O Capítulo III do SNUC define os seguintes objetivos e normas para as categorias de man ejo:
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- Amanda da Rocha Palma
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1 4.4 - Unidades de Conservação Segundo PEREIRA et al., (1999) Unidades de Conservação (UCs) Costeiras e Marinhas são aquelas situadas na faixa que se estende desde o limite interior dos ambientes com influência marinha até o limite do mar territorial (12 milhas), estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Além deste limite exterior, situam-se as UCs localizadas na Zona Econômica Exclusiva (ZEE), ou seja, na faixa de 12 a 200 milhas. De acordo com a Lei nº 9985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC e que estabelece critérios e nor mas para criação, implantação e gestão das unidades de conservação, o objetivo básico das unidades de proteção integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, enquanto que o das unidades de uso sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte de seus recursos. O Capítulo III do SNUC define os seguintes objetivos e normas para as categorias de man ejo: Unidades de Proteção Integral Reserva Biológica (REBIO) Tem como objetivo básico a preservação integral da biota e demais atributos naturais em seus limites, sem interferência humana ou modificações ambientais. A área da REBIO é de domínio público, sendo proibida a visitação, exceto aquela com objetivo educacional. A pesquisa científica depende de prévia autorização. Estação Ecológica (EE) Tem por objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. A realização de pesquisas científicas e a visitação pública com objetivos educacionais precisam de autorização. A área da EE é de posse e domínio público. Parques Têm entre seus objetivos primários a recreação e o lazer em contato com a natureza, além da proteção dos ecossistemas, o desenvolvimento de pesquisas científicas e a educação ambiental. As áreas que compõem os parques são de posse e domínio público. Unidades de Uso Sustentável Áreas de Proteção Ambiental (APA s) Têm o objetivo de disciplinar o processo de ocupação das terras e promover a proteção dos recursos abióticos e bióticos dentro de seus limites, de modo a assegurar o bem-estar das populações humanas que ali vivem, resguardar ou incrementar as condições ecológicas locais e manter paisagens e atributos culturais relevantes. São constituídas por áreas públicas e/ou privadas. Área de Relevante Interesse Ecológico (AREA) Área geralmente pequena, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota local. É constituída por terras públicas ou privadas. Revisão 00 - Maio/ Subseção Unidadesde Conservação - Pág. 1 / 5
2 Reserva Extrativista (RESEX) Tem como objetivo básico proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas tradicionais que vivem na área e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. Com base em consultas ao IBA MA e aos órgãos estaduais e municipais responsáveis pela gestão das unidades de conservação localizadas na área de influência do projeto, apresenta-se na Tabela 4.4 a relação das UC s existentes, suas respectivas categorias de manejo, o órgão responsável pela gestão da unidade, o instrumento legal de criação, sua localização e área, ecossistema predominante e aspectos do manejo. Segundo diagnóstico de Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Zona Costeira e Marinha (BDT- PEREIRA et al., 1999) na área de Influência da Atividade de Pesquisa Sís mica Mar ítima no Bloco CA MPOS SW FASES I e II estão presentes 20 Unidades de Conservação Costeiras e Marinhas, sendo: (5) Áreas de Preservação Ambiental; (2) Áreas de Relevante Interesse Ecológico; (2) Áreas Naturais Tombadas, (1) Parque Nacional, (1) Parque Estadual, (1) Parque Municipal, (5) Reservas Biológicas; (2) Reservas Ecológicas e (1) Reserva Extrativista. Destas 20 unidades de Conservação citadas, 11 possuem limites geográficos conhecidos e estão apresentadas no mapa DE- EVT-PGS Além das UCs levantadas pelo BDT (1999), o Guia para o Licenciamento Ambiental das Atividades de Exploração de Petróleo Sís mica e Perfuração (IBAMA, 2004) adiciona 11 UCs, sendo que somente três são costeiras, a saber: Reserva Biológica do Tinguá, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Parque Nacional de Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Estadual da Chacrinha (costeira), Área de Proteção Ambiental de Apiatiba (costeira), Reserva Biológica de Poço das Antas, Reserva Biológica União, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/ Mico-Leão- Dourado (costeira), Parque Ecológico do Desengano, Caparaó. Conforme observado na Tabela 4.4, apresentada a seguir, ocorrem na área de estudo unidades de conservação pertencentes tanto ao grupo de unidades de proteção integral (Parque, Reserva Ecológica e Reserva Biológica), como ao grupo de unidades de uso sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico e Reserva Extrativista), nos três níveis governamentais: federal, estadual e municipal. Apesar da existência de várias unidades de conservação na zona costeira do sudeste brasileiro conservando um mosaico significativo de ecossistemas e da concentração de diversas instituições de pesquisas nesta região, algumas áreas podem ser ainda consideradas como pouco estudadas ou com pouca disponibilidade de informações (MMA, 2002). Revisão 00 - Maio/ Subseção Unidadesde Conservação - Pág. 2 / 5
3 Tabela Listagem das Unidades de Conservação de Uso Indireto e Direto, de Âmbito Federal, Estadual, Municipal e do Setor Privado, das Zonas Costeiras e Marinha da Área de Influência da Atividade da Atividade de Pesquisa Sísmica no Bloco CAMPOS SW FASES I e II UNIDADE MUNÍCIPIO Área Natural Tombada Foz do Rio Paraíba do Sul e seu Manguezal, Ilha da Convivência, Complex o Mesográfico * Área de Proteção Ambiental do Arquipélago de Santana * INSTRUMENTO LEGAL DE CRIAÇÃO INSTITUIÇÃO ÁREA (HA) AMBIENTE PLANO DE MANEJO São João da Barra Estado Manguezal - Macaé Município Ilhas - Parque Nacional de Jurubatiba * Macaé, Quissamã, Carapebus/RJ Decreto Presidencial S/Nº de 29/04/98 União Restinga Em ex ecução Área de Proteção Ambiental de Maricá * Maricá Decreto Nº 7230 de 23/04/84 Estado Restinga, Manguezal Não ex istente Reserva Ecológica de Jacarepiá * Saquarema 9529-A de 15/12/86 Município 1267 Restinga Não ex istente Parque Municipal de Cabo Frio Cabo Frio - Município - Restinga Não ex istente Reserva Ecológica de Massambaba * Araruama, 9529-A de 15/12/86 Estado Restinga Não ex istente Área de Proteção Ambiental de Massambaba * Saquarema, A raruama, Arraial do Cabo/RJ 9529-C de 15/12/86 Estado Restinga, manguezal, laguna e brejo Não ex istente Reserva Biológica da Ilha do Cabo Frio Arraial do Cabo Decreto S/Nº de 03/01/1997 Município 700 Costão Rochoso, Restinga Não ex istente Reserva Ex trativista (RESEX) Marinha de Arraial do Cabo * Costa de Arraial do Cabo/RJ Decreto Lei S/Nº de 03/01/97 União Marinho Não ex istente Reserva Biológica do Brejo do Espinho Arraial do Cabo Município - Restinga - Revisão 00 - Maio/ Subseção Unidadesde Conservação - Pág. 3 / 5
4 UNIDADE MUNÍCIPIO INSTRUMENTO LEGAL DE CRIAÇÃO INSTITUIÇÃO ÁREA (HA) AMBIENTE PLANO DE MANEJO Reserva Biológica do Brejo Jardim Arraial do Cabo Município - Restinga - Reserva Biológica da Lagoa Salgada Arraial do Cabo Município - Restinga, Lagoa - Reserva Biológica das Orquídeas Arraial do Cabo Município - Restinga Não ex istente Área de Proteção Ambiental Lagoa de Piratininga/Itaipu * Piratininga Município 7000 Lagoa costeira - Área Natural Tombada canto Sul da praia de Itaipu, Ilhas da Menina do Pai e da Mãe Niterói - Estado - Praia, Ilhas - Parque Estadual da Serra da Tiririca * Niterói, Maricá Decreto de (19/04/93) Estado Praia, Costão Rochoso Em elaboração Área de Proteção Ambiental de Guapimirim * Itaboraí, Guapimirim, São Gonçalo Decreto de 25/09/1984 União Manguezal Em elaboração Área de Relevante Interesse Ecológico das Cagarras * Rio de Janeiro CONAMA 011 (14/09/89) União 50 Costão Rochoso - Área de Relevante Interesse Ecológico Baía de Guanabara Rio de Janeiro Município Manguezal Não ex istente * Unidades de Conservação com limites geográficos conhecidos e representadas no Mapa DE-EVT-PGS Revisão 00 - Maio/ Subseção Unidadesde Conservação - Pág. 4 / 5
5 Referências Bibliográficas MMA. Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade das Zonas Costeiras e Marinha PEREIRA, P.M Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da zona costeira e marinha. Sistematização das Informações Relativas às Unidades de Conservação das Zonas Costeira e Marinha do Brasil. Fundação Bio Rio e parceiros. Base de Dados Tropical. Disponível em Publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, Revisão 00 - Maio/ Subseção Unidadesde Conservação - Pág. 5 / 5
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