Sérgio Moreira dos Santos, TRABALHO SOBRE EUTANÁSIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sérgio Moreira dos Santos, TRABALHO SOBRE EUTANÁSIA"

Transcrição

1 - 1 - TRABALHO SOBRE EUTANÁSIA Matéria: Direito Civil Professor: Drº Aluno: Sérgio Moreira dos Santos, RA: º do Curso de Direito, período noturno. UNIBAN Data: 20/02/2003.

2 - 2 - EUTANÁSIA Eutanásia é um tema bem atual e controvertido, contudo neste trabalho vou analisá-lo sobre os aspectos de sua definição e da questão morte, de sua situação no ordenamento jurídico brasileiro e das religiões, para daí então concluí-lo. A sua definição está compreendida como qualquer ato cometido ou omitido com o propósito de causar ou acelerar a morte de um ser humano após o seu nascimento, com o propósito de pôr fim ao sofrimento de alguém. A Declaração do Vaticano sobre a Eutanásia diz: Entende-se que a eutanásia é um ato ou uma omissão, que por si mesmo ou por intenção, causa a morte, para que assim todo o sofrimento seja eliminado. No tocante a morte, relaciona-se como a chamada morte cerebral. A Carta aos Profissionais da Saúde, do Vaticano (1995, n. 129) define o momento exato da morte que, antes de tudo, uma definição biomédica da morte: Uma pessoa está morta quando sofreu uma perda irreversível de toda capacidade de integrar e de coordenar as funções físicas e mentais do corpo. Essa exata definição deixa pouca dúvida que uma pessoa que tendo sofrido morte cerebral tenha pouca ou nenhuma esperança de recuperação.¹ No que diz respeito a situação da eutanásia no ordenamento jurídico brasileiro temos que "Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (...) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver", conforme dizia Santo Agostinho in Epistula 204,5: CSEL 57,320. Mais além, o atual Código Penal Brasileiro, com propriedade, não especifica o crime da eutanásia. O médico que mata seu doente alegando "compaixão" (!) comete crime de homicídio simples, tipificado no artigo 121, com pena de 6 a 20 anos de reclusão. O que ocorreu no Anteprojeto do Código Penal elaborado pela Comissão de "Alto Nível" nomeada pelo Ministro Íris Rezende foi exatamente o contrário. Distinguiu-se a eutanásia de um homicídio simples, não para aumentar, mas para diminuir sua pena. E a diminuição foi grande: reclusão de três a seis anos. O máximo para a pena da eutanásia (6 anos) passa a ser exatamente o mínimo para a pena do homicídio simples! A redação do parágrafo que se refere à eutanásia leva o leitor a ter uma grande simpatia pelo criminoso, quase absolvendo-o do crime. Leiamos: Art º - Se o autor do crime agiu por compaixão, a pedido da vítima, imputável e maior, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave: Pena - Reclusão de três a seis anos. O artigo ainda usa a palavra "crime" referindo-se à eutanásia, mas suaviza-a de várias formas. O criminoso não é tão culpado, pois agiu por

3 - 3 - "compaixão". Além disso foi o doente quem pediu que ele o matasse. A intenção foi "boa": abreviar um sofrimento físico insuportável. E há ainda uma boa "razão": a gravidade da doença. Vê-se como a nova redação prepara psicologicamente o país para a legalização da eutanásia, em perfeita harmonia com a legalização do aborto eugênico, colocado no inciso III do artigo 128, e para gáudio dos adeptos do nazismo. O parágrafo 4º do artigo 121 do Anteprojeto traz um caso de exclusão de ilicitude: "Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos, a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente, ou na sua impossibilidade, de ascendente, descendente, cônjuge, companheiro ou irmão." "Quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se em consciência 'renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida, sem contudo interromper os cuidados normais devidos ao doente em casos semelhantes'. (...) A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana defronte à morte" (SS. João Paulo II, Encíclica Evangelium Vitae, n.º 65; os grifos são meus). Com relação a eutanásia no plano religioso temos que as 03 (três) grandes religiões do mundo (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) condenam categoricamente a morte de uma pessoa, que por iniciativa própria, quer por provocação alheia; conforme consta no 5º (quinto) mandamento previsto na Bíblia e seguido por Judeus, Cristãos e Islânicos. Considerando como, na questão religiosa, o Islamismo é o direcionador de quase tudo na vida do islão, passo a visão do tema na religião Islâmica, como segue. Segundo a legislação islâmica, todos os direitos humanos provêm de Deus. Não são presente de uma pessoa a outra e nem propriedade de qualquer criatura que algumas vezes os distribui e outras vezes os retém (injustamente). Direitos humanos são revelados no Corão em versos claros e decisivos. São confirmados por garantias religiosas e morais, independentemente da punição legal que deve ser imposta aos possíveis infratores e abusadores. Tanto o Corão como a Suna apresentam uma série de direitos que Deus concedeu às pessoas na sociedade. A Shari'a (tradição jurídica muçulmana, código penal islâmico), cujas fontes principais são o Corão e a Suna, é praticamente mil anos mais antiga do que o atual conceito sobre direitos humanos. Ética médica islâmica apresenta, resumidamente, o que diz o Código Islâmico de Ética Médica, um importante documento elaborado

4 - 4 - pela Organização Islâmica de Ciências Médicas e aprovado na 1ª Conferência Internacional de Medicina Islâmica, realizada no Kuwait em 1981 (13). Ao traçar o perfil do médico islâmico, este jura "proteger a vida humana em todos os estágios e sob quaisquer circunstâncias, fazendo o máximo para libertá-la da morte, doença, dor e ansiedade". No elenco das características do médico, é dito que ele deve saber que a "vida é de Deus (...) dada somente por Ele (...) e que a morte é a conclusão de uma vida e o começo de outra. Ainda no Código Islâmico de Ética Médica, sobre o valor da vida humana e eutanásia: "A vida humana é sagrada (...) e não deve ser tirada voluntariamente, exceto nas indicações específicas de jurisprudência islâmica, as quais estão fora do domínio da profissão médica. O médico não tirará a vida, mesmo quando movido pela compaixão. O médico, na defesa da vida, é aconselhado a perceber os limites, e não transgredi-los. Se é cientificamente certo que a vida não pode ser restaurada, então é uma futilidade manter o paciente em estado vegetativo utilizando-se de medidas heróicas de animação ou preservá-lo por congelamento ou outros métodos artificiais. O médico tem como objetivo manter o processo da vida e não o processo do morrer. Em qualquer caso, ele não tomará nenhuma medida para abreviar a vida do paciente. Declarar uma pessoa morta é uma responsabilidade grave que em última instância é do médico. Ele apreciará a gravidade do seu diagnóstico e o transmitirá com toda a honestidade, e somente quando estiver certo disto. Ele pode dirimir qualquer dúvida buscando conselho e utilizando-se dos modernos instrumentos científicos. Em relação ao paciente incurável, o médico fará o melhor para cuidar da vida, prestará bons cuidados, apoio moral e procurará livrar o paciente da dor e aflição (11). Resumindo a posição islâmica em relação à eutanásia: a concepção da vida humana como sagrada, aliada a "limitação drástica da autonomia da ação humana", proíbem a eutanásia, bem como o suicídio. O médico é um soldado da vida. Os médicos não devem tomar medidas positivas para abreviar a vida do paciente. Se a vida não pode ser restaurada é inútil manter uma pessoa em estado vegetativo utilizando-se de medidas heróicas. Diante de todo o exposto concluo ser contrário a eutanásia pelas justificativas contidas em diversos parágrafos acima e ainda que pelo que a morte é contrária a natureza do Homem, a vida quer a vida e não a morte, a morte deve ser conseqüência natural do curso que a natureza impõe a todo ser vivo e não deve o homem, por iniciativa própria ou alheia abreviar esse curso.

5 - 5 - Bibliográfica: - Santo Agostinho in Epistula 204,5: CSEL 57,320; - Código Penal Brasileiro - critério da morte cerebral; Condenação de procedimento usado em transplantes tem apoio de 19 países, JOSÉ MITCHELL - Jornal do Brasil - 12/12/ livro OS FATOS DA VIDA, de Brian Clowes, PhD - Tradução da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Capitulo V) - Internet ( codigopenal@mj.gov.br). Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz; 1º de abril de 1998;

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 4ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 4ª ª- DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 4ª - Parte Direito penal Iv 2 Prof. Rubens Correia Jr. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO Na verdade é um caso de diminuição de pena: Redução de 1/6 a 1/3 Relevante valor social:

Leia mais

EUTANASIA: O QUE É, E COMO PODE NOS INFLUENCIAR. Gabriel Alves Cardoso Vitor Hugo Dall Farra

EUTANASIA: O QUE É, E COMO PODE NOS INFLUENCIAR. Gabriel Alves Cardoso Vitor Hugo Dall Farra EUTANASIA: O QUE É, E COMO PODE NOS INFLUENCIAR Gabriel Alves Cardoso Gabriel.gac@live.com Vitor Hugo Dall Farra vitordldf@gmail.com Resumo: Neste trabalho tentaremos esclarecer o que é eutanásia, quais

Leia mais

A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012

A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012 A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012 Reforma e Consolidação de Leis Os Ganhos da Consolidação e Atualização das Leis Penais Os riscos do açodamento Omissão de Socorro Art. 394. Deixar de

Leia mais

LEGALIZAR OU MANTER A CRIMINALIZAÇÃO? ABORTO NO MUNDO ABORTO NO BRASIL

LEGALIZAR OU MANTER A CRIMINALIZAÇÃO? ABORTO NO MUNDO ABORTO NO BRASIL ABORTO O QUE É? Do ponto de vista clínico, aborto é a interrupção prematura da gravidez, havendo a retirada do embrião ou feto do útero da mulher, podendo ser espontâneo (ocorrer por causas naturais) ou

Leia mais

EUTANÁSIA Elis Regina de Oliveira Martins da SILVA 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2

EUTANÁSIA Elis Regina de Oliveira Martins da SILVA 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2 EUTANÁSIA Elis Regina de Oliveira Martins da SILVA 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2 RESUMO: A Eutanásia é um procedimento através do qual a morte do indivíduo é adiantada como forma de eliminar o sofrimento

Leia mais

TESTAMENTO VITAL PROFA, DANIELA PEREZ AULA 25/11/ LEGALE

TESTAMENTO VITAL PROFA, DANIELA PEREZ AULA 25/11/ LEGALE TESTAMENTO VITAL PROFA, DANIELA PEREZ AULA 25/11/2017 - LEGALE TESTAMENTO VITAL OU DAV DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE Testamento vital, ou declaração de última vontade é uma declaração feita pela pessoa

Leia mais

JORNADA SUL BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia PROF. MOACIR ARUS FAMED- UFRGS

JORNADA SUL BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia PROF. MOACIR ARUS FAMED- UFRGS 47ª JOSULBRA JORNADA SUL BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia PROF. MOACIR ARUS FAMED- UFRGS CANELA,28-30 de Abril de 2012. Rio Grande do Sul EUTANÁSIA ORTONÁSIA DISTANÁSIA

Leia mais

1. Contexto ético. Dignidade humana

1. Contexto ético. Dignidade humana 1. Contexto ético Dignidade humana A partir da ideia de autonomia, A partir da condição da filiação divina, A partir do direito, A partir da sua liberdade. Pergunta: os princípios de não maleficência e

Leia mais

Reflexões sobre o ato de Morrer Distanásia, Ortotanásia e Eutanásia

Reflexões sobre o ato de Morrer Distanásia, Ortotanásia e Eutanásia Reflexões sobre o ato de Morrer Distanásia, Ortotanásia e Eutanásia Armando José d Acampora, MD, PhD Professor de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNISUL Professor de Humanidades Médicas da

Leia mais

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a eutanásia

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a eutanásia Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a eutanásia 1. As questões ligadas à legalização da eutanásia e do suicídio assistido estão em discussão na Assembleia da

Leia mais

LIÇÃO 5 ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA. Prof. Lucas Neto

LIÇÃO 5 ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA. Prof. Lucas Neto LIÇÃO 5 ÉTICA CRISTÃ, PENA DE MORTE E EUTANÁSIA Prof. Lucas Neto A GLÓRIA É DE DEUS INTRODUÇÃO A PENA DE MORTE E A EUTANÁSIA A pena de morte e a eutanásia são temas na atualidade carregados de uma grande

Leia mais

MÓDULO: CP 5 Deontologia e Princípios Éticos Formadores: Dra. Sandra Ferreira / Dr. Manuel Leite

MÓDULO: CP 5 Deontologia e Princípios Éticos Formadores: Dra. Sandra Ferreira / Dr. Manuel Leite ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESÁRIAS MÓDULO: CP 5 Deontologia e Princípios Éticos Formadores: Dra. Sandra Ferreira / Dr. Manuel Leite 21/07/2009 1 A EUTANÁSIA PRINCÍPIOS ÉTICOS Após leitura de dois textos

Leia mais

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 04 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 04 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

Eutanásia Proposta de redação: Eutanásia Toda a vida é um preparatio mortis e é por isso que a última palavra e o último gesto são um direito que ninguém lhe pode roubar. (Maria de Fátima Freire de Sá)

Leia mais

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. de natureza grave

Leia mais

RESPONSABILIDADE PENAL DO MÉDICO

RESPONSABILIDADE PENAL DO MÉDICO RESPONSABILIDADE PENAL DO MÉDICO Guilherme Madi Rezende O artigo abaixo é a síntese da palestra Responsabilidde Penal do Médico, proferida para médicos e demais profissionais da área de saúde. O primeiro

Leia mais

1. Homicídio Qualificado proposto artigo 121, parágrafo 1º, inciso II.

1. Homicídio Qualificado proposto artigo 121, parágrafo 1º, inciso II. Exmos (as) Senhores (as) Membros da Comissão de Reforma do Código Penal A Comissão de Bioética e Biodireito da Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Estado do Rio de Janeiro (CBB/OABRJ) vem, à presença

Leia mais

EUTANÁSIA: O DIREITO DE MATAR E O DIREITO DE MORRER Letícia Santello BERTACO 1

EUTANÁSIA: O DIREITO DE MATAR E O DIREITO DE MORRER Letícia Santello BERTACO 1 EUTANÁSIA: O DIREITO DE MATAR E O DIREITO DE MORRER Letícia Santello BERTACO 1 RESUMO: Esse trabalho tem a pretensão de analisar a eutanásia no que concerne às questões morais, religiosas, sociais, médicas

Leia mais

Início e Fim da Vida Dilemas e Legislação Atual

Início e Fim da Vida Dilemas e Legislação Atual Início e Fim da Vida Dilemas e Legislação Atual Prof. Dr. Hermes de Freitas Barbosa Centro de Medicina Legal Departamento de Patologia e Medicina Legal Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade

Leia mais

ORTOTANÁSIA: A AUTONOMIA DA VONTADE DO PACIENTE E A OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA DO MÉDICO

ORTOTANÁSIA: A AUTONOMIA DA VONTADE DO PACIENTE E A OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA DO MÉDICO ORTOTANÁSIA: A AUTONOMIA DA VONTADE DO PACIENTE E A OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA DO MÉDICO Carlos Vital Tavares Correa Lima Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) O FUTURO UM MUNDO MELHOR AUTONOMIA

Leia mais

Reforma do Código Penal pretende esmagar o que resta de valores cristãos

Reforma do Código Penal pretende esmagar o que resta de valores cristãos Reforma do Código Penal pretende esmagar o que resta de valores cristãos Em 27 de junho de 2012, uma Comissão de Juristas entregou ao presidente do Senado, José Sarney, o anteprojeto de reforma do Código

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A eutanásia no direito brasileiro Isaac Peixoto Costa Rosa* 1. A EUTANÁSIA NO CÓDIGO PENAL VIGENTE Dentro da legislação penal infraconstitucional nacional, Código Penal Brasileiro

Leia mais

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas privativas de liberdade. Prof.ª Maria Cristina Cálculo da pena Art. 68 A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código, em seguida serão consideradas as circunstâncias

Leia mais

CREMERS 26 de novembro, Fórum de Cuidados Paliativos

CREMERS 26 de novembro, Fórum de Cuidados Paliativos CREMERS 26 de novembro, 2010. Fórum de Cuidados Paliativos Aspectos jurídicos sobre a decisão de suspender o tratamento curativo Lívia Haygert Pithan Professora da Faculdade de Direito e Pesquisadora do

Leia mais

Falar de Eutanásia e Distanásia

Falar de Eutanásia e Distanásia Falar de Eutanásia e Distanásia Gabriela Mimoso Ética em cuidados intensivos neonatais e pediátricos UCINP - Funchal 5 a 6 Outubro 2012 O médico deve tentar a cura daqueles que podem ser curados, diminuir

Leia mais

ASPECTOS RELEVANTES DA EUTANÁSIA

ASPECTOS RELEVANTES DA EUTANÁSIA ASPECTOS RELEVANTES DA EUTANÁSIA Tiago Alexandre Gomes Ferreira da Silva 1 RESUMO: Este artigo busca abordar um tema polêmico e complexo no âmbito jurídico internacional, pode ser igualada a questão do

Leia mais

A morte e o morrer. Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle

A morte e o morrer. Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle A morte e o morrer Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle Conceitos de morte Morrer é o cessar irreversível: 1- da função de todos órgãos, tecidos e células; 2- do fluxo de todos os fluídos do corpo incluindo

Leia mais

Medicina Legal. Traumatologia Forense. Professor Fidel Ribeiro.

Medicina Legal. Traumatologia Forense. Professor Fidel Ribeiro. Medicina Legal Traumatologia Forense Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Medicina Legal SUBDIVISÕES DA MEDICINA LEGAL A) Antropologia Forense Estuda a identidade e a identificação do

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

A EUTANÁSIA INTRODUÇÃO

A EUTANÁSIA INTRODUÇÃO A EUTANÁSIA INTRODUÇÃO 1. Este tema da Eutanásia, até agora praticamente considerado como tabu para a sociedade portuguesa, assumiu, recentemente, um enorme interesse cívico, mercê da sua inclusão na agenda

Leia mais

TPI EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO EXÉRCITO DE SALVAÇÃO TOMADA DE POSIÇÃO INTERNACIONAL

TPI EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO EXÉRCITO DE SALVAÇÃO TOMADA DE POSIÇÃO INTERNACIONAL TPI EXÉRCITO DE SALVAÇÃO TOMADA DE POSIÇÃO INTERNACIONAL EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO TPI TOMADA DE POSIÇÃO O Exército de Salvação acredita firmemente que todas as pessoas merecem compaixão e cuidado

Leia mais

ÍNDICE. Introdução Código Ético CUF

ÍNDICE. Introdução Código Ético CUF CÓDIGO DE ÉTICA ÍNDICE Introdução Código Ético CUF 3 5 Valor Respeito absoluto pela vida humana Dignidade da pessoa Autonomia das decisões pessoais Responsabilidade individual e de grupo 6 8 9 10 2 INTRODUÇÃO

Leia mais

MORTE, EUTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E DISTANÁSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

MORTE, EUTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E DISTANÁSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. MORTE, EUTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E DISTANÁSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. BARBOSA, Débora de Morais Barbosa 1 Diandra Karla Silva Damasceno 1 Francyelle Adriana da Silva Belo 1 Hadassa Oliveira Carmo 1 Juliana

Leia mais

CRIMES CONTRA A HONRA. (continuação)

CRIMES CONTRA A HONRA. (continuação) LEGALE CRIMES CONTRA A HONRA (continuação) Difamação Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação Atenção: difamar é imputar a prática de um fato Pena: detenção (de 3 meses a 1 ano, e multa)

Leia mais

2. Reflexões sobre ética médica no século XXI... 19

2. Reflexões sobre ética médica no século XXI... 19 Índice geral Prefácio........................... 5 Agradecimentos....................... 7 1. Ética, ética médica, bioética................ 9 Walter Osswald Medicina e médicos 10 O juramento hipocrático

Leia mais

OPÇÃO POR UMA MORTE DIGNA COMEÇA A SER DISCUTIDA

OPÇÃO POR UMA MORTE DIGNA COMEÇA A SER DISCUTIDA Temas Polémicos no Direito de Família atual OPÇÃO POR UMA MORTE DIGNA COMEÇA A SER DISCUTIDA Ninguém gosta de falar sobre morte, mas muitas vezes é preciso, principalmente quando envolve decisões. Indaga-se:

Leia mais

Teoria geral do crime

Teoria geral do crime CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 48 DATA 09/10/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

A Eutanásia em Portugal

A Eutanásia em Portugal [Escrever texto] [Escrever texto] [Escrever texto] 16-9-2010 A Eutanásia em Portugal [Escrever texto] Página 1 Índice Introdução... 3 A Eutanásia na nossa sociedade... 4 Primeiro estudo feito em Portugal

Leia mais

EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO

EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO EJA 4ª FASE PROF. LUIS CLAÚDIO CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA Unidade II As tradições religiosas e os textos sagrados. 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO

Leia mais

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança.

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança. Legislação Especial Wallace França EXERCÍCIOS Lei dos Crimes hediondos Art. 1 o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código

Leia mais

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães Art. 159 "Aquele que por ação ou omissão voluntária ou involuntária, negligência, ou imprudência violar direito ou

Leia mais

14/6/2012. E formouo SenhorDeus o homemdo óda terra, e soprou-lhenasnarinaso ôlegoda vida (espírito); e o homem ornou-se alma vivente.

14/6/2012. E formouo SenhorDeus o homemdo óda terra, e soprou-lhenasnarinaso ôlegoda vida (espírito); e o homem ornou-se alma vivente. Ventilação Mecânica em Paciente Terminal QuandoaVentilação Mecânica é Obstinação Terapêutica Alexandre Pinto Cardoso Md Phd Professor Pneumologia Fac. Medicina UFRJ Diretor Divisão de Tiso-Pneumologia

Leia mais

INTRODUÇÃO HISTÓRICO E CONCEITOS

INTRODUÇÃO HISTÓRICO E CONCEITOS INTRODUÇÃO HISTÓRICO E CONCEITOS Para os candidatos a delegados de polícia, não é necessária uma literatura muito aprofundada em Medicina Legal. Bibliografia sugerida: 1 Genival Veloso de França, Medicina

Leia mais

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia 1) O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática

Leia mais

Índice. Introdução. Código Ético saúdecuf

Índice. Introdução. Código Ético saúdecuf Código de Ética Índice 1 2 5 Introdução Código Ético saúdecuf 7 11 13 15 Valores Respeito absoluto pela vida humana Dignidade da pessoa Autonomia das decisões pessoais Responsabilidade individual e de

Leia mais

O Aborto e suas implicações éticas frente ao Direito

O Aborto e suas implicações éticas frente ao Direito O Aborto e suas implicações éticas frente ao Direito Maycon Roberto Elvira 1 Nome do autor SOBRENOME 2 R.A: 001.112.146 RESUMO: O tema do aborto pode ser tratado, visto por diversas perspectivas uma delas

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÁTÃO CURRÍCULO DISCIPLINAR 9º ANO EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA (EMRC) (SNEC)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÁTÃO CURRÍCULO DISCIPLINAR 9º ANO EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA (EMRC) (SNEC) AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÁTÃO CURRÍCULO DISCIPLINAR 9º ANO EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA (EMRC) (SNEC) 2015-16 9 º ANO Unidade Letiva 1 - A Dignidade da Vida Humana METAS OBJETIVOS CONTEÚDOS 1.

Leia mais

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Mira. Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Agrupamento de Escolas de Mira. Departamento de Ciências Sociais e Humanas Agrupamento de Escolas de Mira Departamento de Ciências Sociais e Humanas Educação Moral e Religiosa Católica 2016/2017 9º Ano PLANO ANUAL Unidade temática Unidade Letiva 1 - A Dignidade da vida Humana

Leia mais

(continuação) crimes contra a pessoa Vida

(continuação) crimes contra a pessoa Vida LEGALE (continuação) crimes contra a pessoa Vida Participação em suicídio Participação em suicídio - o suicídio em si não é crime. Porém, por se tratar de direito humano, é indisponível (não há o direito

Leia mais

CRIMES CONTRA A PESSOA

CRIMES CONTRA A PESSOA LEGALE CRIMES CONTRA A PESSOA Honra (continuação) Honra Injúria Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro Atenção: Injuriar não é imputar a prática de um fato Honra Pena: detenção (de 1 a

Leia mais

Simpósio dos Comitês de Bioética do Estado de São Paulo. Suicídio assistido: estratégia para o final de vida?

Simpósio dos Comitês de Bioética do Estado de São Paulo. Suicídio assistido: estratégia para o final de vida? Simpósio dos Comitês de Bioética do Estado de São Paulo Suicídio assistido: estratégia para o final de vida? Terminalidade da Vida. Conceitos importantes: Eutanásia: boa morte. prática pela qual se abrevia

Leia mais

I CONGRESSO PAULISTA DE DIREITO MÉDICO DO CREMESP MAIO/2018 EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL

I CONGRESSO PAULISTA DE DIREITO MÉDICO DO CREMESP MAIO/2018 EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL I CONGRESSO PAULISTA DE DIREITO MÉDICO DO CREMESP MAIO/2018 EUTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL 1. 6 em casa 10 cidadãos não se preparam para a aposentadoria. 2. Sociedade

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Fundamentais Direito à vida Profª. Liz Rodrigues - Legislação infraconstitucional: o Código Penal prevê excludentes de antijuridicidade (arts. 23 a 25), quando o ato não

Leia mais

PSICOLOGIA HOSPITALAR E EUTANÁSIA

PSICOLOGIA HOSPITALAR E EUTANÁSIA PSICOLOGIA HOSPITALAR E EUTANÁSIA Taisa Ferraz da Silva Cruz RESUMO O presente artigo traz reflexões acerca de um tema considerado polêmico: a eutanásia. Para tanto, discute algumas leis acerca do mesmo,

Leia mais

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br O QUE SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS? Direitos fundamentais do indivíduo (pessoa física ou jurídica), garantindo-lhe iniciativa autônoma

Leia mais

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA Pressupostos da responsabilidade civil extracontratual (CC/02, art. 186) Conduta culposa Nexo causal Dano 1. A conduta - Conduta é gênero, de que são espécies:

Leia mais

Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/ *****

Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/ ***** Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/1980 - ***** Ementa: Adota os fundamentos do parecer no processo CFM n.º 21/80, como interpretação autêntica dos dispositivos deontológicos

Leia mais

MEDICINA LEGAL. Traumatologia. Energias Vulnerantes Físicas e Não Mecânica Parte 4. Profª. Leilane Verga

MEDICINA LEGAL. Traumatologia. Energias Vulnerantes Físicas e Não Mecânica Parte 4. Profª. Leilane Verga MEDICINA LEGAL Traumatologia Parte 4 Profª. Leilane Verga Lesões corporais de natureza penal Lesões leves Lesões graves LESÕES CORPORAIS DE NATUREZA PENAL Lesão corporal = todo e qualquer dano ocasionado

Leia mais

EUTANÁSIA E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

EUTANÁSIA E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA EUTANÁSIA E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA EUCLYDES ANTÔNIO DOS SANTOS FILHO * Terri Schiavo era uma mulher de 41 anos, residente na Flórida, em estado vegetativo há mais de 15 anos. Seu marido, Michael Schiavo,

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: eutanásia;influência religiosa; meios de comunicação de massa.

PALAVRAS-CHAVE: eutanásia;influência religiosa; meios de comunicação de massa. EUTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO: aspectos jurídicos, religiosos e éticos. 1 Mariana Morais Soares AMORIM 2 Aline Cristina de SOUSA 3 Bruno Ribeiro e MELO 4 Gilnez ALCÂNTARA 5 Jaqueline MORELO

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.psc.br Contextos Atendimento

Leia mais

Simpósio de Direito Médico módulo I Ribeirão Preto, 30/03/2017. Marco Tadeu Moreira de Moraes Médico Reumatologista Conselheiro do CREMESP

Simpósio de Direito Médico módulo I Ribeirão Preto, 30/03/2017. Marco Tadeu Moreira de Moraes Médico Reumatologista Conselheiro do CREMESP Simpósio de Direito Médico módulo I Ribeirão Preto, 30/03/2017 Marco Tadeu Moreira de Moraes Médico Reumatologista Conselheiro do CREMESP Criança visão histórica Mundo Grego-romano: Esparta educação guerreira

Leia mais

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Tentativa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal TENTATIVA Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado TÍTULO II Do Crime I consumado, quando nele se reúnem todos

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 3

TEORIA DO DELITO parte 3 TEORIA DO DELITO parte 3 EXCLUDENTES DE ILICITUDE Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

Leia mais

R O Q U E D E B R I T O A L V E S

R O Q U E D E B R I T O A L V E S R O Q U E D E B R I T O A L V E S Membro da Comissão Especial de Estudos do Anteprojeto de Reforma do Código Penal da OAB/PE COMENTÁRIOS E SUGESTÕES PARA AS PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO DA COMISSÃO DO ANTEPROJETO

Leia mais

Direito Penal. Homicídio

Direito Penal. Homicídio Direito Penal Homicídio Homicídio Eliminação da vida humana extrauterina (bem jurídico tutelado); Se intrauterina: aborto (arts. 124-126 do CP); Vida intrauterina: entre a nidação e o início do parto;

Leia mais

AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA

AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA AULA 2 16/02/11 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 1 O TÍTULO I DOS CRIMES CONTRA À PESSOA Causa espécies estranheza o fato de o legislador haver nominado o Título I de Dos crimes contra a pessoa. Ora, senão,

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma

Leia mais

CÓDIGO PENAL. Artigo 1.º Objeto A presente Lei altera o Código Penal, reforçando a proteção jurídico-penal dos jornalistas no exercício de funções.

CÓDIGO PENAL. Artigo 1.º Objeto A presente Lei altera o Código Penal, reforçando a proteção jurídico-penal dos jornalistas no exercício de funções. ou por causa delas Artigo 1.º Objeto A presente Lei procede à alteração do Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de setembro, com as posteriores alterações, tornando crime público as

Leia mais

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém ENCONTRO 04 1.4. Imputabilidade - A responsabilidade decorre apenas da conduta? - A reprovabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento do agente? (Sim. - Que significa imputar? - Há como responsabilizar

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

da criminalidade violenta, no mundo tem voltado a despertar a polêmica a respeito da pena de morte.

da criminalidade violenta, no mundo tem voltado a despertar a polêmica a respeito da pena de morte. O O aumento da criminalidade, principalmente da criminalidade violenta, no mundo tem voltado a despertar a polêmica a respeito da pena de morte. O No Brasil, um dos países mais violentos do mundo, esta

Leia mais

Cuidar da vida até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer

Cuidar da vida até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer : Contributo para a reflexão ética sobre o morrer 1. A discussão em curso na nossa sociedade Nota pastoral da CEP A dignidade da pessoa na fase final da vida tem sido, nos últimos meses, objecto de debate

Leia mais

Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito

Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito Documentos médicos Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito Atestado Atestado médico Atestado médico Conceito Afirmação escrita e assinada, que uma pessoa faz da verdade

Leia mais

A Confissão no Processo Penal.

A Confissão no Processo Penal. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UnB Faculdade de Direito FD Teoria Geral do Processo II A Confissão no Processo Penal. Caroline Gonçalves Passetto 11/0147383 carolpassetto@gmail.com Brasília, 31 de maio de 2012.

Leia mais

ÉTICA BIOMÉDICA - CONCLUSÃO

ÉTICA BIOMÉDICA - CONCLUSÃO ÉTICA BIOMÉDICA - CONCLUSÃO 18 DE MARÇO DE 2013 (12ª aula) Sumário da Aula Anterior: A investigação com células estaminais: problemas éticos e legislação vigente. O Projecto do Genoma Humano: implicações

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA EUTANÁSIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA EUTANÁSIA EUTANÁSIA PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA 1 Eutanásia é a ação médica intencional de apressar ou provocar a morte com exclusiva finalidade benevolente de pessoa que se encontre em situação considerada irreversível

Leia mais

demonstra o grande poder de Deus.

demonstra o grande poder de Deus. O A vida humana é um mistério que demonstra o grande poder de Deus. O Apesar de toda sua ciência e tecnologia, o homem não é capaz de definir o exato instante em que veio a surgir como ser, pois ninguém

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO. Projeto de Lei da Câmara nº 3131/2008 (Projeto de Lei do Senado nº 88/2007)

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO. Projeto de Lei da Câmara nº 3131/2008 (Projeto de Lei do Senado nº 88/2007) COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Projeto de Lei da Câmara nº 3131/2008 (Projeto de Lei do Senado nº 88/2007) (Apensos os Projetos de Lei nºs. 6132, de 2002; 3716, de 2004;

Leia mais

Direito Penal. Lesão Corporal

Direito Penal. Lesão Corporal Direito Penal Lesão Corporal Lesão Corporal Art. 129 do CP Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão Corporal Noção Geral: todo e qualquer dano

Leia mais

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque

OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque OAB 1ª Fase Direitos Humanos Emilly Albuquerque 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO (1948) 1) Objetivo:

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 Recursos de estudo na Área do Aluno Site SJT Educação Médica Aula À La Carte Simulados Presenciais e on-line Cursos Extras Antibioticoterapia Prático SJT Diagnóstico por imagem Eletrocardiografia Revisão

Leia mais

RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL

RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 4 Conceito... 5 Características da Responsabilidade Internacional... 5 Formas de Responsabilidade Internacional...7 2. NATUREZA

Leia mais

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL ONLINE CONCURSO PARA CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS DIREITO PENAL DO (CP, artigos 13 a 25) O QUE É? Conceito analítico ANTIJURÍDICO ou ILÍCITO CULPÁVEL TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE CULPABILIDADE

Leia mais

A OBRIGAÇÃO DO MÉDICO E SUA RESPONSABILIDADE CIVIL DIANTE DA TRANSFUSÃO DE SANGUE

A OBRIGAÇÃO DO MÉDICO E SUA RESPONSABILIDADE CIVIL DIANTE DA TRANSFUSÃO DE SANGUE A OBRIGAÇÃO DO MÉDICO E SUA RESPONSABILIDADE CIVIL DIANTE DA TRANSFUSÃO DE SANGUE Giovana JERÔNIMO RESUMO: O presente trabalho abordará os direitos e deveres do médico dentro de sua obrigação média, analisada

Leia mais

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento

Leia mais

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Direitos Humanos no Ordenamento Nacional. Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1. Profª.

DIREITOS HUMANOS. Direitos Humanos no Ordenamento Nacional. Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1. Profª. DIREITOS HUMANOS Direitos Humanos no Ordenamento Nacional Instrumentos Normativos de Proteção aos Direitos Humanos Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - A Lei n. 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito

Leia mais

BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS

BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS BIODIREITO PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA 1 1. Conceito de biodireito O biodireito é um novo ramo do estudo jurídico, resultado do encontro entre a bioética e o biodireito. 2 É o ramo do Direito Público que

Leia mais

EUTANÁSIA E DIREITO A VIDA

EUTANÁSIA E DIREITO A VIDA EUTANÁSIA E DIREITO A VIDA Martins, Stephanie Caroline 1 RESUMO: Em princípio este presente artigo busca relatar assuntos que gerem a eutanásia e direito a vida, a fim de esboçar meus conhecimentos que

Leia mais

EUTANÁSIA: MORRER COM DIGNIDADE

EUTANÁSIA: MORRER COM DIGNIDADE EUTANÁSIA: MORRER COM DIGNIDADE Jéssica Amaral 1 ; Vinicius de Almeida Gonçalves 2 Resumo Um dos temas mais polêmicos da atualidade é a Eutanásia. Legalizada em alguns países e proibida na maioria, a escolha

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco

PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática. Professor: Rodrigo J. Capobianco PÓS GRADUAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL Legislação e Prática Professor: Rodrigo J. Capobianco LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI DOS CRIMES HEDIONDOS Lei 8072/90 Trata dos crimes hediondos e dos assemelhados (equiparados)

Leia mais

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente.

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Crimes Qualificados ou Agravados pelo Resultado PONTO 2: Erro de Tipo PONTO 3: Erro de Tipo Essencial PONTO 4: Erro determinado por Terceiro PONTO 5: Discriminantes Putativas PONTO

Leia mais

Morte Encefálica: aspectos ético-legais

Morte Encefálica: aspectos ético-legais Morte Encefálica: aspectos Maria Elisa Villas-Bôas CREMEB/CFM nov./16 A morte: conceito médico-jurídico Art. 6. : A existência da pessoa natural termina com a morte (...). Código Civil Brasileiro (Lei

Leia mais