HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA: ART CPC. ART LINDB (onde está escrito STF leia-se STJ); ART. 35 3, LEI 9307/96; ART CF/88.
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- Lavínia Martins Vidal
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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PONTO 1: HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA PONTO 2: REQUISITOS; PROCEDIMENTO PONTO 3: CARTA ROGATÓRIA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA: ART CPC. ART LINDB (onde está escrito STF leia-se STJ); ART. 35 3, LEI 9307/96; ART CF/88. 1 Art A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 2 Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº , de 2009). 3 Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal. 4 Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;(incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
2 Compete ao STJ homologar sentença estrangeiro. Art. 105, I, i, CF (EC 45/04). Quando o STJ homologa não revisa o mérito. (juízo de cognição restrito, STJ analisa apenas os requisitos formais = juízo de delibação ou delibatório). Art LINDB Exame da ordem pública, soberania nacional e os bons costumes. REQUISITOS FORMAIS DA HOMOLOGAÇÃO: ART. 5º RES. 09/05, DO STJ. Sentença proferida por autoridade competente; (O Tribunal estrangeiro já analisou qual o órgão competente para julgar, na verdade o STJ analisa o art CPC (competência absoluta)). STJ Sentença estrangeira 916 (divórcio, no exterior, consensual; ambos cônjuges assistidos por procuradores distintos bens no estrangeiro e no Brasil partilha no exterior - inclusive dos bens no Brasil. Apresentaram em conjunto sentença estrangeira para homologação. STJ entendeu que a partilha foi amigável, assim como o pedido de homologação, e ainda, sem nenhum vício, seria homologada, sob pena de os cônjuges ingressarem com nova ação em 1º grau no Brasil); - O STJ verifica também, se a sentença não foi feita por tribunal de exceção (pois não garantem o princípio do juiz natural...). Partes citadas, ou haver legalmente verificado a revelia citação no estrangeiro válida é a citação por rogatória. Trânsito em julgado da decisão a decisão trazida para homologação deve ser estável, necessário que a decisão não seja mais modificada por recurso. (todo e qualquer meio é cabível para prova do transito em julgado da decisão, pois talvez em algum país não se tenha um certificado mais moderno ). Autenticação consular (dir. diplomático diz respeito à relação dos Estados (política internacional; dir. consular: cuida do atendimento aos nacionais no exterior)). É preciso pegar a sentença internacional e requer autenticação consular brasileira, apenas garantindo que a sentença é do país referido. Tradução por tradutor juramentado no Brasil (listas encontradas na Junta Comercial)_ o Min. do STJ mesmo que domine o idioma não poderá dispensar tradução, apenas pode ser dispensada quando a sentença for proveniente de países com língua Portuguesa (vernáculo). A execução da sentença estrangeira, art. 109, X, CF, será executada na Justiça Federal de 1º grau. REGRAS IMPORTANTES: II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 5 Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. 6 Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
3 - todo ato produzido pelo poder judiciário no Brasil, é passível de homologação, mesmo que o ato no estrangeiro tenha sido praticado no âmbito administrativo. Res. 9/05 STJ. - sentenças meramente declaratórias de interdição, por exemplo, seriam ou não passíveis de homologação? Havia um dispositivo na antiga LICC que dizia não precisar de homologação. (STF na época) entendia pela homologação, afastando esse dispositivo. Surge a lei 12036/09 revogando o dispositivo que causava essa controvérsia. SEC 880 Sentença do Tribunal de Roma ex-jogador de futebol decisão italiana quanto ao reconhecimento de paternidade procedente, mesmo que sem exame de DNA diante da recusa feita por testemunha. Condenação aos alimentos, mas sem provas dos rendimentos do ex-jogador arbitrou em valor elevado. A parte trouxe para homologação no Brasil analisado os requisitos formais, tudo certo. Quanto à ordem pública: no tocante a paternidade, correto, em face de negativa em exame do DNA. Quanto ao segundo capítulo, o STJ não concordou com a condenação por mero arbitramento, o que ofende a ampla defesa, contraditório, devido processo legal, portanto, nesse capítulo, não foi homologado. Homologado parcialmente a decisão. Quanto à tutela de urgência é admissível em homologação de sentença estrangeira; SEC 1601 homologação de sentença estrangeira de menor adoção pátrio poder validade tutela para matrícula escola STJ deferiu a tutela para a matrícula. PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO: STJ AUTUAÇÃO (CÓD. SE)/DISTRIBUIÇÃO para Presidente STJ (iniciando o procedimento); -- EMENDA À INICIAL (ou não) CITAÇÃO (15 dias para contestar) -- 1º - sem contestação: vista ao MPF (10 dias p/ manifestação) DEC. MONOCRÁTICA. (da decisão CABE AGRAVO REGIMENTAL no prazo de 5 dias) -- 2º - com contestação: vista ao MPF (10 dias) REAUTUADO como SEC. REDISTRIBUÍDO para CORTE ESPECIAL. ** na contestação: argumentos de ordem pública, requisitos formais, autenticidade dos documentos (fraude no trânsito em julgado, por exemplo), inteligência da decisão (interpretação da decisão indevida, a parte, por exemplo, tenta dar ampliação à decisão, induzindo em erro). CARTA ROGATÓRIA: ART. 105, I, i, CF visa dar efetividade à atos jurisdicionais diversos de onde o processo efetivamente tramita. STJ CONCESSÃO DE EXEQUATUR ÀS C.R. CUMPRA-SE. O STJ é que concede o exequatur. (JF de primeira estância). Art , inc. X, CF. 7 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
4 - juízo rogante (o que roga) - juízo rogado (o que cumpre) Ex: carta rogatória para realizar perícia em acidente aéreo. Faculdade do juízo rogado. Carta rogatória com atos executórios, por exemplo, penhora de bens. (era polêmico, pois precisava de decisão homologada no STJ atualmente, o STF começou a atenuar, se houver tratado/convenção autorizando esse tipo de rogatória); C.R. ATIVA art /210 9 CPC o juízo que solicita o cumprimento de determinado ato. Juízo rogante. Ex: rogatória a ser cumprida nos Estados Unidos, as regras de execução serão as do país rogado. AUTORIDADE CENTRAL (AC) cada país centraliza os pedidos de carta rogatória. Obedecem aos critérios do juízo rogante. Caso os requisitos não estejam preenchidos, a AC no Brasil devolve a C.R. para regularização. DRCI (DEPARTAMENTO DE RECUPERAÇÃO DE ATIVOS E COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Principal autoridade Central no Brasil, mas existem outras). Ex: No caso da Convenção de Haia sobre sequestro internacional de menores (o DRCI é a Sec. Especiais de Direitos Humanos). Quando não houver autoridade central é feito por meio diplomático. C.R. PASSIVA o juízo cumpre e remete para o país de origem. Juízo rogado é o Brasileiro que seguirão os critérios do juízo rogante, mas quanto aos critérios de execução será do juízo rogado. Irá para o STJ SR (Carta Rogatória nº x distribuída ao Presidente do STJ) art. 105, I, i, CF Res. 9/05 STJ. -- Pres. Manda intimar a parte interessada para oferecer impugnação (em 15 dias) MPF (10 dias art. 17 LINDB) se não houver impug. --- decisão monocrática com impug. (pres. STJ poderá distribuir o feito para Corte Especial faculdade art. 9 10, 2º - res. 9/05 - STJ). 8 Art São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória: I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado; III - a menção do ato processual, que Ihe constitui o objeto; IV - o encerramento com a assinatura do juiz. 1 o O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, peritos ou testemunhas. 2 o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica. 3 o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº , de 2006). 9 Art A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato. 10 Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira e na carta rogatória, a defesa somente poderá versar sobre autenticidade dos documentos, inteligência da decisão e observância dos requisitos desta Resolução. 1º Havendo contestação à homologação de sentença estrangeira, o processo será distribuído para julgamento pela Corte Especial, cabendo ao Relator os demais atos relativos ao andamento e à instrução do processo. 2º Havendo impugnação às cartas rogatórias decisórias, o processo poderá, por determinação do Presidente, ser distribuído
5 AUXÍLIO DIRETO: ART. 7º 11 - RES. 9/05, STJ. EX: pedido de legislação de determinado país. É expediente, meramente, administrativo. Não precisa de análise do STJ. SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA ART LEI 9307/96. para julgamento pela Corte Especial. 3º Revel ou incapaz o requerido, dar-se-lhe-á curador especial que será pessoalmente notificado. 11Art. 7º As cartas rogatórias podem ter por objeto atos decisórios ou não decisórios. Parágrafo único. Os pedidos de cooperação jurídica internacional que tiverem por objeto atos que não ensejem juízo de delibação pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda que denominados como carta rogatória, serão encaminhados ou devolvidos ao Ministério da Justiça para as providências necessárias ao cumprimento por auxílio direto. 12 Art. 37. A homologação de sentença arbitral estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, com: I - o original da sentença arbitral ou uma cópia devidamente certificada, autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial; II - o original da convenção de arbitragem ou cópia devidamente certificada, acompanhada de tradução oficial.
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