Relatório Técnico de Avaliação 1º Período de Candidaturas (3.Dez.07 a 3.Jan.08) Programa Porta 65 Jovem
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1 Relatório Técnico de Avaliação 1º Período de Candidaturas (3.Dez.07 a 3.Jan.08) Programa Porta 65 Jovem 03 de Março de 2008
2 Ficha Técnica O presente relatório avalia o 1º período de candidaturas do programa Porta 65 - Arrendamento por Jovens*, que decorreu entre 3.Dezembro.2007 e 3. Janeiro Pretende-se com este Relatório Técnico de Avaliação: Avaliar o 1º Período de Candidaturas do Programa Porta 65 Jovem; Produzir recomendações para a melhoria da eficácia e eficiência do programa. Contribuíram para este relatório as avaliações técnicas do 1º período de candidaturas realizadas pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e pelo Instituto Português da Juventude (IPJ). * Decreto-Lei n.º 308/2007, de 3 de Setembro; Portaria n.º 1515-A/2007, de 30 de Novembro. 1
3 2 I PROGRAMA Porta 65 Jovem Objectivos, Critérios, Organização e Gestão
4 1 - Objectivos do Programa Porta 65 - Jovem Objectivos do Programa Porta 65 - Jovem: 1 Promover estilos de vida mais autónomos e independentes por parte dos jovens através de um apoio no acesso à habitação (apoio temporário, regressivo, com uma taxa de esforço adequada). 2 Dinamizar o mercado de arrendamento, estimulando, ao mesmo tempo, a reabilitação do edificado para esses fins e a revitalização de áreas urbanas degradadas e de concelhos em perda demográfica (apoio acrescido à renda em determinadas áreas urbanas e concelhos). 3 Promover a simplificação e desmaterialização dos procedimentos de candidatura e de atribuição de apoios (candidatura online, front office presencial, telefónico e online). 4 Garantir uma utilização mais equitativa e eficaz dos recursos financeiros disponíveis bem como uma articulação mais estreita com os outros instrumentos da política de habitação e de arrendamento (dotação orçamental predefinida, procedimento concursal, articulação com a Porta 65 - Bolsa de Habitação). 3
5 2 - Critérios de Acesso ao Programa Porta 65 - Jovem Critério 1 - Idade e Agregado Jovem Jovens dos 18 aos 30 anos, podendo, no caso de um casal, um dos elementos ter até 32 anos. Agregados Jovens: isolados, casal ou jovens em coabitação. Critério 2 - Rendimentos Rendimento mensal bruto (agregado) adequado ao intervalo entre 1X e 4X a renda máxima admitida da zona. O RM é corrigido pelo rendimento por adulto equivalente, calculado de acordo com uma escala de equivalência que atribui uma ponderação de 1 ao primeiro adulto e de 0,7 a cada um dos restantes adultos. 4
6 2 - Critérios de Acesso (cont.) Critério 3 Limite da renda A renda apresentada não pode ser superior à renda máxima da zona onde se localiza a habitação (tabela de rendas máximas admitidas por NUT III definida em portaria). Critério 4 Taxa de esforço Limite de 40 % de taxa de esforço = razão entre a renda e o rendimento bruto (duodécimo ou catorze avos do rendimento anual, consoante a categoria de rendimentos). Critério 5 Tipologia Adequada à composição do agregado jovem ou ao número de jovens em coabitação, nos termos definidos em portaria: 1 a 2 pessoas - até T2; 3 pessoas - até T3; 4 a 6 pessoas - até T4; 7 pessoas - até T5 5
7 3 - Critérios de Hierarquização das Candidaturas ao Programa Rendimento mensal < 2,5 RMA / entre 2,5 RMA e < 3,5 RMA / entre 3,5 RMA 4 RMA Dependentes a cargo Dependentes em situação de monoparentalidade / Dependentes com idade inferior a 16 anos Dependentes com idade igual ou superior a 16 anos Grau de incapacidade de elementos do agregado portadores de deficiência > 50% / > 25% e 50% / 15% e 25% Situação financeira dos ascendentes Ascendentes com RSI / Ascendentes com rendimentos até 3 RMMG Taxa de Esforço 0 % a 9% / 10% a 19% / 20% a 29% / 30% a 39% / = 40% 6
8 4 - Organização e Gestão do Programa Porta 65 - Jovem Apoio à renda - atribuição por 1 ano com possibilidade de 2 renovações (até 3 anos) - subsídio decrescente ao longo dos anos - escalões e percentagens a aplicar ao valor da renda: 1.º ESCALÃO RM 1 RMA e < 2,5 RMA 1º ano) 50% 2º ano) 35% 3º ano) 25% 2.º ESCALÃO RM 2,5 RMA e < 3,5 RMA 1º ano) 40% 2º ano) 30% 3º ano) 20% 3.º ESCALÃO RM 3,5 RMA e 4 RMA 1º ano) 30% 2º ano) 20% 3º ano) 10% RM: Rendimento Mensal (previsto no art. 5º do DL 308/2007) RMA: Renda Máxima Admitida (prevista no art. 3º do DL 308/2007) Simplificação e avaliação - procedimento concursal com dotação por cada período (4 períodos de candidatura por ano) - desmaterialização e simplificação dos processos de candidatura, quer na análise, quer na atribuição de apoios (plataforma online) - análise dos dados fornecidos por interconexão com as entidades responsáveis - organismos servem de intermediários na prestação de informação aos jovens e no apoio às candidaturas online, sobretudo as Lojas Ponto Já - verificação e fiscalização por interconexão de dados entre instituições - avaliação ao fim de 18 meses e depois de 3 em 3 anos 7
9 8 II PROGRAMA Porta 65 Jovem 1º PERÍODO DE CANDIDATURAS (3.Dez.07 a 3.Jan.08)
10 9 II. 1 Análise de Percurso : da abertura da plataforma à análise das candidaturas
11 1 Dificuldades no 1º Período de Candidaturas Quanto à instrução das candidaturas... Quanto ao cumprimento dos critérios... Quanto à plataforma e ao sistema informático Solicitações de informação diversa em diferentes momentos da candidatura. => Organização intensiva de resposta por parte dos serviços do IHRU e do IPJ (cerca de pedidos de informação e apoio, incluindo atendimentos presenciais em Lojas Ponto Já, telefónicos via Lojas Ponto Já e telefónicos via Linha da Juventude). Dificuldades na criação de uma conta de , na digitalização dos documentos comprovativos e nos pedidos de apoio para solicitação de senha electrónica (password) das finanças via Internet. => Apoio presencial nas Lojas Ponto Já com horários extensivos ao período pós-laboral. Dúvidas relativas ao documento a apresentar como Declaração de entidade patronal, no caso dos jovens com rendimentos da categoria A. Incorrecções nos documentos propostos e nas somas dos valores de rendimento bruto. => Reformulações apoiadas pelos esclarecimentos telefónicos do IHRU. Desagrado com os limites das rendas admitidas, argumentando dificuldades na identificação de habitações que cumpram a relação tipologia/ renda máxima admitida em alguns concelhos. => Explicação por via telefónica e presencial dos objectivos e requisitos do novo programa. Dificuldades em negociarem ou rescindirem o contrato de arrendamento (de modo a proporem uma renda com os valores máximos da portaria) e no cumprimento da taxa de esforço de 40% (relação renda/ rendimento bruto). Dificuldades na compreensão da nova situação de coabitação. => Inclusão, no folheto de divulgação organizado pelo IHRU, das vantagens da adesão à coabitação. Dificuldades na instrução de uma candidatura no modo completo online. Elevado número de ataques ao sistema do IHRU durante os 32 dias do período de candidaturas. Problemas com a performance do firewall nos dias em que ocorreu o maior número de ataques e em que, simultaneamente, se verificou o maior número de acessos ao portal (esgotamento da capacidade de processamento). => O firewall do IHRU identificou e bloqueou ataques e processou 316,8 GB de tráfego. Dia 28 de Dezembro: única situação de denial of service durante cerca de 8 horas ( visitas, quando a média diária rondava as visitas). => Opção de prolongamento do período de candidaturas, de modo a que nenhum candidato fosse prejudicado. Capacidade do circuito de acesso à Internet: sistema mais lento nos dias em que o portal teve o maior número de acessos devido ao elevadíssimo número de upload de ficheiros para as candidaturas. => Os webservices responderam às transacções realizadas, apenas tendo havido erro em 314 casos. Foi criado um novo webservice para responder a estas situações.
12 2 - Candidaturas Abertas, Submetidas e Aprovadas Foram abertas cerca de candidaturas na plataforma Foram submetidas candidaturas (37% das candidaturas abertas) Foram aprovadas candidaturas (43% das candidaturas submetidas) 11
13 3 Candidaturas Abertas e Não Submetidas Principais razões para a não-submissão (finalização) de 63% das candidaturas abertas Outras Razões para a não submissão das candidaturas: 12 tempo disponível para assinar, rescindir ou alterar contratos de arrendamento face às novas condições exigidas tempo para encontrar fracções à Renda Máxima Admitida em certos concelhos, principalmente nas tipologias mais baixas dificuldade em distinguir a prova dos rendimentos tributados nas categorias A e B (porque cada categoria tem prova de rendimentos diferente e remete para anos diferentes) e em fazer prova dos rendimentos da categoria A (por depender de documento da entidade patronal - declaração de entidade patronal com o vencimento ou recibos) facto da entrega de candidaturas ser exclusivamente on line e ter de possuir uma conta de dificuldades em digitalizar no mínimo quatro documentos num formato padrão (para verrificação dos dados na plataforma) obrigatoriedade de ter senha electrónica de acesso à plataforma do Ministério das Finanças relativa às contribuições e impostos (para interconexão de dados)
14 4 - Candidaturas Submetidas Procedeu-se à verificação das 3561 candidaturas submetidas e dos comprovativos digitalizados e solicitaram-se esclarecimentos a 2015 candidaturas (57% das candidaturas submetidas) por , sms e telefone. Rendimentos Descoincidência entre os rendimentos do documento comprovativo e o registo inserido na plataforma (sobretudo na categoria A de rendimentos) - cerca de 80% dos pedidos de esclarecimento Renda Valor da renda mencionado no contrato não coincide com o registo na plataforma Nome mencionado no recibo/documento comprovativo da renda não coincide com nenhum dos membros do agregado Outras Razões Problemas com os comprovativos enviados: inadequados, incompletos, ilegíveis, inválidos Tipologia indicada na candidatura não corresponde à tipologia/descrição da fracção arrendada registada Prédio onde se situa a habitação encontra-se registado em propriedade total s/partes susceptíveis de utilização independente Membro do agregado jovem é proprietário de outro prédio ou fracção. Em relação aos pedidos de esclarecimento, 61% (1234) nunca entregaram os comprovativos em falta e 59% (781) não regularizaram a candidatura submetida. 13
15 II. 2 Síntese dos Resultados 1º Período de Candidatura ao Programa Porta 65 Jovem Período do Candidatura: 3.Dez.07 a 3.Jan.08 Publicitação dos resultados: 29.Fev.08 14
16 Resultados do 1º Período de Candidaturas 29.Fevereiro Caracterização das 1544 candidaturas aprovadas Perfil dos Agregados Perfil etário dos candidatos 15
17 3 Resultados do Concurso 29.Fevereiro (cont.) Caracterização das 1544 candidaturas aprovadas Perfil dos Agregados por Tipologia 16
18 Resultados do 1º Período de Candidaturas 29.Fevereiro (cont.) Caracterização das 1544 candidaturas aprovadas Valores (médios) das rendas por NUT II 17 NUT II Tipologias T0 T1 T2 T3 T4 Nº de candidaturas Norte 178,07 185,07 262,66 261,72 245, Centro 196,67 192,97 289,48 289, Lisboa e Vale do Tejo 303,69 304,66 413,96 384, Alentejo - 161,00 272,86-275,00 16 Algarve - 213,33 327, Madeira , Açores , País 233,90 (39) 226,64 (160) 294,78 (1192) 279,06 (150) 255 (3) 1544 Valores (médios) das rendas por NUT III NUT II Tipologias T0 T1 T2 T3 T4 Nº de candidaturas ALENTEJO CENTRAL 161,00 269,00 6 ALENTEJO LITORAL 285,00 2 ALGARVE 213,33 327,61 26 ALTO TRÁS-OS-MONTES 146,25 171,41 242,00 263,00 55 AVE 150,00 174,29 238,84 260, BAIXO ALENTEJO 300,00 275,00 2 BAIXO MONDEGO 220,00 215,00 318,66 335,00 48 BAIXO VOUGA 213,33 211,50 310,73 331, BEIRA INTERIOR NORTE 165,00 254,57 256,00 30 BEIRA INTERIOR SUL 180,00 179,00 257,17 261,00 9 CÁVADO 177,00 266,68 265,33 350, COVA DA BEIRA 150,00 197,57 232,00 10 DÃO LAFÕES 170,00 169,00 272,33 280,28 72 DOURO 180,00 180,00 255,73 291,67 23 ENTRE DOURO E VOUGA 180,00 272,51 268,08 84 GRANDE LISBOA 303,69 309,74 422,73 397, GRANDE PORTO 208,00 217,25 313,52 324, LEZÍRIA DO TEJO 267,50 6 MÉDIO TEJO 180,00 275,00 292,50 10 MINHO LIMA 180,00 176,45 258,07 252,50 140,00 93 OESTE 220,00 189,00 290,42 29 PENÍNSULA DE SETÚBAL 220,00 319,69 317,00 21 PINHAL INTERIOR NORTE 150,00 229,00 6 PINHAL INTERIOR SUL 240,00 1 PINHAL LITORAL 160,00 213,33 307,72 333,00 52 R. A. AÇORES 300,00 1 R. A. MADEIRA 350,00 2 SERRA DA ESTRELA 192,78 232,50 11 TÂMEGA 147,50 215,85 216, TOTAL 1544
19 Resultados do 1º Período de Candidaturas 29.Fevereiro (cont.) Caracterização das 1544 candidaturas aprovadas Candidaturas em áreas especiais (acrescido o apoio de 10%) Candidaturas por tipo de áreas especiais 18 a) Áreas urbanas classificadas como históricas ou antigas nos termos legais ou regulamentares. b) Áreas Críticas de Recuperação e Reconversão Urbanística, assim declaradas nos termos do artigo 41.º da Lei dos Solos, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 794/76, de 5 de Novembro, na redacção em vigor, ou Áreas de Reabilitação Urbana que venham a ser delimitadas pelos municípios nos termos legais. c) Áreas beneficiárias de medidas de incentivo à recuperação acelerada de problemas de interioridade, definidas na Lei n.º 171/99, de 18 de Setembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 30-C/2000, de 29 de Dezembro, e identificadas na Portaria n.º 1467-A/2001, de 31 de Dezembro ou na que lhe suceda.
20 Resultados do 1º Período de Candidaturas 29.Fevereiro (cont.) Taxa de Esforço Caracterização das 1544 candidaturas aprovadas 19
21 20 III CONCLUSÕES E PROPOSTAS 1º PERÍODO DE CANDIDATURAS 3.Dezembro.2007 a 3. Janeiro.2008
22 Principais Conclusões e Recomendações Programa Conclusões Recomendações Programação/ Legislação Rendas Máximas Admitidas por NUT III Taxa de Esforço de 40% Critérios de hierarquização e modalidade coabitação Áreas especiais (históricas, ACRRU e de interioridade) Processo e resultados do 1º concurso apontam para a necessidade de rever os valores máximos admissíveis por NUT III, com destaque para as tipologias mais baixas Dificuldade em cumprir a taxa de esforço definida face aos rendimentos dos jovens e aos valores das rendas disponíveis no mercado Fraca adesão de grupos beneficiados na hierarquização (famílias monoparentais, elementos deficientes no agregado, ascendentes de baixos recursos) ou à modalidade de coabitação Adesão sobretudo dos jovens arrendatários do interior do país Desenvolvimento de um estudo técnico sobre rendas máximas admissíveis por NUT III/ tipologias (ponderação de valores estatísticos e de mercado) Alteração da taxa de esforço, alargando as possibilidades de jovens com menos recursos acederem ao mercado, e, simultaneamente, definição de um limite máximo ao rendimento admissível por candidatura Reforço dos critérios de hierarquização de grupos específicos de jovens e ampla divulgação da modalidade de coabitação Reforço da procura de arrendamento em áreas históricas e nos centros das cidades Revisão da Portaria n.º 1515-A/2007, de 30 de Novembro Revisão do DL n.º 308/2007, de 3 de Set., e da Port. n.º A/2007, de 30 de Nov. Revisão da Portaria n.º 1515-A/2007, de 30 de Novembro Estratégia de comunicação e divulgação reforçada para o período de Abril Desmaterialização de toda a candidatura Necessidade de esclarecimentos e apoio às candidaturas, à organização dos documentos necessários e à digitalização dos comprovativos Reforço do apoio presencial e telefónico e estabelecimento de protocolos com autarquias, juntas de freguesia ou IPSS, entre outras entidades potenciais parceiras locais Apoio presencial através de protocolos Conhecimento do programa para as candidaturas de 2008 Fraco conhecimento do programa, dos critérios, dos benefícios para alguns grupos de jovens e para determinadas localizações, do processo online e das potencialidades da plataforma Estabelecimento de um plano de comunicação que saliente os critérios principais de acesso ao programa e as suas potencialidades através da utilização da plataforma online Estratégia de comunicação e divulgação reforçada para o período de Abril 21
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