Paleossismologia em regiões vulcânicas e a sua aplicação na avaliação do risco sísmico: o caso de estudo da ilha de S.
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1 Paleossismologia em regiões vulcânicas e a sua aplicação na avaliação do risco sísmico: o caso de estudo da ilha de S. Miguel, Açores R. Carmo, R. Silva, J. Madeira, A. Hipólito, T. Ferreira Lisboa, 4 a 6 de julho de 2016
2 AÇORES Enquadramento geográfico
3 AÇORES Enquadramento geodinâmico NA NA EU Corvo Flores EU NU Graciosa Faial S. Jorge Terceira Pico S. Miguel Sta. Maria FG NU (adaptado de Hipólito et al., 2013; batimetria regional de Lourenço et al., 1997; topografia e batimetria mundial de GEBCO_08, 2010)
4 ILHA DE S. MIGUEL Sismicidade instrumental (CVARG/CIVISA) Vulcão das Sete Cidades 2 S.V. Fissural dos Picos 3 Vulcão do Fogo 4 S. V. Fissural do Congro 5 Vulcão das Furnas 6 Vulcão da Povoação 7 S.V. do Nordeste Silva (2011)
5 ILHA DE S. MIGUEL Sismos destruidores históricos A Vulcão das Sete Cidades B S.V. Fissural dos Picos C Vulcão do Fogo D S. V. Fissural do Congro E Vulcão das Furnas F Vulcão da Povoação G S.V. do Nordeste Silva et al. (2015)
6 ILHA DE S. MIGUEL Mapa de isossistas de intensidades máximas (CVARG/CIVISA) Silveira (2002) ; Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98)
7 ILHA DE S. MIGUEL Avaliação probabilística da perigosidade sísmica PR=95 anos (CVARG/CIVISA) Rocha Solo não coesivo PGA PR=475 anos PGA Silva (2011), software CRISIS2007 (Aguilar, 2001; Ordaz et al., 2007)
8 ILHA DE S. MIGUEL Estruturas tectónicas (CVARG/CIVISA) Carmo (2013) 1 Vulcão das Sete Cidades 2 S.V. Fissural dos Picos 3 Vulcão do Fogo 4 S. V. Fissural do Congro 5 Vulcão das Furnas 6 Vulcão da Povoação 7 S.V. do Nordeste
9 S.V. FISSURAL DO CONGRO Estruturas tectónicas (CVARG/CIVISA) FA2 FA1 Carmo (2013)
10 S.V. FISSURAL DO CONGRO Falhas do Altiprado (CVARG/CIVISA) Falha Altiprado 2 Falha Altiprado 1
11 S.V. FISSURAL DO CONGRO Falhas do Altiprado Falha Altiprado 2 1 Fogo A (4520±90 anos BP; Wallenstein, 1999) 2 Fogo C (<3240±90 anos BP; Shotton et al., 1970) 3 Fogo D 4 Furnas C ( 1900 anos BP; Guest et al., 1994); solo cal AD 5 Fogo 1563; solo cal AD 6 Fogo 1563 remobilizado C1/C2 Coluvião Falha Altiprado 1
12 FALHAS DO ALTIPRADO Avaliação da magnitude máxima expectável SRL M Falha w RA * M * w MD M w (km) (± ) (km) (± ) (m) (±0.4) Altiprado ? ? 7-49? ? 0.38 (1) (2) (2) 6.0 Altiprado ? ? 15-26? ? M w /SRL M w = log(SRL); M w /RA M w = log(AR); M w /MD M w = log(MD); de Wells e Coppersmith (1994) * considerando uma espessura de 8 km para a crosta sismogénica (Silva, 2011; Silva et al., 2012) (1) deslocamento máximo assumindo rotura na FA1 num único evento sísmico (2) deslocamento máximo assumindo rotura em ambas as ramificações FA2-1 e FA2-2 num único evento sísmico
13 FALHAS DO ALTIPRADO Análise paleossismológica
14 FALHAS DO ALTIPRADO Considerações A distribuição da sismicidade, a carta de intensidades sísmicas máximas e avaliação probabilística da perigosidade sísmica para a ilha de S. Miguel mostram que a parte central da ilha é das mais ativas do setor ocidental da fronteira de placas EU-NU; Os estudos de paleossismologia recorrendo à abertura de trincheiras permitiram verificar que as falhas do Altiprado, localizadas na parte central da ilha de S. Miguel, sofreram vários episódios de rotura superficial em período histórico, no decurso de sismos de magnitude provavelmente elevada e relacionados com a tectónica regional (e.g. 1522, M W 6,7), ou durante crises sísmicas com eventos de magnitude baixa a moderada, associadas ou não a fenómenos magmáticos/hidrotermais (e.g ou 2005); As magnitudes (M W ) estimadas com base no comprimento e área de rotura (4,9-5,9) são significativamente mais baixas que as obtidas considerando o deslocamento por evento (5,7-6,7); Os valores de magnitude obtidos através do comprimento e área de rotura (mais baixos) podem estar subestimados por se desconhecer a extensão total das falhas (a expressão superficial dos acidentes poder estar oculta por produtos vulcânicos de queda mais recentes ou modificada por ações antrópicas); Os valores de magnitude estimados com base no deslocamento por evento (mais elevados) podem estar sobreavaliados ao se interpretar que o deslocamento medido resulta de um só evento e não do deslocamento acumulado de vários sismos, tectónicos ou relacionados com processos vulcânicos, ou ainda por se excluir que parte da deformação pode ser pós-sísmica ou assísmica; Outro aspeto a ter em conta é que em regiões vulcânicas a magnitude limiar para ocorrer rotura superficial pode ser significativamente mais baixa, por vezes até mesmo igual ou inferior a 4,0, devido à existência de fontes sismogénicas superficiais; No entanto, os dados da sismicidade histórica e instrumental mostram que neste setor da fronteira de placas EU-NU ocorrem sismos de magnitude elevada (e.g. 1 de Janeiro de 1980 com M 7,2); Em regiões vulcânicas ativas, avaliação do perigo sísmico pode ser dificultada pela interação entre a atividade tectónica e vulcanismo.
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