Reprodução e desenvolvimento dos insetos
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- Luís Fernandes Bergler
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1 A maioria dos insetos é ovíparo (oviparidade) CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CAMPUS DE POMBAL Reprodução e desenvolvimento dos insetos Estes ovos podem ser colocados isoladamente ou em massa, apresentando formas variadas: esféricos, em forma de barril, de disco, ovais, etc.) Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Isaías 45:22 Pombal 17 de Julho de 2013 Figura 1: Ovos isolados de lepidoptera do gênero Pieris. Figura 2: Ovos em massa de Mantodea. Vamos conhecer outros tipos de reprodução! Podem ser colocados : ISOLADAMENTE EM GALHOS SOBRE ANIMAIS Viviparidade o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do corpo da mãe, a qual deposita larva ou ninfa em vez de ovos. Abrange quatro sub-tipos: Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae) Esperança (Orthoptera) Diptera ( tachinidae) SOBRE ÁGUA EM TECIDOS VEGETAIS PROTEGIDOS Mosquito (Diptera) Mosca-das- frutas (Diptera, Tephritidae) Barata (Blattodea) 1) Viviparidade adenotrófica após a eclosão as larvas são retidas no corpo da mãe, sendo depositadas como larvas maduras que em seguida pupam (moscas tse-tsé do gênero Glossina); 3) Viviparidade pseudoplacentária o embrião se desenvolve numa parte alongada da vagina, nutrindo-se em estruturas semelhantes a placentas (pulgões). moscas tse-tsé do gênero Glossina 2) Viviparidade no hemocele - após os ovários partirem-se, os ovos são liberados no interior do corpo da mãe; as larvas recém eclodidas escapam, devorando a mãe (Strepsiptera); Pulgão 1
2 4) Ovoviviparidade os ovos depositados contêm embriões em adiantado estádio de desenvolvimento, podendo ocorrer larvas recém-eclodidas, a exemplo das moscas da família Tachinidae; tachinidae refere-se ao crescimento e desenvolvimento de um embrião sem fertilização. São fêmeas que procriam sem precisar de machos que as fecundem. Óvulos se desenvolvem mesmo que não tenham sido fecundados (abelhas). Geralmente ocorre combinada com outros tipos de reprodução como: oviparidade, viviparidade e pedogênese, podendo ocorrer alternadamente com uma geração bissexuada. Conforme o número de cromossomos dos indivíduos nascidos a partenogênese pode ser classificada em: Apomítica quando há redução no número de cromossomos durante a gênese, gerando indivíduos diplóides a exemplo dos pulgões; Automítica quando há divisões reducionais, mas o número diplóide de cromossomas do óvulo é restaurado por fusão de dois núcleos haplóides: o óvulo e o segundo corpo polar, a exemplo das moscasbrancas; Reducional quando os descendentes são haplóides (zangões). Conforme o sexo dos indivíduos nascidos, a partenogênese pode ser classificada em: Telítoca apenas fêmeas são originadas. É o caso de pulgões de regiões de clima tropical (ou subtropical, nos períodos de calor); Arrenótoca quando origina apenas macho, como no caso dos zangões; Anfítoca quando origina machos e fêmeas, como no caso de pulgões de clima frio. 2
3 Conforme a obrigatoriedade, a partenogênese pode ser classificada em: Pulgão Conforme a obrigatoriedade, a partenogênese pode ser classificada em: -facultativa ; -Obrigatória; Facultativa ovos não fecundados originam fêmeas e ovos fecundados originam machos e fêmeas; Obrigatória reprodução ocorre somente por partenogênese, como no caso dos pulgões de clima tropical, ou nos zangões. PEDOGÊNESE PEDOGÊNESE Ocorrência de ovários funcionais em insetos imaturos (dípteros da família Cecidomyiidae e Chironomidae) em que os óvulos desenvolvem-se partenogeneticamente. Há casos em que a pedogênese está associada à viviparidade. Neotenia presença de caracteres imaturos no estágio adulto a exemplo do bicho-cesto (Lepidóptero), em que as fêmeas adultas são larvas neotênicas que se acasalam e depositam ovos dentro do cesto. Diptera - Cecidomyiidae e Chironomidae Fêmea do bicho-do-cesto, Lepidoptera Psychidae, Oiketicus kirbyi POLIEMBRIONIA Dois ou mais embriões originados de um único ovo (microhimenópteros/ Encyrtidae, Braconidae). PEDOGÊNESE Hermafroditismo dois sexos presentes no mesmo indivíduo. Ex.Pulgão branco dos citros. Cochonilhas - Icerya purchasi (Sternorrhyncha, Margarodidae) 3
4 Desenvolvimento Embrionário Inicia-se após a fecundação do óvulo pelo espermatozóide formando o núcleo zigótico e finaliza com a eclosão da larva ou ninfa. Após a deglutição do líquido aminiótico em que o inseto aumenta de volume, ocupando todo o ovo, O cório se rompe, com auxílio da força muscular, permitindo a lenta saída do inseto. DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS & Desenvolvimento pósembrionário Inicia-se com eclosão da larva ou ninfa e finaliza com a emergência do adulto. Todos se tornam maduros no ínstar final (imago ou adulto), havendo um número determinado de ecdises (troca de tegumento). Durante o processo de crescimento ocorre mudanças na forma conhecidas como metamorfose. Ametabolia Desenvolvimento primitivo não ocorre mudança de forma. Do ovo nasce o inseto que apenas cresce sem alterações nas características morfológicas característico das traças dos livros (Apterigotas). Ex: Thysanura Paurometabolia O inseto recém eclodido se assemelha ao adulto, com a diferença de que não possui asas e os órgãos genitais são imaturos. Há diversas ecdises e a fase larval é chamada forma jovem ou ninfa, não ocorrendo pupas. Hemimetabolia Os insetos sofrem metamorfose parcial característico dos Pterigotas. Desenvolvimento externo das asas visível Exopterigotos compreendendo as fases de ova-ninfa e adulto. Hemimetabolia Holometabolia completa Pterigotos Abrange as fases de ovo, larva, pupa e adulto. Fases do ovo Stethorus sp. Coccinellidae Dilobopterus sp. Phytalus sp. Mantodea Orthoptera Heteroptera Neuroptera 4
5 A fase larval é a primeira fase embrionária. É a fase de mais intenso crescimento, tanto em tamanho quanto em ganho de peso. As larvas podem ser classificadas em diversos tipos. Vermiforme larva ápoda branco-leitosa em que a cabeça não se diferencia do restante do corpo; característico das moscas; Eruciforme geralmente chamada de lagarta, apresenta três pares de pernas verdadeiras, cinco pares de pernas abdominais contendo colchetes ou ganchos; característico dos lepidópteros; Limaciforme larvas ápodas semelhante a lesmas achatadas; característico da família Syrphidae; Díptera; Curculioniforme larva ápoda, recurvada com cabeça diferenciada e quitinizada, branco leitosa, típica da família dos curculionídeos; Carabiforme larva alongada com três pares de pernas torácicas curtas, típico dos besouros da família Carabidae, que comumente habitam o solo e são larvas predadoras. 5
6 Campodeiforme larva com três pares de pernas torácicas alongadas. Típico das joaninhas (Coleóptera, Coccinelidade); Elateriforme larva alongada, achatada, com corpo bastante quitinizado, possuindo três pares de pernas torácicas curtas; típico dos coleópteros da família Elateridae; Escarabeiforme larva em forma de C com três pares de pernas torácicas e o último segmento abdominal bem desenvolvidos; típico da família Scarabaeidae Buprestiforme larva ápoda, com cabeça pequena, segmento torácicos alargados, destacando a parte anterior do corpo; típico dos besouros da família Buprestidae; Cerambiciforme semelhante a buprestiforme, porém com a segmentação mais nítida e a parte anterior do corpo pouco destacada; típico da família Cerambycidae. A fase pupal é a segunda fase pós-embrionária, caracterizando-se por aparente dormência. São classificadas em alguns tipos, em função da forma. 6
7 Exarada ou Livre Apêndices separados do corpo típica dos besouros, abelhas, formigas e vespas. Coarctada envolvida pelo último instar larval típica dos dípteros. Pupa de coleóptero Pupa de Diptera Obtecta Apêndices juntos e fundidos ao corpo típica dos lepidópteros. Quando brilhante (prateada ou dourada) é chamada de crisálida. Pode se apresentar nua (sem proteção de fio de seda) ou em casulo (com proteção de fio de seda); quando além de fios há pedaços de ramos, fezes, folhas, detritos, etc. tem-se a pupa em estojo. OBRIGADO! Borboleta Mariposa Ninfas de percevejo 7
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