Artigo técnico. 32 Resenha BM&F nº 146

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1 32 Resenha BM&F nº 146 Instrumentos derivativos e contabilidade do risco: a imperiosa busca pelo subjetivismo responsável Júlio Sérgio de Souza Cardozo Jorge Vieira da Costa Junior Em 1986, o Financial Accounting Standards Board (FASB) agendou um projeto de grande relevância para o mercado de capitais norte-americano, que desencadeou uma série de pronunciamentos emitidos pela entidade voltados para os instrumentos financeiros. Até então, para tratar de questões do tipo contabilidade de hedging, por exemplo, carecia-se de uma diretriz contábil uniforme e impositiva. Com o advento do SFAS 133, emitido no ano de 1998, estas e outras questões foram solucionadas. O propósito deste artigo é o de fazer um estudo dos principais dispositivos do SFAS 133, considerando necessariamente a definição de um instrumento derivativo, o tratamento contábil para transações de hedging e os aspectos relativos ao disclosure. 1. Introdução Em recentes manifestações de reguladores contábeis acerca dos instrumentos financeiros, há muito esperadas pela comunidade integrante do mercado de capitais, observou-se um fato histórico para a contabilidade: a quebra de alguns de seus paradigmas, até então inquestionáveis. As propostas apresentadas pelo FASB 1, por intermédio do Statement on Financial Accounting Standards SFAS 133 (voltado para os instrumentos financeiros derivativos), tornaram latente o seguinte desafio para os profissionais envolvidos com a contabilidade desses instrumentos: a imperiosa busca pelo subjetivismo responsável. 1 Financial Accounting Standards Board, entidade privada, criada em 1973 e responsável pela normatização contábil norte-americana, por delegação governamental da Securities and Exchange Commission (órgão regulador do mercado de capitais).

2 Resenha BM&F nº "(...) temos de ter capacidade de exercer um subjetivismo responsável, aprendermos a lidar com valores. (...) temos de exercer um subjetivismo responsável e não nos acomodar, apenas, numa falsa noção de objetividade". 2 Essas propostas causaram turbulência no sistema norte-americano de normatização contábil (calcado na auto-regulação), tendo em vista as pressões de grupos econômicos norte-americanos contrários a sua adoção, a considerar principalmente as advindas do segmento bancário. Por seus avançados princípios, até mesmo para um ambiente que é reputado como um dos mais desenvolvidos no mundo em matéria contábil, o prazo para aplicação da regra foi prorrogado, estando atualmente previsto para A proposta deste artigo é a de discorrer sobre as principais características da norma contábil norte-americana, emitida pelo FASB, voltada para os instrumentos financeiros derivativos e consubstanciada no SFAS 133. Espera-se que este trabalho desperte interesse de companhias abertas brasileiras participantes de programas de American Depositary Receipts. 2. Statement on Financial Accounting Standards SFAS 133 Conforme ressaltado, o SFAS 133 foi um dos pronunciamentos mais controversos que o FASB emitiu em toda a sua história e continua, inclusive, a ser alvo de críticas de entidades representativas norte-americanas. A estrutura de regulação contábil dos Estados Unidos, baseada na delegação de competência do Estado à iniciativa privada (auto-regulação), correu o risco de ser abalada. A pressão da comunidade bancária, em especial, foi forte e explícita. O debate caloroso entre o FASB e a comunidade bancária vai além de uma simples regra contábil sobre derivativos. Está em jogo todo o processo de regulação contábil norte-americano, delegado à iniciativa privada. O presidente do Citibank, John Reed, escreveu ao The Wall Street Journal dizendo que seu desejo era o de que a USSEC tomasse a frente do processo de regulação contábil, tirando de cena o FASB, visto que este, uma organização competente e bem provida de recursos, que dedica tempo integral e exclusivo para promover mudanças em algo, produz mais mudanças do que medidas que tenham sentido. 3 Uma evidência do risco que o FASB correu com a emissão do SFAS 133 foi o projeto de lei que chegou a tramitar no Congresso norte-americano, de autoria do senador Faircloth, republicano da Carolina do Norte, presidente do subcomitê do Senado para instituições financeiras e matérias de regulação. Nós aplaudimos a ação do senador Faircloth que assegura que as regras propostas pelo FASB não serão impostas a uma desnecessária sobrecarga dos bancos, dos negócios e da economia dos EUA, declarou o porta-voz do International Swaps and Dertivatives Association (ISDA). 4 Passados todos os percalços, seis anos de trabalho, mais de 100 reuniões conduzidas pelo FASB, duas audiências públicas para comentários e críticas, e duas audiências no Congresso norte-americano, o pronunciamento impôs 2 Iudícibus, Sérgio, FASB on Trial, ISDA Acclaims Bill Introduced By Sen. Faircloth to Limit Application of FASB Derivative Rules, 2000.

3 34 Resenha BM&F nº 146 finalmente o registro contábil de todos os instrumentos financeiros derivativos (off e on-balance-sheet risk), a fair value. 5 Paralelamente à emissão do SFAS 133, em 1998, foi criado o Derivatives Implementation Group (DIG), ao qual coube a tarefa de identificar problemas práticos oriundos da adoção da norma e simultaneamente assessorar o FASB em sua solução. (...) o Derivatives Implementation Group (DIG) é presidido por James Leisenring, ex-vice-presidente do FASB, e composto por mais 11 membros. O DIG não tem autoridade para votar; serve tão-somente como um conselheiro do board do FASB em questões de implementação e na recomendação de soluções. 6 Em princípio, o SFAS 133 Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities, de junho de 1998, tinha sua vigência prevista para todas as demonstrações contábeis, inclusive trimestrais (denominadas 10Q s nos Estados Unidos), elaboradas nos exercícios sociais iniciados após 15 de junho de Dada a dificuldade de se colocar em prática o pronunciamento em tempo tão exíguo (as empresas já estavam envolvidas com projetos de adaptação de seus sistemas de informação ao bug do milênio), bem como em função da pressão exercida por diversos grupos, a vigência foi prorrogada, com a emissão do SFAS 137 Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities Deferral of the Effective Date of FASB Statement 133, de junho de 1999, para todas as demonstrações contábeis, inclusive trimestrais, elaboradas nos exercícios sociais iniciados após 15 de junho de Contudo, o SFAS 137 não foi suficiente. Novas questões associadas à implementação da norma emergiram, derivadas em parte de algumas de suas incompatibilidades com abordagens correntes comuns de hedge, fato que era objeto de preocupação dos membros do FASB. Nesse particular, em expediente da American Bankers Association (ABA), encaminhado ao FASB, algumas considerações são tecidas com relação ao tratamento contábil das operações de hedge com taxas de juro livre de risco. A ABA acredita que a proibição da designação da taxa de juro livre de risco como um risco a ser hedgeado é inconsistente com as exigências de qualificação fundamentais do SFAS 133 para o hedging accounting. A proibição pode fazer com que um hedge eficaz da taxa de juro livre de risco fracasse no teste de eficácia do SFAS 133 para o hedging accounting. 7 Foi nesse sentido que, em junho de 2000, foi emitido o SFAS 138 Accounting for Certain Derivative Instruments and Certain Hedging Activities, com vigência prevista para todas as demonstrações contábeis, inclusive trimestrais, elaboradas nos exercícios sociais iniciados após 15 de junho de Termo técnico atribuído ao valor justo de um ativo ou passivo, ainda que teórico (modelos de precificação, por exemplo). É o montante por meio do qual um instrumento financeiro pode ser negociado em uma transação corrente entre partes interessadas, que não seja proveniente de uma venda forçada ou derivada de processos de liquidação. Se o preço de mercado cotado para um instrumento estiver disponível, o fair value a ser divulgado para esse instrumento será o resultado do produto do número de unidades negociadas do instrumento por seu preço de mercado. 6 Special Task Force Addresses Implementation Issues, American Bankers Association (ABA). Letter to the Board of Fasb. Washington, 8/2/1999.

4 Resenha BM&F nº Com o SFAS 133, as concepções até então existentes para hedge accounting foram incorporadas a sua filosofia, que tem como sustentação os seguintes princípios fundamentais: os instrumentos derivativos representam direitos ou obrigações que se enquadram na definição de ativos e passivos, devendo ser reportados nas demonstrações contábeis; fair value é o método mais relevante para se mensurarem instrumentos financeiros e o único relevante para instrumentos derivativos. Instrumentos derivativos devem ser mensurados por seu fair value, e ajustes procedidos nos valores contábeis (carrying amount) dos itens hedgeados devem refletir mudanças nos fair values destes (ganhos ou perdas), as quais são atribuídas ao risco objeto da operação de hedge, enquanto o hedge for classificado como eficaz; somente itens que sejam ativos e passivos devem ser reportados como tais nas demonstrações contábeis; a contabilidade especial para itens designados como sendo hedgeados só deve ser permitida para aqueles previamente qualificados. Um aspecto da qualificação envolve o monitoramento constante da expectativa de compensação eficaz das mudanças (expectation of effective offsetting changes) de fair values ou fluxos de caixa durante a vigência do hedge, para o risco hedgeado. Ao se efetuar a leitura do escopo do SFAS 133, percebe-se o quão complexo e amplo é o normativo. Geralmente, o escopo de uma norma é algo objetivo e direto. Com o SFAS 133 não é assim. É requerida uma leitura acurada e cuidadosa. A começar pela definição de instrumento derivativo, tem-se que derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato que tenha todas as três características seguintes: tem um ou mais elementos subjacentes (underlyings) e um ou mais montantes nocionais (notional amounts) ou provisões de pagamento (payment provisions) ou ambos. Referidos termos determinam o montante de liquidação ou liquidações e, em alguns casos, se a liquidação é ou não requerida; não requer investimento inicial líquido (initial net investment) ou requer um investimento que seria menor do que o exigido para outros tipos de contratos, para os quais seriam esperadas respostas similares a mudanças em fatores de mercado; requer ou permite liquidação em bases líquidas (net settlement), pode ser prontamente liquidado em bases líquidas por um meio fora do contrato ou provê a entrega de um ativo que coloque o beneficiário em uma posição não tão diferente (not substantially different) de uma liquidação em bases líquidas. Da leitura da definição, observa-se uma variedade de termos técnicos utilizados pelo FASB para definir um instrumento derivativo (underlying, notional amount, net settlement etc.). Denota a provável dificuldade encontrada pelos membros do FASB para construção de uma definição de forte rigor teórico, que não caduque em pouco tempo. Por underlying define-se uma taxa de juro específica, um preço de um título ou valor mobiliário específico, um preço de uma commodity específica, uma taxa de câmbio específica, um índice de preços ou de taxas específico, ou outra variável qualquer. Um underlying pode ser um preço ou percentual de um ativo ou passivo, mas não é considerado o ativo ou o passivo propriamente. Já o notional amount representa o número de unidades de uma moeda, número de ações, bushels 8, libras ou outra unidade especificada no contrato. A 8 Unidade anglo-saxã de medida para cereais, que equivale a 35,238 litros, nos Estados Unidos, e a 36,367 litros, na Inglaterra.

5 36 Resenha BM&F nº 146 interação do notional amount com o underlying resulta na liquidação do derivativo. A interação pode envolver uma simples multiplicação ou uma fórmula com fatores de alavancagem ou outras constantes (como no caso Bankers Trust x Procter & Gamble). Na ausência de notional amount, a liquidação do derivativo tem por base provisões de pagamento (payment provisions) a serem feitas em função de um comportamento específico do underlying. Quanto ao initial net investment, os derivativos, em geral, não requerem investimento inicial líquido, quando da adesão ao contrato. A exceção, segundo o SFAS 133, fica por conta de prêmios pagos em contratos de opções e contratos com dispositivos mais ou menos favoráveis que as condições de mercado (por exemplo, o prêmio em um contrato de compra a termo, cujo preço pactuado é inferior ao preço a termo corrente). Há casos em que o derivativo requer em seu início a troca mútua de ativos entre as partes envolvidas, situação em que o initial net investment será obtido mediante a diferença de fair value dos ativos permutados. Contudo, para um derivativo, o initial net investment jamais será igual ao notional amount do contrato (ou igual a este mais um prêmio ou menos um desconto). Com relação ao net settlement, o pronunciamento enumera condições concorrentes que devem ser observadas para sua ocorrência. São elas: nenhuma das partes é compelida a entregar um ativo que esteja associado com o underlying ou que tenha um principal, valor de face, número de ações ou qualquer característica que seja igual ao notional amount (ou o notional amount mais um prêmio ou menos um desconto); ou, uma das partes é requerida a entregar um ativo nos moldes do primeiro item, mas existe um mecanismo de mercado que facilita o net settlement; ou, uma das partes é requerida a entregar um ativo nos moldes do primeiro item, mas o ativo é de alta liquidez (readily convertible to cash) ou é um derivativo (um swaption, por exemplo, é um derivativo que requer de uma das partes a entrega de outro derivativo). Ainda quanto à leitura da definição, constata-se que, de acordo com o SFAS 133, um derivativo pode ser um instrumento financeiro ou não. Ao que parece, a assertiva instrumento derivativo é espécie do gênero instrumento financeiro, à luz do pronunciamento, estaria equivocada. Atente-se para o que entende o Derivatives Implementation Group (DIG), em manifestação em face de penalidades aplicadas em caso de inobservância de cláusulas contratuais (nonperformance). Um pedido de compra (purchase order) de uma mercadoria qualquer, por exemplo, que esteja inserida no ciclo operacional da entidade (a entidade compra periodicamente a mercadoria, beneficia-a e a vende em um momento subseqüente), que preveja uma multa contratual em caso de nonperformance do vendedor, variável em função da mudança de preços dessa mercadoria, pode ser tratado como um derivativo, posto que referida penalidade é considerada net settlement. Penalidades fixas que sejam significativas o suficiente para tornar o risco de nonperformance remoto (a parte é praticamente impelida a cumprir o contrato) não são consideradas net settlement. 9 Há de ressaltar que, apesar de o SFAS 133 ter uma abrangência ampla (contempla, inclusive, instrumentos não-financeiros, como no exemplo dado acima), há exceções à norma. São itens que não estão sujeitos a seu alcance: 9 Financial Accounting Standards Board. Statement on Financial Accounting Standard 133. Derivatives Implementation Group Issues. Definition of a Derivative: Penalties for Nonperformance that constitute net settlement. DIG issue A5. Connecticut, CD-ROM.

6 Resenha BM&F nº títulos e valores mobiliários negociados em base regular (regular-way security trades), assim entendidos como aqueles inseridos em uma transação que se enquadre nos prazos normais de liquidação em bolsa (D+1 a D+2 liquidação física e D+3 liquidação financeira, no Brasil, por exemplo) e que, embora tecnicamente seja considerada um operação do tipo contrato a termo (sujeito a net settlement), não está sujeita à norma. No parágrafo 274, do SFAS 133, é apresentada a justificativa para tal fato. Para essas operações, há inconsistências no tratamento contábil dispensado: umas são reconhecidas na data da negociação (trade date accounting); outras, na data de liquidação (settlement date accounting). Não foi propósito do pronunciamento entrar nesse mérito, dirimindo o conflito; compras e vendas normais (normal purchases and normal sales), assim entendidas como derivantes de contratos que tenham por objeto a compra ou venda de um ativo, que não seja um instrumento financeiro ou derivativo, a ser entregue em quantidades usualmente requeridas no curso normal do negócio da entidade, para venda ou uso. Contratos que contenham seu preço como função de um underlying que não tenha relação clara e direta com o ativo adquirido ou vendido não se enquadram na definição de compras e vendas normais. Mesmo aqueles contratos que tenham dispositivos que permitam net settlement podem vir a enquadrar-se como compras e vendas normais, desde que seja provável no início e durante toda a vigência do contrato que sua liquidação resultará em entrega física. A documentação de todo o processo é fortemente requerida; certos contratos de seguro, mais precisamente aqueles dentro do escopo do SFAS 60 Accounting and Reporting by Insurance Enterprises; SFAS 97 Accounting and Reporting by Insurance Enterprises for Certain Long-Lived Duration Contracts and for Realized Gains and Losses from Sale of Investments; SFAS 113 Accounting and Reporting for Reinsurance of Short-Duration and Long-Duration Contractcs. Em geral, contratos que garantam a seu detentor uma compensação somente nos casos em que, como resultado de um evento passível de seguro e identificável, o detentor incorra em uma exigibilidade ou ocorra uma mudança adversa no valor de um ativo específico ou passivo específico para os quais o detentor está exposto a um risco. Porém, para aqueles contratos que tenham algum dispositivo com característica de derivativo (derivative portion), como os indexed annuity contracts, variable life insurance contracts e property and casualty contracts, que combinem coberturas tradicionais com opções em moeda estrangeira, deve ser observado o tratamento contábil dispensado aos embedded derivatives (a serem tratados mais adiante); certos contratos com garantia financeira, assim entendidos como aqueles que garantem a seu titular (guaranteed party) reembolso da contraparte no contrato, em caso de default de um terceiro em uma obrigação com o titular (tipo de derivativo de crédito). A filosofia desses contratos é bastante similar à dos contratos de seguro: visam a cobrir perdas advindas de eventos identificáveis e passíveis de serem segurados. Esse reembolso, segundo manifestação do DIG 10, deve ser limitado à perda incorrida, para que o contrato seja excluído do escopo do SFAS 133; certos contratos que não são negociados em ambiente de bolsa, assim entendidos como aqueles em que o underlying é uma variável climática, geológica ou qualquer outra de natureza física; o preço ou valor 10 Financial Accounting Standards Board. Op. cit. DIG issue C7.

7 38 Resenha BM&F nº 146 de um ativo não-financeiro, de baixa liquidez (not readily convertible to cash), de uma das partes do contrato 11 ou um passivo não-financeiro de uma das partes do contrato, que não requeira liquidação mediante entrega de ativos de alta liquidez (readily convertible to cash); o volume específico de vendas ou de receita com prestação de serviços de uma das partes do contrato (royalty agreements, por exemplo); derivativos que representam um impedimento ao sales accounting method, estejam eles explicitamente identificados (freestanding) ou embutidos em outros contratos (embbeded derivatives). Opções de compra embutidas em ativos financeiros transferidos (repurchase agreements) e cláusulas de garantia concedida pelo arrendador sobre o valor residual do ativo arrendado (leasing operacional) são exemplos apresentados pelo pronunciamento; contratos emitidos ou mantidos em carteira pela entidade divulgadora da informação (reporting entity), que sejam concomitantemente indexados a suas próprias ações e classificados no patrimônio líquido; contratos emitidos pela entidade que estejam associados com planos de compensação de ações a empregados, contratos (stockbased compensation arrangements) que estão sujeitos às disposições do SFAS 123 ou APB 25; contratos emitidos pela entidade para fins contingenciais (contingent consideration) em um processo de combinação de negócios (business combination), situação que é tratada pelo APB Opinion 16, sendo aplicada tão-somente à entidade que esteja refletindo os efeitos da combinação de negócios por meio do Purchase Method Accounting. Como já ressaltado, de fato, o pronunciamento é bastante árido. Somente a leitura de seu escopo permite chegar a essa conclusão, posto que requer concomitantemente a consulta a outros pronunciamentos do FASB, manifestações do DIG, livros sobre o tema enfim, a toda e qualquer fonte de informação confiável. Um aspecto interessante, que deve ser objeto de observação, diz respeito à assimetria contábil que pode advir do mesmo contrato. O mesmo contrato, dadas as disposições do pronunciamento tratadas anteriormente, pode ser contabilizado como um derivativo em uma entidade (fair value contra resultado) e um não-derivativo em outra entidade (contraparte na operação). Surge a seguinte questão: seria um ponto de inconsistência do SFAS 133? Avançando no estudo da norma, eis que surgem os derivativos embutidos (embbeded derivatives). A criatividade e a genialidade de operadores de mercado, que no uso de sofisticadas técnicas de engenharia financeira criam do dia para noite novos instrumentos, representavam uma preocupação constante para os membros do FASB quando da elaboração da norma. O risco de o SFAS 133 tornar-se ultrapassado era grande, já que operadores poderiam lançar mão de subterfúgios operacionais para escapar da norma. Imagine-se uma apólice de seguro de um parque industrial que concedesse a seu detentor (segurado) direito à importância segurada em caso de sinistro 11 De acordo com o parágrafo 58 (c) 2 do SFAS 133, a exceção se aplica somente àqueles ativos não-financeiros que sejam únicos e que sejam possuídos por uma das partes que não seriam beneficiadas pelo contrato, no caso de incremento no preço ou valor do ativo não-financeiro. Um exemplo para referida situação, apresentado no livro A Guide To Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities - PWC, p. 17, seria o de uma opção de compra de um imóvel ou maquinário, possuído por uma das partes, em um contrato de leasing.

8 Resenha BM&F nº (um incêndio, por exemplo) e, adicionalmente, a opção de adquirir contratos de Ibovespa, sob determinadas condições de mercado. Sem as disposições do embbeded derivatives no SFAS 133, esse contrato simplesmente fugiria aos ditames da norma. Ocorre que, de acordo com o SFAS 133, esse tipo de contrato tem de ser bifurcado entre parte derivativa e parte não-derivativa, recebendo cada qual o tratamento contábil adequado (split accounting). À luz do pronunciamento, o derivativo embutido (embbeded derivative) deve ser separado do contrato principal (host contract) se, e somente se, todas as condições seguintes forem atendidas: as características econômicas e os riscos do embbeded derivative não forem clara e intimamente relacionados com as características econômicas e com os riscos do host contract; o contrato (denominado também instrumento híbrido), que trouxer em seu bojo o embbeded derivative e o host contract, não for periodicamente avaliado a fair value, por imposição de outro USGAAP 12, com mudanças no fair value carreadas a resultado; e um instrumento individual com os mesmos dispositivos contratuais do embbeded derivative for considerado um instrumento derivativo, sujeito ao SFAS 133 (o investimento inicial líquido realizado no instrumento híbrido não deve ser considerado o initial net investment do embbeded derivative). Aqueles embbeded derivatives cujos underlyings sejam taxas de juro específicas ou índices de taxa de juro, que venham a alterar fluxos de pagamentos de um host contract oneroso (interest-bearing), são considerados como tendo características econômicas e riscos clara e intimamente relacionados com os do host contract, a menos que ocorra uma das seguintes situações: o instrumento híbrido possa contratualmente ser liquidado de forma tal que o investidor (holder) não consiga recuperar substancialmente todo o investimento realizado; ou embbeded derivative possa, no mínimo, dobrar a taxa de retorno inicial do investimento no host contract e também resultar em uma taxa de retorno que seja, no mínimo, duas vezes a taxa de mercado para um contrato com dispositivos similares ao do host contract, com risco de crédito similar. Percebe-se que os embbeded derivatives (de taxa de juro) com características econômicas e riscos clara e intimamente relacionados com os do host contract devem ser bifurcados, quando da existência de elementos que venham a alavancar os contratos. Há mais uma diretriz para os embbeded derivatives (de taxa de juro especificamente): efeito alavancagem do contrato (aliás, já abordada quando da explicação da interação valor nocional x underlying). Analisando-se os IO s e PO s 13, através do prisma dos embbeded derivatives, embora sejam originários da bifurcação de outro instrumento financeiro, seu enquadramento nas regras do SFAS 133, voltadas aos 12 United States General Accepted Accounting Principles (Princípios contábeis norteamericanos de aceitação geral). 13 Contratos criados originalmente em transações com notas do tesouro norte-americano, em que a alguns titulares é conferido fluxo de caixa derivado tão-somente de juros (interest only) e a outros, o fluxo de caixa derivado do principal (principal only). Surgem também de processos de securitização, na modalidade morgage-backed securities, em que o ativo securitizado é transformado em pools de IO s e de PO s. Esses contratos podem conter cláusulas que venham a alavancar IO s ou PO s (derivativos embutidos).

9 40 Resenha BM&F nº 146 embbeded derivatives, está sujeito a algumas condições. Não seguem as regras do SFAS 133 aqueles IO s e PO s que: sejam resultado da segregação de fluxos de caixa de um instrumento financeiro, que em sua origem não continha um embbeded derivative que, em linha com o SFAS 133, seria bifurcado para fins contábeis; e não incorporem termos não previstos no instrumento financeiro original. Recorrendo à manifestação do DIG sobre o tema 14, obtém-se a orientação adequada com relação aos IO s e PO s, em exemplo apresentado, qual seja: Um IO strip contém uma cláusula contingente especificando que, em caso de declínio da taxa de juros norte-americana em 200 pontos-base, 10% dos fluxos de caixa futuros de principal do instrumento financeiro que deu origem aos IO s e PO s serão atribuídos aos titulares de IO s, com a conseqüente dedução de pagamentos que seriam devidos aos titulares de PO s. Conforme entendimento do DIG, em decorrência de ambos IO s e PO s conterem uma cláusula contingente não existente no instrumento financeiro original, o SFAS 133 deve ser observado. Nesse sentido, deve-se verificar se os IO s e PO s são considerados um derivativo ou se possuem um embbeded derivative. Em se tratando dos embbeded derivatives em moeda estrangeira, estes não devem ser separados do host contract e não devem ser considerados um derivativo se o host contract não for um instrumento financeiro e requerer pagamentos: em moeda do ambiente econômico primário no qual uma das partes relevantes do contrato (substantial party) opere; ou em moeda cujo preço do ativo ou serviço negociado seja normalmente cotado no mercado internacional (routinely denominated in international commerce). Para os membros do FASB, transações que se enquadrem nessa situação são passíveis do tratamento previsto no SFAS 52 Foreign Currency Translation. Vistos os aspectos relacionados aos embbeded derivatives, a pergunta que se faz é a seguinte: Como mensurar o host contract e o embbeded derivative? Como alocar entre estes o valor do instrumento híbrido que os originou (carrying value)? Balizando-se mais uma vez em manifestações do DIG 15, são apresentados três métodos de mensuração, a saber (o DIG recomenda o segundo método): relative fair value method: é feita a estimativa do fair value do host contract e do embbeded derivative, para fins de alocação proporcional, entre estes, do valor do instrumento híbrido que os originou. Nesse caso, pode ser que a soma de fair values do host contract e do embbeded derivative seja superior ou inferior à base inicial do instrumento híbrido, o que ensejará o reconhecimento, de imediato, de um ganho ou uma perda; with and without method based on the embbeded: é feita a estimativa do fair value do embbeded derivative, sendo o fair value do host contract obtido pela diferença do valor do instrumento híbrido. Pode gerar ganhos ou perdas imediatas, no caso de o host contract estar sujeito a um USGAAP que lhe imponha avaliação a fair value; with and without method based on the host: é feita a estimativa do fair value do host contract, sendo o fair value do embbeded derivative obtido pela diferença do valor do instrumento híbrido. Pode gerar ganhos ou perdas imediatas, posto que os embbeded derivatives, de acordo com o SFAS 133, devem ser avaliados a fair value. 14 Financial Accounting Standards Board. Op. cit. DIG issue C4. 15 Financial Accounting Standards Board. Op. cit. DIG issue B6.

10 Resenha BM&F nº Entretanto, pode haver situações em que uma entidade não consiga identificar e mensurar com confiabilidade um embbeded derivative. Nessa situação, o instrumento híbrido por completo deve ser mensurado a fair value, sendo vedado terminantemente a adoção do hedging accounting (a ser tratado adiante). A título de ilustração, é reproduzida, a seguir, uma figura 16 que facilita em muito a decisão a ser tomada com relação à bifurcação ou não de um instrumento híbrido. Bifurcação ou não de um instrumento híbrido Tratando-se da questão da mensuração dos instrumentos derivativos, contata-se que, de acordo com o SFAS 133, essa fase deve ser precedida por outra, de suma importância. A entidade deve definir clara e objetivamente as estratégias que pretende adotar para os derivativos (tencionará utilizá-los com o propósito de hedge ou de trading?), sendo tudo muito bem documentado e monitorado continuamente. Sem documentação, não há hedging accounting. Dessa forma, todos os instrumentos derivativos serão contabilizados como ativos ou passivos, dependendo dos direitos ou obrigações que surjam, a fair value, segundo diretrizes fixadas pela classificação que venham a receber, a critério da entidade, sendo tudo documentado no início da operação. 16 PRICEWATERHOUSECOOPERS, 1998.

11 42 Resenha BM&F nº 146 Um instrumento derivativo pode ser enquadrado como: a) no designation hedge (operações de trading) ganhos e perdas com o instrumento derivativo serão reconhecidos no resultado corrente; b) fair value hedge o ganho ou a perda com o instrumento derivativo, designado e qualificado como hedge de fair value de um ativo, passivo, compromisso firme não-reconhecido (firm commitment) ou de um portfólio de itens similares (ativos ou passivos), será reconhecida no resultado corrente, juntamente com a perda ou o ganho do item hedgeado, para fins de compensação (offsetting loss or gain). Eventuais diferenças ocorridas denunciarão a ineficácia do hedge; c) cash flow hedge a porção eficaz do ganho ou da perda no instrumento derivativo, designado e qualificado como hedge de um fluxo de caixa futuro, advindo de um ativo ou passivo reconhecidos, ou de uma provável transação esperada (forecasted transaction), será diferida e contabilizada no patrimônio líquido, em rubrica denominada other comprehensive income (OCI), sendo reconhecida em resultado no período ou nos períodos em que o item hedgeado vier a afetar o resultado. O ganho ou a perda remanescente no instrumento derivativo, se houver, deverá ser reconhecida no resultado corrente; d) foreign currency hedge o ganho ou a perda no instrumento derivativo ou no instrumento não-derivativo de moeda estrangeira, designado e qualificado como hedge de um compromisso firme não-reconhecido (firm commitment), de um título ou valor mobiliário disponível para venda (available-for-sale security), de uma provável transação esperada (forecasted transaction) ou de um investimento líquido em uma operação estrangeira (net investment in a foreign operation), deverá ser contabilizada da seguinte forma: o ganho ou a perda de um derivativo ou não-derivativo utilizado para hedge de um firm commitment em moeda estrangeira será reconhecida em resultado, juntamente com a perda ou o ganho do firm commitment (foreign currency fair value hedge); o ganho ou a perda de um derivativo utilizado para hedge de um título ou valor mobiliário disponível para venda (available-for-sale security) em moeda estrangeira será reconhecida em resultado, juntamente com a perda ou o ganho do available-for-sale security (foreign currency fair value hedge); a porção eficaz do ganho ou da perda no instrumento derivativo utilizado para hedge de uma provável transação esperada (forecasted transaction), denominada em moeda estrangeira, deverá ser contabilizada no patrimônio líquido, em rubrica denominada other comprehensive income (OCI), sendo reconhecida em resultado no período ou nos períodos em que a forecasted transaction vier a afetar o resultado. O ganho ou a perda remanescente no instrumento derivativo, se houver, deverá ser reconhecida no resultado corrente (foreign currency cash flow hedge); o ganho ou a perda de um derivativo ou não-derivativo utilizado para hedge de um investimento líquido em uma operação estrangeira (net investment in a foreign operation) deverá ser contabilizada no patrimônio líquido, em rubrica denominada other comprehensive income (OCI), como parte dos ajustes acumulados de tradução, na extensão da eficácia do hedge. Constata-se que o FASB, para algumas transações de hedge, admitiu a utilização de um instrumento não-derivativo, caso de hedges de firm commitments em moeda estrangeira e de investimentos líquidos em uma operação estrangeira. Esse afastamento do modelo de hedging accounting, eleito pelo SFAS 133, visa abarcar práticas adotadas anteriormente com o SFAS 52.

12 Resenha BM&F nº Para ilustrar os conceitos apresentados de hedging accounting, serão trabalhados alguns exemplos numéricos, extraídos de algumas fontes, contendo os lançamentos contábeis que devem ser procedidos, à luz do SFAS 133. Em artigo do Journal of Accountancy 17, é apresentado um caso em que a companhia X, em 1º de janeiro de 1999, emite um instrumento de dívida (bond) de $1 milhão, 8,5% de cupom, com vencimento em três anos. Para mitigar o risco de taxa de juro (fair value do passivo), a companhia X contrata um swap de 8,5% por Libor 18, com valor nocional de $1 milhão, ou seja, paga o que a Libor exceder a 8,5% e recebe o que não exceder, ao término de cada ano. Em 31 de dezembro de 1999, a Libor é de 8%, o fair value do bond é de $ e o do swap é de $9.125, sendo que, dos $10.713, $8.916 são devidos à mudança nos juros e $1.797, ao incremento do risco da companhia X (default risk). Os lançamentos contábeis em 31/12/1999, para reconhecimento do fair value do swap e do bond, são os que seguem: Db swap (ativo) Cd ganho com o swap (resultado) Obs. 1: o fair value anterior do contrato era zero (em geral, no início, todos os derivativos têm esse valor). Logo, toda a variação com o contrato é carreada para o balanço e para o resultado. Db perda com o bond Cd prêmio no bond Obs. 2: a mudança no fair value do bond (a perda), decorrente de alteração na taxa de juro ($8.916), foi obtida mediante o desconto do fluxo de caixa do instrumento (FV = ; PMT = ), à taxa de mercado (8% ao ano), para os dois anos restantes de sua vigência (2000 e 2001), menos o fair value inicial do instrumento ($ ). O prêmio originado (ajuste na curva do papel), a ser amortizado, é registrado segregadamente do bond. Obs. 3: embora não apresentado no artigo original, a companhia X deveria proceder ao lançamento contábil relativo ao cupom, a débito de despesa de juros e a crédito de caixa, no montante de $ (que reflete a taxa de juro de 8,5% praticada no ano de 1999, sobre o principal de $ ). Obs. 4: embora não apresentado também no artigo original, a companhia X deveria proceder ao lançamento contábil relativo ao ajuste de contas do swap (net settlement), a débito de caixa e a crédito do swap, no montante de $5.000 [(8,5% 8,0%) x ]. Em 31/12/2000, admitindo-se as mesmas condições de mercado de 31/12/1999 (8% de juros de mercado), a companhia X procede aos seguintes lançamentos: Db despesa com juros Cd prêmio no bond Cd caixa Wilson, Arlette et alii, London Interbank Offered Rate taxa média de juros interbancários, praticada no mercado internacional.

13 44 Resenha BM&F nº 146 Obs. 5: a despesa de juros que se reconhece em resultado, no montante de $80.713, é a efetiva, considerando a taxa de juro de mercado de 8%, sobre o fair value do bond de $ A redução no caixa se deve ao desembolso contratual que a companhia tem de fazer a cada ano (8,5% de $ ). Os $4.287 (diferença entre os juros nominais e os efetivos) servem ao propósito de amortização do prêmio no bond. Db caixa Cd swap (ativo) Obs. 6: ajuste de contas procedido no contrato de swap, no montante de $5.000 [(8,5% 8,0%) x ]. Utilizando-se um exemplo de fair value hedge de ativo, extraído do próprio SFAS 133, nos parágrafos 105 a 107, depara-se com um caso envolvendo uma commodity. O exercício toma como premissa a eficácia da operação de hedge, assim como ignora todo e qualquer custo ou comissão operacional, alterações em risco de crédito, bem como depósitos iniciais de margem de garantia. A companhia ABC decide hedgear o risco de mudanças no fair value de seus estoques da mercadoria A, até sua alienação, mediante a celebração do contrato derivativo Z, com vigência para todo o período. O valor inicial do derivativo Z é zero, uma vez que não há pagamento tampouco recebimento de um prêmio (o derivativo Z não possui time value). A companhia ABC designa o derivativo Z como hedge do risco de mercado da mercadoria A (alterações em seu preço). O underlying do derivativo Z é o preço da mercadoria A e seu notional amount é igual à quantidade da mercadoria A em estoque. Logo, a relação de hedge é qualificada para adoção do fair value hedge accounting. A companhia ABC irá acompanhar a eficácia do hedge por meio da comparação da mudança do fair value do derivativo Z com o fair value da mercadoria A. No início do período indicado para a operação de hedge, a mercadoria A tem valor contábil de $ e fair value de $ No final do período, o fair value do derivativo Z tem um incremento de $25.000; o fair value da mercadoria A sofre uma redução de $25.000; a mercadoria é vendida e o derivativo, liquidado. Os lançamentos contábeis para refletir toda a operação são os que seguem: Db derivativo Z (ativo) Cd ganho fair value derivativo Z Obs. 1: em decorrência de a mudança no fair value do derivativo Z ter sido favorável à companhia ABC, reconhecem-se um ativo e, em contrapartida, uma receita. Db perda fair value mercadoria A Cd mercadoria A Obs. 2: em decorrência de a mercadoria A estar atrelada a uma operação de fair value hedge, sua mensuração não mais leva em consideração o custo histórico como base de valor, tampouco a regra do custo ou mercado, dos dois o menor. Também não é adotado seu fair value. Sua mensuração é feita com base no custo histórico ajustado por mudanças em seu fair value, para cima ou para baixo. Ora, a Estrutura Conceitual Contábil suporta esse método híbrido? Outro aspecto importante é o de que, dada a eficácia do hedge, a perda com a mercadoria A é totalmente compensada com o ganho no derivativo Z (offsetting). Db caixa Cd receita com venda da mercadoria A

14 Resenha BM&F nº Db CMV mercadoria A (ajustado a fair value) Cd mercadoria A (baixa dos estoques) Obs. 3: nos registros efetuados para refletir a operação de venda da mercadoria A, o CMV reconhecido em resultado espelha a mudança no fair value da mercadoria. Percebe-se também que o mesmo resultado que seria obtido com a venda da mercadoria no início do período, um lucro de $ ($ contra $ ), foi obtido com a operação de fair value hedge ($ contra $ ). A companhia ABC, no início da operação, imunizou seus estoques contra risco de mercado (preço da mercadoria A). Db caixa Cd derivativo Z (ativo) Obs. 4: com a liquidação do contrato derivativo Z, mediante o fechamento de posição ou sua alienação para um terceiro, é efetuada a baixa do ativo contra caixa. Adotando-se um exemplo para cash flow hedge, extraído do mesmo artigo do Journal of Accountancy (páginas 4 e 5), utilizado anteriormente para fair value hedge de passivo, tem-se que uma companhia deseja hedgear seu fluxo de caixa contra riscos advindos de um ativo de renda variável, o qual tenciona alienar em um futuro próximo. Em 1º de novembro de 1999, a companhia X possui em carteira 100 mil ações da companhia Y, cotadas em $50 cada. A companhia X pretende vender as ações de Y no quarto trimestre de 2000 e, preocupada com uma possível queda do mercado, adquire 100 mil opções de venda de Y por $1 cada, com preço de exercício de $50. Em 31 de dezembro de 1999, o preço de mercado de Y cai para $47 e o fair value da opções surge a $ Seguem os lançamentos contábeis: Db opções de venda de Y (prêmio) Cd caixa Obs. 1: no início da operação, a companhia X registra como ativo o prêmio pago pelas opções ($1 x opções). Percebe-se que, em função de as opções estarem at-the-money (preço de exercício igual a preço de mercado do underlying), seu prêmio deve-se tão-somente ao time value das opções. Db opções de venda de Y ( fair value) Cd ganhos não-realizados Cd ganhos realizados Obs. 2: o registro adotado para refletir a mudança no fair value das opções tem duas contrapartidas. A primeira reflete a porção eficaz do cash flow hedge, que deve ser diferida, segundo determina o SFAS 133, e contabilizada em rubrica de PL, denominada other comprehensive income (essa porção eficaz é o intrinsic value das opções, [$50 $47] x ). A segunda reflete a porção ineficaz das opções, posto que resulta da mudança no time value das opções ($ [fair value atual] $ [intrinsic value] $ [time value inicial]). Não deve ser diferida, segundo determina o SFAS 133, sendo registrada em resultado imediatamente. Obs. 3: embora o artigo não contemple o lançamento relativo à posição em carteira das ações de Y, deveria ser efetuada a contabilização a crédito de ativo (ações de Y) e a débito de PL, other comprehensive income, para refletir a mudança no fair value das ações, no montante de

15 46 Resenha BM&F nº 146 $ ([$50 $47] x ). Esse tratamento observa o SFAS 115 Accounting for Certain Investments in Debt and Equity Securities, uma vez que as referidas ações se enquadrariam na categoria de available-for-sale. Para ilustrar o foreign currency hedge, inicialmente há de fazer a seguinte observação: o tratamento contábil de algumas operações segue a dinâmica do fair value hedge accounting e do cash flow hedge accounting (no caso de operações foreign currency fair value hedge e foreign currency cash flow hedge). Isso posto, atente-se para um caso envolvendo uma operação de hedge de um investimento líquido em uma operação estrangeira (net investment in a foreign operation), extraído de obra especializada. 19 Uma companhia norte-americana possui investimentos em subsidiária britânica, no montante de 50 milhões de libras. Em 1º de outubro de 2001, para evitar o risco de mercado do investimento (a taxa de câmbio pode desvalorizar-se de forma tal que gere perdas no investimento), a companhia celebra um contrato a termo em moeda estrangeira, de seis meses, por meio do qual vende 50 milhões de libras à taxa de câmbio de 1 libra = US$1,70, quando a taxa de câmbio spot é 1 libra = US$1,72. Os seguintes dados são apresentados: Data Taxa spot Taxa a termo fair value no contrato a termo 1º/10/ libra = US$1,72 1 libra = US$1,70 31/12/ libra = US$1,65 1 libra = US$1, /3/ libra = US$1,60 1 libra = US$1, Total acumulado Considerando-se que a taxa de câmbio a termo, prevista no contrato, é igual à taxa de câmbio a termo, cotada pelo mercado, o fair value do contrato no início é zero. Logo, nenhum lançamento é efetuado. Quanto aos demais lançamentos, estes seriam: Db contrato a termo (ativo) Cd other comprehensive income (PL) Obs. 1: em 31/12/2001, em decorrência de a mudança na taxa de câmbio a termo ter sido favorável à companhia norte-americana (posição vendida a termo), o contrato apresenta fair value positivo, devendo, portanto, ser reconhecido como ativo. Por se tratar de um foreign currency hedge, a contrapartida deve ser registrada no PL, na rubrica other comprehensive income, precisamente no subgrupo cumulative translation adjustment CTA, para fazer face a perdas na tradução com o investimento. Db other comprehensive income (PL) Cd investimentos (subsidiária britânica) Obs. 2: seguindo orientação do SFAS 52, em 31/12/2001, a tradução do investimento ( libras x [1,65 1,72]) deve ser registrada no ativo, com sua contrapartida registrada no PL, na rubrica other comprehensive income, precisamente no subgrupo cumulative 19 PRICEWATERHOUSECOOPERS, pp

16 Resenha BM&F nº translation adjustment CTA, a ser transferida a resultado quando da realização do investimento. Db contrato a termo (ativo) Cd other comprehensive income (PL) Obs. 3: em 31/3/2001, dada nova mudança no fair value do derivativo, o saldo do contrato a termo é ajustado conforme já explicado na observação 1. Db other comprehensive income (PL) Cd investimentos (subsidiária britânica) Obs. 4: em 31/3/2001, dada nova mudança na taxa de câmbio a vista, o saldo dos investimentos é ajustado conforme já explicado na observação 2. ( libras x [1,60 1,65]). Db caixa Cd contrato a termo (ativo) Obs. 5: em 31/3/2001, com a liquidação do contrato a termo, mediante o fechamento de posição ou sua alienação para um terceiro, é efetuada a baixa do ativo contra caixa: [(1,70 1,60) x ]. Vistos alguns exemplos práticos envolvendo a contabilização das operações de hedge, em suas três dimensões fair value hedge, cash flow hedge e foreign currency hedge impressão é a de que a aplicação do SFAS 133 demanda, de fato, atenção especial. Na realidade, o que se percebe da leitura de alguns artigos, e principalmente de manifestações do DIG, é que, para cada inovação do mercado em termos de operações estruturadas, haverá necessidade de uma orientação contábil específica. "À medida que os engenheiros financeiros desenvolvam novos e mais exóticos instrumentos no futuro instrumentos com características diferentes das existentes hoje, o FASB necessitará prover as companhias com diretrizes em uma base contínua." 20 Avaliando-se a questão do disclosure, observa-se que o SFAS 133 não dispensou à matéria a mesma atenção dispensada à contabilização desses instrumentos. Tal fato, talvez, possa decorrer de o assunto já haver sido abordado anteriormente em outros pronunciamentos do FASB e da USSEC. De acordo com o SFAS 133, uma entidade que transacione instrumentos derivativos (ou não-derivativos, dependendo de algumas situações de hedge previstas) deverá divulgar os objetivos desses instrumentos, adquiridos ou emitidos, o contexto necessário para o entendimento desses objetivos e as estratégias utilizadas para alcançar esses objetivos. A divulgação deve segregar instrumentos derivativos (ou não-derivativos, dependendo de algumas situações de hedge previstas) designados para fair value hedge accounting, cash flow hedge accounting e foreign currency hedge accounting, e deve contemplar uma descrição da política de gestão de risco da entidade para cada categoria de hedge accounting, considerando os itens ou transações cujos riscos são objeto do hedge. Para os derivativos não enquadrados na contabilidade especial (hedge accounting), a entidade deverá divulgar o propósito da atividade com esses instrumentos. É enfatizado pelo pronunciamento que a divulgação qualitativa das estratégias e objetivos da entidade, no uso dos instrumentos derivativos, pode ser mais inteligível se referidos objetivos e estratégias forem descritos no 20 Wilson, Arlette et alii, op. cit., p. 7.

17 48 Resenha BM&F nº 146 contexto do perfil da gestão de risco da entidade como um todo. Ao que parece, o propósito do SFAS 133, salvo engano, é tornar públicas informações gerenciais sobre risco. Em linha com o SFAS 119, as informações de cunho quantitativo não são requeridas, mas sim encorajadas. A explicação para a postura adotada pelo FASB no tocante ao disclosure quantitativo é a de que os membros do board acreditam que, dado o estágio evolutivo da gerência de risco, não seria viável fixar padrões de divulgação nesse sentido. Associado a isso, tem-se o fato de a USSEC ter emitido regras impositivas voltadas para a questão, similares às encorajadas no SFAS 119. (...) a evolução contínua das abordagens de gestão de risco limita a habilidade de se definir claramente a mais útil abordagem para divulgação de informações quantitativas sobre riscos de mercado (SFAS 119, parágrafo 72). O board observa que a SEC emitiu suas regras finais em janeiro de 1997, as quais requerem dos entes registrados divulgação quantitativa dos riscos de mercado, similar àquelas encorajadas no SFAS 119. (SFAS 133, parágrafo 509). Para as operações de hedge, o SFAS 133 requer que sejam divulgadas informações específicas para cada categoria, para a qual o instrumento derivativo (ou não-derivativo, dependendo da operação) tenha se qualificado para fins de contabilidade especial (hedging accounting). Para aqueles instrumentos derivativos e não-derivativos (esses últimos quando ligados a transações em moeda estrangeira), bem como para os itens hedgeados, que estejam enquadrados como fair value hedge accounting, devem ser objeto de disclosure: ganho líquido ou perda líquida reconhecidos em resultado, no período reportado, que represente o montante da ineficácia do hedge e a parcela do ganho ou da perda do instrumento derivativo, se houver, excluída para fins de avaliação da eficácia do hedge (assessment of hedge effectiveness), e uma descrição do local em que o ganho líquido ou perda líquida são reportados na demonstração de resultado ou em outra demonstração de performance financeira; o montante do ganho líquido ou da perda líquida reconhecidos em resultado, quando do momento da desqualificação de um firm commitment como fair value hedge. Quanto aos instrumentos derivativos, bem como quanto aos itens hedgeados, inseridos na categoria de cash flow hedge, devem ser objeto de disclosure: ganho líquido ou perda líquida reconhecidos em resultado, no período reportado, que represente o montante da ineficácia do hedge e a parcela do ganho ou da perda do instrumento derivativo, se houver, excluída para fins de avaliação da eficácia do hedge (assessment of hedge effectiveness) e uma descrição do local em que o ganho líquido ou perda líquida são reportados na demonstração de resultado ou em outra demonstração de performance financeira; uma descrição das transações ou outros eventos que irão resultar na reversão para resultado de ganhos ou perdas contabilizados no PL, sob a rubrica other comprehensive income, e uma estimativa do montante líquido de ganhos ou perdas existentes no período reportado, para os quais há expectativa de serem revertidos para resultado nos próximos 12 meses; o período máximo em que a entidade considera estar hedgeando sua exposição à variação em seus fluxos de caixa futuros derivados de transações projetadas (forecasted transactions), excluindo aquelas

18 Resenha BM&F nº transações esperadas relacionadas ao pagamento de juros variáveis advindos de instrumentos financeiros existentes; o montante de ganhos e perdas revertido para resultado por conta da descontinuidade do cash flow hedge, em função de ser provável que as transações projetadas (original forecasted transactions) não mais ocorrerão no final do período originalmente especificado ou dentro do período adicional previsto no pronunciamento. 21 Em se tratando dos instrumentos derivativos e não-derivativos (esses últimos quando ligados a transações em moeda estrangeira), que tenham sido designados e se tenham qualificado como hedge de um investimento líquido em uma operação estrangeira (net investment in a foreign operation), deve ser informado o montante líquido de ganhos ou perdas incluído na rubrica cumulative translation adjustment CTA, durante o período reportado. 3. Conclusão Como se pôde perceber, de fato, cada linha do SFAS 133, e de seus respectivos amendments SFAS 137 e 138, desencadeia muitas discussões. Com certeza, muitos detalhes e muitas questões derivadas não foram explorados. Seria pretensiosa a intenção de esgotar o SFAS 133 com este artigo. Todavia, crê-se que uma boa visão da norma pôde ser passada. Mas e quanto à previsão nas normas internacionais? Como o IASC encara a questão dos instrumentos financeiros, quer sejam derivativos quer sejam não-derivativos? Esta é uma pergunta a ser respondida em um artigo futuro. 4. Bibliografia BESSADA, Octávio. O Mercado Futuro e de Opções. 2 ed. São Paulo: Record, CARDOZO, Júlio Sérgio de Souza. Relatórios e Pareceres de Auditoria. São Paulo: Atlas, CASABONA, Patrick, TRAFICANTI, Bob. FASB Special Report: The Accountants HandBook for Investment Princing Methods Commonly Used by Investment Analysts. Disponível em: < acesso em 14 dez COSTA Junior, Jorge Vieira da. Auditoria dos Instrumentos Derivativos: A Imposição de Um Novo Profissional, in Boletim IOB Comenta, São Paulo, 1-4, DELAY on Derivatives Standard. Journal of Accountancy, New York: AICPA, Aug DERIVATIVES at Final Hurdle Maybe. Disponível em: < jofa/oct97/finacct.htm>. Acesso em 5 mai1999. DERIVATIVES: Time to Take Sides. Disponível em: < apr98/washing.htm>. Acesso em 5 mai ERNST & YOUNG. Financial Reporting Developments: Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities. An Executive Overview of FASB Statement 133, as amended by FASB Statements 137 and 138. New York: E&Y, July Segundo o SFAS 133, no parágrafo 33, dois meses ou mais do prazo inicialmente estimado, em casos excepcionais.

19 50 Resenha BM&F nº 146 FASB Considers Measuring Derivatives at Fair Value. Journal of Accountancy, New York: AICPA, May, FASB Offers Compromise on Derivatives. Journal of Accountancy, New York: AICPA, June, FASB on Trial. Institutional Investor, New York, November, FEDERAL RESERVE BOARD FED. Letter to the Board of FASB. Washington, 26/5/ FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. Statement on Financial Accounting Standard 133. Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities. Connecticut, FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. Statement on Financial Accounting Standard 133. Derivatives Implementation Group Issues. Connecticut, FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. Statement on Financial Accounting Standard 137. Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities Deferral of the Effective Date of FASB Statement 133. Connecticut, FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD. Statement on Financial Accounting Standard n Accounting for Certain Derivative Instruments and Certain Hedging Activities. Connecticut, GASTINEAU, Gari L., KRITZMAN, Mark P. Dicionário de Administração de Risco Financeiro. São Paulo: BM&F, HULL, John. Introdução aos Mercados Futuros e de Opções. 2 ed. São Paulo: BM&F, HWANG, Angela L. J. and PATOUHAS, John S. Practical Issues in Implementing FASB 133, in Journal of Accountancy, New York: AICPA, March, ISDA Acclaims Bill Introduced By Sen. Faircloth to Limit Application of FASB Derivative Rules. Disponível em: < Acesso em: 4 nov ISDA Applauds FASB s Decision to Delay New Derivatives Rules. Disponível em: < Acesso em: 16 abr ISDA Comments on FASB Vote To Issue Derivatives Standard. Disponível em: < Acesso em: 4 nov IUDÍCIBUS, Sérgio de. A Contabilidade como Sistema de Informação Empresarial (SIE), in Boletim do Ibracon, São Paulo: Ibracon, LAMEIRA, Valdir de Jesus. Mercado de Capitais. Rio de Janeiro: Forense, LOPES, Alexsandro Broedel. Operações com Derivativos: Aspectos Introdutórios, in Boletim IOB Temática Contábil e Balanços 40, São Paulo, Uma Análise Crítica do SFAS 133, in Resenha BM&F 132, São Paulo, maio junho, LOPES, Alexsandro Broedel e LIMA, Iran Siqueira. Análise Comparativa dos Procedimentos Contábeis Aplicados a Operações Financeiras com

20 Resenha BM&F nº Derivativos: Um Estudo entre Brasil e Estados Unidos, in Resenha BM&F 121, São Paulo, novembro de 1997 LOPES, Alexsandro Broedel, LISBOA, Lázaro Plácido. Evidenciação de Operações com Derivativos Um Estudo Comparativo entre Brasil e Estados Unidos, in Resenha BM&F 124, São Paulo, junho de MARTINS, Eliseu. De Luca Paciolo à Volta à Contabilidade Gerencial, in Boletim IOB Temática Contábil e Balanços 34, São Paulo, NAKAMURA, Angela Mie. Contribuição ao Estudo dos Procedimentos e Evidenciação Contábeis Aplicáveis a Operações com Derivativos, Voltados a Instituições Financeiras. Tese de Doutorado em Controladoria e Contabilidade. Faculdade de Economia e Administração da USP, São Paulo, PESQUISA sobre Derivativos. Boletim Ibracon, São Paulo: Ibracon, agosto, PRICEWATERHOUSECOOPERS. A Guide to Accounting for Derivate Instruments and Hedging Activities: Understanding & Implementing Statement of Financial Accounting Standards 133. New York: PWC, PRINCÍPIOS Fundamentais de Contabilidade, segundo a ONU. Boletim IOB Temática Contábil e Balanços 33 e 34, São Paulo, SANTANA, Antônio Carlos de. Instrumentos Financeiros, in Boletim IOB Temática Contábil e Balanços 29, São Paulo, SENATE Takes Steps to Rein in FASB. Disponível em: < pubs/jofa/feb98/finacct.htm>. Acesso em: 16 jun SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos: Definições, Emprego e Risco. 3 ed. São Paulo: Atlas, SPECIAL Task Force Addresses Implementation Issues. Journal of Accountancy, New York: AICPA, Mar TEIXEIRA, Marco Aurélio. Mercados Futuros: Fundamentos e Características Operacionais. São Paulo: BM&F, THE DEBATE Over Derivatives Accounting Rules: Statement in Support of FASB. Disponível em: < Acesso em: 5 mai WILSON, Arlette C. et alii. The Decision on Derivatives, in Journal of Accountancy, New York: AICPA, Nov WILSON, Arlette C., SMITH, G. Robert. Proposed Accounting for Derivatives: Does It Adress The Concerns of Current Accounting?, in Accounting Horizons, Sarasota: AAA, September, Júlio Sérgio de Souza Cardozo é coordenador do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ e presidente da Ernst & Young Auditores Independentes S/C. E- mail: julio-sergio.s.cardozo@br.eyi.com. Jorge Vieira da Costa Junior é mestrando em Ciências Contábeis pela UERJ e analista da Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria da CVM. jorgev@cvm.gov.br.

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