FIGURA 10 - Caso 2) Placa superior removível. para distalização dos molares. FIGURA 12 - Caso 2) Dentes ânterosuperiores

Transcrição

1 FIGURA 10 - Caso 2) Placa superior removível utilizada com ancoragem extrabucal para distalização dos molares. FIGURA 11 - Caso 2) Placas lábio-ativas utilizadas nos dois arcos para remover a constrição labial e estimular a vestibularização dos segmentos anteriores e posteriores. FIGURA 12 - Caso 2) Dentes ânterosuperiores colados e primeiros molares inferiores reconstruídos com cimento de ionômero de vidro para destravar a mordida cruzada anterior. FIGURA 13 - Caso 2) Aparelhos fixos colocados, barra palatina e placa lábioativa mantida para ancoragem. FIGURA 14 - Caso 2) Paciente após 31 meses de tratamento ativo. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

2 FIGURA 15 - Caso 3) Menino de 10 anos de idade antes do tratamento. FIGURA 16 - Caso 3) Aparelho de Fränkel FR-2 instalado. FIGURA 17 - Caso 3) Após 10 meses, redução do trespasse horizontal e correção dos segmentos posteriores. FIGURA 18 - Caso 3) Aumento de 3mm na largura entre os segundos pré-molares inferiores. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

3 FIGURA 19 - Caso 3) Paciente após 29 meses de tratamento ativo. CASO 3 Um menino de 10 anos de idade apresentava uma face inferior longa, mandíbula retraída e incompetência labial (FIG. 15). Os segmentos posteriores estavam numa relação Classe II em ambos os lados. O trespasse horizontal era de 12mm, a sobremordida total em relação ao palato, a mandíbula era estreita e os segmentos posteriores inferiores estavam lingualizados. Os aparelhos de Fränkel atuam nas dimensões ântero-posteriores e transversa, mas são volumosos, facilmente quebráveis e realmente impossíveis de serem reparados. A despeito disso, achei que o aparelho de Fränkel atenderia os problemas do paciente razoavelmente bem, protraíndo a mandíbula, eliminando a interferência labial e estimulando a verticalização dos pré-molares inferiores removendo a influência desfavorável do tecido mole. Eu havia tratado anteriormente a irmã do paciente e considerei a resposta da família incomumente positiva. Portanto, fiquei confiante de que este garoto cooperaria bem com o aparelho. O aparelho foi usado durante 10 meses (FIG. 16). O trespasse horizontal foi reduzido para 5mm e os segmentos posteriores foram corrigidos para Classe I (FIG. 17). A largura do arco inferior aumentou cerca de 3mm entre os segundos pré-molares (FIG. 18). Uma barra palatina e uma placa lábioativa foram então instaladas e um mês depois adicionada uma ancoragem extrabucal. Após mais dois meses, foram instalados aparelhos edgewise pré-ajustados.022 nos dois arcos. Os aparelhos fixos foram removidos 16 Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

4 FIGURA 20 - Caso 4) Menina de 12 anos de idade antes do tratamento. FIGURA 21 - Caso 4) Placa removível superior com plano de mordida anterior para permitir a erupção dos segmentos posteriores e mola em Z para vestibularizar os incisivos superiores. FIGURA 22 - Caso 4) A) Aparelho bloco gêmeo de Clark. B) Acrílico desgastado progressivamente para permitir a erupção dos molares inferiores. meses depois (FIG. 19) e adotados contenção superior e retentor Essix inferior. O tratamento ativo durou 29 meses. CASO 4 Uma menina de 12 anos de idade estava preocupada com sua sobremordida traumática e dentes ântero-superiores apinhados e lingualizados (FIG. 20). Ela possuía uma face larga, terço inferior curto e uma dobra mentolabial profunda com mento pronunciado. Os segmentos posteriores estavam numa relação Classe II e a dentadura se encontrava retruída comparada ao nariz e mento. Uma placa removível superior foi usada por cinco meses com um plano de mordida anterior para permitir a erupção dos segmentos posteriores e uma mola simples para vestibularizar os incisivos superiores (FIG. 21). Foi então colocado um aparelho bloco gêmeo de Clark. O arco superior foi expandido com um parafuso na linha média e o acrílico foi progressivamente desgastado para permitir a erupção dos molares inferiores (FIG. 22). O bloco gêmeo é volumoso e fica bem ajustado por seus grampos superiores e inferiores. Ele produz uma melhora ime- diata na aparência facial e por não ter fio nos incisivos superiores ele é mais estético que outros aparelhos funcionais. A fala geralmente melhora após três ou quatro dias de uso do aparelho. Em geral tenho achado sua aceitação excelente quando o paciente tem uma atitude positiva. Neste caso, sem a necessidade de correção transversal na mandíbula, achei que o bloco gêmeo estaria adequado para a correção dos aspectos faciais e dentários da má-oclusão. A paciente já estava com quase 13 anos, mas sua atitude em relação ao tratamento ainda era boa. Depois que a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

5 FIGURA 23 - Caso 4) Paciente após 28 meses de tratamento ativo. placa removível melhorou a Classe II, Divisão 2 para uma Divisão 1, o bloco gêmeo promoveu o crescimento mandibular e permitiu mais erupção dos segmentos posteriores inferiores. Após 10 meses de uso do bloco gêmeo, foram colocados aparelhos edgewise pré-ajustados.022 nos dois arcos e foi adotada uma ancoragem extrabucal cervical. A seqüência do fio progrediu de um fio de níquel titânio leve, redondo para um.019 x.025 de aço inoxidável no arco superior e um.021 x.025 no arco inferior. Os elásticos Classe II foram usados durante 10 meses para manter a correção da Classe II. Os aparelhos fixos foram removidos após um período total de tratamento de 28 meses (FIG. 23). Foram prescritos placa de Hawley superior e retentor Essix inferior. A avaliação cefalométrica apresentou melhora na altura facial inferior, ângulo do plano mandibular, pogônio, angulação do incisivo superior e ângulo interincisal. Consultoria: Dr. José Fernando Castanha Henriques - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia, da Fundação Baurense de Estudos Odontológicos desde Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia promovido pela Faculdade de Odontologia de Bauru, nos anos Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. - Professor associado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, desde setembro de Referências Bibliográficas 01 - BISHARA, S.E.; CUMMINS, D.M.; JACOBSEN, J.R.; ZAHER, A. R. Dentofacial and soft tissue changes in class II division 1 cases treated with and without extraction. Am J Orthod, v.107, p.28-37, CUMMINS, D.M.; BISHARA, S.E.; JACOBSEN, J.R. A computer assisted photogrammetric analysis of soft tissue changes after orthodontic treatment, Part II. Am J Orthod, v.108, p.38-47, BISHARA, S.E.; CUMMINS, D.M.; ZAHER, A. R. A treatment and post-treatment changes in patients with class II division 1 malocclusion after extraction and nonextraction treatment. Am J Orthod, v.111, p.18-27, BATTAGEL, J.M. The use of tensor analysis to investigate facial changes in treated class II division 1 malocclusion. Eur J Orthod, v.18, p.41-54, LITTLE, R.M. Stability and relapse of dental arch alignment. Br J Orthod, v.17, p , MOAWAD, M.I. et al. Lip adaptation to simulated dental arch alignment, Part 2: one week of simulated expansion. Angle Orthod, v.66, p , SOO, N.D.; MOORE, R.N. A technique for measurement of intraoral lip pressures with lip bumper therapy. Am J Orthod, v.99, p , Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

6 08 - BJERREGAAD, J.; BUNDGAARP, A. M.; MELSEN, B. The effect of the mandibular lip bumper and maxillary bite plate on tooth movement, occlusion and space conditions in the lower dental arch. Eur J Orthod, v.2, p , OSBORNE, W.S.; NANDA, R.S.; CURRIER, G.F. Mandibular arch perimeter changes with lip bumper treatment. Am J Orthod, v.99, p , NEVANT, C.T.; BUSCHANG, P.H.; ALEXAN- DER, R.G. ; STEFFEN, J.M. Lip bumper therapy for gaining arch length. Am J Orthod, v.100, p , CETLIN, N.M.; TEN, Hoeve A. Nonextraction treatment. J Clin Orthod, v.17, p , GIANELLY, A. A. One-phase versus twophase treatment. Am J Orthod, v.108, p , DUGONI, S.A. et al. Early mixed dentition treatment: post retention evaluation of stability and relapse. Angle Orthod, v.65, p , TEN, Hoeve A. Palatal bar and lip bumper in nonextraction treatment. J Clin Orthod, v.19, p , McNAMARA, J. A; BRUDON, W. The function regulator (FR-2) of Fräquel. In: Orthodontic and Orthopedic treatment in the mixed dentition. Ann Abor : Needham Press, 1993, p GRABER, T.M.; SWAIN, B.F. Functional appliances. In: Orthodontics: current Principles and techniques. St. Louis : Mosby, 1985, p CLARK, W. J. Twin Block functional therapy applications. In: Dentofacial Orthopaedics. Turin : Mosby-Wolfe, Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR

7 <faltando>

8 Síntese O Efeito de Dois Tipos de Splints para Avanço Mandibular sobre o Ronco e a Apnéia Obstrutiva do Sono Effect of Two Types of Mandibular Advancement Splints on Snoring and Obstructive Sleep Apnoea As opções de tratamento para a apnéia obstrutiva do sono (AOS) são limitadas. A opção mais eficaz é um aparelho de pressão positiva contínua sobre a via aérea (PPCV), mas o tratamento é relativamente invasivo e requer um alto nível de cooperação (ROFFE et al, 1991). Os pacientes que roncam ou que apresentam AOS suave toleram menos um aparelho de PPCV porque são menos sonolentos (STRADLING e CROSBY, 1991). Os splints de avanço mandibular têm sido propostos como uma alternativa em pacientes que apresentam apenas ronco ou AOS suave, mas os dados sobre sua eficácia são conflitantes (CLARK e NAKANO, 1989; MEYER e KNUDSON, 1990; SCHMIDT-NOWARA et al, 1991; LOWE, 1994; YOSHIDA, 1994; O SULLIVAN et al, 1995). O objetivo deste estudo foi medir o efeito de dois tipos de splints sobre a sonolência durante o dia, ronco e sono domiciliar numa amostra de pacientes que podem se beneficiar de uma alternativa de tratamento para o aparelho PPCV, i.e., aqueles apenas com ronco ou AOS com intolerância ao PPCV. Vinte e quatro indivíduos (21 homens, 3 mulheres) que haviam usado um ou os dois tipos diferentes de splints foram in- cluídos consecutivamente. Todos os pacientes roncavam e sete tinham AOS, mas não conseguiam tolerar o aparelho PPCV. Os pacientes passaram por um período mínimo de uma semana na qual não usaram o aparelho. Ao final deste período, os indivíduos preencheram o Questionário de Oxford e um Índice de Sonolência de Epworth (ISE). O Questionário de Oxford possui 28 questões relacionadas ao sono, ronco, sintomas de disfunções do sono (incluindo a narcolepsia e movimentos periódicos com a perna), rinite e cirurgia prévia no nariz ou palato. O splint foi então utilizado por um período de uma semana após o qual um outro ISE foi preenchido e os estudos sobre o sono foram repetidos com o splint colocado. Foram utilizadas polissonografias domiciliares EdenTec (Eden Prairie, MN, USA) para registrar o movimento do peito, saturação do oxigênio, fluxo do ar (amplitude), batimento cardíaco e barulho. A apnéia foi definida como o interrompimento do movimento do peito ou fluxo de ar por pelo menos 10 segundos e uma hipoapnéia, como uma redução no fluxo de ar 50% abaixo da amplitude média por pelo menos 10 segundos com uma queda de 4% na saturação do oxigênio. Unitermos: Splint; Apnéia obstrutiva do Sono. J. Lamont A D. R. Baldwin B K. D. Hay C A. G. Veale D A Escola de Odontologia, Universidade de Otago, Dunedin, Nova Zelândia B Departamento de Medicina Respiratória, Hospital da Cidade de Nottingham, UK C Unidade de Saúde Bucal, Hospital de Auckland D Departamento de Medicina Respiratória, Hospital de Green Lane, Auckland, Nova Zelândia. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 2 - MAR./ABR