Teoria Parte 09. Direito Penal. Turmas 02 I 04 I 06 I 08 I 10. Prof. Lísias Data de impressão: 19/01/2011

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1 PF Turmas 02 I 04 I 06 I 08 I 10 Teoria Parte 09 Data de impressão: 19/01/2011 ELABORAÇÃO E PRODUÇÃO: UMA PARCERIA Visite o Portal dos Concursos Públicos MATERIAL DIDÁTICO EXCLUSIVO PARA ALUNOS DO CURSO APROVAÇÃO

2 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Capítulo I - Dos crimes praticados por FUNCIONÁRIO PÚBLICO contra a ADMINISTRAÇÃO EM GERAL Art. 312 Peculato Art Peculato mediante erro de outrem Art. 313-A - Inserção de dados falsos em sistema de informações Art. 313-B - Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações Art Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento Art Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Art. 316 Concussão Art Corrupção passiva Art Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 319 Prevaricação Art. 320 Condescendência criminosa Art. 321 Advocacia administrativa Art. 322 Violência arbitrária Art. 323 Abandono de função Art Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado Art Violação de sigilo funcional Art Violação do sigilo de proposta de concorrência Art. 327 conceito de funcionário público Capítulo II - Dos crimes praticados POR PARTICULAR contra a ADMINISTRAÇÃO EM GERAL Art Usurpação de função pública Art. 329 Resistência Art. 330 Desobediência Art. 331 Desacato Art Tráfico de Influência Art Corrupção ativa Art Contrabando ou descaminho Art Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência Art Inutilização de edital ou de sinal Art Subtração ou inutilização de livro ou documento Art. 337-A - Sonegação de contribuição previdenciária Capítulo II-A - Dos crimes praticados POR PARTICULAR contra a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA Art. 337-B - Corrupção ativa em transação comercial internacional Art. 337-C - Tráfico de influência em transação comercial internacional Art. 337-D - Funcionário público estrangeiro Capítulo III - Dos crimes contra a ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA Art Auto-acusação falsa Art Falso testemunho ou falsa perícia Art Coação no curso do processo Art Exercício arbitrário das próprias razões Art Fraude processual Art Favorecimento pessoal Art Favorecimento real Art Exercício arbitrário ou abuso de poder Art Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança Art Evasão mediante violência contra a pessoa Art Arrebatamento de preso Art Motim de presos Art Patrocínio infiel Art Sonegação de papel ou objeto de valor probatório Art Exploração de prestígio Art Violência ou fraude em arrematação judicial Art Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito Capítulo IV - Dos crimes contra as FINANÇAS PÚBLICAS Art. 359-A - Contratação de operação de crédito Art. 359-B - Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar Art. 359-C - Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-D - Ordenação de despesa não autorizada Art. 359-E - Prestação de garantia graciosa Art. 359-F - Não cancelamento de restos a pagar Art. 359-G - Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-H - Oferta pública ou colocação de títulos no mercado Capítulo I Dos Crimes Praticados Por Funcionário Público Contra A Administração Em Geral CRIMES FUNCIONAIS 1 - Classificação dos Crimes Funcionais Próprio ou Puro: se o autor do fato não é funcionário público, ocorre a aticidade absoluta da conduta, não configurando crime algum. Exemplo: crime de prevaricação - Art Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Impróprio ou Impuro: se o autor do fato não é funcionário público, ocorre a atipicidade relativa, isto é, o fato não será crime funcional, mas será classificado como outro delito (desclassificação). Exemplo: peculato furto x furto. Art Reingresso de estrangeiro expulso Art. 312 (...) Art Denunciação caluniosa 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário Art Comunicação falsa de crime ou de público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou contravenção bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

3 proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Art Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Peculato apropriação: art. 312, caput 1º parte; Peculato desvio: art. 312, caput 2º parte; Peculato furto: art. 312, 1º; Peculato culposo: art. 312, 2º; 2 - Quem é Funcionário Público Para Fins Penais? Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. O Código Penal adotou conceito de funcionário público mais amplo que o conceito dado pelo Direito Administrativo, de modo que, para efeitos penais, é funcionário público aquele que, ainda que de forma transitória ou sem remuneração, ocupa cargo público (submete-se a regime estatutário), exerce emprego público (submete-se a regime da CLT ou trabalhista), ou, de qualquer forma, realiza uma função pública (jurado do Tribunal do Júri, mesário, estagiário de Direito em órgão público), no âmbito de qualquer dos poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) São equiparados a funcionário público para fins penais, aqueles que exercem cargo, emprego ou função em entidade paraestatal (autarquia, fundação de direito público, sociedade de economia mista e empresa pública). Também são equiparados a funcionário público para fins penais, aqueles que trabalham para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para execução de atividade TÍPICA da Administração Pública. Exemplos: empresas de coleta de lixo, de energia elétrica, de serviços médicos e hospitalares, de telefonia, de transporte, de segurança. Não realizam atividade típica de Administração Pública os empregados de empresa contratada pela Administração para prestar serviços de manutenção de veículos oficiais, estando estes, portanto, excluídos da equiparação do 1º. 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980) Função de direção compreende Prefeito, Governador e Presidente da república? STF entende que sim. Disse o Ministro relator Carlos Velloso, no julgamento do Inquérito 1769-PA: neste caso, procurei realizar uma interpretação compreensiva do texto e não posso compreender que um mero exercente de função de comissão DAS (direção e assessoramento superior) esteja sujeito à regra do 2º do art. 327 do Código Penal e não o prefeito, o governador, o presidente da república: o agente político, enfim. 3 Peculato Peculato Apropriação e Peculato Desvio Art Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e Sujeito Ativo: só pode ser cometido por funcionário público, nos termos da definição do art. 327 CP. (crime próprio) No peculato, é possível o concurso de pessoas (art. 30 CP) estranhas ao corpo da Administração? Sim, o particular pode responder por peculato, desde que saiba da condição de funcionário público do agente. Se não souber da qualidade do autor, responderá por apropriação indébita. E se o sujeito ativo é prefeito? Sua conduta se encaixa nos tipos previstos no art. 1º do Decreto-lei nº 201/67 que, apesar de descreverem crimes funcionais, são figuras penais autônomas e desvinculadas dos crimes previstos nos artigos 312 a 326 do Código Penal. Sujeito Passivo: é o Estado. Se o bem apropriado for de particular, este também será sujeito passivo. Tipo Objetivo: pune-se a conduta do funcionário público que se apropria ou desvia dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado, de que tem a posse em razão do cargo. (*) Peculato apropriação: o funcionário público, em razão do cargo, tem sob sua posse legítima dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado, deles se apropria, se apodera, passando a atuar como se fosse dono de tais objetos. Ex¹: serventuário que se apropria indevidamente de dinheiro que lhe fora confiado para o preparo de processos em andamento no cartório de que era titular. Ex²: policial que, em serviço de carceragem, se apropria de dinheiro e objetos do preso cuja guarda lhe foi confiada. Obs¹: se a posse é obtida mediante emprego de fraude, ardil, simulação = é crime de estelionato. Obs²: se a posse é obtida mediante violência ou grave ameaça = é crime de roubo. (*) Peculato desvio: o funcionário público, em razão do cargo, tem a posse legítima de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado, e lhes dá destinação diversa, em proveito próprio ou de terceiro. Obs¹: se o desvio for de verba para aplicação diversa da que prevista em lei, o crime será do artigo 315 CP. O crime de peculato, previsto no art. 312 CP, é dividido pela doutrina nas seguintes espécies: 2 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

4 Art Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, ou Tipo Subjetivo: crime punido a título de dolo, consistente na vontade consciente do agente de transformar a posse do bem em sua propriedade ( APROPRIAR-SE ) ou desvia-lo em proveito próprio ou de terceiro. Consumação e Tentativa: peculato apropriação: consuma-se no momento da apropriação que se dá na prática de atos de disposição do bem como se dono fosse. Admite-se tentativa. peculato desvio: consuma-se com a modificação do destino do bem. Admite-se tentativa. Peculato Furto Art. 312 (...) 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Sujeito ativo e passivo: aquele é o funcionário público; este é o Estado, podendo ser também, o particular. Tipo Objetivo: o funcionário público não tem a posse do dinheiro, valor ou bem que estão sob a guarda da Administração. Daí que o agente os subtrai, ou concorre para a subtração, em proveito próprio ou de terceiro, devendo, para tanto, valer-se da facilidade que lhe proporciona ser funcionário público. Exemplo: policial que subtrai peças de uma motocicleta furtada e que arrecadara em razão de suas funções. Também cometem peculato furto os policiais que concorrem para que o colega, chefe de sua equipe, subtraia as peças da motocicleta arrecadada em razão do cargo. Obs¹ = se o agente, para efetuar a subtração de coisa custodiada à Administração, não se valer de qualquer facilidade proporcionada pelo seu cargo, emprego ou função, o crime não será de peculato furto, mas será crime de furto (art. 155 CP). Tipo Subjetivo: o crime é punido a título de dolo, consistente na vontade consciente de SUBTRAIR, ou concorrer para que seja subtraída, coisa sob a guarda da Administração, para proveito próprio ou alheio. necessária a posse mansa e pacífica do bem (teoria da amotio do crime de furto). Tentativa admissível. Peculato culposo Art. 312 (...) 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. No peculato culposo, o funcionário público, descumprindo dever objetivo de cuidado por negligência, imprudência ou imperícia, favorece a prática do peculato doloso, seja o peculato apropriação, o peculato desvio ou o peculato furto. Obs¹ = se a conduta culposa do funcionário pública cria condições favoráveis para que terceiro pratique crime que não seja funcional? Para maioria, o funcionário não responderá por peculato culposo. A consumação do peculato culposo dá-se no momento em que se realiza a conduta dolosa do terceiro, devendo haver relação de causalidade entre os crimes. Reparação do dano: só se aplica ao peculato culposo!! Art. 312 (...) 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 4 Peculato mediante erro de outrem Art Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e Sujeito Ativo: é o funcionário público (art. 327 CP), admitido o concurso de pessoas, desde que o particular saiba da condição de funcionário público do autor. 4.2 Sujeito Passivo: é o Estado (Administração Pública) e o particular, se for lesado. 4.3 Tipo Objetivo: é crime semelhante ao delito de apropriação de coisa havida por erro (art. 169 CP), diferenciando-se pelo sujeito ativo que, aqui, é o funcionário público que se apropria de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. E peculato de uso? Se o agente, desde o início de sua conduta, tem a intenção de usar e devolver integral e imediatamente ao proprietário a coisa subtraída, não há crime!! Exemplo: funcionário público que utiliza, em benefício próprio, veículo oficial e que lhe foi confiado, restituindo-o integralmente. Consumação e Tentativa: consuma-se o peculato furto com a subtração da coisa, não sendo A COISA DEVE TER VINDO AO PODER DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR MEIO DE ERRO ESPONTÂNEO DE TERCEIRO. 4.4 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: é crime doloso, que se consuma no momento em que o funcionário público, percebendo o erro do agente, não o desfaz, apropriando-se da coisa e agindo como se dono da coisa fosse. Admite-se a tentativa. Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

5 5 - Inserção de dados falsos em sistema de informações Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 6.2 Tipo Objetivo: a modificação implica a substituição do sistema ou programa por outro, enquanto que a alteração implica apenas a adulteração do sistema ou programa anterior, ambas realizadas sem autorização ou solicitação de autoridade competente. 6.3 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso e se consuma com a modificação ou alteração do sistema ou programa de informática, independentemente da ocorrência de dano. Havendo dano para a Administração ou para administrado (particular), aumenta-se a pena de 1/3 até metade. 5.1 Sujeito Ativo: somente o funcionário público autorizado (crime próprio), sendo possível o concurso de pessoas. 5.2 Sujeito Passivo: é o Estado. 5.3 Tipo Objetivo: inserir dados falsos = é colocar, introduzir, implantar dados falsos; facilitar a inserção de dados falsos = é tornar fácil a inserção de dados falsos; alterar indevidamente dados corretos = é modificar, mudar, adulterar indevidamente dados corretos; excluir indevidamente dados corretos = é retirar, eliminar indevidamente dados corretos; sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública; com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. 5.4 Tipo Subjetivo: o crime é doloso com o especial fim de agir de obter vantagem indevida ou causar dano. 5.5 Consumação e Tentativa: consuma-se com a inserção, facilitação de inserção de dados falsos ou a alteração ou exclusão indevidas de dados corretos, independentemente da obtenção da vantagem indevida (crime formal). Tentativa admissível. 6 - Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Enquanto que no crime do art. 313-A, a norma busca proteger os dados componentes do sistema, no crime do art. 313-B, a norma busca proteger o próprio sistema de informações ou programa de informática. 7 - Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento Art Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 7.1 Sujeitos ativo e passivo: é o funcionário público (crime comum) e o Estado (Administração Pública), também podendo ser vítima o particular proprietário de documento confiado à Administração. Obs¹ = se o sujeito ativo for funcionário público de órgão fiscal, o crime será o previsto no art. 3º, I da Lei nº 8.137/ Tipo Objetivo: extraviar = é desviar; sonegar = é ocultar com fraude, esconder; inutilizar = é danificar, destruir; livro oficial = pertence à Administração; qualquer documento = oficial ou pertencente a particular; funcionário público, em razão do cargo, deve ter a guarda de tais bens. Exemplo: aquele que inutiliza parecer jurídico constante de processo administrativo ou judicial. 7.3 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: crime é doloso, ocorrendo sua consumação com o extravio, sonegação ou inutilização do objeto material, ainda que não ocorra prejuízo à Administração ou a terceiro, admitindo-se a tentativa apenas para as figuras de extravio e inutilização, já que a sonegação se consuma no momento em que é exigida do funcionário a exibição do objeto escondido. 8 - Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Art Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, ou 8.1 Sujeito ativo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio) que tem poder de disposição de 6.1 Sujeitos ativo e passivo: funcionário verbas e rendas públicas. público (crime próprio), admitido o concurso de pessoas, e o Estado (Administração Pública), podendo também ser vítima o indivíduo prejudicado. 4 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

6 Exemplo: Presidente da República e Ministros, Governadores, Secretários, diretores de paraestatais, administradores públicos. Em se tratando de Prefeito ou vereador, o crime será o previsto no art. 1º, III do Decreto-lei nº 201/ Sujeito passivo é o Estado. 8.2 Tipo Objetivo: a aplicação de verbas ou rendas públicas deve obedecer ao que estabelecido em lei, pois é a lei o instrumento que determina a destinação de verbas ou rendas públicas. Rendas públicas são constituídas por dinheiro recebido pela Fazenda a qualquer título. Verbas públicas são constituídas por dinheiro destinado para execução de serviço público ou outra finalidade de interesse público. 8.3 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso e se consuma com a aplicação irregular de verbas ou rendas em finalidade distinta que não a prevista em lei. A simples destinação, SEM POSTERIOR APLICAÇÃO, configura tentativa. Obs¹ = ter as contas aprovadas exclui a responsabilidade penal? NÃO! Obs² = estado de necessidade exclui a ilicitude da conduta, como nos casos de calamidade pública, onde se justifica o emprego irregular de verbas para atender a situação emergente. 9 - Concussão Art Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 9.1 Sujeito Ativo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio), podendo ser, também, nomeado que, fora do exercício da função, atua de forma criminosa. Admite-se concurso de pessoas, desde que o particular conheça a condição de funcionário público do autor. Se o sujeito ativo for funcionário de órgão de fiscalização, o crime será o previsto no art. 3º, II da Lei nº 8.137/90. Art. 3 Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal (Título XI, Capítulo I): II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e Se o sujeito ativo for policial militar, o crime será o previsto no art. 305 do Código Penal Militar. Art Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos. 9.2 Tipo Objetivo: agente exige (ordena, intima), explícita ou implicitamente, vantagem indevida, abusando da sua autoridade como meio de coação. exigir # solicitar (simples pedido) = exigir é concussão, solicitar é corrupção passiva (art. 317 CP). vantagem indevida = é qualquer proveito proibido, econômico, patrimonial, sentimental. Ex¹: policial que exige dinheiro de preso para liberta-lo. Ex²: médico do SUS que exige dinheiro de paciente para realização de exame já homologado que seria realizado sem custo adicional. 9.3 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso e se consuma com a exigência (crime formal), independentemente da obtenção da vantagem indevida pelo agente. Admite-se a tentativa. 10 Excesso de exação Art. 316 (...) 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de ) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e (Redação dada pela Lei nº 8.137, de ) 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e 10.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio), admitindo-se o concurso de pessoas, desde que o particular colaborador conheça a qualidade de funcionário público do autor. Sujeito passivo é a Administração Pública e o particular Tipo Objetivo: funcionário se excede na cobrança de tributo (imposto, taxa, contribuição de melhoria) ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevidos; ou, se devidos, usa de meio vexatório (vergonhoso) ou gravoso Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o delito é doloso e, na sua primeira parte, consuma-se no momento da exigência dirigida ao particular, independentemente de obtenção de qualquer vantagem (crime formal), enquanto que, na segunda parte, consuma-se com o emprego do meio vexatório ou gravoso, independentemente de recebimento de qualquer valor (crime formal). Admite-se a tentativa. Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

7 11 Corrupção passiva Art Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e (Redação dada pela Lei nº , de ) 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou 11.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (Art. 327 CP, crime próprio), ainda que fora da função ou antes de assumi-la. Admite-se o concurso de pessoas, se o particular colaborador estiver ciente da qualidade de funcionário público do autor. Sujeito passivo é o Estado (Administração Pública) e o particular constrangido. Obs¹ = se o sujeito ativo for funcionário de órgão de fiscalização, o crime será o do art. 3º, II da Lei nº 8.137/90. Obs² = particular pode praticar corrupção ativa Art Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 11.2 Tipo Objetivo: solicitar, direta (ele próprio) ou indiretamente (através de outra pessoa), vantagem indevida = pedir; receber, direta (ele próprio) ou indiretamente (através de outra pessoa), vantagem indevida. Aqui o corruptor responde pelo crime de corrupção ativa. aceitar promessa de tal vantagem indevida = consentir, anuir. Aqui, o corruptor responde pelo crime de corrupção ativa. Vantagem indevida = pode ser de natureza econômica, patrimonial, sentimental, etc. Ex¹: delegado de polícia que recebe qualquer quantia para colocar em liberdade quem se encontra detido. Ex²: escrevente de cartório que, em razão de suas funções, solicita vantagem para influir no andamento de processo de infração penal de jogo do bicho, acenando com eventual prescrição criminal. Ex³: policial rodoviário que recebe propina para não lavrar multas diante de irregularidades comprovadas Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso. Nas modalidades solicitar e aceitar promessa de vantagem, o crime se consuma com a prática dos verbos, mesmo que não se receba a vantagem (crime formal). Na modalidade receber, o crime é material, exigindo-se, para consumação, o recebimento da vantagem indevida. A tentativa é admitida somente para a modalidade solicitar Corrupção Passiva Qualificada ( 1º): A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Se a violação realizada pelo funcionário público constituir, por si só, um novo crime, o agente responderá por corrupção passiva e o novo delito Corrupção Passiva Privilegiada ( 2º): Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou Aqui, o funcionário público, sem a intenção de satisfazer interesse próprio, cede a pedido ou influência de terceiro para deixar de praticar ou retardar prática de ato de ofício. São os favores administrativos Facilitação de contrabando ou descaminho Art Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e (Redação dada pela Lei nº 8.137, de ) 12.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público que tem o dever de impedir a prática do contrabando ou descaminho. Se o funcionário público não tiver essa atribuição legal, responderá como partícipe do crime de contrabando ou descaminho. Admite-se o concurso de pessoas, desde que o particular esteja ciente de sua colaboração na conduta criminosa do autor. Sujeito passivo é o Estado Tipo Objetivo: facilitar = é tornar fácil, auxiliar afastando obstáculos; contrabando = é importação ou exportação de mercadoria cuja entrada ou saída do país é proibida; descaminho = é a importação ou exportação lícita sem o recolhimento dos tributos devidos mediante fraude Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso e se consuma com a facilitação, não importando se se completou o contrabando ou o descaminho (crime formal). Admite-se a tentativa somente quando for praticado mediante ação, e não por omissão. 6 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

8 13 - Prevaricação Art Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e 13.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio), admitido o concurso de pessoas, desde que o particular saiba da condição de funcionário público do agente. Sujeito passivo é o Estado (ente público atingido com o comportamento irregular do funcionário) Tipo Objetivo: retardar ato de ofício = é protelar, procrastinar, atrasar o ato que deve executar; deixar de praticar ato de ofício = é omitir-se na realização do ato que deveria executar; praticar ato de ofício contra disposição expressa de lei = executar ato de ofício de forma irregular, ilegal. É necessário que o funcionário público tenha atribuição para a prática do ato de ofício. Sentimento pessoal = ódio, despeito, inveja, amizade. Não há pedido ou influência de alguém: o agente age ou se omite para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Ex¹: descumpre dever funcional quem, por sua influência, autoridade e tolerância, permite que os seus amigos pesquem em local proibido, satisfazendo interesse pessoal Tipo Subjetivo: crime é doloso, exigindose, AINDA, que o agente atue ou se omita com a intenção de satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Ex²: médico chefe de centro de saúde que retarda atos de ofício. Demora injustificada na expedição de atestado de óbito, face à animosidade com a autoridade policial que o solicitara. Ex³: omite ato de ofício o funcionário que, movido por comodismo e depois pelo prazer do mandonismo e da prepotência, se recusa a atender, durante o horário normal de expediente, os contribuintes que desejavam recolher tributos Consumação e Tentativa: a consumação se dá com o retardamento, a omissão ou a realização irregular de ato de ofício, não se admitindo a tentativa nas modalidades de retardar e deixar de praticar. (*) Prevaricação Imprópria: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº , de 2007). Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Obs¹ = qualquer outra pessoa, sem o dever funcional, que ingressar, promover, intermediar, facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel sem autorização legal pratica o crime do art. 349-A.. Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº , de 2009).Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº , de 2009) Condescendência criminosa Art Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou 14.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio) hierarquicamente superior ao servidor infrator, admitindo-se o particular como partícipe em concurso de pessoas. Sujeito passivo é o Estado (Administração Pública) Tipo Objetivo: deixar de responsabilizar o subordinado que cometeu infração no exercício do cargo; não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, quando lhe falte competência; indulgência: perdão, bondade, tolerância, clemência. Obs¹: se a prática das condutas não se der em razão de indulgência, mas por outro motivo, o crime poderá ser de prevaricação ou corrupção passiva. Ex: Diretor de penitenciária que deixa de apurar fuga de condenado por falha de funcionário subordinado no dever funcional Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: crime é doloso, exigindo-se que a omissão ocorra por indulgência. É crime omissivo próprio, consumando-se com a omissão do sujeito ativo, inadmissível a tentativa Advocacia Administrativa Art Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da 15.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio), admitindo-se a participação de particular em concurso de pessoas, desde que saiba da qualidade de funcionário público do autor. Sujeito passivo é o Estado (Administração Pùblica) Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7

9 Obs¹ = se o crime for contra a ordem tributária, aplica-se o art. 3º, III da Lei nº 8.137/90: Art. 3 Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal (Título XI, Capítulo I): III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e Obs² = se o crime for relacionado com licitações públicas, aplica-se o art. 91 da Lei nº 8.666/93: Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 15.2 Tipo Objetivo: patrocinar = advogar, proteger, beneficiar, favorecer, defender; diretamente = funcionário pessoalmente patrocina; indiretamente = funcionário se vale de interposta pessoa para patrocinar; interesse privado = qualquer vantagem a ser obtida pelo particular, legítima ou ilegítima, perante a Administração. Se for ilegítima, a pena é de 3 meses a 1 ano. O funcionário deve se valer das facilidades que a qualidade de funcionário público lhe proporciona Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso, consumando-se com o patrocínio, independentemente da obtenção do resultado pretendido (crime formal), admitindo-se a tentativa Violência arbitrária Art Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência. Há discussão doutrinária e jurisprudência a respeito da possível revogação desse crime pela Lei nº 4.898/65 (crime de abuso de autoridade). Sujeito ativo é o funcionário público (crime próprio), admitindo-se a participação de particular em concurso de pessoas. Sujeito passivo é o Estado e o particular violentado. Violência deve ser arbitrária, abusiva, ilegal, devendo ocorrer no exercício da função ou sob pretexto de exerce-la. Violência é o emprego de força física. O crime é doloso e requer a consciência da ilegitimidade da conduta, consumando-se com o emprego da violência, admitida a tentativa Abandono de função Art Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e 17.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público investido no cargo, não prevalecendo a regra do art. 327 CP. Admite-se a participação de particular em concurso de pessoas, desde que saiba que auxilia, instiga funcionário público, ocupante de cargo público, a abandonar sua ocupação. Sujeito passivo é a Administração pública Tipo Objetivo: abandonar = é largar, deixar, desistir, renunciar; abandono deve ser ilegal (não permitido em lei férias, licença) e total, por tempo juridicamente relevante. Obs¹ - Estatuto do Servidor Público Civil da União - Lei nº 8.112/90: Art Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de ) I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de ) a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de ) 17.3 Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: crime é doloso, consumando-se com o efetivo abandono do cargo público, por tempo juridicamente relevante e capaz de causar dano real para Administração, sendo inadmitida a tentativa. (*) Abandono de Cargo Qualificado: se resulta prejuízo para Administração ( 1º); 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e se o fato ocorre em faixa de fronteira ( 2º) = compreende à localizada a 150 Km das divisas do Brasil com outros países. 8 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

10 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e 18 Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado Art Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou Para a caracterização do crime, é necessária a comunicação pessoal ao funcionário, não bastando intimação via Diário Oficial. 19 Violação de sigilo funcional Art Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. 1 o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 2 o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Assim, o funcionário na qualidade de testemunha diante de juiz pode recusar-se a depor para resguardar segredo inerente ao seu cargo por agir em estrito cumprimento de dever legal Tipo Subjetivo, Consumação e Tentativa: o crime é doloso, consumando-se quando terceiro toma conhecimento do segredo (crime formal), admitindo-se a tentativa, desde que a revelação ou facilitação não sejam praticadas de forma oral. (*) Forma Equiparada ( 1º) = Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) (*) Qualificadora ( 2º) = 2 o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 20 - Violação do sigilo de proposta de concorrência Art Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena - Detenção, de três meses a um ano, e Crime implicitamente revogado pelo artigo 94 da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93): Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 19.1 Sujeitos Ativo e Passivo: é o funcionário público (art. 327 CP, crime próprio), ainda que aposentado ou em disponibilidade, admitida a participação de particular em concurso de pessoas. O sujeito passivo é o Estado e o particular prejudicado com a revelação Tipo Objetivo: revelar = tornar claro, descobrir, contar; (REVELAÇÃO DIRETA) facilitar = tornar fácil, auxiliar; (REVELAÇÃO INDIRETA) a revelação deve ser passível de dano e o funcionário deve ter consciência da necessidade do segredo por força de sua função; segredo deve ser de interesse público. Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e Capítulo II DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 1 Usurpação de função pública Art Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e 1.1 Bem Jurídico Protegido: é o regular Obs¹: Art. 207 do Código de Processo Penal = funcionamento das atividades da Administração Pública. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar 1.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum). Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9

11 Obs¹ = funcionário público pode ser sujeito ativo? SIM, quando exerce função estranha à que está habilitado/investido. Obs² = não confundir os seguintes crimes: Art. 328 CP - usurpação de função pública Usurpar o exercício de função pública. Art. 324 CP - exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso. Art. 359 CP - Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial. 1.3 Sujeito Passivo: é o Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e, de forma secundária, a pessoa prejudicada. 1.4 Tipo Objetivo: pratica o crime aquele que exerce função pública que não lhe compete, realizando atos próprios do ofício. Desempenhar função pública (+) Não lhe compete - ilegítima (+) Praticar atos do ofício (funcional) Usurpar: é apoderar, assumir, exercer. Obs¹ = sujeito que, falsamente, alega ser funcionário público sem praticar atos do ofício, pratica qual crime? Art. 45 da Lei de Contravenções Penais: Art. 45. Fingir-se funcionário público: Pena prisão simples, de um a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a três contos de réis. Obs² = particular que prende alguém em flagrante delito comete usurpação de função pública? NÃO, pois a função pública que desempenha não lhe é ilegítima. 1.5 Tipo Subjetivo: crime punido a título de dolo, consistente na vontade consciente de exercer, de forma ilegítima, função pública. 1.6 Consumação e Tentativa: consuma-se o crime com a prática de, no mínimo, um ato funcional, não importando a realização reiterada de atos ou a ocorrência de dano à Administração. Admite-se a tentativa. (*) Usurpação de Função Pública Qualificada (parágrafo único): Se do fato o agente aufere vantagem: pena - reclusão, de dois a cinco anos, e A vantagem a que se refere não é somente patrimonial, podendo ser de qualquer natureza. 2 - Resistência Art Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos. 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 2.1 Bem Jurídico Protegido: autoridade e prestígio da função pública. 2.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum), ainda que alheia à execução do ato legal, isto é, o agente não será, necessariamente, apenas aquele a quem o ato da autoridade se destina. O pai que resiste à prisão legítima do filho mediante violência ou ameaça, por exemplo, é sujeito ativo deste delito. 2.3 Sujeito Passivo: é o Estado. De forma secundária, o agente público violentado ou ameaçado pode ser vítima. 2.4 Tipo Objetivo: a conduta proibida consiste na oposição ao ato funcional revestido das formalidades legais, mediante violência (emprego de força física) ou ameaça (constrangimento moral que não precisa ser grave) a funcionário ou terceiro que o auxilie que o executa. Ex¹: disparo contra policiais ao ser abordado em diligência de rotina, impedindo a execução do ato legal. Ex²: opor-se à realização de penhora legítima por oficial de justiça. (*) Fuga sem violência ou ameaça? A fuga empreendida pelo agente, sem violência ou ameaça, para impedir execução de ato legal, não configura o crime de resistência. Obs¹ = o emprego da violência deve consistir em ataque direto ao executor do ato e não sobre a coisa, por exemplo, chutar a viatura policial. Obs² = oposição contra ato ilegal? Não haverá crime. Obs³ = não pratica o crime de resistência aquele que se opõe à prisão em flagrante realizada, sozinha e espontaneamente, por particular, pois o ofendido não é funcionário público. (*) ABSORÇÃO DE CRIMES = eventuais crimes de desacato e desobediência serão absorvidos pelo crime de resistência. 10 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

12 2.5 Tipo Subjetivo: o crime é punido a título de dolo, consistente na vontade consciente de se opor, com violência ou ameaça, à execução de ato legal. 2.6 Consumação e Tentativa: consuma-se com a prática da violência ou ameaça, não importando se o ato legal será executado ou não (crime formal). Contudo, se o ato legal, em razão da rebelião do agente, não se executa, a pena é qualificada, nos termos do 1º. Admite-se a tentativa. 3 - Desobediência Art Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e 3.1 Bem Jurídico Protegido: o regular cumprimento da ordem emanada de funcionário público. 3.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum) Obs¹ = funcionário público pode ser sujeito ativo? SIM, desde que a ordem emanada não esteja relacionada entre os seus deveres funcionais, caso em que, se não cumprida, o delito poderá ser de prevaricação (art. 319 CP). 3.3 Sujeito Passivo: é o Estado e, secundariamente, o funcionário público autor da ordem. 3.4 Tipo Objetivo: é descumprir, não acatar, desatender deliberadamente ordem legal emanada por funcionário público competente. REQUISITOS DA DESOBEDIÊNCIA a) ordem (e não mero pedido) emitida por funcionário público por escrito, gesto, palavra; b) ordem deve ser dirigida a pessoa determinada; c) ordem deve ser legal, isto é, fundada na lei; d) funcionário público deve ter atribuição legal para emitir a ordem; e) destinatário deve ter o dever de cumprir a ordem; f) inexistência de outra sanção aplicável ao descumprimento da ordem. (*) Detalhe!! Se pela desobediência de ordem alguma lei prevê certa sanção administrativa ou civil, não será reconhecido o crime de desobediência, SALVO SE esta lei ressalvar a aplicação cumulativa deste artigo 330 CP, como é o caso da testemunha faltosa, assim regido pelo Código de Processo Penal: Art O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da diligência. Exemplos: oposição ao cumprimento de mandado judicial; venda de bebidas alcoólicas no dia das eleições diante da ordem de proibição do juiz; recusa do médico em fornecer esclarecimento sobre paciente vítima de crime apurado em inquérito solicitado pelo ofendido. Obs¹ = não configura o crime de desobediência quando a rebeldia, a recusa funda-se no direito de não produzir prova contra si mesmo. Obs² = LEI CONTRAVENÇÃO PENAL = Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência: Pena multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 3.5 Tipo Subjetivo: o crime é doloso. 3.6 Consumação e Tentativa: consuma-se com o desatendimento da ordem. Em havendo prazo para cumprimento da ordem, a consumação ocorrerá somente depois de expirado tal prazo sem ação do agente. Admite-se a tentativa. 4 - Desacato Art Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou 4.1 Bem Jurídico Protegido: a dignidade e o decoro devidos aos agentes da Administração Pública no exercício de suas funções. 4.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum). Funcionário Público como sujeito ativo a) se desacata fora do exercício de suas funções: é sujeito ativo do crime. b) se desacata no exercício de suas funções = há 3 correntes: b.1 não pratica desacato, pois o crime está no capítulo dos crimes praticados por particular contra a Administração; b.2 pratica o crime somente no caso de desacato contra superior hierárquico; b.3 pratica o crime em qualquer circunstância. 4.3 Sujeito Passivo: é o Estado e, secundariamente, o funcionário ofendido. 4.4 Tipo Objetivo: Desacatar é desrespeitar, desprestigiar, ofender, menosprezar, humilhar funcionário público no exercício de sua função, através de gestos, palavras, ameaça, vias de fato, etc. Ex¹: dirigir-se a funcionário público no exercício de suas funções com as expressões vagabundo, relapso, mentiroso desprestigiam o servidor, configurando desacato. Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11

13 Ex²: quem, brandindo facão, profere palavras de desafio e ofensivas ao funcionário público no exercício de sua função, comete desacato. Ex³: comete desacato quem, após ter sido abordado por policiais, abaixa cinicamente as calças em público, chamando os mesmo para revista-lo em tom jocoso, pretendendo constrangê-los e ridicularizá-los frente aos populares. Obs¹ = Funcionário presente: a ofensa deve ser praticada na presença do funcionário público, não importando se na presença de outras pessoas. 4.5 Tipo Subjetivo: crime doloso, devendo o agente ter conhecimento da qualidade de funcionário público da vítima. 4.6 Consumação e Tentativa: consuma-se com a ofensa, independentemente do funcionário sentir-se ofendido (crime formal), admitindo-se a tentativa. 5 Tráfico de influência Art Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) 5.1 Bem Jurídico Protegido: prestígio da Administração Pública, 5.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum), inclusive o funcionário público. 5.3 Sujeito Passivo: é o Estado e, secundariamente, aquele que paga a vantagem ou promete sua entrega ( comprador da influência ). 5.4 Tipo Objetivo: o agente, simulando gozar de prestígio que não possui com funcionário, solicita (pede), exige (ordena), cobra (pedir pagamento) ou obtém (adquire) da vítima vantagem ou promessa de qualquer natureza para si ou para terceiro, com a desculpa de (a pretexto de) influir em ato praticado por servidor no exercício da função. (*) não é necessário que realmente exista um funcionário público. 5.5 Tipo Subjetivo: é crime doloso. 5.6 Consumação e Tentativa: nas modalidades solicitar, exigir e cobrar é crime formal, consumando-se com a realização dos verbos, independentemente da obtenção da vantagem. Na modalidade obter, é crime material, consumando-se com a obtenção da vantagem. Admite-se a tentativa. (*) Causa de Aumento de Pena (parágrafo único) = A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 6 Corrupção ativa Art Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e (Redação dada pela Lei nº , de ) Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 6.1 Bem Jurídico Protegido: prestígio e normalidade do funcionamento da Administração Pública. 6.2 Sujeito Ativo (corruptor): qualquer pessoa (crime comum), inclusive o funcionário público que não esteja no exercício de suas funções. 6.3 Sujeito Passivo: é o Estado. 6.4 Tipo Objetivo: a corrupção ativa verifica-se quando alguém, por meio de promessas, recompensas ou qualquer utilidade, procura induzir funcionário público, diretamente ou por interposta pessoa, a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Ex¹: pratica o delito de corrupção ativa quem oferece certa importância em dinheiro a funcionário incumbido da fiscalização do trânsito com o propósito de leva-lo a omitir o ato de autuação pela falta cometida. Ex²: responde por corrupção ativa o meliante que, preso em flagrante, oferece vantagem pecuniária à guarda para livra-lo da prisão. Obs¹ = pune-se só a corrupção antecedente = para determina-lo a praticar, omitir ou retardar = se o agente oferece, promete ou entrega a vantagem ao funcionário APÓS a prática, omissão ou retardamento do ato, não se configura a corrupção ativa. Obs² = é necessário que a promessa ou oferta sejam dirigidas ao funcionário que tem o dever de ofício de realizar a conduta desejada pelo corruptor. 6.5 Tipo Subjetivo: crime doloso. Gestos frutos de agradecimento ou reconhecimento, sem a intenção de influenciar a prática, omissão ou retardamento de ato de ofício pelo servidor, não constituem corrupção ativa. 6.6 Consumação e Tentativa: consuma-se no momento em que o servidor toma conhecimento da oferta ou da promessa, ainda que a recuse (crime formal). Admite-se a tentativa, se for a oferta ou promessa for por escrito. (*) Corrupção Ativa Qualificada (parágrafo único): A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou 12 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

14 omite ato de ofício, OU o pratica infringindo dever funcional. 7 Contrabando ou descaminho Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de um a quatro anos. 1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 4.729, de ) a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de ) b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de ) c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Incluído pela Lei nº 4.729, de ) d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. (Incluído pela Lei nº 4.729, de ) 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 4.729, de ) 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo. (Incluído pela Lei nº 4.729, de ) 7.1 Bem Jurídico Protegido: o erário. 7.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime comum). Funcionário Público: a) se não estiver no dever funcional = é co-autor ou partícipe deste crime. b) se estiver atuando no dever de ofício = comete crime de facilitação ao contrabando e descaminho (art. 318 CP). 7.3 Sujeito Passivo: é o Estado. 7.4 Tipo Objetivo: Ex¹: reintrodução em território nacional de mercadoria nacional fabricada exclusivamente para importação. Descaminho: iludir (enganar, fraudar), no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido em face da entrada ou saída da mercadoria não proibida. 7.5 Tipo Subjetivo: crime doloso. 7.6 Consumação e Tentativa: Contrabando: se a mercadoria for passar pela alfândega = consuma-se no momento em que a mercadoria é liberada, mesmo que não tenha chegado ao seu destino; se a mercadoria for ingressar ou sair clandestinamente = consuma-se com a transposição da fronteira; Descaminho: consuma-se com a liberação da mercadoria pela alfândega sem o recolhimento de impostos. Tentativa é admissível para ambas figuras delitivas. Obs¹ = competência = Súmula 151 STJ: a competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens. 7.7 Contrabando e Descaminho por Equiparação ( 1º) 1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 4.729, de ) a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei: navegação de cabotagem é o comércio realizado diretamente entre os portos do País, em águas marinhas ou fluviais. É privativo de navios nacionais. É norma penal em branco. b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho: também é norma penal em branco. c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem. d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos: também é modalidade especial de receptação. Contrabando: importar (entrada no país) ou exportar (saída do país) mercadoria proibida. A legislação especial apontará sobre quais mercadorias incide essa proibição, que pode ser relativa (a circulação da mercadoria em território nacional é permitida, desde que observados requisitos) ou absoluta. Trata-se norma penal em branco. 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. Exemplos: camelôs, comerciantes de fundo de quintal. Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13

15 7.8 Contrabando e Descaminho Qualificado ( 3º): a pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo. (*) transporte aéreo = deve ser clandestino, e não regular ou de carreira!! 8 - Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência Art Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida. Houve revogação parcial deste crime em razão de figuras penais previstas na Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), não havendo derrogação em relação ao impedimento, perturbação ou fraude em hasta pública. Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Em relação à parte do artigo 335 que continua vigente ( impedimento, perturbação ou fraude em hasta pública ), o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sendo o sujeito passivo o Estado. A conduta proibida é impedir (obstruir), perturbar (embaraçar) ou fraudar venda em hasta pública promovida pela Administração federal, estadual, municipal ou entidade paraestatal. Trata-se de crime doloso, consumando-se com o impedimento ou perturbação ou fraude da hasta, ainda que realizada. É crime formal. (*) Hasta Pública = é a alienação forçada de bens penhorados, realizada pelo poder público, por leiloeiro devidamente habilitado. Pode ser dar de duas formas: pela praça, quando houver, entre os bens penhorados, algum imóvel, ou por leilão, quando todos bens penhorados forem móveis. 9 - Inutilização de edital ou sinal Art Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa (crime comum), inclusive o funcionário público. Sujeito passivo é o Estado. 1ª conduta proibida: rasgar (retalhar), inutilizar (tornar inválido), conspurcar (sujar) edital (comunicação oficial escrita que visa dar ciência de alguma coisa a todos, sendo fixada em local público) Crime doloso, consumando-se com o ato de rasgar, inutilizar ou conspurcar edital dentro do prazo de validade. 2ª conduta proibida: violar (romper) ou inutilizar selo ou sinal empregado por determinação legal ou por ordem de funcionário público para identificar ou cerrar objeto. Crime doloso que consuma com a violação ou inutilização do selo ou sinal Subtração ou inutilização de livro ou documento Art Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa (crime comum), inclusive o funcionário público, desde que fora de suas funções. Obs¹ = funcionário público nas suas funções = crime do artigo 314 CP Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente. Obs² = se for advogado ou procurador = crime do artigo 356 CP Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador Sujeito Passivo: Estado Tipo Objetivo: subtrair: retirar arbitrariamente a coisa da esfera do funcionário; inutilizar: tornar imprestável, não importando destruição; livro oficial: serve de registro, termos, atas, notas; processo: reunião ordenada de autos, documentos, procedimentos policiais, judiciais, administrativos; documento: petições, pareceres, relatórios, provas de concurso Tipo Subjetivo: punido a título de dolo Consumação e Tentativa: consuma-se com a efetiva subtração ou inutilização do livro oficial, 14 Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

16 processo ou documento, independentemente de dano à Administração (crime formal). Admite-se a tentativa Sonegação de contribuição previdenciária Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 1 o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 2 o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 3 o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 4 o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Protege-se o patrimônio da Previdência Social. Sujeito ativo é o contribuinte ou outra a pessoa que tem a obrigação de cumprir as condutas típicas: comerciante, industrial, sócio solidário, gerentes, diretores que hajam efetivamente participado da administração da empresa e concorrendo com a prática das condutas proibidas. Sujeito passivo é a Previdência Social. Trata-se de crime doloso que se consuma com a supressão ou redução da contribuição previdenciária ou seus acessórios (crime material). O 1º traz hipótese de extinção da punibilidade, enquanto que o 2º prevê hipótese de perdão judicial ou aplicação de pena de Por fim, o 3º traz hipótese de crime privilegiado. CAPÍTULO II-A DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA 1 Funcionário público estrangeiro Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de ) 2 Corrupção ativa em transação comercial internacional Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Pena reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de ) 3 - Tráfico de influência em transação comercial internacional Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Pena reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de ) Atualizada em 19/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 15

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