UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO BIOLOGIA DE AGENTES INFECCIOSOS E PARASITÁRIOS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO BIOLOGIA DE AGENTES INFECCIOSOS E PARASITÁRIOS TRANSMISSÃO DE MALÁRIA HUMANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO DE BELO MONTE, ESTADO DO PARÁ, BRASIL Belém-Pará 2015

2 DAILSON COELHO ABREU TRANSMISSÃO DE MALÁRIA HUMANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO DE BELO MONTE, ESTADO DO PARÁ, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Orientadora: Dra. Marinete Marins Póvoa Belém-Pará 2015

3 DAILSON COELHO ABREU TRANSMISSÃO DE MALÁRIA HUMANA NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO DE BELO MONTE, ESTADO DO PARÁ, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários. Orientador: Prof. Dra. Marinete Marins Póvoa Laboratório de Pesquisas Básicas e de Entomologia de Malária. Instituto Evandro Chagas/Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Ananindeua, Pará. Banca Examinadora: Prof. Dr. Ediclei Lima do Carmo (Membro) Profa. Dra. Jeannie Nascimento dos Santos (Membro) Prof. Dr. Francisco Tiago de Vasconcelos Melo (Membro) Profa. Dra. Monica Cristina de Moraes silva Bonfim (Suplente) Belém, 28 de julho de 2015.

4 Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha. Confúcio.

5 Aos ilustres técnicos em entomologia de malária do Instituto Evandro Chagas, em especial aos Sr. Lacerda, Galiza e Lessa.

6 AGRADECIMENTOS À Universidade Federal do Pará que através do Programa de Pós Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (PPG BAIP) abre a possibilidade de formação a estudantes de outras regiões do país e até mesmo de outros lugares do mundo. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela concessão de bolsa de estudos. A Norte Energia S.A. pelo apoio financeiro A minha orientadora Dra Marinete Póvoa pelo aprendizado. Ao Instituto Evandro Chagas e a equipe do Laboratório de Entomologia de Malária pela concessão de espaço e disposição para ensinar, o que foi fundamental para a realização deste trabalho. Aos colegas/amigos de curso por vibrarmos juntos a cada etapa cumprida desse desafio. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, pela concessão de afastamento para aperfeiçoamento. Aos familiares em especial meus pais Aloísio e Ivoneide por permitirem meu caminhar até aqui. À minha noiva Danúbia Freitas pela paciência e motivação durante esta caminhada.

7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... 7 RESUMO... 8 ABSTRACT INTRODUÇÃO MALÁRIA HUMANA EPIDEMIOLOGIA BIOLOGIAS DOS VETORES Ovos Larvas Pupas Adultos TRANMISSÃO DA MALÁRIA MALÁRIA E GRANDES PROJETOS OBJETIVOS Geral Específicos MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO COLETA DE ANOFELINOS Adultos Formas imaturas... 27

8 2.3. DADOS CLIMÁTICOS E GEOGRÁFICOS IDENTIFICAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS ESPÉCIMES ADULTOS E IMATUROS COLETADOS DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PICADA POR HOMEM E POR HORA IPHH DETERMINAÇÃO DA TAXA DE PARIDADE DETERMINAÇÃO DA TAXA DE INFECTIVIDADE NATURAL DOS ESPÉCIMES COLETADOS, POR ESPÉCIE E HORA DE COLETA DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE INOCULAÇÃO ANUAL IIA ASPECTOS ÉTICOS E AMBIENTAIS ANÁLISE ESTATÍSTICA RESULTADOS DIVERSIDADE E DENSIDADE DAS ESPÉCIES ADULTAS COLETADAS DIVERSIDADE E DENSIDADE DE FORMAS IMATURAS COLETADAS INDICE DE PICADA POR HOMEM POR HORA IPHH HÁBITO HEMATÓFAGO TAXA DE PARIDADE TAXA DE INFECTIVIDADE ÍNDICE DE INOCULAÇÃO ANUAL (IIA) DADOS CLIMÁTICOS DISCUSSÃO CONCLUSÔES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ANEXOS... 58

9 LISTA DE FIGURAS Figura 01- Áreas de ocorrência de malária humana no mundo Figura 02- Incidência Parasitária Anual no Brasil em Figura 3- Distribuição das principais espécies do gênero Anopheles no mundo Figura 4- Ciclo de vida de insetos do gênero anófeles, a - Ovos de anofelinos na formação de exocórion no final da fase; b - Larva de Anofelino em posição paralela a superfície; c Pupa de Anofelinos em forma de vírgula; d Anofelino Adulto em posição de hematofagia Figura 5- ciclo de vida de protozoários do gênero Plasmodium Figura 6- Localização do município de Altamira, no estado do Pará, os pontos em amarelo indicam os pontos de coleta Figura 7- Método de captura de formas adultas de mosquitos por Atração Humana Protegida com capturador de sucção Figura 8- Método de pesquisa larvária (captura das formas imaturas de mosquitos) utilizando concha para coleta da água, pipeta para separação das formas imaturas, tubos para acondicionamento das formas coletadas Figura 9- Técnica de dissecação dos ovários. a - Localização dos ovários; b - Preensão do abdomem com estilete e extração dos ovários; c Ovário de nulípara, traquéolas ovarianas enoveladas; d - ovário de parida, traqueolas ovarianas distendidas Figura 10 Demonstração do hábito hematofágico das espécies do gênero Anopheles coletadas no município de Altamira, Pará Figura 11- Distribuição do número de indivíduos coletados, temperatura e umidade relativa do ar no município de Altamira, Pará, Brasil... 42

10 RESUMO A Malária é uma das mais graves doenças infecciosas do mundo causada por protozoários do gênero Plasmodium que são transmitidos pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. No Brasil 99% dos casos de malária estão concentrados nos estados que compõe a Amazônia, onde 33 espécies de mosquitos anofelinos ocorrem, distribuídas em dois subgêneros (Nyssorhynchus e Kerteszia). Este estudo objetivou monitorar a transmissão de malária humana no município de Altamira, área de implantação do projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. Foram determinadas a diversidade e densidade, o índice de picada/homem/hora, as taxas de paridade e infecção, índice de inoculação anual, a correlação entre a temperatura e umidade relativa do ar na ocorrência, e o período do ano de maior ocorrência de mosquitos anofelinos. Foram coletados 223 espécimes adultos de fêmeas de anofelinos, distribuídas em nove espécies. As coletas de formas imaturas apresentaram resultados divergentes em relação às espécies adultas. A espécie An. darlingi foi a mais dominante antre os horários de coleta, An. nuneztovari e An. triannulatus apresentaram maior distribuição entre os meses de coleta e An. galvaoi a mais frequente. O mês de fevereiro apresentou maior frequência e riqueza. O índice de picada/homem/hora médio foi 0,26 e anual 76,65. O horário de 18h00min às 22h00min, mostrou-se preferível para hematofagia. Das 61 fêmeas dissecadas apenas nove estavam paridas. Foram positivos para infecção por plasmódio, um An.darlingi para P. vivax VK247, um An. albitarsis para P. vivax VK 247, e um pool contendo três espécimes de An. nuneztovari positivo P. vivax VK 210. Os Índices de Inoculação Anual foram: 2012 = 472,2; 2013 = 142,35; 2014 = 0,0. Não houve correlação, entre o número de indivíduos coletados e as variações mensais da temperatura (p-valor = 0,9422) e entre umidade relativa do ar (p-valor =0,8125). A transmissão de malária no município de Altamira comportou-se regressivamente durante os anos de estudos e diversidade e densidade de mosquitos do gênero Anopheles está diminuindo.

11 ABSTRACT Malaria is one of the most severe infectious diseases in the world and caused by protozoa of the genus Plasmodium that are transmitted by the bite of female mosquitoes of the genus Anopheles. In Brazil 99% of the cases are concentrated in the states that make up the Amazon, where 33 Anopheles species occur, distributed in two subgenres (Nyssorhynchus and Kerteszia). This study aimed to monitor the transmission of human malaria in the city of Altamira, the placing area of the hydroelectric project of Belo Monte. It was determined the diversity and density, index of biting/man/hour, the parity rate, annual infection inoculation rate, the correlation between temperature and relative humidity in the occurrence, and the time of year of higher occurrence of Anopheles mosquitoes. It was collected 223 adult specimens of Anopheles female, distributed in nine species. The collections of immature showed conflicting results regarding adult species. The species An. darlingi was the most dominant between the hours of collection, An. nuneztovari and An. triannulatus had higher distribution between the months of collection and An. galvaoi the highest frequency. February showed the highest frequency and wealth. The average index of biting/ man/hour was 0.26 and the annual The time from 18:00 to 22:00 proved to be preferable for biting. Of the 61 females dissected only nine were calved. Concerning infection by Plasmodium, one An. darlingi was positive for P. vivax VK247, one An. albitarsis for P. vivax VK 247, and a pool containing three specimens of An. nuneztovari for P. vivax VK 210. The Annual Innoculation index were: 2012 = 472.2; 2013 = ; 2014 = 0.0. There was no correlation between the number of individuals and monthly temperature variations (p-value = ) and between relative humidity (p-value = ). Malaria transmission in the city of Altamira behaved backwards during the years of study. The density and diversity of the genus Anopheles is decreasing.

12 10 1. INTRODUÇÃO 1.1. MALÁRIA HUMANA A Malária é uma das mais graves doenças infecciosas do mundo, com aproximadamente 200 milhões de casos ocasionando mortes em 2013 (WHO, 2014). A malária ocorre em todos os continentes que se localizam na faixa intertropical, havendo registros em mais de 100 países, sendo a prevalência maior na África onde são registrados cerca de 90% dos casos (WHO, 2014). Os registros de sintomas de malária são observados há pelo menos anos. Existem relatos na China há 2700 anos a.c., na Mesopotâmia há 2000 anos a.c., no Egito há 1570 a.c. e entre os Indus há 600 a.c. Nos ensinamentos de Hipócrates também há relatos há pelo menos 550 a.c. (Cox, 2010). A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium que são transmitidos pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles (WHO, 2014). A forma clássica de manifestação é "febre, sudorese e calafrios" que surge dentro de 10 a 15 dias, podendo chegar a meses dependendo da espécie de plasmódio causador (WHO, 2014). Geralmente são acompanhados por cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos (BRASIL, 2010). Fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles realizam a transmissão da malária durante o repasto sanguíneo. As principais espécies envolvidas na transmissão no Brasil são An. darlingi, em todo território brasileiro, e An. aquasalis, em áreas próximas ao litoral (Consoli & Oliveira, 1998; Conn et. al, 2002). Além destas duas espécies, existem outras espécies que merecem destaque, como An. albitarsis s.l., que em algumas localidades é considerado vetor principal (Silva- Vasconcelos, et. al, 2002; Segura, 1998; Conn, et. al, 2002). Os agentes causadores de malária humana são Plasmodium vivax e Plasmodium ovale, causadores da febre terçã benigna, Plasmodium falciparum causador da febre terçã maligna, Plasmodium malariae parasito da febre quartã (Pereira & Pérez, 2002) e Plasmodium knowlesi, que vem sendo considerado desde

13 como agente causador de malária humana e cuja ocorrência está limitada ao continente asiático (White, 2008) EPIDEMIOLOGIA Até o ano de 2013, 97 países e territórios, apresentaram transmissão da malária, e em sete países estavam em fase de prevenção da reintrodução, totalizando 104 países e territórios em que a malária é atualmente considerada endêmica. Em termos globais um número estimado de 3,3 bilhões de pessoas está em risco de malária (WHO, 2014). A figura 1 mostra a ocorrência de malária no mundo com a classificação dos países por fase de eliminação da malária. Figura 1 - Classificação dos países por fase de eliminação da malária. Fonte: WHO, modificado, Nos últimos 20 anos as mortes por malária no mundo caíram cerca de 20%, ocorrendo pincipalmente no continente africano, onde uma criança morre a cada minuto. As taxas de mortalidade de malária entre crianças na África reduziram em aproximadamente 54% desde o ano 2000 (WHO, 2014).

14 12 Mosquitos do complexo An. gambiae são os principais vetores da malária na África e estão presentes em todo o continente africano inclusive nas ilhas (White, 2014). Este gênero alberga várias espécies vetoras de plasmódios no neotrópico, como, An. albimanus no México, e An. nuñeztovari na Venezuela e An. darlingi na Colômbia e no Brasil (Garcia-Martin, 1972; Liu, 1981; Naranjo-Diaz, et al, 2014). No Brasil, ocorre a transmissão de três espécies de parasitos da malária: Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium vivax, que por sua vez apresenta três variedades, P. vivax VK 247, P. vivax VK 210 e P. Vivax-Like. (Rosenberg. et al., 1989; Qari, et al., 1993). No Brasil, as espécies mais frequentes que causam infecção em humanos no ano de 2014 são: P. vivax, responsável por 83,3% dos casos registrados, P. falciparum por 15,5,3%; infecções mistas (P. falciparum + P. vivax) por 0,7% e P. malariae foi dificilmente detectado (SIVEP- Malária, 2015). Em 1995, Barata já descrevia que a ocorrência de malária na Amazônia, bem como no restante do país, não é homogênea, havendo diferentes situações epidemiológicas, em função das diferentes formas de ocupação do solo e varia de acordo com as modalidades de exploração econômica dos recursos naturais. Os movimentos de migração populacional para a região amazônica nas décadas de 70 e 80 foram responsáveis por grandes epidemias, chegando a serem (Waldman, at. al,1999).. Os aglomerados urbanos na região são importantes locais de infecção devido a intenso fluxo de pessoas procedentes de outros municípios de outras partes do país em busca de oportunidades de trabalho ou necessidades comerciais (Saraiva, et al., 2009). A incidência da doença vem diminuindo no Brasil, porém no ano de 2008, ainda foram registrados mais de , sendo 99% na Amazônia (BRASIL, 2010). Estudos sobre as epidemias de malária na Amazônia Brasileira evidenciam que quase a metade dos municípios apresentou algum tipo de epidemia de malária no ano de 2010 (Braz, et al, 2013).

15 13 No ano de 2010 o número de casos em municípios da Amazônia brasileira foi de casos, destes 59,7% foram autóctones, responsáveis pela ocorrência de epidemias em 338 municípios. (Braz, et al, 2013). Os fenômenos epidêmicos ocorreram mais nos municípios com populações indígenas, assentamentos, garimpos e fronteiriços. As infecções por P. falciparum representaram 14,1% do total de casos notificados na região, incluindo as infecções mistas (P. falciparum + P. vivax). As infecções por P. maláriae e corresponderam a 0,05%; as demais foram por P. vivax (Braz, et al, 2013). Em 2013 o número total de casos positivos de malária foi de , novamente com 99% dos casos concentrados nos estados que compõe a Amazônia brasileira, hoje a estimativa é que sejam casos (SIVEP-Malária, 2015). A Incidência Parasitária Anual (IPA) é utilizada no Brasil para a determinação de áreas de risco de transmissão da malária. Estes dados expressam o número de exames positivos por mil habitantes em determinado local e período. Os graus de risco são classificados em alto risco (IPA 50/1.000 hab.), médio risco (IPA entre 10-49/1.000 hab.) e baixo risco (IPA<10/1.000 hab.) (BRASIL, 1998). A figura 02 mostra a Incidência Parasitária Anual de Malária no Brasil, evidenciando mais uma vez que a região amazônica como quase que a única região onde há risco se contrair de malária no país. Figura 2 Mapa de risco da malária por município de infecção, Brasil. Fonte:

16 14 No período entre 2003 e 2011, Gasparetto, 2013, relata que no Estado do Pará, ocorreram três expressivos clusters do agravo da ocorrência de Malária, localizados no centro da Ilha do Marajó (norte do Estado), nas proximidades do município de Jacareacanga (sudoeste do Estado) e, no entorno da hidrelétrica de Tucuruí (leste do Estado). Segundo o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN-NET, 2015), no município de Altamira, localizado na mesorregião sudoeste do Estado o número de agravos vem diminuindo. Processos movidos pela economia ou avanços de grandes núcleos urbanos sobre a vegetação, estão associados às condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento dos vetores, assim contribuem para a ocorrência de altos níveis de malária no Estado. Em relação à Incidência Parasitária Anual da Malária no Pará, o estado possui média dentro do estrato de médio risco (Santos, et. al, 2013). A transmissão da malária no Estado do Pará segue o padrão da região amazônica, sendo os mesmos parasitos e vetores. Existem variações no registro de espécies de anofelinos comparado a outros estados amazônicos, porém o Anopheles darlingi continua sendo o principal vetor no interior do estado e Anopheles aquasalis na região litorânea. O Estado do Pará seguiu a tendência de redução de casos de malária da região, durante os anos de 2010 a 2013, o número de casos da doença passou de para (SIVEP-Malária, 2015). No município de Altamira, de janeiro de 2010 a Dezembro de 2013, houve uma redução significativa no número de casos de malária notificados. Em 2010, 1849 casos de malária foram registrados. O número caiu para 1403 casos em 2011, mas voltou a aumentar para 1831 em Altamira ainda registrou em 2013, 306 casos de malária BIOLOGIA DOS VETORES Há aproximadamente espécies de mosquitos agrupadas em 41 gêneros. Malária humana é transmitida apenas por fêmeas do gênero Anopheles. O gênero tem cerca de 500 espécies distribuídas nas regiões tropicais e temperadas

17 15 do mundo, das quais aproximadamente 10% estão envolvidas na transmissão de malária ao homem, sendo o maior nível de endemicidade nas áreas Neotropicais (Ward, 1984, Consoli & Oliveira, 1998; Foratini, 2002). Os mosquitos do gênero Anopheles são culicídeos, classificados no Reino Animal, Filo Arthropoda, à Ordem Diptera, Subordem Nematocera, Família Culicidae, subfamília Anophelinae, que inclui todos os vetores conhecidos da malária humana, está subdividido em sete subgêneros: Anopheles, Kerteszia, Cellia, Lophopodomyia, Sthetomyia, Nyssorhynchus e Baimaia (Harbach & Kitching, 2005). A distribuição das principais espécies de mosquitos anofelinos no mundo está representada na figura 3. Figura 3: Distribuição das principais espécies do gênero Anopheles no mundo. Fonte: Kiszewksi et al., No Brasil, são conhecidas 54 espécies do gênero Anopheles. Os transmissores da malária no país estão incluídos nos subgêneros Nyssorhynchus e Kerteszia, destes, 33 espécies ocorrem na Amazônia, onde espécies do subgênero Nyssorhynchus são responsáveis pela transmissão da malária. Anopheles darlingi, An. albitarsis, An. oswaldoi, An. triannulatus, An. deaneorum, An. mediopunctatus e An. nuñeztovari são consideradas vetores regionais em potencial, An. aquasalis aparece como vetor predominante em áreas costeiras (Deane, 1986; Tadei et al. 1988; Tadei & Dutary-Thatcher, 2000, Foratini, 2002; Sucupira, 2006).

18 16 Os anofelinos pertencentes ao subgênero Nyssorhynchus são mosquitos de porte médio a pequeno, com tarsos posteriores completamente brancos ou apenas possuindo um anel negro nos tarsômeros III; os criadouros são localizados perto do solo; apesar de preferirem picar perto dos criadouros, podem voar de dois a três quilômetros para exercer hematofagia (Forattini, 1965; Consoli & Oliveira, 1998). Estes são de extrema importância e interesse epidemiológico (Guedes, 2007). Todos os insetos da família Culicidae são holometábolos, passando pelas fases ou estágios de ovo, larva pupa e adultos, figura 4 (Forattini, 2002). Os três primeiros estágios são aquáticos, passando de uma a duas semanas, dependendo da temperatura do ambiente e da espécie. Figura 4 - Ciclo de vida de insetos do gênero anófeles, a - Ovos de anofelinos na formação de exocórion no final da fase; b - Larva de Anofelino em posição paralela a superfície; c Pupa de Anofelinos em forma de vírgula; d Anofelino Adulto em posição de hematofagia. Fonte: modificado, A sobrevivência dos anofelinos depende não só de fontes alimentares, mas também da presença de criadouros que propiciem sua reprodução. Regiões que possuem clima quente e úmido fornecem o ambiente favorável para a proliferação destes. Nas épocas em que os índices pluviométricos aumentam além dos reservatórios de água já existentes, surgem outros criadouros temporários, possibilitando um aumento destas populações.

19 Ovos Segundo Ferreti (2003) para por seus ovos as fêmeas dos anofelinos necessitam de água parada ou com pequena correnteza, ambiente lêntico, relativamente limpas e geralmente sombreadas, contudo há espécies que precisam de insolação direta sobre seus ovos, para que os mesmos eclodam depende de certo grau de salinidade na água. As fêmeas adultas põem de 50 a 200 ovos por postura. Os ovos são colocados isoladamente diretamente sobre a água. Os ovos não são resistentes à secagem e eclodem dentro de 2-3 dias, embora a incubação possa levar até 2-3 semanas em climas mais frios (Forattini, 1965;). Os ovos possuem casca, caracteristicamente impermeável, conhecida como cório. O exocório geralmente apresenta ornamentações que auxiliam na identificação específica. No caso particular dos Anophelinae, uma porção estreita e longitudinal do exocório lateral forma flutuadores, que contêm gomos ocos e impedem a submersão dos ovos. (Consoli & Oliveira, 1998) Larvas Ainda na água os ovos dão origem a larvas, estas são sempre aquáticas, apresentando um aspecto vermiforme geralmente com movimentação muito ativa. Existem quatro estádios larvais com tamanho variando de acordo com o estádio (Forattini, 1965; Consoli & Oliveira, 1998). O corpo é formado pela cabeça globosa que possui um par de antenas, uma mancha ocular e o aparelho bucal; o tórax, formado por três segmentos pouco distintos; e abdome, formado por dez segmentos, e nos últimos encontra-se o espiráculo respiratório sem sifão -, o lobo anal e as escovas (Forattini, 1965; Consoli & Oliveira, 1998).

20 18 Nas larvas de anofelinos as trocas gasosas são realizadas por espiráculos localizados no oitavo segmento do abdômen, nos anofelinos essas aberturas são localizadas na região do dorso. Esse mecanismo de respiração proporciona comportamentos bem distintos dentro da água que os demais culicidios (Forattini, 1965; 2002) Pupas As larvas se transformam em pupas estas possuem forma de vírgula. Larvas e pupas habitam as margens, de águas profundas, limpas pouco turvas e ensolaradas ou parcialmente sombreadas, onde ficam escondidas entre a vegetação emergente ou flutuante e os detritos vegetais caídos na superfície líquida (Consoli & Oliveira, 1998). As pupas quando perturbadas são bastantes móveis, mas estão quase sempre paradas na superfície da água. Nesta fase, que dura de dois a três dias, não se alimenta (Forattini, 1965; Consoli & Oliveira, 1998). Segundo Forattini (2002) pupas de anofelinos assim como as outras formas imaturas destes insetos podem ser encontradas em reservatórios artificiais, como outros membros da família culicidae, dentro destes estudos estão citadas pupas de Anopheles do subgênero Nyssorhynchus Adultos Nessa fase, os mosquitos adultos abandonam a água e procuram um lugar de abrigo até o momento do acasalamento ou da alimentação, (Forattini, 1965). No estágio adulto as fêmeas dos mosquitos Anopheles são vetores da malária. As fêmeas podem viver até um mês (ou mais em cativeiro), mas provavelmente não vivam mais que uma ou duas semanas na natureza. A fase adulta é quando a fêmea do mosquito Anopheles pode atuar como vetor da malária. (Forattini, 1965; Consoli & Oliveira, 1998).

21 TRANSMISSÃO DA MALÁRIA O processo de transmissão da malária envolve o homem, os parasitos e os vetores (Maciel & Missawa, 2012). Durante o repasto sanguíneo, fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles infectadas com plasmódios inoculam estes parasitas na forma de esporozoítos no hospedeiro humano que infectam as células do fígado e amadurecem em esquizontes, que possuem milhares de merozoítos, que são liberados com a ruptura do esquizonte Os merozoítos infectam os eritrócitos, onde se alimentam de hemoglobina e cada merozoíto da origem a um novo esquizonte, que se rompe, liberando novos merozoítos que estão aptos a invadirem novas células vermelhas. Alguns merozoítos transformam-se em gametócitos (Bruce-Chwatt, 1980). Os gametócitos, do sexo masculino (microgametocitos) e do sexo feminino (macrogametocitos), são ingeridos por um mosquito do gênero Anopheles durante uma refeição de sangue. A multiplicação dos parasitas no mosquito é conhecida como o ciclo esporogonico, ou reprodução sexuada. Enquanto no estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas gerando zigotos que por sua vez, tornam-se móveis e alongadas e invadem a parede do intestino médio do mosquito onde se desenvolvem em oocistos, os oocistos crescem, e na sua ruptura liberam esporozoítos, que fazem o seu caminho para as glândulas salivares do mosquito (Bruce-Chwatt, 1980). A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida dos Plasmódios responsáveis pela malária humana (Bruce-Chwatt, 1980). O ciclo completo pode ser observado na figura 5.

22 20 Figura 5 - ciclo de vida de protozoários do gênero Plasmodium. Fonte: CDC, modificado, O Brasil apresenta características territoriais e climáticas favoráveis à ocorrência de espécies do gênero Anopheles. Povoa, et al. (2009), relata An. darlingi como sendo a espécie de anofelino mais abundante em um estudo realizado em duas aldeias indígenas na Amazônia brasileira. Segundo Póvoa, et al. (2006) em estudos com espécies do complexo An. albitarsis no município de Boa Vista no estado de Roraima, pelo menos uma espécie deste complexo é vetor de malária humana An. aquasalis, é reafirmada por Silva, et al., 2006, como sendo a espécie com maior densidade no município de Belém, no estado do Pará, assim como Rebelo, et al. (2007), descreve esta espécie como a mais abundante no município de São Luís no Estado do Maranhão. No município Serra do Navio no Estado do Amapá, espécies do complexo Albitarsis representaram 64% dos indivíduos coletados (Póvoa, et al. 2001) Mosquitos anofelinos do complexo albitarsis já são descritos dentre os vetores de malária. Póvoa et al., (2006) demonstraram que duas novas espécies deste complexo, E (hoje descrita como An. janconnae, Ruiz-Lopez, et al., 2012) e F, estão relacionadas à transmissão de malária humana no Brasil. An. Jancooae foi evidenciado como vetor de P. vivax e P. falciparum (Conn, & Mirabello, 2007).

23 21 Outras espécies são importantes na transmissão da malária no Brasil. A. cruzii, apresentado em um estudo de paridade de fêmeas de anofelinos como vetor de malária humana mais abundante no estado do Paraná, (Bona & Navarro-Silva, 2006), e é apresentada como a segunda mais abundante no estado de Santa Catarina em um estudo retrospectivo do banco de dados entomológicos da Fundação Nacional de Saúde (Portes, et al., 2010). A. cruzii, é espécie importante na composição da fauna de mosquitos anofelinos no bioma Mata Atlântica (Laporta, et al., 2011) MALÁRIA E GRANDES PROJETOS A região amazônica, área endêmica de malária, desperta muito interesse devido as suas riquezas naturais, como minério e a quantidade de cursos d água com potencial para a instalação de usinas hidrelétricas. A exploração destes recursos altera o habitat dos animais provocando mudanças no seu comportamento. Uma das consequências dessas alterações é a aproximação de insetos às populações humanas, podendo levar à emersão ou à manutenção de doenças como a malária (Póvoa, et al., 2009). No Brasil as hidrelétricas são a principal fonte de energia elétrica (BRASIL, 2015). Gomes, et al. (2010), em um estudo na hidrelétrica de Porto Primavera, localizada nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, levanta a hipótese de haverem novos surtos de malária relacionado à alteração do ambiente e à grande concentração de pessoas em torno da instalação deste tipo de empreendimentos O aumento de casos de malária na região em torno do lago de hidrelétricas pode ocorrer devido alteração do ambiente. Estas alterações potencializam os criadouros permanentes, deixando assim, de ter um controle natural dos insetos que possuem sazonalidade dependente das alterações naturais do nível de água dos rios (Santos, 2011).

24 22 Estudos na bacia hidrográfica do rio Xingu remontam desde a década de 70. A partir daí iniciou-se discussões sobre a viabilidade e os principais impactos gerados pela instalação de uma usina hidrelétrica, hoje denominada de Belo Monte, que após sua conclusão será a terceira maior do mundo. Um projeto com essa pretensão também gera impactos proporcionais a sua magnitude. Dentre estes impactos destaca-se o risco à saúde da população proporcionado pela degradação ambiental e aglomeração de pessoas. Além do aumento de casos de malária devido à instalação de hidrelétricas, no Estado do Pará existe uma possível urbanização da doença, cuja perspectiva vincula-se a outros empreendimentos (Gomes, et al., 2010). O conhecimento da fauna de mosquitos do gênero Anopheles do município de Altamira, permite prever as interferências da instalação do Projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte na transmissão da malária na região, possibilitando o estabelecimento de medidas preventivas para novos surtos de malária na região OBJETIVOS Geral Monitorar a transmissão de malária humana no município de Altamira da área de implantação do projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte, estado do Pará Específicos Identificar as espécies de mosquitos do gênero Anopheles, adultos e formas imaturas, coletadas no município de Altamira;

25 23 coletados na área estudo; Determinar a densidade das espécies de mosquitos anofelinos adultos Determinar o índice de picada homem/hora (IPHH) Verificar o hábito hematófagico das espécies de mosquitos anofelinos coletados na área estudo; Determinar as taxas de paridade e de infectividade natural das espécies de mosquitos anofelinos coletados na área estudo; Verificar a existência de correlação entre o numero de indivíduos coletados, média de temperatura e umidade relativa do ar em cada mês de coleta. Determinar a ocorrência de espécies do gênero Anopheles de acordo com o mês de coleta.

26 24 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. ÁREA DE ESTUDO O município de Altamira está localizado na região sudoeste do estado do Pará, a sede municipal possui coordenadas 03º de latitude Sul e 52º de longitude a Oeste. Possui área de km², sendo o maior município brasileiro em espaço territorial, com população estimada em habitantes, sendo menos de um habitante por km² (IBGE, 2010). O clima é do tipo equatorial, na parte norte do município, apresenta temperaturas médias de 26ºC, e precipitação anual, girando em torno de mm³, sendo que os meses mais chuvosos vão de dezembro a maio. Ao sul, passa por uma transição até alcançar o tipo savana. O excedente de água ocorre entre fevereiro e abril e a maior deficiência, em setembro. (PARÁ, 2011) A vegetação varia de Floresta Aberta latifoliada a Floresta Densa submontana, com predomínio de Floresta Secundária intercalada com tratos cultivados com pastagens de cana-de-açúcar, cacau e cultivos de subsistência (PARÁ, 2011). Altamira faz parte de um complexo de municípios que serão afetados diretamente pela implantação do Projeto de Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte (Brasil, 2011). Este projeto será implantado no rio Xingu, principal rio da região, que atravessa o município na porção nordeste do no sentido sul-norte, a localização da área de estudo está figura 6. Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (Brasil, 2009), a cidade de Altamira está localizada perto da Transamazônica e do rio Xingu, sendo a principal cidade da região. Nos últimos 20 anos esta cidade cresceu muito rápido e de forma desordenada, ocupando bairros formados ao longo das margens dos igarapés Altamira e Ambé. A figura 6 mostra a localização da área de estudo.

27 25 Figura 6 - Localização do município de Altamira, no estado do Pará, os pontos em amarelo indicam os pontos de coleta COLETA DE ANOFELINOS O período de coleta corresponde aos anos de 2012, 2013 e 2014, sendo uma coleta por quadrimestre, totalizando três coletas por ano, nos meses de fevereiro ou março, junho ou julho, e setembro ou outubro. A metodologia de coleta seguiu as orientações contidas na Portaria 45/2007 (anexo 01) e Nota Técnica 12/2007 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (anexo 02). As capturas foram realizadas em locais previamente selecionados.

28 26 Para ambiente extradomiciliar buscou-se ambientes semelhantes ao habitat natural dos mosquitos do gênero Anopheles, como a presença de fontes de água, temporárias ou permanentes, como rios, riachos, e lagos. As coletas em ambientes intradomiciliar foram realizadas com autorização prévia dos proprietários Adultos As fêmeas de anofelinos adultos forma capturadas por atração humana protegida com auxilio de foco luminoso (lanterna) e capturador de sucção do tipo castro, figura 7. Foram realizadas coletas com duração de 4 horas (18:00 às 22 horas) e de 12 horas (das 18:00 às 6:00 horas), por um grupo de 4 técnicos, devidamente treinados, com revezamento de 2 técnicos a cada 3 horas, em cada ponto de captura. Foram realizadas três excursões por ano, sendo que em cada excursão foram trabalhados diferentes pontos de captura, o que resultará em 36 capturas no período de estudo. Os exemplares coletados foram acondicionados em copos entomológicos telados, identificados por hora e ponto de coleta, onde receberam alimentação (água açucarada a 10%) até serem identificados no laboratório. As amostras foram preservadas e identificadas em laboratório, onde parte destas foram depositadas na coleção entomológica do laboratório de Entomologia de Malária do Instituto Evandro Chagas. Figura 7 - Método de captura de formas adultas de mosquitos por Atração Humana Protegida com capturador de sucção, foco luminoso e copos entomológicos.

29 Formas imaturas As coletas foram realizadas com concha entomológica de 350mL em todas as coleções hídricas presentes nas áreas de estudo, no período da manhã, entre 6:00 e 9:00 horas. Cada coletor introduziu a concha três vezes no mesmo ponto (frente, direita e esquerda) e a distância entre os pontos de coleta foi definida de acordo com o tipo, tamanho e forma da coleção hídrica alvo, respeitando um mínimo de 20 pontos por coleção hídrica (Figura 8). O material coletado foi acondicionado em recipiente adequado (tubos, pequenos frascos, sacos plástico com zíper) que foram devidamente identificados (nome do coletor, horário da coleta, identificação do ponto, local de coleta). Figura 8 - Método de pesquisa larvária (captura das formas imaturas de mosquitos) utilizando concha para coleta da água, pipeta para separação das formas imaturas, tubos para acondicionamento das formas coletadas DADOS CLIMÁTICOS E GEOGRÁFICOS O Ministério da Saúde fornece uma ficha padronizada, anexo 03, para registro dos dados climáticos (temperatura, umidade relativa do ar, intensidade e direção do vento, fase da Lua, presença/ausência e intensidade de chuva, condições do tempo, etc.) e dados geográficos (latitude, longitude, distâncias, etc.), esta foi utilizada no início de cada hora de coleta, tanto de formas adultas, quanto de imaturos.

30 IDENTIFICAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS ESPÉCIMES ADULTOS E IMATUROS COLETADOS A identificação taxonômica dos mosquitos e larvas coletados foi realizada por estereomicroscópio de luz (Lupa) e micorscópio de luz, respectivamente, utilizando chaves de identificação de Forattini (1965); Gorham, et al., (1967); modificada e Faran & Linthicum (1981). Após identificação, os mosquitos tiveram a cabeça e o tórax separados do abdômen por corte, que foram acondicionadas em tubos apropriados, individualmente no caso de Anopheles darlingi ou espécies do complexo albitarsis e em pool de até cinco espécimes no caso de outras espécies para determinação da infectividade natural dos mesmos. Os abdomens foram acondicionados em tubo contendo álcool a 70% para estudos posteriores utilizando o DNA. As larvas, após a identificação, poderão ser montadas para fazer parte do acervo de espécimes ou ser desprezada DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PICADA POR HOMEM E POR HORA IPHH Este índice foi calculado dividindo o número de mosquitos coletados (N) em determinada área pelo número de capturadores (NC) e número de horas da coleta (NH): 2.6. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE PARIDADE Foram utilizados 10% dos espécimes das principais espécies vetores no Brasil (Anopheles darlingi, An. albitarsis s.l.) coletados por noite para dissecação dos ovários para verificação da paridade, segundo a técnica de Detinova de Polovodova (Detinova, 1962).

31 29 As fêmeas dos mosquitos foram anestesiados e colocados dorsalmente sobre uma lâmina com uma gota de solução fisiológica próxima a extremidade do abdome. foi introduzida um alfinete no músculo do tórax, onde será exercida uma contínua tração, e a ponta de outro fino alfinete será colocada firmemente sobre o VI e VII esternito. Em seguida, foi movida suavemente o segundo alfinete para extrair os ovários, seccionar o intestino posterior e separar os ovários. Após a extração dos ovários, acrescenta-se solução salina nos mesmos. Foram lavados com água destilada para evitar que cristalizasem. Estes secaram a temperatura ambiente e foram analisados em microscópio de luz com aumento médio 400X. Este procedimento permitiram determinar a proporção de fêmeas paridas e nulíparas como parâmetro para estimar a longevidade do mosquito. A tecnica de dissecação para extração de ovários está descrina na figura 9. Figura 9 - Técnica de dissecação dos ovários. a - Localização dos ovários; b - Preensão do abdomem com estilete e extração dos ovários; c Ovário de nulípara, traquéolas ovarianas enoveladas; d - ovário de parida, traqueolas ovarianas distendidas. Fonte: Adaptado de Detinova,1962. Consideram-se como fêmeas nulíparas as que apresentam as extremidades das traquéolas ovarianas enoveladas, ao contrário das paridas ou oníparas cujas traquéolas se encontram distendidas, figura 9 - c e d. A taxa de paridade foi calculada pela divisão do número de fêmeas paridas pelo total de dissecadas, multiplicada por 100.

32 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE INFECTIVIDADE NATURAL DOS ESPÉCIMES Foi utilizado o total de mosquitos coletados para determinação da infectividade natural pelo método de ELISA (Enzyme- Linked Immunosorbent Assay) descrito por Wirtz et. al. (1987). Para isto, o antígeno foi o triturado da cabeça e o tórax dos exemplares, que foram colocados em tubos eppendorf de 1,5 ml contendo 50 L de tampão bloqueador (BB) com Nonidet NP 40 e triturados. Em seguida foi acrescentado 200 L de tampão BB, para completar 250 L. No teste foram utilizados anticorpos para cada uma das espécies de plasmódio humano de interesse para a região estudada (P. falciparum, P. vivax VK210, P: vivax VK 247 e P. malariae). As microplacas (Nunc Imuno plate MaxiSorp) foram sensibilizadas com 50 L de MoAbs específicos e incubadas à temperatura ambiente (TA) por cerca de doze horas. Após esta incubação todo o conteúdo dos poços foi aspirado e esse recebeu 200 L de tampão BB seguido de uma nova incubação a TA por uma hora. Após esse tempo, foi feita a aspiração do conteúdo dos poços que receberam 50 L do antígeno, controles positivos e controles negativos nos poços específicos. Uma nova incubação de duas horas foi realizada a TA. Em seguida os poços foram lavados duas vezes com PBS Tween 20 a 0,05% e então 50 L/poço dos conjugados específicos (MoAbs específicos marcados com peroxidase) foi adicionado, seguida de outra incubação de uma hora à TA. Três novas lavagens com 200 L de PBS Tween foram realizadas e finalmente 200 L de solução tampão do substrato (ABTS + Peróxido de hidrogênio) foi adicionado em cada poço e incubado de 30 a 60 minutos a TA. Ao final, a leitura da reação foi feita em leitor de ELISA (Titertex Multiskan Plus-MK II) com comprimento de onda de nm. Para os controles negativos foram usados mosquitos machos e os positivos obtidos de fabricantes (Kiekegaard & Perry Laboratories). O ponto de corte foi duas vezes à média dos controles negativos.

33 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE INOCULAÇÃO ANUAL (IIA) Este índice foi obtido multiplicando-se a TI por IPHH anual. O IPHH anual foi calculado pela média de fêmeas coletadas por noite multiplicada por 365: IIA= TI x IPHH anual; IPHH anual = IPHH calculado X 365 dias ASPECTOS ÉTICOS E AMBIENTAIS Observando as recomendações da CPNCM/SVS/MS (Coordenação do Programa Nacional de Controle de Malária) este trabalho foi submetido ao CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) para que fosse avaliado o risco que a equipe de coletores foi submetida e recomendasse procedimentos protetores (anexo 05). Todos profissionais envolvidos foram devidamente treinados, e tinham ciência dos riscos a qual foram submetidos. Além disso, como medidas de prevenção todos foram submetidas ao exame laboratorial para diagnóstico de malária antes e após as expedições de campo. Todos os coletores envolvidos neste trabalho tiveram exames negativos. Quanto ao aspecto ambiental, foi pleiteado junto ao IBAMA a Autorização para Atividades com finalidade Científica e o cadastramento de todos os membros da equipe (Instrução Normativa IBAMA no. 154/2007, Anexo 5). Assim, todos os membros da equipe foram devidamente cadastrados e autorizados para as coletas e transporte do material coletado ANÁLISE ESTATÍSTICA Para as análises foi utilizado o software Bioestat 5.3 (Aires, et al., 2013). O p- valor adotado será de 5%. Para a verificação da preferência por horário utilizou-se a analise de variância (ANOVA) para um critério, para testar a normalidade foi verificada com o teste D Agostino-Pearson, pois o número de amostras foi superior a 20 scores. Devido às amostras apresentarem distribuição normal o teste complementar foi o de Teste-t.

34 32 Foi realizada analise de correlação entre as médias de Temperatura e de Umidade Relativa do Ar no período de coleta com quantidade de espécimes capturados pela análise de correlação Linear de Person.

35 33 3 RESULTADOS 3.1 DIVERSIDADE E DENSIDADE DAS ESPÉCIES ADULTAS COLETADAS Durante os anos de 2012, 2013 e 2014, foram realizadas nove excursões de campo com um total de 360 horas de captura, onde foram coletados 223 espécimes adultos de fêmeas de anofelinos. A espécie com maior número de indivíduos coletados foi An. galvoi (79 indivíduos), seguida de An. darlingi (57). An. nuneztovari e An. triannulatus apresentaram maior distribuição entre os meses de coleta. Todas as espécies coletadas no período de estudo estão descritas na tabela 1. Tabela 1- Distribuição das espécies do gênero Anopheles no município de Altamira, Pará, por mês e ano de coleta. Espécies Frequência Fev Jul Out Fev Jun Out Fev Jun Set N % An. galvaoi ,43 An. darlingi ,56 An. nuneztovari ,25 An. triannulatus ,00 An. albitarsis ,59 An. strodei ,59 An. brasiliensis ,34 An. peryassui ,34 An. oswaldoi ,90 Total ,00 Fev Fevereiro; Jun Junho; Jul Julho; Set Setembro; Out Outubro; N- Frequência Absoluta, % - Frequência relativa. Das 360 horas de captura de mosquitos anofelinos adultos durante os anos de 2012, 2013 e 1014, 112 horas foram no mês de fevereiro, 104 horas entre os meses de junho e julho, e 144 horas entre os meses de setembro e outubro. O Mês de fevereiro apresentou 170 indivíduos distribuídos em oito espécies, sendo que An. galvaoi e An. oswaldoi foram encontradas somente neste mês. Nos meses de junho e julho coletou-se 29, e setembro e outubro com 24 indivíduos, ambos distribuídos em sete espécies.

36 34 Quando observada a abundancia das nove espécies capturadas em relação ao mês, seis das espécies coletadas (An. galvaoi, An. darlingi, An. nuneztovari, An. albitarsis An. brasiliensis e An. oswaldoi) tiveram maior frequência no mês de fevereiro, duas (An. strodei e An. peryassui) no mês de julho e uma (An.triannulatus) teve maior frequência nos meses de setembro e outubro. As coletas foram realizadas em sete localidades do município de Altamira, e todas foram positivas para anofelinos adultos. No bairro Mutirão foram coletados 101 indivíduos distribuídos em seis espécies, sendo esta a localidade com maior frequência de mosquitos anofelinos. Na localidade Setor de Relações Humanas do CCBM foram encontrados apenas cinco indivíduos, distribuídas em apenas duas espécies, sendo An. nuneztovari, mais abundantes para estas localidade. A distribuição por localidade e espécie está representada na tabela 2. Tabela 2- Distribuição de espécies do gênero Anopheles no município de Altamira, Pará, por localidade. Espécie Localidade MUT MAN TRA PAN JAT SJO RHC An. galvaoi An. darlingi An. nuneztovari An. triannulatus An. albitarsis An. strodei An. brasiliensis An. peryassui An. oswaldoi Total MUT - Mutirão; MAN - Mangueiras; PAN - Panelas; JAT -Jatobá; SJO - São Joaquim; TRA - Rodovia Transamazônica; RHC - Núcleo de Relações Humanas do Consórcio construtor de Belo Monte (CCBM).

37 DIVERSIDADE E DENSIDADE DE FORMAS IMATURAS COLETADAS As formas imaturas coletadas no período deste estudo foram encontradas em diversos tipos de criadouros, com diferentes características ecológicas como pântanos, brejos, igarapés, represas e rios, possuindo vegetação desde emergente a flutuante. Foram realizadas 21 coletas com duração entre em 30 e 50 minutos em quatro localidades do município de Altamira. Foram encontradas todas as fases imaturas do ciclo de vida dos mosquitos anofelinos. A espécie mais abundante foi An. triannulatus com 41 indivíduos coletados, seguida de An. darlingi com 12 exemplares e a espécie com menor abundancia foi An. strodei, com apenas um exemplar. Na localidade Transamazônica não foi encontrado nenhuma forma imatura (Tabela 3). As coletas de formas imaturas apresentaram resultados divergentes em relação a de indivíduos adultos. As espécies An. matogrossensis e An. intermedius não foram coletadas na forma adulta, porém foram coletadas na forma larvária. As espécies An. galvaoi, An. brasiliensis e An. oswaldoi não foram encontradas em fase imatura. Tabela 3 Distribuição das formas imaturas no município de Altamira, Pará, por espécies e local de coleta. Espécie Localidade Panelas Mutirão Jatobá Transamazônica An. triannulatus An. darlingi An. albitarsis An. intermedius An. mattogrossensis An. nuneztovari An. peryassui An. strodei An. sp Total Total

38 INDICE DE PICADA POR HOMEM POR HORA - IPHH O IPHH médio entre todas as coletas foi 0,26. A localidade que apresentou o maior índice foi a Transamazônica, com 0,91 e o menor índice foi no RH do CCBM com 0,015. O IPHH anual em 2012 foi de 0,44, em 2013 de 0,13 e em 2014 de 0,06 (Tabela 4). Tabela 4 Índice de Picada por Homem por Hora (IPHH) dos mosquitos do gênero Anopheles por localidade e por ano coletados no município de Altamira, Pará. Ano Localidade IPHH IPHH MUT MAN PAN JAT SJO TRA RHC Médio Anual ,51 0,14 0,54 0, , ,44 160, ,05 0,33 0, , ,00 0,13 47, , , , ,03 0,06 21,90 Total 0,22 0,24 0,29 0,10 0,04 0,91 0,02 0,26 76,65 MUT - Mutirão; MAN - Mangueiras; PAN - Panelas; JAT -Jatobá; SJO - São Joaquim; TRA - Rodovia Transamazônica; RHC - Núcleo de Relações Humanas do Consórcio construtor de Belo Monte (CCBM). 3.4 HÁBITO HEMATÓFAGO A figura 10 mostra a o hábito hematófago das espécies de mosquitos anofelinos coletadas. Todas as espécies coletadas apresentaram pico de hematofagia entre as cinco primeiras horas de captura. Figura 10 Demonstração do hábito hematofágico das espécies do gênero Anopheles coletadas no município de Altamira, Pará.

39 18/19 19/20 20/21 21/22 22/23 23/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 37 O horário com maior hematofagia foi durante a primeira hora de coleta, 18h00min às 19h00min horas, logo após o crepúsculo, embora até às 23h00min tenha sido significativa. No decorrer da noite houve uma tendência de redução. Os únicos horários em que An. darlingi esteve ausente foram nos períodos de 2h00min às 4h00min e 5h00min às 6h00min. Já An. oswaldoi esteve presente em somente 1 horário (Tabela 5). Tabela 5- Distribuição das espécies do gênero Anopheles segundo o horário de hematofagia coletadas nos anos de 2012, 2013 e 2014 no município de Altamira, Pará. Horário Espécie An. galvaoi An. darlingi An. nuneztovari An. triannulatus An. albitarsis An. strodei An. brasiliensis An. peryassui An. oswaldoi Total Para melhor analisar os dados de hematofagia, os indivíduos adultos foram divididos em três grupos: o primeiro referente a todos os indivíduos coletados no horário de 18h00min às 22h00min horas, o segundo de 22h00min às 2h00min horas e o terceiro de 2h00min às 6h00min horas, conforme tabela 6. Foi realizado Análise de Variância (ANOVA) para verificar em qual período os mosquitos do gênero Anopheles preferem realizar hematofagia.

40 38 Tabela 6 Distribuição dos mosquitos do gênero Anopheles conforme localidade, data, duração de coleta e períodos de quatro horas, coletados nos anos de 2012, 2013 e 2014 no município Altamira, Pará. Localidade Período da Coleta Duração da coleta (horas) Quantidade de espécies coletadas Indivíduos Coletados por horário 18/22 22/02 02/06 Jatobá 23/10/ Mangueiras 17/10/ /10/ /02/ /02/ /06/ Mutirão 05/02/ /02/ /07/ /07/ /10/ /10/ /02/ /06/ /02/ /06/ /09/ Panelas 22/10/ /02/ /02/ /06/ /10/ /02/ /06/ /09/ RH-CCBM 25/10/ /02/ /06/ /09/ São Joaquim 25/10/ /02/ /06/ /09/ Transamazônica 07/02/ /07/ /10/ Total

41 39 As amostras possuem distribuição normal com p-valor = 0,0001. A ANOVA para o critério, diferença entre os horários de hematofagia, revelou que há diferença significativa entre os horarios. O horário de 18h00min às 22h00min, mostrou-se estatisticamente significativo, ou seja, preferência para hematofagia, pois comparando com o período das 22h00min às 2h00min horas, o p-valor foi 0,0411 e com o de 2h00min às 6h00min o p-valor foi igual a 0,0094. Não há diferença significativa entre os intervalos de 22h00min às 2h00min e 2h00min as 6h00min horas quando foram coletados menos indivíduos. 3.5 TAXA DE PARIDADE Foram dissecados 53 (93%) dos espécimes de An.darlingi a taxa de paridade foi de 9,4%. Para An. albitarsis foram dissecadas oito (100%) dos espécimes de coletados e a paridade foi de 50%. Das 61 fêmeas dissecadas apenas nove estavam paridas, sendo três em 2012, três em 2013 e três em Em termos proporcionas o ano de 2014 apresentou maior taxa de paridade, 43%. As taxas de paridade estão apresentadas na tabela 7. Todas as fêmeas paridas no ano de 2012 foram coletadas na localidade Mutirão, enquanto que as de 2013 foram encontradas na localidade Mangueiras e as de 2014 na localidade Panelas. Tabela 7 Taxa de Paridade de fêmeas de mosquitos anofelinos coletados nos anos de 2012, 2013 e 2014 coletadas no município de Altamira, Pará. Espécies Total ND NP TP ND NP TP ND NP TP ND NP TP An. darlingi , , ,4 An. albitarsis , , ,0 Total , , ,8 ND Número de fêmeas dissecadas; NP Número de fêmeas paridas; TP Taxa de paridade.

42 TAXA DE INFECTIVIDADE A verificação da Taxa de Infecção dos mosquitos por plasmódios humanos foi realizada em 119 (52,01%) dos 223 espécimes coletados, pois os demais foram destinados para coleção ou apresentaram fatores que inviabilizaram a realização do teste Elisa. Apenas três indivíduos foram positivos para infecção por plasmódio, sendo um An.darlingi positivo para P. vivax VK247 coletado em fevereiro de 2013, um An. albitarsis positivo para Plasmodium vivax VK 247, coletado em julho de 2012 e um pool contendo três espécimes de An. nuneztovari positivo para Plasmodium vivax VK 210 coletados em fevereiro de Dos indivíduos coletados em 2014, nenhum apresentou infecção por plasmódios. Os resultados do teste Elisa estão apresentados na tabela 8. Tabela 8 Taxa de infectividade em mosquitos do gênero Anopheles coletados nos anos de 2012, 2013 e 2014, no município de Altamira, Pará. Espécie Espécie Ano NC NE NI TI (%) Infectante Infectada ,94 P. vivax VK247 An. albitarsis P. vivax VK247 An. darlingi ,00 P. vivax VK210 An. nuneztovari , espécie e duas 3 espécies Total ,04 variantes NC Número de fêmeas adultas capturadas; NE Número de fêmeas testadas para infecção por plasmódios pelo método ELISA; NI Número de fêmeas Infectadas por plasmódios; TI (%) Taxa de Infectividade em fêmeas testadas pelo método de ELISA. 3.7 ÍNDICE DE INOCULAÇÃO ANUAL (IIA) Os Índices de Inoculação Anual foram: 2012 = 472,2; 2013 = 142,35; 2014 = 0,0. Estes dados mostram que o risco de transmissão de malária humana foi maior no ano de 2012 e diminuiu no ano de 2013, como não foram coletadas espécies de anofelinos infectadas no ano de 2014 o índice de inoculação para este ano foi zero.

43 DADOS CLIMÁTICOS Em relação aos dados climáticos, o município de Altamira nas áreas de coleta a temperatura máxima registrada foi em julho de 2014 com 31,5 C, e a mínima em outubro de 2012 com 22,1 C. A máxima umidade relativa do ar foi registrada em julho de 2014 com 97% e a Mínima de 39% em outubro de Porém quando observada as médias por mês de coleta não existe muita variação em relação aos meses de captura. Foram feitas três excursões de campo por ano, o numero de indivíduos coletados foi maior em 2012 seguido dos anos de 2013 e Em relação ao mês de coleta, o mês com maior abundancia de mosquitos do gênero Anopheles foi fevereiro e o de menor foi outubro. Quando Como mostrado na tabela 9, houve uma pequena variação da temperatura média e da Umidade Relativa do Ar entre os meses de coleta, assim buscou-se verificar a existência de correlação entre estas variáveis e o número de indivíduos capturados. Tabela 9: Número de anofelinos coletados conforme ano e mês de coleta, temperatura ambiental e umidade relativa do ar, no município de Altamira, Pará. Ano Meses NC T C U.R.A Fevereiro ,1 81,2 Julho 8 25,5 85,9 Outubro 7 25,9 70, Fevereiro 55 25,5 81,6 Junho 8 26,1 87,0 Outubro 7 25,4 67, Fevereiro 14 25,4 86,2 Junho 13 23,4 88,6 Setembro 10 25,6 85,6 Total 9 meses 223 *25,3 **81,6 NC Número de indivíduos capturados; T C Temperatura em graus Celsius; U.R.A Umidade relativa do ar; *Média total da temperatura; ** Média da Umidade relativa do ar.

44 42 Quando verificado a existência de correlação entre o número de indivíduos coletados (NC) e as variações mensais da temperatura ambiental (TA) e da umidade relativa do ar (U.R.A), não houve correlação, p-valor = 0,9422 e 0,8125, respectivamente. A ausência de correlação entre as variáveis está representada na figura 11. Figura 11 - Número de indivíduos coletados, temperatura e umidade relativa do ar no município de Altamira, Pará, Brasil, por mês e ano de coleta.

45 43 4. DISCUSSÃO As nove espécies de indivíduos adultos do gênero Anopheles encontradas no município de Altamira no período de 2012 a 2014, caracterizam a riqueza de espécies. Resultados semelhantes foram encontrados no município de Macapá, Estado do Amapá, onde foram encontradas oito espécies em área urbana no período de novembro de 2010 a novembro de 2011, porém diferente do município de Belém, Estado do Pará, onde foram encontradas 14 espécies, durante os anos de 1995 a 2004 e do município de Colniza, Estado do Mato Grosso, com apenas cinco espécies no município no durante o ano de 2008 (Silva, et al, 2006, Maciel & Missawa, 2012, Barbosa, et. al, 2014). Todos estes municípios fazem parte de área endêmica, e mostram o perfil heterogêneo da distribuição da malária na Amazônia. Entre os meses de coleta, fevereiro apresentou maior abundancia e maior riqueza de anofelinos, trata-se de um mês de chuvas moderadas, possibilitando que ambientes não propícios ao desenvolvimento tornem-se favoráveis, criando condições para o desenvolvimento das larvas destes mosquitos (Ferreira, 2010). A quantidade de espécies pode estar relacionada ao esforço de coleta, pois quanto maior o período de coleta e número de pontos de captura, maior foi numero de espécies encontradas. Outro fator que pode ser determinante é a condição de preservação da área, a exemplo das reservas indígenas que são menos antropizadas quando comparadas com áreas urbanas. Santos, et. al, (2009), encontrou 11 espécies durante o ano de 2002, em um estudo em duas reservas indígenas localizadas no Estado do Pará, na Amazônia brasileira. No município de Altamira, a espécie com o maior frequencia foi Anopheles galvaoi, entretanto esta foi encontrada em apenas uma localidade e em apenas uma excursão, portanto possui uma alta frequência, porém baixa dominância. An. nuneztovari e An. triannulatus apresentaram maior distribuição entre os meses de coleta, porém a espécie com maior dominância entre os horários de coleta foi An. darlingi,, estes dados estão de acordo com resultados encontrados em outras localidades amazônicas, como em Porto Velho RO, Acrelândia AC e Colniza - MT, (Gama, et al., 2009; Moutinho, et al., 2011; Maciel e Missawa, 2012).

46 44 Em relação às localidades de coleta, as espécies An. darlingi e An. nuneztovari apresentaram distribuição em cinco localidades, porém com frequências diferentes, sendo a primeira a mais frequente. No bairro Mutirão foram encontradas seis das nove espécies encontradas neste estudo, tal comportamento pode estar relacionado à presença de criadouros permanentes, dentre eles um riacho com água represada, além da existência de fragmentos de mata na periferia da localidade. O bairro Mutirão apresenta condições de risco para ocorrência de malária humana, pois possui grande aglomeração de pessoas que tende a aumentar em virtude da construção de casas para realocação de moradores de áreas diretamente impactadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM). Este risco justifica-se porque os mosquitos anofelinos podem mudar suas preferências alimentares de acordo com as alterações do ambiente. Alencar, et al.(2005), demonstra que os anofelinos podem se alimentar de uma variedade de vertebrados domésticos e silvestres e algumas espécies como An. triannulatus, An. evansae, An. galvaoi e An. rangeli apresentaram moderada associação com o domicílio A localidade Mangueiras apresentou a maior ocorrência de An. darlingi. Esta área é distante do centro urbano do município de Altamira, e será diretamente impactada com a conclusão das obras da UHBM, com isso os mosquitos anofelinos, na busca de novos habitats, poderão migrar para outras áreas, podendo ocasionar novos surtos de malária O bairro Panelas, localizado próximo ao igarapé Panelas, bem como a localidade Transamazônica, cortada pelo riacho Altamira, também terão sua paisagem alterada, em virtude da formação do lago da hidrelétrica, assim haverá criadouros permanentes aumentando o risco da ocorrência de malária no município de Altamira. As espécies encontradas nas formas imaturas foram diferentes dos indivíduos adultos. As espécies An. matogrossensis e An. intermedius, foram encontradas apenas na forma de larvas, enquanto as espécies An. galvaoi, An. brasiliensis e An. oswaldoi foram encontradas apenas na forma adulta, situação característica de áreas sob impacto ambiental.

47 45 Em estudos com formas imaturas na Amazônia, Mckeon, et al. (2013) demostrou que nem sempre são encontrados mosquitos do gênero Anopheles em todos os criadouros, e mesmo em criadouros positivos o número de espécies encontrados varia de uma área para outra, sendo que geralmente não são encontradas todas as espécies já registradas para a área. Em relação aos horários de coleta, a primeira hora de coleta, de 18h00min as 19h00min, foi a que apresentou maior numero de indivíduos coletados. Ao se analisar estes horários em períodos com 4 horas duração, de 18h00min as 22h00min, de 22h00min as 2h00min, e de 2h00min as 6h00min, o primeiro horário apresentou o maior numero de indivíduos coletados, decaindo nos horários seguintes. Em um estudo em área de prospecção mineral no município de Jurutí, no Estado do Pará, Póvoa, et al. (2009) observaram que o hábito hematofágico de mosquitos anofelinos foi maior no período entre 18h30min e 20h30min, embora tenha sido verificada hemofagia esporádica em outros horários durante a noite. A espécie com maior distribuição entre os horários foi An. darlingi, que segundo Charlwoold & Hays, 1978, apresenta variações entre os ciclos de picada do gênero de acordo com a região. Gama, et. al, (2009) demonstraram que a periodicidade de picada de mosquitos do gênero Anopheles em três localidades do município de Porto Velho no Estado de Rondônia, foi entre as quatro primeiras horas. Os resultados para IPHH de An. darlingi corroboram com Walter, et. al, (2003) em duas localidades endêmicas no Peru, e Gama, et. al, (2009), em quatro localidades no município de Porto Velho, estado de Rondônia, com maior incidência entre as 18:00 e 00:00 horas. O IPHH regrediu durante os anos de estudo, variando de 0,44 em 2012, passando por 0,13 em 2013, chegando a 0,06 em Este comportamento pode estar relacionado às mudanças ambientais decorrentes da instalação da UHE-Belo Monte durante este período, devido à aglomeração de pessoas e a supressão vegetal, além das medidas de controle implantadas ou otimizadas como, o uso de mosquiteiros impregnados, melhoria dos diagnósticos e tratamento, etc.

48 46 A espécie An. albitarsis s.l. possui papel importante na transmissão de malária no município de Altamira, pois apresentou altas taxas de paridade. Estas taxas foram maiores que Anopheles darlingi, demostrando que estas duas espécies apresentam potencial de transmissão, aumentando assim o risco da ocorrência de malária. Póvoa, et. al, (2006) analisando infictividade em mosquitos coletados no município de Boa Vista, estado de Roraima, detectou um espécime de An. darlingi positivo para P. vivax VK 210 e dois espécimes de An. albitarsis, sendo um positivo para P. falciparum e outro para P. vivax VK 210. Para Kakitani e Forattini (2000) An. albitarsis l.s é uma espécie sensível a alteração do ambiente provocada pelo homem facilitando o desenvolvimento de populações potencialmente vetoras. Dessa forma, com o passar do tempo é de se supor que a malária poderá ser reintroduzida nas áreas onde ocorrem. Quanto à infectividade, os resultados corroboram com encontrados por Póvoa, et al. (2006), no município de Boa Vista, no Estado de Roraima, onde também encontrou dois exemplares de An. albitarsis s.l. positivo P. vivax VK 210, porém com infecção mista com P. falciparum, e também encontrou um exemplar de An. darlingi positivo para os dois. Barbosa e Solto, 2013, avaliaram a taxa de esporozoítos em 706 mosquitos coletados no município de Macapá, Estado do Amapá, sendo analisados 443 (62,7%) indivíduos de An. albitarsis s.l. e 263 (37,3%) de An. darlingi. O resultado foi positivo para 08 fêmeas, sendo 07 (87,5%) para o An. albitarsis s.l. e 01 (12,5%) para o An. darlingi. Os espécimes de An. albitarsis s.l. foram positivos para P. falciparum (n = 4), P. vivax (n = 3) e P. malariae (n = 1). An.darlingi foi encontrado naturalmente infectado pelo P. falciparum (n = 1). Um exemplar de Anopheles nuneztovari foi encontrado albergando Plasmodium vivax vk210, fato já descrito para outras regiões amazônicas, e comprovada de forma experimental, situação preocupante, pois esta espécie está bem adaptada para ambientes com perturbação ambiental, como é o caso do município de Altamira, devido à instalação da UHE Belo Monte (Consoli&Oliveira, 1998; Tadei et al., 1988; Tadei & Dutary Thatcher, 2000; Póvoa et al; 2001; Santos et al; 2005, Sucupira 2007).

49 47 O Índice de Inoculação Anual diminuiu ao longo dos anos, esta redução pode está associada à fase de supressão vegetal durante a fase instalação de hidrelétricas que resulta na destruição do habitat desses mosquitos, podendo este índice voltar a crescer com o término da obra. A ausência de qualquer relação entre o numero de indivíduos coletados e a temperatura ambiente no período de coleta, não significa dizer que estes fatores não são importantes no estudo da biologia de mosquitos anofelinos. Ferreira (2010), também observou que a temperatura não influenciou significativamente na abundância e riqueza de Anopheles coletados no município de Macapá no estado do Amapá, destacando a faixa de temperatura que apresentou maior numero de indivíduos foi entre 24,1 a 27,3ºC. A região Norte possui uma homogeneidade espacial e sazonal da temperatura (Moura, et. al., 2004). A maioria dos mosquitos neotropicais encontra condições ótimas de desenvolvimento em ambiente com temperatura entre 26 C a 28 C e umidade de 70% a 80% (CONSOLI; OLIVEIRA, 1998; FORATTINI, 2002). A ausência de correlação entre o numero de indivíduos coletados com a umidade relativa do ar não reduz o risco de transmissão de malária, pois de acordo com Mascarenhas, et.al, (2009) apenas a média mensal inferior a 60% é desfavorável à transmissão da malária, por encurtar a vida do transmissor e ser nociva ao ciclo do plasmódio, porém os menores valores registrados foram 67,7%. A ocorrência de espécies potencialmente vetoras de malária no município de Altamira, torna o município área de risco, que associado à destruição do habitat natural destes insetos, pode ocasionar migração para a cidade na busca de abrigo, favorecendo assim novos surtos de malária.

50 48 6. CONCLUSÕES Baseados nos resultados obtidos pode-se concluir que: A transmissão de malária no município de Altamira comportou-se regressivamente durante os anos de 2012, 2013 e A riqueza ou diversidade de espécies na forma adulta do gênero Anopheles coletadas no município de Altamira foi de nove espécies. A espécie An. darlingi foi a mais dominante entre as os horas de coleta, An. nuneztovari e An. triannulatus apresentaram maior distribuição entre os meses de coleta e An. galvaoi a mais frequente. As espécies encontradas nas formas imaturas nem sempre foram as mesmas encontradas na forma adulta. A diversidade e densidade de mosquitos do gênero Anopheles diminuiu durante os anos de coleta. O horário de maior preferencia para hematofagia de mosquitos do gênero Anopheles foi o período entre 18h00min e 22h00min. Não foi verificada correlação entre o número de indivíduos coletados, média de temperatura e umidade relativa do ar em cada mês de coleta. O mês de fevereiro foi o período de maior ocorrência de espécies do gênero Anopheles. A taxa de paridade foi maior em An. albitarsis que em An. darlingi. A infectividade natural das espécies de mosquitos anofelinos coletados no município de Altamira é a mesma encontrada para a região da Amazônia brasileira

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57 55 PÓVOA, M. M., SUCUPIRA, I. M. C., VIANA, G. M. R., LACERDA, R. N. da L., SOUZA, R. T. L. de, SANTA-ROSA, E. P., PRIMO, D. G., ARAÚJO, J. É. A., NASCIMENTO, J.M. S., PERES, J. M. V., CARMO, E. L. do. Risco de transmissão de malária humana em Área de implantação de projeto de prospecção mineral, município de juruti, Estado do Pará. Revista de Patologia Tropical 23 (2): p QARI, S. H., et. Al. Identification of Plasmodium vivax-like human malaria parasite. The Lancet 341: , REBÊLO, J. M. M., et al. Distribuição das espécies do gênero Anopheles (Diptera, Culicidae) no Estado do Maranhão. Caderno Saúde Pública 23 (12): p , Rio de Janeiro, ROSENBERG R, W. R. A; et. al.. Circumsporozoite protein heterogeneity in the human malaria parasite Plasmodium vivax. Science 245: , RUIZ-LOPEZ, F. DNA barcoding reveals both known and novel taxa in the Albitarsis Group (Anopheles: Nyssorhynchus) of Neotropical malaria vectors. Parasites & Vectors 5 (44), SANTOS, R. L. C. dos, PADILHA, A., COSTA, M. D. P., COSTA, E. M., DANTAS- FILHO, H. de C.; POVOA, M. M. Vetores de malária em duas reservas indígenas da Amazônia Brasileira. Revista Saúde Pública 43 (5): p , SANTOS, B. V. dos. Vetores da Malária na área de influencia do reservatório da Usina Hidrelétrica Serra do Facão, Goiás. Dissertação (Programa de Pós- Graduação em Geografia) Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, p. SANTOS, C. A. dos. SILVA, N. C. J. C. da; COSTA, S. V.; MACEDO, M. R. A. Mapeamento Espacial e Epidemiológico da Malária no Estado do Pará. In: Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, XVI, 2013, Foz do Iguaçu, PR, Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR PR, Foz do Iguaçu, PR, INPE p

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59 57 WALDMAN, E. A., SILVA, L. J. da, MONTEIRO, C. A. Trajetória das doenças infecciosas: da eliminação da poliomielite à reintrodução da cólera. Inf. Epidemiol. Sus 8 (3), p 05-47, WALTER, L. C., JORGE, V. T., RUBÉN, N. O., EDWIN, T. V., ANGEL, R. A., MIRIAM P. S. Comportamiento estacional del Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi Root 1926 en localidades de Loreto y Madre de Dios, Perú / Seasonal behaviour of Anopheles (nyssorhynchus) darlingi root 1926 in Loreto and Madre de Dios, Peru, Rev. peru. med. exp. salud publica20(1): 22-27, WARD, R. A.. Second Suplement to A Catalog of the Mosquitoes of the World (Diptera: Culicidae). Mosquite Systematic. 16 (3): p , WHITE, N. J. Plasmodium knowlesi: The Fifth Human Malaria Parasite. Clinical Infectious Diseases 46 (2): , WHITE, N. J. Anopheles gambiae complex and disease transmission in Africa. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine e Hygiene V 68 (4): p , WIRTZ, R.A., ZAVALA, F., CHAROENVIT, Y., CAMPBELL, G.H., BURKORT, T.R., SCHNEIDER, I., ESSER, K.M., BEAUDOIN, R.L., ANDRE, R.G. Comparative testing of monoclonal antibodies against Plasmodium falciparum sporozoites for ELISA development. Bulletin of the World Health Organization, 65 (1): 39-45, WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Malaria Report WHO Library Cataloguing in Publication Data, 2014.

60 58 ANEXOS ANEXO 01: PORTARIA Nº 45, DE 13 DE DEZEMBRO DE ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde PORTARIA Nº 45, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2007 Dispõe sobre a emissão do Laudo de Avaliação do Potencial Malarígeno e do Atestado de Condição Sanitária pelas Secretarias de Estado da Saúde pertencentes à Amazônia Legal, estabelece parâmetros para o repasse de recursos e padroniza os procedimentos para estudos entomológicos. O SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUBSTITUTO, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 38, do Decreto nº 5.974, de 29 de novembro 2006 e a competência que lhe foi delegada pelo Art. 5º da Portaria nº 1.932/GM, de 9 de outubro de 2003 e, Considerando o disposto na Resolução nº 286, de 25 de outubro de 2001 e Resolução nº. 387, de 27 de dezembro de 2006, ambas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA); Considerando o disposto nos artigos 3º e 7º, da Portaria Interministerial nº 2.021, de 21 de outubro de 2003, do Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Agrário; Considerando a Portaria nº 47/SVS, de 29 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a Avaliação do Potencial Malarígeno e o Atestado de Condição Sanitária; e Considerando a necessidade de fortalecer o Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), desenvolvendo instrumentos que confira sustentabilidade ao controle da malária, resolve: Art.1º - Delegar às Secretarias Estaduais de Saúde dos estados da Amazônia Legal, a Avaliação do Potencial Malarígeno (LAPM) e emissão do Atestado de Condição Sanitária (ATCS), respeitadas as disposições contidas na Portaria nº. 47/SVS, de 29 de dezembro de Parágrafo único. Excetua-se ao disposto no caput deste artigo, os casos em que o projeto de empreendimento ou assentamento, em processo de licenciamento, estiver localizado em área de abrangência de mais de uma Unidade da Federação. Art. 2º - Definir que as Secretarias de Estado da Saúde (SES) realizaram os estudos referentes à Avaliação do Potencial Malarígeno para os assentamentos de reforma agrária.

61 59 Parágrafo único. No caso dos outros empreendimentos, a responsabilidade de conduzir os estudos é do empreendedor, cabendo às SES, neste caso: a) Disponibilizar os protocolos fornecidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde/MS; b) Fiscalizar e realizar vistorias de modo garantir a fidedignidade dos dados levantados pelo empreendedor; e c) Garantir que os estudos estejam de acordo com as recomendações expressas no Art. 5º desta Portaria. Art. 3º - Adotar, para efeito do disposto nesta Portaria, as seguintes definições: I - Projeto de Assentamentos de Reforma Agrária: conjunto de ações planejadas e desenvolvidas em área destinada à reforma agrária, de natureza interdisciplinar e multisetorial, integradas ao desenvolvimento territorial e regional, definidas com base em diagnósticos precisos acerca do público beneficiário e das áreas a serem trabalhadas, orientadas para utilização racional dos espaços físicos e dos recursos naturais existentes, objetivando a implementação dos sistemas de vivência e produção sustentáveis, na perspectiva do cumprimento da função social da terra e da promoção econômica, social e cultural do trabalhador rural e de seus familiares e que estejam em processo de licenciamento por parte dos órgãos de governo competentes; II - Demais empreendimentos: os referidos na presente portaria são os sujeitos a licenciamento ambiental, relacionados na resolução CONAMA nº 001 de 23, de janeiro de 1986, cujas dependências e/ou áreas de influência estejam localizadas na Amazônia Legal. III - As definições, siglas e procedimentos referentes ao licenciamento ambiental são as relacionadas na resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de Art. 4º - Estabelecer atividades mínimas para levantamento entomológico, que subsidiam o LAPM em assentamentos de reforma agrária, conforme disposto abaixo: I - Identificar o local onde as famílias serão alojadas: a área a ser amostrada deve conter toda a área residencial principal e um raio de dois quilômetros das bordas desta área. Devese estender esta pesquisa às estruturas que compõem a infra-estrutura de apoio do assentamento (depósitos, galpões, etc.); II - Realizar coletas das formas imaturas e aladas dos anofelinos, conforme descrito nos incisos abaixo. III - Inicialmente, os responsáveis pela pesquisa devem identificar, dentro da área delimitada para o estudo, os criadouros potenciais para Anopheles Meigen, 1818 (os mosquitos transmissores da malária); IV - A pesquisa larvária (coleta de imaturos) deve ser realizada no máximo de criadouros potenciais possíveis. Deve-se, ao menos, amostrar todos os tipos de criadouro (açudes, igarapés, remanso de rio, etc.) presentes na área de influência do projeto de assentamento. Os criadouros a serem amostrados devem estar na área de estudo delimitada. O número de corpos d'água pesquisados deve ser, no mínimo cinco, distribuídos geograficamente de forma a garantir a representatividade espacial da amostragem; V - A metodologia de pesquisa larvária, a ser aplicada em cada ponto de coleta, está descrita na Nota Técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária (CGPNCM) nº 012/CGPNCM/SVS/MS, de 04 de Junho de 2007; e

62 60 VII - Realizar uma captura de doze horas e duas de quatro horas distribuídas entre os pontos de coleta, simultaneamente no intra e peridomicílios. A amostragem mínima é de três pontos de coleta distantes, sempre que possível, dois quilômetros entre si. Além disso, elas devem ser realizadas em aglomerados residenciais o mais próximo possível dos criadouros positivos. VIII - Os dados referentes às capturas de alados imaturos e o cadastro de criadouros devem ser registrados no sistema de informação de vetores de malária: o Vetores_Malária. Para tal, devem ser utilizadas as fichas de notificação de cadastro de criadouros, captura de alados e de formas imaturas disponibilizadas pela CGPNCM; e IX - As atividades de captura devem ser realizadas nos períodos do ano de maior densidade anofélica. Normalmente, estes períodos correspondem ao início e ao final da época chuvosa. Caso isso não seja possível, por conta dos prazos legais do licenciamento, as atividades de captura deverão, obrigatoriamente, ser repetidas na época de alta densidade vetorial. Art. 5º - Regulamentar atividades mínimas para levantamento entomológico, que subsidiam o LAPM em outros empreendimentos que possam potencializar a transmissão de malária, conforme disposto abaixo: I - Os diferentes tipos de empreendimento são responsáveis por diferentes impactos e, assim sendo, devem ser amostrados de forma diferente. Assim, caberá ao empreendedor protocolar, antes de iniciar os estudos, um pedido de aprovação da proposta do plano amostral para o levantamento entomológico. Caberá às SES avaliar o requerimento no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis. A proposta do empreendedor deve estar de acordo com as disposições tratadas sobre o tema nesta Portaria; II - Os estudos devem ser iniciados pela identificação de quais características do empreendimento podem potencializar a transmissão de malária (modificação no fluxo dos corpos d'água, represamento, alteração do curso dos corpos d'água, aumento dos níveis dos lençóis freáticos, aumento do fluxo de populações humanas de áreas não endêmicas e endêmicas de malária, etc.); III - Inicialmente, os responsáveis pela pesquisa devem identificar e georreferenciar, dentro do universo de corpos d'água que podem ser afetados pelo empreendimento, os criadouros potenciais para Anopheles Meigen, 1818 (os mosquitos transmissores da malária); IV - A metodologia de pesquisa larvária, a ser aplicada em cada ponto de coleta, está descrita na Nota Técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária (CGPNCM) nº 012/CGPNCM/SVS/MS, de 04 de Junho de 2007; e V - Deve-se realizar uma captura de doze horas e duas de quatro horas em cada ponto de coleta, simultaneamente no intra e peridomicílios. A amostragem mínima deve ser representativa da área de influência do empreendimento. Além disso, elas devem ser realizadas em aglomerados residenciais o mais próximo possível dos criadouros positivos: VI - Os dados referentes às capturas de alados, imaturos e cadastro de criadouros devem ser passados às SES para serem passados ao sistema de informação de vetores de malária: o Vetores_Malária. Para tal, devem ser utilizadas as fichas de notificação de cadastro de criadouros, captura de alados e de formas imaturas disponibilizadas pela CGPNCM; e VII - As atividades de captura devem ser realizadas nos períodos do ano correspondentes à maior densidade anofélica: normalmente, no início e final dos períodos chuvosos. Deve-se realizar, também, uma captura na época de menor pluviosidade. Art. 6º - Regulamentar as vistorias técnicas para aceitação do estudo de potencial malarígeno de outros empreendimentos.

63 61 I - Deve-se fazer um reconhecimento da área amostrada pelo empreendedor, observando os criadouros cadastrados por ele. Deve-se amostrar pelo menos 5 (cinco) criadouros para observar a fidedignidade dos dados levantados. II - A visita às áreas de captura de alados é importante para avaliar se estas atendem aos critérios de escolha descritos no Inciso VII do Art. 4º e Inciso V do Artigo 5º desta Portaria. III - Devem ser recolhidas amostras, em pelo menos três, dos pontos a serem escolhidos nos trabalhos realizados pelo empreendedor, sendo estes de maior densidade vetorial de alados, para realizar capturas de 03 (três) horas, que servirão para verificar a fidedignidade dos dados coletados. Art. 7º - Instituir repasse de recursos às secretarias estaduais de Saúde dos Estados da Amazônia Legal, para avaliação do potencial malarígeno em assentamento de reforma agrária em processo de licenciamento, bem como para vistoria técnica de aceitação dos estudos de avaliação do potencial malarígeno realizados pelo empreendedor, com recursos da Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS, devendo onerar o Programa de Trabalho Vigilância, Prevenção e Controle da Malária. 1º Para cada assentamento de reforma agrária, com exceção do disposto no 2º deste Artigo, o repasse corresponderá ao montante de R$ 6.000,00 (seis mil reais). 2º Para cada assentamento em que seja indispensável o uso de transporte aéreo e/ou fluvial para o desenvolvimento dos estudos de Avaliação do Potencial Malarígeno descritos no Art. 4º desta Portaria, o repasse corresponderá ao montante de R$ 8.400,00 (oito mil e quatrocentos reais). 3º Para cada empreendimento que passar por vistoria técnica de aceitação dos estudos realizados pelo empreendedor, com exceção do disposto no 4º deste Artigo, o repasse corresponderá ao montante de R$ 3.000,00 (três mil reais). 4º Para cada empreendimento que passar por vistoria técnica em que seja indispensável o uso de transporte aéreo e/ou fluvial para a realização da vistoria técnica de aceitação dos estudos realizados pelo empreendedor, o repasse corresponderá ao montante R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentos reais). 5º Para cumprimento do disposto neste Artigo, as SES dos Estados da Amazônia Legal deverão requerer os recursos com 60 (sessenta) dias de antecedência da efetivação do repasse. Art. 8º - Fixar que os montantes de que trata o Artigo 7º serão atualizados anualmente, com base em reajuste de preço de combustíveis e deslocamentos. Art. 9º - Fica revogada a Portaria nº. 227/FUNASA, de 26 de abril de 2001, publicada no DOU nº. 83-E, Seção 2, pág. 16, de 30 de abril de Art. 10. Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação. FABIANO GERALDO PIMENTA JÚNIOR ANEXO 02: Norma técnica Nº 012, Padronização dos métodos utilizados em pesquisa larvária de Anopheles na rotina dos laboratórios de entomologia.

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66 ANEXO 03: Ficha Padrão para captura de Anofelinos Adultos 64

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