Q1 - Com a entrada em vigor do DLR 16/2009/A, continuam a ser necessárias as certificações dos projectos de gás (no Açores pelo ITG, por exemplo)?
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- Derek Jardim Coelho
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1 Q Equipamentos e Instalações de Gás Q1 - Com a entrada em vigor do DLR 16/2009/A, continuam a ser necessárias as certificações dos projectos de gás (no Açores pelo ITG, por exemplo)? Um projectista de gás tem as competências necessárias e suficientes para a DCR? E não tem para a CE? Como entram os fogões a gás numa DCR? Como entra o consumo de gás para confecção de alimentos no cálculo da energia dispendida numa habitação? Os cursos de formação em análise/previstos dizem respeito apenas a instaladores (e não a projectistas)? Não sendo as tubagens de gás de uma moradia uni familiar com recurso a garrafas, considerada uma instalação de gás (conforme definida na Legislação Nacional e transcrita no DLR 16/2009/A) e como tal não sujeita a projecto, essas situações estão fora do âmbito do SCE Açores? R1 - De acordo com a alínea c) do artigo 95.º do Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, o projecto de gás é elaborado por um técnico qualificado para o efeito e visado em conformidade com as disposições legais aplicáveis, que culmina na emissão de DCR. Para o efeito, poderão proceder à emissão de DCR, os técnicos /entidades, mencionados no n.º 1 da Portaria n.º 2, de 19 de Janeiro de Até revisão do presente diploma, o consumo dos equipamentos a gás, instalados na cozinha (que não contribuam para águas quentes sanitárias), não contribuem para a verificação das limitações de consumo energético. - No âmbito da Certificação Energética de Edifícios, a emissão de DCR/CE, na vertente de equipamentos e instalações de gás, é efectuada pelos técnicos/entidades mencionados no n.º 1 da Portaria n.º 2, de 19 de Janeiro de 2010.
2 - Não estão fora do âmbito do SCE Açores. Aquando da emissão de um CE, e caso exista uma instalação de gás com recurso a garrafas de gás, esta será alvo de inspecção, realizada por uma entidade/perito qualificado de equipamentos e instalações de gás. Q2 - De acordo com o nº 2 do Art. 75º do DLR 16/2009/A, de 13 de Outubro: Quando o promotor da obra opte pela exclusão da instalação de gás, deve apresentar declaração explícita dessa opção e incluir no projecto as soluções tecnológicas para produção de águas quentes sanitárias e cozinha que permitam respeitar as limitações ao consumo energético estabelecidas no presente diploma. Uma vez que não está previsto no diploma a contabilização de consumo de equipamentos de cozinha, de que forma é que as soluções tecnológicas para a cozinha contribuem para a verificação das limitações de consumo energético? R2 - Até revisão do presente diploma, o consumo dos equipamentos instalados na cozinha, não contribuem para a verificação das limitações de consumo energético. Q3 - Num projecto de térmica de uma moradia, em que não está previsto nenhum equipamento a gás para aquecimento de águas quentes sanitárias nem para climatização. Neste caso, em que vai apenas haver um fogão a gás, que não contribui para a verificação do RCCTE, será necessário que a DCR seja também preenchida por um Perito em gás? R3 D e acordo com a alínea c) do ponto n.º 2 do artigo 95º de Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, caso exista instalação de gás, deverá ser entregue aquando do procedimento de licenciamento o projecto de especialidade elaborado por técnico qualificado para o efeito e visado em conformidade com as disposições legais aplicáveis. No caso, ainda que a instalação de gás seja dedicada ao fogão, incorre no mencionado anteriormente, de acordo com a alínea a) do nº1 do artigo 43º. Q4 - Solicitam-se os seguintes esclarecimentos quanto ao preenchimento do campo relativo ao gás combustível, numa DCR:
3 Relativamente à tubagem, o formulário só permite a escolha de um tipo de instalação: embebida, à vista em canalete ou enterrada. O que fazer no caso de uma instalação de gás onde a tubagem tem percursos com diversas soluções (o que é muito habitual), com expressão idêntica em termos de comprimento? Relativamente ao tipo de abastecimento, o que se entende por abastecimento directo? E canalizado? Relativamente ao termo de responsabilidade do projectista, qual é o número que se pretende que o projectista identifique? (não é habitual os projectistas numerarem os seus termos de responsabilidade) R4 - Relativamente à questão colocada, somos a informar o seguinte: 1. Poderá seleccionar o tipo de instalação que maior expressão apresente no interior da habitação, uma vez que o formulário apenas permite a escolha de um tipo de instalação. Informamos que iremos estudar a possibilidade de alterar o formulário de selecção do tipo de instalação. No entanto, numa ou noutra situação, não dispensa a descrição sucinta do tipo de instalação, no campo das observações e notas gerais. 2. Abastecimento directo consiste numa ligação garrafa-equipamento (e que dispensa de projecto), sem que para tal haja instalação de gás combustível. 3. A numeração do termo de responsabilidade é da responsabilidade do projectista, a qual deverá ser atribuída com base em critérios definidos pelo próprio. Q5 - De acordo com o estipulado na alínea c) do n.º 2 do artigo 95.º do Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, caso exista instalação de gás, o procedimento de licenciamento de edificação deve incluir projecto de instalação de gás elaborado por técnico qualificado para o efeito e visado em conformidade com as disposições legais aplicáveis. De que forma um projecto se considera visado em conformidade com as disposições legais aplicáveis? R5 - a) O Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, tem como objecto a transposição para o ordenamento jurídico regional da Directiva n.º 2002/91/CE, do
4 Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios. O mesmo visa promover a melhoria do desempenho energético dos edifícios, atendendo às condições climáticas externas e às condições locais, às exigências em matéria de clima, de qualidade do ar interior e de rentabilidade económica, e estabelece requisitos em diversas matérias, inclusivamente no que se refere ao licenciamento e inspecção das instalações de gases combustíveis em edifícios. b) Conforme exposto no preâmbulo do diploma em causa, incluiu-se no mesmo a obrigatoriedade de comprovação da conformidade dos projectos e a obrigatoriedade de realização de inspecções às instalações de gás, quando existam, reforçando os mecanismos de controlo e auditoria do sistema de certificação da conformidade regulamentar das instalações existentes ou que venham a ser construídas, incluindo essas funções no âmbito do novo regime de certificação energética dos imóveis, criado pelo referido diploma, evitando por essa forma o recurso a entidades diversas e simplificando a relação entre os cidadãos e a administração em matéria de licenciamento de imóveis. c) De acordo com o exposto no artigo 11.º do diploma em causa, a certificação dos edifícios e a elaboração das recomendações de acompanhamento, bem como a inspecção das redes de gás combustível e das caldeiras e sistemas de ar condicionado, são efectuadas, de forma independente, por perito qualificado, actuando a título individual ou ao serviço de organismos públicos ou privados, sendo que, no exercício das suas funções os peritos gozam de autonomia técnica. d) O exercício da função de perito qualificado está regulamentado no artigo 12.º do diploma em causa, e as qualificações específicas para perito qualificado no domínio de equipamentos e instalações de gás, encontram-se definidas pela Portaria n.º 2/2010, de 19 de Janeiro. e) Podem ser peritos qualificados de equipamentos e instalações de gás, no âmbito do Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, e até nova regulamentação: Os projectistas de redes de gás, registados na bolsa de peritos qualificados no portal do Governo Regional dos Açores, na internet; As entidades inspectoras, reconhecidas para o efeito, pelo departamento do Governo Regional com competência em matéria de energia. f) Os peritos qualificados no domínio de equipamentos e instalações de gás encontram-se registados na Direcção Regional da Energia, sendo esse registo público, e acessível através do
5 portal do Governo Regional dos Açores, na internet, na página do Sistema de Certificação Energética (SCE) g) Face ao exposto, para efeitos do estipulado na alínea c) do n.º 2 do artigo 95.º do Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, os projectos de instalações de gás consideram se visados em conformidade com as disposições legais aplicáveis com a emissão da correspondente Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR), em que no campo n.º 11, o perito qualificado no domínio de equipamentos e instalações de gás atesta que os equipamentos e instalações de gás estão em conformidade com os requisitos legais exigidos.
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