ISABEL OLIVEIRA. Serviços de Alojamento Turístico
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2 ISABEL OLIVEIRA Rótulo Ecológico da União Europeia Serviços de Alojamento Turístico Janeiro 2010
3 Índice 1. Informações Gerais Critérios de Atribuição do Rótulo Ecológico O Comité do Rótulo Ecológico da União Europeia (CREUE) Grupos de Produtos e Legislação Respectiva Produtos Produzidos em Portugal Processo de Atribuição do Rótulo Ecológico Europeu Quem Pode Pedir? Como Proceder? Onde Mandar Testar os seus Produtos? Custos e Taxas Associados à Atribuição do Rótulo Ecológico Comunitário a Serviços de Alojamento Turístico Condições Especiais para Microempresas Contrato-Tipo de Utilização do Rótulo Ecológico Europeu Descrição do Rótulo Ecológico Organismo Nacional Competente Checklists de Critérios para Atribuição de Rótulo Ecológico Comunitário a Serviços de Alojamento Turístico Requisitos Gerais Critérios Obrigatórios e Respectivas Formas de Avaliação e Verificação, para Atribuição do Rótulo Ecológico a Serviços de Alojamento Turístico Critérios Facultativos e Respectivo Sistema de Pontos, para Atribuição do Rótulo Ecológico a Serviços de Alojamento Turístico 39 Ficha Técnica 60 3
4 1. Informações Gerais O sistema de atribuição do rótulo ecológico, estabelecido pelo Regulamento (CE) n.º 1980/2000 do Parlamento e do Conselho, de 17 de Julho de 2000 [consultar Anexos / Attachments] [JO L 237, de 21 de Setembro de 2000, que vem rever e substituir o Regulamento (CEE) n.º 880/92, do Conselho, de 23 de Março de 1992], tem como principal objectivo promover os produtos susceptíveis de contribuir para a redução de impactes ambientais negativos, de forma a fomentar uma utilização eficiente dos recursos e um elevado nível de protecção ambiental. Este sistema permite que os consumidores europeus identifiquem facilmente os produtos ecológicos aprovados na União Europeia, Noruega, Liechtenstein e Islândia, funcionando, assim, para os produtores como um factor de diferenciação no mercado, ao transmitirem aos seus clientes a mensagem de que respeitam o ambiente. Neste sentido, o rótulo ecológico é apenas atribuído a produtos ou serviços que obedeçam a determinados requisitos ambientais, com base na análise do ciclo de vida dos produtos: No que se refere aos bens, abrangendo: Extracção de matérias-primas; Produção; Distribuição (incluindo embalagem); Utilização; Destino final / reutilização / reciclagem; Relativamente aos serviços, tendo em conta: A aquisição de bens para a prestação de serviços; A própria prestação de serviços; e A gestão de resíduos daí resultantes. São analisados os seguintes aspectos ambientais: Qualidade do ar; Qualidade da água; Protecção dos solos; Redução dos resíduos; Poupança de energia; 4
5 Gasto de recursos naturais; Prevenção do aquecimento do planeta; Protecção da camada de ozono; Segurança ambiental; Ruído; Biodiversidade. 5
6 1.1. Critérios de Atribuição do Rótulo Ecológico Os critérios ambientais são desenvolvidos de forma a ser aplicados a uma generalidade de produtos, independentemente de serem produzidos na Comunidade Europeia ou importados de países terceiros. Encontram-se, no entanto, excluídos: Produtos alimentares; Bebidas; Produtos farmacêuticos; Dispositivos médicos que se destinem apenas a utilização profissional (definidos na Directiva 93/42/CEE do Conselho JO L 169, de 12 de Julho de 1993). O rótulo ecológico não pode, ainda, ser atribuído a substâncias ou preparações classificadas como (de acordo com as Directivas 67/548/CEE do Conselho e 1999/45/CE do Parlamento Europeu e do Conselho): Muito tóxicas; Tóxicas; Perigosas para o ambiente; Cancerígenas; Tóxicas no que respeita à reprodução; Mutagénicas, nem a produtos fabricados por processos susceptíveis de prejudicar, de forma significativa, o ser humano e/ou o ambiente, ou que na sua aplicação normal possam ser nocivos para o consumidor. Os critérios de atribuição do rótulo ecológico são estabelecidos por grupos de produtos, constituídos por bens ou serviços, que tenham finalidades similares e que sejam equivalentes em termos de utilização e de percepção pelos consumidores, podendo ser subdivididos em subgrupos de modo a optimizar o potencial do rótulo ecológico para a introdução de melhoramentos ambientais. 6
7 Estes grupos de produtos devem satisfazer as seguintes condições: 1. Representar um volume apreciável de vendas no mercado interno; 2. Ter um impacte ambiental significativo, numa ou nas diversas fases do seu ciclo de vida; 3. Apresentar fortes perspectivas de melhoramentos ambientais, em função da escolha dos consumidores. 7
8 1.2. O Comité do Rótulo Ecológico da União Europeia (CREUE) [Artigo 13.º do Regulamento (CE) n.º 1980/2000] [consultar Anexos / Attachments] O Comité do Rótulo Ecológico da União Europeia (CREUE), organismo responsável pelos procedimentos de determinação do rótulo ecológico, é constituído pelos organismos competentes designados por cada Estado-Membro e pelo Fórum de consulta, sendo sua função contribuir para a elaboração e revisão dos critérios de atribuição do rótulo ecológico e dos requisitos de avaliação e verificação desses critérios. O Regulamento interno do CREUE encontra-se aprovado pela Decisão 2000/730/CE da Comissão, de 10 de Novembro de 2000 (JO L 293, de 22 de Novembro de 2000). O CREUE deve garantir a transparência e a participação geral e equilibrada das partes interessadas na definição dos critérios, relativamente a cada grupo de produtos, como, entre outras: A indústria; Os prestadores de serviços; Os sindicatos; Os comerciantes; As organizações de protecção do ambiente; As organizações de consumidores. Assim, são membros do Fórum de consulta (de acordo com o definido pela Decisão 2000/731/CE da Comissão, de 10 de Novembro de 2000 JO L 293, de 22 de Novembro de 2000, que estabelece o regulamento interno do fórum de consulta do sistema comunitário revisto de atribuição do rótulo ecológico) as seguintes entidades, entre outras organizações representantes das partes interessadas: Coface: Confederation of family organizations in the European Community (consumidores, representando igualmente o GEUC, a Eurocoop e a AEC); BEE: Bureau Europeen de l Environnement (ambiental); CES: Confederação Europeia de Sindicatos (sindical); UNICE: Confederação da Indústria e dos Empregadores da Europa (indústria); UEAPME: Union Européenne pour l Artisanat et les PME (PME, artesãos); Eurocommerce (comércio). 8
9 Actualmente, encontram-se aprovados pela Comissão Europeia critérios ecológicos para 24 grupos de produtos. Na tabela seguinte apresentam-se esses grupos, indicando-se as Decisões da Comissão que estabelecem os critérios ecológicos para a respectiva atribuição do Rótulo Ecológico Comunitário. 9
10 1.3. Grupos de Produtos e Legislação Respectiva Grupos de produtos com critérios ecológicos aprovados pela Comissão Europeia e respectivas Decisões da Comissão Tipo Categoria Decisões da Comissão Calçado Decisão 2002/231/CE JO L 77 de Colchões de cama Decisão 2002/740/CE JO L 236 de Computadores pessoais Decisão 2001/686/CE JO L 242 de Computadores portáteis Decisão 2001/687/CE JO L 242 de Correctivos de solos e suportes de cultura Decisão 2001/688/CE JO L 242 de Detergentes para lavagem manual de loiça Decisão 2001/607/CE JO L 214 de Detergentes para máquinas de lavar loiça Decisão 2003/31/CE JO L 9 de Detergentes para roupa Decisão 2003/2/CE JO L 76 de Frigoríficos Decisão 2004/699/CE JO L 306 de Produtos de uso corrente Lâmpadas eléctricas Decisão 2002/747/CE JO L 242 de Máquinas de lavar a roupa Decisão 2003/240/CE JO L 89 de Máquinas de lavar loiça Decisão 2001/397/CE JO L 139 de Máquinas de lavar loiça Decisão 2001/689/CE JO L 242 de Papel de cópia e papel para usos gráficos Decisão 2002/741/CE JO L 237 de Produtos de limpeza lava tudo e produtos de limpeza para instalações sanitárias Decisão 2001/523/CE JO L 189 de Produtos de papel tissue Decisão 2001/405/CE JO L 142 de Produtos têxteis Decisão 2002/371/CE JO L 133 de Revestimentos duros para pavimentos Decisão 2002/272/CE JO L 94 de Televisores Decisão 2002/255/CE JO L 87 de Tintas e vernizes para interiores Decisão 2002/739/CE JO L 236 de Outros Serviços Mobiliário Decisão 2009/578/CE JO L 320 de Bombas de calor eléctricas, a gás ou de absorção a gás Decisão 2007/742/CE JO L 301 de Parques de campismo Decisão 2003/287/CE JO L 102 de Decisão 2005/338/CE JO L 108 de Serviços de alojamento turístico Decisão 2009/578/CE JO L 198 de
11 Actualmente, está a ser estudada a atribuição de rótulo ecológico e respectiva definição de critérios ecológicos a novos grupos de produtos, nomeadamente: Papel impresso; Edifícios. 11
12 1.4. Produtos Produzidos em Portugal Produtos fabricados em Portugal a que foi atribuído o Rótulo Ecológico Produto Categoria Fabricante Acrylic Enamel ECOLAC ( ) Plastic Paint ECOLAC ( ) Primer ECOLAC ( ) Tintas Robbialac, S.A. Sealer ECOLAC ( ) Varnish ECOLAC ( ) Tintas e vernizes para interiores Dyrumat Ecológico Tintas Dyrup, S.A. Hempatone Ecológico Hempel (Portugal, Lda) Hotel Jardim Atlântico Calheta/Madeira Serviços de alojamento turístico Jardim Atlântico Naturapura Clothing Produtos têxteis Naturapura Iberica Renovagreen Produtos de papel tissue Renova, S.A. GoldCrest Bed Linen Produtos têxteis Coelima Industrias Têxteis, S.A. Apartamentos Turísticos Casa dos Bispos Serviços de alojamento turístico Quinta do Rio Dão turismo rural Baby Paint by Bondex (10 cores) Tintas e vernizes para interiores Tintas Dyrup, S.A. Bath Sheet 100x150 Bath towel 70X140 Produtos têxteis LASA Armando de Silva Antunes Bath robes Casa Melo Alvim Serviços de alojamento turístico Turiviana turismo irmãos Laranjeira Face 40X60 Hand 50X100 Produtos têxteis LASA Armando de Silva Antunes Hotel Rural Quinta de Bispos Serviços de alojamento turístico Quinta do rio Dão turismo rural Hotel S. Pedro Serviços de alojamento turístico Hotel S. Pedro Arouca Kitchen towels Renovagreen Produtos de papel tissue Napkins Renovagraseen Renova, S.A. Papel de cópia e papel Renovagreen Paper A4 80 g para usos gráficos Shower 60x110 Produtos têxteis LASA Armando de Silva Antunes Papel de casa de banho Renovagreen XXL 12 rl * 5 brc Papel de casa de banho Renovagreen XXL rl brc Produtos de papel tissue Renova, S.A. Papel de casa de banho Renovagreen XXL promo rl * 5 WC Pato Liquid Ecoliptus 750 ml Lava tudo e produtos de limpeza sanitários F. Lima 12
13 2. Processo de Atribuição do Rótulo Ecológico Europeu 2.1. Quem Pode Pedir? Fabricantes; Importadores; Prestadores de serviços; Comerciantes; Retalhistas. Nos dois últimos casos apenas se pode solicitar a atribuição de rótulo ecológico para os produtos colocados no mercado com a sua própria marca comercial [artigo 7.º do Regulamento (CE) n.º 1980/2000]. 13
14 2.2. Como Proceder? Os fabricantes, importadores, prestadores de serviços, retalhistas ou comerciantes deverão seguir os seguintes passos para efectuar o pedido de atribuição de rótulo ecológico: 1.ª fase O interessado deverá: Contactar o organismo competente nacional; Preencher um formulário de candidatura; Pagar a respectiva taxa; Fornecer todos os elementos e ensaios necessários para comprovar que o seu produto cumpre os critérios ecológicos e de desempenho aplicáveis. 2.ª fase A candidatura é avaliada pelo organismo competente nacional, que verifica se os critérios ecológicos e de desempenho se encontram cumpridos, informando a seguir a Comissão Europeia da atribuição, que a publicita no site do rótulo ecológico ( Após aprovação e atribuição do rótulo ecológico, a empresa paga uma taxa anual pela sua utilização. O rótulo ecológico é válido enquanto vigorarem os critérios definidos para o respectivo produto. 14
15 2.3. Onde Mandar Testar os seus Produtos? Em Portugal, pode mandar testar os seus produtos nos seguintes laboratórios, em função do tipo de produto: Produtos têxteis: CITEVE Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal Pólo de V. N. de Famalicão Quinta da Maia Rua Fernando Mesquita, Vila Nova de Famalicão Tel.: Fax: / citeve@citeve.pt Pólo da Covilhã Quinta da Corredoura Covilhã Tel.: Fax: citeve.del@citeve.pt Tintas e vernizes para interiores: INETI Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação Estrada do Paço do Lumiar, Lisboa Tel.: / 1 / Fax: geral@ineti.pt LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil Avenida do Brasil, n.º Lisboa Tel.: Fax:
16 2.4. Custos e Taxas Associados à Atribuição do Rótulo Ecológico Comunitário a Serviços de Alojamento Turístico [Artigo 12.º e anexo V do Regulamento (CE) n.º 1980/2000] [Decisão 2000/728/CE JO L 293, de 22 de Novembro de 2000, alterada pela Decisão 2003/393/CE, alterada por sua vez foi pela Decisão 2009/578/CE] [consultar Anexos / Attachments] No acto de candidatura, o requerente deverá pagar uma taxa, relativa aos custos inerentes ao processamento do pedido, que poderá oscilar entre os 300 (taxa mínima aplicável) e os (taxa máxima aplicável). Nos casos em que o pedido seja apresentado por uma PME ou por um fabricante ou prestador de serviços de um país em desenvolvimento, a taxa aplicável ao pedido é reduzida em 25%. Após aprovação e atribuição do rótulo ecológico, haverá lugar ao pagamento de uma taxa anual pela sua utilização, sendo o seu valor fixado em 0,15% do volume anual de vendas do produto a que foi atribuído rótulo. A taxa anual mínima é de 500 e a máxima é de , por grupo de produtos e por requerente. No caso de a empresa, ou prestador de serviços, ser uma PME ou se encontrar estabelecida num país em desenvolvimento, a taxa poderá ser reduzida em 25%. A taxa anual pode, ainda, ser reduzida em 15%, no caso dos requerentes registados no EMAS ou certificados de acordo com a norma ISO 14001, tendo o ónus de apresentar anualmente comprovativos do seu cumprimento. Para que esta redução seja aplicada, o requerente deve comprometer-se expressamente a desenvolver a sua política ambiental, de forma a garantir a total conformidade dos seus produtos que beneficiam do rótulo ecológico com os critérios de atribuição. Os custos dos ensaios e verificações que sejam necessários realizar para a atribuição do rótulo ecológico não se encontram incluídos, devendo ser suportados directamente pelos requerentes. 16
17 Condições Especiais para Microempresas [De acordo com a definição de Microempresa constante na Recomendação da Comissão 2003/361/CE] [consultar Anexos / Attachments] De acordo com o n.º 1 do artigo 3.º da Decisão da Comissão 2009/578/CE, no caso de uma microempresa que se candidata ao rótulo ecológico, a taxa aplicável aos pedidos é reduzida em 75%, não sendo possível qualquer outra redução. Taxa anual De acordo com o n.º 2 do artigo 3.º do referido diploma, as microempresas pagam uma taxa anual mínima de 100 pela utilização do rótulo ecológico. Ainda de acordo com o ponto 4 do artigo 3.º do referido diploma, mantém-se a aplicação das reduções da taxa anual mínima, estabelecidas nos n. os 6 a 10 do artigo 2.º da Decisão 2000/728/CE. Volume anual de vendas De acordo com o n.º 3 do artigo 3.º da Decisão da Comissão 2009/578/CE, o volume anual de vendas para todos os serviços de alojamento turístico é calculado multiplicando o preço praticado pelo número de dormidas e reduzindo este valor resultado em 50%. O preço praticado é o preço médio pago por hóspede por dormida, incluindo todos os serviços que não dêem origem a pagamentos adicionais. 17
18 2.5. Contrato-Tipo de Utilização do Rótulo Ecológico Europeu [Artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 1980/2000; Decisão 2000/729/CE da Comissão, de 10 de Novembro de 2000 JO L 293, de 22 de Novembro de 2000] [consultar Anexos / Attachments] O Regulamento (CE) n.º 1980/2000, relativo ao sistema comunitário de atribuição do rótulo ecológico, estabelece no seu artigo 9.º que o organismo competente deverá celebrar um contrato com o requerente, onde são estabelecidas as condições de utilização do rótulo, prevendo a adopção de um contrato-tipo com a forma estatuída no anexo da Decisão 2000/729/CE, de 10 de Novembro (JO L 293, de 22 de Novembro de 2000). De modo a garantir a uniformidade da utilização do rótulo ecológico em toda a Europa, o contrato inclui disposições relativas à utilização e à fiscalização do cumprimento, que permitem ao organismo competente a revogação da sua autorização quando os produtos a que foi atribuído o rótulo não satisfaçam os objectivos e os princípios estabelecidos no artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º 1980/2000, ou na sequência de qualquer revisão dos critérios de atribuição do rótulo ecológico aplicáveis a um determinado produto. O contrato inclui, ainda, disposições relativas à utilização do rótulo em publicidade, o qual apenas pode ser mencionado e utilizado após a sua atribuição e unicamente no que se refere ao produto ao qual foi atribuído. O rótulo só pode ser utilizado com o formato e cores definidos no anexo III do Regulamento (CE) n.º 1980/2000, não sendo permitida a utilização de qualquer outro rótulo ou logótipo passíveis de ser confundidos com o rótulo ecológico europeu, prevenindo, assim, publicidade falsa e enganosa. 18
19 2.6. Descrição do Rótulo Ecológico Todos os produtos a que foi atribuído o rótulo ecológico ostentam o mesmo rótulo, independentemente da sua origem e natureza, permitindo, assim, a sua identificação por milhões de consumidores na Europa. O rótulo ecológico deverá conter o logótipo e informações sobre as principais características ambientais do produto, de uma forma clara e compreensível, conforme exemplificado na figura seguinte [artigo 8.º e anexo III do Regulamento (CE) n.º 1980/2000]. Exemplo de colocação de logótipo e informações sobre as principais características ambientais de um produto com Rótulo Ecológico atribuído Campo 1 Campo 2 RÓTULO ECOLÓGICO DA UNIÃO EUROPEIA Atribuído a bens ou serviços que cumprem os requisitos ambientais do sistema de atribuição do rótulo ecológico da UE. Número de registo da licença: Este campo contém informações sobre os motivos de atribuição do rótulo ecológico. Deve referir, no mínimo, um ou, no máximo, três tipos de impactes ambientais. Por exemplo: Fraca poluição do ar; Baixo consumo de energia; Toxicidade reduzida. 19
20 2.7. Organismo Nacional Competente Em Portugal, o organismo competente para a atribuição de rótulo ecológico é a Direcção-Geral da Empresa: Direcção-Geral da Empresa Ministério da Economia e Inovação Avenida Visconde de Valmor, n.º Lisboa Contacto: Sr.ª Delfina de Serpa Pinto Tel.: Fax: delfina.pinto@dgcc.pt 20
21 3. Checklists de Critérios para Atribuição de Rótulo Ecológico Comunitário a Serviços de Alojamento Turístico [Decisão da Comissão 2009/578/CE, de 9 de Julho de 2009 JO L 198, de 30 de Julho de 2000] [consultar Anexos / Attachments] O turismo é uma actividade económica de grande relevo em Portugal. O impacte ambiental do exercício da actividade não é, assim, de desprezar, especialmente na época estival, quando é mais relevante a pressão exercida pelo turismo no consumo de água e energia, bem como na produção de resíduos. Nos termos do artigo 1.º da Decisão da Comissão 2009/578/CE, de 9 de Julho, o grupo de produtos serviços de alojamento turístico inclui: Fornecimento, mediante pagamento e enquanto serviço principal, de alojamento para passar a noite em quartos devidamente equipados, incluindo pelo menos uma cama, a turistas, viajantes e hóspedes. Para obter o rótulo ecológico comunitário para serviços de alojamento turístico nos termos do Regulamento (CE) n.º 1980/2000, alterado pela Decisão da Comissão 2009/578/CE, um serviço de alojamento turístico deve satisfazer todas as seguintes condições: Enquadrar-se no grupo de produtos serviços de alojamento turístico ; Cumprir cada um dos critérios estabelecidos como obrigatórios (indicados na secção A do anexo da Decisão da Comissão 2009/578/CE); Cumprir um número suficiente de critérios considerados facultativos de forma a obter pelo menos 20 pontos pelo serviço principal (de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 2.º da Decisão da Comissão 2009/578/CE, sendo que os critérios facultativos são os indicados na Secção B do anexo desse mesmo documento); No caso de o serviço de alojamento turístico oferecer, sob a mesma gestão ou propriedade, os serviços ou infra-estruturas a seguir indicados, a pontuação referida no ponto anterior será acrescida dos seguintes pontos (de acordo com o disposto no n.º 3 do artigo 2.º da Decisão da Comissão 2009/578/CE): a) 3 pontos por serviços de restauração; b) 3 pontos por zonas verdes/recintos exteriores disponíveis para os hóspedes; c) 3 pontos por actividades de lazer/manutenção física ou 5 pontos se essas actividades de lazer/manutenção física forem oferecidas num centro de bem-estar. 21
22 Atribuir o rótulo ecológico a serviços de alojamento turístico significa que estes fornecem um serviço que respeita o ambiente, através de medidas que: Limitam o consumo de energia; Limitam o consumo de água; Reduzem a produção de resíduos; Favorecem o uso de recursos renováveis e de substâncias menos perigosas para o ambiente; Promovem a comunicação e a educação ambientais. Nota: De acordo com o n.º 1 do artigo 7.º da Decisão 2009/578/CE, os pedidos de rótulo ecológico relativos ao grupo de produtos serviços de alojamento turístico apresentados antes da data de adopção da presente decisão são avaliados de acordo com as condições estabelecidas na Decisão 2003/287/CE [consultar Anexos / Attachments]. De acordo com o n.º 2 do artigo 7.º da Decisão 2009/578/CE, os pedidos de rótulo ecológico relativos ao grupo de produtos serviços de alojamento turístico apresentados depois da data de adopção da presente decisão, mas o mais tardar até 31 de Outubro de 2009, podem basear-se quer nos critérios estabelecidos na Decisão 2003/287/CE, quer nos critérios estabelecidos na referida Decisão 2009/578/CE. Esses pedidos são avaliados de acordo com os critérios em que se baseiam. Ainda de acordo com o n.º 3 do artigo 7.º da referida Decisão, caso o rótulo ecológico seja atribuído com base num pedido avaliado de acordo com os critérios estabelecidos na Decisão 2003/287/CE, esse rótulo pode ser utilizado até 12 meses a contar da data de adopção da presente decisão. 22
23 3.1. Requisitos Gerais Para poder pedir o rótulo ecológico, o requerente deve cumprir requisitos legais comunitários, nacionais e locais. Deve estar garantido, designadamente, que: 1. A estrutura física foi construída legalmente e respeita todas as leis ou regulamentos pertinentes aplicáveis à zona em que está construída, e especialmente os relacionados com a preservação da paisagem e da biodiversidade. 2. A estrutura física respeita as leis e regulamentos comunitários, nacionais e locais relativos à conservação da energia, às fontes de abastecimento de água, ao tratamento e à evacuação das águas residuais, à recolha e eliminação de resíduos, à manutenção e conservação dos equipamentos e às disposições em matéria de saúde e segurança. 3. A empresa está operacional e registada, como exigido pela legislação nacional e/ou local, e o seu pessoal está legalmente contratado e segurado. 23
24 Critérios Obrigatórios e Respectivas Formas de Avaliação e Verificação, para Atribuição do Rótulo Ecológico a Serviços de Alojamento Turístico Energia a) Electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis Pelo menos 50% da electricidade utilizada para todos os fins deve ser produzida a partir de fontes de energia renováveis, conforme definidas na Directiva 2001/77/CE do Parlamento Europeu e do Conselho. Este critério não se aplica aos alojamentos turísticos que não tenham acesso a um mercado que ofereça electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis. A aplicação de restrições contratuais vinculativas (como a aplicação de sanções) com uma duração de, pelo menos, dois anos pela mudança de fornecedor de electricidade pode ser considerada não ter acesso a um mercado que ofereça electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis. Avaliação e verificação: o requerente deve apresentar uma declaração do fornecedor de electricidade (ou o contrato com o mesmo), indicando o tipo de fonte(s) de energia renovável(is), a percentagem de electricidade fornecida que é produzida a partir de uma fonte renovável, documentação sobre as caldeiras (geradores de calor) eventualmente utilizadas e a percentagem máxima que pode ser fornecida. Segundo a Directiva 2001/77/CE, entende-se por fontes de energia renováveis as fontes de energia não fósseis renováveis (energia eólica, solar, geotérmica, das ondas, das marés, hidráulica, de biomassa, de gases dos aterros, de gases provenientes de instalações de tratamento de esgotos e de biogás). Caso o alojamento turístico não tenha acesso a um mercado que ofereça electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis, deve ser fornecida documentação que comprove o pedido de energia renovável. b) Carvão e óleos pesados Não podem ser utilizados como fonte de energia o carvão e os óleos pesados com um teor de enxofre superior a 0,1%. Está excluído deste critério o carvão para lareiras decorativas. Este critério apenas se aplica aos alojamentos turísticos que disponham de um sistema de aquecimento independente. este critério, indicando o tipo de fontes de energia utilizadas. 24
25 c) Eficiência e produção de calor Se, durante o período de validade do rótulo ecológico, for instalado novo equipamento de produção de energia térmica, esse equipamento deve ser uma unidade de cogeração de alta eficiência (tal como definida no artigo 3.º e no anexo III da Directiva 2004/8/CE do Parlamento Europeu e do Conselho), uma bomba de calor ou uma caldeira eficiente. Neste último caso, a eficiência da caldeira será de quatro estrelas (cerca de 92% a 50 C e 95% a 70 C), medida segundo a Directiva 92/42/CEE do Conselho, ou, para as caldeiras não abrangidas por esta directiva, segundo as normas e regulamentos de produtos aplicáveis. As caldeiras de água quente alimentadas com combustíveis líquidos ou gasosos, tal como definidas na Directiva 92/42/CEE, devem satisfazer normas de eficiência correspondentes, no mínimo, a três estrelas, como estipulado na mesma directiva. As unidades de cogeração existentes têm de ser conformes com a definição de elevada eficiência constante da Directiva 2004/8/CE. A eficiência das caldeiras excluídas da Directiva 92/42/CEE * deve obedecer às instruções do fabricante e à legislação nacional e local sobre eficiência, mas, para as caldeiras desses tipos que se encontrem no activo (com excepção das caldeiras de biomassa) não será aceite uma eficiência inferior a 88%. Avaliação e verificação: o requerente deve apresentar as especificações técnicas fornecidas pelos responsáveis pela venda e/ou manutenção da caldeira, indicando a sua eficiência. * O artigo 3.º da Directiva 92/42/CEE exclui as seguintes caldeiras: as caldeiras de água quente susceptíveis de serem alimentadas com diversos combustíveis, entre os quais combustíveis sólidos, os equipamentos de preparação instantânea de água quente, as caldeiras concebidas para serem alimentadas com combustíveis cujas propriedades divirjam significativamente das características dos combustíveis líquidos e gasosos correntemente comercializados (gases residuais industriais, biogás, etc.), os fogões e os aparelhos concebidos para aquecer principalmente o local onde estão instalados e que fornecem igualmente, mas a título acessório, água quente para aquecimento central e para fins sanitários. 25
26 d) Sistemas de ar condicionado Qualquer aparelho de ar condicionado adquirido durante o período de validade do rótulo ecológico deve ter uma eficiência energética de, pelo menos, classe A, em conformidade com a Directiva 2002/31/CE da Comissão, ou uma eficiência energética correspondente. Nota: este critério não se aplica a aparelhos de ar de condicionado que possam utilizar igualmente outras fontes de energia, a aparelhos ar-água e água-água, ou a unidades com uma potência útil (de arrefecimento) superior a 12 kw. Avaliação e verificação: o requerente deve apresentar as especificações técnicas fornecidas pelo fabricante ou pelos técnicos profissionais responsáveis pela instalação, venda e/ou manutenção do sistema de ar condicionado. e) Eficiência energética dos edifícios O alojamento turístico deve cumprir a legislação nacional e os códigos de construção locais relativos à eficiência energética e ao desempenho energético dos edifícios. Avaliação e verificação: o requerente deve fornecer o certificado energético previsto na Directiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, ou, caso não tenha sido transposta para a ordem jurídica nacional, os resultados de uma auditoria energética realizada por um perito independente versado em desempenho energético dos edifícios. f) Isolamento das janelas Todas as janelas de quartos e áreas comuns com aquecimento e/ou ar condicionado devem ter um grau adequado de isolamento térmico de acordo com os regulamentos e com as condições climáticas locais e oferecer um nível de isolamento acústico apropriado. Todas as janelas de quartos e áreas comuns com aquecimento e/ou ar condicionado acrescentados ou renovados após a obtenção do rótulo ecológico comunitário devem estar conformes com a Directiva 2002/91/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (artigos 4.º, 5.º e 6.º) e com a Directiva 89/106/CEE do Conselho e com os respectivos regulamentos técnicos nacionais que as transpõem. 26
27 Avaliação e verificação: o requerente deve fornecer uma declaração de um técnico profissional, indicando o cumprimento deste critério e precisando os valores do coeficiente de transmissão térmica (U). Para as janelas que estejam conformes com a Directiva 2002/91/CE, o requerente deve fornecer o certificado energético ou, caso a ordem jurídica nacional o não preveja, uma declaração do construtor. g) Desligamento do aquecimento e do ar condicionado Se o aquecimento e/ou o ar condicionado não se desligarem automaticamente quando as janelas são abertas, deve existir informação facilmente acessível que chame a atenção dos hóspedes para a necessidade de fecharem a(s) janela(s) quando o aquecimento ou o ar condicionado estiverem ligados. Os sistemas de aquecimento/ar acondicionado adquiridos após a certificação com o rótulo ecológico comunitário devem estar equipados com um sistema de desligamento automático quando as janelas são abertas. Este critério apenas se aplica aos alojamentos turísticos que disponham de aquecimento e/ou ar condicionado. este critério, juntamente com o texto da informação disponibilizada aos hóspedes (se aplicável). h) Desligamento de luzes Se os quartos não dispuserem de um sistema de extinção automática das luzes, deve existir informação facilmente acessível que peça aos hóspedes para desligarem as luzes antes de saírem do quarto. este critério e descrever o método de informação utilizado. 27
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