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1 U N I V E R S I D A D E D O V A L E D O I T AJ A Í CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR Curso de Oceanografia Análise da Estabilidade Quanto a Posição das Desembocaduras da Barra da Ferrugem, Município de Garopaba, SC e da Barra do Saí-Mirim, Município de Itapoá, SC. Ac: Rafael Garcia Bosshard Orientador: João Thadeu de Menezes, Dr. Itajaí, 2012

2 U N I V E R S I D A D E D O V A L E D O I T AJ A Í CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR Curso de Oceanografia TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Análise da Estabilidade Quanto a Posição das Desembocaduras da Barra da Ferrugem, Município de Garopaba, SC e da Barra do Saí-Mirim, Município de Itapoá, SC. Rafael Garcia Bosshard Monografia apresentada à banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Oceanografia como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Oceanógrafo Itajaí,

3 i DEDICATÓRIA. DEDICO ESTE TRABALHO À MINHA FAMÍLIA QUE SEMPRE ME APOIOU NA MINHA JORNADA ACADÊMICA. i

4 ii AGRADECIMENTOS - AOS MEUS PAIS, IVO E CLAUDETE, QUE SEMPRE ME APOIARAM NOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS; -A MINHA IRMÃ, FERNANDA, PELO SUPORTE EMOCIONAL DE SEMPRE; -A MINHA FAMILIA EM GERAL, EM ESPECIAL MINHA AFILHADA KATARINA QUE ME FAZ ESQUECER DOS PROBLEMAS DA VIDA; -AO MEU ORIENTADOR, JOÃO THADEU DE MENEZES, PELO COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTOS, ORIENTAÇÃO E AJUDA; -AOS AMIGOS DE TODA HORA, REPUBLICA BEBEDICE, HIMALAIA, E DE OUTRAS FACULDADES QUE ENTRARAM NO MEU CAMINHO POR ALGUM MOTIVO; -AO TUBA, JAIR, E OUTROS DONOS DE BARES QUE EU FREQUENTEI; -A TODOS OS PROFESSORES QUE PASSARAM CONHECIMENTOS; -AO EWERTON WEGNER QUE ME DEU A PRIMEIRA OPORTUNIDADE DENTRO DA UNIVERSIDADE; ii

5 iii EPÍGRAFE VIVER É A COISA MAIS RARA DO MUNDO. A MAIORIA DAS PESSOAS APENAS EXISTE. OSCAR WILDE iii

6 iv SUMÁRIO 1 Introdução Área de estudo Barra do Saí-Mirim Barra da Ferrugem OBJETIVO OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Estuários e lagunas costeiras Estuários Fjords Lagunas Costeiras Desembocaduras Morfologia Deltas de maré vazante Deltas de Maré Enchente Variação da desembocadura Variação da linha de costa METODOLOGIA Aquisição de fotografias aéreas e imagens de satélite iv

7 4.2 Georreferenciamento v 4.3 Construção dos mapas temáticos Variação espaço-temporal e evolução da linha de costa Evolução das desembocaduras ao longo do tempo Cálculo das áreas de perigos associados Resultados e discussões Barra do Saí-Mirim Georreferenciamento Confecção das Cartas Evolução da Linha de Costa Evolução da Barra do Saí-Mirim Cálculo das áreas de perigos associados (IHA min ) Barra da Ferrugem Georreferenciamento Confecção das Cartas Evolução da linha de costa Evolução da Barra da Ferrugem Cálculo das áreas de perigos associados (IHAmin) CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS v

8 vi Lista de Figuras Figura 1: Localização da área de estudo, litoral de Santa Catarina. Barra do Saí-Mirim e Barra da Ferrugem... 3 Figura 2: Tipos de lagunas costeiras: (1) sufocadas; (2) restritas; (3) vazadas. Fonte: Miranda et al.(2002)... 7 Figura 3: Esquema de um canal de maré e sua circulação com deltas de enchente e vazante desenvolvidos. Fonte: Hayes (1975)... 9 Figura 4: Formas de deltas de maré vazante, modificadas pelo efeito relativo das correntes ao longo da costa e de maré (CERC 2002) Figura 5: Migração do canal e quebra da barreira (modificado de CERC, 2002) Figura 6: exemplo de georreferenciamento, barra da ferrugem Em destaque o EQM da imagem Figura 7: Confecção dos mapas temáticos. Na figura a Barra da Ferrugem no ano de 2012 em detalhe, ilhas, deltas de maré enchente e afloramentos rochosos Figura 8: Variação da Barra do Saí entre os anos de 1957 e As linhas representam a vegetação usada como parâmetro de linha de costa ou as margens do rio Figura 9: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra do Saí referente ao ano de Nota-se o ambiente praticamente inalterado, sem intervenções antrópicas Figura 10: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de Nota-se o cordão arenoso formado ao longo da desembocadura Figura 11: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de Nota-se a desembocadura mais ao sul Figura 12: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de vi

9 vii Figura 13: Transectos gerados pelo DSAS (Data Shoreline Analysis System) para análise da variação da linha de costa adjacente à desembocadura da Barra do Saí. Como exemplo ao fundo imagem referente ao ano de Figura 14: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1957 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 15: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1978 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 16: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1995 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 17: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1957 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 18: Extensão da área de perigo associados à Barra do Saí-Mirim (IHAmin) representada pela linha verde e branca, com extensão de 1943,62 m. Imagem referente ao ano de Figura 19: Variação da Barra da Ferrugem entre os anos de 1957 e As linhas representam a vegetação usada como parâmetro de linha de costa ou as margens do rio. 40 Figura 20: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra da Ferrugem referente ao ano de Figura 21: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra da Ferrugem referente ao ano de vii

10 viii Figura 22: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra da Ferrugem referente ao ano de Figura 23: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra da Ferrugem referente ao ano de Figura 24: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra da Ferrugem referente ao ano de Figura 25: Transectos gerados pelo DSAS (Data Shoreline Analysis System) para análise da variação da linha de costa adjacente à desembocadura da Barra da Ferrugem. Como exemplo ao fundo imagem referente ao ano de Figura 26: Evolução da linha de costa da barra da Ferrugem entre os anos de 1957 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 27: Evolução da linha de costa da barra da Ferrugem entre os anos de 1978 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 28: Evolução da linha de costa da barra da Ferrugem entre os anos de 2006 e 2009 Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 29: Evolução da linha de costa da barra da Ferrugem entre os anos de 2009 e 2012 Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y Figura 30: Evolução da linha de costa da barra da Ferrugem entre os anos de 1957 e 2012 Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y viii

11 ix Figura 31: Extensão da área de perigo associados à desembocadura da Barra da Ferrugem (IHAmin) representada pela linha verde e branca, com extensão de 42,33 m. Imagem referente ao ano de ix

12 x LISTA DE TABELAS Tabela 1: Erros calculados para cada imagem referente à Barra do Saí. Em negrito, os erros considerados nas análises Tabela 2: valores obtidos com a soma dos EQM 95& Tabela 3: Larguras mínimas (miw) e máximas (MIW) relativas a cada ano analisado no estudo da Barra do Saí-Mirim Tabela 4: Erros calculados para cada imagem referente à Barra da Ferrugem. Em negrito, os erros considerados nas análises Tabela 5: valores obtidos com a soma dos EQM 95% Tabela 6: Larguras mínimas (miw) e máximas (MIW) relativas a cada ano analisado no estudo da desembocadura da Barra da Ferrugem x

13 xi LISTA DE ABREVIATURAS EPR - Método de comparação da posição de linhas de costa dado pela divisão da distancia entre duas linhas pelo tempo decorrido entre elas; EQM - Erro quadrático médio; EQMlimite - Erro quadrático médio máximo aceitado para o georreferenciamento de uma dada imagem; EQM95% - Erro quadrático médio com 95% de intervalo de confiança; HEMP - Padrão de migração do canal de alta energia; IHA - Área de perigo; IHAmin Área mínima que deve ser levada em consideração quando se analisa os perigos relacionados à desembocaduras; LEMP - padrão de migração do canal de baixa energia; LC - Linha de costa; LMP - comprimento do trajeto de migração do canal; miw - largura mínima do canal; MIW - largura máxima do canal; xi

14 xii RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar a estabilidade quanto à posição das desembocaduras da Barra do Saí-Mirim e da Barra da Ferrugem, localizadas no litoral norte e litoral centro-sul de Santa Catarina. A metodologia constituiu na análise de fotografias aéreas do ano de 1957, 1978 e 1995 para a Barra do Saí-Mirim, 1957 e 1978 para a Barra da Ferrugem e imagens de satélite do ano de 2012 para a Barra do Saí-Mirim e 2006, 2009 e 2012 para a Barra da Ferrugem. Todas foram georreferenciadas e o erro relativo com intervalo de confiança de 95% foi calculado para cada imagem. Quando necessário à criação de mosaicos o erro de maior valor das imagens que compõe o mosaico foi utilizado. A linha de costa foi extraída através da linha de vegetação e os subambientes foram caracterizados na confecção de mapas temáticos para cada ano de imagem a fim de obter uma melhor visualização do ambiente a ser estudado. Os mapas temáticos mostraram que para os anos de 1957, 1978 e 2006 a Barra da Ferrugem esteve fechada e estável quanto à migração enquanto a Barra do Saí-Mirim esteve sempre aberta, conectada ao oceano e migrando longitudinalmente. Além disso, a partir das imagens, foram medidos parâmetros como as larguras máximas e mínimas e a posição do canal em relação a um ponto de referência. Foram ainda calculadas as áreas de perigo relacionadas às desembocaduras (IHAmin- Inlet Hazard Area). A desembocadura da Barra do Saí apresentrou um comportamento migratório de baixa energia (lemp), não mantendo a geometria do canal, migrando no total 1810 metros. A desembocadura da Barra da Ferrugem se mostrou estável quanto à posição, porém aberto em alguns momentos e fechado em outros, indicando uma instabilidade quanto à área da secção transversal. A área de perigo associado à desembocadura da Barra do Saí foi a sua máxima abertura, 42 metros. Palavras-chaves: desembocaduras, fotografias aéreas, imagens de satélite, variação da linha de costa. xii

15 1 INTRODUÇÃO A região costeira representa uma área de grande ocupação populacional, sendo que Komar (1976) estimou que cerca de dois terços da população vivesse nessa região. Isso ocorre devido à grande facilidade de capturar recursos tanto da terra quanto do mar, sendo as regiões de desembocaduras a ligação entre terra e mar, consequentemente são regiões densamente povoadas. Desembocaduras estuarinas são frequentes ao longo de toda a costa, pois é uma importante fonte de troca de materiais entre o oceano e o continente (CASSIANO, 2008). De acordo com Mehta (1996) a grande importância das desembocaduras proporciona muitos estudos nessas regiões dentro das ciências costeiras e engenharia. São utilizados como portos naturais, abrigo e local de reprodução de certos organismos que dependem das condições ali presentes, além de serem de grande importância para as comunidades locais, que utilizam os recursos e serviços relacionados aos canais. São importantes para manter salinidade razoável através do trânsito de correntes para dentro e fora das baías ou lagunas, migração de peixes, larvas e outros organismos marinhos. Estes ambientes também apresentam importância no balanço sedimentar e influenciam em processos oceanográficos nas regiões adjacentes (MEHTA, 1996; CEM, 2002). Devido às condições hidrodinâmicas únicas nesses ambientes às desembocaduras situadas em praias arenosas não se encontram estáveis devido aos processos sedimentares, e em função das condições hidrodinâmicas únicas nesses ambientes (AUBREY & SPEER, 1984). Isso se deve ao fato da quebra das ondas na linha da costa ser muito próxima, gerando correntes próximas à praia proporcionando direção e movimento aos sedimentos (KOMAR, 1998). As correntes longitudinais são um dos mecanismos mais eficientes de transporte de sedimentos paralelo à costa as quais são geradas por ondas que se aproximam obliquamente à costa, ou por variação na altura de quebra das ondas ao longo da praia. Estas correntes transportam sedimentos colocados em suspensão pelas ondas incidentes, movendo a grandes distâncias, processo esse conhecido como deriva litorânea (HOEFFEL, 1998). As desembocaduras apresentam uma tendência natural de migrar lateralmente, e os processos sedimentares que ocorrem nesses ambientes estão relacionados à combinação de forças dirigentes que criam uma condição hidrodinâmica única (CASSIANO, 2008). As desembocaduras variam sazonalmente, sendo este processo provocado por eventos de 1

16 tempestade, em conjunto com a intervenção antrópica, como na construção de portos, marinas e residências e a ocupação de dunas que podem provocar mudanças drásticas na morfologia do canal e de sua praia, consequentemente levando a desembocadura a tornarse uma área de risco de acidentes. A dinâmica da de abertura e fechamento da desembocadura faz com que dragagens e obras de engenharia costeira sejam necessárias constantemente para a manutenção e melhor utilização das mesmas. Toda desembocadura que não se encontra fixada e que está em processo de migração, possui uma área de risco ou perigo do canal de maré que é uma área de importância ecológica natural e de preocupação ambiental podendo ser facilmente destruída pela erosão e inundação (CAMA, 2004). Devido ao histórico de problemas ao longo da região costeira e explosão demográfica ao longo da mesma e das desembocaduras, esse trabalho tem grande importância sendo inserido da linha de pesquisa de morfodinâmica de desembocaduras e contribuirá para o entendimento destas ao longo do estado de Santa Catarina. 1.1 ÁREA DE ESTUDO A área de estudo compreende duas desembocaduras localizadas no litoral do Estado de Santa Catarina (Figura 1). A Barra do Saí-Mirim e a Barra da Ferrugem estão localizadas em uma costa arenosa, sob-regime de micro marés semidiurno, dominada por ondas e com ausência de períodos de secas e as ondas mais energéticas são provenientes do quadrante sul-sudeste e são geradas durante o deslocamento de frentes frias no oceano. 2

17 Figura 1: Localização da área de estudo, litoral de Santa Catarina. Barra do Saí-Mirim e Barra da Ferrugem Barra do Saí-Mirim A Barra do Saí-Mirim se localiza no litoral norte de Santa Catarina, no município de Itapoá, onde os ventos predominantes ocorrem nos meses de setembro a fevereiro, provenientes de nordeste, e de março a agosto, os ventos são provenientes de sudoeste e sudeste (HORN FILHO, 1997; CASSIANO, 2008). A maré na região sul do Brasil é do tipo semidiurna com desigualdades diurnas, ou seja, ocorrem duas preamares e duas baixa-mares por dia, cujas amplitudes são diferentes, sendo as amplitudes normais do tipo micromaré, em torno de 1,5 m (DHN, 1997). A região de Itapoá, onde se localiza a barra do Saí-Mirim, possui dois sistemas preferências de ondas, uma proveniente de ENE e outra de SSE/SE, que geram correntes de deriva litorânea tanto para o sul como para o norte, sendo que as correntes para o norte são predominantes no transporte de sedimentos (ANGULO; SOUZA 2004). 3

18 Segundo Souza & Angulo (2003), a desembocadura do Rio Saí-Mirim migra continuamente para o norte devido ao efeito da deriva litorânea predominante, formando um esporão que separa o rio do mar. Em alguns períodos a desembocadura do Rio Saí-Mirim alcançou a desembocadura do Rio Saí-Guaçu. A progressiva migração da desembocadura para o norte torna o estuário mais longo, diminuindo o gradiente e a velocidade do fluxo fluvial e das correntes de maré, propiciando a ruptura do esporão em períodos de alta descarga do rio. Este processo pode ser provocado também pela abertura artificial do esporão. Após a ruptura do esporão a desembocadura inicia novamente sua migração para o norte, num novo ciclo Barra da Ferrugem A Barra da Ferrugem está localizada no município de Garopaba, litoral centro-sul de Santa Catarina, onde os registros de onda para a região indicam que a ondulação predominante é a Sul Sudeste, com transporte de sedimentos para o extremo norte da praia. O período de onda mais frequente é de 8 s para ondas de leste, 12 s para ondas de sul e as alturas de onda significativas são 1,15 e 2 metros, respectivamente (ARAUJO et al., 2003). O intervalo médio das marés é microtidal com altura média de 0,8 m, com um máximo de 1,2 m (SCHETTINI et al., 1996). Os ventos dominantes na área centro sul de Santa Catarina são geralmente oriundos de sudeste ou sul (HESP et al., 2007). 4

19 2 OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a estabilidade quanto à posição das desembocaduras da Barra da Ferrugem e da Barra do Saí. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Mapear os diferentes tipos de feições geomorfológicas das desembocaduras através da construção de cartas temáticas; b) Definir a variação espaço-temporal das respectivas desembocaduras; c) Calcular a área mínima de risco que deve ser considerada aos perigos associados à desembocadura IHA min (inlet hazard area); 5

20 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 ESTUÁRIOS E LAGUNAS COSTEIRAS Os corpos de água costeira podem ser classificados seguindo seus tipos geomorfológicos de acordo com Kjerfve & Magill (1989) em: (1) estuários; (2) fjords; (3) lagunas costeiras Estuários Ambientes estuarinos são corpos de água que apresentam a mistura de água doce e salgada. Todo estuário é um corpo de água costeira semifechado com livre conexão com o oceano aberto e no qual a água marinha é mensuravelmente diluída com a água doce provinda da drenagem continental. Estuários são mais profundos que lagunas, portanto não estão sujeitos a constante retrabalhados pela ação de ondas. De qualquer modo a definição do ambiente lagunar e ambiente estuarino ainda é muito confusa segundo Mendes (1984) apud Suguio (2003). No ponto de vista sedimentológico alguns autores concluem que essa separação é inviável Fjords São ambientes que sofreram intensa ação glacial no passado, formando imensos vales rochosos profundos. Esses vales são estreitos e possuem uma parede íngreme com centenas de metros. Nesses ambientes ocorre a interação da água doce com a água salgada Lagunas Costeiras Os corpos de águas interiores no Brasil são conhecidos como lagoas, quando estão localizadas na região costeira conectados ao mar possuem o nome de lagunas e se não forem conectadas ao mar são denominadas de lagoas costeiras. Segundo Kjerfve & Magill (1989) as lagunas costeiras, por possuírem conexões restritas com o oceano, apresentam longo tempo de residência e são efêmeras em diferentes escalas de tempo. Estes autores afirmam que lagunas costeiras são corpos d água marinhos costeiros geralmente orientados paralelos à costa, separadas do oceano por uma barreira e conectada ao oceano por um ou mais canais. 6

21 Kjerfve (1994) reporta que as lagunas costeiras normalmente são sistemas rasos e com alta produtividade biológica, contribuindo de maneira direta para o controle da inundação de planícies costeiras, da estabilidade climática local, do enriquecimento da biodiversidade costeira, altamente produtivas e locais ideais para a aplicação da aquacultura, porém ao mesmo tempo, são ecossistemas altamente alterados ( estressados ) por insumos antropogênicos e atividades humanas. As lagunas costeiras armazenam sedimentos inorgânicos e matéria orgânica servindo como filtros naturais, possuindo normalmente altas taxas de produção primária e secundária. As lagunas costeiras podem ser caracterizadas pela quantidade de água trocada com as regiões costeiras adjacentes e com a intensidade da ação das marés no seu interior. As características do dinamismo das lagunas estão relacionadas à quantidade de canais ligando a laguna ao oceano e as condições destes canais. Kjerfve em 1986 dividiu as lagunas em 3 tipos geomorfológicos de acordo com a interação e troca de água com o oceano. Figura 2: Tipos de lagunas costeiras: (1) sufocadas; (2) restritas; (3) vazadas. Fonte: Miranda et al.(2002) Laguna sufocada: conectadas ao oceano adjacente por um único canal estreito, são típicas de regiões costeiras com alta energia de ondas e significativa deriva litorânea. O 7

22 canal atua como filtro dinâmico e, consequentemente, os efeitos da oscilação da maré são muito atenuados, reduzidas à cerca de 5% da maré da costa adjacente; Laguna restrita: a troca de água nesse tipo ocorre através de dois ou mais canais estreitos, se caracteriza por ser um ambiente costeiro amplo, geralmente paralelo à linha de costa, que se desenvolve em regiões com suprimento moderado de sedimentos de origem marinha. Tem circulação de maré bem definida, que são influenciadas pelos ventos. Laguna vazada ou aberta: é caracterizada como por possuir múltiplos danais de maré. As correntes de maré são, portanto, intensas e suficientes para superar qualquer tipo de sedimentação. Apresentam salinidades muito próximas às áreas oceânicas adjacentes. De acordo com Paskoff (1985) o destino de uma laguna é desaparecer, se o nível do mar for relativamente estável, devido ao preenchimento por sedimentos. É palco de uma sedimentação ativa e contínua. As características principais das lagunas costeiras são a formação no período do Holoceno, em situações de suprimento de areia abundante; estão situadas em planícies costeiras adjacentes a amplas plataformas continentais de baixa declividade e situam-se predominantemente ao longo de margens continentais, onde o mar atingiu só recentemente o nível relativo atual. 3.2 DESEMBOCADURAS Desembocadura é qualquer abertura em barreiras arenosas costeiras na qual água, sedimentos, nutrientes, organismos planctônicos e poluentes são trocados entre mar aberto e o ambiente protegido formado atrás da barreira arenosa, não importando o tamanho desta abertura que pode chegar a quilômetros (CEM, 2002). As Desembocaduras são áreas de grande importância econômica, devido à facilidade da construção de portos e marinas e de grande relevância nas áreas costeiras adjacentes devido ao aporte sedimentar Morfologia Segundo Komar (1996) a morfologia de cada canal é única e repercute a variação de sedimento do que entra e sai do canal, o que é transportado ao longo da sua costa e quando submetido aos processos oceânicos transportados ao longo das praias adjacentes. Devido a grande mobilidade do local, os canais estão sempre sofrendo modificações na sua 8

23 morfologia, mas é possível identificar três elementos principais: deltas de maré enchente, deltas de maré vazante e o canal, como observado na Figura 3. A abertura principal das desembocaduras é mantida pelas correntes de maré, mas em alguns casos também podem ser as ondas e a vazão da lagun. As ondas influenciam o delta de maré vazante, e o canal de forma indireta, exercendo muito pouca influência no delta de maré enchente (HAYES, 1980; DAVIS, 1994). Cada desembocadura por ser única possui seu próprio padrão de circulação sendo esse alterado pelas ações antrópicas como dragagens e processos de engenharia oceânica. Os corpos associados, como o delta de maré enchente, vazante, e bancos arenosos, são importantes reservatórios temporários e permanentes de sedimento, influenciando na distribuição da energia das ondas. Estes corpos protegem a linha de costa das ondas incidentes, e definem os padrões de transporte de sedimentos, controlando os processos de transporte sedimentar. Figura 3: Esquema de um canal de maré e sua circulação com deltas de enchente e vazante desenvolvidos. Fonte: Hayes (1975). 9

24 Deltas de maré vazante O delta de maré vazante é um acumulo de sedimentos geralmente mais grosso do que do canal depositado em direção ao mar próximo ao canal. São formados pelas correntes de maré vazantes e retrabalhados pela ação das ondas. Segundo Hayes (1980) a dominância dos deltas de maré vazante ocorre quando o prisma da maré é grande e baixa energia de ondas associada ao fluxo vazante predominante. A forma com que os deltas de maré vazante se apresentam e sua orientação depende do balanço das correntes locais (Figura 4). Quando as correntes ao longo da costa são equivalentes, o delta apresentará forma simétrica. Uma vez que exista a predominância de uma direção de corrente, o delta será mais desenvolvido naquela direção (CERC, 2002). Figura 4: Formas de deltas de maré vazante, modificadas pelo efeito relativo das correntes ao longo da costa e de maré (CERC 2002) Deltas de Maré Enchente São deposições de corpos arenosos dentro da desembocadura ou dentro da laguna. Ocorrem em áreas com variação de maré de moderada a alta. Dependendo da profundidade da laguna, os deltas podem se estender por toda a profundidade ou submergir formando bancos arenosos ou canais tributários. Antigamente esses deltas eram dragados, pois normalmente assoreiam a área, impedindo o trânsito de embarcações e causando danos e 10

25 prejuízos à sociedade. Atualmente, esta cada vez mais difícil conseguir a licença ambiental para efetuar essa dragagem, pois a retirada deste sedimento afeta o ecossistema local (MEHTA, 1996). 3.3 VARIAÇÃO DA DESEMBOCADURA De acordo com FitzGerald (2005) as desembocaduras se encontram estáveis quando estão associadas com um costão rochoso, glaciais resistentes ou quando possui algum corpo rochoso em frente à desembocadura. A maioria das desembocaduras não se encontra estável e migram ao longo do tempo. Essa migração tende a ser cíclica com o passar das décadas (KREEK, 1996). Quando as ondas chegam à linha de costa com algum ângulo são geradas correntes ao longo da mesma. Estas correntes geram um transporte de sedimento ao longo da região costeira denominado deriva litorânea. A desembocadura é uma barreira hidrodinâmica para o transporte de sedimentos provenientes da deriva litorânea, que quando encontra uma desembocadura transfere o sedimento para dentro do canal principal e dependendo do ciclo de maré esse sedimento é transportado para dentro ou fora do canal formando os deltas. Outro fator que está relacionado à estabilidade dos canais é a sua profundidade. Canais mais profundos tendem a estar sob material consolidado, portanto são mais estáveis, já os canais mais rasos estão mais susceptíveis à erosão. Havendo sedimento disponível e corrente ao longo da costa, pode ocorrer a erosão de um dos lados do canal e deposição no lado oposto, formando um cordão de areia chamado esporão arenoso. Quando o esporão está conectado ao continente, a migração do canal e transporte de sedimento causa um aumento do canal de maré. Com o passar do tempo o fluxo entre oceano e à porção interior de água torna-se ineficaz, fazendo com que sob efeito de tempestade a barreira pode romper formando um novo canal muito mais eficiente de acordo com a Figura 5 (CERC, 2002). 11

26 Figura 5: Migração do canal e quebra da barreira (modificado de CERC, 2002). Com a variação da desembocadura, cria-se uma área de perigo relacionada ao canal, que são zonas costeiras vulneráveis a variação, migração, erosão e outros fatores adversos da deriva litorânea e transporte de sedimento. Vila-Concejo (2006) fez um trabalho no Ria Formosa, em Portugal, para quantificar a extensão máxima e mínima de perigo da variação do sistema laguna-barreira. É muito importante o conhecimento dessa extensão para a construção civil, obras de engenharia entre outras para evitar o desenvolvimento em regiões que estão suscetíveis a desastres naturais nas áreas de perigo. 3.4 VARIAÇÃO DA LINHA DE COSTA A linha de costa é definida como uma linha móvel de posição variável (FREITAS NETO, 2008), sendo essa linha a intersecção do mar, terra e ar. De acordo com Anders e Byrnes (1991) a posição da linha de costa é resultante de 5 fatores: 1) ondas e processos de correntes; 2) alteração do nível do mar; 3) disponibilidade de sedimento; 4) geologia e morfologia da costa; e 5) intervenção humana. A variação da linha de costa é diferente da erosão, pois com a erosão perde-se volume de sedimento enquanto a variação da linha de costa o que muda é a posição da mesma, podendo ocorrer alteração do volume de sedimento da região ou não. Geralmente as ações humanas favorecem à erosão costeira, tendo como principais interferências a retirada de dunas frontais e modificação da vegetação costeira. A determinação da posição da linha de costa assim como o seu comportamento migratório ao longo do tempo são de extrema importância para inúmeras atividades, entre elas de pesquisa, de engenharia e de planejamento urbano. 12

27 A linha de costa prograda quando o nível do mar está relativamente constante e ocorre um grande suprimento de sedimento, ou quando o nível relativo do mar está descendo. Já a transgressão ocorre quando o nível do mar está subindo. A progradação da linha de costa resulta no preenchimento de estuários e sua conversão em deltas, planícies costeiras ou planos de maré. 13

28 4 METODOLOGIA A metodologia para análise das fotografias/imagens foi padronizada e seguiu as seguintes etapas: Aquisição das fotografias aéreas e imagens de satélite Digitalização e georreferenciamento das imagens Cálculo dos EQM e do EQM 95% Confecção dos mapas temáticos Análise espaço-temporal das áreas Extração das linhas de costa Análise da variação da linha de costa Determinação da posição das desembocaduras e suas larguras máximas (MIW) e mínimas (miw) Determinação das INLET HAZARD AREAS (IHA min ) 4.1 AQUISIÇÃO DE FOTOGRAFIAS AÉREAS E IMAGENS DE SATÉLITE. O primeiro passo do trabalho foi obter as fotografias aéreas e imagens de satélites. As fotografias aéreas dos anos de 1957 e 1978 foram adquiridas da Secretaria do Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, enquanto as do ano de 1995 do banco de dados do Laboratório de Geoprocessamento da Universidade do Vale do Itajaí e as imagens de satélites estão disponíveis no software Google Earth. Para a Barra do Saí-Mirim foram adquiridas as fotografias aéreas dos anos de 1957, 1978 e 1995 e imagem de satélite do ano de 2012, e para a Barra da Ferrugem foram adquiridas as fotografias aéreas dos anos de 1957, 1978 e imagens de satélite dos anos de 2006, 2009 e GEORREFERENCIAMENTO O processo foi realizado com a ajuda do Sistema de Informação Geográfica ArcGis 10, utilizando-se a ferramenta Georeferencing tools, as imagens e fotografias foram georeferenciadas através da relação das coordenadas das fotografias e imagens com imagem de satélite de alta resolução previamente georreferenciada, utilizando-se de pontos de controle. Os pontos de controle estavam distribuídos ao longo da linha de costa e desembocaduras (Figura 6), por serem estes os objetos deste estudo, ou seja, a melhor 14

29 retificação se deu próxima da desembocadura, com outros pontos espalhados pela imagem. Foram utilizados como pontos controle, cruzamento de ruas, edificações de baixa altura, costão rochoso entre outros. Na região da Barra da Ferrugem foi necessária a construção dos mosaicos de cada série temporal para análise, visualização da enseada e desembocadura e extração correta da linha de costa. Toda a imagem possui algumas variações devido a diferentes fatores (ângulo da fotografia, variação na altitude) e isso leva ao erro atribuído ao processo de retificação chamado erro quadrático médio (EQM) que serve para quantificar o erro atribuído ao processo de georreferenciamento. Figura 6: exemplo de georreferenciamento, barra da ferrugem Em destaque o EQM da imagem. O EQM é calculado pela à raiz quadrada da soma das diferenças entre as posições da fotografia e da base cartográfica elevada ao quadrado, sendo calculada automaticamente pelo sistema de informação geográfica, através da equação a seguir: EQM = (X foto -X base ) 2 +(Y foto -Y base ) 2 sendo X foto e Y foto correspondentes às coordenadas da fotografia/imagem, e X base e Y base correspondente às coordenadas da base cartográfica, respectivamente. 15

30 Para obter um índice de confiança de 95% e calcular o EQM corrigido (EQMc) devese multiplicar o EQM por uma constante (1,7308), atingindo assim que 95% da imagem retificada terá uma exatidão igual ou maior que o EQMc, além de refletir as incertezas embutidas no processo fotogramétrico (FGDC-STD, 1998). Nos mosaicos, foi utilizado o maior valor de EQM das fotografias/imagem por mosaico. As fotografias do ano de 1938 não possuíam pontos de controle suficiente, e quando retificadas as imagens possuíam alto EQM, portanto as fotografias aéreas de 1938 foram descartadas deste estudo. 4.3 CONSTRUÇÃO DOS MAPAS TEMÁTICOS. Com as imagens devidamente georreferenciadas, erros calculados, mosaicos montados foi extraída a linha de costa como o indicador que possui maior qualidade (melhor discernimento da linha de costa e constante em todas as imagens), no presente trabalho o indicador escolhido foi a linha de vegetação. Após a extração da linha de costa foi possível mapear os diferentes subambientes e feições morfológicas (Figura 7) identificáveis em cada imagem retificada. Em todas as imagens foram criados polígonos a fim de delimitar as áreas e criar os mapas temáticos da região, como continente, ilhas, deltas de maré enchente, costão rochoso, etc. Figura 7: Confecção dos mapas temáticos. Na figura a Barra da Ferrugem no ano de 2012 em detalhe, ilhas, deltas de maré enchente e afloramentos rochosos. 16

31 4.4 VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL E EVOLUÇÃO DA LINHA DE COSTA. Para analisar a variação espaço-temporal foram realizados dois passos; o primeiro foi analisar a linha de costa adjacente às desembocaduras e posteriormente se analisou as desembocaduras propriamente, observando a variação de sua largura, migração e extensão de sobrelavagem (em metros). Para analisar a evolução da linha de costa adjacente a desembocadura utilizou a ferramenta Digital Shoreline Analysis System 3.2. (DSAS) do software ArcGIS 10, essa ferramenta foi desenvolvida por Thieler et al. (2005). Essa ferramenta gera transectos que cortam verticalmente uma linha base e as linhas de costa analisando a variação temporal das mesmas. Como as áreas de estudos são diferentes morfodinamicamente, para a Barra do Saí os transectos foram espaçados a cada 50 metros e para a Barra da Ferrugem a cada 100 metros. O método de análise escolhido foi o EPR (end point rate), que calcula a taxa da variação entre cada linha ao longo dos anos dando o resultado de quanto à linha de costa variou ao longo dos anos em metros, fornecendo também sua posição em coordenada geográfica. 4.5 EVOLUÇÃO DAS DESEMBOCADURAS AO LONGO DO TEMPO. Para determinar a evolução da desembocadura ao longo do tempo foram delimitados as larguras mínimas (miw) e máximas (MIW) de cada desembocadura (VILA-CONCEJO et al., 2006) e teve como indicador a linha de costa extraída através da vegetação presente. Para as medições da variação da posição dos canais foi utilizado como posição de referência, o ano em que o canal se apresentava mais ao sul (Barra do Saí) no ano de 1978 e como a Barra da Ferrugem se encontra praticamente estabilizada devido a presença de uma ilha a sua frente foram comparadas manualmente, levando todas como referência. 4.6 CÁLCULO DAS ÁREAS DE PERIGOS ASSOCIADOS. Segundo a Coastal Area Management Act (CAMA, 2004) toda região de desembocadura possui uma área de perigo associada que é facilmente degradada por erosão ou enchente. Por isso é importante calcular essa área de perigo denominada IHA (inlet hazard area). 17

32 Para analisar os perigos associados foi utilizado a metodologia proposta por Vila- Concejo et al. (2006) traçando linhas paralelas a largura máxima (MIW) e a uma linha base na linha de costa. A metodologia classifica as desembocaduras por um padrão de migração, podendo estas ser: (1) de alta energia (HEMP high-energy migration pattern) que conserva a geometria do canal ao migrar. Nesse caso, o IHAmin é o resultado da soma da largura máxima da desembocadura (MIW), do comprimento do trajeto de migração (LMP length of the migration pattern) e das áreas frequentemente transpostas (EFOA extent of frequently overwashed areas) se presentes; (2) de baixa energia (LEMP low-energy migration pattern) que não mantém a estabilidade geométrica. Neste segundo caso o IHAmin é o resultado da soma do comprimento do trajeto de migração (LMP) com metade da largura máxima da desembocadura (MIW) e das áreas de frequentemente transposta (EFOA) se presentes; e (3) desembocaduras com estabilidade local (ou forçada artificialmente), onde o IHAmin é a extensão das áreas frequentemente sobrelavadas (EFOA) somada a largura máxima da desembocadura (MIW). Portanto: 18

33 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados deste presente trabalho serão apresentados e discutidos separadamente para cada desembocadura afim de melhor compreensão dos resultados e variações ao longo do tempo. 5.1 BARRA DO SAÍ-MIRIM Georreferenciamento Para a barra do Saí foram utilizadas dez imagens, sendo elas, duas fotografias aéreas do ano de 1957 (1:25.000), duas fotografias aéreas do ano de 1978 (1:25.000), quatro fotografias aéreas do ano de 1995 (1:12.500) e duas imagens de satélite do ano de 2012 extraídas do software Google Earth Pro do sensor orbital QuickBird (digital). Na Tabela 1, são apresentados: base utilizada para o georreferenciamento, EQM e EQM95% para todas as imagens utilizadas no estudo da variação da Barra do Saí. Em negrito foram destacados os erros utilizados para análise da variação. Tabela 1: Erros calculados para cada imagem referente à Barra do Saí. Em negrito, os erros considerados nas análises. Ano Imagem Base EQM(m) EQM 95%( m) 1957 fotografia aérea 1 imagem Quickbird 1,29 2, fotografia aérea 2 imagem Quickbird 0,66 1, fotografia aérea 3 imagem Quickbird 0,89 1, fotografia aérea 4 imagem Quickbird 1,03 1, fotografia aérea 5 imagem Quickbird 0,85 1, fotografia aérea 6 imagem Quickbird 0,75 1, fotografia aérea 7 imagem Quickbird 0,80 1, fotografia aérea 8 imagem Quickbird 0,80 1, imagem Quikbird 1 imagem Quickbird 1,46 2, imagem Quikbird 2 imagem Quickbird 0,79 1,38 Com a finalidade de comparar a variação entre os anos, foram somados os EQM 95% (Tabela 2) dos anos a serem comparados. Foram consideras as variações que possuíram valores maiores que os valos obtidos com a soma dos EQM 95%. 19

34 Tabela 2: valores obtidos com a soma dos EQM 95& Anos comparados EQM 95% 57/78 4,02 78/95 3,64 95/12 4,38 57/12 4, Confecção das Cartas Após a realização dos cálculos dos erros foram extraídas as linhas de costa e confeccionados os mapas temáticos para melhor entendimento e visualização da Barra do Saí-Mirim ao longo dos 55 anos estudados. Nota-se que ao norte o cordão arenoso encontrou-se praticamente estável devido à presença de um corpo rochoso como proposto por FitzGerald (2005) estes corpos tendem a se estabilizarem na presença de um obstáculo próximo à desembocadura. O cordão arenoso próximo à desembocadura e a própria desembocadura migrou bastante ao longo dos anos devido ao processo de deriva litorânea e maior incidência de ondas e correntes, sendo que o município de Itapoá possui dois sistemas preferencias de ondas, um proveniente de ENE e outro de SSE/SE, que geram correntes de deriva litorânea tanto para o sul como para o norte, sendo que as correntes para o norte são predominantes no transporte de sedimentos (ANGULO; SOUZA 2004) como mostra a Figura 8. 20

35 Figura 8: Variação da Barra do Saí entre os anos de 1957 e As linhas representam a vegetação usada como parâmetro de linha de costa ou as margens do rio. 21

36 Para o ano de 1957, observa-se o ponto em que a desembocadura encontra-se deslocada para o norte conforme observado em quase todas as imagens, observa-se a presença de deltas de maré enchente próximos à desembocadura do rio Saí-Mirim (ao sul) e do rio Saí-Guaçu (ao norte) e ilhas dentro dos rios. A presença desses deltas deve-se a proteção que o cordão arenoso faz evitando a ação das ondas e correntes, sendo dominado pelo prisma de maré. Neste ano o ambiente apresentava baixa intervenção antrópica (Figura 9). 22

37 Figura 9: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da Barra do Saí referente ao ano de Nota-se o ambiente praticamente inalterado, sem intervenções antrópicas. 23

38 No mapa temático do ano de 1978, observa-se o crescimento do cordão arenoso ao longo da desembocadura, sendo esta a que se encontra mais ao norte entre todas as imagens analisadas. Com essa migração e desenvolvimento do cordão arenoso alguns deltas de maré enchente foram anexados a planície costeira e deixaram de existir (Figura 10). 24

39 Figura 10: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de Nota-se o cordão arenoso formado ao longo da desembocadura. 25

40 Para o ano de 1995, o mapa temático mostra que a desembocadura atingiu seu nível máximo ao sul (Figura 11), com a formação de um pequeno delta de maré enchente próximo ao canal. Nota-se também a grande extensão do cordão arenoso e a ilha ao norte que mantém a estabilidade da desembocadura do norte do cordão arenoso e a desembocadura do rio Saí-Guaçu. 26

41 Figura 11: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de Nota-se a desembocadura mais ao sul. 27

42 No mapa temático para o ano 2012 (Figura 12), o que mais chama atenção é a ausência de deltas de maré enchente, provavelmente pelo aumento do fluxo de vazão da desembocadura e a pequena migração da desembocadura para o norte. Seguindo o padrão que o sedimento é transportado em direção norte pela deriva litorânea. 28

43 Figura 12: Elementos geomorfológicos e cartográficos reconhecidos para a desembocadura da barra do Saí referente ao ano de

44 5.1.3 Evolução da Linha de Costa Os transectos gerados para a análise da evolução da linha de costa adjacente à desembocadura da Barra do Saí estão apresentados na Figura 13, onde a imagem representa a desembocadura para o ano de Para a Barra do Saí, foram gerados 41 transectos, espaçados a cada 50 metros sendo estes localizados na mesma posição e com o mesmo comprimento para todas as comparações efetuadas. Na imagem ainda é possível visualizar as linhas de costas ao longo dos anos estudadas e uma linha base gerada como base para o cálculo da evolução da linha de costa. 30

45 Figura 13: Transectos gerados pelo DSAS (Data Shoreline Analysis System) para análise da variação da linha de costa adjacente à desembocadura da Barra do Saí. Como exemplo ao fundo imagem referente ao ano de

46 A primeira análise a ser feita foi comparar os anos de 1957 e 1978 (Figura 14), observa-se maior retração da linha de costa, entre os transectos 1 e 26, devido ao fato do ano de 1978 a desembocadura ter migrado para o norte e criado um cordão arenoso. Como a linha de costa foi extraída a partir da linha de vegetação. Para exemplificar essa retração da linha de costa obteve-se a média da soma dos valores de todos os transectos, tanto os que progrediram como os que regrediram, e chegou ao resultado de -20,89 metros por transecto. Pode observar que entre os transectos de número 27 a 36 houve uma progradação da linha de costa. Figura 14: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1957 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y. A segunda análise feita foi para o intervalo entre os anos de 1978 e 1995 (Figura 15), mostrou uma progradação da linha de costa, cujo valor de progradação média entre os transectos foi de 1,74 metros. Isso se deve a desembocadura ter migrado para o sul e o cordão arenoso seguiu o mesmo comportamento provocando a progradação da linha de costa. Entre os transectos 17 a 24 observa-se uma grande erosão ocorrida na desembocadura. 32

47 Figura 15: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1978 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y. Entre os anos de 1995 e 2012, a linha de costa entre os transectos 1 até 20 se apresentou estável, com uma variação mínima da posição da linha de costa, sendo que a desembocadura migrou para o norte (a partir do transecto 29 até o final) prevalecendo à retração da linha de costa com um valor médio de -13,13metros por transecto (Figura 16). Figura 16: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1995 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de 33

48 costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y ( Analisando a desembocadura da Barra do Saí ao longo dos 55 anos, entre 1957 e Figura 17), prevaleceu à retração da linha de costa com uma média de -32,28metros por transecto. O padrão de evolução da linha de costa entre as análises de 1957 e 1978 e 1957 e 2012 foi praticamente o mesmo. Com exceção dos transectos 26 a 32 onde a linha de costa sofreu progradação. Essa área esta localizada entre os dois rios que compõe a região, e é caracterizada pelo cordão arenoso presente na linha de costa. Figura 17: Evolução da linha de costa da barra do Saí entre os anos de 1957 e Valores positivos indicam progradação, enquanto que os valores negativos indicam retração da linha de costa. Os erros com intervalo de 95% de confiança (EQM95%) estão representados pelas barras no eixo y. Ao contrário da Barra da Ferrugem que se manteve estável a desembocadura devido à presença de um corpo rochoso a sua frente, a desembocadura da Barra do Saí encontrase instável migrando ao longo dos anos mantendo um padrão, de 1957 a 1978 migrou para o norte, 1978 a 1995 migrou para o sul e de 1995 a 2012 migrou para o norte novamente. O comportamento de migração da desembocadura da Barra do Saí-Mirim apresentou o mesmo comportamento cíclico que a desembocadura do Rio Araranguá analisado por Silva (2009). Considerando as taxas de migração observadas para a desembocadura da Barra do Saí-Mirim, é provável que a desembocadura situada mais ao norte, observada nas fotografias de 1978, tenha sido fechada em decorrência da maior distância e, 34

49 consequentemente, menor eficiência de troca de água e a desembocadura rompendo e migrando para o sul Evolução da Barra do Saí-Mirim Como observado através dos mapas temáticos, a desembocadura da Barra do Saí- Mirim é instável quanto a sua posição, mas encontra-se sempre aberta, conectada ao oceano. Como a desembocadura encontrou-se migrando ao longo do período analisado, o caminho de migração da desembocadura foi considerado no cálculo da evolução. Na Tabela 3 observa-se as larguras mínimas e larguras máximas encontradas nas imagens analisadas. l Tabela 3: Larguras mínimas (miw) e máximas (MIW) relativas a cada ano analisado no estudo da Barra do Saí-Mirim. Ano miw (m) MIW (m) ,66 74, ,46 168, ,59 265, ,63 190,5 O ano de 1995 obteve maior MIW e a menor MIW encontrada foi relativa à menor abertura referente ao ano de Sabe-se que a desembocadura encontra-se aberta e migrando ao longo dos anos. No ano de 1978, ano em que a desembocadura encontrou-se mais ao norte e com o cordão arenoso mais desenvolvido possuiu a menor miw Cálculo das áreas de perigos associados (IHA min ) Como a desembocadura da Barra do Saí-Mirim esteve migrando ao longo dos anos e mantendo o padrão de baixa energia (LEMP low-energy migration pattern) não manteve a estabilidade geométrica. Para desembocaduras com LEMP, o IHAmin é resultado da soma do comprimento do trajeto da migração (LMP) com metade da largura máxima da desembocadura (MIW). O comprimento do trajeto de migração (LMP) foi calculado entre a posição de desembocadura mais ao sul (ano de 1995) com a posição da desembocadura mais ao norte (ano de 1978) resultando uma variação de 1811 metros. 35

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