Licenciatura em ciências

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1 4.1 Introdução 4.2 Poluição do ar e efeitos na Saúde 4.3 Principais poluentes e fontes emissoras Fontes emissoras naturais Fontes relacionadas às atividades do homem Poluentes Monitorados 4.4 Efeitos na Saúde Efeitos cardiorrespiratórios Efeitos agudos associados à exposição de curta duração Efeitos agudos associados à poluição ambiental por queima de biomassa Outros efeitos agudos Efeitos crônicos associados à exposição de longa duração Efeitos crônicos associados à poluição ambiental por queima de biomassa Poluição e realização de exercícios físicos 4.5 Mecanismos envolvidos nos efeitos cardiovasculares e respiratórios Cardiovasculares Respiratórios 4.6 Populações suscetíveis 4.7 Poluição no interior dos domicílios (indoor) 4.8 Conclusões Referências Bibliográficas Licenciatura em Ciências USP/ Univesp 4 Ubiratan de Paula Santos Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

2 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Introdução São descritas as principais fontes geradoras, os principais poluentes, o impacto global na saúde e suas particularidades, com foco nos efeitos cardiorrespiratórios e, ao final, abordados aspectos relacionados à prevenção dos impactos sobre a saúde do homem. Tem como objetivo colocá-lo em contato com um tema cada vez mais relevante e atual, e sobre o qual a intervenção do homem é decisiva para mudar o curso dos acontecimentos. Isso envolve não a necessidade de investimento de recursos para a implementação de serviços como de água e saneamento, mas sim a implantação de medidas coletivas com vistas a reduzir a poluição de poluentes que impactam diretamente a saúde do homem, como também prevenir o impacto indireto provocado por alterações do clima, tema que será objeto da aula 9. Sugerimos que o texto, da introdução até os efeitos agudos e crônicos, seja estudado na primeira semana de aula e o restante na segunda semana, correspondendo assim às aulas 6 e Poluição do ar e efeitos na Saúde Por que se preocupar com a poluição do ar? A resposta a esta pergunta pode ser resumida nos seguintes argumentos: 1. Milhares de estudos demonstram que a mudança na composição do ar, com a contaminação por poluentes, está associada a um aumento do risco de ocorrência de doenças (WHO, 2006); 2. A poluição do ar não obedece as barreiras, atinge a grande maioria da população mundial que passou a morar nas cidades, com suas indústrias e veículos poluidores, e também boa parte dos moradores da zona rural, pela queima da biomassa externa (queimadas) ou no interior dos domicílios (cocção de alimentos e aquecimento); 3. A poluição do ar exerce maior efeito nas crianças (< 5 anos de idade) e nos adultos com mais de 60 anos de idade; 4. Em países e regiões mais urbanizados, a poluição do ar é o problema ambiental com um dos maiores impactos na redução da expectativa de vida e na produtividade; 5. Ela é gerada em grande parte pela atividade humana, mas é passível de redução e controle. A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

3 56 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 Embora comentários sobre a poluição sejam antigos, como os dos romanos Sêneca e Plínio referindo-se ao pesado e fétido ar de Roma, e posteriormente de Molière e Charles Dickens sobre Londres, as evidências dos efeitos da poluição sobre a saúde humana são bem mais conhecidas há pouco mais de meio século. Desde então a preocupação com a poluição do ar vem ganhando maior destaque mundial, principalmente a partir da última década pela associação com o aquecimento global e os desequilíbrios a ele atribuídos. Essa preocupação tem-se manifestado, especialmente, pelos efeitos provocados pelos gases de efeito estufa que destroem a camada de ozônio localizada na estratosfera (cerca de 20 km distante da superfície da Terra, responsável por filtrar a radiação ultravioleta do sol), aumentando assim a intensidade com que atinge a superfície da Terra (troposfera) onde vivemos. Por outro lado, também têm sido cada vez mais debatidos os efeitos da poluição do ar gerada pelo homem na saúde da população. Um grande número de estudos realizados em diferentes países tem evidenciado que a exposição à poluição do ar está associada ao aumento da morbidade e da mortalidade por doenças respiratórias, cardiovasculares, infecciosas, câncer, bem como a exacerbação de doenças crônicas como, por exemplo, diabetes (WHO, 2006; Lombardi, 2010). Apesar de os efeitos da poluição terem sido descritos desde a Antiguidade, associados às catástrofes naturais (erupções vulcânicas e incêndios) ou à formação das cidades, que concentravam a queima de biomassa para cocção e aquecimento (Pénard, 2004; Stanek, 2011), somente a partir dos séculos XVIII e XIX, com a Revolução Industrial, a poluição passou a atingir em grandes proporções a população. Três episódios agudos bem conhecidos, caracterizados pela inversão térmica e a formação de nuvens de poluentes, ocorridos no Vale do Meuse (Bélgica) em 1930, Donora (Pensilvânia-EUA) em 1948 e, sobretudo, do episódio de Londres, em dezembro de 1952, responsável por 12 mil mortes de seres humanos e mesmo de animais em vias públicas, e aumento em 160% nas admissões hospitalares (Bell, 2001), deram relevância ao tema, que passou a merecer a atenção da sociedade e dos governos, sendo então promulgadas as primeiras leis e medidas normativas para o controle das emissões no ar e dos limites de concentração ambiental para diversos poluentes. A poluição do ar atingiu proporções ainda maiores quando, a partir da Segunda Guerra Mundial, ocorreu grande expansão da indústria automobilística, com a poluição de origem veicular contribuindo com a maior fração de poluentes emitidos na maioria dos médios e grandes centros urbanos. Diversos estudos realizados a partir das últimas décadas do século passado têm evidenciado, de forma consistente, a associação entre a poluição do ar e os efeitos na saúde, com destaque para o aumento da morbimortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares. Estudos recentes (Lim et al., 2012; Lozano, 2012) estimam que a poluição do ar ambiental externa (outdoor) por material particulado foi responsável por 2,9 milhões (cerca de 6,3% do total 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

4 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 57 de óbitos) e 3,2 milhões (cerca de 6,1% do total de óbitos) de óbitos em todo o mundo e por 81 milhões (3,3%) e 76 milhões (3,1%) de anos vividos a menos ou com incapacidade (DALYs), em 1990 e 2010, respectivamente. Acrescenta-se a esses dados o ozônio ao qual foram atribuídos cerca de 150 mil óbitos e 2,5 milhões de DALYs em 2010 (Lim et al., 2012). A Organização Mundial da Saúde, com base em dados de estudos brasileiros e das concentrações médias de poluentes nas cidades, estimou em 23,7 mil os óbitos para o ano de 2008 (Tabela 4.1). A partir dos dados mais recentes (Lim et al., 2012), que levaram em conta maior número de municípios e informações trazidas por novos estudos, estima-se para o Brasil que a poluição do ar seja responsável por cerca de 60 mil óbitos. Na região (América Tropical) que o Brasil integra no estudo (Lim et al., 2012), ocupa o 27º lugar no ranking entre os 67 principais fatores de risco de doença (medida em DALYs) no Brasil, para o ano de 2010, contra a 9ª colocação em nível global. Por outro lado, a poluição intradomiciliar pela queima de combustíveis sólidos foi responsável por 4,6 milhões de óbitos (9,8%) e 176 milhões (7%) de anos vividos a menos ou com incapacidade (DALYS) e 3,5 milhões (Lim et al., 2012; Lozano, 2012) de óbitos e 111 milhões (4,5% de DALYs) em 1990 e 2010, respectivamente, decorrentes da queima de combustíveis para aquecimento interno e para a preparação de alimentos (Lim et al., 2012; Torres, 2008). No mundo, estima-se que 56,5% da população utilize combustíveis sólidos nos domicílios (90% da zona rural), sendo que as estimativas para a América do Sul, inclusive o Brasil, refere o uso em cerca de 25% dos domicílios (Torres, 2008). Na região (América Tropical) que o Brasil integra no estudo, a exposição à poluição no interior dos domicílios ocupa o 18º lugar no ranking entre os 67 principais fatores de risco causadores de doença, contra a 4ª colocação em nível global, em (Lim et al., 2012) Tabela 4.1: Poluição Ambiental (outdoor) - Estimativa de exposição e óbitos. / Fonte: Adaptado de OMS, País Conc. anual de MP 10 µg/m³ % pop cidades mil hab Número óbitos Taxa 100 mil hab. China Índia EUA Rússia 32, Indonésia Japão Brasil Alemanha África Sul Nota: MP10: material particulado com diâmetro menor do que 10 µm. Estimativas referentes a 2008 (OMS - ghodata/?vid=3400. Statistics date). A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

5 58 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Principais poluentes e fontes emissoras Considera-se que o ar está poluído quando as características naturais da atmosfera são alteradas por agentes químicos, físicos ou biológicos, com origem na atividade do homem e/ou em eventos naturais (Pénard, 2004; Yang, 2009) Fontes emissoras naturais As principais fontes naturais têm como causas as erupções vulcânicas (as mais recentes ocorreram no Chile - vulcão Puyehue, e na Islândia - vulcão Eyjafjallajökull, e levaram à limitação do tráfego aéreo e a impactos nas populações), materiais biológicos ou orgânicos como pólens e esporos de plantas, tempestades de areia em grandes áreas desérticas que atingem cidades, incêndios acidentais, ação de raios que geram grandes quantidades de óxidos nitrosos (NOx) e as algas das superfícies de oceanos e lagos, que produzem sulfeto de hidrogênio em grande quantidade (Pénard, 2004; Yang, 2009) Fontes relacionadas às atividades do homem Até meados do século passado, predominava a poluição gerada, nas fábricas e nos domicílios, pela queima de combustíveis fósseis (carvão e óleos) e pela queima de biomassa (material orgânico derivado de animais ou plantas, como lenha, carvão vegetal, cana-de-açúcar), já empregada desde antes da Revolução Industrial. Nas últimas décadas, vem crescendo a participação dos veículos automotivos, atualmente a principal fonte de poluição na maioria dos centros urbanos (Figura 4.1). Dos combustíveis habitualmente utilizados, o diesel, a gasolina, o álcool e o gás são, em ordem decrescente, os mais poluentes. O diesel, por exemplo, dá origem à maior quantidade de material particulado por quilômetro rodado e o álcool a mais aldeído, um composto orgânico volátil. Em parte importante das zonas rurais e regiões pobres do mundo, a principal fonte de poluição nos ambientes internos ainda tem origem na queima de combustíveis sólidos. Dados de 2010 estimam que, na Nigéria, Índia, Indonésia e China, 74%, 58%, 56% e 46% das 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

6 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 59 populações, respectivamente, são usados combustíveis sólidos no domicílio, contra menos de 5% na Alemanha, Itália e Estados Unidos da América (WHO). No Brasil, além da queima de materiais orgânicos nos domicílios (lenha e carvão), em regiões mais pobres e rurais (estima-se em 36% da região rural e 6% em nível nacional) (WHO), uma importante fonte de poluição ambiental de origem não urbana decorre da queima de biomassa (cana-de-açúcar, pastos e florestas) provocada pelo homem. Para assistir ao vídeo que mostra a queima de cana-de-açúcar que precede a colheita, responsável pela liberação de grande quantidade de poluente no ambiente, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e faça o download do vídeo Queima de cana-de-açúcar, que se encontra disponível em Recursos. Estima-se que 16% da poluição por material particulado em todo o mundo tenha como origem o domicílio (Lim et al., 2012). A queima de combustíveis constituídos de carbono (carvão, óleo diesel, gasolina, madeira ou gás natural) nunca é completa, produzindo monóxido de carbono e hidrocarbonetos, além de liberar, por reação com o ar e pela presença de outros contaminantes ou misturas aditivas, óxidos nitrosos, dióxido de enxofre, metais e material particulado. Por ação de raios solares, óxidos nitrosos e hidrocarbonetos voláteis reagem, dando origem a grandes quantidades de ozônio Poluentes Monitorados Figura 4.1: Cidade de São Paulo: observar a poluição atmosférica ao fundo. Os principais poluentes monitorados pelas agências ambientais, na maioria dos países, inclusive o Brasil (Resolução nº 3 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, 1990), e preconizados pela Organização Mundial da Saúde são: A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

7 60 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 a. Poluentes primários: emitidos diretamente para a atmosfera por indústrias, termoelétricas, veículos automotivos: dióxido de enxofre (SO 2 ); óxidos de nitrogênio (NO x ); material particulado (PTS; MP 10, MP 2,5, MP 0,1, que correspondem a partículas totais em suspensão e material particulado com mediana do diâmetro aerodinâmico inferior a 10, 2,5 e 0,1 micrômetros, respectivamente), monóxido de carbono (CO) e, em alguns países, também são monitorados compostos orgânicos voláteis (COV) e metais (chumbo, mercúrio, arsênico, cádmio, cromo e níquel); b. Poluentes secundários: resultantes de reações químicas ocorridas entre poluentes primários sob ação da radiação solar: os principais são o ozônio (O 3 ) e material particulado secundário, como os sulfatos e nitratos. Todos esses poluentes são gerados pela queima de combustíveis, exceto o ozônio formado a partir da reação química induzida pela oxidação fotoquímica dos compostos orgânicos voláteis (VOC), induzida pelos radicais hidroxilas (OH ) e pelo dióxido de nitrogênio (NO 2 ), na presença de raios ultravioletas provenientes da luz solar. Por essa razão, as concentrações de O 3 são mais elevadas nos dias ensolarados, nos ambientes com maiores concentrações de seus precursores emitidos por indústrias e veículos automotivos. O crescente aumento de ozônio nas cidades, nos últimos anos, e sua associação com efeitos respiratórios têm sido motivo de preocupação e de maior número de estudos (Tabela 4.2). Os poluentes medidos são usualmente expressos em microgramas por metro cúbico de ar (µg/m³) ou em partes por milhão (ppm) ou por bilhão (ppb) de partículas ou moléculas no ar. Partículas com diâmetro aerodinâmico abaixo de 10 µm são classificadas como inaláveis, podendo penetrar nas vias aéreas, mas apenas as menores do que 4 µm atingem as vias aéreas inferiores. Originadas principalmente da combustão do diesel e de gases, são mais tóxicas do que as maiores, provavelmente por atingirem com mais facilidade as áreas de trocas gasosas e terem uma relação superfície/massa muito maior, sendo potencialmente mais capazes de induzir processo inflamatório (Oberdörster et al., 2005). 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

8 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 61 Tabela 4.2: Principais poluentes, fontes geradoras e valores limites. Poluentes Principais Fontes geradoras Limites de Tolerância Brasil* OMS 1 Poluentes primários Material Particulado (MP) - µg/m³) Emissão de veículos automotores, indústrias, queima de biomassa MP 10 (M24hs 2 ): 150 MP 10 (MAA): 50 MP 10 (M24hs): 50 MP 10 (MAA): 20 MP 2,5 (M24hs): 25 MP 2,5 (MAA): 10 Dióxido de enxofre (SO 2 ) - µg/m³) Indústrias, usinas termoelétricas, veículos automotores - queima de carvão e óleos SO 2 (M24hs 2 ): 365 SO 2 (MAA): 80 SO 2 (M24hs): 20 SO 2 (M10min): 500 Dióxido de nitrogênio (NO 2 ) - µg/m³) Veículos automotores, usinas termoelétricas, indústrias - combustão a elevadas temperaturas NO 2 (M1h 2 ): 320 NO 2 (MAA): 100 NO 2 (M24hs): 200 NO 2 (MAA): 40 Monóxido de carbono (CO) - ppm) Combustão incompleta de óleo, gás natural, gasolina, carvão mineral, queima de biomassa. CO (M1h 2 ): 35 ppm CO (M8hs): 8 ppm CO (M1h): 26 ppm CO (M8hs): 8 ppm Compostos orgânicos voláteis (COV) Emissão veicular - Vapores de hidrocarbonetos (aldeídos, cetonas) Não estabelecido Não estabelecido Poluentes secundários Ozônio (O 3 ) - µg/m³) Formado a partir da reação entre a luz solar e óxidos de nitrogênio e COV O 3 (M1h): 160 O 3 (M8hs): 100 Material Particulado (MP) - µg/m³ Formado a partir de reações MP fotoquímicas envolvendo gases (M24hs2 10 ): 150 como o NO MP 10 (MAA): 50 2 MP 10 (M24hs): 50 MP 10 (MAA): 20 MP 2,5 (M24hs): 25 MP 2,5 (MAA): 10 Notas: Resolução CONAMA N o 03/90; ¹Organização Mundial da Saúde 2006; MAA: média aritmética anual; M: média; 2 Não deve ser excedido mais do que uma vez por ano; ppm: parte por milhão; M1h: maior média diária de 1 hora; M8hs: maior média diária de 8 horas. Embora todos os poluentes produzam efeitos na saúde, o material particulado fino (MP 2,5 ) é o principal poluente relacionado às ocorrências cardiovasculares agudas e crônicas e ao câncer de pulmão, estando também associado ao aumento da exacerbação de asma, de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e à redução da função pulmonar. No Brasil, a instituição do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), no final dos anos 1980, teve êxito na melhoria da qualidade da frota - carros menos poluídos e combustível melhor - e com isso uma redução na emissão de poluentes, refletindo nas concentrações ambientais, como pode ser visto no Gráfico 4.1, que apresenta a A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

9 62 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 evolução da concentração de material particulado, e no Gráfico 4.2, onde se pode ver o número de dias/ano em que a concentração de ozônio ultrapassou, na cidade de São Paulo, o limite máximo diário estabelecido pela legislação brasileira (Oberdörster et al., 2005). Entretanto, o crescimento vertiginoso da frota veicular nos últimos anos tem impedido a redução continuada da concentração de poluentes, estando os níveis atuais estabilizados em patamares ainda elevados, se comparados aos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (Gráficos 4.1 e 4.2). Gráfico 4.1: Média anual de MP 10 (g/m³)- RMSP. / Fonte: Adaptado de Cetesb, Gráfico 4.2: Ozônio (O 3 ) Número de ultrapassagens do limite máximo diário/ano. / Fonte: Adaptado de Cetesb, Nos Gráficos 4.3 e 4.4 pode ser visto o número de dias/mês em que a concentração de ozônio ultrapassou o limite máximo diário, bem como a distribuição da concentração média de material particulado (PM 10 ) ao longo dos meses (Cetesb, 2008), deixando evidentes as maiores concentrações de material particulado nos meses de inverno e com menor índice pluviométrico e de ozônio no período de verão, mais ensolarado. Gráfico 4.3: Ozônio (O 3 ): número de ultrapassagem dos limites/mês ( ). / Fonte: Adaptado de Cetesb, Gráfico 4.4: Concentrações médias mensais (2004 a 2008) na RMSP. / Fonte: Adaptado de Cetesb, Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

10 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 63 A área rural, considerada como sinônimo de ar puro, exceto pela pouco valorizada poluição intradomiciliar (indoor) decorrente da queima de biomassa ou de combustíveis para aquecimento e cocção nas residências, passou a conviver, em muitas regiões, com elevadas concentrações de poluentes emitidos pelas queimadas - pastos, florestas e a palha de cana-de-açúcar, como acontece no Brasil (Figura 4.2). Figura 4.2: Mapa de monitoramento de locais de queima de cana - Região Noroeste do Estado de São Paulo. / Fonte: Adaptado de Cetesb, Dados do INPE, de 2001 a 2010, referentes ao número de focos de queimadas no Brasil, mostram elevado número de focos de queima/ano (média de 820 mil), com grande variação entre os anos (Gráfico 4.5). Os estados do Mato Grosso (MT), Pará e Maranhão concentram mais da metade dos focos, sendo que apenas o estado de MT concentra aproximadamente 25% deles. O Estado de São Paulo (Gráfico 4.6), embora contribua com baixos percentuais do total de focos do país, apresentou uma elevação na década referida. É preciso ter em mente A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

11 64 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 que o número de focos não tem correspondência com a extensão da área queimada, ou seja, é possível que uma região com menor número de focos apresente focos mais extensos e, com isso, as emissões serem maiores. A queima da cana-de-açúcar, além de material particulado (MP), libera grande quantidade de óxidos nitrosos e de amônia, em boa parte pelo uso de fertilizantes, que sob a ação solar reagem, dando origem ao poluente secundário ozônio. Os principais poluentes liberados na queima de combustíveis sólidos, no interior dos domicílios, são o CO, o NOx, centenas de hidrocarbonetos, entre os quais está o benzeno, e material particulado. Diferente da poluição ambiental, a poluição no interior dos domicílios, exceto os de trabalho, não tem uma regulação normativa. Gráfico 4.5: Brasil: Número de focos de queimada/ano: 2001 a / Fonte: Adaptado de INPE, Gráfico 4.6: São Paulo: Número de focos de queimada/ano e % com relação ao número de focos no Brasil. / Fonte: Adaptado de INPE, Efeitos na Saúde Por que a poluição faz mal? Para produzir a energia necessária ao funcionamento do nosso corpo, um adulto inala cerca de 10 m³ de ar por dia; assim, ele leva oxigênio para a produção da energia (ATP) necessária ao funcionamento das células que formam os tecidos do corpo humano. Se o ar que respiramos contém poluentes gasosos e/ou material particulado com diâmetro aerodinâmico inferior a 10 µm, estes são inalados e atingem as vias aéreas, onde, uma vez vencendo as defesas formadas por substâncias antioxidantes, células de defesa como macrófagos e o 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

12 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 65 clearance mucociliar provocam irritação, inflamação e a liberação de diversos mediadores, que acabam por alterar as vias aéreas e o pulmão, estimulam receptores do sistema nervoso autônomo e liberam, para a corrente sanguínea, substâncias que têm efeito sistêmico, especialmente no sistema cardiovascular. Boa parte desses efeitos ocorre porque o organismo humano, fruto da evolução ao longo do desenvolvimento da espécie, é pouco adaptado para se defender da ação de agentes químicos, com os quais passou a ter contato em larga escala nos últimos 300 anos, diferentemente do engenhoso mecanismo de defesa contra infecções, desenvolvido ao longo de sua existência (mais de 150 mil anos, para ficarmos no nosso ancestral mais próximo) através da seleção natural. Lembremos que o uso de antibióticos e vacinação em escala teve início nos anos 30 do século passado, com a penicilina sendo testada, entre outros, no primeiro ministro britânico, durante a Segunda Guerra Mundial. Os efeitos dos poluentes dependem das suas características físico-químicas, da concentração no ar que respiramos e da quantidade inalada, que têm relação com o esforço físico, do tempo que os indivíduos permanecem expostos e, no caso do material particulado, das dimensões, com a maioria dos estudos sugerindo que as partículas finas e ultrafinas são mais nocivas. Partículas menores têm, proporcionalmente, maior número de átomos na superfície, aumentando exponencialmente quando abaixo de 30 nanômetros, o que as tornam mais reativas em contato com a camada de revestimento das vias aéreas (Oberdörster et al., 2005; Auffan et al., 2005). Os estudos epidemiológicos e experimentais têm avaliado os efeitos de cada poluente isoladamente, mas não tem sido possível estimar com maior precisão o efeito combinado desses poluentes, de maneira a reproduzir a real situação vivida pelo homem. Acredita-se que os efeitos encontrados estejam subestimados, exigindo precaução cada vez maior e esforço na redução das emissões ambientais. Outro aspecto relevante é a constatação de que mesmo baixas concentrações de poluentes são suficientes para produzir efeito significativo. Estudos evidenciam relação exposição-resposta linear entre a concentração de MP 10 e a mortalidade cardiopulmonar, e que não há limite ambiental seguro para a exposição ao material particulado (WHO). Os efeitos da poluição do ar têm sido estimados através de estudos que exploram a variação temporal em curto espaço de tempo, horas ou dias - chamados de efeitos agudos ou por exposições em curtos períodos -, e de estudos que avaliam os efeitos decorrentes da exposição prolongada no tempo (anos ou décadas) - são as exposições crônicas ou efeitos crônicos, em diferentes cidades ou áreas geográficas definidas. Os efeitos agudos se manifestam A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

13 66 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 principalmente em indivíduos mais suscetíveis, como crianças, idosos e naqueles com comorbidades (doenças cardiorrespiratórias e metabólicas crônicas) (OMS, 2005). São geralmente avaliados através de estudos de séries temporais (desfechos como a mortalidade, as admissões hospitalares e consultas de emergência) (INPE), de estudos de painel, onde, em um grupo de indivíduos, são estudados determinados desfechos (sintomas, sinais e marcadores fisiológicos ou patológicos), estudos case-crossover (tipo/modelo de estudo epidemiológico) ou, ainda, estudos experimentais. Os efeitos crônicos, que podem atingir toda a população, em variado grau e tipo de acometimento, em decorrência da carga de exposição, da composição dos poluentes e do polimorfismo genético, têm sido avaliados principalmente através dos estudos de coorte, cujos desfechos são a mortalidade, a morbidade ou alterações em marcadores biológicos, como a função pulmonar, o desenvolvimento da aterosclerose, a incidência e mortalidade por câncer de pulmão (WHO, 2005; Yang, Omaye, 2009; Dockery et al., 1993). Entre esses dois extremos - efeitos da variação diária da poluição e efeitos observados pela exposição cumulativa ao longo dos anos -, alguns estudos têm avaliado utilizando defasagens (lags) intermediárias (tempo decorrido entre o momento da exposição e a ocorrência do evento estudado) de 30 a 60 dias. Outros estudos têm captado também uma variação intermediária no tempo em decorrência de intervenções externas ou avaliando os efeitos na gestação. Pope encontrou uma redução da mortalidade em 3,2% no Vale do Utah/EUA, após a redução de 15 µg/m³ na concentração de MP 10, em decorrência do fechamento de uma siderúrgica durante 13 meses por litígio trabalhista. Clancy e col., em Dublin, também encontraram redução na mortalidade após a entrada em vigência de lei que baniu a queima de carvão no interior dos domicílios. Apesar de diversos estudos demonstrarem a associação da poluição do ar com efeitos em vários tecidos, órgãos e sistemas do organismo humano, como no sistema nervoso central, no sistema hematológico, olhos, articulações, com alterações na gestação, levando ao aumento de parto prematuro e de baixo peso do recém nascido, nas exacerbações de doenças do colágeno, de anemia falciforme, de apneia obstrutiva do sono, de Diabetes Mellitus, de Alzheimer, de rejeição a transplantes. No entanto, os efeitos mais estudados e com maior repercussão são os cardiorrespiratórios. Segundo estimativas da OMS, a poluição do ar ambiental é responsável, respectivamente, por 3%, 5% e 8% dos óbitos por infecção respiratória, doenças cardiopulmonares e câncer de pulmão em todo o mundo. (WHO, 2009). 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

14 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Efeitos cardiorrespiratórios Em indivíduos adultos, as doenças cardiovasculares constituem-se na primeira causa de mortalidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento, inclusive no Brasil. As doenças respiratórias crônicas têm crescido em importância, sendo três delas de grande relevância epidemiológica: 1. asma, cuja incidência tem aumentado em todo o mundo; 2. DPOC (doença caracterizada pela presença de inflamação das vias aéreas, dificuldade para inspiração e expiração, e redução da função pulmonar), que vem aumentando de incidência tanto em fumantes quanto em não fumantes, e 3. câncer de pulmão, que acomete principalmente fumantes, mas também parcela significativa de não fumantes. Para todas essas doenças, têm sido encontradas evidências consistentes de associação causal com a poluição do ar. Um grande número de estudos tem revelado a existência de consistente associação entre a exposição aguda à poluição do ar e o aumento do número de consultas de emergência, de infecções respiratórias, de admissões hospitalares e da mortalidade em indivíduos portadores de doenças respiratórias ou cardiovasculares, em crianças e idosos (Daniels et al., 2000; Brunekreef, Holgate, 2002; Peters et al., 2004; Kelly, Fussell, 2011). Os efeitos da exposição crônica têm sido associados ao aumento da mortalidade por doenças cardiorrespiratórias, por infarto do miocárdio, arritmia cardíaca, aumento da incidência de asma, de câncer de pulmão, redução da função pulmonar, déficit no desenvolvimento pulmonar em crianças que crescem em cidades poluídas e aumento da incidência de DPOC (Brunekreef, Holgate, 2002; Kelly, Fussell, 2011; Pope et al., 2004; Brook et al, 2004; Eisner et al., 2010). O fato de os estudos sobre efeitos agudos demonstrarem a existência de uma relação linear da exposição-resposta entre a concentração de PM 10 e a mortalidade cardiopulmonar (Daniels et al., 2000), sugerindo não haver limite ambiental seguro para a exposição ao material particulado, implica a necessidade de políticas públicas que objetivem um progressivo controle e redução da poluição do ar. Estudo recém-publicado sugere um valor de 8,8 µg/m³ de MP 2,5 como risco mínimo à saúde (Lim et al., 2012). Estudos publicados nos últimos anos têm evidenciado a associação com o aumento da exacerbação e da incidência de doenças cardiorrespiratórios ao fato de indivíduos morarem perto de vias com tráfego elevado de veículos, sendo tanto maior o risco quanto mais próximo da via. A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

15 68 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo Efeitos agudos associados à exposição de curta duração Inúmeros estudos têm evidenciado de maneira consistente os efeitos agudos da poluição do ar nos sistemas respiratório e cardiovascular associados às exposições de curta duração (Tabelas 4.3 e 4.4). A exposição aguda afeta principalmente crianças, idosos e indivíduos com doenças crônicas. Aumenta o risco de crises ou exacerbações em indivíduos que têm asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, rinossinusite, doença coronariana, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial ou insuficiência cardíaca. Nesses indivíduos, a elevação da poluição aumenta o número de consultas de pronto-socorro, de internações hospitalares e de óbitos. A exposição a poluentes gasosos e a material particulado está associada à maior incidência de sintomas das vias aéreas superiores: rinorreia, obstrução nasal, tosse, laringoespasmo e disfunção de cordas vocais; nas vias aéreas inferiores como tosse, dispneia e sibilância, especialmente em crianças (Kelly, Fussell, 2011). Em adultos, estão associadas ao aumento da tosse e sibilância, tanto em indivíduos com doenças pulmonares crônicas quanto em indivíduos hígidos. A prevalência de sintomas respiratórios, o declínio da função pulmonar e o aumento da responsividade brônquica aguda e reversível, em adultos e crianças, têm sido descritos em vários estudos (Eisner et al., 2010). Estudo que envolveu 861 crianças com asma persistente, em sete cidades dos EUA, avaliadas a cada seis meses durante dois anos, encontrou maior prevalência de sintomas respiratórios e redução da função pulmonar associada à elevação de MP 2,5, SO 2 e NO 2, apesar de esses poluentes estarem abaixo dos limites recomendados naquele país (O Connor et al, 2008). Por outro lado, estudo realizado na Suíça, envolvendo crianças de diversas cidades (Kelly, Fussell, 2011; Laumbach, Kipen, 2012), revelou que a redução dos níveis de PM 10 foi associada à diminuição de sintomas respiratórios como tosse crônica, tosse noturna e bronquite na mesma proporção média, evidenciando a importância da redução da poluição do ar e o seu rápido impacto na saúde. Estudo que avaliou os efeitos da poluição em internações hospitalares, englobando 10 cidades e 1,8 milhões de habitantes nos EUA, revelou um aumento nas admissões hospitalares de 2,5% por DPOC e de 1,95% por pneumonia para cada aumento de 10 µg/m³ na concentração de MP 10 (Zanobetti, Schwartz, Dockery, 2000). Estudo envolvendo 90 cidades dos EUA, 32 cidades europeias e 12 canadenses, encontrou um aumento na mortalidade geral entre 0,3% e 0,84%, com maior efeito observado em idosos (Samoli et al., 2008). 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

16 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 69 A análise dos principais estudos norte-americanos e europeus revela um aumento entre 0,4% e 1,3% na mortalidade cardiopulmonar associado a cada incremento de 10 µg/m³ de MP 2,5 ou 20 µg/m³ de MP 10. Esses valores, embora pequenos, muito inferiores aos observados nos estudos de mortalidade associados aos efeitos crônicos, são consistentes e acredita-se que estejam subestimados, provavelmente pelo efeito subagudo (em vários dias seguintes) da elevação da poluição em um determinado dia, difícil de ser captado adequadamente pelos modelos desses estudos. Estudo (Tim et al., 2011) que avaliou fatores de risco para infarto agudo do miocárdio, utilizando dados de 36 estudos considerados bem desenhados, realizados em diversos países, estimou a fração atribuída à poluição do ar entre 5% e 7%, muito superior a outros fatores com maior risco, pelo fato de a poluição do ar afetar um maior número de indivíduos, praticamente toda a população que vive em ambientes urbanos. No Brasil, estudos de séries temporais vêm apresentando resultados semelhantes, sendo observados aumentos da mortalidade e das internações por doenças respiratórias em idosos e crianças e aumento das admissões hospitalares por doenças cardiovasculares. Estudando crianças e jovens, Braga e col. encontraram aumento de 2,7% e de 1,5% nas internações de crianças com menos de 2 anos e na faixa entre 14 e 19 anos, respectivamente, associado a cada elevação de 10 µg/m³ na concentração de MP 10, além de verificarem efeito também dos poluentes gasosos. Martins e col., em estudo de série temporal, com idosos acima de 64 anos, encontraram aumento de 18% e de 14% nas internações por complicações respiratórias associadas à elevação de 11,8 µg/m³ na concentração de dióxido de enxofre e de 35,9 µg/m³ na concentração de ozônio, respectivamente. Indivíduos com DPOC são especialmente suscetíveis aos efeitos dos poluentes. Apresentam maior frequência de exacerbações, internações e óbitos associados à elevação aguda da poluição, o que não ocorre com indivíduos normais. Revisões recentes de estudos sobre o tema (Eisner et al., 2010) sugerem que o aumento dos poluentes aéreos, principalmente o material particulado, causa exacerbação de DPOC e, em consequência, provoca o aumento de atendimentos nos serviços de emergência, de internações hospitalares e de mortalidade. O aumento na mortalidade por DPOC, associado a um incremento de 10 µg/m³ de MP 10, apresentou variação de 0,5% a 6% entre os diversos estudos, com maior impacto nos países menos desenvolvidos. Estudo realizado em São Paulo (McCreanor et al., 2007) encontrou um aumento de consultas de emergência em pacientes com DPOC, associado ao material particulado e a poluentes gasosos; a elevação de 10 µg/m³ de MP 10 esteve associada ao aumento de 6,71% no número de consultas médicas. A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

17 70 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 A exposição aguda à poluição do ar (MP, NO 2 e O 3 ) aumenta a suscetibilidade dos indivíduos a infecções respiratórias, elevando o risco de internação e óbitos por pneumonias bacterianas e por infecções virais (Kelly, Fussell, 2011). A base fisiopatológica envolvida estaria associada ao estresse oxidativo na camada líquida protetora do epitélio pulmonar, à redução do clearance bacteriano, à redução da atividade macrofágica e à redução de defesas antivirais com menor produção de Efeitos agudos associados à poluição ambiental por queima de biomassa Em muitas cidades do Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, mas também na região Centro-Oeste e na Amazônia, a poluição tem como principal fonte a queima da biomassa (queimadas de pastos, florestas e da palha da cana-de-açúcar). Estudos realizados em municípios com predomínio da poluição pela queima de cana-de-açúcar revelaram a associação da poluição com admissões hospitalares superiores aos encontrados nos estudos em cidades com predomínio da poluição veicular. Arbex e col., em estudos realizados na cidade de Araraquara, encontraram aumentos de 11,6% e 12,5% nas admissões por asma e hipertensão, respectivamente, associados a aumento de 10 µg/m³ na concentração de Partículas Totais em Suspensão (PTS). Estes achados são corroborados por diversos outros estudos relatados em recente revisão sobre o tema, que revelam evidências suficientes da associação da exposição à poluição da queima de biomassa com exacerbação de asma e DPOC (Eisner et al., 2010, Laumbach et al., 2012). Em resumo, as análises dos estudos realizados em diversos países quanto aos efeitos de variações agudas da poluição sugerem: um aumento médio de 1,0% em adultos (0,5% a 1,6%), de 1,6% em crianças abaixo de cinco anos (0,34% a 3,0%) e de 2% em idosos (acima de 65 anos) na mortalidade para cada elevação de 10 µg/m 3 na concentração de MP 10 (WHO, 2005); que crianças e idosos são mais suscetíveis; que não existe um limiar de segurança para material particulado e o efeito dos poluentes é concentração dependente: quanto maior a concentração maior o efeito Outros efeitos agudos A poluição do ar também tem sido associada com diversos marcadores para riscos cardiovasculares, como a elevação sanguínea de proteína C reativa, de fibrinogênio, da viscosidade 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

18 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 71 sanguínea, do hematócrito e das plaquetas, com a redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e elevação da pressão arterial, fatores reconhecidamente associados à mortalidade cardiovascular (Brook et al., 2004) Efeitos crônicos associados à exposição de longa duração Diversos estudos evidenciam a associação entre exposição crônica à poluição do ar e o aumento da morbidade e da mortalidade por doenças cardiovasculares (Tabelas 4.3 e 4.4). Um dos primeiros trabalhos, reali zado em seis grandes cidades dos Estados Unidos (Dockery et al.,1993), com diferentes níveis de poluição, revelou um risco 26% maior de morte por doenças cardiorrespiratórias entre os moradores das cidades mais poluídas com relação às menos poluídas. Esses achados foram confirmados por outros estudos, entre os quais, um abrangente estudo prospectivo envolvendo 500 mil adultos de 50 Estados norte-americanos que revelou aumentos de 9% e 18% na mortalidade para doenças cardiopulmonares e câncer de pulmão, respectivamente, associados à elevação de 10 µg/m 3 na concentração de material particulado (MP 2,5 ) e, em menor proporção, também a sulfatos e ao dióxido de enxofre (Pope et al., 2002). Estudo posterior (Pope et al, 2004) verificou que a exposição prolongada ao material particulado esteve fortemente associada ao aumento da mortalidade cardiovascular. Uma elevação de 10 µg/m 3 de MP 2,5 esteve associada a um aumento de 8% a 18% na mortalidade por doença isquêmica do coração, arritmias, insuficiência e parada cardíacas, sendo o risco maior em fumantes em comparação aos não fumantes. O mesmo estudo encontrou aumento da mortalidade de cerca de 20% por pneumonia e influenza, em não fumantes, associado à elevação de 10 µg/m 3 de MP 2,5. Também foi demonstrado o aumento de 4% na mortalidade por doenças respiratórias associadas a cada incremento de 10 ppb na concentração de ozônio ( Jerrett et al., 2009). Reavaliação de um dos maiores estudos coorte - American Cancer Study (ACS) - feita pelo Health Effects Institute (Krewski et al., 2009) para o período de 1979 a 2000, estimou um aumento no risco de 6%, 13%, 14% e 24% para mortalidade por todas as causas, por doenças cardiopulmonares, por doença isquêmica do coração e por câncer de pulmão, respectivamente, associado à variação de 10 µg/m³ na concentração de MP 2,5, semelhante aos achados em estudos europeus. O estudo também encontrou efeito significativo para exposição a sulfatos (SO 4 ) e SO 2, para as mesmas causas, e um aumento de 2% para todas as causas e de 3% para doenças cardiopulmonares, associado ao ozônio, sendo que o ozônio parece ter efeito na mortalidade por A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

19 72 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 causas respiratórias e não cardiovasculares, como encontrado no estudo de Jerret e col. (2009). Na linha de diversos estudos surgidos nos últimos anos sobre o impacto da poluição de origem veicular, estudo de coorte realizado na Holanda, que avaliou 120 mil indivíduos entre 1987 e 1996, encontrou risco aumentado de mortalidade cardiopulmonar, por doenças respiratórias associadas à poluição veicular (Brunekreef et al., 2009). Para indivíduos que moram perto de vias de tráfego intenso (mais de 10 mil veículos/dia) foram encontrados: um risco relativo (RR) de morte por doenças cardiopulmonares de 6%; um RR de 17% para morte por doenças cardiopulmonares associado a um aumento de 10 µg/m³ na concentração de fumaça preta nas cidades de Rotterdam, Hague e Utrecht; e um RR de 37% de mortalidade por doenças respiratórias associado à elevação de 30 µg/m³ de NO 2. A análise dos principais estudos de coorte revela um risco de mortalidade cardiovascular entre 3% e 76% associado a uma elevação na concentração crônica de MP 2,5 de 10 µg/m³, com os maiores impactos sendo observados no sexo feminino (Brook et al., 2010). A comparação de estudos norte-americanos envolvendo tabagismo e poluição sugere um risco aumentado de doença cardiovascular associado ao consumo de 1,5 cigarro/dia de 1,58 vez contra 1,28 vez observado na exposição a um aumento de 10 µg/m³ na concentração de MP 2,5. Como a fumaça do tabaco acomete os que fumam ativa e passivamente - cerca de 20%- 30% da população mundial, e a poluição atinge mais da metade da população mundial, o risco associado à poluição, embora menor, tem grande relevância. Estudos prospectivos realizados na Califórnia evidenciaram a associa ção entre exposição crônica ao ozônio e o aumento da incidência de asma, fato até poucos anos atrás objeto de controvérsia. Em comunidades com elevada concentração de ozônio, o estudo encontrou risco 3,3 vezes maior de desenvolvimento de asma em crianças que praticavam pelo menos três tipos de esporte em comparação a crianças que não praticavam esporte em ambiente externo exposto ao ar poluído (Pope et al., 2004). Outro interessante estudo prospectivo acompanhou o desenvolvimento pulmonar dos 10 aos 18 anos, em crianças de 12 cidades da Califórnia, encontrando um déficit no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1 ) ao final dos oito anos, associado a MP 2,5, NO 2, vapores ácidos e partículas de carbono. A proporção de jovens que aos 18 anos apresentaram VEF 1 menor do que 80% do valor previsto foi 4,9 vezes maior (prevalência de 7,9%) nas comunidades com os maiores níveis de MP 2,5, na comparação com as comunidades com os menores níveis (prevalência de 1,6%) (Pope et al., 2004). Outro estudo do mesmo grupo verificou que, após 8 anos de seguimento, a diferença na CVF (capacidade 4 Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

20 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 73 vital forçada) e no VEF 1 nas crianças que moravam a uma distância de até 500 metros de vias de grande tráfego de veículos, aumentou de 17 ml e 23 ml, aos 10 anos de idade, para 70 ml e 100 ml, respectivamente, aos 18 anos de idade, quando comparados com crianças que cresceram morando a mais de metros dessas vias (Laumbach, Kipen, 2012; WHO, 2005). Baseado em análises de estudos e modelos de risco, a OMS estima, para exposição crônica, para cada 10 µg/m³ de aumento na concentração de MP 2,5, acima do nível basal de 10 µg/m³, um número adicional de crianças com sintomas de bronquite por ano (numa cidade com população de 1 milhão de habitantes e cerca de 200 mil crianças). Apesar das diferenças a serem consideradas, especialmente as sociodemográficas, numa cidade com as dimensões de São Paulo (11 milhões de habitantes), com concentração média estimada de MP 2,5 de 20 µg/m³, que representa cerca de 50% dos valores de PM 10, teríamos um número adicional, certamente prevenível, de crianças com sintomas de bronquite por ano. Estudos recentes revelam que a exposição crônica à poluição aumenta o risco do declínio acentuado da função pulmonar e de desenvolvimento de DPOC, e exerce um efeito mais relevante nos pacientes com DPOC (Eisner, 2010). Estudo realizado na Noruega revelou aumento da mortalidade em 17% em indivíduos com DPOC com 50 anos ou mais, associado a NO 2, mesmo em baixas concentrações, inferiores a 60 µg/m³ (o limite brasileiro é de 100 µg/m³ e o recomendado pela OMS, de 40 µg/m³) (Tabela 4.2) (Kelly, Fussell, 2011; Laumbach, Kipen, 2012). Estudo prospectivo realizado na Alemanha (Laumbach, Kipen, 2012), avaliando a relação entre poluição e DPOC, em mulheres, entre 54 e 55 anos de idade, observou um decréscimo de 5,1% no VEF 1 e um risco de 33% para desenvolvimento de DPOC, associado a um aumento médio de 7 µg/m³ na concentração de MP 10, em cinco anos. O mesmo estudo também mostrou que as mulheres que moravam a até 100 metros de distância de vias de grande tráfego apresentaram um risco 1,8 vez maior de desenvolver DPOC, quando comparadas com aquelas que moravam em áreas mais distantes. O recente estudo da American Thoracic Society (ATS) (Laumbach, Kipen, 2012) conclui por evidência suficiente para a associação entre poluição e declínio da função pulmonar em crianças, adolescentes e adultos, sugere plausibilidade biológica para a associação e que a poluição produz estresse oxidativo, inflamação, redução da atividade ciliar, aumento de infecções, inflamação pulmonar e sistêmica, aumento da hiperresponsividade brônquica, condições que podem levar à perda irreversível da função pulmonar e à DPOC. A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

21 74 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 A exposição crônica a poluentes também está associada ao aumento do risco de internação por pneumonia em idosos (2,3 vezes maior) (Neupane et al., 2010) e de óbitos (Kelly, Fussell, 2011) por infecções respiratórias, associado à exposição ao material particulado. Estudo de coorte (Pope et al., 2004) encontrou um risco aumentado de 20% de óbitos por pneumonia e influenza em não fumantes, associado à elevação de 10 µg/m³ de MP 2,5. Poluição e câncer: Dados da Organização Mundial da Saúde estimam a ocorrência de 12,7 milhões de novos casos e de 7,6 milhões de óbitos por todos os tipos de câncer para o ano de 2008, sendo 1,61 milhão e 1,18 milhão os casos novos e número de óbitos por câncer de pulmão, a primeira causa em homens e a segunda causa em mulheres ( Jemal et al., 2011). Diversos estudos têm evidenciado os efeitos da exposição a poluentes e o desenvolvimento de câncer de pulmão, atribuídos tanto à ação direta dos cancerígenos presentes na poluição como pela inflamação crônica induzida por eles (WHO, 2005; Yang, Omaye, 2009). Em média, a exposição crônica à poluição do ar aumenta em cerca de 20%-30% o risco de incidência de câncer de pulmão (WHO, 2005). Estudo de coorte realizado nos EUA revelou aumento da mortalidade por câncer de pulmão em 14%, associado à exposição crônica e a cada incremento de 10 µg/m³ de MP 2,5 (Pope et al., 2002). Estimativa global atribui 5% dos cânceres de pulmão à poluição do ar ambiental. Estudos realizados nos países europeus atribuem entre 5% e 7% dos cânceres de pulmão em não fumantes e ex-fumantes aos efeitos da poluição (WHO, 2009; Vineis et al., 2007). No Gráfico 4.7 pode ser visualizada a estimativa do risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão associado aos níveis de material particulado (Ostro, 2004). Calculado a partir de estimativas para países em desenvolvimento, onde a relação entre a fração de MP 2,5 e MP 10 é estimada em 50%, semelhante ao que ocorre na cidade de São Paulo. Em situações onde a fração é maior, o risco também é maior. Gráfico 4.7: Risco relativo de câncer de pulmão em adultos > 30 anos com Razão MP 2,5 /MP 10 = 0,5. / Fonte: Adaptado de Ostro, Poluição do ar ambiental e de ambientes internos e efeitos na Saúde

22 Licenciatura em Ciências USP/Univesp Módulo 5 75 Embora apresentando variação, a análise dos diversos estudos de coorte e casos-controle consistentes sugere que, em média, a exposição crônica à poluição do ar aumenta em cerca de 20%-30% o risco de incidência de câncer de pulmão, atingindo 47% em não fumantes (WHO, 2005; Krewski et al., Brunekreef et al., 2009; Laden, 2006) Efeitos crônicos associados à poluição ambiental por queima de biomassa Diversos estudos realizados no Brasil têm demonstrado a associação entre a queima da biomassa com efeitos respiratórios em concordância com estudos realizados em outros países. Meta-análise recém-publicada (Eisner, 2010) revelou um risco duas vezes maior de desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à exposição crônica a poluentes derivados da queima de biomassa. Estudo realizado no Brasil com pequenos produtores e processadores de castanha de caju, em zona rural do município de João Câmara (RN), evidenciou que os moradores e trabalhadores se expõem a elevadas concentrações de poluentes no interior dos domicílios (fogão alimentado com lenha e com resíduos da casca da castanha) e fora deles, onde procedem à torragem da castanha em fogões alimentados por biomassa. Verificou também que essa exposição esteve associada à elevada prevalência de sintomas respiratórios, à redução da função pulmonar e ao desenvolvimento de DPOC (Ferraz et al., 2012). Estudo realizado na China também encontrou elevação da pressão arterial, em mulheres, associada à exposição ao material particulado com diâmetro aerodinâmico inferior a 2,5 micrômetros (MP 2,5 ), decorrente da queima de biomassa intradomiciliar (Baumgartner et al., 2011). Estudo realizado por Barbosa e col., com trabalhadores cortadores de cana-de-açúcar queimada no Estado de São Paulo, revelou a presença de estresse oxidativo sistêmico, encurtamento do tempo de protrombina e aumento da pressão arterial no período da safra (concentração no canavial mediana de MP 2,5 : 90 µg/m³), com relação à entressafra quando não ocorre a queima (concentração no canavial mediana de MP 2,5 : 50 µg/m³), evidenciando assim que os efeitos, como seria esperado, acometem moradores e trabalhadores expostos à queima da biomassa. A intervenção humana sobre o ambiente e suas consequências. Problemas de saúde pública

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