolvidos na produção e enfatiza o pensamento de que cada funcionário é o dono do negócio. Modelagem Financeira: com foco na consistência para embasar a definição potencial produtivo do SAF. Externalidades: Não foi considerada na modelagem econômica apresentada, mas esforços estão sendo conduzidos através de estudo de pesquisa conduzido em associação com a Universidade de Campinas (UNICAMP). 27

28 Apresentação do modelo do negócio e a modelagem financeira: 28

29 29

30 Figura 11 Apresentação Modelagem Econômica da Fazenda da Toca 30

31 Participantes Participantes do workshop LISTA DE PARTICIPANTES 31

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