Referenciais e Orientações das Conferências Regionais e Estadual DCAs

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1 ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA MULHER, DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (CEDCA) 1 Referenciais e Orientações das Conferências Regionais e Estadual DCAs 8ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE TEMA: "CONSTRUINDO DIRETRIZES DA POLÍTICA E DO PLANO DECENAL". Maceió-Alagoas 2009 Rua Cincinato Pinto, 503, 1º andar, centro Maceió Alagoas CEP: Fone/Fax: (82) Cel. (82) cedca_alagoas@hotmail.com /

2 TEOTONIO BRANDÃO VILELA FILHO Governador do Estado de Alagoas JOSÉ WANDERLEY NETO Vice-Governador WEDNA DE MIRANDA LESSA SANTOS Secretária de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos 2 "A nossa é uma época que nos desafia e exige respostas políticas ousadas, gestos generosos e reflexões teóricas inovadoras". Marco Aurélio Nogueira A cada dois anos o movimento pelos direitos da criança e do adolescente se direciona para as Conferências. Momento de avaliação e deliberação da política de atendimento, e também de confraternização e fortalecimento da rede de operadores do Sistema de Garantia de Direitos. O ciclo de Conferências 2009 inicia, em nosso Estado, com a posse da nova direção do CEDCA, uma conjunção com capacidade de produzir renovação, reflexão e, principalmente, de aglutinar forças em torno de um projeto comum de garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Tendo em vista que Alagoas recorrentemente aparece na mídia como cenário de violência e outras formas de violação de direitos, pretendemos nessa conferência dar visibilidade às nossas boas práticas de atendimento na área da infância e da adolescência, compartilhar experiências, e mostrar o que Alagoas tem de bom. Vamos em frente rumo à 8ª Conferência Estadual! Comitê Organizador Estadual: Andréia Lessa, Claudio Soriano, Elizabeth Bastos, Jivanete Benardino, Jose Edmilson de Souza, Juliana Vergetti, Monica Peixoto, Naira Costa, Nelma Nunes, Vandite Aguiar e Viviane Chaves.

3 COMPOSIÇÃO ATUAL DO CEDCA - GESTÃO Claudio Fernando Rodrigues Soriano Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente Vandite Aguiar Vice - Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente Nelma Nunes e Eliane Sybalde Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos Ana Maria de Miranda Freitas Mamede Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento 3 Dulce Maria Torres Perdigão e Edmilson Rodrigues Vasconcelos Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social Barbara Arraes Alves de Lima Monteiro e Aureni Santos Moreno Secretaria de Estado da Defesa Social Myrna Pimentel Ribeiro Villas Bôas e Martha Verônica Accioly Gomes Secretaria de Estado da Saúde Maria dos Prazeres Batista Silva e Maria Camélia Lopes Silva Secretaria de Estado da Educação e do Esporte Maj. QOC Valdenize Ferreira Lima e 2ª Ten. PM Paulete Constantino Cerqueira Policia Militar de Alagoas Marluce Barbosa Abreu Pinto e Terezinha Barbosa da Silva Associação Alagoana de Adolescência (AALA) Maria Aparecida Silva de Menezes e Maria Alcina Ramos de Freitas Associação Alagoana de Prevenção às Drogas, Atenção à Saúde Mental e Ecologia Humana (ACORDE) João Ferreira Lima e Telma Rodrigues Albino Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (ADEFAL) Maria das Graças Bezerra e Jackeline Siqueira Formiga Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Zumbi dos Palmares (CEDECA/AL) Oscar Miroslav de Andrade Presmich Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (CREMAL) Leonia Carla Vieira Tenório e Ubiratânia Maria Amorim de Souza Rodrigues Soares Conselho Regional de Psicologia (CRP/AL15ª Região) José Edmilson de Souza e Marta Célia Cavalcante de Almeida Rodas Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Alagoas Jivanete Benardino da Silva e Marta Maria Queiroz de Moura Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas (SINTEAL)

4 PARTE I 1 - APRESENTAÇÃO O presente documento contém as informações básicas necessárias à realização das Conferências Regionais e Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. O mesmo se baseia no Texto Base do CONANDA Referenciais e Orientações Básicas Para Realização da 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, disponível no endereço eletrônico: 4 O Ciclo de Conferências 2009 objetiva a formulação de Política de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente que deverão, posteriormente, balizar a elaboração de um Plano Decenal da Política de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente, nas esferas municipal, estadual e nacional. A formulação de uma Política Estadual oferece oportunidade de integração das diferentes políticas temáticas e setoriais afetas à infância e adolescência, bem como, referencia a construção do Plano Decenal, possibilita o monitoramento a partir de indicadores previamente estabelecidos e de metas projetadas para curto, médio e longo prazos. Assim, busca-se avançar na construção de uma política de Estado, que transcende os mandatos de governos e compromete os diferentes setores da sociedade. A formulação da Política Estadual de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, seguirá dois processos simultâneos e será finalizada com a aprovação do Plano Decenal em 2010: Produção de Subsídios pelas Conferências regionais, estadual e nacional * O Comitê Organizador da 8ª CEDCA, referenciada no documento base do CONANDA, constrói o documento base estadual: REFERENCIAIS E ORIENTAÇÕES DAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS E ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE e o encaminha para os municípios orientarem a realização das conferências regionais. Cada conferência regional aprova: * As diretrizes de âmbito regional, em número de livre decisão da Comissão Organizadora Regional COR, porém, somente duas diretrizes por eixo devem ser remetidas a COE. * Até duas diretrizes prioritárias por eixo de âmbito regional, até duas diretrizes prioritárias por eixo de âmbito estadual e até duas diretrizes prioritárias por eixo de âmbito nacional e as remete para a para o Comitê Organizador Estadual - COE * A conferência estadual, por sua vez, aprova até cinco diretrizes por eixo para a política nacional e as enviam para a etapa nacional. As conferências regionais devem discutir a política /diretrizes e eixos a partir da realidade local. Mapeamento da Política dos Direitos da Criança e do Adolescente vigentes no estado Enquanto o processo de Conferências ocorre nos âmbitos regionais; no âmbito estadual, o CEDCA, através do Comitê Organizador da 8ª CEDCA, realizará a consolidação das propostas aprovadas nas conferências regionais.

5 Esse processo de construção coletiva das diretrizes da Política de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente subsidiará a elaboração de proposta preliminar do Plano Decenal da Política Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, a ser concluída até agosto de Após a aprovação do CEDCA, o documento será entregue aos candidatos(as) à Governadores de Estado. A aprovação do Plano Decenal será uma maneira de marcar no estado o 20º aniversário do ECA, cumprindo uma missão que esse diploma legal conferiu no artigo 86 quando inscreveu que: A Política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios OBJETIVOS DA CONFERÊNCIA Objetivo Geral: Analisar, definir e deliberar as diretrizes da Política Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente com vistas à elaboração do Plano Decenal. Objetivos Específicos: * Mapear a realidade e demanda das regiões e estado; através do levantamento das políticas vigentes e das deliberações das conferências regionais; * Promover ampla mobilização dos operadores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e dos formadores de opinião pública; * Promover a intersetorialidade com as diversas áreas afetas à infância e adolescência, em especial a saúde, educação, assistência social, segurança e direitos humanos; * Promover o protagonismo dos adolescentes em todas as etapas e processos de realização do ciclo de conferências; * Realizar a Conferência Estadual e apoiar a realização das Conferências Regionais, favorecendo a articulação e formação da Rede Estadual DCA; * Viabilizar a participação da delegação do estado de Alagoas na 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. 3 - CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA O ciclo de Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizadas nos níveis regional, estadual e nacional, faz parte da agenda social de segmentos comprometidos com as questões relativas à infância e adolescência no país desde As Conferências são realizadas de dois em dois anos e constitui-se num amplo espaço para reflexões e deliberações coletivas em torno de um projeto comum. O CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), integrado a um contexto nacional e internacional, avança no sentido de promover, proteger e defender os direitos humanos de crianças e adolescentes e convoca, por meio de Resolução, a 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, com caráter deliberativo, a realizar-se no período de 7 a 10 de dezembro de 2009, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília-DF.

6 O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA/AL), nesse contexto, assume a responsabilidade de organizar a 8ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, a realizar-se no mês de setembro, na cidade de Maceió e convoca através da Resolução 52/09, os municípios e regiões para a participação nesse processo de construção da etapa estadual, assumindo a responsabilidade pela realização da conferência estadual. Esse projeto, gestado nos municípios, perpassa as estruturas administrativa estadual e federal, introduzindo interlocutores de vários segmentos e movimentos sociais num diálogo aberto, onde se desconstroem e reconstroem idéias, e se tomam decisões em torno da aplicação da legislação e da construção coletiva e participativa das políticas públicas que atendem crianças e adolescentes. 6 O CONANDA, ao deliberar sobre a 8ª Conferência Nacional, elege como tema CONSTRUINDO DIRETRIZES DA POLITICA E DO PLANO DECENAL, e propõe uma reflexão com a sociedade e o governo com o objetivo de promover a ampliação da participação, do controle social e do apoio institucional para a consolidação do princípio da Prioridade Absoluta, preconizado pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Ao eleger os objetivos da 8ª Conferência Nacional, o CONANDA explicita sua crença na necessidade de que a realização das Conferências em todos os âmbitos seja pautada de acordo com o tema proposto, qualificando as discussões e conferindo maior legitimidade aos encaminhamentos e às deliberações em âmbito nacional. O caminho escolhido é iniciar o processo de elaboração de um Plano Decenal de Garantia dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, como projeto de Estado, e com uma atuação de dimensão política e pedagógica que integre o Estado e a sociedade na efetivação de políticas públicas que assegurem o enfrentamento das atuais situações de ameaças e/ou violações de direitos. A Conferência Estadual irá incorporar a inovação do enfoque temático, ou seja, a consolidação das diretrizes da política estadual e do plano decenal, com o objetivo de mobilização da Rede Estadual DCA. Diante dos motivos expostos, o CEDCA assume a sua responsabilidade com a efetiva e qualitativa participação do Estado de Alagoas nas diferentes etapas desse processo, seja mobilizando e se fazendo representar nas Conferências Regionais; seja organizando a etapa Estadual e viabilizando a ida da delegação do Estado na etapa nacional. 4 - MARCO CONCEITUAL 4.1. Definição de diretrizes, ações e atividades (Reproduzindo o texto base do CONANDA): As diretrizes de uma Política são as grandes linhas orientadoras. Elas podem ser gerais e específicas. As diretrizes gerais, como o próprio nome indica, são as linhas mestras que orientam toda a política. Já as diretrizes específicas, são aquelas que definem um conjunto de ações a serem realizadas por categorias, sejam elas temáticas (i.e. violência) ou de segmentos sociais (criança e adolescente). As ações são um conjunto de atividades que visam a implementar as diretrizes. As atividades são as unidades de operacionalização das ações. Exemplo: Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos Diretriz: Promover a articulação dos vários conselhos de direitos nos três âmbitos das unidades federadas.

7 Ação: Incentivar a criação de mecanismos de coordenação visando uma ação articulada nos processos de formulação, monitoramento e avaliação de políticas sociais destinadas à criança e ao adolescente. Atividade: Realização de Plenárias conjuntas dos vários conselhos setoriais e defesa de direitos visando à construção de uma plataforma de ação articulada. Para auxiliar nessa definição, o CONANDA apresenta alguns princípios já consagrados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e que devem nortear, de forma transversal, as propostas de diretrizes da política nacional, estadual e municipais Princípios São princípios da Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente: O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos. O respeito aos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes assegurados nas Normas Nacionais e Internacionais existentes. A igualdade e respeito à diversidade. A universalidade dos direitos e das políticas. A equidade e justiça social. A garantia de prioridade absoluta. A descentralização político-administrativa e municipalização. A participação e controle social. Articulação das várias esferas de poder e entre governo e sociedade civil. A articulação, integração e intersetorialidade das políticas, programas e serviços. A transparência da Gestão do Estado. Além dos princípios apontados pelo CONANDA o CEDCA-AL destaca os seguintes princípios: A desjurisdicionalização da política de atendimento. A própria história de emergência do órgão com o ECA, motivada pelo processo de desjurisdicionalização da proteção à infância e adolescência no país, onde o CT assume funções até então atribuídas ao juiz, estabelece uma grande proximidade com as práticas judiciárias de disciplinarização da infância e da família. Observa-se ainda um difícil distanciamento das práticas jurisdicionais, devido, principalmente, à fragilidade das políticas sociais e à dificuldade de acesso à justiça; que levam o CT a assumir posturas corretivas e decisórias próprias do sistema judiciário A autonomia dos Conselhos Tutelares e de Direitos. A questão da autonomia dos Conselhos tem sido um dos principais desafios colocados à institucionalização dos conselhos, frente ao conjunto de instituições estabelecidas historicamente em nosso país, de natureza sui generis, os CTs e CDs recorrentemente se confundem como órgãos de governo, mais especificamente de assistência social; no caso dos CTs com funções de polícia ou como extensão do judiciário ou do Ministério Público. O cotidiano das relações institucionais impõe a necessidade de afirmação constante do caráter de representação popular, com poderes próprios, no zelo dos direitos estabelecidos pelo ECA. Como órgãos autônomos, não existe subordinação funcional dos Conselhos a qualquer órgão ou instância; entretanto, a atividade dos mesmos está vinculada a uma estrutura orgânica do Poder Executivo.

8 A descentralização político-administrativa e regionalização. As políticas das diversas áreas têm avançado no sentido da municipalização, entretanto, esse processo também apresenta desafios que somente serão enfrentados de forma regionalizada. Esse é o caso, por exemplo, da descentralização das medidas sócioeducativas, onde não justifica a construção de equipamentos senão para atender a um conjunto de municípios de uma mesma região. Mas para que haja uma efetiva participação dos municípios nesse processo, há de se avançar no desenvolvimento de estratégias de associação intermunicipal, como são os consórcios. A proteção integral 8 Devemos observar, ainda, que a Proteção Integral de que trata a legislação brasileira, ao reconhecer que crianças e adolescentes gozam de todos os direitos fundamentais como pessoas em desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais, é incompatível com procedimentos que os reduzam a meros objetos da proteção. Mesmo nos casos em que crianças e adolescentes são vítimas ou autores de atos infracionais, quando essa Proteção Integral se desdobra em Medidas Protetivas Específicas e em Medidas Socioeducativas, prevalece ainda a condição de pessoa em desenvolvimento e sujeito de direitos. Assim, torna-se indispensável perguntar como devem ser as políticas públicas, os programas e as ações para que o princípio da Proteção Integral seja respeitado. ARANTES, E. Pensando a Proteção Integral. A propósito das propostas de inquirição judicial de crianças e adolescentes como vítimas ou testemunhas de crimes, 2009 (mimeo). 4.3 Eixos orientadores A elaboração das diretrizes será norteada pelos eixos orientadores abaixo e baseada nas normativas, documentos e planos nacionais disponíveis no site do Conanda 1. Promoção e universalização dos direitos em um contexto de desigualdades. 2. Proteção e defesa no enfrentamento das violações de direitos humanos de crianças e adolescentes. 3. Fortalecimento do sistema de garantia de direitos. 4. Participação de crianças e adolescente nos espaços de construção da cidadania. 5. Gestão da Política. (inclui a discussão sobre o Pacto Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido ). Suplemento do Documento Base da 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente DESCRITORES DOS EIXOS PRIORITÁRIOS Eixo 1: PROMOÇÃO E UNIVERSALIZAÇÃO DE DIREITOS EM UM CONTEXTO DE DESIGUALDADES: A promoção e universalização dos direitos humanos de crianças e adolescentes devem ser um dos alvos principais da elaboração das diretrizes da Política Nacional dos Direitos da Criança e se constitui em uma tarefa complexa, desafiada por inúmeros elementos políticos, econômicos e culturais. O modelo de organização socioeconômica dominante convive com níveis elevados de desigualdade e de discriminação. Nesse sentido, entre as ações centrais postas para as políticas públicas na área de

9 direitos humanos, figuram a necessidade de articular a universalidade do conceito de direitos humanos com a diversidade cultural e, sobretudo, efetivar a universalização dos direitos em associação com a superação das desigualdades. Tais situações encontram-se imbricadas, haja vista a notória correlação existente no país entre diversidade, diferenças e desigualdades. Dessa forma, a universalização dos direitos humanos de crianças e adolescentes passa necessariamente por diretrizes que promovam a inclusão de segmentos historicamente excluídos. A diversidade é um componente estruturante da sociedade brasileira, conforma suas identidades, orienta as práticas culturais e substancia ações políticas e sociais. Entre as múltiplas construções e condições da diversidade e dos direitos humanos, cabe uma atenção particular para a situação de crianças e adolescentes. 9 Para assegurar a universalização dos direitos humanos, por meio da execução de políticas públicas, faz-se necessário conceber as crianças e adolescentes tanto em suas singularidades, quanto nas condições que compartilham. Dessa forma, a realização dos direitos humanos desse público em particular deve respeitar sua condição específica de ser social em formação, inserido em experiências e vivências identitárias diferenciadas. Os direitos humanos sustentam-se na percepção de que somos iguais em nossa integralidade e em nossos direitos, e somos diferentes em nossas singularidades. Portanto, o valor da equidade tanto como princípio e processo de compreensão e tratamento da pluralidade, quanto princípio e processo de enfrentamento e desconstrução das desigualdades precisa ser considerado pelas políticas públicas em nosso país. Conforme preconiza o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2006) uma concepção contemporânea de direitos humanos incorpora os conceitos de cidadania democrática, cidadania ativa e cidadania planetária, por sua vez inspiradas em valores humanistas e embasadas nos princípios da liberdade, da igualdade e da equidade e da diversidade. Para romper com as desigualdades sociais que marcam as condições de vida dos grupos historicamente excluídos, sobretudo crianças e adolescentes pertencentes às camadas mais desfavorecidas economicamente, é necessário reconhecer a pluralidade que marca a sociedade brasileira em suas diversas dimensões étnico-racial, de gênero, classe social, região, cultura, religião, orientação sexual, identidade de gênero, geração e deficiência sem perder de vista suas particularidades. Apreender tais dimensões é requisito incontornável para a construção dos direitos humanos. Em consonância com tais características, o princípio da proteção integral irrompe como uma noção que demarca a condição peculiar de crescimento e de desenvolvimento na qual se encontram crianças e adolescentes enquanto agentes sociais que demandam políticas intersetoriais voltadas para a promoção e defesa dos seus direitos humanos. Políticas estas necessariamente adequadas aos anseios, subjetividades, problemas, vivências e interações inerentes ao universo de crianças e adolescentes. Essa é uma das formas de tornar os direitos humanos instrumento de superação das desigualdades e de promoção das diversidades. Trabalhar, portanto, na perspectiva dos direitos humanos de crianças e adolescentes é enfrentar, no âmbito das políticas públicas (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte, lazer, entre outras), o ciclo de iniquidades as quais se encontram submetidos milhares de brasileiras e brasileiras nessa faixa etária. Isso implica em romper com as condições que permitem a reprodução da miséria, das

10 múltiplas formas de violência e discriminação que encontram na situação vulnerável de crianças e adolescentes um elemento de projeção e de aprofundamento. A construção de políticas de direitos humanos, sustentadas na promoção da diversidade e na efetivação da proteção integral constitui a articulação conceitual e prática indispensável para a superação das desigualdades e violências que recaem sobre crianças e adolescentes. Tal patamar democrático, porém, só possui condições de realização se associado ao campo educacional, pois os direitos humanos e a gama de conteúdos que o definem, demandam, entre outras, ações de formação e de reconfiguração das práticas culturais. 10 Eixo 2: PROTEÇÃO E DEFESA NO ENFRENTAMENTO DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Obs.: Desafios incluem erradicação do trabalho infantil doméstico e do abuso e da exploração sexual. Nos últimos 20 anos, desde a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, o Brasil conquistou importantes avanços na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Com a Doutrina da Proteção Integral, o Estado brasileiro, a sociedade e a família passam a ser responsáveis pelo cuidado e proteção de todas as crianças e adolescentes garantindo-lhes o bem estar familiar, social e econômico. A melhoria do acesso de crianças ao ensino fundamental, a queda na taxa da mortalidade infantil em mais de 56% em 16 anos, a mobilização do governo e sociedade no enfrentamento ao trabalho infantil com uma redução de 50%, a criação de mais conselhos de direitos e conselhos tutelares, a implantação das políticas públicas como o Sistema Único de Saúde - SUS, Sistema Único de Assistência Social - SUAS, e as políticas de educação com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação - LDB são exemplos desses avanços. No entanto, apesar dessas importantes conquistas, nos últimos 10 anos, a violência contra crianças e adolescentes tem sido uma preocupação do Conanda com as inúmeras denúncias de maus tratos, abuso, negligência e violências que todos os dias são notícias nos jornais, televisões, internet e rádio. De acordo com o Ministério da Saúde, no período de , em 27 unidades da federação, através do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), os dados revelaram que crianças e adolescentes estão expostos às mais variadas formas de violência. A residência constituiu o local de maior ocorrência dos casos de violência contra a criança (58%) e o adolescente (50%). O cenário da violência começa, muitas vezes, na residência, passa por escolas, comunidades e outros espaços de convivência. Atualmente, a principal causa de morte na população adolescente são os homicídios. São cerca de 20 mil mortes por ano. Dados estes também confirmados pelo Disque 100, disque denúncia que, no ano de 2007, totalizou denúncias em todo Brasil Diante dessa realidade, outras iniciativas e estratégias também foram articuladas pelo Conanda e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos/Subsecretaria de Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes em conjunto com outros órgãos do governo e entidades da sociedade civil, com o objetivo de eliminar toda e qualquer forma de violação dos direitos de crianças e adolescentes em especial as violências. Várias ações foram desenvolvidas como a elaboração dos Planos Nacionais de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, de Convivência Familiar e Comunitária, Presidente Amigo da Criança, Agenda Social da Criança e Adolescente, de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho do Adolescente, que possibilitaram dar maior visibilidade a essas violações e, ao mesmo tempo, criar programas, ações e políticas que pudessem enfrentá-las de maneira articulada, Intersetorial e com a participação de estados e municípios.

11 Nesse sentido, podemos destacar importantes ações governamentais como a criação dos Programas de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), Escola que Protege, Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), e a ampliação da ficha de notificação de violências, dentre outros. Essas são respostas para o enfrentamento das inúmeras violações a que são submetidas as crianças e adolescentes brasileiras, como aquelas que são decorrentes das relações interpessoais, como os maus tratos (físico, psicológico, negligência e abuso sexual), ou da violência estrutural, como o trabalho infantil, a situação de crianças e adolescentes em alta vulnerabilidade social (população indígena e quilombola, dentre outras). 11 O Conanda, ao propor esse eixo, está consciente de que a violência é um dos grandes desafios para a próxima década, pois há muito o que fazer frente ao trabalho infantil doméstico, agrícola, de crianças e adolescentes envolvidos com o tráfico de drogas; a pedofilia; ao tráfico de pessoas; aos mecanismos de proteção e identificação de abusadores contra crianças e adolescentes no meio virtual; a exploração e violência sexual; a conscientização das famílias de que a violência intrafamiliar deixa sequelas emocionais que podem comprometer de forma permanente as crianças e adolescentes. Os efeitos dessa violência são perversos, prejudicando o aprendizado, as relações sociais e o seu pleno desenvolvimento, e ainda podem se manifestar na construção de um círculo de reprodução e retroalimentação de práticas violentas que se reproduzem de forma intergeracional. A violência exige uma resposta mais contundente por parte do Estado, da sociedade e da família. Essa trilogia deve ser abordada em qualquer proposta de prevenção da violência contra crianças e adolescentes. Eixo 3 FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente constitui-se na articulação das instâncias públicas governamentais e da sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, nos níveis federal, estadual, distrital e municipal. Hoje, existe um entendimento corrente de que os órgãos que compõem esse sistema podem ser agrupados em três áreas (Resolução 113 de 19/04/2006 do Conanda): Resolução 113 do Conanda sobre fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos - RESOLUÇÃO Nº 113, DE 19 DE ABRIL DE 2006 O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CONANDA, no uso das atribuições legais estabelecidas na Lei n.º 8.242, de 12 de outubro de 1991 e no Decreto n de 20 de maio de 2004, em cumprimento ao que estabelecem o art. 227 caput e 7º da Constituição Federal e os artigos 88, incisos II e III, 90, parágrafo único, 91, 139, 260, 2º e 261, parágrafo único, do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei Federal nº 8.069/90, e a deliberação do Conanda, na Assembléia Ordinária n.º 137, realizada nos dias 08 e 09 de março de 2006, resolve aprovar os seguintes parâmetros para a institucionalização e fortalecimento do Sistema de Garanta dos Direitos da Criança e do Adolescente:

12 CAPÍTULO I - DA CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 1º O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente constitui-se na articulação e integração das instâncias públicas governamentais e da sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a efetivação dos direitos humanos da criança e do adolescente, nos níveis Federal, Estadual, Distrital e Municipal. 12 1º Esse Sistema articular-se-á com todos os sistemas nacionais de operacionalização de políticas públicas, especialmente nas áreas da saúde, educação, assistência social, trabalho, segurança pública, planejamento, orçamentária, relações exteriores e promoção da igualdade e valorização da diversidade. 2º Igualmente, articular-se-á, na forma das normas nacionais e internacionais, com os sistemas congêneres de promoção, defesa e controle da efetivação dos direitos humanos, denível interamericano e internacional, buscando assistência técnico-financeira e respaldo político, junto às agências e organismos que desenvolvem seus programas no país. Art. 2º Compete ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente promover, defender e controlar a efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais, coletivos e difusos, em sua integralidade, em favor de todas as crianças e adolescentes, de modo que sejam reconhecidos e respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento; colocando-os a salvo de ameaças e violações a quaisquer de seus direitos, além de garantir a apuração e reparação dessas ameaças e violações. 1º O Sistema procurará enfrentar os atuais níveis de desigualdades e iniqüidades, que se manifestam nas discriminações, explorações e violências, baseadas em razões de classe social, gênero, raça/etnia, orientação sexual, deficiência e localidade geográfica, que dificultam significativamente a realização plena dos direitos humanos de crianças e adolescentes, consagrados nos instrumentos normativos nacionais e internacionais, próprios. 2º Este Sistema fomentará a integração do princípio do interesse superior da criança e do adolescente nos processos de elaboração e execução de atos legislativos, políticas, programas e ações públicas, bem como nas decisões judiciais e administrativas que afetem crianças e adolescentes. 3º Este Sistema promoverá estudos e pesquisas, processos de formação de recursos humanos dirigidos aos operadores dele próprio, assim como a mobilização do público em geral sobre a efetivação do princípio da prevalência do melhor interesse da criança e do adolescente. 4º O Sistema procurará assegurar que as opiniões das crianças e dos adolescentes sejam levadas em devida consideração, em todos os processos que lhes digam respeito. Art. 3º A garantia dos direitos de crianças e adolescentes se fará através das seguintes linhas estratégicas: I - efetivação dos instrumentos normativos próprios, especialmente da Constituição Federal,

13 da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Estatuto da Criança e do Adolescente; II - implementação e fortalecimento das instâncias públicas responsáveis por esse fim; e III- facilitação do acesso aos mecanismos de garantia de direitos, definidos em lei. CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS NORMATIVOS DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 4º Consideram-se instrumentos normativos de promoção, defesa e controle da efetivação dos direitos humanos da criança e do adolescente, para os efeitos desta Resolução: 13 I - Constituição Federal, com destaque para os artigos, 5º, 6º, 7º, 24 - XV, 226, 204, 227 e 228; II - Tratados internacionais e interamericanos, referentes à promoção e proteção de direitos humanos, ratificados pelo Brasil, enquanto normas constitucionais, nos termos da Emenda nº 45 da Constituição Federal, com especial atenção para a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente; III - Normas internacionais não-convencionais, aprovadas como Resoluções da Assembléia Geral das Nações Unidas, a respeito da matéria; IV - Lei Federal nº (Estatuto da Criança e do Adolescente), de 13 de julho de 1990; V - Leis federais, estaduais e municipais de proteção da infância e da adolescência; VI - Leis orgânicas referentes a determinadas políticas sociais, especialmente as da assistência social, da educação e da saúde; VII - Decretos que regulamentem as leis indicadas; VIII - Instruções normativas dos Tribunais de Contas e de outros órgãos de controle e fiscalização (Receita Federal, por exemplo); IX - Resoluções e outros atos normativos dos conselhos dos direitos da criança e do adolescente, nos três níveis de governo, que estabeleçam principalmente parâmetros, como normas operacionais básicas, para regular o funcionamento do Sistema e para especificamente formular a política de promoção dos direitos humanos da criança e do adolescente, controlando as ações públicas decorrentes; e X - Resoluções e outros atos normativos dos conselhos setoriais nos três níveis de governo, que estabeleçam principalmente parâmetros, como normas operacionais básicas, para regular o funcionamento dos seus respectivos sistemas. CAPÍTULO III - DAS INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 5º Os órgãos públicos e as organizações da sociedade civil, que integram esse Sistema, deverão exercer suas funções, em rede, a partir de três eixos estratégicos de ação: I - defesa dos direitos humanos;ii - promoção dos direitos humanos; e III - controle da efetivação dos direitos humanos. Parágrafo único. Os órgãos públicos e as organizações da sociedade civil que integram o Sistema podem exercer funções em mais de um eixo. CAPÍTULO IV - DA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS Art. 6º O eixo da defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes caracteriza-se pela garantia do acesso à justiça, ou seja, pelo recurso às instâncias públicas e mecanismos jurídicos de proteção legal dos direitos humanos, gerais e especiais, da infância e da

14 adolescência, para assegurar a impositividade deles e sua exigibilidade, em concreto. Art. 7º Neste eixo, situa-se a atuação dos seguintes órgãos públicos: I - judiciais, especialmente as varas da infância e da juventude e suas equipes multiprofissionais, as varas criminais especializadas, os tribunais do júri, as comissões judiciais de adoção, os tribunais de justiça, as corregedorias gerais de Justiça; II - público-ministeriais, especialmente as promotorias de justiça, os centros de apoio operacional, as procuradorias de justiça, as procuradorias gerais de justiça, as corregedorias gerais do Ministério Publico; III - defensorias públicas, serviços de assessoramento jurídico e assistência judiciária; IV - advocacia geral da união e as procuradorias gerais dos estados V - polícia civil judiciária, inclusive a polícia técnica; VI - polícia militar; VII - conselhos tutelares; e VIII - ouvidorias. 14 Parágrafo Único. Igualmente, situa-se neste eixo, a atuação das entidades sociais de defesa de direitos humanos, incumbidas de prestar proteção jurídico-social, nos termos do artigo 87, V do Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 8º Para os fins previstos no art. 7º, é assegurado o acesso à justiça de toda criança ou adolescente, na forma das normas processuais, através de qualquer dos órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Publico e da Defensoria Pública. 1º Será prestada assessoria jurídica e assistência judiciária gratuita a todas as crianças ou adolescentes e suas famílias, que necessitarem, preferencialmente através de defensores públicos, na forma da Lei Complementar de Organização da Defensoria Pública. 2º A não garantia de acesso à Defensoria Pública deverá implicar em sanções judiciais e administrativas cabíveis, a serem aplicadas quando da constatação dessa situação de violação de direitos humanos. Art. 9º O Poder Judiciário, o Ministério Público, as Defensorias Públicas e a Segurança Pública deverão ser instados no sentido da exclusividade, especialização e regionalização dos seus órgãos e de suas ações, garantindo a criação, implementação e fortalecimento de: I - Varas da Infância e da Juventude, específicas, em todas as comarcas que correspondam a municípios de grande e médio porte ou outra proporcionalidade por número de habitantes, dotando-as de infra-estruturas e prevendo para elas regime de plantão; II - Equipes Interprofissionais, vinculadas a essas Varas e mantidas com recursos do Poder Judiciário, nos termos do Estatuto citado; III - Varas Criminais, especializadas no processamento e julgamento de crimes praticados contra crianças e adolescentes, em todas as comarcas da Capital e nas cidades de grande porte e em outras cidades onde indicadores apontem essa necessidade, priorizando o processamento e julgamento nos Tribunais do Júri dos processos que tenham crianças e adolescentes como vítimas de crimes contra a vida; IV - Promotorias da Infância e Juventude especializadas, em todas as comarcas na forma do inciso III; V - Centros de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e Juventude; VI - Núcleos Especializados de Defensores Públicos, para a imprescindível defesa técnico-jurídica de crianças e adolescentes que dela necessitem; e VIII - Delegacias de Polícia Especializadas, tanto na apuração de ato infracional atribuído a

15 adolescente, quanto na apuração de delitos praticados contra crianças e adolescentes em todos os municípios de grande e médio porte. Art. 10º Os conselhos tutelares são órgãos contenciosos não-jurisdicionais, encarregados de "zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente", particularmente através da aplicação de medidas especiais de proteção a crianças e adolescentes com direitos ameaçados ou violados e através da aplicação de medidas especiais a pais ou responsáveis (art. 136, I e II da Lei 8.069/1990). Parágrafo Único. Os conselhos tutelares não são entidades, programas ou serviços de proteção, previstos nos arts. 87, inciso III a V, 90 e 118, 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente. 15 Art. 11 As atribuições dos conselhos tutelares estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, não podendo ser instituídas novas atribuições em Regimento Interno ou em atos administrativos semelhante de quaisquer outras autoridades. Parágrafo Único. É vedado ao Conselho Tutelar aplicar e ou executar as medidas socioeducativas, previstas no artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 12 Somente os conselhos tutelares têm competência para apurar os atos infracionais praticados por crianças, aplicando-lhes medidas especificas de proteção, previstas em lei, a serem cumpridas mediante requisições do conselho. (artigo 98, 101,105 e 136, III, b da Lei 8.069/1990). Art. 13 Os conselhos tutelares deverão acompanhar os atos de apuração de ato infracional praticado por adolescente, quando houver fundada suspeita da ocorrência de algum abuso de poder ou violação de direitos do adolescente, no sentido de providenciar as medidas específicas de proteção de direitos humanos, prevista em lei e cabível. CAPÍTULO V - DA PROMOCAO DOS DIREITOS HUMANOS Art. 14 O eixo estratégico da promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes operacionaliza-se através do desenvolvimento da "política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente", prevista no artigo 86 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que integra o âmbito maior da política de promoção e proteção dos direitos humanos. 1º Essa política especializada de promoção da efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes desenvolve-se, estrategicamente, de maneira transversal e intersetorial, articulando todas as políticas públicas (infra-estruturantes, institucionais, econômicas e sociais) e integrando suas ações, em favor da garantia integral dos direitos de crianças e adolescentes. 2º No desenvolvimento dessa política deverão ser considerados e respeitados os princípios fundamentais enumerados no artigo 2º e seus parágrafos desta Resolução. 3º O desenvolvimento dessa política implica: I - na satisfação das necessidades básicas de crianças e adolescentes pelas políticas públicas, como garantia de direitos humanos e ao mesmo tempo como um dever do Estado, da família e da sociedade; II - na participação da população, através suas organizações representativas, na formulação e no controle das políticas públicas; III - na descentralização política e administrativa, cabendo a coordenação das políticas e

16 edição das normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dessas políticas e dos respectivos programas às esferas estadual, Distrital e municipal, bem como às entidades sociais; e IV - no controle social e institucional (interno e externo) da sua implementação e operacionalização. Art. 15 A política de atendimento dos direitos humanos de crianças e adolescentes operacionaliza-se através de três tipos de programas, serviços e ações públicas: I - serviços e programas das políticas públicas, especialmente das políticas sociais, afetos aos fins da política de atendimento dos direitos humanos de crianças e adolescentes; II - serviços e programas de execução de medidas de proteção de direitos humanos; e III - serviços e programas de execução de medidas socioeducativas e assemelhadas. 16 SEÇÃO I - DOS SERVIÇOS E PROGRAMAS DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES SUBSEÇÃO I DOS PROGRAMAS EM GERAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Art. 16 As políticas públicas, especialmente as políticas sociais, assegurarão o acesso de todas as crianças e todos os adolescentes a seus serviços, especialmente as crianças e os adolescentes com seus direitos violados ou em conflito com a lei, quando afetos às finalidades da política de atendimento dos direitos humanos da criança e do adolescente, obedecidos aos princípios fundamentais elencados nos parágrafos do artigo 2º desta Resolução. SUBSEÇÃO II - DOS SERVIÇOS E PROGRAMAS DE EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE DIREITOS HUMANOS Art. 17 Os serviços e programas de execução de medidas específicas de proteção de direitos humanos têm caráter de atendimento inicial, integrado e emergencial, desenvolvendo ações que visem prevenir a ocorrência de ameaças e violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes e atender às vítimas imediatamente após a ocorrência dessas ameaças e violações. 1º Esses programas e serviços ficam à disposição dos órgãos competentes do Poder Judiciário e dos conselhos tutelares, para a execução de medidas específicas de proteção, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente; podendo, todavia receber diretamentecrianças e adolescentes, em caráter excepcional e de urgência, sem previa determinação da autoridade competente, fazendo, porém a devida comunicação do fato a essa autoridade, até o segundo dia útil imediato, na forma da lei citada. 2º Os programas e serviços de execução de medidas específicas de proteção de direitos humanos obedecerão aos parâmetros e recomendações estabelecidos pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda e, complementarmente, pelos demais conselhos dos direitos, em nível estadual, Distrital e municipal e pelos conselhos setoriais competentes. 3º Estes programas se estruturam e organizam sob a forma de um Sistema Nacional de Proteção de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, regulado por normas operacionais básicas específicas, a serem editadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da

17 Criança e do Adolescente - Conanda. Art. 18 Consideram-se como programas e serviços de execução de medidas de proteção de direitos humanos aqueles previstos na legislação vigente a respeito da matéria. SUBSEÇÃO III - DOS PROGRAMAS DE EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E ASSEMELHADAS Art. 19 Os programas de execução de medidas socioeducativas são destinados ao atendimento dos adolescentes autores de ato infracional, em cumprimento de medida judicial socioeducativa, aplicada na forma da lei, em decorrência de procedimento apuratório, onde se assegure o respeito estrito ao princípio constitucional do devido processo legal. 17 1º Os programas de execução de medidas socioeducativas para adolescentes autores de ato infracional obedecerão aos parâmetros e recomendações estabelecidos pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda e, complementarmente, pelos demais conselhos dos direitos, em nível Estadual, Distrital e Municipal. 2º Estes programas se estruturam e organizam, sob forma de um Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE em cumprimento dos seguintes princípios norteadores: I - prevalência do conteúdo educativo sobre os sancionatórios e meramente de contenção, no atendimento socioeducativo; II - ordenação do atendimento socioeducativo e da sua gestão, a partir do projeto político-pedagógico; III - construção, monitoramento e avaliação do atendimento socioeducativo, com a participação proativa dos adolescentes socioeducandos;iv - exemplaridade, presença educativa e respeito à singularidade do adolescente socioeducando, como condições necessárias no atendimento socioeducativo; V - disciplina como meio para a realização do processo socioeducativo; VI - exigência e compreensão enquanto elementos primordiais de reconhecimento e respeito ao adolescente durante o processo socioeducativo; VII - dinâmica institucional favorecendo a horizontalidade na socialização das informações e dos saberes entre equipe multiprofissional (técnicos e educadores); VIII - organização espacial e funcional dos programas de atendimento sócio-educativo como sinônimo de condições de vida e de possibilidades de desenvolvimento pessoal e social para o adolescente; IX - respeito à diversidade étnica/racial, de gênero, orientação sexual e localização geográfica como eixo do processo socioeducativo; e X - participação proativa da família e da comunidade no processo socioeducativo. 3º Os programas de execução de medidas socioeducativas devem oferecer condições que garantam o acesso dos adolescentes socioeducandos às oportunidades de superação de sua situação de conflito com a lei. Art. 20 Consideram-se como programas socioeducativos, na forma do Estatuto da Criança e do Adolescente, os seguintes programas, taxativamente: I - programas socioeducativos em meio aberto a) prestação de serviço à comunidade; e

18 b) liberdade assistida. II - programas socioeducativos com privação de liberdade a) semiliberdade; e b) internação. Parágrafo único. Integram também o Sistema Nacional Socioeducativo - SINASE, como auxiliares dos programas socioeducativos, os programas acautelatórios de atendimento inicial (arts. 175 e 185 da lei federal nº 8069/90), os programas de internação provisória (art 108 e 183 da lei citada) e os programas de apoio e assistência aos egressos. 18 CAPÍTULO VI - DO CONTROLE DA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Art. 21 O controle das ações públicas de promoção e defesa dos direitos humanos da criança e do adolescente se fará através das instâncias públicas colegiadas próprias, onde se assegure a paridade da participação de órgãos governamentais e de entidades sociais, tais como: I - conselhos dos direitos de crianças e adolescentes; II - conselhos setoriais de formulação e controle de políticas públicas; e III - os órgãos e os poderes de controle interno e externo definidos nos artigos 70, 71, 72, 73, 74 e 75 da Constituição Federal. Parágrafo Único. O controle social é exercido soberanamente pela sociedade civil, através das suas organizações e articulações representativas. Art. 22 Na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios haverá um Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, respectivamente, composto por igual número de representantes do governo e da sociedade civil organizada, garantindo a ampla participação da população, por suas organizações representativas, no processo de formulação e controle da política de atendimento aos direitos da criança e ao adolescente, dos seus programas, serviços e ações. Parágrafo Único. A composição desses conselhos e a nomeação de seus membros devem ser estabelecidas de acordo com as Resoluções 105 e 106 do Conanda, inclusive as recomendações, contendo procedimentos que ofereçam todas as garantias necessárias para assegurar a representação pluralista de todos os segmentos da sociedade, envolvidos de alguma forma na promoção e proteção de direitos humanos, particularmente através de representações de organizações da sociedade civil governamentais, sindicatos, entidades sociais de atendimento a crianças e adolescentes, organizações profissionais interessadas, entidades representativas do pensamento científico, religioso e filosófico e outros nessa linha. Art. 23 Os conselhos dos direitos da criança e do adolescente deverão acompanhar, avaliar e monitorar as ações públicas de promoção e defesa de direitos de crianças e adolescentes, deliberando previamente a respeito, através de normas, recomendações, orientações. 1º As deliberações dos conselhos dos direitos da criança e do adolescente, no âmbito de suas atribuições e competências, vinculam as ações governamentais e da sociedade civil organizada, em respeito aos princípios constitucionais da participação popular, da prioridade absoluta do atendimento à criança e ao adolescente e da prevalência do interesse superior da criança e do adolescente, conforme já decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

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