BEM-ESTAR BOVINO EM RELAÇÃO AO MÉTODO DE INSENSIBILIZAÇÃO EM MATADOURO-FRIGORÍFICO DE GOIÁS, BRASIL
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- Maria de Fátima Frade Jardim
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1 BEM-ESTAR BOVINO EM RELAÇÃO AO MÉTODO DE INSENSIBILIZAÇÃO EM MATADOURO-FRIGORÍFICO DE GOIÁS, BRASIL Pedro Henrique Nunes Panzenhagen 1 ; Juliana Ferreira de Almeida 2 ; Maria Helena Cosendey de Aquino 2 ; Virginia Léo de Almeida Pereira 2 ; Elmiro Rosendo do Nascimento 3 1 Pós-graduando em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense - UFF 2 Professora Doutora da Faculdade de Veterinária da UFF 3 Professor Doutor da Faculdade de Veterinária da UFF (pedronepl@yahoo.com.br) - Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense. Rua Vital Brasil Filho, 64, Vital Brazil, Niterói, RJ. CEP: , Brasil. Recebido em: 06/05/2013 Aprovado em: 17/06/2013 Publicado em: 01/07/2013 RESUMO A insensibilização é considerada a etapa mais crítica do abate de bovinos, cujo objetivo principal é o de promover a rápida inconsciência do animal, mantendo as funções vitais até a sangria. O objetivo do estudo foi avaliar parâmetros de bemestar de bovinos em relação à eficiência de insensibilização mecânica por dardo cativo não penetrante em um matadouro frigorífico sob a vigilância do Serviço de Inspeção Federal. Parâmetros de bem-estar animal foram avaliados em 240 bovinos machos da raça Nelore com idade variando entre 30 e 48 meses. Os animais foram escolhidos de forma aleatória, o que correspondeu a 20% do total dos bovinos abatidos durante todo o dia. O resultado da eficiência foi medido em porcentagem sendo: colapso imediato do animal com apenas um disparo do dardo cativo (85%); ausência de respiração rítmica (100%); ausência de vocalização (98,3%); mandíbula relaxada e língua solta (100%); olhar fixo e vidrado sem reflexo palpebral (99,1%); pupilas dilatadas sem reflexo à luz (100%); ausência de reflexo de endireitar-se (95%); membros dianteiros estendidos e membros traseiros em pedaleio (95%). Pelos resultados obtidos, alguns parâmetros foram inaceitáveis para um Programa de Bem-Estar Animal. Portanto, melhorias técnicas e administrativas precisam ser reavaliadas a fim de aumentar a eficiência do método e reduzir o sofrimento dos animais que serão abatidos. PALAVRAS-CHAVE: abate humanitário, insensibilização, sangria. BOVINE WELFARE IN RELATION TO THE METHOD STUNNING IN SLAUGHTER PLANTS OF GOIÁS, BRAZIL ABSTRACT The desensitization is considered the most critical step of the slaughter of cattle, ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
2 whose main objective is to promote the rapid unconsciousness of the animal, keeping vital functions until the bleeding. The aim of the study was to evaluate welfare parameters of cattle in relation to efficiency of mechanical stunning by nonpenetrating captive bolt in a slaughterhouse under the supervision of the Federal Inspection Service. Parameters of animal welfare were evaluated in 240 Nelore male cattle aged between 30 and 48 months. The animals were randomly chosen, which corresponded to 20% of the 1,200 cattle slaughtered throughout the day. The result of the efficiency was measured as a percentage where: immediate collapse of the animal with only one firing captive bolt (85%); absence of rhythmic breathing (100%); absence of vocalization (98,3%); jaw relaxed and loose tongue (100%); glassy stare and without eyelid reflex (99.1%), dilated pupils with no light reflex (100%), no reaction to straighten up (95%); fore limbs extended and hind limbs pedaling (95%). The results show that some parameters were unacceptable for a Program of Animal Welfare. Therefore, technical and administrative improvements need to be reassessed in order to increase the efficiency of the method and reduce the suffering of animals that will be slaughtered. KEYWORDS: humane slaughter, stunning, bleeding INTRODUÇÃO O abate humanitário de animais de açougue consiste na aplicação de um conjunto de procedimentos técnicos e científicos, para garantir o bem-estar dos animais desde a recepção em matadouro-frigorífico até a sangria (BRASIL, 2000). No passado, a operação de abate era considerada de baixo nível técnico-científico e não constituía tema de pesquisa em universidades, institutos de pesquisa e indústrias, o que implicava em condições pouco humanitárias e no sofrimento dos animais abatidos. Atualmente, a preocupação em evitar o sofrimento desnecessário de animais criados para consumo é crescente por parte dos consumidores e uma exigência do mercado, o que demanda a capacitação de funcionários e a adoção de tecnologias (ROÇA, 2001). Os matadouros frigoríficos têm passado por transformações radicais nos últimos anos, devido à necessidade de aumentar a eficiência e incorporar novas tecnologias para a melhoria da infraestrutura, bem-estar animal e qualidade final do produto. No entanto, muitas das plantas de abate ainda estão projetadas em modelos estruturais que priorizam critérios, como a otimização dos espaços e a facilitação das atividades humanas, e não nas necessidades comportamentais dos animais (MIRANDA-DE LA LAMA et al., 2011). No Brasil, o abate de animais de açougue deve ser realizado de forma humanitária, mediante insensibilização antes da sangria, exceto para abates religiosos, como o método Kosher, realizado por degola cruenta sem atordoamento prévio (BRASIL, 2000). A insensibilização é considerada a etapa mais crítica do abate de bovinos (ROÇA, 2002), cujo objetivo principal é o de promover a rápida inconsciência do animal, mantendo as funções vitais até a sangria (PARDI et al., 1995), além de possibilitar que os animais sejam cortados e sangrados sem que sintam dor ou aflição (GREGORY, 1998). Os métodos de insensibilização dispostos na IN 3/2000 (BRASIL, 2000) classificam-se em: método mecânico, podendo ser do tipo percussivo penetrante; por pistola com dardo cativo que penetra no córtex cerebral pela região frontal, ou do ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
3 tipo percussivo não penetrante; por pistola que provoque um golpe no crânio; método elétrico, por eletronarcose e método da exposição à atmosfera controlada com dióxido de carbono ou da mistura deste com gases do ar. A pistola de dardo cativo tem sido o método de insensibilização mais utilizado no Brasil. Uma forte pancada no cérebro do animal causa disfunção da atividade elétrica normal pela dramática mudança de pressão (ROÇA, 2002), seguida do colapso cerebral imediato capaz de insensibilizar profundamente o animal. A ocorrência de colapso imediato entre 99 e 100% dos animais, após o uso de apenas um disparo da pistola de dardo cativo, é considerada excelente, enquanto abaixo de 90% é considerada inaceitável (GRANDIN, 2001). Fatores como a limpeza e a lubrificação diária da pistola, assim como da energia cinética ou impacto suficiente para insensibilizar o animal, podem interferir na insensibilização por métodos mecânicos (BRASIL, 2000). Para avaliar a eficiência da insensibilização devem ser observados, na canaleta de sangria, alguns sinais como: vocalizações, reflexos, movimentos oculares e contração de membros dianteiros (ROÇA, 2002). O critério de análise do processo de insensibilização na canaleta de sangria é considerado excelente no caso de 0,001% ou menos animais insensibilizados parcialmente, e aceitável para 0,002% ou menos animais insensibilizados parcialmente (GRANDIN 2010). Parâmetros de bem-estar animal, para avaliar a eficiência da insensibilização nos frigoríficos, foram publicados pelo American Meat Institute Foundation, dispostos no Manual de Recomendações de Manejo Animal e Guia de Auditoria em Bem-Estar (GRANDIN, 1997, 2001). Destacam-se: colapso imediato do animal com apenas um disparo do dardo cativo; ausência de respiração rítmica; ausência de vocalização; mandíbula relaxada e língua solta; olhar fixo e vidrado sem reflexo palpebral; ausência de reflexo de endireitar-se; membros dianteiros estendidos e membros traseiros em pedaleio. A verificação dos parâmetros deve ser realizada em um mínimo de 50 animais em plantas industriais pequenas com abate de 50 a 99 bovinos/hora, enquanto nas plantas industriais de grande porte devem ser auditados no mínimo 100 animais caso sejam abatidos mais de 100 animais/hora. O objetivo do estudo foi avaliar parâmetros de bem-estar de bovinos em relação à eficiência de insensibilização mecânica por dardo cativo não penetrante em um matadouro frigorífico sob a vigilância do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. MATERIAL E METODOS O estudo foi realizado durante o mês de agosto de 2010 em um matadouro frigorífico de bovinos habilitado à exportação, sob a vigilância do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, localizado na região sudoeste do Estado de Goiás, Brasil. Parâmetros de bem-estar animal foram avaliados em 240 bovinos machos da raça Nelore, com idades variando entre 30 e 48 meses. Para avaliar o bem-estar dos bovinos em relação à eficiência da insensibilização foram utilizados alguns dos critérios descritos no Manual de Recomendações de Manejo Animal e Guia de Auditoria em Bem-Estar (GRANDIN, 1997, 2001): colapso imediato; ausência de respiração rítmica, ausência de vocalização; reflexo de endireitar-se; mandíbula relaxada e língua solta; olhar fixo e ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
4 vidrado sem reflexo palpebral; pupilas dilatadas sem reflexo à luz; membros dianteiros estendidos e membros traseiros em pedaleio. O matadouro frigorífico foi considerado de grande porte pela capacidade de abate atingir até 120 bovinos/hora. Conforme disposto no Manual de Recomendações de Manejo Animal e Guia de Auditoria em Bem-Estar (GRANDIN, 1997, 2001), em uma planta industrial de grande porte devem ser auditados no mínimo 100 animais caso sejam abatidos mais de 100 animais/hora. Os animais foram escolhidos de forma aleatória, o que correspondeu a 20% do total dos bovinos abatidos durante todo o dia. Eles eram previamente insensibilizados com pistola pneumática de dardo cativo não penetrante. O colapso imediato de cada animal foi avaliado no boxe de insensibilização após a concussão cerebral causada pelo impacto do dardo cativo. Imediatamente após os animais serem suspensos e antes dos cortes nos vasos sanguíneos do pescoço, avaliou-se o olhar fixo e vidrado, o reflexo palpebral, a dilatação da pupila, o relaxamento da língua e da mandíbula. Durante a sangria, a uma distância visual de aproximadamente três metros, observaram-se os sinais de retorno à sensibilidade: respiração rítmica, reflexo de endireitar-se, ausência de vocalização e reflexo de pedaleio. O reflexo da pupila foi testado após estímulo luminoso proporcionado por uma pequena lanterna, enquanto o reflexo palpebral foi avaliado após um pequeno toque no globo ocular com a ponta do dedo indicador. Para análise estatística dos resultados foi utilizado o teste de Qui-quadrado para independência (THRUSFIELD, 2003). RESULTADOS E DISCUSSÃO Em um estudo comparativo entre dois tipos de boxes de insensibilização, tanto o convencional (sem nenhum tipo de contenção mecânica do animal) quanto o contentor mecânico automático, foram relatados pelos autores como ineficientes no atordoamento com apenas um disparo do dardo cativo, sendo 84% e 94%, respectivamente (BERTOLONI & ANDREOLA, 2010). Durante o abate foi observado que o contentor mecânico de cabeça, tronco e traseiro era usado adequadamente pelos funcionários, o que facilitava o correto posicionamento da pistola de dardo cativo, além de permitir o ajuste conforme o peso e o tamanho dos bovinos e garantir a segurança dos operadores. No entanto, 36 animais com crânios mais robustos apresentaram sinais de má insensibilização, o que foi relacionado à pressão irregular da pistola de 160 PSI, enquanto o Programa de Bem-Estar Animal da empresa preconizava pressão entre 190 a 245 PSI. Foi constatado que a lubrificação do equipamento era satisfatória, mas o nível de óleo do sistema hidráulico era insuficiente, resultando em pressão inadequada. Por esse motivo, somente 85% (204/240) dos animais apresentaram colapso imediato (Tabela 1), o que representou um sério problema operacional. Segundo GRANDIN (2010), a eficiência da insensibilização provocada pelo uso da pistola de dardo cativo é caracterizada como excelente quando 99 a 100% dos animais são insensibilizados com apenas um disparo; aceitável quando atinge eficiência de 95 a 98%; não aceitável entre 90 e 94% e com sérios problemas quando menos de 90% dos animais são insensibilizados com um único disparo. Na insensibilização por dardo cativo, tanto nas pistolas com quanto nas sem penetração, as principais causas de insucesso no atordoamento estão relacionadas à falta de manutenção dos equipamentos, cansaço dos funcionários e falhas no ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
5 desenho ergonômico dos equipamentos, que em geral são muito pesados e volumosos e não possuem os contrapesos adequados (GRANDIN, 1997). Nenhum animal apresentou respiração rítmica (Tabela 1), sendo esta caracterizada por pelo menos dois movimentos respiratórios completos, cada ciclo medido a partir de um movimento de inspiração e outro de expiração. A eficiência de 100% (240/240) demonstrou que os bovinos estavam profundamente insensibilizados, sem sinais de retorno à consciência (GRANDIN 2010). No entanto, GREGORY (2007) ressalta que somente a presença da respiração rítmica não é um bom indicativo de retorno à consciência, já que esta demonstra que apenas a função medular foi comprometida. Para um animal ser considerado sensível é necessário que apresente três ou mais critérios de insensibilização. A vocalização é considerada um indicador de desconforto ou sofrimento animal durante o manejo, contenção e a insensibilização (GRANDIN, 2010). No presente estudo, 98,3% (236/240) dos animais não apresentaram nenhum tipo de vocalização (Tabela 1), o que foi considerado aceitável. Em uma auditoria, a ausência de vocalização é considerada excelente para 99% ou mais; aceitável para 97% ou mais; não aceitável quando abaixo de 97% e um problema sério quando menor que 90%. Embora seja recomendado avaliar o número de vocalizações durante as operações de manejo, contenção e atordoamento, neste estudo só foram avaliadas as vocalizações após a concussão cerebral e a sangria. Contudo, não se observou qualquer vocalização após a sangria, uma vez que todos os animais que vocalizaram na área de vômito foram novamente insensibilizados com pistola de dardo cativo portátil. Para o parâmetro mandíbula relaxada e língua solta, a eficiência foi de 100% (Tabela 1). Segundo GRANDIN (2010), a língua pendurada em linha reta para fora da cavidade bucal, com aspecto mole e macio, indica que o animal está definitivamente insensível, mas se houver movimento para dentro e para fora da cavidade bucal, pode significar retorno à consciência. GREGORY (2007) ressalta que o reflexo de protusão da língua enquanto o animal encontra-se suspenso no trilho da canaleta de sangria não é um indicador confiável da profundidade de insensibilização em animais com um único disparo, mas indica que os músculos da mandíbula estão relaxados e este é um sinal claro de inconsciência somente no momento em que se executa a avaliação. A eficiência para o parâmetro olhar fixo e vidrado sem reflexo palpebral foi de 99,1% (238/240) (Tabela 1), sendo este um bom método para determinar a insensibilidade em animais atordoados com pistola de dardo cativo, assim como movimentos palpebrais naturais e espontâneos (GRANDIN, 2010). A eficiência detectada para os parâmetros de reflexo de endireitar-se e de membros dianteiros estendidos e membros traseiros em pedaleio foi de 95% (228/240). Algumas vezes o animal insensibilizado pode apresentar flexão lateral do pescoço seguida de relaxamento, o que não deve ser confundido com o reflexo de endireitar-se ou até mesmo a tentativa de levantar-se. Para GRANDIN (1999), um animal bem atordoado apresenta um colapso logo após o disparo e cai no chão. Em seguida, ocorre a fase tônica da convulsão cerebral, com a flexão e o enrijecimento dos membros, que dura em média 10 a 15 segundos após o atordoamento, e depois entra na fase crônica, na qual iniciam as pedaladas. O pedaleio pode ou não ocorrer e variar em intensidade, mas quando ausente pode indicar um atordoamento ineficiente, ou aumentar a chance do animal retornar à consciência (GREGORY, ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
6 2007). De maneira geral, os resultados foram inaceitáveis para os parâmetros: colapso imediato, olhar fixo e vidrado sem reflexo palpebral, ausência de reflexo de endireitar-se, membros dianteiros estendidos e membros traseiros em pedaleio, porém, na análise pelo teste de Qui-quadrado para independência não houve diferenças significativas entre os valores encontrados e os parâmetros aceitáveis de referência (Tabela 1). TABELA 1* - Parâmetros indicadores de insensibilização por pistola de dardo cativo não penetrante em 240 bovinos em um Matadouro-Frigorífico em Goiás, Brasil. Parâmetros de insensibilização ** Colapso imediato - uso da pistola somente uma vez promovendo inconsciência imediata Quantidade de animais Eficiência (%) Resultado Inaceitável Valores de referência*** A 95-98% I 90-94% E % Ausência de respiração rítmica Ausência de vocalização Aceitável ,3 Aceitável Mandíbula relaxada e língua solta Aceitável Olhar fixo e vidrado sem ,1 Inaceitável reflexo palpebral Pupilas dilatadas sem reflexo à luz Aceitável Ausência de reflexo de Inaceitável endireitar-se Membros dianteiros estendidos e membros Inaceitável traseiros em pedaleio * Qui-quadrado p>0,05 ** Fonte: GRANDIN (2010) *** A - aceitável I - Inaceitável E - Excelente A 97% I <97% E 99% ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
7 CONCLUSÃO A avaliação de diferentes parâmetros de bem-estar de bovinos em relação à insensibilização mecânica por dardo cativo não penetrante requer cautela, atenção e capacitação do avaliador. A eficiência da insensibilização deve ser primordial em qualquer Programa de Bem-Estar Animal. Pelos resultados obtidos, alguns parâmetros foram inaceitáveis para um Programa de Bem-Estar Animal. Portanto, melhorias técnicas e administrativas precisam ser reavaliadas a fim de aumentar a eficiência do método e reduzir o sofrimento dos animais que serão abatidos. REFERÊNCIAS BERTOLONI, W.; ANDREOLA, D. Eficácia do sistema de contenção (automatizado e mecânico) no atordoamento de bovinos. Ciência Rural, v.40, p , BRASIL. Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue. Instrução Normativa nº Disponível em:< rlegislacaofederal>. Acesso em 05 de janeiro de GRANDIN, T. Good management practices for animal handling and stunning, American Meat Institute, Washington, DC, GRANDIN, T. Good management practices for animal handling and stunning, 2ed, Disponível em: < Acesso em 05 de janeiro de GRANDIN, T. Recommended ritual slaughter practices to improve animal welfare and employee safety, 2ed, Disponível em: < Acesso em 05 de janeiro de 2012 GRANDIN. T. Recommended Animal Handling Guidelines & Audit Guide: A Systematic Approach to Animal Welfare. American Meat Institute Foundation, Cap.4, p June Edition, GREGORY, N., LEE, C.J., WIDDICOMBE, J.P. Depth of concussion in cattle shot by penetrating captive bolt. Meat Science v.77, GREGORY, N.G. Stunning and slaughter. In: Animal Welfare and Meat Science. Cabi Publishing, p , MIRANDA-DE LA LAMA, G.C.; LEYVA, I.G.; SERRANO, A.B.; LINARES, C.P.; LÓPEZ, E.S.; MARÍA, G.A.; SAAVEDRA, F.F.; Assessment of cattle welfare at a commercial slaughter plant in the northwest of Mexico. Tropical Animal Health ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
8 Production, Zaragoza, Spain, v. 44, p , PARDI, M. C.; SANTOS, I. F.; SOUZA, E. R.; PARDI, H. S. Processamento tecnológico de carnes in natura. Higiene de sua obtenção. In: Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne, v.1, p ROÇA, R. O. - Abate humanitário: manejo ante mortem - Revista Tecnologia de Carnes - Campinas, SP, v.3, n.1, p.7-12, ROÇA, R. O. Abate humanitário de bovinos. In: I Conferência virtual Global sobre produção orgânica de bovinos de corte. Via internet 2002, p Disponível em:< Acesso em novembro de THRUSFIELD, M. In: Veterinary Epidemiology, 2ª ed., Blackwell Publishing. London, ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p
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