Diretoria De Portos e Costas. Ensino Profissional Marítimo. Curso De Educação Ambiental. Uma introdução à gestão ambiental portuária.
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- Maria do Pilar Lopes Arruda
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1 Diretoria De Portos e Costas. Ensino Profissional Marítimo. Curso De Educação Ambiental. Uma introdução à gestão ambiental portuária. Contaminação Ambiental na Descarga de Graneis Sólidos. Publico Alvo: Trabalhadores Portuários Avulsos na função de Operadores de Guindastes. Elaborado por: JOÃO GILBERTO CAMPOS. Aluno do Curso De Educação Ambiental DPC. Santos, SP, 20 de julho de 2004.
2 Projeto de trabalho visando o desenvolvimento de ações voltadas para a implementação da Educação Ambiental no trabalho de descarga de graneis sólidos. Documento realizado para atender exigência de trabalho individual para finalização do Curso de Educação Ambiental. Coordenadores: Ana Paula Almeida Gomes. Sinval Aparecido Dos Santos.
3 Sumário Introdução:1 1.1.Identificação do Problema... 2 Elaboração e Desenvolvimento do projeto de trabalho: Visita ao Porto com pesquisa fotográfica Identificação de algum tipo de impacto ambiental...8 Conclusão Ações corretivas e/ou preventivas... 9 Bibliografia 11.
4 Introdução: Este é um trabalho acadêmico, realizado para atender exigência de trabalho individual para a finalização do Curso de Educação Ambiental Uma introdução à gestão ambiental portuária. As maiorias dos portos brasileiros estão localizadas, conforme figura abaixo, na zona costeira, como conseqüências disto os ecossistemas costeiros e marinhos sofrem inúmeros impactos ambientais. As regiões costeiras, de uma maneira geral tendem a apresentar uma imensa ocupação humana, ocasionando forte pressão sobre os ecossistemas que ai se encontram. No Brasil, das 25 regiões metropolitanas, 14 encontra-se em estuários onde se localizam pólos petroquímicos e sistemas portuários, responsáveis por uma significativa degradação destes ecossistemas. O impacto ambiental gerados pelas atividades portuárias tem a sua origem nas atividades de construção, reforma ou ampliação dos portos, funcionamento e manutenção de suas instalações, bem como nos serviços e sistemas de transporte aquaviario
5 Os sistemas estuários de Santos e São Vicente, inseridos na região metropolitana da baixada santista, representam os mais importantes exemplos brasileiros de degradação ambiental por poluição híbrida e atmosférica de origem industrial em ambientes costeiros. A região abriga o maior porto da América Latina, o porto de Santos, e também o maior pólo industrial dos pais, situado em Cubatão. SANTOS Identificação do Problema. Dentre diversos impactos ambientais potenciais destacamos a geração de poeira e principalmente a contaminação ambiental do sistema do estuário. Iremos destacar através deste trabalho ações para a implementação da educação ambiental nos cursos de operação de sugadores e guindastes de terra. Os ecossistemas costeiros possuem uma alta capacidade de absorção e transformação dos elementos que ali chegam. No entanto, essa capacidade de - 2 -
6 transformação e adaptação tem as suas limitações, uma vez que a pressão sobre os recursos naturais presentes nesses ecossistemas, realizada pelas atividades humanas, torna-se cada vez mais acentuada.vários ecossistemas já demonstraram alguns sinais de saturação. SANTOS 2 Resumo de relatório técnico realizado pela CETESB: O levantamento da contaminação ambiental do Sistema Estuário de Santos e São Vicente teve início em fevereiro de O projeto abrangeu 26 pontos de amostragem, incluindo rios, estuários e o mar em toda a região de influência da poluição hídrica. Nesses pontos, foram realizados coletas de amostras de água (22 amostras), sedimentos (63 amostras) e organismos aquáticos (161 amostras de peixes, crustáceos e moluscos). Foram determinados cerca de 120 parâmetros envolvendo metais pesados e arsênio, pesticidas organoclorados, organoclorados aromáticos, organofosforados, herbicidas e outros pesticidas, compostos fenólicos, hidrocarbonetos poliaromáticos (PAHs), solventes aromáticos e halogenados, bifenilas policloradas (PCBs), dioxinas e furanos. Este relatório preliminar contém uma síntese dos dados relativos à contaminação química das águas, sedimentos e organismos aquáticos na região. A partir destes resultados, foram elaboradas umas série de recomendações objetivando a redução dos poluentes, as minimizações de suas impactas e as recuperações dos rios e dos ambientes estuarinos e marinhos da Baixada Santista. As demais análises, incluindo os dados microbiológicos, testes ecotoxicológicos e outros parâmetros físico-químicos da água e do sedimento serão apresentadas em um relatório subsequente. As amostras de águas indicam uma redução dos níveis de concentração de cobre, hexaclorobenzeno e BHC, quando comparados a estudos anteriores. Para o chumbo, cádmio, mercúrio e zinco, não foram observados sinais de alteração em relação a estudos anteriores Acima do critério estabelecido pelo CONAMA 20/86, estiveram - 3 -
7 alguns dos metais cádmio e chumbo. Não foram detectados nas amostras de água cromo, mercúrio, solventes aromáticos (exceto benzeno), solventes halogenados (exceto clorofórmio), pesticidas organoclorados (exceto endossulfan B), organoclorados aromáticos (incluindo hexaclorobenzeno) e compostos fenólicos (exceto fenol e 2,4 dimetilfenol) e poluentes poucos solúveis como PCBs e PAHs. Alguns compostos encontrados nos sedimentos da região da Baixada Santista estão muitas vezes acima das concentrações que podem causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos, (cádmio, chumbo, cobre, mercúrio, níquel, zinco), inclusive para alguns compostos acima do limite que provoca efeitos severos, como os PAHs, alfa, delta e gama-bhc. O sedimento é uma das principais formas de exposição da biota aquática aos poluentes provocando efeitos tóxicos e/ou bioacumulação. Observou-se uma redução da contaminação dos organismos, em relação aos estudos anteriores, para alguns metais (cádmio, chumbo, mercúrio), e alguns compostos orgânicos (hexaclorobenzeno). Alguns grupos de contaminantes (PCBs, PAHs, dioxinas e furanos), que ainda não haviam sido estudados pela CETESB em organismos aquáticos da região, apresentam bioacumulação, o que indica a necessidade de monitoramento destes poluentes. Elaboração e Desenvolvimento do projeto de trabalho: O PREPOM Portuários - Programa do Ensino Profissional Marítimo tem o propósito de disseminar cursos de formação, aperfeiçoamento, especiais, expeditos, avançados e de atualização para trabalhadores portuários. Ministrados com recursos do FDEPM Fundo de Desenvolvimento Do Ensino Profissional Marítimo e administrado pela Diretoria de Portos e Costas, com atribuições de normatizar, supervisionar e fiscalizar os órgãos de execução Capitanias, Delegacias e Agencias e Órgãos Conveniados e; ou terceirizados OGMO, tem como premissa básica à formação e qualificação profissional do trabalhador portuário avulso, habilitando-o para o exercício das atividades referentes à operação portuária. Dentre os 34 cursos do PREPOM, destacaremos neste projeto os cursos COSGS (Curso de sugador de graneis sólidos) COGT (Curso de operação com guindastes de terra)
8 1.2. Visita ao Porto com pesquisa fotográfica. Através de uma visita ao Porto de Santos, acompanhando um trabalho de descarga de graneis sólidos utilizando guindastes de terra e uma visita no Porto do Rio De Janeiro utilizando um sugador para graneis sólidos, realizamos este levantamento fotográfico: SANTOS 3 SANTOS 4-5 -
9 SANTOS 5 SANTOS 6 SANTOS 7-6 -
10 PORTO DO RIO DE JANEIRO 1 PORTO DO RIO DE JANEIRO 2 PORTO DO RIO DE JANEIRO 3-7 -
11 1.3. Identificação de algum tipo de impacto ambiental Ao analisarmos as figuras do porto de Santos e do Porto do Rio de Janeiro, observamos que apesar de serem equipamentos completamente diferentes, em Santos guindastes de terra (multipurpose crane) e no Rio um sugador para graneis (Ship unloader redlers), ambos apresentam: Presença de partículas em suspensão (poeira). Ruído dos equipamentos. Mesmo contando com lonas entre o cais e o navio, notamos um acumulo muito grande de material (figura Santos 3 e 4 ). Abertura de caçambas (grabs) em altura inadequada, gerando poeira ( figura 5). Utilização de adaptadores ineficazes, bem como caminhões obsoletos (figura 6). Reposicionamento da caçamba para bordo sem antes esperar em sua posição de descarga, ate que esteja totalmente vazia.(figura 7) Vazamentos nos Grabs ( figura Santos 7) Vazamentos no Redlers e falta de limpeza no cais (figura Rio De Janeiro 2 e 3) Estes produtos contribuem com o assoreamento e a contaminação dos sedimentos, ocasionando contaminações no estuário
12 Conclusão 1.4. Ações corretivas e/ou preventivas Os procedimentos operacionais adequados para minimizar os impactos ambientais devem com certeza, passar pela completa observação e conhecimento das principais causas, normas operacionais e legislações vigentes relativas à gestão ambiental, com cursos e treinamentos para todos os envolvidos neste tipo de operação, com a inclusão nos cursos de operação de sugadores e guindastes de uma disciplina de Educação Ambiental. As principais formas de entrada de substancias químicas no sistema estuário e na zona marinha adjacente: 1. Através da água de ecossistema superficial. 2. Pelo lançamento de efluentes líquidos industriais, portuários e domésticos. 3. Por vazamentos e acidentes ambientais. 4. Por deposição atmosférica de poluentes. 5. Pela disposição inadequada de resíduos sólidos domésticos e industriais em diversos locais das bacias de contribuição, contaminando as águas superficiais e subterrâneas. 6. Através do lançamento de sedimentos contaminados resultante da atividade de dragagem nos canais portuários
13 Podemos extinguir ou minimizar o impacto ambiental descrito em nossa pesquisa, simplesmente obedecendo às legislações e normas existentes, como por exemplo, a Norma Regulamentadora 29 nos itens: Nas operações com uso de caçambas, grabs e de pás carregadeiras, a produção de pó, derrames e outros incidentes, deve ser evitada com as seguintes medidas: a) umidificação da carga, caso sua natureza o permita; b) conservação e manutenção adequadas das caçambas e pás carregadeiras; c) carregamento adequado das pás carregadeiras, evitando a queda do material por excesso; d) abertura das caçambas ou basculamento de pás carregadeiras, na menor altura possível, quando da descarga; e)estabilização de caçambas e pás carregadeiras, em sua posição de descarga, até que estejam totalmente vazias; f) utilização de adaptadores apropriados ao veículo terrestre, com bocas de descarga e vedações em material flexível, lonas, mantas de plásticos e outros, sempre que a descarga se realize diretamente de navio para caminhão, vagão ou solo; g) utilização de proteção na carga e descarga de graneis, que garanta o escoamento do material que caia no percurso entre porão e costado do navio, para um só local no cais. Todos os envolvidos nas atividades portuárias necessitam de entender que existe uma capacidade de suporte do planeta e que a definição de qualidade de vida de uma sociedade reflete suas escolhas e prioridades. A poluição de nosso ecossistema costeiro está trazendo aos portos um problema de difícil solução, cada vez se constroem navios de maior calado, necessitando cada vez mais de dragagem, contudo o que iremos fazer com os sedimentos contaminantes resultantes destas atividades, pois a dragagem e essencial para a abertura e manutenção de canais e portos: É a natureza cobrando o preço de nosso descaso. Santos, 20 de julho de João Gilberto Campos
14 Bibliografia Pesquisas Internet; CETESB Poluição das águas no estuário e baia de Santos. Relatório Técnico CETESB Volume I SILVA, IX: MORAES: RP: SANTOS: POMPEIA: SL &MARTINS, S.E. Avaliação do estado de degradação dos ecossistemas da Baixada Santista SP Relatório Técnico CETESB. São Paulo, 45 p KOFF, ADELIA MARIA NEHME SIMÃO Curso de Educação Ambiental: uma introdução à gestão ambiental portuária DPC
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