MEIO&MENSAGEM
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- Raphaella Penha Salgado
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1 MEIO&MENSAGEM NEOTV: Cade optou pelo equilíbrio Alex Jucius, presidente da entidade que reúne pequenas operadoras de TV a cabo, comemora o fato de o órgão impor restrições à criação da joint venture entre SBT, Record e RedeTV Luiz Gustavo Pacete 12 de maio de h32 A autorização com restrições da criação da Newco, joint venture entre SBT, Record e RedeTV, por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi marcada por doze meses e três julgamentos. Havia um impasse quanto ao desequilíbrio que uma nova empresa poderia causar com as negociações envolvendo operadoras menores de TV por assinatura. Tais empresas, representadas pela NeoTV, que juntas somam 3% do mercado, foram protegidas na decisão do Cade que recomendou a Newco que não cobre o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura com menos de 5% de participação de mercado. Alex Jucius, presidente da NeoTV, que colaborou com o processo, diz ao Meio & Mensagem que a decisão do Cade buscou o equilíbrio. Equílibrio de mercado Entendo que a decisão do Cade impondo restrições à criação da joint venture entre SBT, Record e RedeTV!, mostra a preocupação do órgão com o equilíbrio no mercado de TV por assinatura, que já é marcado pela concentração. Proteção às operadoras Isso ficou evidente nos votos de dois conselheiros que rejeitaram totalmente a operação, e de outros três, além do presidente do órgão, que a aprovaram com restrições. O mais importante foi que essa joint venture não poderá cobrar, das operadoras de TV por assinatura que representam menos de 5% do mercado nacional (em número de assinantes), pelo fornecimento do sinal digital destes canais. Cobranças abusivas Isso vai impedir que pequenas operadoras representadas pela NeoTV, assim como seus assinantes, muitos deles situados fora dos grandes centros urbanos, sejam prejudicados com cobranças abusivas. Essa exigência foi uma sugestão da Associação NeoTV feita aos conselheiros do Cade para impedir que a joint venture impusesse preços maiores pelo sinal digital. Bom para todos As associadas da NeoTV ganharam um incentivo para continuar trabalhando com qualidade e atendimento diferenciado, marcas do serviço prestado pelas associadas tanto em TV por assinatura quanto em internet de banda larga e telefonia fixa. MEIO&MENSAGEM Cade aprova joint venture entre SBT, Record e RedeTV Com restrições, o órgão autorizou a criação da Newco, empresa que vai negociar o licenciamento dos sinais digitais dos canais para as prestadoras de serviços de TV a cabo 12 de maio de h38 Após um processo que durou mais de um ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na noite desta quarta-feira, 11, a formação de uma joint venture entre SBT, Record e RedeTV que terá como sócios os empresários Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr dando origem à Newco.
2 A nova empresa vai negociar os sinais dos três canais com as empresas prestadoras de serviços de TV por assinatura e também criar novos canais na TV paga. A aprovação, no entanto, foi com restrições. Uma das condições é que a nova empresa não cobre o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura com menos de 5% de participação de mercado. A sugestão foi feita pela NeoTV que reúne operadoras menores e que que juntas somam cerca de 3% do mercado. O encontro entre Edir Macedo e Silvio Santos no ano passado foi emblemático quanto à aproximação de Record e SBT Outra recomendação é de que a nova empresa destine um terço de suas receitas em novos programas de TV ampliando a produção de conteúdo nacional. A joint venture foi aprovada pelo Cade em outubro no ano passado, porém, a decisão foi revista após Net, Sky, Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) e NeoTV recorrerem. Todas foram contatadas por Meio & Mensagem para comentar o assunto assim como a Record, RedeTV e SBT. Em fevereiro deste ano, Cristiane Alkmin, relatora do processo no Cade, chegou a se posicionar de forma contrária à criação da empresa, porém, o conselheiro Alexandre Cordeiro pediu a reabertura do processo que foi julgado nesta quarta-feira. Um cálculo realizado pelo jornalista Daniel Castro, do portal Notícias da TV, aponta que a nova empresa poderia render uma receita anual entre R$ 360 mil e R$ 1 bilhão. No entanto, segundo as operadoras de TV, a nova empresa seria responsável por um aumento de R$ 5 a R$ 15 nos pacotes de TV por assinatura. Já o Cade calculou uma elevação na casa de 11%. Por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), toda operadora de TV paga tem obrigação de carregar gratuitamente 14 canais abertos analógicos, cujo sinal cubra a maior parte do território nacional. Os canais digitais das emissoras abertas não entram nesse critério e poderiam, portanto, ser negociados com as operadoras mediante pagamento. Atualmente, essa prática não acontece e os canais digitais de Globo, Record, Band, SBT, RedeTV e outras emissoras abertas são carregados gratuitamente pelas operadoras de TV. Em meio ao processo de switch-off do sinal analógico- que deve ser concluído em 2018 as emissoras podem estar vendo uma oportunidade de conseguir ampliar seu poder de negociação junto às operadoras e conseguir monetizar a liberação de seus sinais digitais. E, atuar em conjunto, é uma forma de ganhar mais força nas negociações. Entre as grandes emissoras abertas, a Globo já possui uma operação de TV paga Globosat e a Band também conta com uma divisão de canais pagos em seu grupo. TELE.SÍNTESE CADE APROVA JOINT-VENTURE ENTRE SBT, RECORD E REDETV COM RESTRIÇÕES Embora o Cade admita que possa haver um aumento potencial de preço de até 7% para os assinantes de TV paga, o órgão antitruste considera que essa elevação de preço será compensada por outras eficiências competitivas que virão com a joint-venture. MIRIAM AQUINO 11 DE MAIO DE 2016
3 Por maioria de votos, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou agora à noite, 11, a jointventure entre a SBT, Record, e RedeTV! para a venda de seus canais de TV abertas às operadoras de TV paga. Mas a operação acabou ficando diferente à proposta inicialmente apresentada, a partir do acordo negociado pelo conselheiro Alexandre Cordeiro, depois da rejeição integral da operação pela conselheira relatora Cristiane Schmidt. Embora Cordeiro admita que poderá haver um aumento potencial de preço de até 7% para os assinantes da operadora de TV por paga com essa operação, ele entende que esse aumento de preço não é prejudicial do ponto de vista concorrencial e ficará minimizado a partir dos ganhos de eficiência que serão produzidos com as condições estabelecidas para a aprovação da operação. Basicamente, quatro são as principais condições que terão que ser cumpridas pelas três emissoras de TV: - a joint-venture só terá validade de seis anos, quando será reavaliada pelo órgão anti-truste; - a empresa resultante da joint-venture terá que investir dois terços de sua receita líquida em novos produtos e conteúdos para as diferentes mídias - as emissoras de TV precisarão investir um percentual de seu faturamento (não revelado) em melhoria de sua programação - os pacotes de canais dessa joint-venture terão que ser doados gratuitamente para as pequenas operadoras com até 5% do número de assinantes e terão que ser vendidos ao menor preço negociado pelas grandes para as operadoras que têm entre 5% a 20% dos assinantes. Esse acordo conhecido como Acordo em Controle de Concentrações (ACC) prevê que o Cade tenha acesso aos planos de negócios e aos relatórios anuais da nova empresa batizada por Newco, e deverão ser atestados por auditoria independente. Acompanharam o voto vista de Cordeiro os conselheiros Paulo Burnier, Gilvandro Araujo e o presidente Vinicius Marques de Carvalho. O conselheiro Marcio de Oliveira Jr votou pela aprovação da operação sem restrições. E o conselheiro João Paulo votou com a relatora Cristiane Schmidt pela reprovação integral da operação. Argumentos A venda do sinal para as operadoras de TV paga é ancilar a várias outras atividades da empresa, que vai gerar benefícios concretos para o consumidor. A joint-venture terá que investir, no período de seis anos, dois terços da receita líquida em novos conteúdos, afirmou o conselheiro Cordeiro ao Tele.Síntese. Para ele, haverá um benefício líquido para o consumidor. Mesmo se a gente considerar que vai haver um aumento para o consumidor, o que é incerto, pois não temos certeza de que isto vai ocorrer, do ponto de vista concorrencial, um percentual de aumento de até 7% não é significativo, concluiu o conselheiro. Neo TV Para a Neo TV, que representa as pequenas, o remédio veio em boa hora. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes, explica Alex Jucius, diretor geral da NeoTV. Segundo ele, o fim das operadoras que trabalham com clientes longe dos grandes centros urbanos prejudicaria inclusive o fornecimento de internet de banda larga, vendida nos pacotes de TV por assinatura. As associadas à NeoTV somam cerca de 3% do mercado. ESTADÃO Cade aprova empresa que une Edir Macedo e Silvio Santos CRISTINA PADIGLIONE 11 Maio :29
4 O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), aprovou, enfim, a formação de uma joint venture entre SBT, Record e RedeTV! A empresa negociará o licenciamento dos sinais digitais destes canais de programação para prestadoras de serviços de TV por assinatura. Mas a operação foi aprovada com restrições. Entre elas, não cobrar o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura que tenham menos de 5% do mercado, conforme havia sido sugerido pela NeoTV, associação nacional que representa pequenas operadoras de TV por assinatura. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes, explica Alex Jucius, diretor geral da NeoTV. Segundo ele, o fim das operadoras que trabalham com clientes longe dos grandes centros urbanos prejudicaria inclusive o fornecimento de internet de banda larga, vendida nos pacotes de TV por assinatura. A fatia da NeoTV no bolo de assinantes soma cerca de 3% do mercado. O julgamento, que se arrasta há mais de um ano, foi retomado nesta quarta, 11. Embora a relatora do processo, conselheira Cristiane Alkmin, já tivesse votado pela rejeição total da joint venture, a votação havia sido suspensa por pedido de vista do conselheiro Alexandre Cordeiro, no dia 24 de fevereiro deste ano. Contra a associação, estavam a Net/Claro e Sky, a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) e a própria NeoTV. Os três canais passam, assim, a cobrar pelo fornecimento dos sinais digitais de suas emissoras às operadoras de TV paga que os carregam, com bom êxito para seus assinantes. A Globo continua sendo o canal mais visto, mesmo entre assinantes, seguida quase sempre por SBT e Record. A RedeTV!, sim, normalmente [é ultrapassada, na base de pagantes, pelos infantis Discovery Kids e Cartoon Network, ou por SporTV e FOX no horário nobre. MEDIA TELECOM record-e-redetv-com-restri%c3%a7%c3%b5es Cade aprova joint-venture entre SBT, Record e RedeTV com restrições Embora o Cade admita que possa haver um aumento potencial de preço de até 7% para os assinantes de TV paga, o órgão antitruste considera que essa elevação de preço será compensada por outras eficiências competitivas que virão com a joint-venture. Tele.síntese - Miriam Aquino , 06:39 Por maioria de votos, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou agora à noite, 11, a jointventure entre a SBT, Record, e RedeTV! para a venda de seus canais de TV abertas às operadoras de TV paga. Mas a operação acabou ficando diferente à proposta inicialmente apresentada, a partir do acordo negociado pelo conselheiro Alexandre Cordeiro, depois da rejeição integral da operação pela conselheira relatora Cristiane Schmidt. Embora Cordeiro admita que poderá haver um aumento potencial de preço de até 7% para os assinantes da operadora de TV por paga com essa operação, ele entende que esse aumento de preço não é prejudicial do ponto de vista concorrencial e ficará minimizado a partir dos ganhos de eficiência que serão produzidos com as condições estabelecidas para a aprovação da operação.
5 Basicamente, quatro são as principais condições que terão que ser cumpridas pelas três emissoras de TV: - a joint-venture só terá validade de seis anos, quando será reavaliada pelo órgão anti-truste; - a empresa resultante da joint-venture terá que investir dois terços de sua receita líquida em novos produtos e conteúdos para as diferentes mídias - as emissoras de TV precisarão investir um percentual de seu faturamento (não revelado) em melhoria de sua programação - os pacotes de canais dessa joint-venture terão que ser doados gratuitamente para as pequenas operadoras com até 5% do número de assinantes e terão que ser vendidos ao menor preço negociado pelas grandes para as operadoras que têm entre 5% a 20% dos assinantes. Esse acordo conhecido como Acordo em Controle de Concentrações (ACC) prevê que o Cade tenha acesso aos planos de negócios e aos relatórios anuais da nova empresa batizada por Newco, e deverão ser atestados por auditoria independente. Acompanharam o voto vista de Cordeiro os conselheiros Paulo Burnier, Gilvandro Araujo e o presidente Vinicius Marques de Carvalho. O conselheiro Marcio de Oliveira Jr votou pela aprovação da operação sem restrições. E o conselheiro João Paulo votou com a relatora Cristiane Schmidt pela reprovação integral da operação. Argumentos A venda do sinal para as operadoras de TV paga é ancilar a várias outras atividades da empresa, que vai gerar benefícios concretos para o consumidor. A joint-venture terá que investir, no período de seis anos, dois terços da receita líquida em novos conteúdos, afirmou o conselheiro Cordeiro ao Tele.Síntese. Para ele, haverá um benefício líquido para o consumidor. Mesmo se a gente considerar que vai haver um aumento para o consumidor, o que é incerto, pois não temos certeza de que isto vai ocorrer, do ponto de vista concorrencial, um percentual de aumento de até 7% não é significativo, concluiu o conselheiro. Neo TV Para a Neo TV, que representa as pequenas, o remédio veio em boa hora. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes, explica Alex Jucius, diretor geral da NeoTV. Segundo ele, o fim das operadoras que trabalham com clientes longe dos grandes centros urbanos prejudicaria inclusive o fornecimento de internet de banda larga, vendida nos pacotes de TV por assinatura. As associadas à NeoTV somam cerca de 3% do mercado. INFOMONEY Edir Macedo se une a Silvio Santos: Cade aprova joint venture entre SBT, Record e Rede TV Joint Venture deve aumentar preços de assinatura de TV Paga 12 mai, h21 Atualizada em 11h04 SÃO PAULO Na noite desta quarta-feira, o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a criação da empresa que une SBT, Record e Rede TV. A operação demorou mais de um ano até terminar de ser julgada, mas as negociações entraram em curso há mais de dois.
6 A joint venture de nome Newco atuará no licenciamento de sinal digital e na produção de conteúdo para televisão por assinatura. Especula-se entre as próprias operadoras que os valores das assinaturas de TV fechada subirão entre R$ 5 e R$ 15 após o acordo. Já o Cade estimou aumento de preços em até 11%. Juntas, as três redes de televisão detêm 17% da audiência de todos os canais pagos e abertos disponíveis nas operadoras de TV paga. Na ocasião da aprovação, o Cade condicionou a existência da nova companhia a alguns termos de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC). Dentre as obrigações da Newco estão a entrega de subsídios a pequenos e médios operadores de tv por assinatura; e estabelecimento de um prazo tanto para a vigência do ACC quanto para a duração da companhia seis anos a contar da assinatura do primeiro contrato com uma grande operadora. Sobre a obrigação de não cobrar o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura que tenham menos de 5% do mercado, pronunciou-se o diretor da Associação NeoTV, que representa cerca de 130 empresas do setor. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes", disse Alex Jucius. Também deverá ser aplicado montante relevante das receitas no desenvolvimento de produtos e serviços, tanto para televisão por assinatura como para outras mídias. Para o conselheiro relator do voto-vista, Alexandre Cordeiro, essa obrigação pode gerar eficiências compensatórias e/ou mitigar problemas decorrentes da atuação conjunta das requerentes. O descumprimento dos termos pode resultar em multa conjunta de até R$ 1,5 milhão, a ser revertido ao Fundo de Direitos Difusos FDD, e na reprovação do ACC, em caso de reincidência, afirma o Cade. A estimativa é de que os lucros líquidos anuais da nova empresa sejam entre R$ 360 milhões e R$ 1 bilhão, segundo o site Notícias da TV. CONSULTOR JURÍDICO 11 de maio de 2016, 21h59 Cade aprova joint venture entre SBT, Record e Rede TV O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira (11/5), a formação de uma joint venture entre SBT, Record e Rede TV. A nova empresa, que se chamará Newco, atuará na criação de conteúdos, programas e canais destinados à TV fechada, bem como no licenciamento do sinal digital dessas emissoras às prestadoras de serviços de televisão por assinatura. Sua aprovação foi condicionada à assinatura de um Acordo em Controle de Concentrações. A operação foi aprovada com restrições, entre elas, a obrigação de investimento na joint venture; subsídios a pequenos e médios operadores de TV por assinatura; e estabelecimento de um prazo tanto para a vigência do acordo quanto para a duração da companhia seis anos a contar da assinatura do primeiro contrato com uma grande operadora. A proposta de não cobrar o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura que tenham menos de 5% do mercado foi sugerida pela NeoTV, associação nacional que representa pequenas operadoras de TV por assinatura. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes", explica Alex Jucius, diretor geral da NeoTV. Segundo ele, o fim das operadoras que trabalham com clientes longe dos grandes centros urbanos prejudicaria inclusive o fornecimento de internet banda larga, vendida nos pacotes de TV por assinatura. As associadas à NeoTV somam cerca de 3% do mercado. Desenvolvimento de produtos Com o acordo, também ficou definido que a Newco aplicará montante relevante de receitas no desenvolvimento de produtos e serviços para televisão por assinatura e outras mídias. Essa obrigação pode gerar eficiências
7 compensatórias e/ou mitigar problemas decorrentes da atuação conjunta das requerentes, afirmou o conselheiro relator do voto-vista, Alexandre Cordeiro. Quanto ao prazo limitado para a atuação da joint venture e validade do acordo, Cordeiro salientou que o período dará ao Cade a oportunidade de analisar a evolução de mercado ainda não testada e os impactos do remédio definido. A possibilidade de negociação do sinal digital pelas radiodifusoras é uma inovação da Lei /2011. Com a limitação de prazo previsto pelo acordo, será dada a oportunidade de reavaliar a alteração estrutural à luz de um mercado mais desenvolvido. Do ponto de vista público, espera-se efeitos positivos para os consumidores. Se eles não forem observados, poderemos apresentar novos remédios, explicou o conselheiro. Para acompanhar o cumprimento das obrigações, o Cade terá acesso ao plano de negócios e aos relatórios anuais da Newco, que deverão ter idoneidade atestados por auditoria independente. Ainda durante a vigência do acordo, o órgão poderá, a qualquer momento, exigir a apresentação de dados e informações, obter colaboração técnica e fazer inspeções. O descumprimento das obrigações poder resultar em multa conjunta de até R$ 1,5 milhão, a ser revertido ao Fundo de Direitos Difusos e na reprovação do acordo, em caso de reincidência. Votos A operação foi aprovada condicionada à celebração e ao cumprimento do acordo, por maioria do tribunal, nos termos do voto-vista do conselheiro Alexandre Cordeiro. Acompanharam a decisão os conselheiros Paulo Burnier e Gilvandro Araújo, além do presidente, Vinicius Marques de Carvalho. O revisor, conselheiro Márcio de Oliveira Júnior, apresentou voto pela aprovação da operação sem restrições, em razão de ter visualizado problemas processuais. Já o conselheiro João Paulo de Resende aderiu ao voto da conselheira relatora do caso, Cristiane Alkmin Schmidt, no sentido da reprovação da operação. O voto da relatora foi proferido na sessão de 24 de fevereiro. Na ocasião, o julgamento do ato de concentração foi suspenso em razão do pedido de vista do conselheiro Alexandre Cordeiro. Com informações da Assessoria de Imprensa do Cade. PORTAL N10 maio 11, 2016 o iedade e tre T e ord e edetv é aprovada com restrições O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), aprovou a formação de uma joint venture entre SBT, Record e RedeTV. A empresa negociará o licenciamento dos sinais digitais destes canais de programação para prestadoras de serviços de TV por assinatura. A operação foi aprovada com restrições, entre elas, não cobrar o fornecimento de conteúdo digital das operadoras de TV por assinatura que tenham menos de 5% do mercado. O remédio foi sugerido pela NeoTV, associação nacional que representa pequenas operadoras de TV por assinatura. Isso equilibra a concorrência, já que nossas operadoras não teriam condições de arcar com o aumento nos custos sem repassá-lo aos assinantes, explica Alex Jucius, diretor geral da NeoTV. Segundo ele, o fim das operadoras que trabalham com clientes longe dos grandes centros urbanos prejudicaria inclusive o fornecimento de internet de banda larga, vendida nos pacotes de TV por assinatura. As associadas à NeoTV somam cerca de 3% do mercado. GUANAMBI FM
8 12 DE MAIO DE 2016 Cade aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo Em julgamento final nesta quarta-feira (11), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Estima-se que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes. Proposta ao Cade em julho do ano passado, como o Notícias da TV informou em primeira mão, a empresa teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. Em fevereiro, a relatora do processo, a conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, apresentou parecer contrário à criação da joint venture. Ela embasou seu veto no bem-estar do consumidor final. De acordo com Cristiane, a negociação em conjunto dos sinais fortaleceria as três redes abertas, e a relação custo-benefício seria desfavorável ao consumidor. NOTÍCIAS DE RIO VERDE Com Restrições, Cade Aprova Sociedade De Silvio Santos E Edir Macedo quinta-feira, 12 de maio de 2016 Em julgamento final nesta quarta-feira (11), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Estima-se que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes.
9 Proposta ao Cade em julho do ano passado, como o Notícias da TV informou em primeira mão, a empresa teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. Em fevereiro, a relatora do processo, a conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, apresentou parecer contrário à criação da joint venture. Ela embasou seu veto no "bem-estar do consumidor final". De acordo com Cristiane, a negociação em conjunto dos sinais fortaleceria as três redes abertas, e a relação custo-benefício seria desfavorável ao consumidor. Na ocasião, o conselheiro Alexandre Cordeiro Macedo pediu vistas do processo, que voltou a julgamento nesta quarta. Ele propôs uma série de "remédios" para reduzir os prejuízos da criação da empresa. Entre as restrições aprovadas pelo Cade, estão a obrigatoriedade de a empresa investir três terços de suas receitas no desenvolvimento de novos programas de TV, aumentando a produção de conteúdo nacional, e a cessão gratuita do sinal para pequenas operadoras, aquelas que têm até 5% do mercado nacional, o que daria hoje cerca de 900 mil clientes. Ou seja, só haverá aumento de preços para assinantes de Net/Claro (9,859 milhões de clientes), Sky (5,366 milhões), Oi (1,176 milhão) e Telefonica/Vivo (1,781 milhão). Macedo também propôs um prazo de validade de seis anos para a empresa _ao final, ela será revista pelo Cade. Em seguida ao voto-vista de Macedo, o conselheiro João Paulo Resende votou a favor da joint venture. Ele acompanhou a relatora Cristiane Alkmin. Seu principal argumento foi o de que haverá aumento de preços ao consumidor. Já o conselheiro Paulo Burnier da Silveira acompanhou o voto de Alexandre Cordeiro. A votação ficou empatada em 2 a 2. Foi a vez, então, de Márcio de Oliveira Júnior. O conselheiro votou a favor da empresa de Record, SBT e RedeTV! sem nenhuma restrição, nos termos propostos pela Superintendência-Geral em outubro. Os dois votos seguintes, de Gilvandro Araújo e do presidente Vinicius Marques de Carvalho, foram pela aprovação da joint venture com restrições. A empresa de Edir Macedo, Silvio Santos e Amilcare Dallevo Jr. poderá enfim ser aberta. O que está em jogo Com a nova lei de TV por assinatura, de 2011, as emissoras de TV aberta ficaram autorizadas a vender seus sinais digitais para as operadoras de TV paga. O sinal analógico continua, obrigatoriamente, sendo cedido gratuitamente. A Globo, desde 2014, já cobra por seus sinais digitais. Na próxima década, isso será muito relevante. O sinal digital deverá a ser extinto nos próximos anos. A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás. Começou a ser costurada há pouco mais de dois anos, quando as três emissoras se juntaram para viabilizar a entrada no Brasil do instituto de pesquisas GfK, concorrente o Ibope (inicialmente, a Band também estava no consórcio). O principal alvo das três é a Globo, que detém quase metade da audiência da TV aberta, mais de 70% das verbas de publicidade e boa parte das receitas de programação em TV por assinatura. Juntas, Record, SBT, e RedeTV! detêm 17% da audiência de todos os canais pagos e abertos disponíveis nas operadoras de TV paga (considerando-se somente os abertos, a participação das três é de 35%). É uma audiência bastante relevante, que as operadoras não podem abrir mão, porque o assinante pode cancelar o serviço se não tiver mais, por exemplo, o sinal do SBT. ] A ideia por trás da joint venture é que as três redes sejam negociadas em pacotes, ou seja, que para ter o SBT, a operadora terá que levar também RedeTV! e Record. Isso fortalecerá as três redes em um mercado em que apenas duas operadoras, Net/Claro e Sky, possuem 83% dos assinantes. A negociação de pacotes de canais é prática comum no mercado. Fontes ligadas às três redes estimam que elas poderão faturar de R$ 360 milhões a mais de R$ 1 bilhão por ano cobrando por seus sinais digitais. Se conseguirem arrecadar esse teto, as três redes terão uma receita hoje equivalente a todo o faturamento anual do SBT. Amilcare Dallevo Jr., presidente da RedeTV!, estima que as redes poderão dar um salto em tecnologia e produção de programas apenas com metade dessa receita. A joint venture também prevê o lançamento de novos canais por assinatura. Cada rede terá 33,3% de participação na empresa, mas suas receitas serão proporcionais ao preço cobrado por seus sinais. Em tese, conforme prevê acordo de cotistas, o SBT não saberá quanto a Record pedirá por seu sinal, e vice-versa. O acordo dos acionistas também prevê que as três redes continuarão concorrendo entre si na TV aberta. Elas se unem apenas para vender seus sinais na TV paga. 18 GRAUS Com restrições, Cade aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! 11/05/2016 às 21h14
10 Em julgamento final nesta quarta-feira (11), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Estima-se que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes. Proposta ao Cade em julho do ano passado, como o Notícias da TV informou em primeira mão, a empresa teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. Em fevereiro, a relatora do processo, a conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, apresentou parecer contrário à criação da joint venture. Ela embasou seu veto no "bem-estar do consumidor final". De acordo com Cristiane, a negociação em conjunto dos sinais fortaleceria as três redes abertas, e a relação custo-benefício seria desfavorável ao consumidor. Na ocasião, o conselheiro Alexandre Cordeiro Macedo pediu vistas do processo, que voltou a julgamento nesta quarta. Ele propôs uma série de "remédios" para reduzir os prejuízos da criação da empresa. Entre as restrições aprovadas pelo Cade, estão a obrigatoriedade de a empresa investir três terços de suas receitas no desenvolvimento de novos programas de TV, aumentando a produção de conteúdo nacional, e a cessão gratuita do sinal para pequenas operadoras, aquelas que têm até 5% do mercado nacional, o que daria hoje cerca de 900 mil clientes. Ou seja, só haverá aumento de preços para assinantes de Net/Claro (9,859 milhões de clientes), Sky (5,366 milhões), Oi (1,176 milhão) e Telefonica/Vivo (1,781 milhão). Macedo também propôs um prazo de validade de seis anos para a empresa _ao final, ela será revista pelo Cade. Em seguida ao voto-vista de Macedo, o conselheiro João Paulo Resende votou a favor da joint venture. Ele acompanhou a relatora Cristiane Alkmin. Seu principal argumento foi o de que haverá aumento de preços ao consumidor. Já o conselheiro Paulo Burnier da Silveira acompanhou o voto de Alexandre Cordeiro. A votação ficou empatada em 2 a 2. Foi a vez, então, de Márcio de Oliveira Júnior. O conselheiro votou a favor da empresa de Record, SBT e RedeTV! sem nenhuma restrição, nos termos propostos pela Superintendência-Geral em outubro. Os dois votos seguintes, de Gilvandro Araújo e do presidente Vinicius Marques de Carvalho, foram pela aprovação da joint venture com restrições. A empresa de Edir Macedo, Silvio Santos e Amilcare Dallevo Jr. poderá enfim ser aberta. O que está em jogo Com a nova lei de TV por assinatura, de 2011, as emissoras de TV aberta ficaram autorizadas a vender seus sinais digitais para as operadoras de TV paga. O sinal analógico continua, obrigatoriamente, sendo cedido gratuitamente. A Globo, desde 2014, já cobra por seus sinais digitais. Na próxima década, isso será muito relevante. O sinal digital deverá a ser extinto nos próximos anos. A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás. Começou a ser costurada há pouco mais de dois anos, quando as três emissoras se juntaram para viabilizar a entrada no Brasil do instituto de pesquisas GfK, concorrente o Ibope (inicialmente, a Band também estava no consórcio). O principal alvo das três é a Globo, que detém quase metade da audiência da TV aberta, mais de 70% das verbas de publicidade e boa parte das receitas de programação em TV por assinatura. Juntas, Record, SBT, e RedeTV! detêm 17% da audiência de todos os canais pagos e abertos disponíveis nas operadoras de TV paga (considerando-se somente os abertos, a participação das três é de 35%). É uma audiência bastante relevante, que as operadoras não podem abrir mão, porque o assinante pode cancelar o serviço se não tiver mais, por exemplo, o sinal do SBT. ] A ideia por trás da joint venture é que as três redes sejam negociadas em pacotes, ou seja, que para ter o SBT, a operadora terá que levar também RedeTV! e Record. Isso fortalecerá as três redes em um mercado em que apenas duas operadoras, Net/Claro e Sky, possuem 83% dos assinantes. A negociação de pacotes de canais é prática comum no mercado. Fontes ligadas às três redes estimam que elas poderão faturar de R$ 360 milhões a mais de R$ 1 bilhão por ano cobrando por seus sinais digitais. Se conseguirem arrecadar esse teto, as três redes terão uma receita hoje equivalente a todo o faturamento anual do SBT. Amilcare Dallevo Jr., presidente da RedeTV!, estima que as redes poderão dar um salto em tecnologia e produção de programas apenas com metade dessa receita.
11 A joint venture também prevê o lançamento de novos canais por assinatura. Cada rede terá 33,3% de participação na empresa, mas suas receitas serão proporcionais ao preço cobrado por seus sinais. Em tese, conforme prevê acordo de cotistas, o SBT não saberá quanto a Record pedirá por seu sinal, e vice-versa. O acordo dos acionistas também prevê que as três redes continuarão concorrendo entre si na TV aberta. Elas se unem apenas para vender seus sinais na TV paga. REPÓRTER MT Com restrições, Cade aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás h30 Em julgamento final nesta quarta-feira (11), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Estima-se que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes. Proposta ao Cade em julho do ano passado, como o Notícias da TV informou em primeira mão, a empresa teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. Em fevereiro, a relatora do processo, a conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, apresentou parecer contrário à criação da joint venture. Ela embasou seu veto no "bem-estar do consumidor final". De acordo com Cristiane, a negociação em conjunto dos sinais fortaleceria as três redes abertas, e a relação custo-benefício seria desfavorável ao consumidor. Na ocasião, o conselheiro Alexandre Cordeiro Macedo pediu vistas do processo, que voltou a julgamento nesta quarta. Ele propôs uma série de "remédios" para reduzir os prejuízos da criação da empresa. Entre as restrições aprovadas pelo Cade, estão a obrigatoriedade de a empresa investir três terços de suas receitas no desenvolvimento de novos programas de TV, aumentando a produção de conteúdo nacional, e a cessão gratuita do sinal para pequenas operadoras, aquelas que têm até 5% do mercado nacional, o que daria hoje cerca de 900 mil clientes. Ou seja, só haverá aumento de preços para assinantes de Net/Claro (9,859 milhões de clientes), Sky (5,366 milhões), Oi (1,176 milhão) e Telefonica/Vivo (1,781 milhão). Macedo também propôs um prazo de validade de seis anos para a empresa _ao final, ela será revista pelo Cade. Em seguida ao voto-vista de Macedo, o conselheiro João Paulo Resende votou a favor da joint venture. Ele acompanhou a relatora Cristiane Alkmin. Seu principal argumento foi o de que haverá aumento de preços ao consumidor. Já o conselheiro Paulo Burnier da Silveira acompanhou o voto de Alexandre Cordeiro. A votação ficou empatada em 2 a 2. Foi a vez, então, de Márcio de Oliveira Júnior. O conselheiro votou a favor da empresa de Record, SBT e RedeTV! sem nenhuma restrição, nos termos propostos pela Superintendência-Geral em outubro. Os dois votos seguintes, de Gilvandro Araújo e do presidente Vinicius Marques de Carvalho, foram pela aprovação da joint venture com restrições. A empresa de Edir Macedo, Silvio Santos e Amilcare Dallevo Jr. poderá enfim ser aberta. O que está em jogo Com a nova lei de TV por assinatura, de 2011, as emissoras de TV aberta ficaram autorizadas a vender seus sinais digitais para as operadoras de TV paga. O sinal analógico continua, obrigatoriamente, sendo cedido gratuitamente. A Globo, desde 2014, já cobra por seus sinais digitais. Na próxima década, isso será muito relevante. O sinal digital deverá a ser extinto nos próximos anos.
12 A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás. Começou a ser costurada há pouco mais de dois anos, quando as três emissoras se juntaram para viabilizar a entrada no Brasil do instituto de pesquisas GfK, concorrente o Ibope (inicialmente, a Band também estava no consórcio). O principal alvo das três é a Globo, que detém quase metade da audiência da TV aberta, mais de 70% das verbas de publicidade e boa parte das receitas de programação em TV por assinatura. Juntas, Record, SBT, e RedeTV! detêm 17% da audiência de todos os canais pagos e abertos disponíveis nas operadoras de TV paga (considerando-se somente os abertos, a participação das três é de 35%). É uma audiência bastante relevante, que as operadoras não podem abrir mão, porque o assinante pode cancelar o serviço se não tiver mais, por exemplo, o sinal do SBT. ] A ideia por trás da joint venture é que as três redes sejam negociadas em pacotes, ou seja, que para ter o SBT, a operadora terá que levar também RedeTV! e Record. Isso fortalecerá as três redes em um mercado em que apenas duas operadoras, Net/Claro e Sky, possuem 83% dos assinantes. A negociação de pacotes de canais é prática comum no mercado. Fontes ligadas às três redes estimam que elas poderão faturar de R$ 360 milhões a mais de R$ 1 bilhão por ano cobrando por seus sinais digitais. Se conseguirem arrecadar esse teto, as três redes terão uma receita hoje equivalente a todo o faturamento anual do SBT. Amilcare Dallevo Jr., presidente da RedeTV!, estima que as redes poderão dar um salto em tecnologia e produção de programas apenas com metade dessa receita. A joint venture também prevê o lançamento de novos canais por assinatura. Cada rede terá 33,3% de participação na empresa, mas suas receitas serão proporcionais ao preço cobrado por seus sinais. Em tese, conforme prevê acordo de cotistas, o SBT não saberá quanto a Record pedirá por seu sinal, e vice-versa. O acordo dos acionistas também prevê que as três redes continuarão concorrendo entre si na TV aberta. Elas se unem apenas para vender seus sinais na TV paga. NOTÍCIAS DA TV Com restrições, Cade aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás 11/05/2016, às 18h37 - Atualizado às 18h57 Em julgamento final nesta quarta-feira (11), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Estima-se que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes. Proposta ao Cade em julho do ano passado, como o Notícias da TV informou em primeira mão, a empresa teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. Em fevereiro, a relatora do processo, a conselheira Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, apresentou parecer contrário à criação da joint venture. Ela embasou seu veto no "bem-estar do consumidor final". De acordo com Cristiane, a negociação em conjunto dos sinais fortaleceria as três redes abertas, e a relação custo-benefício seria desfavorável ao consumidor. Na ocasião, o conselheiro Alexandre Cordeiro Macedo pediu vistas do processo, que voltou a julgamento nesta quarta. Ele propôs uma série de "remédios" para reduzir os prejuízos da criação da empresa. Entre as restrições
13 aprovadas pelo Cade, estão a obrigatoriedade de a empresa investir três terços de suas receitas no desenvolvimento de novos programas de TV, aumentando a produção de conteúdo nacional, e a cessão gratuita do sinal para pequenas operadoras, aquelas que têm até 5% do mercado nacional, o que daria hoje cerca de 900 mil clientes. Ou seja, só haverá aumento de preços para assinantes de Net/Claro (9,859 milhões de clientes), Sky (5,366 milhões), Oi (1,176 milhão) e Telefonica/Vivo (1,781 milhão). Macedo também propôs um prazo de validade de seis anos para a empresa _ao final, ela será revista pelo Cade. Em seguida ao voto-vista de Macedo, o conselheiro João Paulo Resende votou contra a joint venture. Ele acompanhou a relatora Cristiane Alkmin. Seu principal argumento foi o de que haverá aumento de preços ao consumidor. Já o conselheiro Paulo Burnier da Silveira acompanhou o voto de Alexandre Cordeiro. A votação ficou empatada em 2 a 2. Foi a vez, então, de Márcio de Oliveira Júnior. O conselheiro votou a favor da empresa de Record, SBT e RedeTV! sem nenhuma restrição, nos termos propostos pela Superintendência-Geral em outubro. Os dois votos seguintes, de Gilvandro Araújo e do presidente Vinicius Marques de Carvalho, foram pela aprovação da joint venture com restrições. A empresa de Edir Macedo, Silvio Santos e Amilcare Dallevo Jr. poderá enfim ser aberta. O que está em jogo Com a nova lei de TV por assinatura, de 2011, as emissoras de TV aberta ficaram autorizadas a vender seus sinais digitais para as operadoras de TV paga. O sinal analógico continua, obrigatoriamente, sendo cedido gratuitamente. A Globo, desde 2014, já cobra por seus sinais digitais. Na próxima década, isso será muito relevante. O sinal digital deverá a ser extinto nos próximos anos. A joint venture entre SBT, Record e RedeTV! consolida juridicamente uma coalizão improvável até alguns anos atrás. Começou a ser costurada há pouco mais de dois anos, quando as três emissoras se juntaram para viabilizar a entrada no Brasil do instituto de pesquisas GfK, concorrente o Ibope (inicialmente, a Band também estava no consórcio). O principal alvo das três é a Globo, que detém quase metade da audiência da TV aberta, mais de 70% das verbas de publicidade e boa parte das receitas de programação em TV por assinatura. Juntas, Record, SBT, e RedeTV! detêm 17% da audiência de todos os canais pagos e abertos disponíveis nas operadoras de TV paga (considerando-se somente os abertos, a participação das três é de 35%). É uma audiência bastante relevante, que as operadoras não podem abrir mão, porque o assinante pode cancelar o serviço se não tiver mais, por exemplo, o sinal do SBT. ] A ideia por trás da joint venture é que as três redes sejam negociadas em pacotes, ou seja, que para ter o SBT, a operadora terá que levar também RedeTV! e Record. Isso fortalecerá as três redes em um mercado em que apenas duas operadoras, Net/Claro e Sky, possuem 83% dos assinantes. A negociação de pacotes de canais é prática comum no mercado. Fontes ligadas às três redes estimam que elas poderão faturar de R$ 360 milhões a mais de R$ 1 bilhão por ano cobrando por seus sinais digitais. Se conseguirem arrecadar esse teto, as três redes terão uma receita hoje equivalente a todo o faturamento anual do SBT. Amilcare Dallevo Jr., presidente da RedeTV!, estima que as redes poderão dar um salto em tecnologia e produção de programas apenas com metade dessa receita. A joint venture também prevê o lançamento de novos canais por assinatura. Cada rede terá 33,3% de participação na empresa, mas suas receitas serão proporcionais ao preço cobrado por seus sinais. Em tese, conforme prevê acordo de cotistas, o SBT não saberá quanto a Record pedirá por seu sinal, e vice-versa. O acordo dos acionistas também prevê que as três redes continuarão concorrendo entre si na TV aberta. Elas se unem apenas para vender seus sinais na TV paga. JORNAL CORREIO DO POVO DE ALAGOAS Conselho aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo
14 A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos :41 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos. Segundo o site Notícias da TV, a estimativa é de que a empresa poderá gerar às emissoras uma receita anual líquida de R$ 360 milhões a R$ 1 bilhão. De acordo com cálculos das operadoras de TV paga, a empresa provocará aumentos de R$ 5 a R$ 15 nas mensalidades dos assinantes. O Cade estimou o aumento de preços em até 11% sobre os pacotes. A empresa, proposta ao Cade em julho do ano passado, teve aprovação irrestrita da Superintendência-Geral do órgão em 1º de outubro. Net e Sky, as duas maiores operadoras de TV paga do país, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e NeoTV, associação das pequenas operadoras, recorreram da decisão, e o assunto foi a julgamento no tribunal administrativo do Cade. ECONOMIA AO MINUTO Conselho aprova sociedade de Silvio Santos e Edir Macedo A nova companhia servirá principalmente para negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com as operadoras de TV por assinatura, mas também deverá lançar novos canais pagos :41 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou com restrições a criação de uma empresa que terá Silvio Santos, Edir Macedo e Amilcare Dallevo Jr. como sócios. A nova companhia servirá principalmente para negociar os
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