O regime de acesso ao processo clínico. Contornos atuais e perspetivas de reforma
|
|
- Ágatha Caiado Machado
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 N.º40 Abr-Jun 2016 Pág Sérgio Pratas Direção-Geral da Administração e do Emprego Público Ministério das Finanças, Portugal O regime de acesso ao processo clínico. Contornos atuais e perspetivas de reforma Palavras chave: Processo clínico; Informação de saúde; Acesso à informação Resumo O acesso ao processo clínico tem sido objeto de acesa controvérsia, protagonizada por duas entidades administrativas independentes: a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos e a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Face às posições em disputa, inconciliáveis, e ao papel e atuação dessas duas entidades, assiste se hoje a uma grande confusão nos serviços de saúde e à existência de diferentes respostas aos pacientes, para situações e pedidos idênticos. O impacto da controvérsia é tal que, neste momento, todos concordam que é necessário e urgente proceder à revisão do quadro legal em vigor. O Provedor de Justiça já apresentou uma recomendação nesse sentido. E o Governo aprovou uma proposta de lei com igual intento. O presente estudo vem trazer alguns contributos para o debate em curso. Identificar os atributos da solução a adotar. Analisar criticamente as propostas já formuladas. Apresentar outras soluções. Analisou se concretamente a Proposta de Lei n.º 18/XIII, em apreciação na Assembleia da República, e concluiu se que a mesma apresenta e configura uma solução inaceitável, que determina um substancial retrocesso, quer em matéria de transparência administrativa, quer no que respeita ao exercício do direito de acesso ao processo clínico. E avançaram se duas outras propostas de reforma, para análise e crítica. Primeira proposta: remeter o acesso à informação nominativa (incluindo se aí o acesso à informação de saúde) para a Lei de Proteção de Dados Pessoais. Segunda: remeter a regulação da matéria no setor público e privado para um diploma próprio e que podia ser a Lei n.º 12/ Introdução 1.1. O processo clínico surge inicialmente da necessidade do médico em proceder à documentação e registo da sua atividade clínica. O processo clínico tem uma função clara, associada à atividade do profissional de saúde: melhorar os cuidados de saúde prestados ao paciente; partilhar informação clínica entre profissionais de saúde; diminuir o erro; melhorar o suporte à decisão clínica 1. Neste quadro, o processo clínico e a informação de saúde pertencem aos profissionais e às instituições de saúde. O paciente não tem o direito de aceder ao respetivo processo clínico. Esta realidade tem vindo, no entanto, a mudar, à medida que se assiste à substituição do modelo de medicina 24
2 Um pouco por todo o mundo, a informação de saúde deixa de pertencer aos médicos e às instituições de saúde, que passam, gradualmente, a ser seus meros depositários centrado no médico por um outro centrado na pessoa. Um pouco por todo o mundo, a informação de saúde deixa de pertencer aos médicos e às instituições de saúde, que passam, gradualmente, a ser seus meros depositários. E começa a ser reconhecido, nas mais variadas latitudes, o direito dos pacientes à sua informação de saúde. O processo clínico passa então, com esta transformação, a estar associado a um segundo objetivo ou função, da maior importância: informar os pacientes acerca da sua saúde e processo de cuidados. E são hoje reconhecidas as vantagens na partilha dos processos clínicos com os pacientes. Vários estudos vieram demonstrar que o acesso ao processo clínico contribui decisivamente para a melhoria da comunicação entre o médico e o paciente e o aumento da adesão à terapêutica Está, entretanto, em curso uma segunda grande transformação relacionada com o processo clínico e com o acesso à informação de saúde. A informação de saúde do utente é inicialmente registada em papel e depois inserida em pastas devidamente organizadas. Esta realidade está, no entanto, em rápida mudança. As tecnologias da informação e comunicação assumem uma função cada vez mais importante no âmbito dos sistemas de saúde, com reflexos diretos ao nível da gestão dos processos clínicos. Têm vindo a ser desenvolvidas várias experiências, a nível nacional e internacional, de informatização dos registos clínicos. Este processo tem suscitado forte entusiasmo, pela potencialidade que encerra, mas também significativas resistências e receios. Pode aceder se mais facilmente à informação de saúde e passa a ser possível criar um registo centralizado com toda a informação. Mas os riscos, sobretudo de segurança, não podem ser esquecidos ou desvalorizados É neste quadro, de profunda transformação e de riscos, que se tem vindo a desenhar o regime (ou direito) de acesso ao processo clínico. Os direitos, as garantias, os procedimentos, os mecanismos de proteção. Em Portugal a matéria tem sido objeto de acesa controvérsia, protagonizada por duas entidades administrativas com fortes responsabilidades neste âmbito: a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) e a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). O legislador procurou resolver o diferendo, em 2007, mas sem sucesso. As divergências persistem, as decisões contraditórias continuam a confundir cidadãos e profissionais. E muitos casos acabaram mesmo nos tribunais 3. Assim, há hoje unanimidade quanto à necessidade de se proceder à revisão do quadro legal em vigor. O Provedor de Justiça já fez chegar uma recomendação à Assembleia da República. A CADA e a CNPD já se manifestaram a favor da alteração da lei. O Governo apresentou recentemente uma proposta de lei com o mesmo objetivo e que está neste momento em apreciação na Assembleia da República. Mas a unanimidade termina aí. Não há acordo quanto às razões e pressupostos dessa revisão; e muito menos quanto às soluções a adotar O presente estudo visa contribuir para esse debate, hoje na ordem do dia. Identi- 25
3 N.º40 Abr-Jun 2016 Pág ficar claramente os atributos da solução a adotar. Analisar criticamente as soluções já apresentadas. Apresentar outras soluções. No ponto 2 (e ainda a título introdutório) serão apresentados os principais traços do acesso ao processo clínico, em Portugal. No ponto 3 será apresentado o regime de acesso no setor público e o regime aplicável ao setor privado apresentação necessariamente sintética. No ponto 4 será apreciada a reforma proposta pelo Governo e consubstanciada na Proposta de Lei 18/XIII. No ponto 5 serão apresentadas duas propostas alternativas, que aqui se submetem à análise e crítica. No final, ponto 6, serão apresentadas as principais conclusões a que se chegou. 2. O acesso ao processo clínico em Portugal. Breve caracterização 2.1. O acesso ao processo clínico em Portugal assume contornos próprios, que podem São hoje reconhecidas as vantagens na partilha dos processos clínicos com os pacientes para a melhoria da comunicação entre o médico e o paciente e o aumento da adesão à terapêutica ser identificados através de alguns traços distintivos seis traços fundamentais. Como primeiro traço, é de salientar que a esmagadora maioria dos cidadãos não conhece os direitos que possui em matéria de acesso à informação de saúde. Realidade facilmente demonstrável e com consequências significativas. Em regra, o acesso só é solicitado em situações de conflito quando alguma coisa corre mal. Por outro lado, não se aproveita o potencial e as vantagens da partilha do processo clínico. Vantagens ao nível do paciente, da relação médico paciente e ainda ao nível da prática clínica Um segundo traço remete para a falta de informação clara e suficiente para profissionais. Informação, estudos, ações de sensibilização, ações de formação. Os profissionais também conhecem mal o regime legal aplicável aos processos clínicos. Esta situação é, em grande parte, tributária da divergência entre a CADA e a CNPD, já referida. Como as duas não se entendem, não existe nenhuma entidade que se dedique de forma empenhada e consistente a construir essas respostas Uma outra característica importante diz respeito à dispersão da informação de saúde. Os profissionais de saúde não conseguem observar toda a informação clínica de um paciente, porque esta se encontra dispersa em diversas instituições. Existe em Portugal a denominada Plataforma de Dados de Saúde (PDS) mas com ambições ainda limitadas. E o número de utentes inscritos na plataforma é também muito reduzido Uma outra característica do sistema atual reporta se à coexistência de diferentes respostas para as mesmas questões ou pedidos, de serviço para serviço. Se o interessado solicitar o acesso no Hospital X a resposta será uma, se o apresentar no Hospital Y ou no Agrupamento dos Centros de Saúde H a resposta já será outra. Ou seja, serviços que integram o setor público já para não falar na diferença entre o público e o privado dão muitas vezes respostas diferentes e contraditórias aos mesmos pedidos de acesso. E isso acontece por várias razões. A principal está relacionada com o quinto traço Quinto traço: as duas entidades com competência para se pronunciarem sobre esta matéria, CADA e CNPD, têm entendimentos diferentes sobre o regime de acesso aplicável ao setor público. 26
4 A CADA entende que o acesso se faz ao abrigo da LADA (Lei de Acesso aos Documentos Administrativos Lei n.º 46/2007, de 24 de agosto); e que lhe compete a ela, CADA, esclarecer dúvidas e dirimir conflitos decorrentes da aplicação da lei. Já a CNPD entende que o acesso no setor público obedece ao regime definido na LPD (Lei de Proteção de Dados Lei n.º 67/98, de 26 de Apesar da controvérsia entre a CADA e a CNPD, os tribunais administrativos têm vindo a afirmar, de forma clara e uniforme, que o acesso à informação de saúde no setor público é regulado pela LADA; e que é à CADA que compete zelar pelo cumprimento da lei. Já o acesso ao processo clínico no setor privado e isso não merece qualquer contestação está sujeito ao regime fixado na LPD. O paciente tem o direito de aceder a toda a informação do respetivo processo clínico outubro) e não à LADA; e que lhe compete a ela, CNPD, esclarecer dúvidas e dirimir quaisquer conflitos Em sexto lugar, cumpre sublinhar que existe, em Portugal, uma divisão e uma diferença entre o regime aplicável ao setor público e o regime aplicável ao setor privado. 3. O regime de acesso ao processo clínico 3.1. O acesso ao processo clínico pelo titular da informação segue o mesmo regime no setor público e no setor privado. Em princípio, o paciente tem o direito de aceder a toda a informação do respetivo processo clínico (n.º 2 do artigo 3.º da Lei 27
5 N.º40 Abr-Jun 2016 Pág n.º 12/2005, de 26 de janeiro) a. Este princípio tem apenas três exceções: a. As anotações pessoais do médico O paciente não tem o direito de aceder às anotações pessoais do médico. b. Privilégio terapêutico O acesso pode ser recusado ao paciente em circunstâncias excecionais devidamente justificadas e em que seja inequivocamente demonstrado que isso lhe possa ser prejudicial (n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 12/2005). c. Informação de saúde de terceiros O processo clínico pode também integrar informação de saúde de terceiros. Neste caso, o titular só pode aceder à informação nas situações expressamente previstas na lei. d. Com consentimento expresso do titular [alínea h) do artigo 3.º e n.º 2 do artigo 7.º da LPD]; e. Quando por motivo de interesse público importante o acesso for indispensável ao exercício das atribuições legais ou estatutárias do responsável pelo tratamento (n.º 2 do artigo 7.º da LPD); f. Se o acesso for necessário para proteger interesses vitais do titular dos dados ou de uma outra pessoa e o titular dos dados estiver física ou legalmente incapaz de dar o seu consentimento [alínea a) do n.º 3 do artigo 7.º da LPD]; No setor público a comunicação de dados de saúde é feita por intermédio de médico apenas se o requerente o solicitar. No setor privado a intermediação médica é obrigatória 3.2. O acesso por terceiros obedece precisamente ao princípio contrário, quer no setor público quer no setor privado. A regra é a da proibição de acesso a informação clínica de terceiros. Deste modo, o acesso só é permitido em situações excecionais, expressamente previstas na lei. No setor público pode aceder se à informação clínica de terceiros em duas situações distintas: ou com autorização do titular dos dados (n.º 5 do artigo 6.º da LADA); ou demonstrando um interesse direto, pessoal e legítimo no acesso (n.º 5 do artigo 6.º da LADA). No setor privado é diferente. Pode aceder se à informação de saúde de terceiros nas seguintes situações: a A lei vai mesmo mais longe: A informação de saúde ( ) é propriedade da pessoa, sendo as unidades do sistema de saúde os depositários da informação ( ) (n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 12/2005). g. Se os dados forem tornados públicos pelo titular, desde que se possa legitimamente deduzir das suas declarações o consentimento para o acesso [alínea c) do n.º 3 do artigo 7.º da LPD]; h. Se o acesso for necessário à declaração, exercício ou defesa de um direito em processo judicial e for efetuado exclusivamente com essa finalidade [alínea d) do n.º 3 do artigo 7.º da LPD]; i. O acesso é ainda permitido quando for necessário para efeitos de medicina preventiva, de diagnóstico médico, de prestação de cuidados ou tratamentos médicos ou de gestão de serviços de saúde, desde que o tratamento desses dados seja efetuado por um profissional de saúde obrigado a sigilo ou por outra pessoa sujeita igualmente a segredo profissional (n.º 4 do artigo 7.º da LPD) Deve sublinhar se, no entanto, que a interdição de acesso por terceiros cessa 28
6 quer no setor público quer no privado decorridos 50 anos sobre a data da morte da pessoa a quem os dados respeitem; ou, não sendo aquela data conhecida, decorridos 75 anos sobre a data dos documentos (n.º 2 do artigo 17.º do Decreto Lei n.º 16/93, de 23 de janeiro) No setor público a comunicação de dados de saúde é feita por intermédio de médico apenas se o requerente o solicitar (artigo 7.º da LADA). No setor privado a intermediação médica é obrigatória (n.º 5 do artigo 11.º da LPD). É o que resulta também do n.º 3 do artigo 3.º da Lei n.º 12/ Perante a recusa de acesso, ou outra decisão limitadora do exercício do direito de acesso, a lei atribui aos particulares dois tipos de garantias: garantias administrativas, a exercer perante órgãos administrativos; e garantias jurisdicionais, a exercer junto dos tribunais. No setor público são garantias administrativas a reclamação, o recurso, a queixa ao Provedor de Justiça e a queixa à CADA. As garantias jurisdicionais são exercidas junto dos tribunais administrativos. Quando o acesso ocorre em instituição privada e o pedido é recusado ou é tomada decisão limitadora do exercício do direito de acesso os particulares podem apresentar queixa à CNPD (garantia administrativa), ou recorrer aos tribunais comuns (garantia jurisdicional). 4. A Proposta de Lei 18/XIII 4.1. Como foi referido, existe hoje unanimidade quanto à necessidade de se proceder à revisão da legislação em vigor. O Governo afirma o da seguinte forma, na exposição de motivos da Proposta de Lei n.º 18/XIII: «Aproveita se igualmente esta oportunidade para sanar incoerências e dúvidas de constitucionalidade, há muito discutidas, entre a LADA, o regime da Lei de Proteção de Dados Pessoais e a Lei n.º 12/2005, de 26 de janeiro, na parte relativa ao acesso a informação genética pessoal e informação de saúde, que foram, aliás, evidenciadas pelas várias entidades consultadas» b Antes de apreciar a proposta avançada neste projeto da responsabilidade do Governo, optou se por definir previamente, com toda a clareza, os atributos que a solução que vier a ser adotada deve incorporar. Será esse o referencial de análise a utilizar na avaliação das propostas apresentadas. Ora, entende se que a solução a aprovar deve respeitar os seguintes atributos principais: a. Garantir a existência de um único regime de acesso e proteção da informação de saúde (para o setor público e para o setor privado); b. Garantir a delimitação expressa e inequívoca do âmbito material de aplicação da LADA e da LPD (e do âmbito de atuação da CADA e da CNPD); c. Assegurar o respeito quer pela Constituição da República Portuguesa, quer pela legislação europeia aplicável A solução protagonizada pela Proposta de Lei n.º 18/XIII para o acesso ao processo clínico é apresentada nos seguintes termos: «Mantém se o regime de acesso a documentos nominativos por terceiros que demonstrem um interesse direto, pessoal e legítimo na informação, no entanto, redesenha se o conceito de documentos nominativos tendo em conta o regime europeu e nacional de proteção de dados pessoais não os reconduzindo, portanto, apenas ao conteúdo relacionado com a reserva da intimidade da vida privada, mas definindo os enquanto todo o tipo de documentos que contenham dados pessoais» c. b Esta Proposta de Lei visa introduzir um conjunto alargado de alterações à LADA. A reforma do acesso à informação de saúde é apenas uma das várias alterações propostas. Para um maior desenvolvimento, veja se a exposição de motivos da Proposta de Lei n.º 18/XIII. c De acordo com a atual alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º da LADA, documento nominativo é o documento ad- 29
7 N.º40 Abr-Jun 2016 Pág Com esta proposta (que visa sanar as divergências entre a CADA e a CNPD), o acesso à informação de saúde no setor público continua a ser regulado pela LADA (e pela Lei n.º 12/2005). E (no essencial) nos mesmos moldes em que ocorre atualmente ver ponto 3. A esmagadora maioria dos cidadãos não conhece os direitos que possui em matéria de acesso à informação de saúde. Os profissionais também conhecem mal o regime legal aplicável aos processos clínicos A grande alteração diz respeito ao capítulo do exercício do direito de acesso: a Proposta de Lei n.º 18/XIII introduz, no setor público, a obrigatoriedade da intermediação médica (artigo 7.º) Esta solução afigura se nos no entanto completamente inaceitável, constituindo um substancial retrocesso quer em matéria de transparência administrativa, quer em matéria de exercício do direito de acesso ao processo clínico. Até agora, com a atual LADA, os dados pessoais que não sejam nominativos são, em regra, livremente acessíveis por qualquer particular. Foi assim possível, com este regime, por exemplo, investigar o percurso académico de algumas figuras públicas. Casos que foram notícia e objeto de forte discussão na opinião pública e não só. Com a revisão apresentada na Proposta de Lei 18/XIII essa informação passa, toda ela, a ser de acesso reservado. Só com o consentimento do titular, ou demonstrando inteministrativo que contenha, acerca de pessoa singular, identificada ou identificável, apreciação ou juízo de valor, ou informação abrangida pela reserva da intimidade da vida privada. A informação de saúde é informação nominativa. E, de acordo com a alínea a) do artigo 3.º da LPD, são dados pessoais qualquer informação ( ) relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável. São dados pessoais, por exemplo, o nome de uma pessoa singular, o seu número de identificação fiscal ou o respetivo grau académico. resse direto, pessoal e legítimo é que é possível aceder a esse tipo de dados. Esta alteração constitui, pois, um retrocesso enorme em matéria de transparência. Muita informação que é atualmente de livre acesso passa a ser reservada. Retrocesso que é completamente inaceitável e vem contrariar o disposto no n.º 2 do artigo 268.º da Constituição d. Para além disso, ao voltar a instituir o modelo do acesso indireto através de intermediação médica coloca se um obstáculo importante ao acesso, dificulta se o exercício do direito de acesso. O que acontece, aliás, em claro contraciclo com o que tem vindo a acontecer na maioria dos países europeus. Para além do exposto, esta solução tem ainda o inconveniente de não uniformizar o regime de acesso nos setores público e privado. Mantém a dualidade de regimes. 5. Duas outras soluções 5.1. Assim, em face dos atributos já referidos, apresentam se aqui para análise e crítica duas outras soluções, ou caminhos. Uma primeira solução consiste em remeter o acesso à informação nominativa (incluindo se aí o acesso à informação de saúde) para a LPD. Com esta opção, a LADA deixaria de regular a matéria e passaria a haver um único regime, aplicável aos setores público e privado. Esta opção deveria ser acompanhada, no entanto, por uma reflexão sobre o atual regime definido na LPD. Há soluções insd O n.º 2 do artigo 268.º da Constituição prevê restrições ao acesso quando esteja em causa a intimidade das pessoas e não o acesso a simples dados pessoais. 30
8 critas na LADA que podem (e nalguns casos devem) ser transpostas para a LPD. Vantagens desta solução: a. Trata em bloco a questão do acesso e proteção de toda a informação nominativa; b. Coloca o acento onde ele deve estar na proteção da informação abrangida pela reserva da intimidade da vida privada A segunda solução passa por remeter a regulação da matéria do acesso à informação de saúde no setor público e privado para um diploma próprio e que podia ser a Lei n.º 12/2005. Esta opção implicaria a introdução de uma remissão expressa na LADA e na LPD para essa lei especial. Implicaria, também, a opção por uma única entidade a quem recorrer, em caso de recusa de acesso e que deveria ser a CNPD, que já possui outras responsabilidades em matéria de proteção da informação. Vantagens desta opção: a. O acesso à informação de saúde deixaria de estar disperso e passaria a ser regulado num único diploma; b. Poderia fazer se uma reflexão aprofundada, e sem amarras, colhendo o que de melhor possuem atualmente a LADA, a LPD e a Lei n.º 12/ Conclusão 6.1. Em Portugal, o acesso à informação de saúde tem sido objeto de acesa controvérsia e debate. Há, por isso, unanimidade quanto à necessidade de se proceder à revisão do quadro legal em vigor. Mas a unanimidade fica por aí. Não há acordo quanto às razões e pressupostos dessa revisão; e muito menos quanto às soluções a adotar. O presente estudo surge neste quadro e com o objetivo de contribuir para o debate. Identificar claramente os atributos da solução a adotar. Analisar criticamente as soluções já apresentadas. Apresentar outras soluções Analisou se a solução protagonizada pela Proposta de Lei n.º 18/XIII e concluiu se que a mesma é inaceitável, por constituir um substancial retrocesso, quer em matéria de transparência administrativa, quer em matéria de exercício do direito de acesso ao processo clínico. E avançaram se duas outras soluções, a saber: a. Uma primeira solução assenta na remissão do acesso à informação nominativa (incluindo se aí o acesso à informação de saúde) para a LPD. Esta solução apresenta a vantagem de tratar em bloco a questão do acesso e proteção de toda a informação nominativa; e a de colocar o acento onde ele deve estar na proteção da informação abrangida pela reserva da intimidade da vida privada. b. A segunda solução passaria por remeter a regulação da matéria no setor público e privado para um diploma próprio e que podia ser a Lei n.º 12/2005. Vantagens desta opção: o acesso à informação de saúde deixaria de estar disperso e passaria a ser regulado num único diploma; e, para além disso, poderia fazer se uma reflexão aprofundada, colhendo o que de melhor possuem atualmente a LADA, a LPD e a Lei n.º 12/2005. Bibliografia 1. Pereira, AGD. Dever de Documentação, Acesso ao Processo Clínico e sua Propriedade. Revista Portuguesa do Dano Corporal Ano XV, n.º 16, p Laranjo L., Neves AL, Villanueva T. et al. Acesso dos Pacientes aos seus Processos Clínicos. Ata Médica Portuguesa. 2013; 26: Pratas, SM. O acesso à informação de saúde. Direitos, procedimentos e garantias Lisboa: Editora Caminhos de Pax p Pratas, SM. A Lei do Acesso e da Reutilização dos Documentos Administrativos Anotada Lisboa: Edição Dislivro p
Protecção de Dados na Informação de Saúde
Protecção de Dados na Informação de Saúde Proteção de Dados um Direito Fundamental Evolução na Europa Linhas Directrizes da OCDE(1973) Convenção 108 do Conselho da Europa (1981); Diretiva 95/46/CE Carta
Leia maisA Informação do Sector Público O acesso aos documentos da Administração Pública. Juiz Conselheiro Castro Martins ( CADA )
Informação do Sector Público: Acesso, reutilização e comercialização 24 de Novembro de 2004 Representação da Comissão Europeia em Portugal A Informação do Sector Público O acesso aos documentos da Administração
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS
POLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS O Instituto Português de Oncologia do Porto, Francisco Gentil, E.P.E, doravante designado por IPO Porto, no âmbito da prossecução da sua atividade tem a necessidade
Leia maisParecer n.º 494/2018 Processo n.º 337/2018 Entidade consulente: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E.
Parecer n.º 494/2018 Processo n.º 337/2018 Entidade consulente: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E. I Factos e pedido 1. O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E., solicitou parecer sobre o pedido
Leia maisDeliberação 1/SOND/2009. Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social Deliberação 1/SOND/2009 Possibilidade de consulta pública das sondagens e estudos de opinião depositados na ERC Lisboa 8 de julho de
Leia maisComissão Nacional de Protecção de Dados. Implementação dos novos regulamentos europeus: o que muda na Saúde?
Comissão Nacional de Protecção de Dados Implementação dos novos regulamentos europeus: o que muda na Saúde? O que são dados pessoais? Dados Pessoais - informação relativa a uma pessoa singular identificada
Leia maisJornal da República. b) Aos órgãos e serviços da Administração Indireta do. DECRETO-LEI N. o 43/2016. Estado; de 14 de Outubro. c) Aos Municípios;
DECRETO-LEI N. o 43/2016 de 14 de Outubro REGRAS RELATIVAS AO ACESSO A DOCUMENTOS OFICIAIS b) Aos órgãos e serviços da Administração Indireta do Estado; c) Aos Municípios; d) Às Empresas públicas; Não
Leia maisAprovado por unanimidade em Assembleia Geral Ordinária de
Regulamento de aconselhamento deontológico para efeitos de divulgação de informação confidencial e dispensa do segredo profissional PREÂMBULO O segredo profissional tem por finalidade respeitar e proteger
Leia mais6865d514ebcb4a2ea04fececdc8187e1
DL 490/2018 2018.12.07 Tendo como objetivo promover a celeridade e a transparência no acesso, em condições de igualdade, aos apoios sociais ou subsídios concedidos aos cidadãos pelas diversas áreas governativas,
Leia maisProposta de Lei nº 309/XII/4.ª (Aprova os Estatutos da Ordem dos Advogados)
Proposta de Lei nº 309/XII/4.ª (Aprova os Estatutos da Ordem dos Advogados) A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República solicitou parecer sobre a
Leia maisDECLARAÇÃO DE CONFIDENCIALIDADE. Qual é o objetivo da recolha de dados? Qual é a base jurídica do tratamento de dados?
DECLARAÇÃO DE CONFIDENCIALIDADE Esta declaração refere-se ao tratamento de dados pessoais no contexto de investigações em matéria de auxílios estatais e tarefas conexas de interesse comum levadas a cabo
Leia maisI Curso de Pós-Graduação em E-Commerce. Tratamento de dados sensíveis
I Curso de Pós-Graduação em E-Commerce Tratamento de dados sensíveis Bases normativas principais: (1) Artigo 35.º da CRP; (2) Artigo 8.º da DPDP (D 45/96/CE); (3) Artigo 7.º da LPDP (L 67/98); (4) Artigo
Leia maisA PROTEÇÃO DE DADOS E O CONTROLO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO LOCAL DE TRABALHO. Otília Veiga
A PROTEÇÃO DE DADOS E O CONTROLO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NO LOCAL DE TRABALHO Otília Veiga Enquadramento normativo Nacional Constituição da República Portuguesa Lei de Proteção de Dados Pessoais (Lei
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE e PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL, EPE
POLÍTICA DE PRIVACIDADE e PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS do CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL, EPE No Centro Hospitalar de Setúbal, EPE compreendemos que a utilização dos seus dados pessoais requer a sua confiança.
Leia maisContributo da CIP. A Proposta de Lei (doravante PL) em referência tem um duplo objetivo.
Proposta de Lei n.º 54/XIII que visa a transposição para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2013/55/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de novembro de 2013, a qual altera a Diretiva n.º
Leia maisProvedoria do Cliente. Regulamento de Funcionamento
Provedoria do Cliente Regulamento de Funcionamento Provedoria do Cliente da Abarca - Companhia de Seguros, SA Regulamento de Funcionamento Artigo 1.º - Objecto 1. O presente documento tem por objecto definir
Leia maisPARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII)
PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII) I. INTRODUÇÃO Solicitou-nos a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República a elaboração de parecer
Leia maisA Proteção de Dados Pessoais
Lisboa, 28 de setembro de 2016 O presente e o futuro Pedro Marques Gaspar Advogado Big brother is watching you! *Nineteen Eighty-Four (George Orwell) Antecedentes Artigo 12 Ninguém sofrerá intromissões
Leia maisRegime do Segredo de Estado
CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Regime do Segredo de Estado REVOGADO Todos os direitos reservados à DATAJURIS, Direito e Informática, Lda. É expressamente
Leia maisCarta dos Direitos e Deveres dos Doentes
Carta dos direitos e deveres dos doentes O direito à proteção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa, e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a
Leia maisApoio. Patrocinadores Globais APDSI
Apoio Patrocinadores Globais APDSI Transparência e Sigilo na Administração Pública: A questão dos dados fiscais XV Tomada de Posição GAN / APDSI Lisboa, 24 de abril de 2013 Princípios regentes da Administração
Leia mais1. O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana
DIREITOS DOS DOENTES 1. O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana É um direito humano fundamental, que adquire particular importância em situação de doença. Deve ser respeitado
Leia maisInstituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. MISSÃO O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. (IPO Lisboa) é um centro oncológico
Leia maisPolítica de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais Esta Politica de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais aplica-se aos serviços da Quinta da Lixa - Sociedade agrícola, Lda. O Quinta da Lixa, no âmbito
Leia maisO acesso a documentos referentes a matérias em segredo de justiça é regulado por legislação própria.
Lei n.º 65/93 de 26 de Agosto Acesso aos documentos da Administração A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea d), 168.º, n.º 1, alíneas b),d) e v), e 169.º, n.º 3, da Constituição,
Leia maisPolítica de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais 1. Enquadramento: A presente Política de Privacidade e de Proteção de Dados Pessoais explicita os termos em que a Direção Regional de Agricultura e
Leia mais4428 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
4428 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-A N. o 164 16-7-1999 ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Lei n. o 94/99 de 16 de Julho Segunda alteração à Lei n. o 65/93, de 26 de Agosto, alterada pela Lei n. o 8/95, de 29 de Março,
Leia maisDeliberação (Ata n.º 105/XIV)
Deliberação (Ata n.º 105/XIV) Pedido de parecer da CACDLG/2013 sobre a Proposta de Lei n.º 162IXII/2ª (ALRAA) Estabelece o Regime do Referendo Regional Lisboa 20 de agosto de 2013 Reunião n.º 105/XIV,
Leia maisPRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 273/XII. Exposição de Motivos
Proposta de Lei n.º 273/XII Exposição de Motivos 1. A Lei de Organização da Investigação Criminal, aprovada pela Lei n.º 49/2008, de 27 de agosto, alterada pela Lei n.º 34/2013, de 16 de maio, estabelece
Leia maisPRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 97/XIII. Exposição de Motivos
Proposta de Lei n.º 97/XIII Exposição de Motivos O financiamento colaborativo constitui um importante instrumento de empreendedorismo colaborativo que, por um lado, permite aos cidadãos apoiar projetos
Leia maisCarta dos Direitos e Deveres do Doente
Carta dos Direitos e Deveres do Doente O direito à protecção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa, e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, doravante designada por APDP, fundada em Lisboa, a 13 de maio de 1926, por uma iniciativa do Doutor Ernesto Roma, é uma Instituição Particular de Solidariedade
Leia maisRegulamento de Apoio a Iniciativas Regulares ou Pontuais, de Natureza Educativa, Desportiva, Recreativa, Cultural, Social e Outras
Regulamento de Apoio a Iniciativas Regulares ou Pontuais, de Natureza Educativa, Desportiva, Recreativa, Cultural, Social e Outras 1 NOTA JUSTIFICATIVA O Município de Chaves entende como sendo de interesse
Leia maisRegulamento Interno PARTE PRIMEIRA
Regulamento Interno Para efeitos de concretização dos princípios e procedimentos previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Abril PARTE PRIMEIRA
Leia maisCOMUNICADO CONSELHO DEONTOLÓGICO E DE DISCIPLINA
COMUNICADO CONSELHO DEONTOLÓGICO E DE DISCIPLINA Assunto: Inquérito Entidade Reguladora da Saúde A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) tem vindo ao solicitar aos Médicos Dentistas seleccionados a partir
Leia maisProjeto de Lei n.º 735/XIII. Aprova o regime de registo de entidades privadas que realizam representação de interesses EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Projeto de Lei n.º 735/XIII Aprova o regime de registo de entidades privadas que realizam representação de interesses EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício
Leia maisDECRETO N.º 156/XIII
DECRETO N.º 156/XIII Altera o Decreto-Lei n.º 433/99, de 26 de outubro, o Código de Procedimento e de Processo Tributário, e o Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17 de janeiro A Assembleia da República decreta,
Leia maisAutoriza o Governo a alterar o Estatuto do Notariado e o Estatuto da Ordem dos Notários
DECRETO N.º 53/XI Autoriza o Governo a alterar o Estatuto do Notariado e o Estatuto da Ordem dos Notários A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Leia maisO Acesso dos Eleitos Locais à Informação Administrativa
O Acesso dos Eleitos Locais à Informação Administrativa João Tiago Silveira / Francisca Robalo Cordeiro Curso sobre Acesso à Informação Administrativa Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade
Leia maisPRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 45/XIII. Exposição de Motivos
Exposição de Motivos A livre circulação de trabalhadores é uma liberdade fundamental dos cidadãos da União Europeia (UE) e assume um relevo determinante para o desenvolvimento de um verdadeiro mercado
Leia maisInformação sobre tratamento de dados pessoais
Informação sobre tratamento de dados pessoais 1. Objecto O presente documento destina-se a facultar informação aos titulares de dados pessoais tratados pelo Banco Efisa, no âmbito das suas atividades nas
Leia maisInstrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento
Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento 20-05-2016 Temas Supervisão Registo Índice Texto da Instrução Anexo I Texto da Instrução Assunto: Apresentação de requerimentos de autorização, não oposição e
Leia maisBOLETIM OFICIAL Suplemento. 20 maio Legislação e Normas SIBAP
BOLETIM OFICIAL 5 2016 Suplemento 20 maio 2016 www.bportugal.pt Legislação e Normas SIBAP BOLETIM OFICIAL 5 2016 Suplemento Banco de Portugal Av. Almirante Reis, 71 2.º 1150-012 Lisboa www.bportugal.pt
Leia maisORDEM DOS ENGENHEIROS REGULAMENTO DE ISENÇÃO DE QUOTAS
ORDEM DOS ENGENHEIROS REGULAMENTO DE ISENÇÃO DE QUOTAS Preâmbulo O Estatuto da Ordem dos Engenheiros (EOE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/92, de 30 de junho, alterado e republicado pela Lei n.º 123/2015,
Leia maisI. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada, veio expor o que segue:
Processo de Parecer n.º 35/PP/2017-G Requerente: ( ) Relator: Dr. Pedro Costa Azevedo I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada,
Leia maisArtigo 3 (Pontualidade) Os funcionários, do TRL devem comparecer ao serviço dentro das horas que lhes foram fixadas.
Artigo 1.º (Âmbito) 1. As disposições contidas no presente normativo aplicam-se a todos os funcionários judiciais e oficiais de justiça, do Tribunal da Relação de Lisboa. 2. Os trabalhadores devem registar
Leia mais6170/17 aap/ip 1 DGC 2B
Conselho da União Europeia Bruxelas, 9 de fevereiro de 2017 (OR. en) 6170/17 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações COHOM 16 CONUN 54 SOC 81 FREMP 11 n.º doc. ant.:
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE E DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
POLÍTICA DE PRIVACIDADE E DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS ÍNDICE Proteção de dados...3 Definições relevantes...3 Entidade responsável pelo tratamento de dados.5 Encarregado de proteção de dados 5 Categorias
Leia maisCONSELHO JURISDICIONAL
PARECER nº 73 / 2008 SOBRE: POSSIBILIDADE DE CONSULTA DO PROCESSO CLÍNICO DE UM UTENTE POR PARTE DE UM MEMBRO DA DIRECÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO DE SAÚDE. 1 - As questões colocadas A questão colocada é a de
Leia maisDeliberação (Ata n.º 120/XIV) Pedido de parecer sobre a Proposta de Lei n.º 170/XII/2.ª (GOV) Alteração à Lei Eleitoral do Parlamento Europeu
Deliberação (Ata n.º 120/XIV) Pedido de parecer sobre a Proposta de Lei n.º 170/XII/2.ª (GOV) Alteração à Lei Eleitoral do Parlamento Europeu Lisboa 29 de outubro de 2013 Reunião n.º 120/XIV, de 29.10.2013
Leia maisDECRETO N.º 41/XI. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
DECRETO N.º 41/XI Derrogação do sigilo bancário (21.ª alteração à Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, e segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 62/2005, de 11 de
Leia maisACÓRDÃO N.º 458/2013. Acordam, na 3.ª Secção, do Tribunal Constitucional
Página 1 de 5 [ TC > Jurisprudência > Acordãos > Acórdão 458/2013 ] ACÓRDÃO N.º 458/2013 Processo n.º 420/13 3.ª Secção Relator: Conselheira Catarina Sarmento e Castro Acordam, na 3.ª Secção, do Tribunal
Leia maisO dever de guardar segredo profissional corresponde a um princípio basilar do exercício da advocacia.
- Dispensa de Segredo Profissional nº 108/2008 1. Requerimento O Exmo. Sr. Dr. ( ), Advogado (CP nº ( )P), com escritório à ( ), no ( ), veio pedir dispensa do dever de guardar segredo profissional, com
Leia maisNão dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República
Decreto-Lei n.º 195/99, de 8 de Junho (Alterado pelo Decreto-Lei nº 100/2007, de 2 de Abril, pelo Decreto-Lei nº 2/2015, de 6 de janeiro e pelo Decreto-Lei nº 7/2016, de 22 de fevereiro) Regime aplicável
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE
POLÍTICA DE PRIVACIDADE SECÇÃO 1 CONTACTOS Os temas relacionados com a recolha e tratamento de dados pessoais são da responsabilidade do Responsável pelo Tratamento de Dados Pessoais. Qualquer comunicação
Leia maisO INTERESSE PÚBLICO E A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS. Pode dizer-se que o interesse público releva, com respeito à protecção de dados
O INTERESSE PÚBLICO E A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS I Introdução Pode dizer-se que o interesse público releva, com respeito à protecção de dados pessoais, sob duas perspectivas principais. Uma aliás fundamental
Leia maisDepartamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica
Concordo. Remeta-se à DMGU, ao Sr. Arquitecto Aníbal Caldas. Sofia Lobo Chefe da Divisão de Contencioso e Apoio à Contratação Pela Chefe de Divisão de Estudos e Assessoria Jurídica, nos termos da Ordem
Leia maisTendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
19.6.2014 L 179/17 REGULAMENTO DELEGADO (UE) N. o 664/2014 DA COMISSÃO de 18 de dezembro de 2013 que completa o Regulamento (UE) n. o 1151/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito ao
Leia maisREG.VISITAS.3 Aprovação: CA 20/04/2017, ATA N.º 15 Data: Abril de 2017
Aprovação: CA 20/04/2017, ATA N.º 15 Data: Abril de 2017 Modificações: Normalização do horário de permanência do acompanhante e atualização do horário das visitas, nos Serviços. Pág. 1/6 ÍNDICE Objeto...
Leia maisESTATUTO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO
CÂMARA MUNICIPAL DE MAFRA ESTATUTO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE 2015 Desenvolvendo o preceito constitucional do reconhecimento às minorias do direito de oposição democrática, consagrado
Leia maisAcompanhamento, Apreciação e Pronúncia pela Assembleia da República no âmbito do Processo de Construção da União Europeia 1
Acompanhamento, Apreciação e Pronúncia pela Assembleia da República no âmbito do Processo de Construção da União Europeia 1 Lei n.º 43/2006, de 25 de agosto (TP), com as alterações introduzidas pela Lei
Leia maisRegulamento das Sociedades Profissionais de Contabilistas Certificados e Sociedades de Contabilidade
REGULAMENTOS Regulamento das Sociedades Profissionais de Contabilistas Certificados e Sociedades de Contabilidade ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS Novembro 2018 Índice Preâmbulo 5 Capítulo I - Disposições
Leia maisINFORMAÇÃO PARA CLIENTES PARTICULARES E EMPRESARIAIS PESSOAS SINGULARES
INFORMAÇÃO PARA CLIENTES PARTICULARES E EMPRESARIAIS PESSOAS SINGULARES A partir de 25 de maio de 2018 passa a ser aplicável o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados Pessoais Regulamento n.º 2016/679,
Leia maisPor força de tal diploma legal, a NOPTIS estabelece a sua POLÍTICA DE PRIVACIDADE, nos termos que se seguem.
POLÍTICA DE PRIVACIDADE DE DADOS PESSOAIS Foi publicado o Regulamento 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados
Leia maisPOLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS
POLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTEÇÃO DE DADOS INTRODUÇÃO O Grupo processa 1 regularmente os dados pessoais 2 dos seus colaboradores e dos seus clientes individuais, atuais ou potenciais, bem como de terceiros,
Leia maisProcesso de arbitragem. Sentença
Processo de arbitragem Demandante: A Demandada: B Árbitro único: Jorge Morais Carvalho Sentença I Processo 1. O processo correu os seus termos em conformidade com o Regulamento do Centro Nacional de Informação
Leia maisDiploma DRE. Secção I. Regras gerais. Artigo 1.º. Objeto
Diploma Estabelece as regras e procedimentos de formação, alteração e revisão dos preços dos medicamentos sujeitos a receita médica e medicamentos não sujeitos a receita médica comparticipados, bem como
Leia maisPROJETO DE LEI N.º 826/XII/4.ª SIMPLIFICAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DO COMISSIONAMENTO DE CONTAS DE DEPÓSITO À ORDEM
PROJETO DE LEI N.º 826/XII/4.ª SIMPLIFICAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DO COMISSIONAMENTO DE CONTAS DE DEPÓSITO À ORDEM (ALTERA O DECRETO-LEI N.º 27-C/2000, DE 10 DE MARÇO, O DECRETO-LEI N.º 298/92, DE 31 DE DEZEMBRO
Leia maisRegulamento da CMVM n.º 19/2000 Fusão de Fundos de Investimento Mobiliário
Não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República Regulamento da CMVM n.º 19/2000 Fusão de Fundos de Investimento Mobiliário O Decreto-Lei nº 323/99, de 13 de Agosto, introduz alterações
Leia maisTRATAMENTO DE DADOS EM SAÚDE PRAZOS DE CONSERVAÇÃO
TRATAMENTO DE DADOS EM SAÚDE PRAZOS DE CONSERVAÇÃO 1 Desde 25 de maio de 2018 o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) passou a ser diretamente aplicável a todos os Estados-Membros da União Europeia.
Leia maisRegulamento de funcionamento do Provedor do Cliente
Regulamento de funcionamento do Provedor do Cliente ARTIGO 1º - Provedor do Cliente da INTER PARTNER ASSISTANCE 1. A Inter Partner Assistance S.A.- Sucursal Portugal, designa pelo prazo de um ano, renovável,
Leia maisREGULAMENTO DA COMISSÃO DE ÉTICA E CONDUTA DA GALP
REGULAMENTO DA COMISSÃO DE ÉTICA E CONDUTA DA GALP 1. Objeto O presente regulamento estabelece as competências, deveres e regras de funcionamento da Comissão de Ética e Conduta da Galp (doravante CEC ),
Leia maisLei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 9
Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários 2017 19ª Edição Atualização nº 9 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS Atualização nº 9 ORGANIZAÇÃO BDJUR BIBLIOTECA DIGITAL JURÍDICA EDITOR
Leia maisPROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR)
PROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR) O Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 66/2015, de 29 de abril, determina no n.º 10 do artigo
Leia maisArtigo 1º - Objeto Artigo 2º - Candidatos Artigo 3º - Ajudas Técnicas Artigo 4º - Prescrição das Ajudas Técnicas
Regulamento Interno Artigo 1º - Objeto O presente regulamento visa definir as condições de acesso e de atribuição de Ajudas Técnicas para utentes residentes no Concelho de Abrantes. O Centro de Recursos
Leia maisREGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS. Preâmbulo. A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, aprovou o regime jurídico das
REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS Preâmbulo A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, aprovou o regime jurídico das autarquias locais, o estatuto das entidades intermunicipais, o regime
Leia maisREGULAMENTO INTERNO DO COMITÉ TÉCNICO PARA OS VEÍCULOS AGRÍCOLAS (CT-VA) Adotado em 1 de julho de 2014
REGULAMENTO INTERNO DO COMITÉ TÉCNICO PARA OS VEÍCULOS AGRÍCOLAS (CT-VA) Adotado em 1 de julho de 2014 O COMITÉ TÉCNICO PARA OS VEÍCULOS AGRÍCOLAS, Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 167/2013 do Parlamento
Leia maisO PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU
O PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU O Provedor de Justiça Europeu procede a inquéritos para esclarecer eventuais casos de má administração na atuação de instituições, organismos, gabinetes e agências da União
Leia maisO art.º 120º da LTFP, sob a epígrafe Limites da duração do trabalho suplementar determina o seguinte:
ASSUNTO: Do acréscimo remuneratório devido por prestação de trabalho suplementar em dia de descanso semanal e da possibilidade da sua fixação por instrumento de regulamentação coletiva Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_4174/2018
Leia maisDIREITO AO ACOMPANHAMENTO E RESPETIVOS
DIREITOS DOS UTENTES DE SERVIÇOS DE SAÚDE DIREITO AO ACOMPANHAMENTO www.ers.pt DIREITO AO ACOMPANHAMENTO E RESPETIVOS DIREITOS E DEVERES DOS ACOMPANHANTES A Carta dos Direitos das Pessoas Doentes da Organização
Leia maisRealização de Acampamentos Ocasionais
Capítulo 470 Realização de Acampamentos Ocasionais MR.470.01.Vers.1.0.b Página 1 de 11 Conteúdo PREÂMBULO... 3 CAPÍTULO I - ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 4 Artigo 1.º Lei habilitante... 4 Artigo 2.º Âmbito e
Leia maisPOLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS 1. Introdução Esta Politica de Proteção de Dados Pessoais (PPD) foi elaborada por CADIn Neurodesenvolvimento e Inclusão, IPSS, com o número de pessoa coletiva 506285871,
Leia maisDECRETO N.º 364/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.
DECRETO N.º 364/XII Terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 27-C/2000, de 10 de março, trigésima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei
Leia maisPROJECTO DE LEI N.º 487/XI/2.ª
Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 487/XI/2.ª GARANTE O ACESSO GRATUITO DE TODOS OS CIDADÃOS A SERVIÇOS MÍNIMOS BANCÁRIOS E LIMITA A COBRANÇA DE DESPESAS DE MANUTENÇÃO DE CONTA POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES
Leia maisCONSELHO JURISDICIONAL
PARECER nº 105 / 2009 SOBRE: O acesso à informação de saúde das pessoas, pelos enfermeiros A questão colocada Coloca-se a questão de saber qual o regime deontológico e jurídico que regula o acesso do enfermeiro
Leia maisComissão Eventual de Inquérito à Rede de Cuidados Continuados Integrados da Região Autónoma dos Açores REGIMENTO DA COMISSÃO
1 Comissão Eventual de Inquérito à Rede de Cuidados Continuados Integrados da Região Autónoma dos Açores REGIMENTO DA COMISSÃO Artigo 1.º Objeto A Comissão Parlamentar de Inquérito à Rede de Cuidados Continuados
Leia maisPARECERES Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados
CONSULTA N.º 21/2008 Processos de Procuradoria Ilícita Direito de acesso a documentação CONSULTA Por email datado de de de, veio a Exma. Sra. Vogal deste Conselho Distrital de Lisboa, Dra. Maria Ascensão
Leia maisCentro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa Serviço de Auditoria Interna Regulamento Data e aprovação do órgão de gestão: 30 de Janeiro de 2019 Preâmbulo A gestão, cada vez mais complexa, das unidades de
Leia maisOS PARTIDOS POLÍTICOS NA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA
RESUMO Este texto expõe a relevância dos partidos políticos no contexto constitucional português. Para este efeito, analisam-se as linhas que institucionalizam as organizações político-partidárias; os
Leia maisREGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Artigo 1.º. (Objeto)
REGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM SOCIETÁRIA Artigo 1.º (Objeto) 1 O presente diploma estabelece o regime aplicável à resolução de litígios em matéria societária com recurso à arbitragem. 2 Podem ser submetidos
Leia maisCONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ANUAL
22 de abril de 2017 GLINTT GLOBAL INTELLIGENT TECHNOLOGIES, S.A. Sociedade Aberta Sede Social: Beloura Office Park, Edifício 10, Quinta da Beloura, 2710-693 Sintra Capital Social: 86.962.868,00 Número
Leia mais