CRISTINA DE SOUZA E SOUZA O CABIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

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1 CRISTINA DE SOUZA E SOUZA O CABIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA CANOAS, 2008

2 2 CRISTINA DE SOUZA E SOUZA O CABIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Trabalho de conclusão apresentado para a banca examinadora do curso de Direito do Centro Universitário La Salle, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito, sob orientação do Prof. Me. Yuri Grossi Magadan. CANOAS, 2008

3 3 CRISTINA DE SOUZA E SOUZA O CABIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito do Curso de Direito do Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, pela seguinte banca examinadora: Profº Joélcio de Carvalho Tornera Unilasalle Profº. Clóvis Dvoranovski Unilasalle Canoas, 01 de dezembro de 2008.

4 4 Para minha família pela compreensão, e em especial à Caren, minha mãe, pelo incentivo e amor. Aos amigos e colegas queridos na qual não pude estar mais presente, pelo carinho e apoio. Para meu querido orientador, pela paciência e pelo tempo dedicado.

5 5 RESUMO A presente monografia é uma pesquisa acadêmica, com o objetivo de expor as noções gerais acerca da Antecipação de Tutela, como conceito, requisitos, pressupostos e fundamentação legal, verificando as diferenças entre as medidas cautelares e a tutela antecipada, bem como analisar sua possibilidade frente ao Poder Público. Procura, ainda, examinar as leis pertinentes ao instituto, acompanhar as mudanças legislativas e a evolução no Código de Processo Civil. Analisa de modo conciso, os princípios constitucionais basilares para a aplicação da medida antecipatória, como a celeridade, a efetividade e o da segurança jurídica. E, por fim, procura demonstrar as prerrogativas e os procedimentos cabíveis quando da aplicação da Tutela Antecipada em face da Fazenda Pública. Palavras-chave: Tutela antecipada. Medida cautelar. Fazenda pública

6 6 ABSTRACT The aim of the present academic search is to explain general ideas about Advance Right, like: concept, requirement, presupposition and legal base to exam the differences between Advence Right and Writ of Prevention, as analyse its possibility to enforcement the State. The search also aims exam all its relevant rules, as to be present at the law change over and the development of the Civil Process Code. It analyses as well in a brief way, the main constitutional principles to enforce of Advance Right, like briefly, efetivity and legal safety. And, finally the search wants to demonstrate the appropriate prerrogatives and procedure to enforce the Advance Right towards the State. Key Words: Advance right. Writ of orevention. State

7 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Ag. Inst. Agravo de Instrumento Ampl. Ampliada Art. Artigo Atual. Atualizada CDC Código de Defesa do Consumidor CF Constituição Federal Cit. Citado colab. Colaborador coord. Coordenador CPC Código de Processo Civil CTN Código Tributário Nacional dez. Dezembro dout. Doutorado ed. Edição inc. inciso Loc. cit. Local citado Min. Ministro nº. Número Ob. cit. Obra citada out. Outubro org. Organizador PR Paraná p. Página Rel. Relator Resp. Recuso Especial Rev. Revista RS Rio Grande do Sul RT Revista dos Tribunais SP São Paulo STF Supremo Tribunal Federal STJ Superior Tribunal de Justiça vol. Volume

8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO TUTELAS DE URGÊNCIA Conceito e Natureza Jurídica da Tutela Antecipada Hipóteses de Concessão Requisitos para Concessão Efeitos da sentença e alcance da antecipação de tutela FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO Conceito de Fazenda Pública Prerrogativas Reexame Necessário Execução contra a Fazenda Pública Considerações Preliminares Regime Jurídico da Requisição de Pequeno Valor RPV Regime Jurídico dos Precatórios ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NAS AÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Obstáculos Legais e Doutrinários Posicionamento Jurisprudencial Admissibilidade da Tutela Antecipada Contra a Fazenda Pública CONCLUSÃO...65 REFERÊNCIAS...67

9 9 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho visa abordar a matéria da Antecipação da Tutela e a Fazenda Pública, expondo os pressupostos para a antecipação, suas peculiaridades, diferenças com a medida cautelar e a possibilidade em face do Poder Público, abordando a matéria da Antecipação da Tutela, apresentando os pontos controvertidos da doutrina e da jurisprudência. O tema requer um estudo específico, pois há fortes argumentos tanto para a possibilidade, quanto para a negatividade da aplicação da antecipação em face da Fazenda Pública. Tratando-se a Antecipação de Tutela de uma medida que visa garantir a efetividade do exercício do direito, não se pode impor normas absolutas, devendo ser analisado em conformidade com cada situação. O legislador procurou dar maior amplitude ao instituto, facultando ao juiz maior liberdade na concessão da medida frente ao caso concreto. Reflete-se sobre a compatibilização da efetividade do processo com a segurança jurídica, concluindo-se que, para se manter a segurança, é necessário a aplicação da técnica por uma magistratura preparada, ponderada e apta a atender aos clamores da sociedade. E necessário que haja discussão sobre o momento em que a antecipação da tutela pode ser requerida e a compatibilidade de aplicação da tutela antecipada, objeto do estudo, em caso de leis especiais nas quais se encontra a tutela antecipatória.

10 10 2 TUTELAS DE URGÊNCIA 2.1 Conceito e Natureza Jurídica da Tutela Antecipada A morosidade da prestação jurisdicional, oriunda das mais diversas causas, acabou por compelir o sistema jurídico brasileiro, assim como outros, a criação de formas de tutela urgente com o fim de tornar mais célere e conseqüentemente mais efetivo o processo. A tutela de urgência trata-se de modalidade de tutela jurisdicional diferenciada, cuja característica fundamental consiste no fator tempo, ou seja, é prestada de forma mais rápida, assegurando a utilidade do resultado. Nesse sentido, lição de Bedaque: São modalidades de tutela jurisdicional que, com variações decorrentes das especificidades da relação de direito material ou de técnicas legislativas, podem ser classificadas numa categoria única, à qual se mostra adequada a denominação tutelas de urgência 1. A tutela de urgência é basicamente composta por duas espécies distintas, são elas: a tutela cautelar e a tutela antecipatória. Ambas as tutelas são destinadas a evitar que o tempo comprometa o resultado da tutela jurisdicional. Distinguem-se pelo caráter satisfativo de uma, inexistente na outra. A tutela cautelar (assecuratória) objetiva assegurar a Plena Eficácia do Resultado Útil do Processo Principal, enquanto a tutela antecipatória (cognitiva) visa antecipar os Efeitos Práticos da Tutela Jurisdicional de Mérito 2. No que pertine a classificação das tutelas de urgência, Silva 3 advoga no sentido de que é possível, em nosso direito, classificar as espécies de tutela urgente basicamente em quatro grupos, são eles: a) tutela de urgência satisfativa autônoma; b) tutela de urgência satisfativa interinal; c) tutela de urgência propriamente cautelar; e, d) poder geral de cautela. Cabe salientar que tanto a medida cautelar propriamente dita como a medida antecipatória representam providências, de natureza emergencial, executiva e 1 BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela Cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência (tentativa de sistematização). 3ª ed., rev. e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2003, p FRIEDE, Reis. Tutela antecipada, tutela específica e tutela cautelar: (à luz da denominada Reforma do Código de Processo Civil). 6ª ed., rev., atual. e ampliada de acordo com a Lei nº , de 7 de maio de Rio de Janeiro: Forense, 2002, p SILVA, Ovídio A. Batista da. Curso de Processo Civil. Volume 3 Processo Cautelar (tutela de urgência). 3ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 16.

11 11 sumária, adotadas em caráter provisório. O que, todavia, as distingue, em substância é que a tutela cautelar apenas assegura uma pretensão, enquanto a tutela antecipatória a realiza de imediato a pretensão 4. Quanto à medida de natureza cautelar Silva conceitua como sendo parte do gênero tutela preventiva e tem por fim dar proteção jurisdicional ao direito subjetivo ou a outros interesses reconhecidos pela ordem jurídica como legítimos, mas que não se identificam com os denominados direitos subjetivos 5. Portanto, trata-se de medida urgente com função preventiva ou inibitória que tem por fim proteger não apenas direitos subjetivos, mas pretensões de direito material, ações e exceções, quando seus respectivos titulares aleguem que tais interesses encontram-se sob ameaça de um dano irreparável. A antecipação da prestação da tutela jurisdicional, por sua vez, consiste em antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida. Segundo Passos a antecipação da tutela ora prevista no art. 273 do CPC é, em verdade, medida pela qual se empresta, provisoriamente, eficácia executiva à decisão de mérito normalmente desprovida desse efeito 6. No mesmo sentido, entende Friede salientando que, a tutela antecipada tratase de forma de provimento jurisdicional de conhecimento com cognição sumária, relativamente exauriente de cunho satisfativo do direito reclamado, ainda que com matizes de restrita provisoriedade e relativa reversibilidade 7. Marinoni esclarece o que entende por antecipação de tutela: [...] é uma técnica de distribuição do ônus do tempo no processo. A antecipação certamente eliminará uma das vantagens adicionais do réu contra o autor que não pode suportar, sem grave prejuízo, a lentidão da Justiça 8. O Professor Bedaque demonstra que a antecipação da tutela caracteriza-se por representar decisão antecipatória de efeitos materiais da sentença, o que pode 4 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Volume I. 40ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p SILVA, Ovídio A. Batista da. Curso de Processo Civil. Volume 3 Processo Cautelar (tutela de urgência). 3ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p PASSOS, José Joaquim Calmon de Passo. Comentários ao Código de Processo Civil, Lei nº , de 11 de janeiro de Volume III: arts. 270 a ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p FRIEDE, Reis. Tutela antecipada, tutela específica e tutela cautelar: (à luz da denominada Reforma do Código de Processo Civil). 6ª ed., rev., atual. e ampliada de acordo com a Lei nº , de 7 de maio de Rio de Janeiro: Forense, 2002, p MARINONI, Luiz Guilherme. A Antecipação de Tutela. 9ª ed., rev.e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 23.

12 12 ocorrer desde a propositura da ação, liminarmente, portanto, e até após o julgamento em primeiro grau 9. A tutela antecipatória, diferente, pois, da tutela de segurança cautelar, tem como escopo a satisfação de um direito reclamado, especialmente quando este mesmo direito é evidenciável prima face sem a necessidade de se proceder a uma instrução probatória tradicional 10. Ou seja, tem natureza satisfativa, uma vez que antecipa o resultado final do processo, afastando qualquer cogitação quanto à natureza da antecipação de tutela caracterizar-se como tutela cautelar. A natureza jurídica da tutela antecipatória é apresentada pela doutrina majoritária como sendo provimento judicial com eficácia mandamental ou executiva lato sensu. Isto porque permite, a um só tempo, não só a entrega antecipada e provisória do próprio mérito ou seus efeitos, como também a efetivação imediata desta tutela. Para Marinoni o provimento antecipatório reveste de intrínseca executividade 11. Além desse, outros fundamentos são invocados pela doutrina. Para a concessão da tutela antecipatória, o juízo de probabilidade é feito com o fim de se entregar desde logo o bem da vida ao autor. Friede destaca que a natureza jurídica do instituto da tutela antecipada (ou antecipação de tutela) no direito brasileiro, por obra do óbvio, não é diversa daquela registrada na legislação estrangeira, sendo certo que não se trata de medida de natureza assecuratória e de índole cautelar que tenha por objeto a preservação do direito reclamado para a futura possibilidade de exercício 12. Cabe também observar que o posicionamento da doutrina pátria, que rejeita natureza cautelar à antecipação de tutela não é pacifico. Na concepção de Bedaque, As tutelas provisórias devem ser reunidas e receber o mesmo tratamento. Inexiste razão para a distinção entre a tutela cautelar conservativa e a antecipação dos efeitos da tutela de mérito. Ambas são provisórias e 9 BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela Cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência (tentativa de sistematização). 3ª ed., rev. e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2003, p FRIEDE, Reis. Tutela antecipada, tutela específica e tutela cautelar: (à luz da denominada Reforma do Código de Processo Civil). 6ª ed., rev., atual. e ampliada de acordo com a Lei nº , de 7 de maio de Rio de Janeiro: Forense, 2002, p MARINONI, Luiz Guilherme. A Antecipação de Tutela. 9ª ed., rev.e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p FRIEDE, Reis. Tutela antecipada, tutela específica e tutela cautelar: (à luz da denominada Reforma do Código de Processo Civil). 6ª ed., rev., atual. e ampliada de acordo com a Lei nº , de 7 de maio de Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 26.

13 13 instrumentais, pois voltadas para assegurar o resultado final. São técnicas processuais com idêntica finalidade e estrutura. Não por que distingui-las 13. Assim, a tutela antecipatória reporta a uma efetiva jurisdição propriamente considerada, enquanto a tutela cautelar a uma jurisdição impropriamente considerada (jurisdição extensiva). 2.2 Hipóteses de Concessão A tutela antecipada pode ser requerida nos procedimentos ordinário e sumário. Contudo, seu âmbito de aplicação não se restringe ao processo de conhecimento comum previsto no Código de Processo Civil. Nos procedimentos especiais e nos disciplinados por leis extravagantes é admissível provimento dessa natureza, desde que constatado determinados direitos. Carneiro com relação a essa questão, diz que: A AT pode ser deferida não apenas nas ações de conhecimento pelo procedimento comum ordinário ou sumário, ou sob rito especial compatível com provimento dessa natureza, como é igualmente admissível, em princípio, nas ações reguladas por legislação extravagante [...] 14. Tem-se, pois, previsão legal de antecipação da tutela no Mandado de Segurança (Lei nº /51, art. 7º), nas Ações Populares (Lei nº /65, art. 5º, 4º), nas Ações Civis Públicas (Lei nº /85, art. 12), nas Ações Desapropriatórias (Lei Complementar nº. 76/93, art. 6º, inciso I), nas Ações Possessórias (art. 928 do CPC), nas Ações de Alimentos (art. 4º da Lei nº /68), na ação de busca e apreensão regulada pelo Decreto-Lei nº. 911/69, nas Ações de Despejo (art. 59, 1º, da Lei nº /91), nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade e Declaratória de Constitucionalidade (art. 102, inciso I, alínea p, da CF/88) e ainda nos procedimentos do Código de Defesa do Consumidor. Em sede de mandado de segurança, tal como autoriza o inciso II do art. 7º da Lei nº /51, sendo relevante o fundamento e se do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso deferida, poderá o juiz, ao despachar a inicial 13 BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Tutela Cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência (tentativa de sistematização). 3ª ed., rev. e ampliada. São Paulo: Malheiros, 2003, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de Tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 113.

14 14 ordenar que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido 15. Garantia constitucional de um direito líquido e certo, que se expressa mediante uma ação de natureza cível e sumária, o mandado de segurança é uma criação genuína do direito brasileiro, e sua finalidade é alcançar uma série de situações não abrangidas pelo hábeas corpus. Nesse sentido, Vaz: Tem-se, pois, que é possível ao juiz adiantar, provisoriamente, para coarctar ou evitar dano irreparável, a própria prestação que seria entregue por ocasião da sentença que seria proferida no Mandado de Segurança. Mas, na maioria dos casos, ocorre apenas a suspensão da eficácia do ato administrativo inquinado, restando sua invalidação condicionada à sentença 16. Para a concessão da liminar no mandado de segurança devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o pedido inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na decisão de mérito 17 (art. 7º, inciso II, da Lei nº /51). A relevância do fundamento da demanda corresponde a um duplo juízo de verossimilhança: quanto aos fatos e quanto ao direito invocado (art. 273, do CPC). O justificado receio de ineficácia do provimento, por sua vez, equivale-se ao risco de dano irreparável ou de difícil reparação a que alude o inciso I do art. 273, do CPC. Verifica-se, prima facie, similitude entre os requisitos para a concessão da liminar no mandado de segurança e os requisitos exigidos pelo 3º do art. 461 do CPC. É possível exemplificar a revogação de liminar que, mesmo de ofício, refaz o juízo de verossimilhança inicialmente emitido, à vista de novos elementos, de fato ou de direito 18. O alcance objetivo da liminar em mandado de segurança supera a mera possibilidade de o juiz suspender a eficácia do ato inquinado, permitindo em alguns casos, a verdadeira fruição do direito pelo impetrante, provendo, no caso, positivamente. A suspensão da eficácia do ato administrativo inquinado, permitida pelo art. 7º, inciso II, da Lei nº /51, por si só, tem o condão de suprir todos os efeitos que seriam alcançados com eventual tutela antecipada, limitada que estaria esta a meros 15 VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 30ª ed., atual. e complementada de acordo com as emendas constitucionais, a legislação vigente e a mais recente jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: Malheiros Editores, 1990, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 52.

15 15 efeitos secundários do provento de mérito. É certo, por outro vértice, que a tramitação do mandado de segurança é célere, e, portanto, dificilmente dará ensejo à publicação da tutela antecipada prevista no inciso II do art. 273 (tutela punitiva), não cogitada na Lei nº /51. No que tange a Ação Civil Pública, faz-se necessário inicialmente traçar algumas considerações. A Ação Civil Pública, disciplinada pela Lei nº , de 24 de julho de 1985, é o instrumento processual adequado para reprimir ou impedir danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e por infrações da ordem econômica (art. 1º), protegendo, assim, os interesses difusos da sociedade 19. Trata-se, portanto, de ação especial que visa à reparação de danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e turístico. Tem por objetivo a defesa de interesses difusos. O art. 4º da Lei nº /85 prevê a possibilidade de ajuizamento de ação cautelar para os fins desta lei, objetivando, inclusive evitar o dano. Este dispositivo enseja a idéia de satisfatividade. A ação cautelar na Ação Civil Pública é mais ampla profunda, restituindo-se de feição satisfativa. A satisfatividade da medida cautelar na Ação Civil Pública, decorre de expressa previsão legal, e se justifica pela natureza especial dos direitos e estar em situação de perigo. Esta corresponde à antecipação da tutela de mérito, aquela diz respeito à antecipação da tutela cautelar 20. A referida liminar possui contorno satisfativo, pois representa o aditamento dos efeitos práticos da futura sentença de mérito. Diz respeito à aparente duplicidade de instrumentos processuais com idêntica finalidade (art. 12 da Lei nº /85). A liminar não poderá esgotar, no todo ou em parte, o objeto da ação (art. 1º, 3º, da Lei nº /92) e só poderá ser concedida após ter sido ouvido, em setenta e duas horas, o representante judicial da pessoa jurídica de Direito Público (art. 2º da Lei nº /92) 21. Dispõe o art. 12 da Lei nº /85 que poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. Este dispositivo 19 MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 30ª ed., atual. e complementada de acordo com as emendas constitucionais, a legislação vigente e a mais recente jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: Malheiros Editores, 1990, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 30ª ed., atual. e complementada de acordo com as emendas constitucionais, a legislação vigente e a mais recente jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: Malheiros Editores, 1990, p

16 16 deve ser interpretado conjuntamente com o 3º do art. 84 da Lei nº /80, para o deferimento da antecipação da tutela, a conjunção de dois requisitos, vale dizer, a relevância da fundamentação e o fundado receio de ineficácia do provimento final, que se equivalem ao fumus boni iuris e ao periculum in mora, este mais intimamente relacionado com a potencial impossibilidade de composição do status quo ante 22. Acerca da aplicação subsidiaria da tutela antecipatória em Ação Civil Pública, observa Vaz: [...] penso que perfeitamente possível a aplicação subsidiária das regras do inciso II do art. 273 do CPC, sempre que haja abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. O 3º do art. 461 do CPC é inaplicável, devendo-se lançar mão de sua matriz, o art. 84, 3º, da Lei nº /90 (CDC) 23. O magistrado poderá, em razão da natureza indisponível dos direitos da sociedade tutelados por Ação Civil Pública, conceder a medida liminar ex officio. A eficácia da liminar concedida na Ação Civil é erga omnes em todo o território nacional. Tem-se, pois, que não constituiu critério determinante da extensão da eficácia da liminar na Ação Civil Pública a competência territorial do juízo, mas sim a amplitude e a indivisibilidade do dano que se pretende evitar. A tutela liminar é estabelecida na Constituição, inciso XXXV do art. 5º, preceito no qual alçada à plataforma das garantias individuais básicas, confiadas ao exame e decisão do judiciário, não apenas a lesão, mas também a ameaça a direito 24. Quanto à Ação Popular, trata-se de garantia constitucional destinada a anular atos lesivos ao patrimônio de entidades públicas. Leva em conta, principalmente, a moralidade administrativa, estimulando o cidadão a se tornar um guardião do patrimônio público. Titular da ação é o cidadão, isto é, aquele dotado de direitos políticos. Meirelles conceitua: Ação popular é o meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos ou a estes equiparados ilegais e lesivos ao patrimônio federal, estadual ou municipal, ou de suas autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiros públicos VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança. 30ª ed., atual. e complementada de acordo com as emendas constitucionais, a legislação vigente e a mais recente jurisprudência do STF e do STJ. São Paulo: Malheiros Editores, 1990, p. 123.

17 17 Dispõe o 4º do art. 5º da Lei nº /65, sobre a disciplina da ação popular, que, na defesa do patrimônio público, caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Nada mais é do que o adiantamento dos efeitos da sentença definitiva de mérito que se almeja. A liminar justifica-se na medida em que o bem tutelado, uma vez efetivada a lesão, pode não ser passível de recondução ao status quo ante, e a reparação pecuniária dos prejuízos servirá apenas para satisfazer o direito à indenização, mas não restituirá à sociedade um monumento histórico, o serviço público essencial de que necessitou, uma floresta devastada, a potabilidade das águas que servem à cidade, a vida nos rios, nos mares etc. 26. O art. 928 do Código de Processo Civil estabelece que, estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração As Ações possessórias objetivam a proteção da posse ou o acesso a esta. Os meios legais atribuídos ao possuidor para defender a posse vêm a ser as ações possessórias, assim especificadas: ação de manutenção na posse, ação de reintegração de posse, ação de interdito proibitório e ação de imissão na posse. Nas ações possessórias propostas dentro de ano e dia, contados do esbulho ou turbação, é assegurado o manejo dos interditos possessórios de urgência. A medida, concedida initio litis e inaudita altera parte, constitui antecipação da tutela, pois satisfativa da pretensão final vertida na ação possessória. A fusão de providências de natureza cognitiva e executiva dentro do procedimento especial dos interditos possessórios, em que o juiz poderá decretar a reintegração ou a manutenção liminar do autor, visando a proteger, imediata mas provisoriamente a sua posse, demonstra exatamente que dita liminar 27. Por fim, os Alimentos provisórios e provisionais. Os alimentos provisórios previstos na Lei nº /68 apresentam feição nitidamente executiva, porquanto concedidos a quem tenha comprovada a relação de parentesco, dispensando o exame da aparência do direito e do periculum in mora. Os alimentos provisionais, também denominados alimenta in litem, destinam-se a subsistência do alimentando 26 VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 67.

18 18 e ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios de responsabilidade deste (arts. 852 a 854 do CPC). Existem basicamente duas disposições legais tratando de liminares antecipatórias para a prestação de alimentos. No Código de Processo Civil, Livro III, do Processo Cautelar, arts. 852 a 854, está disciplinada concessão liminar de alimentos provisionais. O art. 852 dispõe que é lícito pedir alimentos provisionais, (II) nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial. O art. 4º da Lei nº /68, que disciplina a ação de alimentos, assim dispõe: Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor declarar que deles não necessita 28. A tutela antecipada especial da Lei nº /68, por certo, descabe falar nos requisitos do art. 273 do Código de Processo Civil. Não cogita-se prova inequívoca, apenas com o juízo de verossimilhança. O mesmo se pode dizer em relação ao requisito negativo da reversibilidade, não previsto em ambos os diplomas legais e incompatível com a regra da irrepetibilidade dos alimentos. Sempre que o enquadramento da situação concreta não autorize a tutela antecipada especial da Lei nº /68, poder-se-á requerer este provimento de urgência com base nas disposições do art. 273 do CPC. 2.3 Requisitos para Concessão Para que a Tutela Antecipada possa ser concendida, devem ser preenchidos os seguintes requisitos: a) requerimento da parte; b) produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial; c) convencimento do juiz em torno da verossimilhança da alegação da parte; d) fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou, e) caracterização de abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu; e, f) possibilidade de rever a medida antecipada, caso o resultado da ação não venha a ser contrário à pretensão da parte que requereu a antecipação satisfativa VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Volume I. 40ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 333.

19 19 O primeiro requisito para a antecipação dos efeitos da tutela é o requerimento da parte. O Código de Processo Civil, em seu artigo 273, caput, prescreve que o juiz, a requerimento da parte, poderá antecipar os efeitos da tutela pretendida no pedido. Isso porque, é vetado por lei ao juiz o deferimento da antecipação de ofício. Nesse sentido, leciona Vaz dizendo: Como a antecipação da tutela representa o adiantamento da pretensão de mérito e, quanto à prestação da tutela jurisdicional, vige, no processo civil, a regra do ne procedat judex ex officio (art. 2º do CPC), resta vedado ao juiz deferir a antecipação sem que para tal haja expresso pedido da parteautora 30. O requerimento de antecipação da tutela poderá ser deduzido na inicial, em qualquer momento no curso do processo em primeira instância, ou na fase recursal. Assim, se não vertido o pedido com inicial, nada impede que, em outra fase processual mais adiantada, venha o autor pleiteá-la. A parte, a que alude o art. 273 do CPC, é o autor; o litisconsorte; o assistente, na assistência qualificada (art. 54 do CPC); o opoente, na oposição; o denunciante, na denunciação da lide; o reconvinte, na reconvenção; o réu, nas ações dúplices, porque assume a condição de autor; o embargante, nos embargos; o postulante da ação declaratória incidental, enfim todo aquele que assuma o pólo ativo da relação processual. Ao dispor que o juiz poderá antecipar a tutela pretendida no pedido inicial, a requerimento da parte, o art. 273 do Código de Processo Civil deixa claro que não existe a possibilidade de antecipação da tutela em favor do réu. Quando o réu apresenta reconvenção, assume posição ativa, nada prejudicando, por seu pedido, inseri-la na própria contestação. O mesmo ocorre quando promove ação declaratória incidental (arts. 4º e 470) ou então denuncia à lide (arts ). A prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial é o segundo requisito para a concessão da tutela antecipatória. Trata-se de exigência indispensável. Tal pressuposto visa formar o convencimento do juiz sobre a verossimilhança do alegado. Segundo Passos, para deferimento da antecipação, exige-se que haja 30 VAZ, Paulo Afonso Brum. Manual da tutela antecipada: doutrina e jurisprudência de acordo com as Leis nºs /01, /01 e /02. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002, p. 130.

20 20 prova inequívoca e convencimento da verossimilhança da existência do risco de dano ou do abuso de direito de defesa 31. Denominado de pressuposto comum, a prova inequívoca é exigência indispensável para o deferimento da antecipação de tutela. É a prova convincente, a que não admite erro na apreciação judicial, contrapondo-se à prova ambígua e rarefeita, insuscetível de transmitir segurança e razoável convencimento ao julgador. Passos conclui que a prova inequívoca é a do fato título da demanda (causa de pedir) que alicerça a tutela (pedido) que se quer antecipar 32. No que diz respeito ao convencimento do magistrado, a prova inequívoca não precisa necessariamente conduzir a certeza, sendo suficiente a verossimilhança. Desta forma, a prova inequívoca somente pode ser entendida como a prova suficiente para o surgimento do verossímel - o que parece ser verdadeiro; plausível; que tem probabilidade de ser verdadeiro; que não repugna à verdade -, este entendido como o não suficiente para a declaração da existência ou da inexistência do direito 33. [...] prova inequívoca deve ser considerada aquela que apresenta um grau de convencimento tal que, a seu respeito, não possa ser oposta qualquer duvida razoável, ou, cuja autenticidade ou veracidade seja provável 34. Seguindo a esteira do caput do artigo 273 do Código de Processo Civil verificase a necessidade do convencimento do juiz em torno da verossimilhança da alegação da parte. A verossimilhança do direito alegado é o elemento nuclear condicionador do deferimento da tutela antecipada que sempre se encontra adstrito à existência de prévia prova inequívoca do alegado, não se confundido como o pressuposto do fumus boni iuris, inerente à tutela cautelar. No que diz respeito à verossimilhança da alegação, explica o dicionarista Plácido e Silva, é: [...] plausibilidade, a probabilidade de ser. A verossimilhança resulta das circunstâncias que apontam certo fato, ou certa coisa, como possível ou como real, mesmo que não tenham deles provas diretas. No entanto, 31 PASSOS, José Joaquim Calmon de Passo. Comentários ao Código de Processo Civil, Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Volume III: arts. 270 a ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p PASSOS, José Joaquim Calmon de Passo. Comentários ao Código de Processo Civil, Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de Volume III: arts. 270 a ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p MARINONI, Luiz Guilherme e ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de Conhecimento. Volume 2. 6ª ed., rev., atual. e ampliada da obra Manual do Processo de Conhecimento. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p ALVIM, José Eduardo Carreira. Código de Processo Civil Reformado. 5ª ed., rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 102.

21 21 conforme é assente na jurisprudência, sendo a verossimilhança uma questão de fato, não se pode sobre ela estabelecer regras doutrinárias. Deve, portanto, ser deixada ao prudente arbítrio do juiz que a resolverá segundo as circunstâncias que cercam cada caso, diante do exame das relações existentes entre as provas feitas e os fatos que se pretendem provar 35. A respeito dos requisitos expostos acima, assim tem-se manifestado o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE LOCAÇÃO PARA FINS COMERCIAIS, POR PRAZO DETERMINADO. DECISÃO QUE INDEFERIU PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA VISANDO AO DESPEJO LIMINAR DA AGRAVADA. Configuração dos requisitos à concessão de tutela antecipada. Interpretação do art. 273 do CPC. Existência de prova inequívoca da verossimilhança da alegação e de fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação à agravante. Atraso no pagamento de aluguéis. Implemento do fim do prazo do contrato de locação, ocorrendo a devida notificação da agravada para desocupar o imóvel. Prejudicada a purga da mora. Descabe compelir-se a locadora a manter a relação contratual com parte que vem descumprindo reiteradamente as disposições contratuais. Possibilidade de prejuízo patrimonial severo à recorrente a longo prazo. Concessão da tutela antecipada, determinando-se a desocupação do imóvel em 30 dias pela locatária, sob pena de despejo compulsório. Provimento do agravo de instrumento. Unânime. (Agravo de Instrumento Nº , Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine, Julgado em 18/11/2008) 36 grifei PREVIDENCIÁRIO. INSS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. AUXÍLIO- DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. Presentes os requisitos do art. 273 do Código de Processo Civil verossimilhança das alegações, perigo de dano de difícil reparação e inexistência de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado (pressuposto relativizado e examinado, no caso, sob a ótica do princípio da proporcionalidade) é de se conceder a tutela antecipada postulada. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº , Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 11/11/2008) 37 grifei Além dos três requisitos constantes no caput do artigo 273, do Código de Processo Civil, adicionam-se outros dois requisitos, quais sejam: o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação e o abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu, previstos nos incisos do mencionado artigo, os quais podem figurar alternativamente, isto é, exigi-se a presença de ao menos um deles, mas não necessariamente a de ambos. 35 SILVA, Plácido e. Vocabulário Jurídico. Volume 4. 25ª ed., rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Décima Sexta Câmara Cível. Agravo de Instrumento nº Relator: Des. Ergio Roque Menine. Julgado em Disponível em Acesso em 23 de novembro de BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Nona Câmara Cível. Agravo de Instrumento nº Relator: Des. Marilene Bonzanini Bernardi. Julgado em Disponível em Acesso em 23 de novembro de 2008.

22 22 O inciso I do artigo 273, do Código de Processo Civil menciona o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação como um dos pressupostos a qual deve somar-se ao que deve ser analisado. Na antecipação; o juiz analisa a necessidade de ser executada, de logo, provisoriamente, a decisão de mérito, que proferiu ou vai proferir, em condições normais, sem aptidão para constituir-se título legitimador de execução provisória do julgado. A par do pressuposto retro citado, também pode fundamentar a antecipação o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório. O abuso do direito de defesa trata-se do exercício deste além do limite necessário. No mesmo sentido, Doria salienta que o réu que reconhece parte da pretensão do autor e ainda assim não a satisfaz, sem dúvida alguma, assume um comportamento protelatório e abusivo 38. O manifesto propósito protelatório do réu, contemplado no inciso II do artigo , é um inovação no ordenamento jurídico que reforça a idéia de que as partes devem estar incumbidas a respeitar o princípio da boa-fé na prática dos atos processuais e as relações entre as partes no processo 40. Deste modo se o réu de maneira protelatória deixa de cumprir com seu dever de lealdade com o processo, ou seja, quando não há mais controvérsia a respeito de determinado fato ou direito e o réu deixa de satisfazer o direito do autor. Nesse sentido, leciona Nery Junior dizendo: Nem sempre a tutela antecipada tem como móvel a urgência (CPC 273 I), pois pode ser concedida quando houver abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (CPC 273 II), que nada tem a ver com a urgência, mas sim com a efetividade do processo, como forma de garantir ao autor os efeitos da tutela pretendida pelo simples fato de o réu estar se utilizando do processo com propósito protelatório. Daí porque o instituto brasileiro é singular [...] 41. Por fim, a possibilidade de rever a medida antecipada. A reversibilidade do provimento antecipado trata-se de pressuposto genérico para a concessão da tutela antecipada. Tendo em vista a provisoriedade do provimento que concede a 38 DORIA, Rogério Dotti. A tutela antecipada em relação à parte incontroversa da demanda. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p ALVIM, José Eduardo Carreira. Código de Processo Civil Reformado. 5ª ed., rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p NERY JR, Nelson. Atualidades sobre o processo civil: a reforma do Código de Processo Civil brasileiro de 1994 e de ª ed., rev. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1996, p. 68.

23 23 antecipação de tutela, o legislador buscou harmonizar o princípio da efetividade da jurisdição com o princípio da segurança jurídica. O legislador ao verificar a provisoriedade da medida, que pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, cuidou de preservar a parte quando houvesse perigo de irreversibilidade da medida, pois a irreversibilidade significa a impossibilidade de ser revertido tal provimento, isto é, torna-se impossível o retorno a situação anterior, caso a medida seja reformada 42. Quanto à reversibilidade, Friede manifesta grande preocupação, ao afirmar que tanto a tutela cautelar como a tutela cognitiva antecipada, segundo os preceitos normativos aplicáveis às respectivas espécies, não podem suportar os riscos derivados da irreversibilidade de seus efeitos 43. O magistrado ao analisar o processo, por sua vez, verificará a possibilidade ou não de antecipar a tutela requerida pela parte, e em observância ao princípio da persuasão racional, dirá se foram preenchidos ou não os requisitos para a concessão ou denegação da tutela, sempre fundamentando sua decisão 44. É o que expõe o parágrafo 1º do artigo 273 1º Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões de seu convencimento 45. O preceito de fundamentar todas as decisões do Poder Judiciário, sob pena de nulidade, está explicitado na Constituição Federal no seu artigo 93 46, IX, sendo que a necessidade de fundamentação, vem das Ordenações Filipinas, que já naquela época determinava aos juízes que fundamentassem suas decisões 47. O parágrafo 2º demonstra a preocupação do legislador ao verificar a provisoriedade da medida: 2º Não se concederá a antecipação de tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Para Fux, a tutela que pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, cuidou de preservar a parte quando houvesse perigo de irreversibilidade, pois a irreversibilidade significa a impossibilidade de ser revertido tal provimento, isto é, 42 FUX, Luiz. Tutela de segurança e Tutela da evidência. São Paulo: Saraiva, 1996, p FRIEDE, Reis. Limites objetivos para a concessão de medidas liminares em tutela cautelar e em tutela antecipatória. São Paulo: LTr, 2000, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p CAHALI, Yussef Said. Constituição Federal. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p ALVIM, José Eduardo Carreira. Código de Processo Civil Reformado. 5ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 113.

24 24 torna-se impossível o retorno a situação anterior, caso a medida seja reformada 48. Quanto a reversibilidade da medida, Friede manifesta grande preocupação, ao afirmar que tanto a tutela cautelar como a tutela cognitiva antecipada, segundo os preceitos normativos da irreversibilidade de seus feitos 49. A nova redação dada pela Lei nº /02 alterou o parágrafo 3º do art substituindo propositadamente a palavra execução (contida na redação anterior deste parágrafo) por efetivação 51. Isto serviu apenas para dar maior abrangência ao exercício da tutela antecipada, pois a mesma nem sempre é exercida por intermédio da execução, podendo ser efetivada por qualquer outro meio coercitivo. Ou seja, a palavra efetivação é mais abrangente do que execução. Assim reza o parágrafo: 3º A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4º e 5º e 461-A. O antigo parágrafo 3º rezava o seguinte: A execução da tutela antecipada, observará, no que couber o disposto no art Observa-se nitidamente que houve uma troca de palavras. Wambier ressalta a mudança e diz que: [...] a proposta do art. 273, compatibiliza a efetivação da tutela antecipada (não se cuida de execução, no sentido processual) com relação as alterações sugeridas no art. 588, relativo à execução provisória da sentença, e com as técnicas de efetivação de tutela específicas, previstas no art. 461, 4º e 5º, e 461-A 52. Deste modo, compreende-se que a alteração inseriu todos os incisos do art e determinou fossem aplicados na efetivação da tutela antecipada os preceitos 48 FUX, Luiz. Tutela de segurança e Tutela da evidência. São Paulo: Saraiva, 1996, p FRIEDE, Reis. Limites objetivos para a concessão de medidas liminares em tutela cautelar e em tutela antecipatória. São Paulo: LTr, 2000, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p ALVIM, José Eduardo Carreira. Código de Processo Civil Reformado. 5ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2003, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 672.

25 25 contidos no art , 4º e 5º, e 461-A 55. Com a nova redação verifica-se que a antecipação de tutela não é deferimento definitivo da tutela 56. A redação anterior apenas mencionava o art e seus incisos I e II, hoje, descreve em sua totalidade: Art A execução provisória da sentença far-se-á do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: I- corre por conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os prejuízos que o executado venha a sofre; II- o levantamento de depósito em dinheiro, e a prática de atos que importem alienação de domínio ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução idônea, requerida e prestada nos próprios autos da execução; III- fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior; IV- eventuais prejuízos serão liquidados no mesmo processo. 1º No caso do inciso III, se a sentença provisoriamente executada for modificada ou anulada apenas em parte, somente nessa parte ficará sem efeito a execução. 2º A caução pode ser dispensada nos casos de crédito de natureza alimentar, até o limite de 60 (sessenta) vezes o salário mínimo, quando o exeqüente se encontrar em estado de necessidade. Com a alteração resolve-se a questão da caução adequadamente, dando efetividade à execução provisória, tornando-a verdadeira execução 58. Grinover, sustentou haver um descompasso, assinalando que a execução contida no art. 588 e seus incisos, não são verdadeiramente execução provisória, pois não constitui instrumento capaz de satisfazer o direito 59. O descompasso, contudo foi atenuado pela Lei nº /01 que adiou ao art do CPC o inciso VII. Com o aditamento, efetivação da tutela antecipada, não será interrompida, nem prejudicada 54 CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p PASSOS, José Joaquim Calmon de Passo. Comentários ao Código de Processo Civil, Lei nº , de 11 de janeiro de Volume III: arts. 270 a ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p GRINOVER. Ada Pelegrine. Art. In Revista de Processo. Volume 86, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 659.

26 26 pela propositura de algum recurso por parte do réu, posto que a apelação será recebida nessa parte no efeito devolutivo 61. A reforma do Código de Processo Civil resultou fortalecida, sob a eficácia das sentenças de procedência das obrigações de fazer e de não fazer 62. Prescreve o art , parágrafos 4º e 5º, acrescidos no parágrafo 3º do artigo º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 5º Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. [...] dos deveres legais de abstenção, tolerância, permissão ou prática de ato ou fato, merecendo particular atenção os direitos absolutos relacionados à vida, à integralidade física, à honra, ao nome, à imagem, à intimidade de uma pessoa 65. Assim, embora verse o artigo 461 de obrigações de fazer e de não fazer, a tutela legal abarca direitos absolutos, concedendo-lhes uma tutela específica, eficaz e efetivamente preventiva 66. Foi pensando o processo na perspectiva do direito material, que criou-se a tutela específica, destinada ao cumprimento das obrigações de fazer, não fazer e de entrega da coisa (arts. 461 e 461-A) 67. As tutelas se efetivarão não só por meios condenatórios no que dizem respeito aos direitos pessoais, com multas e indenizações, mas também por meio das tutelas mandamentais e executórias lato sensu CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p CAHALI, Yussef Said. Código de Processo Civil. 6ª ed., rev., atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p WATANABE, Kazuo. Art. In Reforma do Código de Processo Civil. São Paulo: Saraiva, 1996, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela Específica. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p CARNEIRO, Athos Gusmão. Da Antecipação de tutela. 6ª ed., atualizada em conformidade com as Leis nº , de , nº , de e nº , de Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 52.

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