ALGUNS TRAÇOS DA TRAJETÓRIA DE CHICO MENDES

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1 Antunes, P. 173 ALGUNS TRAÇOS DA TRAJETÓRIA DE CHICO MENDES Paula Antunes* ABSTRACT: ANTUNES, P. Chico Mendes - From unionism to ecology: a trajectory. Rev. Univ. Rural, sér. ciênc. hum., v.24, n.1-2, p This essay points out the importance of writing about an individual life, reconstructing a biography which takes into account the social context, respecting otherwise(?) the fact that this context does not grasp the essence of individual life itself. The composition of Chico Mendes biography, since he became almost accidentally an activist of the Movimento Democrático Brasileiro (MDB), going on as an activist of Partido Comunista do Brasil (PCdoB), becoming afterwards a member of Partido dos Trabalhadores (PT), an unionist, and an ecologist at last, led us to apprehend peculiarities that make his trajectory different from his comrades of activism. We argue that myth as a narrative tells us about gods and nature, universe and human beings, and, as part of culture primitive or not helps social groups to express basic feelings regarding to their world. In doing so, we try to discuss in this essay how there were unpredictable mythological elements in the Chico Mendes trajectory, which culminated with his dramatic death. KEY WORDS: Biography; Chico Mendes; Life history; Rain forest people; Rural Unionism; Ecology and Myth. Segundo registra Andrew Revkin (REVKIN, A. 1990), com a seca de 1925, originariamente a família de Chico Mendes foi para o Amazonas e, depois, para Xapuri, onde se instala, no Seringal Santa Fé. Francisco Alves Mendes, o pai de Chico, estava então com 12 anos. Era habitual que os filhos acompanhassem o pai para aprender o ofício dos seringueiros. A família de Chico Mendes morava e trabalhava numa colocação 1 (Esteves, 1993, p. 82 e 84) chamada Pote Seco. Quando Chico Mendes nasceu, em 15 de dezembro de 1944, seus pais estavam *Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Submetido em Fevereiro/2002. Aceito em Junho/2002. instalados no Seringal Porto Rico. Aos 5 anos de idade, Chico Mendes já colhia lenha e carregava água, principal ocupação das crianças nesta idade. Aos 9 anos, já acompanhava o pai no seringal e, aos 11, trabalhava em horário integral. Por essa época, a família se mudou para o Seringal Equador, perto de Cachoeira 2 (Idem). Todas as noites, antes de dormir, Chico Mendes tinha aulas de leitura com seu pai e já nesse período começou a ler jornal. Chico Mendes não teve uma vida muito diferente da de tantas outras crianças e adolescentes nascidas e criadas em Xapuri: era apenas um número, mais um seringueiro, no meio de tantos outros, todos eles destinados a morrer explorados pelos empresários. A morte de parentes e amigos também fazia parte do seu cotidiano: não havia remédios ou médicos

2 174 Alguns traços da trajetória de chico mendes disponíveis para minorar sofrimentos ou salvá-los. Seu destino, porém, parece ter sido mudado por influência de três pessoas: primeiro, a de seu pai, a de Euclides Fernandes Távora, que teria sido um guerrilheiro e que era militante do PCB, que se encontrava foragido no Acre e que lhe falava de socialismo e comunismo, e, com o qual, inclusive, acompanha o Golpe Militar de 64 pelo rádio (Martins, p.75, 85 e 86.); e, por último, o sindicalista Wilson Pinheiro, que muitas vezes liderou a resistência dos seringueiros aos cortadores de árvores e que se tornou seu amigo em 1975 (BURCH, 1994, p. 26.). Não sabemos ainda quais foram as marcas mais específicas deixadas pela presença de Euclides na formação política de esquerda de Chico Mendes, mas acreditamos que o tempo de convivência possibilitou trocas de experiências e muita influência. Chico Mendes teria conhecido o veterano comunista quando tinha 12 anos. Em todos os depoimentos de Chico Mendes, consta que ele era um Oficial do Exército -tenente- que aderiu ao movimento insurreicional liderado por Prestes em Estivera preso na Ilha de Fernando de Noronha, mas como era da família do Bispo Dom José Távora 3 e do líder político nordestino dos anos 30, o Tenente Juarez Távora (Barros, 1993, p. 165.), logo fora solto. Refugiara-se na Bolívia, no começo dos anos 50, de onde voltara após ter participado de movimentos de resistência dos operários bolivianos, dos mineiros, onde teria participado de movimentos de oposição. Com a repressão na Bolívia, teve de fugir e volta para o Brasil (Mendes, 1989, p. 62.) - ao Acre - onde iria permanecer até De acordo com uma entrevista concedida a integrantes da Secretaria de Meio Ambiente da CUT, durante o segundo congresso da entidade, em 9 de setembro de 1988, Chico Mendes afirma ter conhecido Euclides em Chico Mendes tinha 18 anos e é então que teria aprendido a ler e escrever com ele (Idem, p. 61.). Andrew Revkin também destaca que esse forasteiro tinha idéias diferentes e radicais. Em seu registro, observa que ele era de ideologia comunista, havia vindo da Bolívia, lia jornais com fluência e tinha um conhecimento considerável sobre política exterior. Vivia a três horas de caminhada de Pote Seco e, só depois de muitos meses após ter chegado ao local, teria revelado o seu nome. Este autor também registra que Távora adoeceu gravemente em 1966 e, quando concordou em ir para Rio Branco para se submeter a uma cirurgia, a doença já estava em estágio avançado (Revkin, 1990.). Chico Mendes utiliza a pouca instrução que recebeu para conscientizar os seringueiros, para lutar por sua alfabetização e contra a exploração. Há notícia de que em 1968 ele envia carta ao então Presidente da República e também General Humberto de Alencar Castelo Branco, denunciando o sofrimento e a exploração dos seringueiros. Nos anos 60, o simples anúncio da abertura da Belém-Brasília atraiu muitos especuladores para a região e, em 10 anos, as terras da Amazônia estão sendo vendidas (Souza, 1998, p. 65.) Com o Golpe Militar de 1964, há redirecionamento da ação do Estado no sentido de orientar a modernização da economia, colocando em marcha (...) um novo padrão de acumulação capitalista no país (...). (Andrade de Paula. 1991, p. 60.). E, em 1966, o Presidente Castelo Branco elaborou um conjunto de medidas, com a finalidade de reformular e transformar a economia regional. Este conjunto de medidas iria transformar a Amazônia em alvo de interesses de grandes grupos industriais e financeiros. Nesse contexto, a economia extrativa, atrasada, perderia seu espaço e se tornaria incompatível com o novo modelo de acumulação capitalista em curso no país. Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

3 Antunes, P. 175 A partir de 1965, o preço dos elastômeros nacionais cai sensivelmente e, em 1967, é revogado o monopólio estatal da borracha, atingindo a já debilitada economia extrativa. Em 1968, fica estabelecido que os preços da borracha importada e da borracha nacional serão equivalentes. Esta estabilização dos preços da borracha faz a empresa seringalista chegar ao final dos anos 60 mergulhada em nova crise. Muitos seringalistas endividados transferem suas terras para investidores do centro-sul do país. Com novos donos, vinham novos projetos. A extração da borracha não lhes interessava e sim a derrubada da floresta para a implantação de projetos agropecuários (Idem, p ) Nos anos 70, com a intensificação do açambarcamento e especulação de terras, a situação do Estado mudou, principalmente entre 1970 e 1975, com a chegada de vários fazendeiros do Sul, quando muitos posseiros e índios foram mortos e/ou expulsos de suas terras (Martins, 1998, p. 76.). Em 1971, Chico abandonou o seringal e passou a lecionar para adultos numa escola do governo, na estrada a oeste de Xapuri. Para aumentar sua renda familiar, começou a trabalhar como meeiro nos seringais, em tempo parcial (Revkin, A ). A partir de 1973, ele vai se entrosar nos trabalhos das Comunidades Eclesiais de Base. Nesse período o sindicato dos seringueiros só podia funcionar nas dependências da Igreja, devido à repressão. Sem o auxílio da Igreja, seria improvável que houvesse um movimento dos seringueiros. A Igreja cultivou a liderança e um combativo sentido de objetividade entre os isolados moradores da floresta (Idem. p. 166.). A escola era proibida aos filhos de seringueiros e logo se percebe o real motivo dessa restrição. Como sabia ler, Chico Mendes logo começou a descobrir as formas da espoliação dos seringueiros. Passou a exercer um trabalho isolado na tentativa de garantir a autonomia dos seringueiros. Em um trabalho árduo e quase inútil, Chico Mendes dedicou alguns anos da sua vida até conseguir, em 1975, criar um grupo de alfabetização no qual ensinou a ler e escrever a cerca de 50 pessoas. Pressionado pelas acusações de que estava criando núcleos de agitadores, acabou abandonando o trabalho. Nesse mesmo ano, ouviu falar e depois participou de um curso de sindicalismo que seria realizado por uma comissão da CONTAG em Brasiléia. Começava ali uma nova perspectiva e, de fato, com a criação do sindicato, Chico Mendes acabou sendo eleito, provisoriamente, secretário-geral (Martins, Edilson. 1998, p. 86 e 87.) do agora Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, ali permanecendo até a fundação e atuação no Sindicato de Xapuri. Chico Mendes relata que este sindicato é a principal referência da luta de resistência pela terra no Estado. Foi criado na assembléia de fundação da entidade, realizada em 21/12/1975, com a presença da CONTAG (Confederação dos Trabalhadores da Agricultura) e aproximadamente mil trabalhadores. Apesar do êxito nas suas mobilizações, havia problemas na direção desse sindicato. A base estava descontente com as atitudes pessoais do presidente e, em meados de 1977, em Assembléia Extraordinária, ele foi substituído por Wilson Pinheiro (Idem. p ). Por essa época, o Governo Federal resolve tomar medidas para desmobilizar os conflitos. O INCRA desapropria hectares de terra para assentamento de famílias. Com a morte de Wilson Pinheiro, assassinado na sede do sindicato, em 1980, houve uma desarticulação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (Idem. p ). Em resumo, o STR de Brasiléia obteve mais êxitos porque contava, conforme mostra Andrade de Paula, a partir de entrevistas, com um grupo de lideranças mais arrojadas, particularmente Wilson

4 176 Alguns traços da trajetória de chico mendes Pinheiro; também, porque a Igreja teria apoiado o movimento desde sua formação inicial com os membros da CPT. De acordo com Revkin, este foi o segundo sindicato, fundado em 12 de dezembro de 1975, com a presença de mil pessoas. O primeiro havia sido criado em Sena Madureira, a 200 Km de Rio Branco. A partir daí, dá-se início a uma fase de empates 1 (Aymone, p. 67.) e de militância sociopolítica de Chico Mendes. Os empates são feitos através de mutirões dos seringueiros, nos quais se reúnem várias comunidades, principalmente a comunidade afetada. Mulheres e crianças costumavam sair na linha de frente, como bandeira, para evitar que a polícia atirasse (Mendes ). Em entrevista de 9 de setembro de 1988, Chico Mendes afirma que o primeiro empate ocorreu em 10 de março de 1976 (Idem. p.18-21; Martins, E. 1998, p. 13, 25 e 88.) e contou com a adesão dos peões. Tullio Aymone também destaca que esse primeiro empate, que ocorreu no Seringal Carmen, contara com a participação de cerca de 60 seringueiros. Aymone ressalta que a vitória nesse embate foi o resultado da eficácia da ação coletiva organizada (Aymone, p. 64.) Em função desses empates, foram criadas várias reservas extrativistas no Acre (Martins, E. p. 27 e 28.). Chico Mendes registra que a primeira foi Cachoeira (1988), fruto da luta organizada dos seringueiros e também do trabalho educativo nas escolas da região (Idem, p. 46.). Havia outras, entre as quais destacava-se a São Luís do Remanso, com 40 mil hectares, outra em Brasiléia, Sena Madureira e algumas ainda não conhecidas por Chico Mendes. O mesmo Revkin assim define essa forma de luta dos seringueiros: Elemento essencial na luta em defesa da Floresta Tropical da Amazônia, cujo objetivo era o de resistir aos pecuaristas e seus trabalhadores; uma manifestação agressiva, uma clássica confrontação brasileira na qual o blefe conta muito. Embora tenha sido creditado a Chico Mendes a criação do empate, esta forma de protesto era muito mais uma reação espontânea da comunidade de seringueiros do Acre - uma resposta comunitária a uma ameaça compartilhada. Essa forma de luta tornouse uma arma poderosa!(revkin, 1990.) Em outra entrevista concedida ao Jornal do Brasil em 9 de dezembro de 1988, Chico Mendes define o empate como uma forma de luta que nós encontramos para impedir o desmatamento... uma forma pacífica de resistência. (...) No empate, a comunidade organiza um mutirão, sob a liderança do sindicato, e se dirige à área que será desmatada pelos pecuaristas. A gente se coloca diante dos peões e jagunços com as nossas famílias - mulheres, crianças e velhos - e pedimos para eles não desmatarem e se retirarem do local. (...) O movimento é pacífico... e a finalidade é criar a Reserva Extrativista... que é a utilização da floresta de forma racional. (...) As mulheres tiveram um papel muito importante como linha de frente, e as crianças eram usadas como uma forma de evitar que os pistoleiros atirassem. De acordo com um balanço feito por Chico Mendes naquela entrevista, de 1976 até 1988, haviam-se realizado 45 empates com 30 derrotas e apenas 15 vitórias. A terceira influência no início da militância sociopolítica de Chico Mendes foi Wilson Pinheiro, que sustentava o movimento em Brasiléia, organizando inúmeros empates. Ele havia sido indicado para assumir a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, em De acordo com Elder Andrade de Paula, Wilson Pinheiro era amazonense, da região de Careiro, em Manaus, e já tinha experiência com sindicatos urbanos. Sob sua liderança, seringueiros e posseiros passaram a depositar maior confiança no Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

5 Antunes, P. 177 sindicato. Dezenas de empates foram organizados para frear a ambição dos pecuaristas. Estes fazendeiros logo encontraram uma forma de interromper a resistência dos seringueiros e a nova estratégia que passaram a adotar era matar as lideranças sindicais. De acordo com depoimento do próprio Chico Mendes, em junho de 1980, fazendeiros de toda região se reuniram secretamente em assembléia para decidir o que fazer do movimento de resistência dos seringueiros. A decisão teria sido paralisar a ação de Wilson Pinheiro para ficarem livres e continuarem com os desmatamentos (Mendes, p. 19.). O assassinato de Wilson Pinheiro ocorreu em 21 de julho de 1980, quando ele era o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A repercussão provocou muitos protestos na região. Um ato público em 29 desse mesmo mês, em Brasiléia, marcou o repúdio ao assassinato e se espalhou pelo País, com a participação de lideranças sindicais de expressão nacional como Lula, Bittar, José Francisco da Silva, presidente da CONTAG (Idem, p , 42 e 43. Martins, p. 84 e 85. Andrade de Paula. p. 121.), João Maia da Silva Filho, delegado da Contag no Acre e Rondônia, e, inclusive, 2 com a participação de Chico Mendes. Dois dias depois do assassinato de Wilson Pinheiro, 30 seringueiros armados vingaram sua morte, matando o fazendeiro Nilo Sérgio, até então considerado um dos principais suspeitos da morte do sindicalista 3. Neste caso, a ação policial foi imediata e vários seringueiros foram acusados, presos e torturados, sendo soltos em seguida por falta de provas. Em maio de 1981, Chico Mendes, Lula, Bittar, José Francisco e João Maia foram acusados de incitar a violência entre os seringueiros e todos terminaram sendo enquadrados na Lei de Segurança Nacional (Souza, p. 20.), mas acabaram também por ser absolvidos. Como De Paula já observara, desde meados dos anos 70, a região de Xapuri, próxima de Rio Branco, a capital do Estado, parecia estar em excelente localização para se transformar numa região das mais cobiçadas por pecuaristas, especuladores e grileiros. Muitos dos grandes e médios proprietários foram atraídos para a região pelo baixo preço das terras. Rapidamente o extrativismo da borracha e da castanha foi substituído pela pecuária extensiva de corte (Andrade de Paula, p. 146.). Era essa voracidade que formava o pano de fundo da intensificação dos conflitos e da violência. Até essa época, a Igreja defendia o interesse dos latifundiários, mas com a chegada de novos padres, as Comunidades Eclesiais de Base começaram a mudar o quadro de difícil implantação do sindicalismo na região. De acordo com Revkin, Dom Moacyr Grechi e os demais organizadores das comunidades de base tinham como objetivo primordial identificar líderes em potencial, os quais poderiam, por sua vez, ser transformados em monitores de apoio junto às comunidades da floresta. Muitos desses líderes teriam começado suas atividades assim: Júlio Barbosa de Aquino e Osmarino Amâncio Rodrigues, por exemplo, futuramente se destacarão na luta dos seringueiros. Chico Mendes estava então muito ocupado, envolvido com tarefas mais ligadas ao corpo a corpo nos seringais, mas sempre manteve relacionamento estreito com esses novos padres e a Igreja. É dessa mesma época a fundação do jornal semanal Varadouro por dois jornalistas liberais: Elson Martins, repórter do Estado de São Paulo e Silvio Martinello, correspondente do Jornal do Brasil. O jornal se tornou uma espécie de porta-voz da resistência dos seringueiros. A Igreja cedia recursos financeiros e o espaço para o jornal funcionar (Revkin, 1990, Jornal do Brasil, 1º Caderno, 04/05/1989, p. 8.).

6 178 Alguns traços da trajetória de chico mendes Em 9 de maio de 1977, foi fundado, no Colégio Divina Providência, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, com a participação de 302 pessoas (Grzybowski, Cândido e Chico Mendes; Andrade de Paula, p. 147 e 148.). A primeira diretoria eleita teve problemas com o presidente, destituído do cargo em 30 de agosto de 1981 por negociar com os fazendeiros indenizações e pedaços de terra, amaciando, assim, a luta entre eles. Com isso, o sindicato perdeu o crédito e surgiu um movimento de oposição. Entre 1981 e 1983, o sindicato mudaria sua diretoria duas vezes. De Paula aponta um outro fator de particular importância pela melhoria das condições de vida e de organização dos seringueiros neste momento: o Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOP), formado por um grupo de intelectuais com o objetivo de alfabetizar e conscientizar os seringueiros, preservar sua cultura e garantir sua reprodução, além de apoiar a organização sindical, esclarecer o seringueiro sobre o valor da floresta, lutar pela implantação de escolas nos seringais e criação de cooperativas (Idem, p. 151.). Numa tentativa de ampliar o raio de ação do sindicalismo, em 1976, Chico Mendes voltou a Xapuri para concorrer a vereador pelo MDB. De acordo com seu próprio depoimento, ele foi convidado para preencher uma vaga de candidato a vereador porque o partido precisava de um número mínimo de candidatos para poder participar da eleição. Sem qualquer experiência política, aceitou e acabou eleito (Mendes. 1989, p. 66.). Uma vez eleito, fundou um escritório do sindicato que funcionava num pequeno abrigo cedido pela Igreja. Como o MDB era minoria na Câmara, muitas vezes Chico foi ridicularizado pela ARENA e até por companheiros de partido seu, que se opunham às suas idéias (Revkin, 1990.). Nesse período, Chico Mendes começou a relacionar-se com intelectuais, estudantes e professores universitários. Em 1978, chegara a Rio Branco a antropóloga Mary Helena Allegretti (40 anos), que iria auxiliar Chico Mendes nas suas atividades político-sindicais e, posteriormente, tornar-se sua grande amiga 1 (Revkin. Jornal do Brasil, 06/05/ 1989, p. 5. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 01/05/1989, p. 7. Jornal do Brasil, Caderno Especial, 09/12/1990, p. 4.). O Jornal do Brasil confirma esta informação e acrescenta ainda que foi Mary Allegretti quem ajudou a lançar Chico Mendes para o mundo; foi ela quem o sustentou durante muito tempo através de bolsas que conseguia com seu prestígio junto a entidades internacionais, e foi ela quem ajudou a proporcionar apoio material a Ilzamar e seus filhos, após a morte de Chico Mendes. Mary fundou e dirigiu o Instituto de Estudos Amazônicos, em Curitiba, e se tornou uma eficiente empresária cultural especializada em Amazônia. No ano seguinte, Chico Mendes ingressaria no Partido Comunista do Brasil. Em 1980, mesmo no ocaso da ditadura, ele foi preso e submetido a interrogatórios a respeito de suas ligações comunistas. Militou por pouco tempo naquele partido, pois logo depois ele iria participar da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre (Revkin, 1990.). Com a realização do III Congresso da CONTAG, em 1983, as lutas no campo tomam novo impulso e a resistência pela posse da terra se torna um marco dos anos 80. Por sua vez, o movimento sindical de Xapuri também passa a ser disputado por duas tendências: uma ligada à Igreja e outra vinculada ao PC do B e, nessa época, liderada por Chico Mendes (Mendes, p. 68.). Em março de 1980, foi organizado o PT no Acre. O PT nasceu no Acre, no seio do núcleo mais organizado dos trabalhadores, justamente nos sindicatos de trabalhadores rurais. As mais Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

7 Antunes, P. 179 expressivas lideranças sociais do Estado se fizeram presentes, dentre elas: João Maia, Wilson Pinheiro e Chico Mendes, que, na época, ainda exercia o cargo de vereador, em Xapuri, pelo MDB. Chico Mendes se candidatou novamente a vereador em 1981 e a deputado estadual em 1986, pelo PT, mas foi derrotado nas duas ocasiões. Na primeira, por uma pequena margem de votos. A explicação para esta derrota estaria nas informações veiculadas pela imprensa e por algumas lideranças sindicais adversárias de que ele era comunista e que seria perigoso votar em um candidato subversivo. Na segunda ocasião, o fracasso foi atribuído ao fato de o PMDB ter comprado muitos votos e ao ínfimo apoio que então tinha o PT. Chico Mendes obteve apenas 3% dos votos, apenas 800 dos 2 mil membros do sindicato votaram nele (Revkin, Andrew.). Após essa experiência parlamentar, afirma-se cada vez mais a trajetória de ativista social de Chico Mendes, devendose notar os seguintes momentos da primeira metade dos anos 80. No final de 1979, surgiu a proposta que Chico denominou de PROJETO SERINGUEIRO, o qual procurava incorporar cooperativas e escolas sob os cuidados do sindicato inicialmente para alfabetizar os seringueiros. De acordo com depoimento concedido por Chico Mendes à Cândido Grzybowski, o Projeto Seringueiro afirmouse em 1981, e teria melhorado a partir de Inicialmente elaborado para adultos, mas depois estendido a crianças também. Então, Chico foi eleito Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e se envolve também com a criação da Federação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Revkin, 1990.). A primeira escola foi instalada em Nazaré, a dois dias de caminhada do centro de Xapuri. Em 1983, o projeto já era auto-suficiente e várias outras escolas foram erguidas incorporando também as crianças. As cooperativas sustentavam a manutenção das escolas, e garantiam os almoços e os salários dos professores 2. Em 1984, o projeto conquistaria inclusive apoio do Governo Federal. A partir de 1983, o sindicato de Xapuri procura ampliar a sua organização de base, fortalecendo as delegacias sindicais, fazendo dos empates a principal forma de resistência dos seringueiros, passando a ser algo vital para a sobrevivência dos seringueiros, convertendo-se no centro das atrações. Com isso, a organização sindical iria fortalecer-se a cada dia. Em seu depoimento, Chico Mendes recorda que, nesses empates dos anos 80 já existia um grupo preparado para levá-lo adiante e um outro encarregado de transmitir o que estava acontecendo ali para todo o País, inclusive para o mundo. Chico Mendes era uma das fontes de informações valiosas do Jornal Varadouro 3 (Mestrinho, 1994, p. 59.), atualizando-o acerca de novos desmatamentos e conflitos. Essa ação de resistência também ganha novos objetivos: não só procuravam garantir a terra, mas ainda também preservar a sua forma de reprodução social, inclusive os seus valores morais e culturais. É bem verdade que os empates estabelecem o confronto e marcam a diferença de interesses; mas, ao se tornarem a única forma de defesa de seus direitos, participando deles, o seringueiro exibia suas duas identidades: uma, de caráter corporativo (relacionada com a função de seringueiro) e outra, de caráter político (do empatador em luta). Em julho de 1984, o sindicato realizou o I Congresso dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, com a participação de muitos sindicalistas, seringueiros, docentes da Universidade Federal do Acre, lavadeiras de Brasiléia, CPT, ABRA e outras entidades. Nasceu aí o terceiro sindicato do Estado: o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Plácido de Castro, na fronteira com a Bolívia. Ainda nesse mesmo ano foi fundada a CUT Estadual.

8 180 Alguns traços da trajetória de chico mendes Nos dias 1º e 2 de outubro de 1985, Xapuri realizou um encontro preparatório no qual se discutiu os problemas dos seringueiros da região e suas principais reivindicações. O mesmo ocorreu em Brasiléia e em Plácido de Castro. Após esses encontros preparatórios, reuniramse, em outubro de 1985, em Brasília, para o I Encontro Nacional dos Seringueiros, cento e trinta (130) seringueiros de toda a região amazônica e com a participação de observadores ligados a organizações ambientalistas brasileiras e do exterior e até de alguns governadores (AC, AM, RO), parlamentares, o Reitor da UnB da época, inclusive o Ministro da Cultura entre muitos representantes de entidades 4 (Chico Mendes. 1989, p. 22; Jornal do Brasil, 1º Caderno, 06/05/1989, p. 5.). Este encontro teve muitos resultados, dentre os quais De Paula destaca três: a divulgação da luta dos seringueiros pelos diversos veículos de comunicação; a formulação da proposta da Reserva Extrativista (Andrade de Paula. 1991, p. 211.), a formação do Conselho Nacional de Seringueiros (CNS) (Idem, p. 208.), importante pelo seu significado interno para o movimento, aparecendo como aquela alternativa que faltava para os seringueiros (...). Segundo Chico Mendes, a idéia de criar o CNS surgiu no próprio Encontro, para se contrapor ao Conselho Nacional da Borracha, composto por fazendeiros, industriais e nenhum seringueiro, através do CNS, os seringueiros lutariam pelo direito de participar das decisões referentes à política para a borracha (Idem, p. 218.). O Conselho Nacional dos Seringueiros começa com a preocupação de evitar o desmatamento, defender a Amazônia e buscar propostas alternativas para garantir a floresta (Novaes, Regina Célia Reyes ). Para o CNS, a Reforma Agrária do Seringueiro é a Reserva Extrativista. O CNS não teve pretensão de se transformar num sindicato paralelo, até porque o seringueiro não é reconhecido como classe, mas ele pretendia ser uma entidade com o objetivo de fazer reconhecer o seringueiro como classe (Chico Mendes. 1989, p. 25 e 26.). A base principal de apoio do CNS é Xapuri, que conta com mais delegacias sindicais que ao mesmo tempo lhe servem de sustentação do CNS (Idem, p ). Chico Mendes afirma que o CNS era o mais importante órgão para a luta dos seringueiros (Idem, p. 69.). Através dele, os seringueiros procuram transformar-se no movimento dos povos da floresta, aliando índios, seringueiros, castanheiros, outros trabalhadores extrativistas e todos os que baseiam seu modo de vida na extração de produtos como a borracha, a castanha, óleos vegetais e se dedicam à caça e pesca não predatória, bem como a agricultura de sobrevivência. De acordo com Gilberto Mestrinho, os povos da floresta são representados por seringueiros e índios que buscam a melhoria de vida, seus valores culturais e o direito de manutenção, baseado no bom senso, de seus territórios (Mestrinho, p. 139.). No primeiro Encontro Nacional dos Seringueiros (Martins, p ) foi eleita uma comissão provisória para sua direção, que foi presidida por Chico Mendes até a data da sua morte. É preciso lembrar que nesse mesmo ano de 1985 foi fundada a UDR (União Democrática Ruralista), uma entidade agressiva para defender os interesses dos grandes proprietários de terra do país. A necessidade da reforma agrária era urgente e, embora o governo tivesse elaborado, o Plano de Reforma Agrária, este foi visto como uma ação bastante fraca e, no caso que nos interessa destacar, só teria intensificado a violência contra os habitantes da Floresta. O despertar da consciência ecológica de Chico Mendes se teria dado nesse contexto (Revkin op.cit.). Em 1985, Chico Mendes se tornou consultor do Banco Mundial e do Banco Interamericano para o Desenvolvimento, para projetos Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

9 Antunes, P. 181 amazônicos (Chico, 1989, p. 7.). Em janeiro de 1986, uma comissão de índios e seringueiros foi a Brasília. Foi uma comissão histórica, pois, pela primeira vez, também os índios e as lideranças indígenas se juntaram para ir a Brasília reivindicar os seus direitos (Idem, p. 23.). Em 1986, os seringueiros investiram em empates contra a empresa Bordon no Seringal Nazaré. Embora, na primeira vez, a polícia militar tenha conseguido dispersar a manifestação, nos conflitos seguintes, os seringueiros saíram vitoriosos. A empresa vendeu suas terras e abandonou o Acre. Muitos outros pecuaristas paulistas (Souza. 1998, p ) também foram afastados pelos empates (Revkin, Andrew ( Jornal do Brasil, Caderno Idéias de 19/05/1990.). Em janeiro de 1987, em visita a Xapuri, uma Comissão da ONU comprovou a veracidade das denúncias que recebera de Chico Mendes. Ele então já se destacava na defesa da ecologia e já havia recebido alguns prêmios nacionais e internacionais. Chico Mendes é convidado para participar, em Miami, do Encontro Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de 23 a 25 de março de De acordo com Andrew Revkin, Chico Mendes não poderia ser registrado no Hotel Intercontinental porque não era funcionário federal ou representante do governo, convidado oficial ou da imprensa. Adrian Cowell, cineasta inglês que ele conheceu em 1986, conseguiu-lhe um passe da imprensa. Ele causou impressão favorável junto à delegação dos EUA. No dia 27 de março de 1987, voou para Washington, onde discursou no Senado Americano. É Cowell novamente que consegue levá-lo a Washington e quem vai escrever cartas indicando Chico Mendes para os prêmios Global 500, Award e Better World Society Protection of Environment Medal. Havia uma reunião em clima de revolta contra a devastação ambiental no Brasil, e ela aumentou ainda mais quando Chico Mendes denunciou o que os fazendeiros brasileiros estavam fazendo com o dinheiro que os bancos internacionais enviavam para seus projetos individuais 5 Vinte e quatro horas depois, obteve audiência com o chefe da Comissão de Operação de Verbas do Senado Americano e, no dia 2 de abril de 1987, o financiamento foi suspenso! (Martins, p. 79. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 05/05/ 1989, p. 4b. Viola, E. 1992, p ). Em julho de 1987, Chico Mendes recebeu o prêmio Global 500, oferecido pela ONU, o qual o levou às manchetes da imprensa nacional e internacional. Em setembro desse mesmo ano, foi homenageado em Nova Iorque com a Medalha Ambiental da Better World Society da CNN (Cadeia Norte-Americana de Televisão) e ainda recebe o Global 500 Award, na Inglaterra (Idem, idem). Chico Mendes continuava denunciando as ações predatórias contra a floresta e as ações violentas dos fazendeiros da região contra os trabalhadores de Xapuri. Agora, podia usar mais uma vantagem: os inúmeros convites que lhe chegavam para participar de Congressos, Encontros e Seminários, no País e no exterior. Em outubro de 1988, recebeu o título de Cidadão Honorário do Estado do Rio de Janeiro. Os pecuaristas e fazendeiros responderam rapidamente às conquistas dos seringueiros, criando a UDR do Acre, no final de 1987, com o objetivo de atuar prioritariamente no combate à organização dos trabalhadores no campo, especialmente no pólo mais combativo: Xapuri. A UDR se identifica como uma entidade fortíssima. O seu objetivo, no Acre, é combater a base da organização dos seringueiros. Foi após o lançamento da UDR no Acre que começaram a ser derramadas as primeiras gotas de sangue de trabalhadores em Xapuri. Em Xapuri, quem comandava o esquadrão era Darli Alves e Alvarino Alves, dentre outros,

10 182 Alguns traços da trajetória de chico mendes proprietários da fazenda Paraná. O poder da UDR tem influência em todo país, inclusive, no Congresso Nacional. O alvo do ataque da UDR sempre foi a resistência dos seringueiros de Xapuri (Chico Mendes. 1989, p ). Não demora muito e a UDR mandaria o primeiro recado assassinando Ivanir de Sousa, um dos líderes do movimento sindical desse município. O segundo recado chegaria em 18 de junho de 1988, quando Ivair Higino de Almeida saiu de casa às 05:30 da madrugada para buscar leite para o filho de um mês e foi assassinado com oito tiros. (Jornal do Brasil, Caderno Especial, 09/12/1990, p. 8. Martins, p ). Chico Mendes acusou um vereador do PMDB - Cícero Tenório Cavalcanti - (Chico Mendes. 1989, p. 35.), que era articulado com fazendeiros da região e que se dizia incomodado pelas atividades de José Higino na comunidade e no sindicato, de ter sido o responsável por sua morte. Esse assassinato chamou à atenção do governo federal e Jáder Barbalho, então Ministro da Reforma Agrária, é enviado a Rio Branco para assinar um decreto transformando o Seringal Cachoeira, São Luis do Remanso e mais dois nas primeiras reservas extrativistas do Brasil. (Revkin op.cit.). Apesar da violência, a resistência dos seringueiros começava a dar frutos. Foram criadas outras reservas extrativistas, com o apoio do Governo Federal, garantindo, assim, a sobrevivência dos chamados Povos da Floresta. Se, por um lado, esboçava-se uma defesa dessas populações, por outro, o descontentamento dos fazendeiros aumentara. A terra era imprópria para o plantio, mas o que importava era a terra limpa para a pecuária e as árvores cortadas para as madeireiras, que eram normalmente clandestinas. O retorno, em lucro, seria comprovadamente maior. O programa de Reservas Extrativistas visava a preservar a floresta, os rios, os animais, a respeitar a natureza como espaço e parte da própria vida. A economia seria adaptada, não destrutiva e garantiria a riqueza material dos povos da floresta. A natureza, bem coletivo, seria usada de uma forma mais racional, para gerar riqueza. Deveria pertencer à União, ficando em usufruto dos trabalhadores que nela habitavam. Inclusive criava-se uma nova política de pesca, para evitar depredação, com exploração do peixe, também de forma racional. A intenção do movimento é estender esse benefício a áreas consideradas de grandes maciços de castanhais e seringueiras, áreas ricas em várias espécies de madeira de lei, que estão ameaçadas de serem destruídas pelo fogo. (Mendes, 1989, p ). A cooperativa surge da proposta de criação da reserva extrativista. É uma cooperativa de produção e consumo, a Cooperativa Agroextrativista, que tem de resolver o problema econômico dos seringueiros, mas também dar prioridades aos pequenos agricultores. O objetivo é expandir-se pelo Acre e Amazônia. Em 1987, Chico Mendes visitou a sede da Christian Aid, em Londres, que é uma agência de apoio a este cooperativismo. O representante deles esteve em Xapuri e em seguida Chico Mendes conseguiu o financiamento para a cooperativa. (Idem, p ). Os fazendeiros insistiam em desmatar a floresta e, em meio à resistência, foi morto o seringueiro Jair Iglesias. Este acontecimento foi manchete em grandes jornais internacionais. Em setembro é a vez de José Ribeiro, ex-seringueiro, ser assassinado. Nenhuma investigação foi feita, aliás, a promotoria de Xapuri não funcionava integralmente e, durante 10 anos, o município sequer teve um juiz local. Não houve nenhum julgamento por este ou por qualquer outro crime por mais de 20 anos! Este crime também foi atribuído à família Alves. (Jornal do Brasil, Caderno Especial, 09/12/1990, p. 8.). Em setembro, é expedido um mandado de prisão contra Darly Alves, mas ele Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

11 Antunes, P. 183 continua passeando normalmente pela cidade. No mês seguinte, Chico Mendes escreve uma carta-denúncia onde acusa Darly Alves, Alvarino Alves e outros de estarem reunindo-se para planejar a sua morte. Em novembro, Chico Mendes escreve ao Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais (DNTR-CUT) narrando esses últimos acontecimentos. Alguns dias depois, envia nova carta comunicando que os pistoleiros já foram contratados para matá-lo e mais três telegramas denunciando os mandantes do crime. No início de dezembro, ele denuncia, na Gazeta de Rio Branco, o Superintendente da Polícia Federal, Mauro Spósito, de ser conivente com o assassinato. Este último devolve a acusação e afirma que Chico Mendes colabora com a Polícia Federal desde No dia 17 de dezembro de 1988, o Dr. Efraim Mendoza Mendivil, boliviano radicado no Brasil há 20 anos, diz ter ouvido, em uma mesa de jogo no Clube Rio Branco, que Chico Mendes seria morto dentro de cinco dias. Quatro dias depois, Chico Mendes comenta com a irmã e o amigo Júlio Nicasso, que não passaria do dia 30 de dezembro. No dia seguinte, é assassinado! (Idem. p. 2. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 07/05/1989, p. 8.). As ameaças de morte que Chico Mendes vinha recebendo se intensificaram. Ele já conseguira escapar de seis emboscadas (desde 1983). Mas agora a sua morte continuava sendo anunciada, apesar das várias denúncias que fez à polícia, ao então Ministro da Justiça Paulo Brossard, a Romeu Tuma, diretor da Polícia Federal e ao delegado no Acre, Luiz Gonzaga e ao próprio Presidente da República, José Sarney. A concessão de dois seguranças da Polícia Militar portando metralhadoras, ao seu lado dia e noite, não foi suficiente para evitar que ele fosse brutalmente assassinado no dia 22 de dezembro de 1988, às 17:45 de uma quinta-feira, na porta de sua casa. Com todas as ameaças recebidas, Chico Mendes ainda seguiu sua rotina normalmente, viajou várias vezes atendendo convites para participar de debates. Mestrinho chegou a dizer que: Chico Mendes foi morto por aqueles que não entenderam os interesses econômicos vinculados à indústria farmacêutica internacional, que queria preservar determinadas regiões do planeta para suas pesquisas... (Mestrinho, 1994, p. 141.). Com sua morte, os seus mandantes, de acordo com os jornais, a UDR, julgavam ter conseguido derrubar o movimento de resistência, desarticular os seringueiros e dar continuidade à expansão da pecuária destrutiva. A repercussão internacional do crime, em proporções que teve, não era esperada. Os maiores jornais do mundo não somente noticiaram o crime, como divulgaram toda a luta de Chico Mendes, especialmente as condições gerais dos seringueiros e da floresta amazônica. Após a morte de Chico Mendes, muitos outros sindicalistas continuam sendo vitimados por abraçarem a causa de Chico Mendes. Se tais mortes já não surpreendem mais, as palavras de ordem como Reforma Agrária, Reserva Extrativista, Preservação da Floresta e outras aparecem em todos os dicionários, e inclusive já deixaram de ser palavras estranhas aos programas de governo. Em suma, como observa Cândido Grzybowski, a morte de Chico Mendes, tornou crime político lutar por direitos, ser líder de trabalhadores rurais, ser dirigente, se opor à destruição dos grandes projetos, e quem abraçasse tais causas, seria cabra marcado para morrer, como lembra bem o filme de Coutinho.(Grzybowski, 1989, p. 16.).

12 184 Alguns traços da trajetória de chico mendes A PASSAGEM DO SINDICATO À ECOLOGIA Andrew Revkin observa bem a trajetória de Chico Mendes. Após a morte do seringueiro, faz este comentário: Chico não almejava ser ambientalista, sua preocupação era com os moradores da floresta e não com o efeito mundial das queimadas. As queimadas, certamente seriam percebidas pela opinião pública internacional como algo indiscutivelmente prejudicial à saúde da humanidade 1. (Revkin, op. cit.).edilson Martins procura mostrar, em seu livro, que Chico Mendes não era um homem preocupado com a ecologia, mas que a repercussão internacional da sua morte não fora tanto uma reverência ao líder sindical, mas sim uma celebração que foi dirigida ao ecologista (Martins, op. cit p. 34.) e que ela o consagraria como tal. 1) A Mitificação do personagem Raoul Girardet (1987), ao estudar os mitos, suas relações e correspondência com fatos históricos acontecidos na sociedade francesa em momentos de crise, mutação ou ruptura, analisa o papel do imaginário mítico nos grandes acontecimentos históricos da França nos últimos dois séculos. Em entrevista recente, por ocasião do lançamento do seu livro, no Brasil, Girardet afirma que o mito não é mentiroso. Para ele, o mito tornase história. Ele é o impulso psicológico, a inspiração ideal, que pode conduzir os homens para o bem ou para o mal, mas que lhes é de qualquer modo indispensável. (Orelha do livro). O livro de Girardet surpreende pela quantidade de informações e pela competência do autor em relacioná-las de forma clara e também exaustiva com os mitos. O que interessa destacar de nossa leitura é apenas as conceituações que possam realçar a colocação da questão do mito. Ao falar dos obstáculos, na análise do mito, o autor destaca que o primeiro seria da ordem do vocabulário. Ao considerar as inúmeras interpretações atribuídas ao termo mito, Girardet afirma que para os antropólogos e os historiadores do sagrado, o mito deve ser concebido como uma narrativa: narrativa que se refere ao passado, mas que conserva no presente um valor eminentemente explicativo, na medida em que esclarece e justifica certas peripécias do destino do homem em certas formas de organização social. O mito, escreve Mircea Elíade, conta uma história sagrada; relata um acontecimento que teve lugar no tempo imemorial, o tempo fabuloso dos começos. Em outras palavras, o mito como uma realidade chegou à existência, quer seja a realidade total, o cosmos, ou apenas um fragmento: uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, uma instituição... Para outros, em compensação, a noção de mito permanece confundida com a de mistificação: ilusão, fantasma ou camuflagem, o mito altera os dados da observação experimental e contradiz as regras do raciocínio lógico; interpõe-se como uma tela entre a verdade dos fatos e as exigências do conhecimento.( Girardet, 1987, p ). É, também, essa tela interposta entre a realidade e sua versão exata: o mito político é fabulação, deformação ou interpretação objetivamente recusável do real.(idem, p. 13.). Ou ainda: (...) Como o sonho, o mito se organiza em uma sucessão, seria melhor dizer em uma dinâmica de imagens e, não mais que para o sonho, não poderia ser questão de dissociar as frações dessa dinâmica: (...). Como o sonho ainda, o mito não pode ser abarcado, definido, encerrado em contornos precisos senão em conseqüência de uma operação conceitualizante, obrigatoriamente redutora, que sempre se arrisca a traí-lo ou a dele dar apenas uma versão empobrecida, mutilada, destituída de sua riqueza e de sua complexidade. (...). (Idem, Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

13 Antunes, P. 185 p ). Os mitos políticos de nossas sociedades contemporâneas não se diferenciam muito dos mitos sagrados das sociedades tradicionais. O mito é ao mesmo tempo polimorfo e ambivalente.(idem, p. 15.) Se o mito é polimorfo, se constitui uma realidade ambígua e movente, ele reencontra o equivalente de uma coerência nas regras de que parece depender o desenrolar de sua caminhada. Esta pode ser representada e apresentase efetivamente como uma sucessão ou uma combinação de imagens. Mas nem essa sucessão nem essa combinação escapam a uma certa forma de ordenação orgânica. (Idem, p. 17.). Girardet chama a atenção para não se confundir o mito com a transcrição irracional na linguagem do inteligível, o que pode trazer resultados incertos, parciais e incompletos. E aí, visto do exterior, apenas com o olhar de observação objetiva... o mito corre o risco de não mais oferecer senão uma linguagem fossilizada, seca,... cinzas esfriadas de uma fogueira incandescente. (...) O mito só pode ser compreendido se é intimamente vivido, mas vivê-lo impede dar-se conta dele objetivamente. Objeto de estudo, ele tende, inversamente, a imobilizar-se em uma sucessão de dados estáticos; tende igualmente a se esvaziar de seu conteúdo emocional, ou seja, do essencial de si mesmo. (Idem. p. 23.). Na verdade, apenas quem vive o mito na adesão da sua fé, no impulso de seu coração e no empenho de sua sensibilidade se encontraria em condição de exprimir sua realidade profunda, aspecto que o seu estudioso tem de se levar em conta. Lévi-Strauss, ao falar, em A Eficácia Simbólica, de uma cura xamanística durante a realização de um parto indígena e todo o ritual e personagens que isto envolve, destaca o mito como um substituto dos protagonistas. (1975, p ). No caso narrado pelo autor, a cura xamanística e a cura psicanalítica têm o mesmo objetivo: provocar uma experiência, reconstituindo o mito que o doente deve viver ou reviver. O vocabulário importa menos do que a estrutura. Quer seja o mito recriado pelo sujeito, quer seja tomado de empréstimo à tradição, ele só absorve de suas fontes, individual ou coletiva, o material de imagens que ele emprega; mas a estrutura permanece a mesma, e é por ela que a função simbólica se realiza. (...). Todo mito é uma procura do tempo perdido. (Idem, p ). Por sua vez, Renato Ortiz (p ), ao falar de Os elementos da memória coletiva, e mais especificamente da memória coletiva africana, e de como o candomblé contribui nesse sentido, distingue entre o mito religioso, válido para um grupo restrito da sociedade, da ideologia, que se estende à sociedade como um todo. Citemos o autor: (...) Sabendo que nas sociedades primitivas o mito é o sistema que organiza o social, pode-se afirmar que a história mitológica é a história dos grupos sociais restritos que a encarnam, enquanto a ideologia seria a história da sociedade como um todo (ou pelo menos tenderia a sê-lo). (...) Ideologia e mito, que em um primeiro momento se confundiam, tomam agora significados distintos. (...) (Idem, p. 136.). Por outro lado, em seu texto, Reforma Agrária: o mito e sua eficácia, Regina Novaes se pergunta... até que ponto certas versões da Reforma Agrária desempenharam o papel de um mito por meio do qual se insuflou a energia necessária para que trabalhadores ameaçados de expulsão da terra e trabalhadores sem-terra desencadeassem um combate cotidiano

14 186 Alguns traços da trajetória de chico mendes pela posse da terra. (...) Nomear conflitos localizados pelo uso e posse da terra como luta pela Reforma Agrária atualiza o mito.(1995, p. 101.). Ao conceituar o mito pela necessidade de uma precisão de vocabulário, essa autora toma emprestado o conceito de R. Girardet 2 (Novaes, p. 131.), embora afirme que, em nenhum desses sentidos, a noção possa ser útil para a compreensão da Reforma Agrária no Brasil. Em suma, essas referências nos parece indicar elementos interessantes e sugestivos do que se poderia chamar de mitificação do personagem Chico Mendes. Se o mito é fabulação, tal como destaca Girardet, se na mitificação, o protagonista é substituído em sua própria história (Lévi-Strauss), pode-se pensar num processo de transformação de Chico Mendes de seringueiro a ecologista; mas essa mitificação de Chico Mendes não significa necessariamente um aumento da consciência ecológica brasileira, nem é suficiente para contar a história ecológica do Acre, como nos ensinam os dois outros textos. 2) O Chico Mendes ecologista? Esta pode parecer uma pergunta vaga, mas, olhando de longe, o mundo reverencia Chico Mendes como ecologista, a mídia condecora um ecologista... É a sua morte que transforma Chico Mendes em ecologista? E antes dela? Ele se vê ecologista? Era tido como ecologista? O que, ou quem o tornou ecologista? Vejamos alguns depoimentos e comentários da mídia impressa. Em 6 de junho de 1987, o Jornal do Brasil noticia a entrega do prêmio Global 500 da ONU a Chico Mendes, um seringueiro de 43 anos de idade, desconhecido em todo o país, e que foi o único brasileiro entre os 500 ecologistas de todo o mundo condecorado pela Organização das Nações Unidas, no dia Mundial do Meio Ambiente. (Jornal do Brasil, 6/06/1987, 2ª edição, Caderno Nacional.). É importante destacar que a homenagem foi feita ao ecologista e não ao seringueiro ou ao sindicalista. Em telegrama enviado ao Presidente da República da época, José Sarney, o diretor executivo do programa da ONU para o meio ambiente, Mostafá Tolba, informa que aquela homenagem era um reconhecimento pelo extraordinário trabalho pela proteção e melhoria do meio ambiente desenvolvido por Chico Mendes. Acrescenta ainda que o prêmio Global 500 é um programa executado pela ONU a partir deste ano em reconhecimento aos ecologistas. (Idem). Em 31 de janeiro de 1989, foi a vez do índio Davi Kopenawa Yanomami de receber o prêmio Global 500, por sua atuação em defesa do meio ambiente degradado pelo garimpo, no território Yanomami. Mais uma vez, a homenagem não foi dirigida ao índio, mas ao defensor da ecologia. Em ambos os casos, a premiação dava importância ao ecologista convertido pela própria vida, e não reconhecido por sua atividade de proteção ambiental por opção e militância, como os premiados em 1990: Mary Zanoni Allegretti, deputado Fábio Feldmann (SP), Ivan Fonseca, Roberto Klein, cientista e padre Raulino Reitz, e Paulinho Paiakan, chefe da tribo Caiapó (Folha de São Paulo, Caderno Cidades, 05/06/1990.). Todos sabemos que Chico Mendes nunca cursou a escola formal ou uma universidade; não recebeu diplomas ou certificados, mas o que fica claro nos depoimentos que transcrevemos a seguir, e também em alguns recortes de jornais da grande imprensa, que coletamos para o período de 1988 a 1998, a sua trajetória, ressaltada no momento da sua morte, é que o transformara em ecologista, no sentido próprio do termo. Notamos que, ao mesmo tempo, os jornais se referem ao seringueiro e sindicalista, o Chico Mendes ecologista sempre se faz presente por sua Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

15 Antunes, P. 187 luta em defesa da Floresta Amazônica. Edilson Martins observa: O que se celebra, o que o mundo reverenciou na morte de Chico Mendes não foi o líder sindical. Matar líder sindical nas bandas de cá não é novidade alguma. A celebração foi dirigida ao ecologista. E mais que isso: Chico Mendes não ficou no terreno da crítica, enquanto viveu, ao modelo de ocupação da Amazônia. Ele, em vida, não se limitou a atirar pedras na cabeça da cobra. Assessorado, ouvindo seus irmãos seringueiros, apresentou um modelo alternativo de ocupação da Amazônia. (1998, p. 34.). As lembranças desse tipo continuam. Dom Moacyr Grecchi também dá o seu testemunho: O Chico Mendes tinha uma ligação muito forte com a ecologia. Quando eu viajava com ele pela floresta, ele me mostrava a beleza da mata, o canto dos passarinhos, os igarapés. Nem sempre os seringueiros percebem isso. O Chico era um homem sensível e se voltou para a ecologia porque conhecia a necessidade de se conservar as florestas, o meio ambiente. Outro aspecto importante - não fui eu apenas quem percebeu, mas o mundo todo - é que Chico Mendes conseguiu unir dois inimigos históricos, os índios e os seringueiros. (...). (Idem, p. 42.). Para o Governador do Acre, da época, Flaviano Melo, o mundo perdeu um ecologista, o Brasil perdeu um líder político e eu perdi um interlocutor querido, apesar de nossas divergências.(jornal do Brasil, 1 O Caderno, 1/05/1989, p. 7.). Grzybowski procura fazer associação: Chico trabalhador, Chico ecologista, Chico pacifista: poderia alguém ser mais representativo dos movimentos libertários do mundo contemporâneo?. (1989, p. 10.). A ecologia é resgatada pelos seringueiros em luta como uma questão coletiva de sobrevivência, de vida. (Idem, p. 13.). O Jornal do Brasil também opina na controvérsia: Se foi antes líder sindical ou ecologista, é discussão irrelevante. As duas coisas - ecologia e sindicalismo - na Amazônia, andam juntas. Preservar a floresta é preservar a vida dos que nela vivem, os seringueiros e os índios. (...) O que Chico Mendes fez para projetar-se como ecologista foi aproveitar-se da onda ecológica que surgiu no mundo inteiro nos últimos anos da década de 80.(...). (Caderno Especial, 09/12/1990, p. 4.). Contra-corrente, Márcio Souza considera que legar a Chico Mendes o título de líder ecológico é um erro! Para ele, o grande projeto de Chico Mendes, na verdade, era encontrar soluções locais que resultassem numa vida mais digna para o povo da região. (Jornal do Brasil, Caderno Idéias, 19/05/1990, p. 8.). É certo que a luta dos seringueiros, de um modo geral, significa defesa de sua sobrevivência. Chico Mendes participa dessa luta, só que vai mais longe, defendendo também a mata, os animais, e, inclusive, demonstra grande preocupação com a demarcação das terras indígenas. Fica evidente sua preocupação com os moradores da floresta e daqueles que dependem dela para sobreviverem, inclusive colonos e ribeirinhos. (Martins, E. p. 73 e 94.). Nesse sentido, ele é, como diz Edilson Martins, um líder ecológico (Idem, p. 72.), ao defender, acima de tudo, a vida. O próprio Martins narra, em seu livro, os acontecimentos ocorridos no dia 22 de dezembro de 1988, quando fala do assassinato do líder seringueiro e ecologista. Também, ao falar com o editor do Jornal do Brasil por ocasião de uma frustada tentativa em publicar a última entrevista de Chico Mendes, recebeu esta resposta: - Esse seu entrevistado politizou demais a ecologia. Este mesmo autor ainda afirma que o mundo, digamos o primeiro mundo, as sete ou dez nações

16 188 Alguns traços da trajetória de chico mendes mais poderosas da Terra, estavam à espreita de um mártir para a ecologia. E conclui: O meio ambiente tinha deixado de ser uma reivindicação de grupos histéricos e ruidosos e passava a constituir uma preocupação real, concreta, com o futuro finito do planeta Terra.(Idem, p. 9 e 10.). É importante ressaltar, mais uma vez, que Chico Mendes transformou-se em ecologista após a sua morte. Este capítulo menciona que as homenagens foram feitas ao ecologista, e não ao seringueiro ou ao sindicalista. A dimensão ecológica propriamente dita de Chico Mendes fica enormemente mais evidente logo após a sua morte e, de fato, é construída através de depoimentos pela mídia, através de depoimentos, como se pode ver, daqueles já citados anteriormente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Construindo a biografia de Chico Mendes, procuramos reconstruir a sua trajetória profissional e também a sua socialização política, a partir de diferentes fontes, sem pretender esgotar o tema. Partíamos no começo do estudo com a idéia de ver como sua evolução profissional-sindical o levava (ou não) à ecologia, da qual ele se tornaria um símbolo, depois de seu assassinato. Para isso, utilizamos textos que tratam da problemática da biografia, seu uso e contexto, bem como outros ligados à temática das histórias de vida, procurando unir ambos os temas no nosso trabalho. Nesse sentido, foi que, primeiro, achamos de fundamental importância começarmos um levantamento histórico do Acre e sua economia. Destacamos acontecimentos históricos importantes que influenciaram na formação da sociedade acreana, a saber: a idade de ouro da borracha; a migração dos nordestinos fugindo da seca e procurando possibilidades de ascensão social na região amazônica; o roubo das sementes da seringueira e posterior quebra do monopólio da borracha, causando a primeira crise na economia acreana. O segundo ciclo da borracha, que começou na Segunda Guerra e provocou uma nova migração de voluntários, em sua maioria também do Nordeste, para formarem o chamado Exército da Borracha, que somaria uma frente de trabalho nos seringais amazônicos; a produção da borracha sintética, causando nova crise na economia do látex e, por fim, o colapso da produção extrativa, provocando falências, por todos os lados, nos seringais, fazendo com que as terras fossem vendidas a preços ínfimos para investidores que, em sua maioria paulistas, chegavam à região, interessados na implantação de projetos agropecuários. Com a intensificação da pecuária, com a expulsão dos seringueiros que ela dá lugar, multiplicam-se os conflitos agrários, principalmente nos anos 70. É interessante observar que aquela segunda migração da borracha trouxe, entre os seus contingentes, uma espécie de setores de classe média falida mais instruídos, os quais teriam tido influência no processo de formação dos trabalhadores mais propensos a se organizarem e que formariam o sindicalismo rural no Acre, que contou com o apoio da Igreja Católica e da CONTAG. O crescimento das mobilizações no campo se deve também ao aparecimento de líderes sindicais que desenvolvem trabalho de conscientização entre trabalhadores e moradores da floresta, dentre os quais destacamos Wilson Pinheiro, Chico Mendes, e Osmarino Amâncio, que representam uma expressão dessa história mais contemporânea do Acre. Daí a importância de escrever sobre a vida de um indivíduo, construindo sua biografia, levando em conta o contexto, embora ele não capte a essência desse mesmo indivíduo; a biografia, sem dúvida, expressa, na vida do biografado, certo espelho do contexto. Traçando a trajetória de Chico Mendes, com a ajuda de levantamento feito de toda a sua vida, Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

17 Antunes, P. 189 desde a infância, passando pela militância política, iniciada como que por acidente no MDB, passando pelo PC do B e chegando ao PT; e também por seu ativismo sindical, iniciado desde os cursos no sindicato de Brasiléia, passando pelas suas articulações em movimentos de fundação de sindicatos rurais, CNS, e chegando até ao reconhecimento público do ecologista, percebemos em Chico Mendes particularidades que não são comuns aos seus companheiros de luta. Outros seringueiros, da sua mesma geração, percorrem caminhos parecidos, mas perceberam os acontecimentos de outro modo, tornando-se diferentes no desempenho de suas vidas. Se o mito é uma narrativa que se refere aos deuses e à natureza, e ao significado do universo e do homem, como acreditam alguns estudiosos, se é parte da cultura e se ajuda o grupo social a exprimir sentimentos básicos em relação ao mundo, ou se desempenha uma função indispensável na cultura primitiva, como afirmam os antropólogos funcionalistas (Dicionário de Ciências Sociais. 1987, p ), o que eu gostaria de ressaltar é que o personagem em questão Chico Mendes se não possuía e exibia elementos evidentes que um dia o tornariam um mito, já que sua trajetória, a princípio, o levava de seringueiro a sindicalista, no limite, até um sindicalista com preocupações ecológicas pela sobrevivência dos povos da floresta, a sua morte pareceu concluir este quadro que não estava dado de antemão, a sua biografia adquire mais significado depois dela. Virou símbolo ecológico. A mídia faz referência não só ao trabalhador seringueiro, sindicalista e ecologista, mas também constrói e difunde a lenda, o mito Chico Mendes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMO, Helena Wendel. Contexto Histórico e Condição Juvenil In: Cenas Juvenis. São Paulo: Scritta, BARROS, Glimedes Rego. Nos confins do extremo oeste: a presença do Capitão Rego Barros no Alto Juruá ( ), vol.1 Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, BOURDIEU, Pierre. A Juventude é apenas uma palavra. In: Questões de Sociologia, Rio de Janeiro: Marco Zero, BOURDIEU, P., A representação política. Elementos para uma teoria do campo político In: O Poder Simbólico. São Paulo, Difel CARDOSO, F.H & MÜLLER, G. Amazônia: expansão do capitalismo. São Paulo: CEBRAP, Brasiliense, Chico Mendes: Publicação Conjunta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Janeiro de DE PAULA, Elder Andrade. Seringueiros e Sindicatos: Um povo em busca da liberdade. Tese de Mestrado, CPDA/ UFRRJ, Março de Depoimento de Davi Kopenawa Yanomami. Brasília: CEDI, 9/03/1990. Dicionário de Ciências Sociais. 2ª edição. Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Documentação. MEC Rio de Janeiro:Fundação de Assistência ao Estudante, Disco: Louvor a Chico Mendes.

18 190 Alguns traços da trajetória de chico mendes ESTEVES, Florentina. O Empate. Rio de Janeiro: Oficina do Livro Editora, FERREIRA, Marieta de M. e AMADO, Janaína (org.).usos e Abusos da História Oral. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas. CPDOC Folha de São Paulo: GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Operários e Mobilidade Social na Bahia: análise de uma trajetória individual. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais, ANPOCS, nº 22, ano 8, junho de Homenagem Póstuma ao Sindicalista Chico Mendes: discursos de 8/03/1989 Brasília DF. Jornal do Brasil: LEVILLAIN, Philippe. Os protagonistas: da biografia. In: Rémond, René.(org) Por uma História Política. Rio de Janeiro: UFRJ Fundação Getúlio Vargas LÉVI-STRAUSS, Claude A Eficácia Simbólica in Antropologia Estrutural, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. Captº 10, p MANNHEIM, Karl. O Problema Sociológico das Gerações. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 25, São Paulo: Ática, Mendes, Chico. O Testamento do Homem da Floresta: Chico Mendes por ele mesmo: história de lutas. Org. Cândido Grybowski Rio de Janeiro: FASE, Mestrinho, Gilberto. Amazônia: terra verde: sonho da humanidade. São Paulo: Ed. Três, O Brasil na Virada do Século: o debate dos cientistas sociais. Organizadores, Glaucia Villas-Bôas, Marco Antônio Gonçalves Rio de Janeiro: Relume-Dumará, ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional, Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 3ª edição. POLLAK, M. Memória e Identidade Social. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro: vol.5, nº10, Projeto de Pesquisa: Redefinição das Relações Industriais no Brasil: uma análise comparativa entre setores - Projeto de Auxílio Integrado - Elina G. da Fonte Pessanha e Regina Lúcia de M. Morel, IFCS/UFRJ, QUEIRÓZ, Maria Isaura P. Relatos Orais: do indizível ao dizível. In: Vom Simsons, Olga de Moraes (org.). Experimentos com Histórias de Vida. São Paulo: Vértice, REVKIN, A. Tempo de queimada, tempo de morte: o assassinato de Chico Mendes e a luta em prol da Floresta Amazônica. (trad.) Rio de Janeiro: Francisco Alves Ed., SIRINELLI, Jean-François. A Geração. In: FERREIRA, Marieta de Moraes e AMARO, Janaína. Org. Usos e Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: FGV Ed. CPDOC, SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais In: Por uma História Política. Rio de Janeiro: Ed.UFRJ/FGV, SOUZA, Carlos Alberto Alves de. Varadouros da liberdade: Cultura e Trabalho entre os trabalhadores seringueiros do Acre. In Projeto História: revista do Programa de Estudos Pós- Graduados em História e do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nº 16, fevereiro de 1998, São Paulo: EDUC, Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

19 Antunes, P. 191 Trajetórias Profissionais e Políticas de Lideranças Sindicais no Rio de Janeiro, grupo de trabalho: História Oral e Memória, de autoria de Elina Pessanha e Regina Helena Malta (IFCS/UFRJ), XIX Reunião Nacional da ANPOCS, outubro de TURA, Letícia Rangel. Gritos da Amazônia: pautas sindicais, lutas e trajetórias de líderes em Santarém (PA). Projeto de Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ/IFCS, VILANOVA, M. Pensar a subjetividade - Estatísticas e Fontes Orais. In: FERREIRA, Marieta de M.(org.) História Oral e Multidisciplinaridade. São Paulo: Diadorim, VIOLA, Eduardo. O Movimento Ambientalista no Brasil ( ): da denúncia e conscientização pública para a institucionalização e o desenvolvimento sustentável in Ecologia, Ciência e Política: participação social, interesses em jogo e luta de idéias no movimento ecológico. Coordenação de Mirian Goldenberg, Rio de Janeiro: NOTAS 1 Área destinada ao seringueiro, abrangendo estradas de seringa, onde ele ergue sua casa, geralmente construída de paxiúba, sobre palafitas, e coberta de palha. A paxiúba é uma palmeira, de madeira escura e fibrosa, usada na construção de soalhos e paredes de barraco (na Amazônia). ESTEVES, F. O Empate. Rio de Janeiro: Oficina do Livro Ed., 1993, p. 82 e Este seringal era de extrema importância para os seringueiros, pois contava com 61 mil acres dos quais 98% constituído por florestas, inclusive castanheiras. Idem. 3 De acordo com Glimedes Rego Barros, este tenente era sobrinho do Desembargador Elisiário Fernandes Távora, p Tullio Aymone em seu livro Amazzonia: I popoli della foresta, destaca uma ação de 104 seringueiros no Seringal Guanabara em Assis Brasil, onde um fazendeiro estava derrubando a floresta para a construção de uma sede do exército e foi impedido sob protesto de respeitar as colocações dos seringueiros locais. In AYMONE, Tullio. Amazzonia: I popoli della foresta. Bollati Boringhieri, n.55, p De acordo com depoimento de Chico Mendes, os seringueiros teriam esperado sete dias; como a Justiça não deu indícios de que iria apurar o crime, eles fizeram justiça com as próprias mãos. 7 Revkin, Andrew. Jornal do Brasil, 06/05/1989, p. 5. De acordo com este mesmo jornal, Mary Allegretti trouxe visitantes de entidades ambientalistas dos USA, que ajudaram a projetar Chico Mendes no exterior; o antropólogo Steve Shwartzman (americano da Environnmental Defense Found) foi um deles! Jornal do Brasil, 1º Caderno, 01/05/1989, p. 7. Jornal do Brasil, Caderno Especial, 09/12/1990, p Revkin, Andrew. p Chico Mendes. 1989, p. 22 e 46. Ao falar deste projeto, o Jornal do Brasil cita os nomes de Regina Hara, professora paulista que acompanha o Projeto com Maria Lúcia Martins (matemática) e Nieta Lindemberg (doutora em línguas). Em seis anos de funcionamento, o Projeto conseguiu erguer 23 escolas. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 05/05/1989, p. 4b. Mary Allegretti conseguiu uma biblioteca ambulante para circular entre as 23 escolas do Projeto Seringueiro. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 06/05/1989, p Um ator que merece ser referido é o jornal Varadouro. Carlos Alberto Alves de Souza observa que este jornal também trabalhou no sentido de defender o direito dos trabalhadores rurais acreanos à posse de suas terras. Além de fonte histórica, é também lugar da memória dos seringueiros acreanos. Alves de Souza inclusive transcreve em seu texto a observação de M. A. Antonacci sobre este jornal: (...) uma das mais expressivas fontes de registro de enfrentamento cotidiano às intervenções de euforia, milagre e progresso que marcaram os desmatamentos da Amazônia ontem e hoje A escolha do local devia-se a que Brasília é o fórum, é o centro das decisões do país, e mesmo porque em Brasília se sabia que a maioria das autoridades achava que a Amazônia era uma floresta vazia, que não morava mais ninguém lá dentro (Chico Mendes. 1989, p. 22). De acordo com o Jornal do Brasil, Mary Allegretti conseguiu apoio financeiro da OXFAN (uma agência inglesa que ajudou muito aos seringueiros), para a realização do I Encontro e conseguiu também US$70 mil para viabilizar a realização do II Encontro Nacional dos Seringueiros e I dos Povos da Floresta, em março

20 192 Alguns traços da trajetória de chico mendes de Este evento atraiu para o Brasil, jornalistas de 13 órgãos de imprensa de todo o mundo. Também foi uma das principais responsáveis pela criação da Fundação Chico Mendes, após a sua morte. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 06/05/1989, p As denúncias foram feitas a respeito dos projetos financiados pelos Bancos Internacionais na Amazônia que estavam destruindo todas as formas de vida na última reserva verde que sobrou na terra. Martins, E. Chico Mendes: um povo da floresta, p. 26. O Jornal do Brasil repete tais informações. Jornal do Brasil, 1º Caderno, 05/05/1989, p. 4b. 12 Recorde-se de que as queimadas lançam no ar: monóxido de carbono, fuligem, óxido de nitrogênio e ozônio que muito próximo ao continente prejudica o crescimento das plantas. É semelhante a um vulcão em erupção todos os anos no Brasil, como chegou a dizer Revkin. 13 O mito pode ser pensado como sinônimo de mitificação e, assim, significar mentira, ilusão ou camuflagem. Pode, ainda, se caracterizar como narrativa do passado que tem no presente um valor explicativo da origem e do estado das coisas. Novaes, R. p Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro Rev. Univ. Rural, Sér. Ciênc. Humanas Vol. 24(1-2): , Jan./Jun

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