SANTA CATARINA NO CONTEXTO MIGRATÓRIO NACIONAL: UM ESTUDO DOS FLUXOS E DAS CARACTERÍSTICAS DE QUEM MIGRA

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1 SANTA CATARINA NO CONTEXTO MIGRATÓRIO NACIONAL: UM ESTUDO DOS FLUXOS E DAS CARACTERÍSTICAS DE QUEM MIGRA Marley Vanice Deschamps 1 Paulo Roberto Delgado 2 Palavras Chaves: População, Fluxos Migratórios, Características dos migrantes, Santa Catarina Introdução Santa Catarina tem se destacado no cenário das migrações nacionais como um espaço bastante atrativo em termos populacionais, apresentando taxas de crescimento acima das médias nacional e regional, tanto que ao longo das últimas décadas, dos Estados do Sul do País, Santa Catarina foi o único que ganhou participação no total da população brasileira, passando de 3,1% em 1970 para 3,3% em 2010, enquanto que no mesmo período o Paraná declinou de 7,4% para 5,5% e o Rio Grande do Sul passou de 7,2% para 5,6%. Seguindo esta tendência, segundo os dados do censo de 2010, Santa Catarina se destaca dentre os estados brasileiros por apresentar o terceiro maior saldo migratório positivono período 2005/2010, só perdendo para São Paulo e Goiás, e também apresenta o segundo maior valor em relação à eficácia migratória (0,40), índice que mede a capacidade de atração ou expulsão, ficando atrás somente do estado do Amapá (0,42). Assim, questionam-se quais seriam as particularidades desse Estado para se conformar em espaço nacional tão atrativo? Quais seriam as mesorregiões que efetivamente possuem essa capacidade de absorção/atração? Desde onde se desloca essa população? E ainda, quais características são destacadas nesses imigrantes. Nesse sentido, os estudos sobre migração enfatizam que os movimentos populacionais tendem a se caracterizar por certa seletividade dos migrantes, geralmente em comparação à população não-migrante. Mas, como destaca Cunha (2007), em relação a esse processo não se deve desconsiderar que também, neste caso, o comportamento varia segundo o contexto migratório, ou seja, as características das áreas de origem e destino dos movimentos. Trabalho apresentado no XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em São Pedro/SP Brasil, de 24 a 28 de novembro de Pesquisadora do Observatório das Metrópoles e Bolsista do CNPQ- Pós-doutorado Sênior PDS (UFPR) 2 Pesquisador do IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

2 Para além de identificar e dimensionar os fluxos interestaduais, o presente artigo pretende traçar o perfil dos imigrantes e emigrantes de Santa Catarina. Além dos diferenciais de sexo e faixa etária, o perfil se baseará em variáveis relacionadas ao nível educacional, tipo de ocupação, setor de atividade, renda do trabalho e domiciliar.os dados utilizados são aqueles captados pelos Censos Demográficos (IBGE) considerando migrante o indivíduo que morava, na data do recenseamento, em um local do território brasileiro diferente daquele em que residia exatamente cinco anos antes, ou seja, serão utilizados os dados de migração de data fixa. 1 IDENTIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS DE SANTA CATARINA Antes de apresentar os valores relativos aos fluxos migratórios identificando origem e destino dos mesmos, vale ressaltar algumas características do Estado de Santa Catarina que possam trazer a luz fatores explicativos da atratividade populacional. Segundo os dados do censo de 2010, Santa Catarina possuía 293 municípios 3 distribuídos em seis mesorregiões (IBGE): Oeste Catarinense, Norte Catarinense, Serrana, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, e Sul Catarinense, conforme destacado na Figura 1. Figura 1 Divisão estadual em Mesorregiões Geográficas Santa Catarina FONTE: Elaborado pelos autores 3 Mais dois municípios foram criados em 2013: Balneário Rincão, desmembrado de Içara pela LEI Nº , de 03 de outubro de 2003, e Pescaria Brava, desmembrado de Laguna pela LEI Nº , de 25 de outubro de Para efeitos desse estudo será considerada a base municipal de 2010.

3 São as mesorregiões do litoral catarinense que vêm apresentando forte crescimento populacional, especialmente a Norte catarinense, a Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis, dando continuidade a um processo de litoralização do estado, aparente desde os anos de Esse processo esteve associado ao enfraquecimento da pequena produção agrícola de base familiar e a consequente intensificação do êxodo rural. Segundo Cerdan e Policarpo (2013), as últimas décadas foram marcadas por um processo de concentração fundiária e de renda, o que tem acarretado uma progressiva incorporação de produtores rurais como integrados de grandes empresas agroindustriais, estimulados por políticas governamentais, que privilegiam perfis produtivos de interesse direto de grandes grupos hegemônicos. Resultado desse processo também se faz sentir no baixo crescimento da maioria dos municípios das mesorregiões Oeste Catarinense e Serrana, conforme se pode visualizar na Figura 2. Figura 2 Taxa Geométrica de crescimento anual da população, segundo municípios Santa Catarina, 2000/2010 Devido à grande extensão de área litorânea, desde o início da colonização este espaço tem se destacado economicamente por sua conexão com as outras regiões do estado, constituindo-se, segundo Cerdan e Policarpo (2013), numa área de interface entre um hinterland (o interior do Estado) e um espaço marítimo aberto ao resto do Brasil (Santos/São Paulo, Rio de Janeiro), por meio de três grandes portos Itajaí, Navegantes e São Francisco

4 do Sul.Além disso, outro fator, a construção da BR 101, ligando a zona costeira de norte a sul, conferiuà zona litorânea, dinamicidade ímpar, já que promoveu articulação entre os centros mais dinâmicos e aqueles considerados mais fragilizados em termos socioeconômicos. A importância econômica da faixa litorânea do estado é inegável já que aproximadamente 70% de todo o PIB gerado em 2011 teve como lócus as mesorregiões Grande Florianópolis, Norte Catarinense e Vale do Itajaí, sendo esta última responsável pela maior parcela e cuja participação vem crescendo ao longo da última década, passando de 25% do PIB estadual em 2000, para 31% em As mesorregiões Norte Catarinense e Grande Florianópolis praticamente mantém suas participações e as mesorregiões Serrana, Oeste e Sul Catarinense perdem participação. É também observado na mesorregião Vale do Itajaí o maior PIB per capita, 33,7 mil, seguido da mesorregião Norte Catarinense com 32,9 mil. Nas demais o PIB per capita é inferior à média estadual, que é de 26,7 mil. No que tange ao mercado de trabalho, tem-se que 1/4 dos ocupadosdo estado se encontrana mesorregião do Vale do Itajaí. Destes, 50% trabalham em atividades ligadas à Indústria de Transformação, Comércio e Construção Civil. Já na mesorregião Serrana, onde se encontra a menor parcela dos ocupados de Santa Catarina, aproximadamente 1/4 deles trabalham em alguma atividade ligada à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Esse breve cenário aponta que a porção litorânea catarinense possui uma dinâmica econômica intensa se mostrando como espaço bastante atrativo para parcela da população que busca oportunidades. Tomando os dados de migraçãode data fixa do último censo, observou-se para o período compreendido entre 2005 e 2010, no Brasil, uma redução de 11% na circulação de pessoas, quando comparado ao período , apontando para uma inflexão desse fenômeno já que para o período se verificou aumento de 4% no número de pessoas que realizaram este movimento no país. Dentre os fatores explicativos dessa redução, autores como Oliveira e Oliveira (2011)destacam a saturação das metrópoles e a melhor distribuição da oferta de emprego, já que os dados apontam a tendência de deslocamento para cidades de médio porte. Afirmam ainda que a principal motivação para a migração é a busca por trabalho, mas a qualidade de vida e menores índices de violência são fatores complementares. Características essas que se destacam no litoral catarinense. Nesse sentido Santa Catarina se destaca nas trocas interestaduais apresentando incremento de 51% no número de imigrantes entre os períodos e , o maior entre todas as Unidades da Federação. Entre 2005 e 2010, pessoas escolheram o Estado como endereço, enquanto outras saíram de Santa Catarina. O saldo positivo

5 de moradores tornou Santa Catarina o terceiro estado mais procurado, atrás apenas de São Paulo (255,8 mil) e Goiás (207,8 mil). Este desempenho catarinense colocou o Sul como a única grande Região do país com aumento na mobilidade espacial da população.além de receber um maior contingente populacional, Santa Catarina reteve mais população em seu estado, ou seja, reduziu o número de emigrantes para outras Unidades da Federação (tabela 1). Tabela 1 Movimento Migratório de Santa Catarina , e CONDIÇÃO MIGRATÓRIA Imigrantes Interestaduais(1) Emigrantes Interestaduais(1) Trocas Líquidas Interestaduais Migrantes Intra-Estaduais Total de Migrantes(2) Imigrantes do exterior Ignorado FONTE: IBGE - Censos Demográficos (microdados) NOTA: Dados referentes à migração de data fixa, tendo como referência pessoas maiores de cinco anos. (1) Exceto os de procedência não identificada. (2) Exceto os imigrantes vindos do exterior Já nas trocas entre municípios do próprio estado, houve queda no ritmo de crescimento desses movimentos. Entre 1986/1991 e 1995/2000 o movimento intra-estadual sofreu um incremento de 18,2%, enquanto que nos dois últimos períodos esse incremento foi de apenas 1,7%. Importante ressaltar o expressivo aumento de imigrantes vindos do exterior, apresentando, inclusive, um ritmo de crescimento maior que a média nacional. 2. MIGRAÇÃO INTERESTADUAL - AS TROCAS POPULACIONAIS DE SANTA CATARINA Como destacado anteriormente, Santa Catarina é o estado brasileiro que apresentou o maior crescimento relativo no número de imigrantes interestaduais de data fixa entre os períodos 1995/2000 e 2005/2010. Neste item,pretende-se verificar como se deram, no último período censitário (2005/2010), as trocas populacionais de Santa Catarina com as Grandes Regiões geográficas brasileiras, destacando, no caso da Região Sul, os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, e qual o perfil desses migrantes considerando-se atributos como sexo, idade, escolaridade, ocupação e renda.

6 2.1 As trocas interestaduais catarinenses Paraná e Rio Grande do Sul constituem as principais unidades com as quais Santa Catarina trocou população no último período censitário; em conjunto, essas unidades foram responsáveis por 69,7% das entradas registradas em Santa Catarina e por 63,6% das saídas; dentre as demais unidades brasileiras, destacam-se os fluxos com a região Sudeste, particularmente com São Paulo (tabela 2). Em relação às regiões catarinenses, o Vale do Itajaí constituiu-se na principal área de recepção dos imigrantes interestaduais, recebendo 32,8% do total, seguido pela Grande Florianópolis (21,7%) e Norte (19,4%) (gráfico 2.1). Quanto às saídas do Estado, quase metade teve origem nas mesorregiões Oeste (25,9%) e Norte (21,1%). Tabela 2 Número e distribuição percentual dos Migrantes Interestaduais de Data Fixa segundo Mesorregiões Geográficas Catarinenses e Regiões/Unidades Da Federação REGIÃO / UF Oeste Norte Serrana MESORREGIÃO Vale do Itajaí Grande Florianópolis Sul SC -Sem origem especificada Origem Imigrantes (%) Norte Nordeste Sudeste Paraná Rio Grande do Sul Centro-Oeste Total Total de imigrantes Destino Emigrantes (%) Norte Nordeste Sudeste Paraná Rio Grande do Sul Centro-Oeste Total de emigrantes Fonte: IBGE: Censo Demográfico. Gráfico 1 Distribuição percentual dos Migrantes Interestaduais de Data Fixa segundo Mesorregiões Geográficas Catarinenses

7 % Oeste Serrana Florianópolis S. E. Imigrantes Emigrantes Fonte: Censo Demográfico. Há diferenças importantes na participação das unidades brasileiras quando se consideram as seis mesorregiões catarinenses. Entre os imigrantes, o Paraná sobressai como origem nas mesorregiões Norte (62,0%), Serrana (40,2%) e Vale do Itajaí (45,4%); o Rio Grande do Sul tem destaque nas entradas no Oeste (44,2%), na Grande Florianópolis (42,2%) e no Sul(59,0%). Verifica-se ainda, com base nos dados da tabela 2, que na mesorregião Norte Catarinense os fluxos com origem no Sudeste do país ocupam a segunda posição, superando os do Rio Grande do Sul. A maior participação dos nordestinos (10,5%) é verificada no Vale do Itajaí, região que abrigouquase metade dos nordestinos que vieram para Santa Catarina. No caso dos emigrantes, o Paraná, principal destino dos catarinenses no país, sobressai nas mesorregiões Oeste (39,0%), Vale do Itajaí (43,1%) e, principalmente, Norte (62,2%).O Rio Grande do Sul é o principal destino para os emigrantes das regiões Serrana (39,3%) e Sul (50,9%). E o Sudeste brasileiro destaca-se entre os que deixaram a Grande Florianópolis, representando 1/3 das saídas dessa região. Como mencionado, Santa Catarina registrou, no período 2005/2010, um saldo migratório de 172,4 mil pessoas, o terceiro maior entre os estados brasileiros. A maior parte deste saldo 3/4 do total foi obtida nas trocas com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul (tabela 3). Tabela 3 Saldo Migratório das Mesorregiões Geográficas Catarinenses segundo Regiões/Unidades Da Federação REGIÃO / UF Oeste Norte Serrana MESORREGIÃO Vale do Itajaí Grande Florianópolis Norte Nordeste Sudeste Sul Total

8 Paraná Rio Grande do Sul Centro-Oeste Total Fonte: IBGE: Censo Demográfico. Nota: 1) A soma dos saldos das mesorregiões não bate com o saldo total devido à diferença de pessoas que emigraram, mas não tinham sua região de origem em Santa Catarina especificada. À exceção da mesorregião Serrana, as demais regiões catarinenses apresentaram saldos positivos em suas trocas interestaduais, com destaque para o Vale do Itajaí que apresentou ganho de 75,1 mil pessoas, correspondente a 43,6% do saldo total do Estado. Os dados de saldo migratório reforçam alguns aspectos, acima mencionados, relativos às trocas populacionais das regiões catarinenses. As trocas estabelecidas com o Rio Grande do Sul são as principais responsáveis pelos saldos positivos verificados nas mesorregiões Oeste e Sul Catarinense. Este estado é, também, o principal responsável pelo saldo positivo registrado na Grande Florianópolis, representando mais da metade do ganho obtido por esta região. O Paraná destaca-se nas trocas das mesorregiões Norte e Vale do Itajaí, nas quais responde por, respectivamente, 61,9% e 46,1% do saldo total. Também, é em relação a essas mesorregiões que o Sudeste do país apresenta suas maiores contribuições para o saldo migratório, respectivamente, 19,9% e 16,3%. 2.2 Perfil do migrante interestadual Há um relativo equilíbrio na distribuição por sexo dos migrantes interestaduais de data fixa de Santa Catarina. Os homens representam 51,1% dos imigrantes e 49,7% dos emigrantes; as mulheres participam com, respectivamente, 48,9% e 50,3%. Há um pequeno predomínio de homens entre os imigrantes nas seis regiões catarinenses, de modo mais acentuado na Grande Florianópolis e no Vale Itajaí, onde a razão de sexo é superior a 105 homens para cada 100 mulheres que imigraram para o Estado (tabela 4). Entre os emigrantes, a participação masculina só é acentuada entre aqueles que deixaram a mesorregião Serrana, com as mulheres predominando nas saídas registradas nas regiões Norte e Vale do Itajaí. Tabela 4 Razão de Sexo dos Migrantes Interestaduais segundo Mesorregião Geográfica Catarinense e Região/Unidade Da Federação UNIDADES Imigrante Emigrante SC - Mesorregião Oeste 104,3 101,2 Norte 102,9 95,4 Serrana 100,5 111,4 Vale do Itajaí 105,0 93,3

9 Grande Florianópolis 106,2 101,7 Sul 103,6 102,3 BR - Região/UF Norte 98,5 124,3 Nordeste 119,8 111,5 Sudeste 111,4 94,1 Paraná 103,7 95,3 Rio Grande do Sul 99,3 98,8 Centro-Oeste 103,5 113,0 Total 104,5 98,9 Fonte: IBGE: Censo Demográfico. As diferenças de sexo mais acentuadas são observadas ao se considerar as regiões do país com que se estabelecem as trocas populacionais. As emigrações de mais longa distância Norte, Nordeste e Centro-Oeste são marcadas por participação mais expressiva de homens, enquanto as mulheres predominam nos movimentos em direção ao Paraná e à região Sudeste. Em relação aos imigrantes, os homens destacam-se entre as pessoas que chegam do Nordeste e do Sudeste, havendo,com as demais regiões do país, certo equilíbrio entre os sexos. As trocas com o Rio Grande do Sul são as que mais representam esta condição, com as razões de sexo de imigrantes e emigrantes se aproximando de 100. Não há expressiva diferenciação no perfil etário dos migrantes interestaduais de Santa Catarina, com a maioria deles concentrando-se na faixa etária de 15 a 29 anos (gráfico 2). Ao agregar-se a esta faixa as pessoas com 5 a 14 anos, tem-se que os jovens representam 57,5% dos imigrantes e 53,1% dos emigrantes. Gráfico 2 Distribuição Percentual dos Migrantes Interestaduais segundo Faixa Etária Santa Catarina 2005/ ,6 36,6 34,6 31,3 (%) 16,9 16,5 11,3 12,3 5 a a a e + Faixa etária (anos) Imigrantes Emigrantes Os imigrantes apresentam um perfil ligeiramente mais jovem que os emigrantes em todas as unidades espaciais consideradas (do estado e do restante do país), a exceção da

10 mesorregião Serrana (tabela 5).Dentre as mesorregiões catarinenses, o Oeste apresenta a maior participação de jovens entre os imigrantes (59,0%) e entre os emigrantes (56,7%) do estado. O Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis se caracterizam por apresentarem as menores participações de jovens entre os emigrantes e por serem as regiões em que o diferencial na participação deste segmento populacional entre imigrantes e emigrantes se mostra mais elevado; ou seja, os imigrantes têm um perfil mais acentuadamente jovem do que as pessoas que deixaram essas unidades. Tabela 5 Participação Percentual das pessoas de 5 a 29 anos no total de Migrantes Interestaduais segundo Mesorregião Geográfica Catarinense E Região/Unidade Da Federação UNIDADES Imigrante Emigrante SC - Mesorregião Oeste 59,0 56,7 Norte 57,9 55,1 Serrana 53,8 55,3 Vale do Itajaí 58,7 50,8 Grande Florianópolis 56,1 46,8 Sul 53,8 53,6 BR - Região/UF Norte 54,4 45,8 Nordeste 68,7 48,1 Sudeste 52,4 51,4 Paraná 60,1 55,5 Rio Grande do Sul 54,9 53,4 Centro-Oeste 54,2 51,1 Total 57,5 53,1 Fonte: IBGE: Censo Demográfico. O diferencial na participação de jovens também se apresenta elevado nos fluxos populacionais com as regiões Norte e Nordeste do país, com os imigrantes sendo mais jovens relativamente à população que saiu de Santa Catarina em direção a estas regiões, particularmente no caso do Nordeste. Os imigrantes vindos do Paraná apresentam a segunda maior participação de jovens (60,1%), mas com menor diferencial em relação aos emigrantes que mudaram para este estado (55,5%). Na tabela 6 são apresentados dois indicadores de escolaridade dos migrantes interestaduais, tendo como referência o percentual de concluintes de toda educação básica ensino médio e daqueles que concluíram o ensino superior, estescom credenciais para o exercício de ocupações mais qualificadas e que exigem titulação específica; nos dois casos, a população de migrantes de referência é aquela considerada com idade mínima provável para a conclusão das respectivas etapas educacionais, 18 anos e mais e 22 anos e mais.

11 Os emigrantes apresentam percentuais mais elevados de pessoas com maior nível de escolaridade: entre aqueles com idade para realizar o ensino médio 57% concluíram esta etapa do ensino; no caso daqueles com idade para a conclusão do ensino superior, o percentual é de 25%. Este diferencial favorável aos emigrantes é observado na maioria das mesorregiões catarinenses e das regiões do Brasil com que Santa Catarina teve trocas populacionais. Tabela 6 Percentual dos Migrantes interestaduais que concluíram o ensino médio e/ou superior Santa Catarina NÍVEL DE INSTRUÇÃO UNIDADES MÉDIO SUPERIOR Imigrante Emigrante Imigrante Emigrante SC - Mesorregião Oeste 43,7 46,9 14,8 16,9 Norte 50,4 55,9 16,6 24,4 Serrana 52,7 48,2 20,4 17,0 Vale do Itajaí 45,8 59,6 14,6 26,6 Grande Florianópolis 63,9 74,2 24,9 40,8 Sul 42,1 55,1 12,4 19,0 BR - Região/UF Norte 57,0 70,6 17,5 25,9 Nordeste 40,4 63,5 8,9 28,0 Sudeste 62,2 71,4 24,1 39,5 Paraná 41,8 51,1 13,5 20,8 Rio Grande do Sul 55,0 50,1 18,6 17,7 Centro-Oeste 57,3 60,3 24,1 27,2 Total 50,3 57,0 17,3 25,0 Fonte: IBGE: Censo Demográfico. Nota: A população de referência do indicador é aquela a partir da idade mínima ideal para se concluir as respectivas etapas educacionais: 18 anos e mais, para o ensino médio, e 22 anos e mais, para o superior. Os percentuais dos dois níveis não podem ser somados devido à sobreposição de parte das faixas etárias. As mesorregiões Norte, Oeste e Sul apresentam a quase totalidade de seus indicadores de escolaridade abaixo da média estadual observada para os migrantes interestaduais.a Serrana é a única região onde os imigrantes apresentam perfil mais elevado de educação, comparativamente aos que emigraram. A Grande Florianópolis situa-se no polo oposto, com percentuais mais elevados de escolaridade, mas com grande diferencial favorável àqueles que deixaram o Estado; nela, 40,8% dos emigrantes de 22 anos e mais de idade tinham ensino superior, contra 24,9% das pessoas desse grupo etário que entraram nesta região. Diferenciais elevados favoráveis aos emigrantes também são observados, para os dois níveis de instrução, na mesorregião Vale do Itajaí; no caso desta região, porém, há que se destacar que os seus imigrantes apresentam percentuais de concluintes abaixo da média verificada para este tipo de migrante no Estado.

12 Os imigrantes oriundos do Paraná e do Nordeste são os que apresentam os piores resultados relativos aos dois níveis de instrução, mas esta última região se destaca por receber emigrantes de Santa Catarina com perfil mais elevado de escolaridade, particularmente de nível superior (28,0%); na realidade, os diferenciais mais elevados, favoráveis aos emigrantes,são observados nas trocas com o Nordeste. A região Sudeste é a que apresenta o melhor indicador de escolaridade, nos dois níveis de instrução, também favoráveis aos emigrantes, particularmente no nível superior. Vale destacar que, apesar dessa maior qualificação dos emigrantes com destino ao Nordeste, os fluxos populacionais para esta região são pequenos, fazendo com que representem apenas 5,2% do total de emigrantes catarinenses com nível superior; os emigrantes para o Paraná apesar de sua menor taxa de escolaridade para este nível educacional, representam 30,6% do total, percentual muito próximo ao dos que foram para a região Sudeste (33,0%), principal destino dos catarinenses com maior escolaridade. Em Santa Catarina, 70,4% da população de 14 anos e mais de idade estão inseridos no mercado de trabalho, fazendo parte da população economicamente ativa (PEA) 4. No caso dos imigrantes provenientes de outras unidades da federação, com o mesmo perfil etário, esta taxa atinge o valor de 76,6%, indicando um grau maior de participação no mercado de trabalho; apenas entre os imigrantes residentes nas regiões Serrana e Sul a taxa é inferior à verificada para a população estadual (tabela 7). Considerando a origem, os imigrantes nordestinos são os que apresentam a maior taxa de atividade (80,6%). Entre os que deixaram Santa Catarina, aqueles que saíram da Grande Florianópolis e do Oeste são os que apresentam as maiores taxas de atividade nas regiões de destino, 72,1% e 71,7%, respectivamente. Apenas aqueles que foram para a região Norte do país apresentam uma taxa (63,1%) mais diferenciada da média observada para o conjunto dos emigrantes catarinenses (70,0%). O rendimento médio do trabalho obtido pelos imigrantes e emigrantes interestaduais (tabela 7) é maior do que o recebido pelo conjunto dos ocupados de 14 anos e mais residentes em Santa Catarina (R$ 1.364,00). Novamente, a condição é mais favorável aos emigrantes comparativamente aos imigrantes, à exceção da situação verificada na mesorregião Serrana, onde o rendimento médio dos imigrantes é ligeiramente superior; uma possível razão para esta situação pode ser o fato dos imigrantes, nessa região, possuírem um perfil de escolaridade 4 Vale lembrar que a taxa de atividade (População Economicamente Ativa / População em Idade de Trabalho) é um indicador da disponibilidade para o trabalho, uma vez que a PEA inclui, além dos ocupados, a parcela da população que está procurando emprego, os denominados desocupados.

13 melhor do que seus emigrantes, fator que, sabe-se, influencia o nível de rendimento no mercado de trabalho. Ainda em relação a esses diferenciais de rendimento, os casos mais acentuados são observados nas trocas com as regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Os imigrantes nordestinos auferem o menor rendimento médio (R$ 1.123,00), o qual representa apenas 42,2% do rendimento auferido pelos emigrantes de Santa Catarina que trabalham no Nordeste (R$ 2.663,00), maior diferencial relativo dentre as unidades destacadas na tabela 7. Aqui, também, pode-se estar diante do efeito do diferencial de escolaridade acima mencionado. Tabela 7 Taxa de Atividade e Rendimento Médio Mensal do Trabalho dos Migrantes Interestaduais com 14 anos e mais de idade Santa Catarina UNIDADES RENDA DO TRABALHO TAXA DE ATIVIDADE (%) (R$) Imigrante Emigrante Imigrante Emigrante SC - Mesorregião Oeste 77,5 71, Norte 77,2 69, Serrana 67,7 63, Vale do Itajaí 78,7 68, Grande Florianópolis 76,1 72, Sul 69,5 69, BR - Região/UF Norte 75,2 63, Nordeste 80,6 69, Sudeste 75,1 68, Paraná 76,5 69, Rio Grande do Sul 76,9 71, Centro-Oeste 75,7 73, Total 76,6 70, Fonte: IBGE: Censo Demográfico. Nota: O rendimento refere-se à renda de todos os trabalhos que as pessoas tinham no período do Censo Demográfico. Dentre as mesorregiões catarinenses, os maiores rendimentos são observados na Grande Florianópolis, que é, também, a que apresenta o maior diferencial de rendimento entre os migrantes. Ao se considerar os setores de atividades em que os migrantes estão ocupados, verifica-se a forte atração do setor industrial catarinense sobre os imigrantes; aproximadamente um em cada quatro delesse insere neste tipo de atividade (gráfico 3). A maior participação da indústria de transformação, entre os imigrantes, é registrada na mesorregião Norte (27,8%) e só fica abaixo de 20% nas mesorregiões Serrana e Grande Florianópolis (apêndice 1).

14 O comércio é a principal atividade entre os emigrantes, ocupando 17,0% desse contingente, e é a segunda mais importante entre os imigrantes (18,9%). Na realidade, o peso do comércio entre os migrantes é relevante em todas as unidades espaciais do estado e das regiões brasileiras, sendo que em apenas três casos ele é inferior a 15% - entre os emigrantes que foram para as regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país. Gráfico 3 Distribuição Percentual dos Migrantes Interestaduais segundo Setor de Atividade Santa Catarina % Imigrantes Emigrantes No setor de serviços, as atividades de apoio produtivo e de natureza pública 5 têm peso ligeiramente superior entre os emigrantes, com a primeira sendo o principal setor entre os emigrantes que foram para a região Sudeste (24,0%) e as de natureza pública a primeira posição entre os que foram para o Norte (22,2%) e Nordeste (21,6%). Estes dois grupos de atividades do setor de serviços são muito importantes nas trocas populacionais da Grande Florianópolis. Eles representam, em conjunto, mais de 40% das ocupações dos emigrantes dessa região e 1/3 entre aqueles que nela vieram trabalhar. Outro ponto importante está relacionado às atividades agrícolas, as quais têm uma participação maior, o dobro, entre os emigrantes (8,1%). Regionalmente, essas atividades superam este percentual nos casos dos emigrantes que saíram das regiões Oeste e Sul de Santa Catarina e entre os que tiveram como destino o Paraná, o Rio Grande do Sul e a região Centro-Oeste do país. E embora contribuam com apenas 4,1% das ocupações entre os 5 Os serviços de apoio à produção envolvem atividades das seguintes seções da CNAE: Transporte, armazenagem e correio; Informação e comunicação; Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; Atividades imobiliárias; Atividades profissionais, científicas e técnicas; Atividades administrativas e serviços complementares; os serviços de natureza pública envolvem atividades da administração pública, educação e saúde.

15 imigrantes, essas atividades são muito importantes para os que chegaram nas mesorregiões Oeste e Serrana. A construção civil tem suas maiores participações entre os imigrantes oriundos do Nordeste (13,9%) e do Paraná (13,0%) e entre os emigrantes que foram para o Norte do país (14,5%); nestes três fluxos a construção civil ocupa a terceira posição dentre as principais ocupações dos migrantes interestaduais. O grupo outro serviços envolve um conjunto heterogêneo de atividades de natureza associativa (sindicatos, associações empresariais, religiosas) ou de atendimento às pessoas (alimentação, reparação de equipamentos, beleza), representando cerca de 10% das ocupações tanto entre os imigrantes, como entre os emigrantes, nível de participação que se observa similar na maioria das unidades espaciais. Por sua vez, o peso dos serviços domésticos entre os migrantes interestaduais (ver apêndice 1) não difere muito de sua participação (4,5%) no total da população ocupada de 14 anos e mais de idade, de Santa Catarina. Na tabela 8 são apresentadas duas taxas referentes ao rendimento domiciliar per capita da população migrante interestadual. A primeira pode ser considera uma taxa de pobreza e indica o percentual dos migrantes com renda per capita de até ½ salário mínimo por mês. Diferentemente do observado nos demais indicadores anteriormente analisados, neste caso são os imigrantes que têm, na maioria das unidades espaciais, uma condição ligeiramente melhor, comparativamente aos emigrantes, com menores taxas de pobreza; enquanto 12,7% dos primeiros estão em situação de pobreza, entre os emigrantes esta taxa é de 16,2%. Ou seja, apesar dos rendimentos do trabalho dos imigrantes, conforme acima destacado, serem em média menores, parece haver, em Santa Catarina,uma distribuição mais favorável a este contingente populacional 6, permitindo, pelo menos, posicionar-se acima da situação de pobreza. Serrana é uma das exceções a esta condição e apresenta a maior taxa de pobreza entre os imigrantes(19,9%).ainda no rol das exceções, os emigrantes que foram para a região Norte do país são os que possuem a menor taxa de pobreza (6,7%).Quando se consideram as regiões brasileiras, os imigrantes oriundos do Paraná apresentam a taxa mais elevada (15,3%), do mesmo modo que, dentre os emigrantes, aqueles que para lá mudaram (25,1%).Entre as regiões catarinenses, as menores taxas de pobreza, para imigrantes e emigrantes, são observadas na Grande Florianópolis. 6 Segundo dados do Censo Demográfico 2010, do IBGE, Santa Catarina é o estado com o menor Índice de Gini da distribuição do rendimento nominal mensal dos domicílios particulares permanentes, entre as unidades da federação. In: consulta em 26/09/2010.

16 Tabela 8 Percentual de Migrantes Interestaduais segundo Faixa de Rendimento Domiciliar Per Capita - Santa Catarina UNIDADES RENDA DOMICILIAR PER CAPITA (em salário mínimo) Ate 1/2 >=5 Imigrante Emigrante Imigrante Emigrante SC - Mesorregião Oeste 18,9 18,9 5,8 7,4 Norte 13,1 18,2 6,1 12,6 Serrana 19,9 16,9 8,7 8,0 Vale do Itajaí 10,3 15,1 6,1 15,4 Grande Florianópolis 8,7 11,1 12,3 24,3 Sul 17,8 14,6 4,6 11,4 12,7 16,2 7,3 13,4 BR - Região/UF Norte 9,2 6,7 8,2 17,8 Nordeste 13,8 18,4 4,2 19,8 Sudeste 10,3 9,0 12,1 25,6 Paraná 15,3 21,5 5,1 9,0 Rio Grande do Sul 10,9 16,1 7,5 8,2 Centro-Oeste 10,0 12,1 11,4 15,1 Total 12,7 16,2 7,3 13,4 Fonte: IBGE: Censo Demográfico. Quando se observa o outro extremo da distribuição, são os emigrantes que tendem a se situar entre os domicílios com maiores rendimentos, com 13,4% deles residindo em domicílios cujo rendimento per capita é igual ou superior a 5 salários mínimos. A Grande Florianópolis e a região Sudeste apresentam taxas similares, as maiores entre imigrantes e emigrantes. Mas o maior diferencial entre estas duas categorias é observado nos fluxos com a região Nordeste; enquanto apenas 4,2% daqueles que vieram dessa região situam-se no maior estrato de renda, 19,8% dos que deixaram Santa Catarina em direção àquela região situam-se entre a população de maior rendimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS Santa Catarina se mostrou um Estado com forte poder de atração de pessoas que buscam trabalho, em especial na porção litorânea composta pelas mesorregiões Norte Catarinense, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Nesta porção do território observa-se forte concentração das atividades econômicas acompanhada pela concentração da população, o que a torna uma das regiões mais dinâmicas, não só do Estado, mas também do país, visto que para lá se dirigem pessoas das mais variadas partes do Brasil. Observam-se duas dinâmicas distintas no Estado marcadas por processos geradores de expulsão de população, seja por estagnação econômica ou pela modernização de processos

17 produtivos de um lado e, por outro, por processos de diversificação produtiva e industrialização e por intensa urbanização, se tornando importante espaço receptor de população. A primeira, encontrada nas mesorregiões Oeste Catarinense e Serrana, e a segunda na porção leste do Estado, composta pelas mesorregiões Norte Catarinense, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Sul Catarinense. Santa Catarina foi o estado que, no período , apresentou o maior incremento relativo no número de imigrantes em fluxos interestaduais e o terceiro maior saldo migratório do país. As regiões do estado com maior dinamismo econômico foram as que receberam a maior parcela dessa população, particularmente o Vale do Itajaí que recebeu 1/3 dos imigrantes vindos para o estado neste período. Quanto às saídas do estado, quase a metade origina do Oeste e do Norte Catarinense. Apesar de manter trocas populacionais com todas as regiões do país, estas estão fortemente concentradas em fluxos estabelecidos com os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, responsáveis por cerca de 2/3 da imigração e da emigração interestadual de Santa Catarina, sendo que o primeiro tem um peso maior nos movimentos verificados nas mesorregiões Norte e Vale do Itajaí, enquanto o segundo destaca-se, principalmente, nas imigrações das mesorregiões Oeste, Grande Florianópolis e Sul. De modo geral, as diferenças de perfil dos migrantes relacionadas aos atributos sexo e idade são pequenas. Mas verificou-se que há uma participação mais expressiva de homens nos fluxos de maior distância, nas emigrações para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas imigrações provenientes das regiões Nordeste e Sudeste do país. Mais da metade dos migrantes interestaduais são jovens, com forte concentração na faixa de 15 a 29 anos de idade, com esta característica sendo ligeiramente maior entre os imigrantes. Este diferencial etário favorável aos imigrantes se mostra mais acentuado em alguns fluxos, como nas trocas relacionadas com as regiões Nordeste e Norte do país e com as mesorregiões Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Além desses atributos pessoais, foram considerados indicadores de escolaridade, de inserção no mercado de trabalho e de rendimento, que permitem qualificar a condição socioeconômica dos migrantes. Há um padrão que se repete em quase todos os indicadores: os emigrantes tendem a apresentar maior nível de escolaridade, de rendimento do trabalho e de inserção no estrato de rendimento domiciliar mais elevado (mais de 5 salários mínimos per capita). Mas há uma exceção importante que é o fato dos imigrantes que chegaram em Santa Catarina apresentarem, na maioria das regiões, menores taxas de pobreza relativamente aos emigrantes que deixaram o estado.

18 Em relação as estes indicadores, algumas diferenças regionais são relevantes. A população envolvida em fluxos com a Grande Florianópolis e com a região Sudeste do Brasil se destaca pelo maior nível de escolaridade, enquanto os imigrantes oriundos do Nordeste e Paraná se destacam como os que apresentam os piores resultados relativos aos dois níveis de instrução níveis médio e superior. O rendimento do trabalho dos migrantes interestaduais é maior do que o da população ocupada catarinense, com viés favorável aos emigrantes. Considerando-se as unidades espaciais, os maiores diferenciais de rendimento são observados nas trocas com as regiões Norte, Nordeste e Sudeste do país; os imigrantes oriundos dessas regiões auferem rendimentos que não ultrapassam a 60% do valor recebido pelos emigrantes catarinenses que foram trabalhar nessas regiões. Em Santa Catarina, o setor industrial é o principal absorvedor da mão-de-obra dos imigrantes, ocupando um em cada quatro deles, participação que alcança seu maior valor na mesorregião Vale do Itajaí. O comércio, além de segundo setor mais importante entre os imigrantes, é a principal atividade desenvolvida pelas pessoas que deixaram Santa Catarina. Entre os emigrantes destacam-se também os serviços de apoio produtivo e ligados a funções públicas; ressalte-se que estas atividades são as mais expressivas nas trocas da Grande Florianópolis, tanto para os que passaram a nela residir, como para os que a deixaram rumo a outras unidades da federação. Dentre as demais atividades, verificou-se que a agricultara tem um peso maior nos fluxos de algumas unidades catarinenses, como a Oeste e a Serrana, e naqueles direcionados para o Paraná, Rio Grande do Sul e Oeste brasileiro; a construção civil é um setor com participação importante na ocupação dos imigrantes oriundos do Nordeste e do Paraná e dos emigrantes que foram para o Norte do país.

19 Apendice 1 Distribuição Percentual dos Migrantes Interestaduais segundo Setores de Atividade e Unidades da Federação Santa Catarina 2005/2010 UNIDADES Agricul -tura Constr u-ção Civil Outras ind. Ind. detrans formação Comércio ATIVIDADE Serviço s de apoio à produção Serviço s de naturez a pública Outros Serviço s Serviço s domésticos Outrasa tividades Imigrantes SC - Mesorregião Oeste 11,8 23,0 10,9 1,4 15,6 10,5 9,5 7,5 4,4 5,4 100,0 Norte 3,2 27,8 10,2 1,1 17,4 12,1 10,7 9,1 3,4 5,0 100,0 Serrana 14,3 13,1 6,9 1,1 21,0 12,7 14,5 7,2 4,6 4,6 100,0 Vale do Itajaí 2,6 25,0 11,4 1,0 19,2 12,1 9,1 10,7 3,6 5,2 100,0 Grande Florianópolis 0,7 13,7 8,6 1,0 22,2 19,5 13,6 14,4 3,7 2,5 100,0 Sul 5,8 22,4 12,6 1,1 17,5 10,4 11,0 10,4 4,2 4,6 100,0 BR - Região/UF Norte 3,4 21,0 9,7 1,1 16,1 11,9 19,5 10,6 3,2 3,6 100,0 Nordeste 3,4 25,5 13,9 0,9 21,5 8,9 5,9 11,1 3,0 5,9 100,0 Sudeste 2,9 21,8 7,5 0,8 17,5 17,1 13,9 11,7 2,6 4,3 100,0 Paraná 4,8 25,2 13,0 1,3 18,2 10,5 8,0 9,6 4,7 4,7 100,0 Rio Grande do Sul 4,0 18,7 8,3 1,0 20,3 15,5 12,6 11,5 3,6 4,4 100,0 Centro-Oeste 4,3 20,2 9,7 0,8 17,2 17,9 14,1 9,7 3,0 3,1 100,0 Total 4,1 22,3 10,5 1,1 18,9 13,4 10,7 10,7 3,8 4,5 100,0 Total Emigrantes SC - Mesorregião Oeste 14,5 17,5 9,3 1,6 15,9 11,6 9,5 9,8 4,6 5,8 100,0 Norte 7,9 15,3 7,5 1,1 17,3 16,4 12,6 8,7 5,1 8,0 100,0 Serrana 7,7 21,1 12,1 3,9 13,3 17,6 8,0 6,1 3,1 7,4 100,0 Vale do Itajaí 4,7 14,8 9,9 1,5 19,3 18,4 11,5 10,7 3,7 5,4 100,0 Grande Florianópolis 1,9 9,3 5,8 2,3 16,9 21,9 21,5 9,5 2,8 8,2 100,0 Sul 9,2 15,0 7,6 2,2 18,1 16,4 12,4 7,9 3,4 7,8 100,0 BR - Região/UF Norte 7,9 7,4 14,5 3,4 10,8 19,1 22,2 3,1 2,0 9,5 100,0 Nordeste 5,3 14,0 6,5 2,9 11,0 18,5 21,6 13,0 1,7 5,5 100,0 Sudeste 2,3 11,7 6,4 2,0 14,1 24,0 14,4 12,8 3,3 8,9 100,0 Paraná 9,1 13,7 8,6 1,5 19,2 16,0 11,8 8,5 4,6 7,2 100,0 Rio Grande do Sul 10,4 21,6 9,4 1,5 17,3 11,4 10,7 8,4 4,1 5,1 100,0 Centro-Oeste 11,6 12,0 8,3 2,1 17,7 15,7 12,4 9,0 4,4 6,9 100,0 Total 8,1 14,9 8,4 1,8 17,0 16,6 12,8 9,4 4,0 7,0 100,0 Fonte: IBGE: Censo Demográfico.

20 REFERÊNCIAS BAENINGER, R. Região, metrópole e interior: espaços ganhadores e espaços perdedores nas migrações recentes Brasil, Campinas: IFCH/Unicamp, OLIVEIRA, Luis A. P.; OLIVEIRA, Tadeu R.O. (Org.) Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. In: IBGE, Estudos & Análise: Informação Demográfica e Socioeconômica. nº 1. Rio de Janeiro: IBGE, CERDAN, Claire M. T.; POLICARPO. Sinergias e conflitos entre dinâmicas territoriais de desenvolvimento no litoral do estado de Santa Catarina. INTERthesis Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis PPGICH. Vol. 10, nº 2. Florianópolis: UFSC, RAUD, Cécile. Indústria, território e meio ambiente no Brasil: perspectivas da industrialização descentralizada a partir da análise da experiência catarinense. Florianópolis: Ed. da UFSC; Blumenau: Ed. da FURB, SIEBERT, Claudia; SPENGLER, Bruna. A rede urbana de Santa Catarina abordagem transescalar. In: ANAIS. Encontros Nacionais da ANPUR. V. 13, Disponível em: SIEBERT, Claudia. Reorganização do Espaço Regional: especialização e diversificação produtiva em Santa Catarina. In: ANAIS. Encontros Nacionais da ANPUR. V. 14, Rio de Janeiro. Disponível em: CAMPOS, M. B.; BARBIERI, A. F. Considerações Teóricas sobre as Migrações de Idosos. In: Revista Brasileira de Estudos de População. vol.30, supl.0. São Paulo: ABEP, 2013 CUNHA, J. M. P. A migração no Brasil no começo do século 21: continuidades e novidades trazidas pela PNAD In: Taller Nacional sobre Migración interna y desarrollo en Brasil: diagnóstico, perspectivas y políticas 30 de Abril 2007, Brasilia, Brasil, CELADE-BID.

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