O JULGAMENTO DE JEROBOÃO I NO LIVRO DOS REIS. UMA LEITURA NA ÓTICA DO PODER JUDAÍTA

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1 Anais do V Congresso da ANPTECRE Religião, Direitos Humanos e Laicidade ISSN: Licenciado sob uma Licença Creative Commons O JULGAMENTO DE JEROBOÃO I NO LIVRO DOS REIS. UMA LEITURA NA ÓTICA DO PODER JUDAÍTA Vicente Artuso Doutor em Teologia Bíblica PUC-Rio Professor Adjunto II, no Programa de Pós-graduação (Mestrado e Doutorado) em Teologia da PUCPR vicenteartuso@gmail.com ST 17 LEITURAS LIBERTADORAS (ANTI-IMPERIALISTAS E ANTICOLONIALISTAS) DA BÍBLIA. Resumo: Jeroboão I, apoiado pelo profeta Aías liderou a revolta das tribos do Norte após a morte de Salomão que resultou na divisão do reino. Conforme o livro dos Reis a causa principal fora a continuidade da política opressora de Salomão com a corveia e o tributo elevado. O fato de Jeroboão ter provocado a divisão política e religiosa do reino pode ter sido o motivo de mágoa d o autor na fase final da redação do livro dos reis. O cisma foi o motivo principal que o levou a avaliar negativamente Jeroboão e os reis do reino do norte, enquanto a avaliação dos reis de Judá será mais positiva. O presente estudo verifica mediante a análise das avaliações dos reinados a ótica judaíta do autor que hostiliza o reino do Norte, por causa do culto distante de Jerusalém que dificulta a unidade religiosa e política. Será utilizado o método analítico e comparativo na avaliação dos reinados de Judá e Israel nos livros dos Reis. Tem-se presente uma abordagem na ótica do conflito no interior do reino ocasionado pelo descontentamento das tribos com a sobrecarga de trabalhos e tributos. Diante disso a leitura dos textos destaca a revolta dos oprimidos, sua organização, o culto nos santuários de Dan e Betel interpretado como o mal aos olhos do Senhor. Porque Jeroboão sempre é acusado de fazer o mal aos olhos do Senhor? Será a acusação de idolatria o mal maior? A análise mostra a causa da culpa sobre Jeroboão. Para ilustrar tomemos a avaliação do rei Jeú do reino do norte. O rei Jeú recebe um leve elogio por ter exterminado o culto oficial a Baal, com o apoio dos profetas. Se Jeroboão incentivou a idolatria como o autor relata, e Jeú conseguiu exterminá-la como explicar o juízo sobre Jeú que não se afastou dos pecados que Jeroboão fizera Israel cometer (2Rs 10,28-31)? Isso mostram que a condenação de Jeroboão se deve ao fato de afastar Israel do templo de Jerusalém e não por causa da idolatria. Se apenas a idolatria fosse o motivo o julgamento seria rigoroso igualmente para os dois reinos pois tanto Judá como Israel caíram na idolatria. O fato de Jeroboão ser apresentado como exemplo negativo se deve a uma profunda mágoa do autor, com o reino do Norte. Assim a avaliação dos reinados que fizeram o mal seguiram o exemplo de Jeroboão. O grande mal de Jeroboão não parece ser a idolatria, mas o fato de liderar a revolta do povo oprimido que resultou no cisma. Foi uma atitude profética pois o código da Aliança requer a prática da justiça no exercício do poder. Assim por trás do mal atribuído a Jeroboão está a ideologia de legitimação teológica do poder dravídico. Ele sempre é mencionado como exemplo positivo, enquanto nenhum rei do reino do norte recebe elogios ou é tomado como exemplo positivo para outros reis. Palavras-chave: Jeroboão, conflito, avaliação, poder.

2 2 Introdução Segundo Konrad Schmid (2013, p.103) a intervenção de Deus na história do reinado acontece segundo uma norma teológica: depende do agir correto dos reis, cujas consequências também são sentidas pelo povo: Porque os reis agiram mal o povo sofreu o exílio, perda da terra, do templo, do rei, e da própria identidade. Esta perspectiva em relação aos reis já é introduzida no início dos livros de Samuel, nos conflitos entre Samuel e o povo em relação ao estabelecimento da monarquia em Israel (1Sm 8-11). Textos críticos da monarquia indicam as consequências desastrosas, em que o povo volta à submissão (1Sm 8,10-18) Tanto Samuel como Reis fazem parte da história deuteronomista e têm sua origem no final do século VII na época de Josias. Esta literatura se baseia no deuteronômio, inicialmente uma antiga coleção de leis (Dt 12-26) com afinidades nas tradições proféticas do reino do Norte (MARTIN ROSE, 2010, p.267). Porém a ideologia de um único Deus, um único templo, com um discurso teológico mais etnocêntrico que o da Torah se insere de forma mais adequada no pós-exílio (KNAUF, 2010, p.377). Considerando-se a posição de Konrad Schmid, (2013, p.105) de que a estrutura das avaliações dos reis tenha surgido numa versão pré-exílica, as avaliações negativas de todos os reis do Norte (e alguns do Sul), explicariam os motivos da queda do reino do Norte. Nesse caso o objetivo das avaliações e julgamento negativo dos reis seguindo os pecados de Jeroboão I, visam fundamentar a reforma de Josias, da centralização do culto. Nosso estudo intenta mostrar mediante confronto das avaliações dos reinados a tendência de hostilizar Jeroboão I como aquele que fez Israel pecar. Nessas estruturas avaliativas percebe-se a ótica judaíta exclusivista e anti-politeísta no fato de Jeroboão ser o mais citado como exemplo negativo. Percebe-se então a mágoa do autor deuteronomista contra o reino do Norte, pois Jeroboão fora o líder da revolta que provocou a separação dos reinos. Avaliação dos reinados com base no Deuteronômio Mesmo que os livros dos reis sejam ricos de informações históricas, os estudiosos os consideram mais como uma historiografia teológica, e não propriamente históricos. De preferência são definidos como uma reflexão teológica sobre um período da história de Israel em que esse povo era governado por reis. O autor faz uma avaliação dos reinados, à luz da observância ou não observância das leis deuteronômicas. O autor mostra que durante o período da monarquia uma série de infidelidades ao culto do verdadeiro Deus e às prerrogativas de seu Templo levaram à perda dos dois reinos, apesar dos esforços dos profetas de conduzir o povo no projeto de Deus. Na angústia e dor do exílio, o povo procura fazer uma revisão de sua história,

3 3 tentando responder: Por que tudo isto está acontecendo conosco? Por que fomos castigados? Onde erramos? O autor do livro dos reis tenta responder a estas perguntas reescrevendo a história da monarquia e fazendo uma avaliação dos reinos numa ótica profética, denunciando as infidelidades à Aliança, causa de todos esses males (CRB, 1992, p.36). Ésta interpretação do Exílio à luz do deuteronômio, é aparentemente simples, baseada num princípio religioso Isto aconteceu porque os filhos de Israel tinham pecado contra Javé seu Deus que os tirara da terra do Egito (2Rs 17,7; Cf. Jr 52,3; 2Rs 23,26) Porém a história dos reis é bem mais complexa do que a forma como vem apresentada. Na avaliação dos reinados suspeita-se existir um fundo ideológico em defesa de grupos privilegiados, que retornando do exílio desejam retomar as rédeas do poder. A ótica do autor deuteronomista na fase final da redação tende a defender o judaísmo e o culto do único Deus. Para os reis de Israel, a condenação geral: ele fez aquilo que é mal aos olhos de Javé, é sempre precisada pela censura de apego ao pecado de Jeroboão (Cf. 1Rs 15,26.34). Quanto a avaliação negativa de alguns reis de Judá depois de Jeroboão, é acrescentado que não fizeram o que era reto, e imitaram o comportamento dos reis de Israel (cf. Jorão 2Rs 8,18; Acazias 2Rs 8,27; Acaz 2Rs 16,2; Manassés 2Rs 21,2-3). Não são citados exemplos negativos de reis do reino do Sul. Davi é sempre apresentado como protótipo do rei justo a ser seguido. Isto revela que nas últimas fazes da redação do livro dos reis, no fim do exílio e mais provável depois do exílio prevaleceu o interesse religioso de salvar o monoteísmo com o culto ao Deus único e o interesse político em vista da volta da monarquia ao poder provindo do tronco davídico. Eis um motivo porque os reis do reino de Israel são julgados mais severamente que os reis do reino de Judá. Nesse caso, em relação a avaliação dos reis do Israel Jeroboão vem sempre citado como exemplo negativo, justamente por haver provocado o cisma político e religioso. Veremos esta questão analisando mais de perto a gestão dos reis e comparando os julgamentos dos autores deuteronomistas. Avaliação dos Reis de Israel e Judá A partir do cisma, provocado pela rebelião das tribos de Israel contra Roboão (1Rs 12), o que chama a atenção é o fato que os reis de Israel serem condenados em bloco, por terem imitado o pecado de Jeroboão (1Rs 14,7; 15,16; 16,26; 2Rs 15, ). Na condenação geral, o autor destaca como foram os pecados se sucedendo num contínuo crescendo. O pecado de Jeroboão consistiu na cisão do reino e do culto oficial deslocado de Jerusalém para os dois santuários de Betel e Dan. Nadab ( ) filho de Jeroboão reinou dois anos. Ele imitou o comportamento do seu pai

4 4 Jeroboão e o pecado ao qual tinha arrastado Israel (1Rs 15,25-26). Baasa filho de Aías se tornou rei de Israel e massacrou a casa de Jeroboão (1Rs 15,28-29). Fez o mal aos olhos do Senhor e imitou a conduta de Jeroboão e o pecado ao qual ele tinha arrastado Israel (1Rs 15,34). Por intermédio do profeta Jeú explicita as ações más de Baasa. Ele fez o mal e irritou o Senhor, tornando-se semelhante a casa de Jeroboão, mas porque também exterminou esta casa (1Rs 16,7). À dinastia de Baasa é acrescentada também a idolatria mais grave que o sincretismo religioso: Baasa e seu filho Ela irritaram o Senhor Deus de Israel com seus ídolos vãos (1Rs 16,13). Nessa sucessão violenta dos reis de Israel até mesmo Zamri que reinou sete dias (1Rs 16,15) recebe o julgamento: Ele imitou a conduta de Jeroboão e o pecado que fizera, levando Israel a pecar (1Rs 15,19) Nesse crescendo do mal aos olhos do Senhor a dinastia de Omri se chegou até o culto oficial do Baal fenício (1Rs 16, ) (BALLARINI, 1976, 149). Por este motivo os primeiros reis, especialmente da dinastia de Omri recebem as piores avaliações e a maioria deles são alvo de oráculos de aniquilação. Citemos especialmente Joacaz, Joás, Jeroboão, Zacarias, Selum, Manaém Facéias, Facéia. O Julgamento de Jeú é um tanto suavizada pois aniquilou a dinastia de Amri. O rei Amri foi próspero, fundou Samaria ofuscando a capital Jerusalém. Porém Acab seu Filho foi o pior rei aos olhos do deuteronomista pois introduziu no culto Baal fenício e Asera. O último rei de Israel Oséias não é censurado explicitamente por continuar os pecados de Jeroboão. Porém no comentário no fim do reino de Israel é dito que os israelitas perseveraram em todos os pecados que Jeroboão cometeu e não se afastaram deles (2Rs 17,22) (THOMAS ROMER, 2008, p.155). Parece claro para o autor deuteronomista que a queda do reino do Norte se deve ao fato dos reis fazerem o mal. O mal maior parece ser a introdução dos bezerros de ouro de Jeroboão e o culto de Baal e Asera. Justamente por violar o mandamento principal do Deus único (Dt 6,4-6). Os reis de Judá, julgados em relação a Davi, são divididos em três categorias: maus, por causa do culto idolátrico permitido ou praticado (Abiam, 1Rs 15,3.6; Ocozias (2Rs 8,26-27-mais por causa do parentesco com a família de Acab), Acaz, 2Rs 16,2-4; Manassés, 2Rs 21,2-9; Joacaz, 2Rs 22,32); bons, por terem extirpado a idolatria, embora tenham deixado continuar o culto nos lugares altos (Asa, 1Rs 15,11-15; Josafá, 1Rs 22,43-47, Joás, 2Rs 12,2b-3; Amasias, 2Rs 14,14; Azarias, 2Rs 15,3-4; Joatam, 2Rs 15,34-35); ótimos, por terem combatido a idolatria e o culto nas alturas: Ezequias (2Rs 18,3-8) e Josias (2Rs 22,2; 23,25). Nota-se nesta avaliação dos reis tidos como maus de Judá, que os reis de Israel são citados como exemplos negativos, seja individualmente (Acab 2Rs 8,27; 21,3), como coletivamente (2Rs 8,18; 16,2). A avaliação do reinado de Salomão também foi

5 5 negativa: Salomão fez o mal aos olhos do Senhor e não lhe foi fiel plenamente como seu Pai Davi (2Rs 11,6), No entanto há apenas uma referência a ele como exemplo negativo, no final do reinado de Roboão (1Rs 14,23). Na avaliação dos reis de Israel o autor do livro dos reis faz 19 vezes alusão ao pecado, ou caminho pelo qual Jeroboão arrastou o seu povo O pecado segundo o autor deuteronomista foi o fato de ele ter colocado um bezerro de ouro em Betel e outro em Dan (1Rs 12,29-30). Com essa medida tencionava impedir o povo de subir a Jerusalém (1Rs 12,26-27). A descentralização do culto visava a separação de Jerusalém para que o povo não voltasse a casa de Davi (1Rs 12,26) Essa medida é resultado de uma ação planejada decorrente do cisma que Jeroboão liderou após a morte de Salomão em 931 a.a. O movimento teve o apoio inicial do profeta Aías de Siló. De fato Jeroboão estabelecera dois santuários nas fronteiras do reino: um em Betel ao sul e outro em Dan no extremo norte, com isso visava impedir o povo de ir prestar culto em Jerusalém. A pretendida unicidade do culto em um só lugar, pregada pelo deuteronômio significava unificar as tribos novamente, voltando ao reino unido. A divisão do reino aconteceu propriamente por motivos políticos, causado pela revolta popular contra os impostos e trabalhos forçados vigentes desde o tempo de Salomão. Pode-se interpretar a recorrente citação de Jeroboão como exemplo negativo, como efeito da mágoa do redator pelo fato das tribos se separarem. Observa-se esse zelo pela unicidade do culto, com as ressalvas nos elogios aos reis do reino do Sul (Asa, Josafá, Joás, Amasias, Azarias e Joatam): fizeram o que é agradável e reto aos olhos de Javé, mas não conseguiram eliminar o culto nos lugares altos (Cf. 1Rs 15,11-12; 22,43-44; 2Rs 12,3). Esse culto nos lugares altos, embora fosse culto ao Senhor também afastava o povo de Jerusalém. Esse culto um tanto afastado e com alguma tendência sincretista com o culto de Baal constituía um perigo para a pretendida unidade do reino. A intenção dos autores a primeira vista parece somente acabar com a idolatria e salvaguardar o monoteísmo diante de outros cultos atraentes. Porém no contexto do pós-exílio essas narrativas revelam a preocupação de concretizar o projeto da reunificação política e religiosa do reino em torno de Jerusalém. Portanto o discurso religioso com julgamento severo aos reis de Israel por terem seguido os passos de Jeroboão visa defender a unidade política centrada no culto em Jerusalém e na dinastia Davídica no poder. Foi por causa das tentativas de reunificar o reino que Ezequias de Judá recebe elogios plenos. Ele empreendeu uma reforma religiosa, que incidiu fortemente na política de fortalecimento do reino em torno de um santuário central, libertando-se do domínio Assírio, que impunha a sua religião como ideologia. Josias retoma esta reforma religiosa de Ezequias, destruindo o culto nos lugares altos e outros santuários espalhados pelo reino; obtendo também certa independência política dos Assírios ( 2Rs 22-23). Por isso que tanto Ezequias como Josias, seguindo Davi, recebem amplos

6 6 elogios do autor. Banir o culto sincretista, significava uma ameaça para os dominadores Assírios que impunham pesados tributos. Por outro lado centralizar o culto a Javé em um lugar (cf.dt 16) significava fortalecer o poder central e reunificar o povo, numa monarquia unida como nos tempos auge de Davi e Salomão. A unidade religiosa sempre foi salvaguarda de uma unidade também política. Isso agradava o povo especialmente do reino do Sul. O elogio ao rei Josias, por este motivo foi pleno: Não houve antes dele rei algum que se tivesse voltado como ele, para Javé de todo coração, de toda sua alma com toda sua força, e em toda fidelidade à lei de Moisés (2Rs 23,25). Outros reis de Judá tiveram uma avaliação negativa, e nesta avaliação são citados como exemplo negativo, os reis de Israel e não alguns reis de Judá que mereceriam juízo mais severo. De Jorão rei de Judá (2Rs 8,18) é avaliado que fez o mal e imitou o comportamento dos reis de Israel, pelo simples fato de Ter se casado com Atalia da casa de Omri do reino de Israel! Acazias (2Rs 8,27) também fez o mal aos olhos do Senhor mas a exemplo de Acab rei de Israel! Acaz (2Rs 16,2) não fez o que é agradável aos olhos do Senhor como fez Davi (de Judá exemplo positivo), mas imitou a conduta dos reis de Israel (exemplo negativo)! Manassés (2Rs 21,2),o pior dos reis de Judá, fez o mal...fabricou o poste sagrado como fêz Acab rei de Israel! (Aqui se entende que Acab teve conduta pior que Jeroboão) Nestes textos vê-se o profundo ressentimento do deuteronomista contra o reino do norte. Os reis de Israel, são eles os pecadores, maus exemplos, enquanto o exemplo positivo, modelo a seguir é Davi do reino do Sul! Aí está patente a teologia davídica, cuja promessa jamais seria cancelada (2Sm 7; Sl 2; 89; 132). Mesmo com os pecados dos reis de Judá, a lâmpada, isto é a dinastia de Davi não poderia desaparecer (Cf. 1Rs 15,4; 11,36; 2Rs 8,19; 2Sm 21,17). Vejamos a avaliação dos reis de Israel. A partir do cisma, todos os reis do norte, são avaliados negativamente a exemplo de Jeroboão, com exceção de Selum que reinou um mês e não teve avaliação (2Rs 15,13) e Oséias, o último rei, do qual se diz ter feito o mal mas não como os reis de Israel seus predecessores (2Rs 17,1-2). Os outros, Nadab (1Rs 15,25-32), Baasa (1Rs 15,33-16,6), Zamri (1Rs 16,15-20), Omri (1Rs 16,21-28), Acab (1Rs 16,29-22,40), Acazias (1Rs 22,52-54; 2Rs 1,1-18), Jorão (2Rs 3,1-27), Jeú (2Rs 9-10), Joacaz (2Rs 13,1-9), Joás (2Rs 13,10-25), Jeroboão II (2Rs 14,23-29), Zacarias (2Rs 15,8-12), Manaém (2Rs 15,16-22), Facéias (2Rs 15,23-26), Facéia (2Rs 15,27-31), fizeram o mal aos olhos do Senhor seguindo Jeroboão. Zamri, reinou em Israel apenas sete dias e recebeu avaliação negativa Fez o mal aos olhos do Senhor como fez Jeroboão (1Rs 16,9). Omri e Acab foram campeões de fazer o mal. Omri fez o mal aos olhos do Senhor, superando nisso todos os seus antecessores (1Rs 16,25), certamente por causa da

7 7 política de Alianças com os povos vizinhos. Acab, filho de Omri, fez o mal aos olhos do Senhor mais que todos os seus antecessores (1Rs 16,30). Naturalmente se Acab foi pior que Jeroboão, seria Acab de ora em diante quem deveria ser citado como exemplo negativo e não mais Jeroboão. Jorão, fez o mal, não como seu pai e sua mãe, pois derrubou a estela de Baal que seu pai (Acab) tinha feito. Depois acrescenta o juízo: Mas continuou apegado aos pecados de Jeroboão (2Rs 3,1-3). O rei Jeú recebe recebe um leve elogio por Ter exterminado o culto oficial a Baal, com o apoio do profeta Eliseu. Se Jeroboão incentivou a idolatria como o autor relata, e Jeú conseguiu exterminar; como explicar o juízo sobre Jeú que não se afastou dos pecados que Jeroboão fizera Israel cometer (2Rs 10,28-31)? São indícios a mostrar que a condenação de Jeroboão aconteceu pelo fato de afastar Israel do templo de Jerusalém e não por causa da idolatria (PIXLEY, 1990, p.49). Se apenas a idolatria fosse o motivo, o julgamento seria rigoroso igualmente para os dois reinos, sem mitigações, pois tanto Judá como Israel caíram na idolatria. Atualização: leitura profética da história A história dos reis foi escrita, em vista de fazer uma releitura profética dos fatos, denunciando os reis que foram infiéis a aliança, e por isso, provocaram o cisma entre as tribos e o exílio. Também esta história foi escrita para ajudar o povo a aprender com a própria caminhada de avanços e fracassos, descobrindo por trás dos fatos o projeto do Senhor, que é a libertação de toda forma de opressão. A libertação deve acontecer como um sinal de adesão à Aliança com o Senhor que outrora libertou o povo da escravidão do Egito (Cf. Ex 20,1-2). A libertação na história, vai acontecendo, seja da opressão do poder político,como do poder religioso, quando este se torna ideologia para justificar práticas excludentes, uma realidade dentro da própria história do povo eleito. Será a fidelidade de um pequeno resto, o servo eleito chamado para o serviço da justiça (Cf. Is 42,1.6), que irá novamente reiniciar a história, e fazer o êxodo acontecer, como é narrado o exemplo de Noé que reinicia com sua família: Gn 6,9-12; 7,1; Abraão que sai de sua terra: Gn 12,1-2; Moisés que lidera um grupo (Ex.3 e 6). Na história da monarquia, os profetas apareceram como defensores da Aliança e da vida do povo contra a prepotência dos reis. Eram eles, representando um pequeno grupo fiel, a anunciar que o Senhor Javé, o Deus do povo, não existia para legitimar o poder do rei, mas o poder existia para servir à Aliança e ao Projeto de Deus (Cf. Dt 17,14-20; 1Sm 8,1-22), em meio a uma história turbulenta, de disputas, infidelidades,e abandono da Aliança (CRB, 1992, pp.18-19). A leitura crítica dos fatos da história dos reis descobre também tendências de textos a legitimar o poder do lado dos fortes. Daí a importância de mostrar o aspecto libertador dos textos escritos na ótica da Aliança. A interpretação de fatos a luz da história da Salvação conduz o leitor a tirar uma lição mesmo dos acontecimentos mais sombrios. Foi o que fez o Apóstolo ao comentar as

8 8 infidelidades e idolatrias do povo no livro do Êxodo: Esses fatos aconteceram para servir de exemplo, e foram escritos para nossa instrução (1Cor 10,11), para que não voltem a acontecer novamente. Conclusão 1-No relatório das apreciações negativas dos reinos do norte, nenhuma vez um rei do reino de judá é mencionado como exemplo negativo. Somente Davi é citado como exemplo positivo a ser seguido. Quando o rei é avaliado que fez o mal, se acrescenta que não seguiu o comportamento do rei Davi. Quanto aos reis do reino do Norte, sabe-se que o autor fala do reino de Omri, Acab, reis de Israel que fizeram mais mal que todos os reis anteriores, porém no conjunto da história deuteronomista são menos citados como exemplo negativo do que Jeroboão filho de Nadab. Ele carrega a culpa de ter feito o mal aos olhos do Senhor e ter conduzido Israel a pecar, sendo mencionado trinta e quatro vezes. 2-Na apreciação dos reinos do Sul que fizeram o mal o autor deuteronomista cita como exemplo negativo os reis do reino do Norte, tanto coletivamente como individualmente. 3- A tendência de acusar os reinos do norte como culpados é clara com a acusação de idolatria. Porém a acusação de que alguns santuários se afastaram do Deus único, significa também que eles romperam com o reino. 4- Na avaliação do reino de judá os exemplos negativos citados são menos acentuados, porém sempre é lembrado o exemplo positivo de Davi que fez o que é agradável aos olhos do Senhor. 5-Esses elementos levantados nesse estudo indicam no mínimo uma mágoa profunda do autor deuteronomista com Jeroboão nomeado como aquele que fez o mal aos olhos do Senhor e fez Israel pecar. Não somente Jeroboão mas os reis de Israel são mencionados negativamente. O cisma político fora interpretado como uma ruptura com a aliança com a casa de Davi. O autor deuteronomista na sua avaliação relata que Jeroboão havia separado Israel da casa de Davi e Israel tinha proclamado Jeroboão como rei. Jeroboão afastou Israel do Senhor e levou-o a cometer grande pecado. A gravidade do pecado está no cisma provocado, separando Israel de Judá Referenciais KONRAD SCHMID. História da Literatura do Antigo Testamento. São Paulo: Loyola, 2013 RÖMER, Thomas; MACCHI, Jean Daniel; NIHAN, Christopfer. Antigo Testamento. História, Escritura e Teologia. São Paulo: Loyola, 2010.

9 9 KNAUF, Ernest Axel. 1-2 Reis. In: RÖMER, Thomas; MACCHI, Jean-Daniel; NIHAN, Christophe (orgs.) Antigo Testamento história, escritura e teologia. S.Paulo; Loyola p ROSE, Martin. Deuteronômio. In: RÖMER, Thomas; MACCHI, Jean Daniel; NIHAN, Christopfer. Antigo Testamento. história, escritura e teologia. São Paulo: Loyola, p RÖMER, Thomas. A chamada história deuteronomista. Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, BALLARINI, Teodorico. Introdução à Bíblia II/2, Josué, Juizes, Samuel e Reis, Ed. Vozes, Petrópolis PIXLEY, George. História de Israel a partir dos pobres. Petrópolis: Vozes, 1990 CRB, (Conferencia dos Religiosos do Brasil) A leitura Profética da História, coleção Tua Palavra é Vida, vol.3, Loyola, São Paulo: Loyola, 1992.

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