Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso

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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso DA (IM)POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL E DA PARTILHA DE BENS NA RELAÇÃO CONCUBINÁRIA SIMULTÂNEA AO CASAMENTO VÁLIDO, AUSENTES OS REQUISITOS DA SEPARAÇÃO DE FATO OU JUDICIAL ENTRE OS CÔNJUGES. Autora: Aline Mayara Resende Mateus Orientadora: Prof.ª Esp. Karla Neves Faiad de Moura Brasília - DF 2012

2 ALINE MAYARA RESENDE MATEUS DA (IM)POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL E DA PARTILHA DE BENS NA RELAÇÃO CONCUBINÁRIA SIMULTÂNEA AO CASAMENTO VÁLIDO, AUSENTES OS REQUISITOS DA SEPARAÇÃO DE FATO OU JUDICIAL ENTRE OS CÔNJUGES. Artigo apresentado ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientadora: Prof.ª Esp. Karla Neves Faiad de Moura. Brasília 2012

3 Dedico este trabalho aos meus pais, minha irmã e meu namorado, que sempre me acompanharam e apoiaram durante minhas conquistas.

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por me abençoar sempre, a minha mãe por ter me auxiliado, ao meu pai e minha irmã por terem me apoiado, e ao meu namorado pela ajuda, sem a qual este trabalho não seria possível. Agradeço também a minha família, aos meus colegas de curso, ex-colegas de trabalho e amigos que me incentivaram. Por fim, agradeço a minha orientadora, pelo bom direcionamento na elaboração deste trabalho.

5 4 DA (IM)POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL E DA PARTILHA DE BENS NA RELAÇÃO CONCUBINÁRIA SIMULTÂNEA AO CASAMENTO VÁLIDO, AUSENTES OS REQUISITOS DA SEPARAÇÃO DE FATO OU JUDICIAL ENTRE OS CÔNJUGES. ALINE MAYARA RESENDE MATEUS RESUMO: O presente artigo trata da possibilidade de reconhecimento da união estável e da consequente partilha de bens na relação concubinária simultânea ao casamento válido, ausentes os requisitos da separação de fato ou judicial entre os cônjuges, nas visões doutrinárias e jurisprudenciais referentes às relações familiares. Para tanto foram demonstrados os requisitos para um casamento válido e para configurar uma união estável entre dois indivíduos. Indica-se também o conceito de concubinato e como proceder com a partilha de bens neste caso. Explica-se a posição dos Tribunais ao julgar o requerimento de reconhecimento da união estável entre a pessoa casada e seu concubino, ou seja, da relação entre pessoas que mantém uma união extraconjugal. A partir da análise jurisprudencial, conclui-se que ainda não seria possível este reconhecimento, em respeito ao princípio da monogamia, valorizando as entidades familiares constituídas pelo casamento e pela união estável. Palavras-chave: Reconhecimento; União estável; Concubinato; Casamento. 1 INTRODUÇÃO A vida em sociedade é regida por regras de convivência, porém nem sempre estas são seguidas. O modelo considerado ideal de família imposto pela sociedade sempre foi o casamento, que pressupõe fidelidade de ambos os cônjuges. Entretanto, nem todos seguem este modelo ideal. Na sociedade moderna alguns optam por quebrar estas regras de convívio, que impõem o casamento, levando-os assim a união estável e até ao concubinato, e para estas situações o ordenamento jurídico brasileiro deve estar preparado. Sendo assim, o poder judiciário, com o amparo legislativo, deverá julgar os conflitos decorrentes das relações de união estável e de concubinato, com o fim de garantir os direitos de todos, tanto dos companheiros e dos concubinos, quanto dos cônjuges. Desta forma, é importante estabelecer o reconhecimento jurídico destas relações criadas pela sociedade moderna, deste pluralismo de entidades familiares. Além disso, deve haver uma proteção ao patrimônio familiar embutido nestas relações, que deve ser resguardado, em detrimento da família e dos filhos. Em relação ao assunto o que se deve priorizar é a segurança jurídica da família constituída pelo casamento; da família constituída pela união estável, e ainda pelo concubinato. Também devem ser priorizadas a visão doutrinária e a legislação diante dessas diferentes relações sócio-afetivas.

6 5 É fundamental defender o cônjuge de boa-fé e seu patrimônio constituído durante o matrimônio, de modo a garantir e assegurar os seus direitos. Por outro lado, também devem ser assegurados os direitos dos concubinos, tendo em vista que também contribuem com seus esforços para instituir um patrimônio com seus parceiros. O presente artigo tratará das visões doutrinárias e jurisprudenciais referentes às relações familiares. Assim, serão abordados os requisitos para um casamento válido e os requisitos para configurar a união estável entre dois indivíduos. Além disso, é explanado como proceder perante uma relação em que a pessoa casada mantém uma união extraconjugal, a qual pode ser configurada como concubinato, desde que não estejam presentes na sua relação matrimonial a separação de fato, ou judicial. Por derradeiro será aduzida a relação patrimonial do casado que mantém união adulterina com o concubino, principalmente no que tange aos direitos relativos a cada parte. 2 DO CASAMENTO VÁLIDO A Constituição Federal de 1988 disciplina que a família é a base da sociedade, e para sua formação o passo inicial é o casamento. A cada dia que passa o direito de família se torna mais complexo, tendo em vista que estão surgindo mais tipos de famílias. Isso retrata o chamado pluralismo das entidades familiares, tratado pelo doutrinador Paulo Lôbo. Para o autor existem diversos tipos de família, os casados, os pais solteiros, os companheiros, os homoafetivos, os parentes dentre outros. 1 Cristiano Farias e Nelson Rosenvald asseveram que a Constituição Federal apenas normatizou o que já representava a realidade brasileira. Os autores reconhecem que a família é um fato natural, que pode ocorrer de diversas formas, de acordo com a convicção de cada indivíduo, e o casamento é apenas uma solenidade, uma convenção social, exigida por lei para melhor regular as relações. Assim a família deve ser notada e amparada pelo Estado, de forma ampla, independentemente de modelo adotado. 2 Com relação ao pluralismo das entidades familiares, Maria Berenice Dias aduz que este tende ao reconhecimento e à proteção do Estado das múltiplas possibilidades de arranjos familiares. 3 O casamento é a união entre duas pessoas, estabelecendo uma comunhão plena de vida, baseada na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Este conceito está disciplinado no artigo do Código Civil de A doutrina traz inúmeros conceitos de casamento, sendo todos corroborados ao inicialmente tratado pela legislação, cada um a seu modo. Álvaro Villaça Azevedo assevera que o casamento pode ser considerado como de fato ou legislado. No 1 LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. p.1-2. Disponível em: < PB.pdf> Acesso em: 05 de novembro de FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p Dias, Maria Berenice. Manual de Direitos das Famílias, cit, p.63 apud FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p. 290.

7 6 primeiro molde, os conviventes se sentem como marido e mulher, vivendo em uma união estável. Em contrapartida, no segundo molde eles são casados com efeitos civis. 5 Em sua obra, Silvio de Salvo Venosa destaca a falta de uniformidade na doutrina no que tange ao conceito de casamento. 6 Guillermo Borda considera o casamento como a união do homem e da mulher para o estabelecimento de uma plena comunidade de vida. 7 Washington de Barros Monteiro, no entanto, assevera que é a união permanente entre o homem e a mulher, de acordo com a lei, a fim de se reproduzirem, de se ajudarem mutuamente e de criarem os seus filhos. 8 Uma das definições mais completas é a de Silvio Rodrigues, que afirma: Casamento é o contrato de direito de família que tem por fim promover a união do homem e da mulher, de conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole comum e se prestarem mutua assistência. 9 Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald destacam características atinentes ao casamento, com fulcro no artigo 226, 1º e 2º da CF/88 e nos artigos e ss. do CC/02. A primeira característica é o caráter personalíssimo e livre da escolha dos nubentes. Isso significa que apenas o indivíduo, homem ou mulher, pode escolher aceitar ou não se casar com outro indivíduo. Além desta, há a solenidade de celebração, ou seja, a forma em que o casamento será celebrado, se iniciando com a habilitação dos nubentes, seguida da cerimônia, e por fim o registro civil, sem olvidar da presença da autoridade celebrante e das testemunhas. Outra característica é a inadmissibilidade de submissão a termo ou condição, de modo que o casamento não pode estar submetido a uma condição ou encargo para que aconteça, devendo ser de livre e espontânea vontade dos nubentes. No casamento deve haver o estabelecimento de uma comunhão plena de vida entre os cônjuges, como se pode defluir do art do CC/ Além disso, o casamento tem uma natureza cogente das normas que o regulamentam, portanto estas não podem ser afastadas de acordo com o interesse das partes, sendo limitadas pelas normas de ordem pública. Isso denota que a liberdade de escolha que é dada aos nubentes é por vezes mitigada. 11 O Brasil tem uma cultura monogâmica, e por isso o casamento deve seguir esta estrutura. Para ilustrar como esta monogamia está enraizada na legislação brasileira, existe o crime de bigamia, constante no art. 235 do Código Penal, que disciplina que as pessoas casadas não devem contrair novo matrimônio AZEVEDO, Álvaro Villaça. Estatuto da família de fato. 2. ed. São Paulo: Atlas, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 8. ed. São Paulo: Atlas, v. p BORDA, Guillermo A. Tratado de derecho civil: familia. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, v. 1. p. 45. apud VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 8. ed. São Paulo: Atlas, v. p MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito de família. 33. ed. São Paulo: Saraiva, p RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil: Direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v 6. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p.577.

8 7 No entendimento de Maria Berenice Dias a monogamia é uma função ordenadora da família, sendo a uniconjugalidade uma imposição de ordem moral, ou seja, a monogamia traz uma idéia de família bem constituída, ideal aos olhos da sociedade, que está de acordo com a moral e os bons costumes brasileiros. 13 Entretanto, é sabido que nem sempre essa cultura é respeitada pelas pessoas, dado que hoje os índices de infidelidade no Brasil são altos. Por certo o amor não é exato, não sendo controlado, e a sociedade não é tão conservadora como antes. É fato que não há segurança jurídica ou certeza quanto à durabilidade, constância e nível de correspondência do amor, e que o ser humano é feito de predominâncias, o que torna as escolhas complexas. 14 Desta forma, mesmo com essa cultura monogâmica enraizada, algumas pessoas procuram relacionamentos extraconjugais para se satisfazerem. Neste contexto, a legislação deve reconhecer até onde vão os direitos dos poligâmicos. Por fim, a última característica do casamento é a dissolubilidade, pois, de acordo com a vontade das partes, é garantido aos cônjuges o divórcio (forma de dissolução do vínculo matrimonial), por vontade de um ou de ambos os cônjuges. Isto posto, o divórcio materializa o direito reconhecido a cada pessoa de promover a cessação de uma comunidade de vida, sendo a ruptura da vida conjugal. Sem dúvida é um direito dos cônjuges, tendo em vista que qualquer restrição a este direito estaria promovendo a convalidação de estruturas familiares enfermas, e convivências conjugais em crise. 15 No que concerne à separação entre os cônjuges, esta pode ocorrer judicialmente, através da decretação do divórcio, ou de fato, onde há a separação sem qualquer interferência do poder judiciário. Sendo assim, o divórcio dissolve o casamento e a separação de fato põe fim à este, encerrando a convivência sob o mesmo teto, o casamento deixa de gerar efeitos, faltando apenas a chancela do judiciário. 16 Todas estas características são concernentes a um casamento válido, como dispõe a lei DA UNIÃO ESTÁVEL Além do casamento existem outras formas de família que não seguem todas as características apontadas anteriormente, mas que também devem ser reguladas. Uma delas é a União Estável. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, 3º, disciplinou a união estável quando assentou: Para efeito da proteção do Estado, é 13 DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4. ed. São Paulo: RT, p FIGUEIREDO, Luciano L.. Monogamia: Princípio Jurídico? Revista Brasileira de Direito Das Famílias e Sucessões, Porto Alegre, v. 23, p.15-40, ago p FARIAS, Cristiano Chaves. A Nova Ação de Divórcio e a Resolução Parcial e Imediata de Mérito (Concessão Imediata do Divórcio e Continuidade do Procedimento para os Demais Pedidos Cumulados). Revista Brasileira de Direito Das Famílias e Sucessões, Porto Alegre, v. 27, p.5-16, abr p DIAS, Maria Berenice. Separação de Corpos e o Desenlace Familiar. Disponível em: < _separa%e7%e3o_de_corpos_e_desenlace_familiar.pdf> Acesso em: 23 de outubro de FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p.145.

9 8 reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 18 Em dezembro de 1994 foi sancionada a lei 8971, que regula o direito dos companheiros a alimentos e à sucessão. Em seu cerne, traz o reconhecimento da união das pessoas solteiras, separadas judicialmente, divorciadas, ou viúvas, desde que convivessem a mais de cinco anos ou mantivessem prole com seus respectivos companheiros, concedendo, ainda, direitos aos alimentos e a sucessão em decorrência desta união. 19 Em seguida, foi sancionada a lei de 10 de maio de 1996, que regula o 3º do art. 226 da Constituição Federal, citado anteriormente, abordando o conceito e os aspectos da união estável. O art. 1º desta lei conceitua a união estável como: É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família. Conjuntamente a este conceito vieram os direitos e deveres dos conviventes (art. 2º), sendo estes o respeito e consideração mútuos; assistência moral e material recíproca; e guarda, sustento e educação dos filhos comuns. Nos moldes da referida lei o legislador elucida como estes companheiros irão tratar seus bens em comum, a forma de partilha dos bens, e a possibilidade de requerimento dos alimentos. Além disso, ilustra como será a conversão da união estável em casamento, como determina a Constituição Federal. Por fim disciplina a vara competente para tratar dos conflitos decorrentes desta relação, sendo esta a vara de família, que já trata do casamento. 20 Silvio Rodrigues discorre sobre a união estável sob o ponto de vista constitucional, afirmando que: (...) é o reconhecimento de que a ligação, mais ou menos duradoura, entre pessoas de sexo diverso, com o propósito de fazerem vida em comum, adquiriu o status de entidade familiar. 21 Em virtude dos novos conceitos de família, trazidos principalmente pela Constituição Federal de 1988, foi possível o reconhecimento e a consequente proteção judicial desta família, que anteriormente não possuía seus direitos disciplinados no texto constitucional. Posteriormente, o Código Civil de 2002, no seu Título III, do Livro IV, perpetrou os institutos da união estável. Em seu art foi mantido o conceito trazido pela lei 9.278/96, determinando, por conseguinte, a impossibilidade de se configurar a união estável se existentes os impedimentos para o casamento, com exceção dos companheiros separados de fato ou judicialmente. 22 Para que a união estável seja reconhecida judicialmente, e por consequência produza seus efeitos, é necessário que os requerentes preencham certos requisitos impetrados pela lei. São estes: a estabilidade, a qual requer que o casal mantenha um relacionamento estável, não eventual; a publicidade, que é a necessidade de que os companheiros sejam vistos pela sociedade como se casados fossem, demonstrando uma união séria e firme; a continuidade, a qual impõe que o relacionamento deva ser contínuo e duradouro; e por derradeiro deve haver a 18 VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p.309.

10 9 ausência dos impedimentos matrimoniais contidos no art do CC/02, 23 inclusive o seu inciso VI, que faz referência às pessoas casadas. Portanto, infere-se do 1º do art do CC/02 que, a princípio, as pessoas casadas, não estando separadas de fato ou judicialmente, não podem requerer o reconhecimento de uma união estável frente ao poder judiciário, por não preencherem um dos requisitos exigidos por lei. Contudo o principal elemento, que deverá estar coadunado aos mencionados anteriormente, é o objetivo de constituir família. Os companheiros devem ter o intuito de construir uma vida juntos e, em consequência, constituir prole em comum. Este objetivo é elementar para a caracterização do instituto familiar, pois um dos objetivos principais de se ter caracterizada a união estável é a valorização da família, ou seja, a vontade de regular os laços afetivos, e a constituição de uma família com seu companheiro, objetivo este análogo ao do casamento. Cristiano Farias e Nelson Rosenvald consideram que se o objetivo de constituir família não estiver presente na relação entre os companheiros, ainda que constantes os outros elementos, não será reconhecida a união. Isto porque a Constituição Federal confere o status de família à união estável para que esta goze da tutela estatal, com direitos e deveres garantidos, não podendo ser admitidos como tais os relacionamentos livres, desprovidos da intenção de criar laços familiares. 24 Dentre as várias inovações trazidas pelo Código Civil de 2002, o autor Silvio Rodrigues considerou como um avanço do legislador o estabelecimento expresso da possibilidade de se caracterizar a união estável mesmo de pessoa casada, desde que seja separada de fato. 25 Ao certo, esta determinação foi um avanço na legislação, pois anteriormente as pessoas casadas, porém separadas de fato, objetivavam o reconhecimento de sua união estável, todavia não tinham seus direitos resguardados legalmente. Pela falta de normatização, o poder judiciário não podia julgar estas situações, tendo em vista que estas relações simultâneas sempre ocorreram ao longo dos tempos. Assim, a legislação referente ao assunto estava ficando atrasada em comparação às modernidades da vida cotidiana. Desta forma, a união estável trouxe alguns deveres, já inerentes ao casamento, como o dever de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos, disciplinados no art do CC/ Com estas inovações os conceitos de união estável e de concubinato se separaram, dado que anteriormente à CF/88 estes conceitos eram considerados o mesmo. A partir do momento que a união estável foi regulamentada como entidade familiar, mesmo sendo entre pessoas casadas, e separadas de fato, o sinônimo de união infiel ficou ligado apenas ao concubinato VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p. 260.

11 10 4 DO CONCUBINATO E SOCIEDADE DE FATO O conceito legal de concubinato está disciplinado no artigo do CC/02: As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. 28 Deste modo, qualquer pessoa que mantenha uma relação pautada em um dos impedimentos matrimoniais do art do CC/02 são consideradas concubinas. 29 O doutrinador Silvio Rodrigues aborda alguns requisitos para se configurar o concubinato. Este aduz que para os escritores mais antigos era necessária a continuidade das relações sexuais, a residência dos concubinos sob o mesmo teto, a inexistência de impedimentos matrimoniais, a notoriedade da união e a fidelidade da mulher ao amásio, ou seja, a atual definição de união estável. O conceito tratado acima corresponde ao antigo concubinato puro, que se equivale a atual união estável. A doutrina considera que há um segundo tipo de concubinato, o impuro, que sempre esteve diretamente ligado ao adultério, e é tratado de forma pejorativa. O autor apresenta um exemplo para demonstrar o que acredita ser o concubinato impuro: trata-se de uma relação em que a mulher não viva a expensas do homem, nem com ele reparta a mesma residência, ou seja, não há o requisito de intenção de constituir família. Da mesma forma haverá casos de concubinatos impuros, duráveis e notórios, de homem ou mulher casados e um companheiro solteiro, viúvo, ou separado judicialmente ou de fato de seu cônjuge, e neste caso não se pode admitir a presunção de fidelidade do concubino, pois este mantém relação principal com seu cônjuge. Assim não se confunde os tipos de concubinato, já que o puro, tem a presunção de fidelidade e a intenção de constituir família, e o impuro não preenche estes requisitos, sendo este considerado sem estabilidade e passageiro. 30 O concubinato tratado neste artigo se equivale ao concubinato impuro, conceituado no art do CC/02, uma vez que o anteriormente nomeado de puro atualmente possui a denominação de união estável, conceituado no art do CC/ Neste sentido, Silvio de Salvo Venosa evidencia a diferença entre o concubinato puro e o dito impuro. O autor atesta que após a Constituição Federal de 1988 e o Código Civil de 2002, o concubinato não é mais sinônimo de união estável. O atual conceito de concubinato se equivale ao impuro ou adulterino, onde um homem ou mulher casados, e não separados de fato, mantém relação não eventual com outro indivíduo. 32 Ou seja, como citado por Silvio Rodrigues, a união estável nada mais é que a atual denominação que o legislador dá ao velho e tradicional concubinato. Silvio Rodrigues se refere ao novo concubinato como uma relação que não preenche os requisitos de caracterização da união estável, ou seja, que possui o vínculo adulterino, sem estabilidade, passageiro, sendo qualificado como concubinato impuro ou impróprio, que não produz efeitos enquanto união estável. O 28 VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 8. ed. São Paulo: Atlas, v. p

12 11 autor classifica o concubinato em puro ou próprio, e impuro ou impróprio. Desta forma o primeiro tem a produção de alguns efeitos, como a partilha de bens, e o segundo possui restrições na legislação. 33 É de todo oportuno mencionar que o art do CC/02 34 traz um rol taxativo dos impedimentos para o casamento. No seu inciso VI, está disciplinado que não podem se casar as pessoas já casadas, de acordo com o princípio da monogamia mencionado anteriormente. Com relação ao assunto, Maria Helena Diniz acredita que a monogamia é a forma natural e mais apropriada de aproximação sexual da raça humana. 35 Com o intuito de concretizar o seu entendimento, a autora aduz que é eivado de nulidade o segundo casamento se o precedente ainda não estiver dissolvido. Assim, é impossível se contrair casamento civil, se já foi casado da mesma forma, com todos os efeitos. 36 No entanto, o impedimento de dupla relação familiar não é de todo imperioso, podendo ocorrer quando se tratar de uma união estável. Neste caso a pessoa casada, no entanto separada de fato, pode constituir uma família com seu atual companheiro, já que a separação de fato tem o condão de cessar o afeto, elemento fundante da relação conjugal. 37 Todavia, no caso da pessoa casada de fato e de direito que mantenha uma nova relação estável, estará configurado o concubinato tratado neste capítulo, tendo em vista que esta nova relação não possui aceitação unânime na doutrina e na jurisprudência. O inicio do reconhecimento da relação concubinária pelo ordenamento jurídico pátrio veio com a Súmula 380 do STF, que disciplina: Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível sua dissolução judicial com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. 38 É certo que na época em que a súmula foi editada o conceito de concubinato era ainda o que hoje se equivale à união estável, ou seja, a união de pessoas desimpedidas para o casamento. No atual ordenamento jurídico brasileiro são evidentes os direitos apresentados pela súmula. Entretanto em um contexto histórico esta súmula veio dar inicio a regulamentação patrimonial à relação destes indivíduos, para dar proteção às mulheres que eram abandonadas por seus companheiros, após anos de convivência afetiva. 39 Em relação à aludida súmula, Álvaro Villaça Azevedo afirma que vinham entendendo os Tribunais que o simples concubinato não dava direitos a partilha do patrimônio. Assim, era necessária a prova da formação da sociedade de fato e da colaboração dos concubinos RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p Collins, Résumé de la philosophie de Herbert Spencer, n. 314, apud DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família. 26. ed. São Paulo: Saraiva, v. p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família. 26. ed. São Paulo: Saraiva, v. p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. p.12. Disponível em: < PB.pdf> Acesso em: 05 de novembro de AZEVEDO, Álvaro Villaça. Estatuto da família de fato. 2. ed. São Paulo: Atlas, p. 210.

13 12 Devido ao mencionado avanço legal, Paulo Lôbo acredita que hoje a súmula é inusual, visto que considera as relações afetivas como meras relações patrimoniais, como sociedades de fato mercantis ou civis, não regidas pelo direito de família, mas sim pelo direito civil. Porém, estas relações têm razões afetivas e não com interesse de lucro. 41 Nesse passo, insta enfatizar que o concubinato é capaz de gerar laços de afeto, pois muitas vezes os concubinos têm uma vida, filhos e patrimônio em comum, cultivando o status de casados. De tal modo, não reconhecer os efeitos familiares a tais entidades, lastreando seu posicionamento apenas sobre a sociedade de fato para fins obrigacionais de patrimônio em comum, é o mesmo que negar dignidade aos entes desta família, levando estes à indevida exclusão jurídica. Os Tribunais brasileiros demonstram divergente entendimento em relação a este posicionamento. 42 As relações mantidas entre pessoas não casadas, que não convivem maritalmente, mas que mantêm uma comunhão afetiva com a intenção de constituir família, como, por exemplo o namoro ou noivado, são uniões livres, que não produzem nenhum efeito no âmbito do direito de família. Destas uniões livres, entretanto, é possível decorrer a formação de uma sociedade de fato. A chamada sociedade de fato ocorre quando as partes adquirem, por esforço comum, um patrimônio que deverá ser partilhado. O narrado acima demonstra o entendimento de Cristiano Farias e Nelson Rosenvald quanto à sociedade de fato. Sendo assim, sempre que houver essa aquisição de patrimônio com colaboração recíproca caberá a ação de dissolução de sociedade de fato, que será ajuizada na vara cível, por não ter o caráter de entidade familiar. Assim o autor terá que comprovar a sua colaboração para constituir o patrimônio a ser partilhado, não sendo possível se presumir o esforço comum como no direito de família. 43 No âmbito judicial o concubinato é tratado como mera sociedade de fato, levando-se em consideração o caráter monogâmico das relações familiares. Isto ocorre, porque tratar o concubinato no âmbito do direito de família, dando todos os direitos referentes aos cônjuges e companheiros seria quebrar a monogamia em sua própria essência. De tal modo, o concubinato é tratado pelo ordenamento jurídico como uma relação meramente obrigacional, como faz referência o doutrinador Paulo Lobô. Diante do explanado anteriormente, os autores Cristiano Farias e Nelson Rosenvald acreditam que o sistema jurídico brasileiro não acolhe o concubinato como relação familiar, afastando-se os efeitos típicos da relação de família, como doação, seguro de vida, alimentos, herança e benefícios previdenciários em favor do concubino, com o fim de proteger a família constituída pelo casamento. Todavia, é importante destacar que existe a possibilidade de produção de efeitos jurídicos da relação entre os concubinos, porém no campo do direito civil LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. p Disponível em: < Acesso em: 05 de novembro de FIGUEIREDO, Luciano L.. Monogamia: Princípio Jurídico? Revista Brasileira de Direito Das Famílias e Sucessões, Porto Alegre, v. 23, p.15-40, ago p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p

14 13 Os autores reconhecem a necessidade de enxergar também o lado afetivo do concubinato, pois o afeto é o ponto concêntrico das relações de família, é preciso uma reflexão mais acurada e cuidadosa acerca da natureza do concubinato, procurando posicioná-lo com isenção de ânimo de moralidade pessoal. 45 Para demonstrar este posicionamento, os autores citam Maria Berenice Dias, que considera que o Estado não tem como impedir essas relações não regulamentadas em lei, mas nem por isso deve ignorá-las, ou rejeitar qualquer efeito a esse vínculo, posto que isso seria gerar uma irresponsabilidade e, em consequência, ensejaria enriquecimento ilícito. 46 Diante destes posicionamentos conflitantes no que diz respeito ao direito de reconhecimento e direito patrimonial do concubino, demonstrados pela doutrina, é de relevante importância entender o posicionamento dos Tribunais no que concerne o assunto, algo que será aprofundado no capítulo seguinte. Além das relações convencionais tratadas anteriormente, existem também as relações concubinárias homoafetivas. A partir da possibilidade de reconhecimento da união estável aos casais homoafetivos, com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132, pelo Supremo Tribunal Federal abriu-se a possibilidade para se discutir também a hipótese de se reconhecer mais de uma relação simultânea neste caso. 47 Sendo a união estável entre pessoas do mesmo sexo reconhecida judicialmente, todos os direitos e deveres relativos às entidades familiares serão aplicados também neste caso, tendo em vista que esta união merece tratamento isonômico ao dispensado às uniões heterossexuais em respeito ao princípio da igualdade, da dignidade da pessoa humana e o da promoção do bem de todos sem preconceito ou discriminação. Como pode-se retirar da jurisprudência abaixo. PREVIDENCIÁRIO. REEXAME NECESSÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ART. 74 DA LEI 8.213/91. UNIÃO HOMOAFETIVA. REQUISITOS PRESENTES. BENEFÍCIO DEVIDO. 1. Cabível o reexame necessário, nos termos do 2.º do artigo 475 do Código de Processo Civil, se a sentença condenatória não estabelece o valor do benefício concedido, faltando parâmetro seguro para se verificar se a condenação não ultrapassará o limite de 60 (sessenta) salários mínimos. 2. A união afetiva estabelecida entre homossexuais merece tratamento isonômico aos dispensado às uniões heterossexuais em respeito ao princípio da igualdade, da dignidade da pessoa humana e o da promoção do bem de todos sem preconceito ou discriminação. 3. É totalmente compatível com o sistema previdenciário o reconhecimento do direito à pensão por morte à companheira homossexual nos termos do artigo 74 da Lei 8.213/ Não há motivos técnicos, jurídicos ou quaisquer outros para se exigir, no caso da união homoafetiva, a dependência econômica exclusiva da companheira sobrevivente, eis que a situação se subsume na regra do 4º do artigo 16 da Lei nº 8.213/91. O tratamento da questão, portanto, deve ser idêntico ao do concubinato heterossexual: a dependência não necessita ser exclusiva, sendo, portanto, 45 FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, cit., p.170. apud FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p SUPREMO reconhece união homoafetiva. 05 de maio de Disponível em: < Acesso em: 24 de outubro de 2012.

15 14 presumida. 5. Comprovada a união homoafetiva, presume-se a dependência econômica da autora em relação ao "de cujus", nos termos do 4º do artigo 16 da Lei nº 8.213/91, bem como presentes os demais requisitos previstos no artigo 74, "caput", da mesma lei, é devido o benefício de pensão por morte. 6. Reexame necessário, tido por interposto, parcialmente provido. Apelação do INSS improvida. Tutela antecipada concedida. (AC , JUIZ CONVOCADO LEONEL FERREIRA, TRF3 - NONA TURMA, e-djf3 Judicial 1 DATA:13/05/2009 PÁGINA: 563..FONTE_REPUBLICACAO:.) DO REGIME DE BENS Quando se contrata um matrimônio, ou união estável, geram-se direitos e obrigações a serem cumpridas pelos nubentes ou companheiros. Uma destas obrigações é a de estipular o regime patrimonial que irá reger a união. No ordenamento jurídico pátrio existem quatro tipos de regime de bens. O regime da comunhão parcial de bens é o que exclui da comunhão os bens que os cônjuges possuem ao se casar ou que venham adquirir por causa anterior ao casamento, como doações e sucessões, incluindo os bens adquiridos a titulo oneroso após o casamento. Há também o regime da comunhão universal de bens, que importa na comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges, bem como de suas dívidas passivas. Outro regime é o da participação final nos aquestos, que seria um regime híbrido ou misto, como denomina Silvio Rodrigues, que prevê este regime como: [...] a separação de bens na constância do casamento, preservando, cada cônjuge, seu patrimônio pessoal, com a livre administração de seus bens, embora só se possa vender os imóveis com a autorização do outro, ou mediante expressa convenção no pacto dispensando a anuência. Mas com a dissolução, fica estabelecido o direito à metade dos bens adquiridos a título oneroso pelo casal na constância do casamento. 49 Por fim, há o regime da separação de bens. Neste, os cônjuges conservam o domínio, a administração dos bens, e a sua disponibilidade, tanto dos bens presentes quanto dos futuros, assim como a responsabilidade pelas dívidas anteriores e posteriores ao casamento. 50 Este regime pode ser também de caráter obrigatório, nos casos trazidos pelo art do CC/ Nesse diapasão, no caso da união estável, o regime em regra adotado é o da comunhão parcial de bens, isso se no caso concreto não houver contrato entre os companheiros determinando a aplicação de outro regime, conforme o art do 48 BRASIL. Tribunal Regional Federal 3º Região. Apelação nº /SP. Apelante: Instituto Nacional de Seguro Social INSS. Apelado: Maria de Lourdes Almeida. Relator: Juiz Convocado Leonel Ferreira, São Paulo, SP, nona turma, 13 de maio de Disponível em: < Acesso em: 05 de novembro de RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p. 178,185, RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 28. ed. São Paulo: Saraiva, v. p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p. 303.

16 15 CC/02. O aludido regime vigorará também caso não houver prévia convenção entre os cônjuges, de acordo com o art do CC/ Quanto ao concubinato, não há regime que o regulamente, visto que não se trata de entidade familiar, e por isso não será regido por nenhum regime de bem disciplinado no direito de família. Para as relações concubinárias, a partilha de bens será regulada pelo direito civil e processada na vara cível, em ação de reconhecimento e dissolução de sociedade de fato cumulada com partilha de bens, conforme a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, a seguir: COMPETÊNCIA. SOCIEDADE DE FATO. RECONHECIMENTO. 1 - Compete às varas cíveis processar e julgar ação de reconhecimento e dissolução de sociedade de fato em que o réu, casado, não se encontra separado de fato ou judicialmente. 2 - Conflito de competência conhecido para declarar competente o juízo suscitante - 2a Vara Cível de Ceilândia/DF. (Acórdão n , CCP, Relator JAIR SOARES, 1ª Câmara Cível, julgado em 22/03/2010, DJ 09/04/2010 p. 51). 53 Caso seja reconhecida judicialmente a união estável, regula-se a partilha de bens pelo regime acordado entre as partes ou pelo regime da comunhão parcial de bens. Portanto, o esforço dos companheiros é presumido, não cabendo prova em contrário, assim como no casamento. Contudo, se a união não for reconhecida, a partilha será realizada com a exigência de comprovação de esforço comum para a aquisição do bem, como na sociedade de fato. É importante ressaltar o inciso V, do art do CC/02 que disciplina: Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: [...] V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos [...] 54 O referido inciso tem o condão de proteger o patrimônio da família constituída pelo casamento, com o intuito de evitar que o cônjuge concubino dilapide o patrimônio da família em detrimento da relação extraconjugal. Mais uma vez denotase a defesa das entidades familiares pelo legislador. É certo que o concubino deve reivindicar seus direitos patrimoniais, no entanto não pode invadir o patrimônio construído pelos cônjuges, por isso o legislador se preocupou em determinar este inciso, e outros, como o inciso III, do art do CC/02, que faz uma ressalva ao direito de suceder do concubino. 55 Assim, o patrimônio das partes, que compõem a entidade familiar, está mais protegido. Neste sentido, é importante ressaltar que este patrimônio pertencente ao cônjuge, por seu esforço e dedicação à relação matrimonial, não deverá ser objeto de apropriação injusta pelo concubino, a não ser, é claro, que este seja fruto do esforço comum entre o cônjuge e o seu concubino. Ou seja, de acordo com o 52 VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Acordão nº Suscitante: Juiz de direito da 2ª vara cível de Ceilândia/DF. Suscitado: Juiz de direito da 2ª vara de família, órfãos e sucessões de Ceilândia/DF. Relator: Jair Soares, Ceilândia, DF, 1ª câmara cível, 22 de março de Disponível em: < df tjdf> Acesso em: 05 de novembro de Grifo Nosso. 54 VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p VADE mecum compacto. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p. 317.

17 16 legislador, caso os cônjuges não estejam separados de fato, o concubino não tem direito patrimonial algum, até que prove seu esforço para constituí-lo. 6 JURISPRUDÊNCIA SOBRE RELAÇÕES FAMILIARES O casamento tem suas peculiaridades disciplinadas no Código Civil. A união estável tem seus requisitos estabelecidos pela lei, sendo estes muito discutidos pela doutrina. Desta forma a jurisprudência vem unificar os entendimentos. É controverso no âmbito do direito de família se é ou não possível se reconhecer a união estável entre duas pessoas já casadas, ou entre uma pessoa casada e outra não, desde que estas não estejam separadas de fato. A doutrina e a jurisprudência dos mais diversos tribunais têm entendimentos divergentes sobre essa possibilidade. Deve-se analisar o caso concreto, tanto se os requisitos da união estável estão presentes na relação, quanto se o casamento ainda é valido ou não. Assim, é necessário examinar ainda o direito patrimonial destes indivíduos, uma vez que a relação estipulada pelo tribunal refletirá no patrimônio dos casados e dos respectivos concubinos, não sendo possível a dupla meação de um mesmo bem entre o cônjuge e o concubino. Por isso, há dificuldade de estabelecer uma regra para estes casos. Com relação à jurisprudência atual, tem-se que, recentemente, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferiu uma decisão, para determinar o direito da concubina. No caso concreto, a concubina ingressou com ação declaratória de reconhecimento de união estável em face da sucessão do falecido, representada pela esposa deste. A concubina afirmava que vivia com o de cujos como se casados fossem, alegando que este já se encontrava separado de fato da esposa na época do falecimento. Contudo, a esposa negou o alegado dizendo que permaneceu casada com o falecido até a sua morte. Em primeira instância a ação foi julgada improcedente, afirmando o juiz que não houve comprovação da separação de fato entre os cônjuges. Assim a concubina apelou ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e este deu provimento ao recurso. O posicionamento do Tribunal foi no sentido de que ainda que os cônjuges não estivessem separados de fato, a união estável entre o falecido e a concubina pode ser caracterizada como entidade familiar, e ser reconhecida a sua existência, ainda que paralela ao casamento, com a consequente partilha dos bens. Diante disso, a esposa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, onde o ministro relator Luis Felipe Salomão fez uma observação afirmando que no mundo dos fatos, podem coexistir relações paralelas com vínculos afetivos e duradouros, até com o objetivo de constituir família, entretanto a legislação atual ainda não oferece um amparo necessário para a proteção ao concubinato. Realmente, como demonstrado anteriormente, nem a legislação, e tampouco a doutrina oferecem suporte jurídico para atender a relação concubinária. Alguns são contra e outros a favor desta instituição jurídica, do reconhecimento de quem possui este tipo de relação. A união estável foi criada para proteger a pessoa que mantinha uma relação estável, de companheirismo, ajuda mútua, e que se extinguia sem nenhuma segurança jurídica. Na prática, os concubinos de boa-fé estão neste mesmo cenário, pois os julgadores geralmente os veem com os mesmos olhos pejorativos que recaem sobre a relação concubinária. Além disso, muitas vezes, pessoas que mantiveram apenas

18 17 um namoro, ou que mantém relação com pessoa casada apenas com o intuito patrimonial, querem ter o reconhecimento de entidade familiar, com o objetivo de ter os direitos patrimoniais reconhecidos de forma indevida. Estes são os concubinos oportunistas. Ante o posicionamento do ministro relator Luis Felipe Salomão, por decisão unânime, a Quarta Turma declarou a impossibilidade de reconhecimento da união estável concomitante ao casamento, tendo em vista que não fora demonstrada a separação de fato entre os cônjuges. In verbis, o referido ministro afirmou: Mesmo que determinada relação não eventual reúna as características fáticas de uma união estável, em havendo o óbice, para os casados, da ausência de separação de fato, não há de ser reconhecida a união estável. O ministro considerou que não cabe ao judiciário indagar o motivo pelo qual o falecido mantinha sua vida comum com a esposa, pois agrediria a inviolabilidade da vida privada e a dignidade da pessoa humana. Porém, qual seja o motivo, não descaracteriza o casamento firmado por eles. 56 Diante dos diversos posicionamentos, percebe-se que o entendimento jurisprudencial tende a valorar o casamento válido, se não está presente no caso concreto a separação de fato. Ou seja, se os cônjuges ainda mantiverem vida em comum, coabitando juntos, demonstrando à sociedade que ainda são casados, não tem porque reconhecer uma união estável e a consequente partilha ao mesmo tempo, se a devida partilha já vai ser consignada com o próprio cônjuge. Ainda sobre este conflito, seguem as ementas e o comentário acerca da jurisprudência do STJ, que demonstra o entendimento majoritário adotado também pelo STF: DIREITO DE FAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. HOMEM CASADO. OCORRÊNCIA DE CONCUBINATO. INDAGAÇÕES ACERCA DA VIDA ÍNTIMA DOS CÔNJUGES. IMPERTINÊNCIA. INVIOLABILIDADE DA VIDA PRIVADA. SEPARAÇÃO DE FATO NÃO PROVADA. ÔNUS DA PROVA QUE RECAI SOBRE A AUTORA DA AÇÃO. 1. A jurisprudência do STJ e do STF é sólida em não reconhecer como união estável a relação concubinária não eventual, simultânea ao casamento, quando não estiver provada a separação de fato ou de direito do parceiro casado. 2. O acórdão recorrido estabeleceu que o falecido não havia desfeito completamente o vínculo matrimonial - o qual, frise-se, perdurou por trinta e seis anos -, só isso seria o bastante para afastar a caracterização da união estável em relação aos últimos três anos de vida do de cujus, período em que sua esposa permaneceu transitoriamente inválida em razão de acidente. Descabe indagar com que propósito o falecido mantinha sua vida comum com a esposa, se por razões humanitárias ou qualquer outro motivo, ou se entre eles havia "vida íntima". 3. Assim, não se mostra conveniente, sob o ponto de vista da segurança jurídica, inviolabilidade da intimidade, vida privada e dignidade da pessoa humana, discussão acerca da quebra da affectio familiae, com vistas ao reconhecimento de uniões estáveis paralelas a casamento válido, sob pena de se cometer grave injustiça, colocando em risco o direito sucessório do cônjuge sobrevivente. 4. Recurso especial 56 QUARTA Turma não reconhece proteção do direito de família à situação de concubina. 29 de março de Disponível em: < Acesso em: 10 de maio de 2012.

19 18 provido. (REsp /RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 25/04/2012). Direito civil. Família. Recurso especial. Ação de reconhecimento de união estável. Casamento e concubinato simultâneos. Improcedência do pedido. - A união estável pressupõe a ausência de impedimentos para o casamento, ou, pelo menos, que esteja o companheiro(a) separado de fato, enquanto que a figura do concubinato repousa sobre pessoas impedidas de casar. - Se os elementos probatórios atestam a simultaneidade das relações conjugal e de concubinato, impõe-se a prevalência dos interesses da mulher casada, cujo matrimônio não foi dissolvido, aos alegados direitos subjetivos pretendidos pela concubina, pois não há, sob o prisma do Direito de Família, prerrogativa desta à partilha dos bens deixados pelo concubino. - Não há, portanto, como ser conferido status de união estável a relação concubinária concomitante a casamento válido. Recurso especial provido. (REsp /RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/08/2007, DJ 20/08/2007, p. 281) Em ambos os casos as concubinas tentaram alcançar o reconhecimento da união estável com homens casados de fato e de direito. Nos julgados de primeira instância lograram êxito, afirmando os magistrados, em cada caso, que mesmo não estando separado de fato da esposa, o marido vivia em união estável com a concubina, sendo esta entidade familiar perfeitamente caracterizada nos autos, e ainda decretaram a partilha de bens de forma igualitária entre cônjuge e concubina. Entretanto, em sede recursal, a decisão dos ministros dos Tribunais Superiores foi distinta à destes magistrados. Foi majoritário o entendimento de que as concubinas deveriam demonstrar a separação de fato entre os cônjuges, não bastando alegar a cessação do vínculo afetivo entre os casados, pois não é conveniente discutir a quebra da affectio familiae no caso concreto. Sendo assim, a decisão majoritária foi em não reconhecer a união estável entre o casado de fato e de direito e sua concubina. De acordo com a decisão do ministro Luiz Felipe Salomão, 57 não poderá ser discutida a possibilidade de haver mais de uma união com vínculo afetivo e duradouro, com o escopo de constituição de laços familiares. O ministro afirma também que o Supremo Tribunal Federal já decidiu por não ser possível o reconhecimento jurídico do concubinato paralelo ao casamento, mesmo quando esteja demonstrado no caso o vínculo não eventual entre os concubinos. O entendimento da ministra relatora Nancy Andrighi não é distinto, afirmando que os efeitos decorrentes de concubinato alicerçado em impedimento matrimonial não podem prevalecer frente aos do casamento pré e coexistente. 58 Uma vez que para se configurar uma união estável é necessária a ausência dos impedimentos para o casamento, ou pelo menos uma separação de fato confirmada e, se não estão presentes no caso concreto uma destas possibilidades, não será possível o reconhecimento. Neste caso se configurará apenas uma relação concubinária. 57 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº /RS. Recorrente: I. R. E. e Outros. Recorrido: M. da G. S. B. Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Brasília, DF, quarta turma, 27 de março de Disponível em: < Acesso em: 05 de novembro de BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº /RS. Recorrente: A. M. de O. Representado por: Maria Gomes Antunes e outros. Recorrido: N. da S. C. Relatora: Ministra NANCY ANDRIGHI, Brasília, DF, terceira turma, 07 de agosto de Disponível em: < ubino&&b=acor&p=true&t=&l=10&i=3> Acesso em: 01 de novembro de 2012.

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