Capítulo 8 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 8 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria"

Transcrição

1 Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 8 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Dra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia

2 Introdução Partículas carregadas perdem energia diferentemente de partículas sem carga

3 Introdução E inicial = 0.5 MeV E final = MeV Material: Alumínio Neutrons: 30 colisões fótons: 10 colisões Elétrons: colisões

4 Introdução Partículas carregadas agem através da força Coulombiana Interagem com um ou mais elétrons ou com o núcleo de praticamente todos os átomos os quais passam A maioria destas interações transferem muito pouca energia

5 Introdução Características: CSDA (Continuos Slowing-Down Aproximation) ALCANCE Poder de frenamento (Stopping power)

6 Introdução Seção de choque Poder frenamento ou Stopping Power

7 Introdução Porque estamos interessados em stopping power?

8 Introdução Dose Partículas carregadas Como transferem energia para o meio? Poder de frenamento

9 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Partículas leves = Elétrons e Pósitrons Partículas pesadas Massa maior que a massa de repouso do elétron Alfa, múon, próton e produtos de fissão Perde uma quantidade de energia desprezível em uma interação com o núcleo Desprezar as forças nucleares Força Coulombiana entre partículas pesadas e elétrons.

10 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Quando uma partícula carregada incide em um meio, ela interage com elétrons e núcleos no meio. Essas interações são chamadas colisões entre partículas carregadas e elétrons atômicos.

11 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Essas colisões levam a: Ionização Excitação

12 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interagem sobre a ação da força Coulombiana: b a parâmetro de impacto raio do átomo

13 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Tipos de interações de partículas carregadas com a força Coulombiana: Soft collision (b >>a) Hard collision (b a) Interação da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b <<a) Interações nucleares por partículas nucleares pesadas (b<<a)

14 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Soft Collisions: Partícula carregada passa a uma distância considerável do átomo Força Coulombiana buraco Excitação Há uma pequena probabilidade de: Ionização Ejeção do elétron na camada de valência

15 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Soft Collisions: Perda de energia e momento É a interação mais frequente para partículas carregadas Uma pequena fração da energia perdida pelas em colisões suaves (Cherenkov) - Elétrons Radiação de Cherenkov Emissão de Luz com predominante na faixa azul v = c Em meios condensados a distorção atômica causa o efeito de polarização.

16 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interações da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b << a): 97 a 98% ocorrem colisões elásticas com o núcleo. Não há perda de energia a 3% ocorrem colisões inelásticas com o núcleo. Radiação de frenamento

17 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interações da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b << a): b<<a ocorre a interação com o núcleo. Ocorre para partículas pesadas Espalhamento Rutherford Mais importante para elétrons e pósitron Não é um mecanismo de perda de energia mas de deflecção de elétrons

18 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interações da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b << a): 97 a 98% ocorrem colisões elásticas com o núcleo. Elétron é espalhado elasticamente Não emite fótons de raios-x Energia cinética é insignificante Conservação da energia e momento Não é um mecanismo de perda de energia mas de deflecção de elétrons

19 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Essa é a razão para qual os elétrons seguem uma trajetória tortuosa

20 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interações da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b >> a): Colisão Inelástica Depende do inverso ao quadrado da massa da partícula para uma dada velocidade Quanto maior a massa menor a probabilidade de ocorrência Emissão de radiação de frenamento é insignificante para outras partículas carregadas exceto elétrons.

21 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Interações da força Coulombiana com o campo externo do núcleo (b << a): A radiação de frenamento é um importante meio de dissipação de energia por elétrons em meios de alto Z Radiação de frenamento é insignificante em meios de baixo Z para elétrons abaixo de 10 MeV A seção de choque de produção é baixa Os fótons resultantes são penetrantes suficiente para escapar do meio.

22 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Aniquilação de Pósitron: Ocorre entre o pósitron com velocidade muito baixa e um elétron praticamente em repouso no meio. Ou quando o positrón tem alta velocidade é chamado de aniquilação de pósitron em voo. Origem de dois fótons A energia remanescente é dada a um fóton ou dividida aos dois.

23 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Reações nucleares: Partículas pesadas Para energias muito elevadas (100MeV). Colisão Inelástica Reações com núcleos ou com núcleons individualmetne com probabilidades mais elevadas. Prótons ou nêutrons são emitidos Processo de cascata na direção para frente O núcleo é excitado e emite raios gama.

24 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Reações nucleares: O mais importante é que a distribuição espacial da dose absorvida será modificada. A energia cinética que seria depositada através de processos de excitação e ionização será carregada para longe por nêutrons e gamas. Física médica irrelevante.

25 Poder de Frenamento Mássico dt dx Y, T, Z Unidade: MeV.cm /g ou J.m /kg

26 Interação de Partículas Carregadas com a Matéria Poder de frenamento de colisão Soft e hard collisions Produz ionizações e excitações contribuindo para a dose próximo a trajetória das partículas Poder frenamento radioativo Radiação de frenamento Energia gasta em colisões radiativas são carregadas para longe da trajetória das partículas carregadas.

27 Poder de frenamento de colisão dt dx dt dx c c dts dx H dth dx ' s ' T Q ' c dt T min c T H c ' max ' h T Qc dt ' T é a energia transferida ao átomo ou elétron na interação H é onde as colisões soft acabam e onde as hard começam T max é a energia máxima que pode ser transferida em colisão frontal com um elétron não ligado Q s c e Q h c são coeficientes mássicos diferenciais de colisão soft e hard

28 Partículas Carregadas Pesadas x Pósitrons e Elétrons Alfa, múon, próton e produtos de fissão Massa maior Alta carga Força Coulombiana Força nuclear forte

29 Partículas Carregadas Pesadas Aproximação da mecânica clássica Partícula pesada com massa M, carga Ze com velocidade v em movimento na direção x F k Ze r

30 Poder de frenamento Derivado da força Coulombiana dv Ze p mdv m. dt Fy dt k cos. dt dt r E p m 0 4Zr b v 0 m c 0 v =E/M A energia transferida é: Z r0 m0c b E 4 M E 4 Inversamente proporcional a energia cinética de partículas carregadas pesadas Inversamente proporcional a b

31 Poder de Frenamento Energia transferida a um elétron a uma dada distância Energia total transferida para todos os elétrons Integrar E(b) para todo o intervalo de b para um dado path lengh

32 Poder de Frenamento Elétrons estão uniformemente distribuídos em todo o espaço com densidade: N e. Número de elétrons em uma camada cilíndrica n e. b. db. x. N. de dx 0 E( b) n ( b) db x

33 Poder de Frenamento de dx Z 4. Ne. r0 m0c v 4 0 db b de dx 4. N e Z. r0 m0c 4 b b max min db b de dx 4. N e Z. r0 m0c 4 b log b max min

34 Poder de Frenamento Energia de excitação máxima Efeitos relativísticos Efeitos de mecânica quântica

35 Poder de Frenamento Parte de soft colisions e hard colisions dt m0c kln dx (1 ) I C Z dt dx 0,3071 Zz A 13,8373 ln (1 ) ln I C Z

36 Para partículas pesadas a energia máxima: Poder de Frenamento MeV m c T 0 ' max 1 1, ' min ' max 10 1,0 I ev x I m c T T

37 Poder de Frenamento de Colisão Dependência com o meio Z/A diminui o poder de frenamento Enquanto Z aumenta O termo ln I dentro do colchete diminui com o aumento de Z Depende da velocidade da partícula Dependência da velocidade da partícula É devido ao inverso de O poder frenamento diminui com o aumento de Perde influência quando continua a crescer e o poder de frenamento fica constante

38 Poder de Frenamento de Colisão

39 Poder de Frenamento de Colisão Dependência da carga da partícula Partícula carregada com duas cargas = poder de frenamento 4 vezes maior Dependência da massa da partícula Não há A massa não está na fórmula

40 Poder de Frenamento de Colisão Correção de camada C é uma camada empírica Elétrons ligados O poder de frenamento foi obtido partindo da hipótese que a partícula pesada tem alta velocidade Nem sempre a verdade Termo de correção C/Z A partícula vai diminuindo sua velocidade através da camada e os elétrons diminuem sua participação no processo diminuindo o poder de frenamento

41 Considerações relativísticas: = v/c está relacionada com T Poder de Frenamento de Colisão c M T 1/ / 1 1 c M T c M A energia cinética da partícula está relacionada com massa de repouso.

42 Poder de Frenamento de Colisão Considerações relativísticas: Se levarmos em consideração uma partícula sendo acelerado por um potencial acelerador temos: A energia cinética de uma partícula em um meio está relacionada com sua carga é independente da massa A energia cinética de uma partícula é proporcional a sua carga Assim um potencial de 10 MV pode acelerar Próton de energia 10 MeV ( = 0,1448), deutério ( = 0,109) ou partícula de 0MeV ( = 0,103) Valores de z/m 0 c seja similares

43 Elétrons e Pósitrons Considerações relativísticas: Importantes para energias baixas: = 0,61 para 50 MeV e = 0,94 para 1 MeV Elétron incidente tem a mesma massa que o elétron orbital Identificar o elétron

44 Poder de Frenamento de Colisão Pósitron, T = T max caso a aniquilação não ocorra Elétrons Não é possível distingui-los (teoria de Dirac) Elétron de maior energia é o incidente T max = T 1/

45 Poder de Frenamento para Elétrons e Pósitrons Soft collision de Bethe Seção de choque hard collision para elétrons de Moller Seção de choque hard collision para elétrons de Bhabha

46 Poder de Frenamento para Elétrons e Pósitrons T m 0 c dt ( ) C kln F ( ) dx ( I / m0c ) Z Para elétrons: F Para pósitrons: ( ) 1 / 8 ( 1)ln ( 1) F ( ) ln ( ) 4 ( ) 3

47 orreção para Polarização ou Efeito de ensidade () Influencia o processo de soft collision Gases partículas distantes Meios condensados: Diminui a perda de energia Poder de frenamento é diminuído em meios condensados log10( p / m0c) log10( / 1 )

48 orreção para Polarização ou Efeito de ensidade () depende da composição e densidade do meio parador e do parâmetro: log10( p / m0c) log10( / 1 )

49 orreção para Polarização ou Efeito de ensidade ()

50 orreção para Polarização ou Efeito de ensidade () Elétrons e pósitrons podem produzir radiação de frenamento Depende do inverso do quadrado da massa da partícula para velocidades iguais A taxa de produção de radiação de frenametno por elétrons e pósitrons e expressado por: dt dx N Z A A 0 ( T m c 0 ) B r Unidade: MeV.cm /g ou J.m /kg

51 azão de Poder de Frenamento dt / dxr dt / dxc n Para 0,01< T < 3 MeV: TZ n log10( T / 3) Para T > 3 MeV: n MeV

52 azão de Poder de Frenamento dt dx dt dx c dt dx r

53 adiation Yield y(t 0 ) É a fração da energia total que é emitida como radiação eletromagnética Berger e Seltzer obtiveram y(t 0 ) para elétrons y( T ) dt / dx dt / dx r Para um elétron de energia T

54 adiation Yield y(t 0 ) Radiation yield para um elétron de energia maior T0 Berger e Seltzer obtiveram y(t 0 ) para elétrons Y ( T ) T 0 y( T ) dt T y( T0 ) y( T ) dt T0 T 0 dt 0 0 A quantidade de energia irradiada por elétron é: Y ( T ). T 0

55 Poder de Frenamento em Compostos Regra de Bragg (ICRU 1984) Átomos contribuem aproximadamente independente para o poder de frenamento Efeitos são aditivos Despreza os efeitos de ligação química I dt dx mix f dt Z f 1 Z dx Z dx Z 1 dt...

56 Poder de Frenamento em Compostos Poder de frenamento de colisão Expressa a perda média de energia perdida por partículas carregadas em colisões soft e hard Os raios ( resultado de colisões hard) são energéticos o suficiente para carregar sua energia para longe da trajetória Dose absorvida em uma folha fina Poder de frenamento superestima a dose A menos que os raios sejam substituídos (existe CPE)

57 Poder de Frenamento em Compostos Poder de frenamento restrito É a fração do poder de frenamento de colisão que inclui as colisões soft e as colisões hard que resultam em raios com energia menor que uma energia de corte. Transferência de energia linear (linear energy transfer - L ) Unidade: kev/m L dt 10 dx ( kev / m) ( MeVcm / g)

58 Alcance Alcance CSDA Alcance projetado Espalhamento Múltiplo Alcance de elétrons Cálculo de dose absorvida

59 Alcance () O alcance de partículas carregadas de um dado tipo e energia é o valor do comprimento p de sua trajetória até chegar no repouso. Unidade: g/cm

60 Alcance Projetado (t) O alcance projetado de partículas carregadas de um dado tipo e energia é o valor esperado da profundidade máxima de penetração t f na mesma direção de incidência. Unidade: g/cm

61 Alcance CSDA ( CSDA ) Nos cálculos utiliza-se o CSDA Supõe-se que a perda de energia da partícula se dá de modo contínuo Funções integráveis e diferenciáveis CSDA Unidade: g/cm Valores tabelados T 0 0 dt dx 1 dt

62 Alcance CSDA ( CSDA )

63 Alcance CSDA ( CSDA )

64 Alcance CSDA ( CSDA ) Todas as partículas com a mesma velocidade tem a mesma energia cinética e proporção das suas massas Toda partícula carregada pesada de uma carga tem a mesma velocidade e o mesmo poder de frenamento. O alcance de uma partícula carregada pesada de uma dada carga de mesma velocidade é proporcional a massa de repouso desde que uma quantidade proporcional de energia deve ser disposta.

65 Alcance Projetado (t) t t. t ( t) dt dn( t) t. ( t) dt dt f 0 0 t. t f ( t) ( ) 0 t ( ) dn t N0 f t dt 0 dt 0 dt 1 dt dt N(t) N(t)+dN t t

66 Alcance Projetado (t)

67 Straggling e Espalhamento Múltiplo

68 Alcances para Elétrons

69 Alcances para Elétrons

70 Alcances para Elétrons

71 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 1. Caso Simples Considere um feixe paralelo de partículas carregadas de energia cinética T 0 perpendicularmente incidente em uma folha de número atômico Z. A folha é fina o suficiente. a. Poder de frenamento de colisão permanece constante e caracterítico de T 0. b. A partícula tem trajetória em linha reta e o espalhamento é desprezível.

72 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 1. Caso Simples a. A energia cinética líquida transportada para fora da folha pelos raios é desprezível. Retroespalhamento pode ser ignorado. Insignificante para partículas pesadas.

73 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 1. Caso Simples Para partículas pesadas todas as condições podem ser satisfeitas. Se a espessura da lâmina for de alguns poucos por cento do alcance ou menor que o alcance. Para elétrons a hipótese b. falha e devemos realizar correções para meios de baixo Z.

74 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 1. Caso Simples Energia perdida em interações de colisões por uma fluência de energia T 0 passando por uma folha de espessura t. t E dt dx t MeV cm c ρ

75 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 1. Caso Simples Pela hipótese c as partículas deixam toda a sua energia na folha. D ( dt / dx) c t dt MeV / t dx D 1,60x10 10 dt dx A dose é independente da espessura se as trajetórias forem retas e o poder de frenamento constante c c Gy g

76 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas. Estimando perdas de energia por raios No caso que a folha tem espessura comparável ao alcance dos raios produzidos Os raios escapam A hipótese c pode não ser satisfeita Duas folhas de mesmo material devem envolver a folha fina Se a folha é isolada Utilizar o poder de frenamento restrito

77 Cálculo da Dose Absorvida A. Dose em folhas finas 3. Estimando o tamanho do caminho devido ao espalhamento na folha Quando as partículas carregadas incidentes são elétrons, o comprimento da trajetória t é maior que a espessura t da folha. Não é necessário corrigir para partículas pesadas. t' 1 t t X 0

78 Cálculo da Dose Absorvida

79 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas. Estimando perdas de energia por raios Folha é espessa suficiente para modificar o poder de frenamento ( mudança de energia das partículas) O poder de frenamento não pode ser considerado constante A folha não é grossa o suficiente a ponto de fazer parar as partículas incidentes O CSDA pode ser utilizado Raios podem ser desprezados, desde que a folha seja espessa suficiente comparada ao alcance dos raios

80 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas 1. Dose devido a partículas pesadas ρt T= energia perdida T=T 0 -T ex E (MeV) CSDA T 0 0 T ex ext T 0 T ex T=0 ex = 0 -ρt 0

81 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas 1. Dose devido a partículas pesadas Utiliza-se tabelas para obter o CSDA (g/cm) para T0 A massa da folha é subtraída Obtêm alcance residual CSDA das partículas que estão saindo Utiliza-se a tabela para obter T ex T T0 Tex ( MeV ) E T ( MeV / cm ) D 1,60x10 10 T cos Gy t

82 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas 1. Dose devido a elétrons É necessário corrigir o encompridamento da trajetória (t /t) Corrigir para perdas radiaticas Obter o t = comprimento médio verdadeira da trajetória

83 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas 1. Dose devido a elétrons Tabelas CSDA e correção do tamanho do caminho Mesmo método da seção anterior T 0 para obter CSDA Usar as tabelas e obter T 0 -T ex Onde Tex corresponde a ex = ex -t Esta ainda não é a dose depositada! É necessário corrigir pelo que é perdido para radiação de frenamento

84 Cálculo da Dose Absorvida B. Dose média em folhas espessas 1. Dose devido a elétrons Y(T 0 ): fração perdida de T que é gasta em colisões radiativas 1-Y(T 0 ): fração perdida por colisão T c T T T Y ( T ) T 1 Y ( T ) 0 ex 1 c 0 0 ex ex c D 1,60x10 10 Tc cos Gy t

85 Cálculo da Dose Absorvida C. Dose média em folhas mais espessas que o alcance projetado máximo Se partículas carregadas não podem penetrar através Camada de material não irradiado D E T 1 Y ( T ) ( MeV / ) 0 0 cm 10 T0 1Y ( T0 1,60x10 x t ) Gy É a dose média. A dose em cada seção terá um valor diferente Camada não irradiada

86 Cálculo da Dose Absorvida C. Dose média em folhas mais espessas que o alcance projetado máximo A dose vai mudar com a profundidade Perdas radiativas consideráveis Dose pode aumentar exp. en t Y ( T 0 ) Y ( T0 ). e en t.

87 Cálculo da Dose Absorvida D. Retroespalhamento de elétrons Desprezamos o retroespalhamento até agora Partículas pesadas raramente são espalhadas para vários angulos Retroespalhamento de elétrons devido a interações elásticas Reduzem a dose Meios de alto Z, baixa energia do elétron incidente, alvos espessos

88 Cálculo da Dose Absorvida D. Retroespalhamento de elétrons Lâmina infinita no que diz respeito ao retroespalhamento t máx / Elétron entra e não consegue retornar fica na folha

89 Cálculo da Dose Absorvida D. Retroespalhamento de elétrons Folha fina Probabilidades quase iguais de espalhamento em qualquer plano

90 Cálculo da Dose Absorvida D. Retroespalhamento de elétrons Mais energia é depositada no trecho de entrada O total porém quase não muda A dose média se mantém

91 Cálculo da Dose Absorvida D. Retroespalhamento de elétrons Coeficiente de retroespalhamento para elétrons e (T 0,Z,) Fração da fluência do feixe é retroesplahada Calorimetria

92 Dose x Profundidade Partículas pesadas Curva de Bragg Interações nucleares desprezíveis Maior profundidade x menor velocidade Menor velocidade x maior poder de frenamento Quanto mais lenta mais depressa perde energia cinética A carga média diminui e o poder de frenamento Para e neutraliza

93 Dose x Profundidade

94 Dose x Profundidade Elétrons

95 Cálculo da Dose Absorvida em Profundidade Fluência de partículas carregadas Ponto P, profundidade x e meio w x é a fluência diferencial de partículas carregadas excluindo raios delta Assumindo CPE D w T max 10 dt 1,60x10 x ( T ) 0 x c, w dt

96 Cálculo da Dose Absorvida em Profundidade x T r T 0 r = -ρx x T r Toma-se (x) = 0 Considera-se que todas as partículas chegam em x com energia cinética igual a T r D w 10 dt 1,60x10 0 x c, w

97 Luciana Tourinho Campos Professora Adjunta

Capítulo 2 Grandezas para a Descrição da Interação da Radiação Ionizante com a Matéria

Capítulo 2 Grandezas para a Descrição da Interação da Radiação Ionizante com a Matéria Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 2 Grandezas para a Descrição da Interação da Radiação Ionizante com a Matéria Dra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Grandezas

Leia mais

Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte 2. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte 2. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Caracterização das interações Poder de freamento Partículas carregadas pesadas alcance Caracterização

Leia mais

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Introdução Radiação diretamente ionizante Partículas carregadas rápidas pesadas Partículas carregadas

Leia mais

Capítulo 7 Interação da Radiação gama e X com a matéria

Capítulo 7 Interação da Radiação gama e X com a matéria Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 7 Interação da Radiação gama e X com a matéria Dra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Introdução Há cinco tipos de interação

Leia mais

Cálculo da dose absorvida. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Cálculo da dose absorvida. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Poder de freamento e LET Cálculo da dose absorvida Poder de freamento e LET Poder de freamento de dx de dx col de dx rad Poder de freamento e LET S c taxa

Leia mais

Capítulo 3 Atenuação Exponencial

Capítulo 3 Atenuação Exponencial Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 3 Atenuação Exponencial Dra. uciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Atenuação Exponencial Introdução Atenuação exponencial simples

Leia mais

Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte 3. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte 3. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Interação de partículas carregadas rápidas com a matéria parte 3 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Partículas carregadas leves Poder de freamento por colisão para elétrons e pósitrons Poder

Leia mais

Interação de partícula carregada com a matéria

Interação de partícula carregada com a matéria Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFI) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 4 de abril de 015 Interação de Radiação Eletromagnética com a matéria Interação da radiação com a matéria Radiação incide

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA. Claudio C. Conti

INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA. Claudio C. Conti INSTRUMENTAÇÃO NUCLEAR INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA Claudio C. Conti 1 Interação da Radiação com a Matéria A operação de qualquer tipo de detector é baseada no tipo da interação da radiação com

Leia mais

Interação da radiação com a matéria

Interação da radiação com a matéria Interação da radiação com a matéria 8 a aula/9 ª aula i - INTRODUÇÃO ii - IONIZAÇÃO, EXCITAÇÃO, ATIVAÇÃO E RADIAÇÃO DE FRENAGEM iii RADIAÇÕES DIRETAMENTE IONIZANTES iv RADIAÇOES INDIRETAMENTE IONIZANTES

Leia mais

Capítulo 9 Produção de Raios X e Qualidade

Capítulo 9 Produção de Raios X e Qualidade Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 9 Produção de Raios X e Qualidade Dra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Introdução Qualidade = penetrabilidade Qualidade

Leia mais

Dosimetria e Proteção Radiológica

Dosimetria e Proteção Radiológica Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

Efeito Fotoelétrico. Dosimetria e Proteção Radiológica. Efeito Fotoelétrico

Efeito Fotoelétrico. Dosimetria e Proteção Radiológica. Efeito Fotoelétrico Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

Capítulo 1 Radiação Ionizante

Capítulo 1 Radiação Ionizante Física das Radiações e Dosimetria Capítulo 1 Radiação Ionizante Dra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Introdução Tipos e fontes de radiação ionizante Descrição de campos

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS Walter Siqueira Paes DIVISÃO DE HIGIENE, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SETOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Interação da Radiação Eletromagnética com a Matéria Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E < 1,4 ev - UV A, B e C - Visível - Infra-vermelho - Microondas - Ondas de

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS ÍNDICE 4.1- Modelo de Thomson 4.2- Modelo de Rutherford 4.2.1-

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 18. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 18. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 18 Professora: Mazé Bechara Aula 18 O experimento de Rutherford e os resultados experimentais. A dimensão nuclear 1. Determinação da seção de choque diferencial

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 21. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 21. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 1 Professora: Mazé Bechara Aula 1 A dimensão nuclear em experimentos de Rutherforad. A questão estabilidade do átomo nucleado e as hipóteses de Niels Bohr 1. A mínima

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA Edição de junho de 2014 CAPÍTULO 3 MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA QUÂNTICA ÍNDICE 3.1-

Leia mais

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa

Desintegração Nuclear. Paulo R. Costa Desintegração Nuclear Paulo R. Costa Sumário Introdução Massas atômicas e nucleares Razões para a desintegração nuclear Decaimento nuclear Introdução Unidades e SI Introdução Comprimento metro Tempo segundo

Leia mais

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Carlos Ramos (Poli USP)-2016/Andrius Poškus (Vilnius University) - 2012 4323301 Física Experimental C Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Grupo: Nome No. USP No. Turma OBJETIVOS - Medir curvas de atenuação

Leia mais

Capítulo 11 Fundamentos de Dosimetria

Capítulo 11 Fundamentos de Dosimetria Física das Radiações e osimetria Capítulo 11 Fundamentos de osimetria ra. Luciana Tourinho Campos Programa Nacional de Formação em Radioterapia Introdução O que é dosimetria? O que é um dosímetro? Modelo

Leia mais

Produção e qualidade dos raios X - Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Produção e qualidade dos raios X - Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Produção e qualidade dos raios X - Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa FÍSICA MÉDICA NA HISTÓRIA FÍSICA MÉDICA NA HISTÓRIA E como os raios X podem ser gerados? Radiação diretamente ionizante

Leia mais

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas)

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) SEL 5705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) 5. INTERAÇÃO DOS RAIOS X COM A MATÉRIA 5.1. Atenuação e Absorção ATENUAÇÃO:

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 21. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 21. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 1 Professora: Mazé Bechara Aula 1 O experimento de Rutherford e os resultados experimentais. A dimensão nuclear 1. A comparação da seção de choque de Rutherford

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS COORDENADORIA DE ADMINISTRAÇÃO GERAL DIVISÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL SEÇÃO TÉCNICA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

O Efeito Fotoelétrico

O Efeito Fotoelétrico O Efeito Fotoelétrico O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material, geralmente metálico, quando exposto a uma radiação eletromagnética (como a luz) suficientemente energética, ou seja,

Leia mais

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA Nesta Aula: Caracterização das radiações Nucleares Caracterização das radiações Nucleares UM POUCO DE HISTÓRIA... O físico francês Henri Becquerel (1852-1908), em 1896, acidentalmente

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA

RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA FUNDAMENTOS LUIZ TAUHATA IVAN P.A.SALATI RENATO DI PRINZIO ANTONIETA DI PRINZIO INSTITUTO DE RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA - CNEN CAPÍTULO 3 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA

Leia mais

Cap. 42 Física Nuclear

Cap. 42 Física Nuclear Radiação Fukushima (2011) Cap. 42 Física Nuclear A descoberta do núcleo. Propriedades do núcleo: Núcleons; Carta de nuclídeos; Raio; Massa; Energia de ligação; Força forte. Decaimento radioativo: Decaimento

Leia mais

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo Física das Radiações & Radioatividade Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo ÁTOMO Menor porção da matéria que mantém as propriedades químicas do elemento químico correspondente. Possui um núcleo,

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 37. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 37. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 37 Professora: Mazé Bechara Aula 28 Discussão da 2ª prova 1. Soluções das questões da prova. Critérios de correção. Questão 1 da 2 ª prova (3,25) - critério (1,0)

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Edição de novembro de 2011 CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ÍNDICE 3.1- Efeito

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Edição de janeiro de 2009 CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ÍNDICE 3.1- Efeito

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 20. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 20. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 0 Professora: Mazé Bechara Aula 0 O experimento de Rutherford e a proposta de átomo nucleado 1. O Experimento de Geiger e Marsden (1908): espalhamento elástico de

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ÍNDICE 3.1- Efeito

Leia mais

Decaimento radioativo

Decaimento radioativo Decaimento radioativo Processo pelo qual um nuclídeo instável transforma-se em outro, tendendo a uma configuração energeticamente mais favorável. Tipos de decaimento: (Z, A) * (Z, A) (Z, A) (Z, A)! γ!

Leia mais

Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas. Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009

Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas. Thiago Tomei IFT-UNESP Março 2009 Interação Radiação-Matéria p/ Física de Partículas Thiago Tomei IFT-UNESP Março 009 Sumário Definição de detecção. Interações fundamentais. Processos de interação. Processos eletromagnéticos. Excitação/ionização.

Leia mais

TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA PARA CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS PMT-5858

TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA PARA CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS PMT-5858 TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA PARA CARACTERIZAÇÃO PMT-5858 3ª AULA Interação entre elétrons e amostra Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin (PMT-EPUSP) 1. INTERAÇÃO ELÉTRONS AMOSTRA O QUE

Leia mais

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA 1) Em diodos emissores de luz, conhecidos como LEDs, a emissão de luz ocorre quando elétrons passam de um nível de maior energia para um outro de menor energia. Dois tipos comuns

Leia mais

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014)

Física IV Poli Engenharia Elétrica: 20ª Aula (04/11/2014) Física IV Poli Engenharia Elétrica: ª Aula (4/11/14) Prof. Alvaro Vannucci a última aula vimos: Átomos multi-eletrônicos: as energias dos estados quânticos podem ser avaliadas através da expressão: 13,6

Leia mais

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição O ÂTOMO Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 27 de março de 2015 TIPOS DE RADIAÇÕES Radiação é energia em trânsito (emitida e transferida por um espaço). Do mesmo jeito que o calor (energia térmica

Leia mais

LISTA 1 PARA ENTREGAR. Raios ultravioletas

LISTA 1 PARA ENTREGAR. Raios ultravioletas LISTA 1 PARA ENTREGAR 1) a) Radiação é energia em trânsito. É uma forma de energia emitida por uma fonte e transmitida por meio do vácuo, do ar ou de meios materiais. b) Radiações ionizantes são partículas

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 13. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 13. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 13 Professora: Mazé Bechara Convite Amanhã, às 18h, tem um colóiquio com o título A mecânica quântica em exemplos simples, do prof. Amir Caldeira da Unicamp, pode

Leia mais

PRODUÇÃO DE RAIOS X. Produção de raios X Tubo de raios X. Produção de raio x Tubo de raios X

PRODUÇÃO DE RAIOS X. Produção de raios X Tubo de raios X. Produção de raio x Tubo de raios X PRODUÇÃO DE RAIOS X Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 17 de abril de 2015 Produção de raios X Tubo de raios X Os raios X são uma das maiores ferramentas médicas de diagnóstico desde sua descoberta

Leia mais

GRANDEZAS E UNIDADES PARTE 2 PAULO R. COSTA

GRANDEZAS E UNIDADES PARTE 2 PAULO R. COSTA GRANDEZAS E UNIDADES PARTE 2 PAULO R. COSTA GRANDEZAS FÍSICAS: FLUÊNCIA, DOSE ABSORVIDA E KERMA Dose absorvida i Energia depositada em uma única interação in out Q Definida no ponto de transferência Energia

Leia mais

Aula 1 Conceitos Básicos sobre Radiação. F 107 Física para Biologia 1º Semestre de 2010 Prof.Dr. Edmilson JT Manganote

Aula 1 Conceitos Básicos sobre Radiação. F 107 Física para Biologia 1º Semestre de 2010 Prof.Dr. Edmilson JT Manganote Aula 1 Conceitos Básicos sobre Radiação Introdução O que vamos discutir? Tipos e características das radiações Teoria dos quanta Dualidade onda-partícula Microscópio eletrônico A radiação é a propagação

Leia mais

RADIOBIOLOGIA, EMERGÊNCIA, TRANSPORTE E REJEITO. Prof. Luciano Santa Rita Site:

RADIOBIOLOGIA, EMERGÊNCIA, TRANSPORTE E REJEITO. Prof. Luciano Santa Rita   Site: RADIOBIOLOGIA, EMERGÊNCIA, TRANSPORTE E REJEITO Prof. Luciano Santa Rita E-mail: tecnólogo@lucianosantarita.pro.br Site: www.lucianosantarita.pro.br Sumário Radiações direta e indiretamente ionizantes

Leia mais

Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD. Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de Detectores a Gás

Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD. Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de Detectores a Gás Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de 2016 Detectores a Gás Parte 1: Princípio de Funcionamento Paulo Marinho, DSc. Coordenação de Instalações Nucleares

Leia mais

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 15. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física Moderna I. Aula 15. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física Moderna I Aula 15 Professora: Mazé Bechara Aula 15 Espectros de linhas e o Modelo atômico de Thomson. O experimento de Rutherford - 1911 1. Características dos espectros

Leia mais

Detetores de Neutrons

Detetores de Neutrons Detetores de Neutrons Marcelo G Munhoz Técnicas Experimentais em Física de Partículas Elementares Detetores de Nêutrons Princípio básico de funcionamento: Conversão da energia do nêutron para uma partícula

Leia mais

FÍSICA MODERNA I AULA 06

FÍSICA MODERNA I AULA 06 Universidade de São Paulo Instituto de Física FÍSICA MODERNA I AULA 06 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Pelletron sala 220 rizzutto@if.usp.br 1o. Semestre de 2015 Monitor: Gabriel M. de Souza Santos Página

Leia mais

Definições de Estabilidade

Definições de Estabilidade Radioquímica Definições de Estabilidade 1. Não se deteta radioatividade. Não há transformação em outro nuclídeo.. Sistema nuclear é estável em relação a outro quando a diferença de energia é negativa:

Leia mais

Radioatividade. Prof. Fred

Radioatividade. Prof. Fred Radioatividade Prof. Fred Radioatividade, uma introdução Radioatividade O homem sempre conviveu com a radioatividade. Raios cósmicos Fótons, elétrons, múons,... Radioatividade natural: Primordiais urânio,

Leia mais

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação

Sumário. núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação 9. O núcleo atômico Sumário núcleons propriedades dos núcleos modelos nucleares energia de ligação Experiência de Geiger-Marsden (1911) descoberta do núcleo atômico espalhamento de partículas alfa por

Leia mais

CF7001. Eletrodinâmica Clássica I. Prof. Dante H. Mosca

CF7001. Eletrodinâmica Clássica I. Prof. Dante H. Mosca CF7001 Eletrodinâmica Clássica I Prof. Dante H. Mosca 2018 Teoria da Radiação Radiação em colisões - Espalhamento de partículas carregadas - Espalhamento de Rutherford - Transferência e perda de energia:

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 3 Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

Propriedades corpusculares das ondas (2. Parte)

Propriedades corpusculares das ondas (2. Parte) Propriedades corpusculares das a ondas (2. Parte) Revisão da aula passada A hipótese dos quanta de Planck Max Planck (1900): a energia dos osciladores de cavidade de corpo negro somente pode ter valores

Leia mais

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA

AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA AULA 01 TEORIA ATÔMICA COMPLETA - ESTRUTURA ATÔMICA; - MODELOS ATÔMICOS; - ESPECTROSCOPIA ATÔMICA; - PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DOS ELÉTRONS; - NÚMEROS QUÂNTICOS E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA. QUÍMICA estudo

Leia mais

Aula 7 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA

Aula 7 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA Aula 7 META Neta aula o aluno aprenderá os mecanismos envolvidos quando a radiação eletromagnética ou corpuscular interage com a matéria. Os conceitos contidos nesta

Leia mais

FÍSICA MODERNA I AULA 07

FÍSICA MODERNA I AULA 07 Universidade de São Paulo Instituto de Física FÍSICA MODERNA I AULA 07 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Pelletron sala 114 rizzutto@if.usp.br 1o. Semestre de 014 Monitor: Gabriel M. de Souza Santos Página

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

FNC Física Moderna 2 Aula 26

FNC Física Moderna 2 Aula 26 FNC 0376 - Física Moderna Aula 6 1 Física Nuclear: cronologia do início Descoberta da Radioatividade (Becquerel) 1896 Separação química do Ra (Marie e Pierre Curie) 1898 Modelo atômico de Rutherford 1911

Leia mais

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear

O NÚCLEO ATÔMICO. 4 ª Aula. 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear O NÚCLEO ATÔMICO 4 ª Aula 1-O Núcleo e Sua Estrutura 2 - Isótopos 3 - Unidade de Massa Atômica 4 - Energia de Ligação 5 - Estabilidade Nuclear 1 - O Núcleo e Sua Estrutura Questões em aberto: como garantir

Leia mais

Física Moderna II Aula 10

Física Moderna II Aula 10 Física Moderna II Aula 10 Marcelo G. Munhoz munhoz@if.usp.br Lab. Pelletron, sala 245 ramal 6940 Como podemos descrever o núcleo de maneira mais detalhada? n Propriedades estáticas: q Tamanho, q Massa,

Leia mais

Relatividade Especial: massa e energia

Relatividade Especial: massa e energia Relatividade Especial: massa e energia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Instituto de Física. Departamento de Física. Física do Século XXA (FIS156). Prof. César Augusto Zen Vasconcellos. Lista

Leia mais

Descoberta do Núcleo

Descoberta do Núcleo Unidade 2: Aula 4 (1a. Parte) Núcleo Atômico Descoberta do Núcleo Propriedades dos Núcleos Forças Nucleares Estabilidade Nuclear Ressonância Magnética Nuclear Consultas http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/nuccon.html#nuccon

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 14. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 14. Professora: Mazé Bechara Instituto de Física USP Física V - Aula 14 Professora: Mazé Bechara Aula 14 - Efeito Compton ou o espalhamento dos Raios-X na interação com a matéria 1. Efeito ou espalhamento Compton o que é.. As características

Leia mais

Física Moderna I Aula 05. Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal

Física Moderna I Aula 05. Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal Física Moderna I Aula 05 Marcelo G Munhoz Edifício HEPIC, sala 212, ramal 916940 munhoz@if.usp.br 1 Röntgen descobre os raios-x (1895) Röntgen trabalhava com tubos de raios catódicos Durante seus estudos

Leia mais

INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA

INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA Curso de Verão 2018 IF-USP INTRODUÇÃO À FÍSICA MÉDICA Elisabeth M. Yoshimura e.yoshimura@if.usp.br e Ricardo A. Terini rterini@if.usp.br Bloco F Conjunto Alessandro Volta Paulo R. Costa pcosta@if.usp.br

Leia mais

Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker

Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual é o nome das partículas associadas ao campo eletromagnético? a) Fônons. b)

Leia mais

Capítulo 9 Colisões. Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer:

Capítulo 9 Colisões. Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer: Capítulo 9 Colisões Num processo de colisão de 2 partículas muitas coisas podem acontecer: O processo de colisão pode ocorrer tanto por forças de contacto como no jogo de bilhar como por interação à distância

Leia mais

Introd. Física Médica

Introd. Física Médica Introd. Física Médica O Efeito Foto Elétrico (EFE) Introdução a Física Médica O Efeito Foto Elétrico (EFE) Introdução a Fís sica Médica Heinrich HERTZ descobriu o Efeito FotoElétrico (1887): Quando a luz

Leia mais

Dosimetria e Proteção Radiológica

Dosimetria e Proteção Radiológica Dosimetria e Proteção Radiológica Prof. Dr. André L. C. Conceição Departamento Acadêmico de Física (DAFIS) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) Universidade

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva O Efeito Compton Einstein, em 1919, concluiu que um fóton de energia E se desloca em uma única direção (diferentemente de uma onda esférica) e é portador de um momento

Leia mais

3. Interação dos R-X com a matéria

3. Interação dos R-X com a matéria SL 705 - FUNDAMNTOS FÍSICOS DOS PROCSSOS D FORMAÇÃO D IMAGNS (2. RAIOS-X) Pro. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) SL705 - Pro. Homero Schiabel 3. Interação dos R-X com a matéria 3.1. Atenuação

Leia mais

SEL PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel

SEL PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel SEL 397 - PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel Max Planck (1901): teoria dos quanta E depende da freqüência de radiação (ou de λ): E = h ν ν = c / λ E = h c / λ 4. PRODUÇÃO

Leia mais

FÍSICA MODERNA I AULA 08

FÍSICA MODERNA I AULA 08 Universidade de São Paulo Instituto de Física FÍSICA MODERNA I AULA 08 Profa. Márcia de Almeida Rizzutto Pelletron sala 4 rizzutto@if.usp.br o. Semestre de 04 Monitor: Gabriel M. de Souza Santos Página

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN LUIZ CARLOS DE ALMEIDA O experimento e suas interpretações dentro de uma visão da quantização

Leia mais

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 24

Universidade de São Paulo Instituto de Física. Física Moderna II. Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2 o Semestre de Física Moderna 2 Aula 24 Universidade de São Paulo Instituto de Física Física Moderna II Profa. Márcia de Almeida Rizzutto o Semestre de 014 Física Moderna Aula 4 1 Do que as coisas são feitas? Fisica Moderna Aula 4 Prof. Celso

Leia mais

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez

Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação. AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Cap. 10. Interiores Estelares. Fontes de energia. Transporte de energia: radiação AGA 0293, Astro?sica Estelar Jorge Meléndez Equação de Conservação de Massa dm r = ρ dv dr Equilíbrio hidrostálco P+dP

Leia mais

1) Verdadeiro ou falso:

1) Verdadeiro ou falso: 1) Verdadeiro ou falso: Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 2019/1 Lista de Exercícios do Capítulo 4 Introdução à Relatividade Restrita Professor Carlos Zarro (a) A velocidade

Leia mais

DETECTORES DE RADIAÇÃO

DETECTORES DE RADIAÇÃO DETECTORES DE RADIAÇÃO PARTE 1 PAULO R. COSTA Detectores de radiação Transdutores Produção de sinal elétrico Aumento da temperatura Mudança de cor Surgimento de danos nos cromossomos Identificar Presença

Leia mais

Aula-11. (quase) Tudo sobre os átomos

Aula-11. (quase) Tudo sobre os átomos Aula-11 (quase) Tudo sobre os átomos Algumas propriedades: Átomos são estáveis (quase sempre) Os átomos se combinam (como o fazem é descrito pela mecânica quântica) Os átomos podem ser agrupados em famílias

Leia mais

Capítulo 10 Interação de partículas carregadas com a matéria

Capítulo 10 Interação de partículas carregadas com a matéria Capítulo 1 Interação de partículas carregadas com a matéria Perda de energia clássica terceira versão 7.1 Partículas carregadas perdem sua energia de modo distinto das partículas não carregadas (raios

Leia mais

Carga, massa e spin do núcleo

Carga, massa e spin do núcleo Carga, massa e spin do núcleo Núcleo: conjunto ligado de prótons e nêutrons. Nuclídeo: configuração particular de um núcleo. Algumas características: E lig ~ MeV; ρ N ~ 10 1 g/cm 3 ~ 10 1 ρ Átomo A Z X

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

Decaimento Radioativo

Decaimento Radioativo Unidade 3 Radioatividade Decaimento Radioativo Decaimentos Alfa, Beta, e Gama Nuclídeos Radioativos Datação Radioativa 14 C Medidas de Dose de Radiação Modelos Nucleares Marie e Pierre Curie Marie Curie

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

Lista elaborado por coletânea de exercícios, traduzida e organizado por Emerson Itikawa sob supervisão do Prof. Eder R. Moraes

Lista elaborado por coletânea de exercícios, traduzida e organizado por Emerson Itikawa sob supervisão do Prof. Eder R. Moraes Física Nuclear e Decaimento 1) (HOBBIE, R.K.; Interm Phys Med Bio) Calcular a energia de ligação, e a energia de ligação por núcleon, a partir das massas dadas, para os nuclídeos (a) 6 Li, (b) 12 C, (c)

Leia mais

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006

Escola Politécnica FAP GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006 P2 Física IV Escola Politécnica - 2006 FAP 2204 - GABARITO DA P2 24 de outubro de 2006 Questão 1 A. O comprimento de onda de corte para ejetar elétron da superfície do metal lantânio é = 3760 Å. (a) (0,5

Leia mais

Interação feixe - material

Interação feixe - material Interação feixe - material Quando se fala em microscopia eletrônica é fundamental entender o efeito de espalhamento dos elétros quando interagindo com o material. - Microscopia ótica so forma imagem se

Leia mais

FNC Física Moderna 2 Aula 26

FNC Física Moderna 2 Aula 26 1 Física Nuclear: cronologia do início Descoberta da Radioatividade (Becquerel) 1896 Separação química do Ra (Marie e Pierre Curie) 1898 Modelo atômico de Rutherford 1911 Descoberta de isótopos (J.J. Thomson)

Leia mais

A CAUSA DO ENCOLHIMENTO ACELERADO DO PLANETA MERCÚRIO: Perspectiva atual: Mudança da Constituição Atômica:

A CAUSA DO ENCOLHIMENTO ACELERADO DO PLANETA MERCÚRIO: Perspectiva atual: Mudança da Constituição Atômica: A CAUSA DO ENCOLHIMENTO ACELERADO DO PLANETA MERCÚRIO: LUIZ CARLOS DE ALMEIDA Perspectiva atual: O encolhimento observado no planeta Mercúrio está sendo explicado atualmente, como se o planeta estivesse

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 7 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER INDEPENDENTE DO TEMPO Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 07 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

Leia mais

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Profª Drª Rosemary Aparecida de Carvalho Pirassununga/SP 2018 Introdução Métodos espectrométricos Abrangem um grupo de métodos analíticos

Leia mais