ÁGUAS DE PIRAPORA DO BOM JESUS, UM MAR DE ESPUMAS OU, QUEM PAGARÁ O PATO?
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- Marcela Santarém Alcaide
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1 ÁGUAS DE PIRAPORA DO BOM JESUS, UM MAR DE ESPUMAS OU, QUEM PAGARÁ O PATO? Mara Regina Samensatto Ramos (1) Consultora Interna da Unidade de Negócio Sul da VP de Distribuição Metropolitana da SABESP. Tecnóloga em Construção Civil - Obras Hidráulicas pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC (1998). Sete anos de experiência profissional na SABESP. Paulo Roberto Borges Superintendente de Manutenção Guarapiranga da VP Metropolitana de Produção da SABESP. Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (1970). Mestre em Saúde Pública pela USP (1987). Especialização em Administração de Empresas, pela GV (1987). 4 anos na iniciativa privada e 18 em gestões. Endereço (1) : Rua Landizal, 56 - apto São João Clímaco - São Paulo - SP - CEP: Brasil - Tel: (011) Fax: (011) RESUMO Os efeitos contundentes da poluição do Rio Tietê, no Estado de São Paulo, apresentam-se devastadores na cidade de Pirapora do Bom Jesus, com habitantes, situada a 50 km de São Paulo. A contaminação do Rio Tietê é proveniente dos esgotos industriais e domésticos de parte da RMSP - Região Metropolitana de São Paulo. Essa poluição chega em Pirapora na forma de nuvens de espuma e gás sulfídrico que colocam em risco a população, além de equipamentos e bens artísticos do município. O Índice de Mortalidade Infantil atinge valores médio, nos últimos dezoito anos, de 78,6 por 1000 nascidos vivos, quando no Brasil este índice é de 37 por 1000 e nos países desenvolvidos não passa de um dígito. A solução deste problema passa pela coleta e tratamento dos esgotos na RMSP, à cargo da SABESP Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, com metas para atender 90% de coleta e tratamento de 75% dos esgotos coletados, até Foram gastos 900 milhões de reais com a 1ª etapa, ainda não concluída e há previsão de necessidades de recursos da ordem de um bilhão de reais para a 2ª etapa. Este trabalho apresenta os problemas que o município de Pirapora enfrenta, abordando o programa de Despoluição do Tietê como solução definitiva por combater a poluição na sua origem. Quem pagará o pato pelos problemas de saneamento básico dessa natureza, considerando que, pelas tendências atuais, as empresas de saneamento estarão cada vez mais próximas da privatização e, portanto, sujeitas às regras agressivas do mercado competitivo? Esse é, no entender dos Autores, o grande desafio para o próximo milênio. PALAVRAS-CHAVE: Poluição em Pirapora, Rio Tietê e Pirapora, Espumas de Pirapora, Meio Ambiente em Pirapora, Saúde em Pirapora. 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2998
2 O CENÁRIO A cidade de Pirapora do Bom Jesus, no estado de São Paulo, tem uma população de aproximadamente habitantes e encontra-se localizada às margens do rio Tietê, 50 km à jusante da capital. O rio Tietê, o mais importante do estado, atravessa a cidade de São Paulo, recebe grande parte dos esgotos in natura da região metropolitana e se desloca interior a dentro, na direção do Médio Tietê, causando grandes problemas de poluição para as cidades ribeirinhas ao longo do seu curso. A degradação do rio é decorrência dos esgotos industriais e domésticos, que chegam a atingir uma carga de aproximadamente toneladas de resíduos por dia, contaminados inclusive, por produtos químicos industriais. AS CONSEQUÊNCIAS Essa poluição chega à cidade de Pirapora do Bom Jesus através do rio que, na forma preponderante de nuvens de espuma e gás sulfídrico, coloca em risco a população, principalmente crianças e idosos, causando também enormes danos a equipamentos e bens artísticos do patrimônio municipal. A carga poluidora lançada pela RMSP Região Metropolitana de São Paulo no trecho do rio Tietê considerado Classe 4, deteriora a qualidade de suas águas apresentando, imediatamente à montante da cidade de Pirapora, altos teores de Coliformes, Demanda Bioquímica de Oxigênio e concentrações de alguns metais pesados, em desconformidade com os parâmetros estabelecidos pela Resolução n o 20 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente e pelo Decreto n o 8468 do estado de São Paulo, para o rio que, naquela localidade, já é considerado Classe 2. De acordo com informações da Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Pirapora, análises laboratoriais feitas nas espumas oriundas da poluição do rio, apresentaram teores de metais pesados entre 50 e vezes superiores aos da sua água na referida localidade, sendo um ambiente 10 vezes mais propício ao enriquecimento de bactérias patogênicas, detectando-se inclusive, grande quantidade de material carbonáceo, tais como óleos e graxas. O Quadro 1 apresenta resultados das análises em amostras coletadas em Dezembro/98, nas imediações da ponte da Av. Maria de Oliveira Bueno, imediatamente à montante da cidade, contemplando os principais parâmetros estabelecidos pela legislação federal e estadual em vigor. Avaliado pelos órgãos do governo de São Paulo através do IQA Índice de Qualidade das Águas, o rio segue seu curso com qualificação entre Ruim e Aceitável, por uma extensão de aproximadamente 300 quilômetros, até Barra Bonita. 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2999
3 OS PROBLEMAS DE SAÚDE A disseminação de microorganismos patogênicos através das espumas formadas imediatamente à montante da cidade de Pirapora, cria problemas seríssimos de saúde pública para o município. No caso específico de sua população, vale o registro de que para o Ministério da Saúde, a média nacional do número de passagens num posto de atendimento é de três por habitante/ano quando, em Pirapora, essa média é de 12 passagens por habitante/ano, ou seja, quatro vezes mais do que a média nacional. Nos dois postos de saúde existentes na cidade, numa média de casos registrados por mês, referem-se a atendimentos médicos e os outros representam tratamentos complementares, como inalações e medicações básicas relacionadas com o trato respiratório. Segundo dados oficiais do governo do estado, em 1993 a cidade permaneceu durante 60% do ano sob ação tóxica do gás sulfídrico (H 2 S) com maior incidência entre 18h de um dia e 09h do dia seguinte, indicando alta probabilidade de intoxicação durante a noite, quando a maioria dos habitantes encontram-se em repouso. A ação deste gás afeta não só o sistema respiratório, mas também o sistema nervoso, provocando dor de cabeça, ânsia de vômitos, entre outros efeitos, levando à população a um estado extremamente angustiante. Enquanto os Índices de Mortalidade Infantil, óbitos de menores de 01 ano por 1000 nascidos vivos, apresentam valores médios dos últimos 18 anos, em municípios importantes do estado de São Paulo, nas faixas de 23,4 para Ribeirão Preto, 22,4 para São José dos Campos e, 23,0 para Campinas, em Pirapora do Bom Jesus este valor é de 78,6, conforme dados oficiais da SEAD Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, com tendência de redução a partir de Esta média é maior do que a do Brasil, que se apresenta na faixa dos 37,0 por Para se ter uma idéia em termos mundiais, os valores desta média para alguns países são de 5,0 por 1000 no Japão e de 8,0 por 1000 nos Estados Unidos. O Quadro 2 apresenta as Taxas de Mortalidade Infantil dos referidos municípios, de 1980 até 1997, com o correspondente Gráfico de Barras. AS SOLUÇÕES APONTADAS Para solucionar os graves problemas de saúde pública do município, principalmente os decorrentes da contaminação pelos aerossóis e nuvens de espumas espalhadas pela cidade, encontram-se em curso algumas iniciativas, entre elas: a tentativa de se estabelecer novas regras operacionais para o sistema de regularização das águas do rio Tietê, que atende à matriz energética da RMSP, a instalação de dispositivos para o abatimento das espumas no local e, a mais importante, a implantação definitiva dos sistemas de coleta e tratamento dos esgotos da região metropolitana, a cargo da SABESP Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3000
4 Com relação às iniciativas apontadas valem os seguintes registros: A tentativa de se estabelecer novas regras operacionais para o represamento do rio, localizado à montante da cidade de Pirapora, conflita com os interesses do sistema energético estabelecido para a RMSP. Atualmente este sistema encontra-se dividido em três segmentos de atendimento ao público e em fase avançada de privatização. Este fato impossibilita a alternativa para curto e médio prazo. A atuação direta no problema, visando o abatimento ou redução das espumas através da instalação de equipamentos eletro-mecânicos, esbarra na baixa eficiência dos resultados obtidos, quando comparados com os altos custos operacionais envolvidos. O dispositivo encontra-se montado ao longo da seção transversal do rio, antes da entrada da cidade, construído ao custo de R$ ,00, sendo composto por tubos e bicos aspersores, apoiados em cabos e torres de sustentação e dotado de conjunto para bombeamento de água potável represada às margens do Tietê. Dispõe ainda, de um sistema para armazenamento e dosagem de produto anti-espumante. A iniciativa, considerada uma ação paliativa, não se mostrou satisfatória porque o abatimento da espuma sem o uso de produtos químicos apresenta uma eficiência muito baixa. Com a aplicação de produtos químicos, à base de silicone tipo Kuriless 100, a experiência demonstra que os custos operacionais envolvidos são altíssimos quando comparados com os resultado obtidos. Gasta-se somente com produtos químicos valores da ordem de 4.500,00 reais por dia. Com relação ao tratamento dos esgotos da RMSP, apontada como solução definitiva do problema, a SABESP vem desenvolvendo um programa denominado Despoluição do Tietê, cujo objetivo é a complementação dos sistemas coletores e estações de tratamento de esgotos, a níveis secundários, num horizonte de projeto que vai até o ano 2003 com metas para atender a 90% de coleta e 75% de tratamento dos esgotos coletados. Numa primeira etapa, com conclusão prevista para até 1999, pretende-se chegar ao atendimento de 85% do esgotamento (em 1994 era de 68%) e ao tratamento de 55% dos esgotos coletados, na RMSP. Nesta primeira etapa, a SABESP concluiu, até dezembro/98, as obras de construção das três novas estações de tratamento de esgotos, sendo elas, as ETEs do ABC, São Miguel e Parque Novo Mundo que somarão uma capacidade de tratamento de 7m 3 /s de esgotos, devendo-se incluir mais 2,5 metros cúbicos, com a conclusão das obras de ampliação da ETE Barueri. Com isso, até o final de 1998, chega-se ao patamar de 9,5 m 3 /s de esgotos tratados na região. Alem das estações de tratamentos já referidas, foram assentados Km de redes de esgotos e executados 250 mil ligações domiciliares, com benefícios diretos para cerca de 1 milhão de pessoas. Em paralelo, estão sendo instalados 315 Km de coletores-tronco e 37 km de interceptores. Estes empreendimentos até o presente, consumiram recursos de 900 milhões de reais, sendo 450 milhões oriundos de financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento e o restante originário da própria SABESP. 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3001
5 A continuidade das obras numa segunda etapa, a ser desenvolvida no período prevê necessidades de recursos para investimentos da ordem de um bilhão de reais. UM ATO DE REFLEXÃO Quem será o provedor dos recursos para atender às necessidades do programa de Despoluição do Tietê? A SABESP não dispõe de recursos para investimentos dessa magnitude. Isto porque, considerando sua receita, houve lucros líquidos nos últimos dois anos sendo o de 1997, por exemplo, da ordem de meio milhão de reais, insuficientes e não pertinentes quanto ao seu total comprometimento apenas neste programa, tendo em vista as demais necessidades da empresa. Com relação a captação de recursos financiados, vale o registro e que a SABESP investiu nos últimos 4 anos, aproximadamente 3,6 bilhões de reais, na sua totalidade proveniente de linhas de financiamento. A crise financeira que assolou o mundo, comprometeu fortemente a atuação futura da SABESP, resultando numa previsão de dificuldades para os próximos anos. O estado brasileiro encontra-se igualmente sem recursos que atendam especificamente a este programa. Registre-se que as necessidades para o setor de saneamento em todo o Brasil, são da ordem de 42 bilhões de reais para os próximos 15 anos. O total de investimento do setor nos últimos 3 anos foi de aproximadamente um bilhão de reais, onde a SABESP respondeu por 70% deste total. A iniciativa privada estará disposta a pagar o pato? Parece que não porque, tomando como exemplo a tentativa de privatização do CEDAE - Cia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro, verifica-se que o Edital de Licitação para a venda da empresa apresenta seu patrimônio no valor de 4,8 bilhões de reais, aceitando 1,2 bilhões à vista e o restante em 23 anos ou, 160 milhões/ano. Com relação as exigências de investimentos, o Edital preconiza valores da ordem de 260 milhões/ano nos primeiros 4 anos e de 3,5 bilhões ao longo de 25 anos. Considerando que o setor como um todo no Brasil necessita de pelo menos 3,7 bilhões/ano para os próximos quatro anos, que o governo não tem recursos para investir e ainda, que a CEDAE é a segunda maior empresa de saneamento estadual do Brasil, pergunta-se como e por que ela é entregue à iniciativa privada com exigências/obrigações de investimentos da ordem dos míseros 260 milhões/ano? O Quadro 3 apresenta as considerações acima abordadas de forma comparativa entre a CEDAE, a SABESP e o Saneamento no Brasil. CONCLUSÃO Este trabalho expõe os problemas de saúde pública, apresentando o município de Pirapora do Bom Jesus como exemplo de uma situação perversa em termos de saneamento básico. 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3002
6 A mortalidade infantil do município é alta, com índice médio que chega à casa dos 78,6 por 1000 nascidos vivos. No Brasil esta média é de 37,0 por 1000 enquanto nos países desenvolvidos este número não ultrapassa a casa de um dígito. É um problema preponderantemente oriundo de poluição hídrica. A solução definitiva para o problema de Pirapora passa pela coleta e tratamento dos esgotos da RMSP, à cargo da SABESP. Esta solução esbarra em necessidades de recursos financeiros para investimentos. O programa de Despoluição do Tietê, conduzido pela SABESP prevê 90% do esgotamento e tratamento de 75% dos esgotos coletados até O programa já gastou na sua primeira etapa, recursos da ordem de 900 milhões de reais, sem ter concluído todo o seu objetivo. Para a conclusão da segunda etapa, faz-se necessários recursos da ordem de um bilhão de reais. A SABESP não tem disponibilidade para investimentos dessa magnitude. O estado brasileiro encontra-se sem recursos, sendo necessário para o setor de saneamento em todo o Brasil, investimentos da ordem de 42 bilhões de reais para os próximos 15 anos. A iniciativa privada não parece estar disposta a pagar o pato. Isto porque, quando se toma como exemplo o que vem ocorrendo com a privatização da CEDAE, segunda maior empresa de saneamento do país, verifica-se que o Edital de Licitação de venda, entrega a empresa para a iniciativa privada com exigências/obrigações de investir míseros 260 milhões por ano, quando se sabe que o saneamento no Brasil necessita de pelo menos 3,7 bilhões por ano, nos próximos quatro anos. Onde fica o caráter social dos empreendimentos de saneamento? Onde ficam, num contexto dessa natureza, os interesses de populações como as de Pirapora do Bom Jesus que não tem a mínima responsabilidade com relação a poluição praticada na RMSP, à sua revelia. Esse é, no entender dos Autores, o grande desafio, ou seja, quem pagará a conta para a solução dos problemas de saneamento básico no próximo milênio, considerando que, pelas tendências atuais, as empresas de saneamento estarão cada vez mais próximas da privatização e, o que é pior, sujeitas de uma forma ainda descontrolada, às regras agressivas do mercado competitivo. CRÉDITOS Da SABESP Antônio V. Custodio AGGD Marivânia Nogueira AG Américo de Oliveira Sampaio - AEO Eliana Kazue Irie Kitahara - AEL Da FATEC-SP Prof. José Tarcísio Ribeiro Oséas Cardoso Renan José Da Prefeitura Municipal de Pirapora do Bom Jesus 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3003
7 Sr. Prefeito Antonio Miguel Silveira Bueno Quadro 1: Resultados dos Parâmetros referentes a Resolução 20 CONAMA e Decreto Estadual Local: Rio Tietê, Ponte na Av. Maria de Oliveira Bueno em Pirapora Bom Jesus Ano: 1998 Rio: Classe 2 PARÂMETROS UNIDADE Padrões CONAMA 20/DEC. 8468# Análises realizadas em Pirapora Dez/98 ph 6.0 a O.D. mg/l 5.0 Parâmetros fora do padrão DBO (5,20) mg/l X DQO mg/l 98 Coli Fecal NMP/100 ml ,4x10 5 X Coli Total NMP/100 ml ,5x10 6 X Turbidez UNT 100 Bário mg/l 1.00 Cádmio mg/l Chumbo mg/l Cobre mg/l X Cromo mg/l 0.05# Níquel mg/l X Mercúrio mg/l Zinco mg/l Fenol mg/l X Ferro mg/l 3.25 Manganês mg/l X Cloreto mg/l o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3004
8 Quadro 2: Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) menores de 01 ano. Município Ano Pirapora do Bom Jesus 152,17 95,74 93,02 120,48 52,63 101,12 106,38 113,04 140,63 156,72 55,56 56,07 43,48 31,67 28,04 23,36 11,95 32,52 Ribeirão Preto 27,72 30,67 25,38 27,33 30,54 27,56 21,41 24,32 22,64 24,33 25,20 20,70 19,53 15,70 19,65 20,12 18,38 19,91 São José dos Campos 29,49 25,41 25,57 23,07 26,31 23,73 24,47 21,71 21,87 22,31 21,23 20,18 20,69 20,54 20,84 20,18 19,31 16,45 Campinas 35,64 29,37 32,75 24,35 25,64 23,03 23,53 20,56 22,74 21,80 23,80 20,81 22,07 17,81 17,69 19,66 16,86 15,97 Gráfico de Barras 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0, Pirapora do Bom Jesus Ribeirão Preto São José dos Campos Campinas 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3005
9 Quadro 3: Comparação CEDAE, SABESP e Saneamento no Brasil. SITUAÇÃO SABESP CEDAE Saneamento no Brasil Perdas % 36,2 49,4 45,5 Hidrometração (%) Valor do Patrimônio (R$) 9,3 bi 4,8 bi Lucro líquido (R$) 515 mi/97 Prejuízo Prejuízo Venda a vista (R$) 1,2 bi Parcela em 23 anos 160 mi/ano Investimento longo prazo (R$) 3,5 bi (25 anos) 42 bi (15 anos) Investimento nos 4 anos (R$) 700 mi/ano (realizado) 266 mi/ano (previsto) 3,7 bi/ano (previsto) 20 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3006
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