Roteiro para acompanhamento das aulas práticas de Histologia
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- Maria do Loreto Barateiro Lancastre
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1 Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas Disciplina de Histologia e Embriologia VI 1º período de Medicina Professor Lúcio Henrique de Oliveira Roteiro para acompanhamento das aulas práticas de Histologia Recomendações importantes: O uso do jaleco é obrigatório durante as aulas práticas, (de preferência com identificação/placa no bolso indicando o nome do (a) acadêmico (a)). Levar um Atlas de Histologia (ex. Di Fiore) para utilizar durante as aulas práticas. Em cada bancada com três microscópios, há uma caixa de lâminas contendo uma coleção completa de cortes histológicos As lâminas a serem estudadas nas aulas práticas são explicadas antecipadamente em Microprojeções. Lembre-se de estudar as lâminas e seus tecidos em menor, médio e maior aumento; sempre iniciar a focalização pela objetiva de menor aumento. Durante as aulas práticas, os monitores auxiliam a identificação microscópica das estruturas. Quando encerrar a aula prática, lembre-se de guardar as lâminas devidamente nas caixas e cobrir o microscópio após certificar-se de tê-lo desligado. Tecidos Epiteliais: Vale destacar que os epitélios são divididos em dois grandes grupos: de revestimento e glandulares. No primeiro, a nomenclatura se baseia na forma das células (pavimentoso, cúbico, cilíndrico e misto), no número de camadas celulares (simples, estratificado, pseudo-estratificado) e na presença de especializações na membrana apical celular (cílios, microvilos, estereocilios). Os tecidos epiteliais glandulares são divididos em glândulas endócrinas (estudadas no segundo período) e glândulas exócrinas. As glândulas exócrinas são classificadas como simples quando possuem apenas um conduto excetor, ou compostas quando possuem dois ou mais condutos excretores; Além disso, são também classificadas de acordo com a forma do adenômero em tubulosas, acinosas, túbulo-acinosas, túbulo-alveolares, alveolares ramificadas ou túbulo-enoveladas. Um bom indicador da forma das células epiteliais de revestimento é o formato do núcleo: o núcleo da célula pavimentosa é plano ou achatado, da célula cúbica é mais arredondado ou esférico, enquanto o da célula cilíndrica é mais alongado verticalmente. Nos epitélios estratificados, a classificação baseia-se na forma das células das camadas mais superficiais. Como o tecido epitelial não é vascularizado haverá sempre um tecido conjuntivo subjacente. 1 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
2 Tecido Epitelial de Revestimento Exemplos de Localização Pavimentoso simples Pavimentoso estratificado não queratinizado Pavimentoso estratificado queratinizado de pele delgada (pele pilosa) Pavimentoso estratificado queratinizado de pele grossa (pele não pilosa) Cúbico simples Cúbico Estratificado Cilíndrico simples Cilíndrico simples com microvilos Cilíndrico simples ciliado e pseudoestratificado cilíndrico ciliado Cilíndrico simples com estereocílios e pseudoestratificado cilíndrico com estereocilios Cilíndrico estratificado Misto ou Transicional Cápsula de Bowman (Rim), Endotélio dos vasos sanguíneos, Folículos Ovarianos primordiais Mucosa labial, Mucosa da língua, Mucosa do esôfago, Mucosa vaginal Todo o revestimento cutâneo do organismo, exceto a palma das mãos e a planta dos pés. Palma das mãos e a planta dos pés Túbulos renais, Revestimento externo do ovário, folículos ovarianos unilaminares, ductos excretores de glândulas salivares Folículos ovarianos multilaminares e folículos maduros Revestimento do estômago Revestimento do duodeno (de todo o intestino delgado e grosso), revestimento da vesícula biliar Revestimento da tuba uterina, revestimento da traquéia e brônquios Revestimento do epidídimo e do ducto deferente Uretra esponjosa, grandes ductos excretores de glândulas salivares Revestimento do ureter e da bexiga Tecido Epitelial Glandular Exemplos de Localização Glândula Tubulosa Simples Glândula Tubulosa Ramificada Simples Glândula Tubulosa Enovelada Simples Glândula Alveolar Ramificada Simples Glândula Tubulosa Ramificada Composta Glândula Acinosa Composta Glândula Túbulo-Acinosa Composta Glândula Túbulo-Alveolar Composta Endométrio (fase proliferativa), Intestinos (Delgado e Grosso) Endométrio (fase secretora), Estômago Glândula sudorípara (Pele) Glândula sebácea (Pele) Duodeno (submucosa) Pâncreas, Parótidas Salivares (Submandibulares) Glândulas Mamárias, Próstata 2 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
3 Tecidos Conjuntivos: A ampla variedade de tecidos conjuntivos reflete a variação na composição e na quantidade de seus três componentes: células, fibras e substância fundamental amorfa. Os tecidos conjuntivos classificados como propriamente dito podem ser frouxo (poucas fibras, mais celular, mais frágil, mais espaços de rotura na lâmina) ou denso (muitas fibras, mais compacto, mais resistente). O denso pode ser modelado (fibras colágenas paralelas) ou não modelado (fibras colágenas dispersas em planos variados). Nos tecidos conjuntivos especiais, há algum componente que predomina (Elástico fibras elásticas; Reticular fibras reticulares; Adiposo células adiposas; Mucoso substância fundamental amorfa). Os tecidos ósseo e cartilaginoso, também denominados tecidos conjuntivos de sustentação, apresentam matriz extracelular rígida. A matriz do tecido cartilaginoso é constituída exclusivamente de matéria orgânica, enquanto que a matriz do tecido ósseo é mista, ou seja, constituída de matéria orgânica e mineral. Tecidos Musculares São três variedades histológicas: Tecido Muscular Liso; Tecido Muscular Estriado Esquelético; Tecido Muscular Estriado Cardíaco. 3 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
4 Observar: - Presença ou ausência de estrias transversais Liso (ausentes), Cardíaco e Esquelético (presentes). - Forma e tamanho das fibras musculares: Esquelético (grandes e longas), Cardíaco (grandes e ramificadas), Liso (pequenas e fusiformes) - Número de núcleos por célula: Liso (um núcleo), Cardíaco (um ou dois núcleos), Esquelético (vários núcleos) - Forma e localização dos núcleos: Liso e Cardíaco (centrais), Esquelético (periféricos) Tecido Nervoso Será estudado no segundo período Observações: O objetivo do aprendizado nas aulas práticas de Histologia no primeiro período, é o reconhecimento e a descrição CORRETA E COMPLETA dos TECIDOS e não ainda da anatomia microscópica dos órgãos. A partir do segundo período, as disciplinas de Histologia enfocam a anatomia microscópica dos órgãos e parte do princípio que todos os alunos já conhecem detalhadamente a estruturas dos tecidos constituintes. 4 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
5 Microprojeção 1 Relação de cortes histológicos a serem estudados: Lâminas 1 e 2 Lábio Lâmina 5 Esôfago Lâmina 7 e 8 Estômago e Duodeno Lâmina 9 Íleo Lâmina 14 Reto Lâmina 22 Traquéia Lâmina 48 Glândula Salivar Submandibular Lâmina 72 Polpa Digital Lâminas 1 e 2 - Lábio 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado não queratinizado 2) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado queratinizado de pele delgada 3) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo e denso não modelado 4) Glândulas alveolares ramificadas simples (sebáceas) 5) Folículos pilosos 6) Tecido Muscular Estriado Esquelético Sobre a Lâmina: Contém corte transversal do lábio. O lábio apresenta duas regiões distintas: a porção mais externa é revestida por Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado queratinizado de pele delgada e a porção mais interna é revestida por Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado não queratinizado (mucosa labial). Na porção de pele, observa-se a presença de glândulas sebáceas e folículos pilosos no tecido conjuntivo subjacente. Em ambas as porções, observa-se mais profundamente a presença de tecido muscular estriado esquelético (a maioria das fibras no corte transversal) Lâmina 5 Esôfago 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado não queratinizado 3) Tecido Muscular Liso 4) Tecido Muscular Estriado Esquelético Sobre a Lâmina: A camada muscular do esôfago pode apresentar tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético ou ambos, dependendo da região onde foi feito o corte. 5 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
6 Lâminas 7 e 8 Estômago e Duodeno Estas lâminas contêm cortes histológicos dos dois órgãos. Tecidos a serem identificados na porção correspondente ao estômago: 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Tubulosa Ramificada Simples 4) Tecido Muscular Liso Microscopicamente, a mucosa gástrica contém invaginações (criptas gástricas ou fossetas gástricas) revestidas por epitélio de revestimento cilíndrico simples. Estas células são secretoras de muco e apóiam-se em um tecido conjuntivo propriamente dito frouxo, onde são observadas as glândulas com algumas fibras esparsas de tecido muscular liso. Mais profundamente as camadas musculares mais definidas formam o principal tecido da parede do estômago. Tecidos a serem identificados na porção correspondente ao duodeno: 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples com microvilos 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Tubulosa Simples 4) Tecido Epitelial Glandular:Glândula Tubulosa Ramificada Composta 5) Tecido muscular Liso A superfície interna do duodeno apresenta projeções digitiformes que são chamadas de vilos ou vilosidades intestinais. Microscopicamente essa vilosidades são revestidas pelo epitélio de revestimento cilíndrico simples com microvilos que aparecem na microscopia óptica como uma linha de contorno superficial com aspecto mais espesso e birrefringente (brilha com o movimento do botão micrométrico), sendo denominado borda em escova ou borda estriada. Abaixo do epitélio encontram-se glândulas tubulosas simples e tecido conjuntivo frouxo. Na camada submucosa (camada de tecido conjuntivo mais profunda, abaixo de uma delgada camada de tecido muscular liso da mucosa) há as glândulas tubulosas ramificadas compostas secretoras de um fluido alcalinizante. A parede do órgão é constituída de tecido muscular liso. Lâmina 9 - Íleo Tecidos a serem identificados na porção correspondente ao íleo: 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples com microvilos 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Tubulosa Simples 4) Células caliciformes 5) Tecido muscular Liso A superfície interna do íleo apresenta vilosidades intestinais. Microscopicamente essa vilosidades são revestidas pelo epitélio de revestimento cilíndrico simples com microvilos (semelhante ao duodeno). Abaixo do epitélio encontram-se glândulas tubulosas simples com numerosas células caliciformes e tecido conjuntivo frouxo. A parede do órgão é constituída de tecido muscular liso. 6 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
7 Lâmina 14 - Reto 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples com microvilos 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Tubulosa Simples com numerosas células caliciformes 4) Tecido Muscular Liso Revestindo a luz encontra-se o epitélio cilíndrico simples com microvilos apoiado no tecido conjuntivo propriamente dito contendo numerosas glândulas tubulosas simples com células caliciformes. Na camada mais externa vê-se o tecido muscular liso. Lâmina 22 Traquéia A lâmina 22 é constituída pelas estruturas correspondente a um corte transversal do pescoço. Deste modo, além da traquéia são identificadas estruturas como o esôfago e a tireóide. A traquéia é de fácil identificação, visto que sua luz é bem maior do que a luz do esôfago. Tecidos a serem observados: 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Pseudo-Estratificado Ciliado 3) Tecido Cartilaginoso: Cartilagem Hialina mostrando pericôndrio, condroblastos, condrócitos e matriz cartilaginosa territorial e inter-territorial. A traquéia é revestida internamente por um Epitélio de Revestimento Cilíndrico Pseudo-Estratificado Ciliado, apresentando também células produtoras de muco, o qual é movimentado devido ao batimento ciliar. Este apóia-se em um Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo Subjacente, abaixo do qual se encontra a Cartilagem Hialina. Lâmina 48 Glândula Salivar Submandibular 1) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Túbulo-Acinosa Composta (células secretoras organizadas em ácinos, que podem ser: serosos, mucosos ou mistos) 2) Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples (presente nos ductos) 3) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo Sobre a Lâmina: É importante saber identificar os ácinos que a compõe, sendo eles: serosos (mais corados, menores, com núcleos esféricos centrais e mais numerosos), mucosos (menos corados, maiores e com núcleos achatados periféricos) e mistos (possuem os dois tipos de células). Os ductos coletores das secreções glandulares são revestidos internamente por tecido epitelial de revestimento cúbico simples (embora esse revestimento possa variar de pavimentoso a cilíndrico). Além disso, pode ser identificado, principalmente próximo aos ductos e entre os lóbulos da glândula, tecido conjuntivo propriamente dito frouxo. 7 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
8 Lâminas 72 e 73 Pele da Polpa Digital (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado Queratinizado de Pele Grossa e Denso Não-Modelado 3) Tecido Conjuntivo Especial Adiposo Unilocular 4) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Túbulo-enovelada (= Túbulo-glomerular) simples é a glândula sudorípara Sobre a Lâmina: Reaparecem estruturas conhecidas da porção de pele delgada da lâmina de lábio, com a diferença de não existir pelos nem glândulas sebáceas na palma da mão. Outra peculiaridade é a classificação do tecido epitelial, que passa a ser de pele grossa, visto a abundância de queratina na camada córnea (é mais espessa que todas as outras camadas da epiderme juntas). Note também que na derme existem estruturas vasculares e nervosas. 8 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
9 Microprojeção 2 Relação de cortes histológicos a serem estudados: Lâmina 21 Aorta Lâmina 27 Rim Lâmina 28 Ureter Lâminas 42 e 43 Hipófise Lâmina 61 Linfonodo Lâmina 71 Tendão Lâmina 79 Cordão Umbilical Lâmina 20 e 21 Aorta (Hematoxilina-Eosina e Método de Weigert) A lâmina 20 foi corada pelo método da Hematoxilina-Eosina e a lâmina 21 foi corada pelo método de Weigert específico para fibras elásticas. 1) Túnica Íntima: Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Simples 2) Túnica Média: Tecido Conjuntivo Especial Elástico e Tecido Muscular Liso 3) Túnica Adventícia: Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo e pode haver Tecido Conjuntivo Especial Adiposo Unilocular A lâmina 21 é mostrada para destacar o Tecido Conjuntivo Especial Elástico, que apresenta tonalidade semelhante a do mel e as fibras aparecem amarronzadas. Lâmina 27 Rim (HE) 1) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado Fibroso (cápsula renal) 2) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Simples (cápsula de Bowmann) 3) Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples (túbulos renais) Cada rim é constituído pela cápsula, pela zona cortical e pela zona medular. A cápsula renal envolve todo o órgão, constituindo-se de Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado Fibroso. O córtex renal compreende a parte mais periférica do rim, na qual são encontrados glomérulos renais e túbulos renais. O glomérulo é uma estrutura circular ao redor da qual está presente o espaço de Bowmann, sendo este envolvido pela cápsula de Bowmann, formada por Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Simples. Entre os vários glomérulos visualizados no corte histológico de rim podem ser observados os túbulos renais, compostos de Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples. A medula renal é a região mais interna do órgão na qual estão presentes apenas os túbulos renais, sendo estes formados por Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples, na maioria dos casos. 9 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
10 Lamina 28 Ureter (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Misto ou de Transição (Urotélio) 3) Tecido Muscular Liso O ureter é o órgão responsável pela condução da urina do rim à bexiga. È revestido internamente por um Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Misto ou Transicional, típico das vias urinárias, cujas células variam de formado dependendo da distensão do órgão. Este se apoia sobre uma lâmina própria de Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo, no qual podem ser observados capilares sanguíneos. Externamente a lâmina própria está presente uma camada de músculo liso, a qual apresenta papel imprescindível na condução da urina devido aos seus movimentos peristálticos. Envolvendo a camada muscular, observa-se ainda a camada adventícia, formada por Tecido Conjuntivo Frouxo. Lamina 42 e 43 Hipófise Tecido a ser identificado: 1) Tecido Conjuntivo Propriamente dito denso modelado fibroso A hipófise é envolvida externamente por uma cápsula fibrosa de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas paralelas. Lâmina 53 Linfonodo (Método Verhoeff) O método de coloração Verhoeff é específico para fibras reticulares. 1) Tecido Conjuntivo Especial Reticular O tecido reticular forma uma rede tridimensional constituída por fibras reticulares que aparecem em cor negra com aspecto de teia ou rede. Lâmina 71 Tendão (HE) 1) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado Tendinoso 2) Tecido Muscular Estriado Esquelético Sobre a Lâmina: Uma forma de diferenciação entre os dois tecidos é a coloração mais intensa e a presença de núcleos achatados e periféricos no tecido muscular esquelético. O tecido conjuntivo denso modelado tendinoso apresenta os feixes colágenos orientados, segundo uma orientação fixa, com pouca coloração e escassez de núcleos celulares. 10 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
11 Lâmina 79 Cordão Umbilical (HE) 1) Tecido Conjuntivo Especial Mucoso (envolvendo os três vasos sanguíneos) 2) Tecido Muscular Liso (localizado na parede dos vasos sanguíneos) São observados três grandes vasos sanguíneos, sendo duas artérias e uma veia, os quais estão envolvidos por Tecido Conjuntivo Especial Mucoso. As artérias e a veia apresentam tecido muscular liso em sua parede. 11 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
12 Microprojeção 3 Relação de cortes histológicos a serem estudados: Lâmina 4 Língua Lâminas 23 Osso Compacto (técnica de descalcificação e tricrômio) Lâmina 62 Orelha (HE) Lâmina 63 Orelha (coloração específica) Lâminas 65 e 66 Coração Lâmina 69 Osteogênese Endocondral Lâminas 70 Osso Compacto (técnica de desgaste) Lâmina 4 Língua (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado não queratinizado 3) Tecido Muscular Estriado Esquelético. 4) Pode conter Tecido Conjuntivo Especial Adiposo Unilocular Sobre a Lâmina: Corte transversal de língua com revestimento de tecido epitelial de revestimento pavimentoso estratificado não queratinizado. Sua face dorsal possui um contorno irregular bastante característico, sendo que as elevações da superfície correspondem às papilas linguais. Internamente, nota-se tecido conjuntivo propriamente dito frouxo em uma camada de tonalidade mais clara e numerosos feixes de tecido muscular estriado esquelético em vários planos de corte. Lâmina 23 e 70 Osso Compacto A lâmina 23 é preparada por descalcificação e coloração por um método de tricômio. A lâmina 70 é preparada por desgaste e não é corada 1) Tecido ósseo secundário mostrando os sistemas de Havers: canais de Havers, lacunas de osteócitos (também chamadas de osteoplastos) com canalículos e lamelas ósseas concêntricas 2) Eventualmente podem aparecer canais de Volkmann 3) Sistemas circunferenciais externo, interno e intermediário Sobre a Lâmina: Essas lâminas contém cortes histológicos das diáfises do osso longo apresentando os aspectos principais do tecido ósseo secundário ou Haversiano. O sistema de Havers é constituído por um cilindro longo, às vezes, bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro, existe um canal que contém vasos e nervos. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann. 12 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
13 Lâminas 62 e 63 Orelha A lâmina 62 é corada pelo HE e a lâmina 63, pelo Verhoeff (corante específico para fibras elásticas). 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado Queratinizado de pele Delgada e Denso Não Modelado 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Alveolar Ramificada Simples (glândula sebácea) + Folículo Piloso 4) Tecido Conjuntivo Especial Cartilaginoso: Cartilagem Elástica mostrando pericôndrio, condroblastos, condrócitos e matriz cartilaginosa com grande quantidade de fibras elásticas 5) Tecido Conjuntivo Especial Adiposo Unilocular A orelha é revestida externamente por pele, constituída por Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado Queratinizado de pele Delgada, o qual se apóia sobre uma lâmina própria de Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo e Denso Não Modelado. Observa-se a presença de unidades pilo sebáceas imersas no tecido conjuntivo, além de Tecido Conjuntivo Especial Adiposo Unilocular. A elasticidade da orelha devese à presença da Cartilagem Elástica, rica em fibras elásticas (bem vistas na lâmina 63). Lâmina 65 e 66 Coração (HE) Tecido a ser identificado: 1) Tecido Muscular Estriado cardíaco Esse tecido apresenta estriações transversais semelhantes as do músculo esquelético, mas, ao contrário das fibras esqueléticas que são longas e multinucleadas, as fibras cardíacas são ramificadas e possuem apenas um ou dois núcleos centralmente localizados. Uma característica exclusiva do músculo cardíaco é a presença dos discos intercalares que conectam suas fibras e apresentam-se como linhas transversais fortemente coráveis. Lâmina 69 Osteogênese Endocondral (HE) 1) Zona de Cartilagem Hialina em Repouso envolvida externamente por pericôndrio. 2) Zona de Cartilagem Seriada (os Condrócitos se multiplicam por mitoses formando, sucessivamente, fileiras seriadas) 3) Zona de Cartilagem Hipertrófica (os Condrócitos, após sucessivas mitoses, se tornam volumosos pelo acúmulo de glicogênio e lipídios no seu citoplasma) 4) Zona de Cartilagem Calcificada (a matriz cartilaginosa se calcifica impedindo a difusão de nutrientes, fato que leva à morte dos condrócitos, deixando as lacunas vazias, separadas por finos tabiques de cartilagem calcificada) 5) Zona de ossificação com espículas ósseas (essa é a zona que se forma o tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteogênicas invadem as cavidades deixadas pela reabsorção de condrócitos mortos. As células osteogênicas dão origem a osteoblastos, que sintetizam tecido ósseo sobre os restos de matriz cartilaginosa calcificada. Externamente observa-se o periósteo. 13 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
14 Microprojeção 4 Relação de cortes histológicos a serem estudados: Lâmina 38 Ovário Lâmina 39 Tuba Uterina Lâmina 40 Útero fase secretora Lâminas 67 Útero fase proliferativa Lâmina 47 Glândula Mamária Lâmina 38 Ovário (Hematoxilina-Eosina) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Simples 2) Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Simples 3) Tecido Epitelial de Revestimento Cúbico Estratificado 4) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo O ovário é a gônada feminina. É revestido externamente por tecido epitelial de revestimento cúbico simples. Abaixo do epitélio, observa-se o córtex do ovário (camada mais externa) onde estão os folículos ovarianos em vários estágios de maturação. Os folículos ovarianos compreendem ovócitos envolvidos por uma ou mais camadas de células epiteliais. Estágios de maturação dos folículos: folículo primordial (apresenta o ovócito envolvido por uma camada de tecido epitelial de revestimento pavimentoso simples); folículo primário unilaminar (possui o ovócito envolvido por uma camada de tecido epitelial de revestimento cúbico simples); folículo primário multilaminar (o ovócito é envolvido duas ou mais camadas de tecido epitelial de revestimento cúbico); folículo maduro (O ovócito é envolvido por várias camadas de tecido epitelial de revestimento cúbico e observa-se uma ampla cavidade o antro folicular. A região mais interna do ovário é a região medular e contém tecido conjuntivo propriamente dito frouxo, além de vários vasos sanguíneos revestido por endotélio (tecido epitelial de revestimento pavimentoso simples. Lâmina 39 Tuba Uterina (Hematoxilina-Eosina) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples Ciliado 2) Tecido Epitelial de Revestimento Pseudo-Estratificado Cilíndrico Ciliado 3) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo 4) Tecido Muscular Liso O corte de tuba uterina mostra em sua região mais interna dobras ou pregas, que são numerosas e apresentam aspecto labiríntico. O tecido que reveste essa mucosa pode ser tecido epitelial de revestimento cilíndrico simples ciliado ou pseudoestratificado ciliado, sendo que o limite entre estes não é diferenciado com precisão. Observa-se também a lâmina própria desse epitélio, formada por tecido conjuntivo propriamente dito frouxo e a camada de tecido muscular liso externa que forma a parede desse órgão. 14 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
15 Lâmina 67 Útero: fase proliferativa (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples (em contato com a luz do órgão) 2) Tecido Epitelial Glandular: Glândulas Tubulosas Simples (predominantes) 3) Tecido Muscular Liso Lâmina 40 Útero: fase secretora (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples (em contato com a luz do órgão) 2) Tecido Epitelial Glandular: Glândulas Tubulosas Ramificadas Simples (predominantes) 3) Tecido Muscular Liso Sobre as lâminas 67 e 40: O útero é revestido por uma mucosa, o endométrio, constituído de tecido epitelial cilíndrico simples apoiado em tecido conjuntivo muito vascularizado e rico em glândulas tubulosas que se modificam de acordo com a fase do ciclo ovulatório feminino, por influências hormonais (*). A camada muscular, o miométrio, é formada por tecido muscular liso com fibras dispostas em várias direções, e constitui uma parede bem espessa. (*): Na lâmina 67, fase proliferativa, as glândulas tubulosas simples possuem aspecto regular, com contorno arredondado ou oblíquo dependendo do plano de corte), com luz pequena, sem secreção. (*): Na lâmina 40, fase secretora, observa-se glândulas tubulosas ramificadas simples, que apresentam aspecto irregular, com contorno tortuoso e luz com presença de secreção. Entre as glândulas também há maior número de vasos sanguíneos nesta fase. Lâmina 47 Glândula Mamária (Método Tricrômio de Gomory) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Pavimentoso Estratificado Queratinizado de Pele Delgada e Denso Não-Modelado 3) Tecido Epitelial Glandular: Glândula Túbulo-Alveolar Composta O revestimento externo da mama é constituído de pele delgada com todos os seus componentes já estudados. Observa-se o mamilo com os ductos galactóforos. O tecido conjuntivo propriamente dito se destaca pelo método de coloração, que cora as fibras colágenas em tonalidade verde-azulada. Mergulhados no tecido conjuntivo da mama, a Glândula Mamária é seu principal constituinte e se classifica histologicamente como uma Glândula Túbulo-Alveolar Composta, mostrando em sua estrutura os diversos alvéolos que a compõem. Os alvéolos encontram-se cheios de secreção em sua maioria (conteúdo corado em tom vermelho-vinho), mas alguns alvéolos apresentam-se vazios. 15 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
16 Microprojeção 5 Relação de cortes histológicos a serem estudados: Lâmina 30 Testículo Lâmina 33 Epidídimo Lâmina 34 Canal Deferente Lâminas 36 Próstata Lâminas 30 e 31 Testículos (Hematoxilina-Eosina) 1) Túbulos Seminíferos - células da linhagem espermatogênica 3) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado Fibroso Os testículos são envolvidos externamente por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado fibroso, chamada túnica albugínea que emite septos para o interior dessas gônadas. Os espermatozóides são produzidos nos testículos, em estruturas circulares observadas nas lâminas, os túbulos seminíferos. Podem ser observados flagelos de espermatozóides que projetam-se na luz do túbulo. Entre os túbulos seminíferos há o interstício testicular, formado por tecido conjuntivo propriamente dito frouxo. Lâmina 33 Epidídimo (HE) 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Pseudoestratificado com Estereocílios 2) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Simples com Estereocílios 3) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo O epidídimo é um tubo único altamente enovelado responsável pelo armazenamento e transporte dos espermatozóides. Queremos destacar nessa lâmina o epitélio de revestimento do epidídimo que pode ser cilíndrico pseudoestratificado ou simples (podem se alternar), ambos com estereocílios. No espaço entre os cortes tubulares do epidídimo está o tecido conjuntivo propriamente dito frouxo. Pode-se observar também a presença de espermatozóides na luz dos túbulos. Dependendo do corte pode ser visto o tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado fibroso separando o testículo do epidídimo. Lâmina 34 Canal Deferente 1) Tecido Epitelial de Revestimento Cilíndrico Pseudoestratificado com Estereocílios 3) Tecido Muscular Liso 16 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
17 O canal deferente é o ducto que se segue ao epidídimo e se destaca por sua camada de tecido muscular liso muito espessa, responsável pelas contrações musculares que expulsam o sêmen durante a ejaculação. A mucosa é pregueada e revestida pelo epitélio de revestimento cilíndrico pseudoestratificado com estereocílios apoiado em fina camada de tecido conjuntivo frouxo. Lâmina 36 Próstata (HE) 1) Tecido Epitelial Glandular: Glândulas Túbulo-Alveolares Compostas 2) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso Modelado Fibroso (cápsula fibro-elástica) A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável pela secreção de importantes componentes do sêmen, os quais irão auxiliar na motilidade e vitalidade dos espermatozóides. A próstata se classifica como glândula túbulo-alveolar composta. É importante observar também a cápsula fibroelástica que envolve a próstata, constituída de tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado fibroso, rica em músculo liso. Essa cápsula envia septos que penetram na glândula e a divide em lóbulos. 17 Professor Lúcio Henrique de Oliveira
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