PECULATO. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. b) Passivo
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- Mirella Chaplin di Castro
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1 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO P CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL PECULATO Art Apropriar-se o funcionário público p de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, m público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio prio ou alheio: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio prio ou alheio, valendo- se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Sujeitos do crime: a) Ativo * Concurso de pessoas b) Passivo Peculato de uso Peculato culposo 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença a irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 1
2 CONCUSSÃO Art Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. EXCESSO DE EXAÇÃO 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança a meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio prio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: p Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. CORRUPÇÃO PASSIVA Art Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. 2
3 FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO Art Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 a 8 anos, e multa. PREVARICAÇÃO Art Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Formas de realização do crime 1 ) ) retardando ato de ofício; 2 ) ) deixando de realizá-lo; lo; 3 ) ) realizando-o. o. CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Art Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício cio do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa. Trata-se de crime omissivo próprio. prio. FUNCIONÁRIO PÚBLICOP Art Considera-se se funcionário público, p para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 1º - Equipara-se a funcionário público p quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica t da Administração Pública. P 2º - A pena será aumentada da terça a parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública p ou fundação instituída pelo poder público. CORRUPÇÃO ATIVA Art Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, p para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 3
4 CONTRABANDO OU DESCAMINHO Art Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 1º - Incorre na mesma pena quem: a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho; c) vende, expõe à venda, mantém m em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio prio ou alheio, no exercício cio de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País s ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território rio nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio prio ou alheio, no exercício cio de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. 2º - Equipara-se às s atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo. a ABUSO DE AUTORIDADE Lei nº n 4.898/65 Art. 1º 1 O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício cio de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. Art. 2º 2 O direito de representação será exercido por meio de petição: a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção; b) dirigida ao órgão do Ministério Público P que tiver competência para iniciar processo-crime crime contra a autoridade culpada. Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo m de três, se as houver. 4
5 Portanto, o direito de representação é exercido: a) Por meio de petição, em 2 vias, contendo a exposição minuciosa do fato, a qualificação do acusado e rol de testemunhas (máx. 3), se houver; b) A petição pode ser dirigida: à autoridade superior ou ao Ministério PúblicoP c) De acordo com o art. 9º, 9 Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade administrativa ou independentemente dela, poderá ser promovida pela vítima v do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada. Art. 3º 3 Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) à liberdade de locomoção; b) à inviolabilidade do domicílio; c) ao sigilo da correspondência; d) à liberdade de consciência e de crença; e) ao livre exercício cio do culto religioso; f) à liberdade de associação; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício cio do voto; h) ao direito de reunião; i) à incolumidade física f do indivíduo; duo; j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício cio profissional. Art. 4º 4 Constitui também m abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, a, permitida em lei; f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança a não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título t tulo de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; a) Concurso formal: : se houver a prática de 2 ou mais condutas de abuso de autoridade, por meio de sós uma ação a ou omissão, haverá concurso formal. b) Concurso material: : se houver a prática de uma conduta caracterizadora do abuso de autoridade e outra conduta que caracterize crime (no Código C Penal ou lei especial), haverá concurso material de crimes. Ex.: abuso de autoridade e lesão corporal. 5
6 Art. 5º 5 Considera-se se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, p de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Particular pode praticar, desde que nos termos do art. 30, CP. Art. 6º 6 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código C Penal e consistirá em: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; b) detenção por dez dias a seis meses; c) ) perda do cargo e a inabilitação para o exercício cio de qualquer outra função pública p por prazo até três anos. LEI ANTITRÁFICO Lei nº n /06 Leis anteriores: Lei 6.368/76 e Lei /02 Art. 75, da Lei /06 revogou expressamente as duas leis anteriores. É lei de caráter nacional e não apenas federal. A Lei: a) Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas P sobre Drogas SISNAD. b) Prescreve medidas de prevenção ao uso indevido. c) Prescreve medidas para reinserção social dos usuários e dependentes. d) Prevê os novos crimes relativos às s drogas. e) Estabelece o novo procedimento criminal. DO USUÁRIO Art. 28 Quem adquirir, guardar, tiver em depósito sito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às s seguintes penas: 1o Às s mesmas medidas submete-se se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo 5 meses se primário rio e 10 meses se reincidente 6
7 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a dias-multa. 1o Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria ria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria ria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém m ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art º Nos delitos definidos no caput e no 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, rio, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 7
8 A Lei: a) Manteve as 18 condutas típicas t do revogado art. 12, da Lei 6368/76. b) Substituiu o termo substância entorpecente ou que determine dependência física f ou psíquica quica por droga c) Aumentou a pena, que era de 3 a 15 anos para 5 a 15 anos, e impôs uma multa mais pesada. Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, tulo, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de a dias-multa. Art. 35. Associarem-se se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts.. 33, caput e 1o,, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.. 33, caput e 1º,, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, e pagamento de a dias-multa. Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.. 33, caput e 1o,, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e pagamento de 300 a 700 dias-multa. Art. 40. As penas previstas nos arts.. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública p ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; p 8
9 IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, a, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança a ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída da ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co- autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço o a dois terços. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, RIA, CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO Lei nº n 8.137/90 A Lei está dividida da seguinte forma: Capítulo I: Dos crimes contra a ordem tributária: ria: Seção I: Dos crimes praticados por particulares (arts.. 1º 1 e 2º). 2 Seção II: Dos crimes praticados por funcionários públicos (art. 3º). 3 Capítulo II: Dos crimes contra a ordem econômica e as relações de consumo (arts( arts.. 4º 4 a 7º). 7 Capítulo III: Das multas (art. 8º 8 a 10). Capítulo IV: Disposições gerais (arts( arts.. 11 a 23) Sujeito ativo: contribuinte. Exceção: art. 2º, 2, III e IV Sujeito passivo: Estado Concurso de pessoas: art. 11 da Lei Empregado que colabora com o patrão a sonegar. Conceito de sonegação fiscal: é a ocultação dolosa, mediante fraude, astúcia ou habilidade, do reconhecimento de tributo devido ao Poder PúblicoP blico. (Alexandre de Moraes) OBJETIVIDADE JURÍDICA: interesses estatais vinculados à arrecadação. CONDUTAS: arts.. 1º 1 e 2º 2 9
10 CONSUMAÇÃO: com a supressão ou redução do tributo ou contribuição social. COMPETÊNCIA: Regra: Justiça a comum estadual Exceção: Justiça a Federal Ação penal pública p incondicionada. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE Pagamento do tributo antes do recebimento da denúncia ncia (art. 34, da Lei 9249/95) STF admite o pagamento em qualquer fase do processo. Parcelamento: causa suspensiva da punibilidade. Delação premiada Redução da pena de um a dois terços ao co-autor ou partícipe que, por meio de confissão espontânea, revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa. Art. 1 1 Constitui crime contra a ordem tributária ria suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às s autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, ria, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III- falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV- elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, rio, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena - reclusão de 2 a 5 anos,, e multa. Art. 2 2 Constitui crime da mesma natureza: I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos; 10
11 III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal; IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária ria possuir informação contábil diversa daquela que é,, por lei, fornecida à Fazenda Pública. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Art. 3 3 Constitui crime funcional contra a ordem tributária, ria, além m dos previstos no Decreto-Lei n n 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal (Título XI, Capítulo I): I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social; II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, cio, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. p Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. CAPÍTULO II Dos crimes Contra a Economia e as Relações de Consumo Art. 4 4 Constitui crime contra a ordem econômica: I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante: a) ajuste ou acordo de empresas; b) aquisição de acervos de empresas ou cotas, ações, a títulos tulos ou direitos; c) coalizão, incorporação, fusão ou integração de empresas; d) concentração de ações, a títulos, t tulos, cotas, ou direitos em poder de empresa, empresas coligadas ou controladas, ou pessoas físicas; f e) cessação parcial ou total das atividades da empresa; f) impedimento à constituição, funcionamento ou desenvolvimento de empresa concorrente. 11
12 II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança a entre ofertantes,, visando: a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas; b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas; c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores. III - discriminar preços de bens ou de prestação de serviços por ajustes ou acordo de grupo econômico, com o fim de estabelecer monopólio, ou de eliminar, total ou parcialmente, a concorrência; IV - açambarcar, ambarcar, sonegar, destruir ou inutilizar bens de produção ou de consumo, com o fim de estabelecer monopólio ou de eliminar, total ou parcialmente, a concorrência; V - provocar oscilação de preços em detrimento de empresa concorrente ou vendedor de matéria ria- prima, mediante ajuste ou acordo, ou por outro meio fraudulento; VI - vender mercadorias abaixo do preço o de custo, com o fim de impedir a concorrência; VII - elevar sem justa causa o preço o de bem ou serviço, valendo-se de posição dominante no mercado. Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, ou multa. Art. 5 5 Constitui crime da mesma natureza: I - exigir exclusividade de propaganda, transmissão ou difusão de publicidade, em detrimento de concorrência; II - subordinar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de outro bem, ou ao uso de determinado serviço; III - sujeitar a venda de bem ou a utilização de serviço à aquisição de quantidade arbitrariamente determinada; IV - recusar-se, se, sem justa causa, o diretor, administrador, ou gerente de empresa a prestar à autoridade competente ou prestá-la de modo inexato, informando sobre o custo de produção ou preço o de venda. Pena - detenção, de 2 a 5 anos, ou multa. Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso IV. Art. 6 6 Constitui crime da mesma natureza: I - vender ou oferecer à venda mercadoria, ou contratar ou oferecer serviço, por preço o superior ao oficialmente tabelado, ao regime legal de controle; II - aplicar fórmula f de reajustamento de preços ou indexação de contrato proibida, ou diversa daquela que for legalmente estabelecida, ou fixada por autoridade competente; 12
13 III - exigir, cobrar ou receber qualquer vantagem ou importância adicional de preço o tabelado, congelado, administrado, fixado ou controlado pelo Poder Público, P inclusive por meio da adoção ou de aumento de taxa ou outro percentual, incidente sobre qualquer contratação. Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, ou multa. Art. 7 7 Constitui crime contra as relações de consumo: I - favorecer ou preferir, sem justa causa, comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores; II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial; III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço o estabelecido para os demais mais alto custo; IV - fraudar preços por meio de: a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo, marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço; b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto; c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado; d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na prestação dos serviços; V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de comissão ou de taxa de juros ilegais; VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se se a vendê- los a quem pretenda comprá-los nas condições publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação; VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária; VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria ria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito próprio prio ou de terceiros; 13
14 IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria ria- prima ou mercadoria, em condições impróprias prias ao consumo; Pena - detenção, de 2 a 5 anos, ou multa. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e e IX IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte. 14
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