PROCESSO TARIFÁRIO DO TRANSPORTE COLETIVO METROPOLITANO DE PASSAGEIROS. Porto Alegre, 11 de maio de 2015.
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- Simone Bento Figueiredo
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1 PROCESSO TARIFÁRIO DO TRANSPORTE COLETIVO METROPOLITANO DE PASSAGEIROS Porto Alegre, 11 de maio de 2015.
2 DIRETRIZES DA DIRETORIA DE TARIFAS Zelar pelo equilíbrio econômico-financeiro dos serviços públicos delegados; Buscar a modicidade das tarifas e o justo retorno dos investimentos e; Fixar, reajustar, revisar, homologar ou encaminhar ao ente delegante, tarifas, seus valores e estruturas. Lei Estadual nº /97 (lei de criação da Agência)
3 INTERESSES ENVOLVIDOS NO PROCESSO TARIFÁRIO Concessionárias - Remuneração do capital investido; Poder Concedente - Aplicação da política pública definida; Usuários - Modicidade tarifária e qualidade do serviço prestado.
4 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Disciplina o processo administrativo da AGERGS para o reajuste e a revisão de tarifas nos serviços públicos delegados. O reajuste tarifário, previsto ou não em contrato, é um instrumento de atualização das tarifas sob contexto inflacionário, com a finalidade única de manter o equilíbrio econômico-financeiro do serviço público delegado.
5 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Revisão tarifária é um instrumento de recomposição da tarifa no qual são examinados os critérios e os parâmetros de produção e custo do serviço, bem como a metodologia de cálculo, visando à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do serviço público delegado. Revisão tarifária ordinária: Ocorrência possui previsibilidade contratual ou normativa. Revisão tarifária extraordinária: Pode ocorrer a qualquer tempo, gerada por fatores supervenientes ou imprevistos, os quais venham, comprovadamente, a ocasionar o desequilíbrio econômico-financeiro.
6 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Audiência Pública: sessão pública presencial, com o propósito de colher opiniões e prestar esclarecimentos, especialmente de usuários e sociedade em geral, mas também de representantes do poder concedente e das empresas delegatárias, oferecendo segurança para a tomada de decisão da AGERGS. Consulta Pública: opiniões e sugestões são colhidas mediante o envio de documento escrito, igualmente úteis para a tomada de decisão da AGERGS.
7 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Em sua página eletrônica na Internet ( a AGERGS publica os requerimentos de reajuste ou de revisão tarifária formulados pelos delegatários de serviço público no prazo de até cinco dias após o seu efetivo protocolo na Agência. Neste prazo, os requerimentos são encaminhados à Diretoria de Tarifas para dar início às atividades de sua competência.
8 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 A audiência pública será divulgada com antecedência mínima de sete dias na página da AGERGS na Internet e no Diário Oficial do Estado e, a critério do Conselho Superior, em jornais de grande circulação. Serão convidados à audiência pública, órgãos relacionados ao serviço público regulado, entidades representativas dos delegatários e dos usuários. Fica facultado ao Conselho Superior, definir sobre a realização de consulta pública para manifestação escrita dos interessados. As contribuições deverão ser analisadas pelos técnicos da AGERGS, na forma de acolhimento ou não, expresso através de apresentação de justificativa.
9 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Após a audiência pública, a Diretoria de Tarifas elabora seu parecer final no prazo máximo de trinta dias, após o qual será devolvido ao Conselheiro-Relator para relatório e voto. A decisão do Conselho Superior poderá servir de alvo para recurso administrativo contrário em até dez dias da sua publicação no Diário Oficial do Estado. Em caso de recurso, a decisão final tomada pelo Conselho Superior é definitiva, ou seja, o índice de reajuste ou revisão tarifária aprovado é aquele que passa a vigorar, mesmo se houver divergência de resultado com o órgão gestor do serviço.
10 RESOLUÇÃO NORMATIVA AGERGS Nº 06/2012 Cabe ao órgão gestor do serviço, a publicação das tarifas de todas as linhas de transporte calculadas pela AGERGS. Antes disso, nova análise técnica é elaborada pela Diretoria de Tarifas para conferir os valores levantados pelo órgão gestor. Após sua conclusão, o Conselho Superior decide pela homologação ou correção do quadro tarifário completo.
11 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE Definição dos indicadores de qualidade dos serviços: aferição da pontualidade, lotação das viagens, idade da frota, dentre outros itens. Transporte Metropolitano: Resolução aprovada pelo Conselho Superior, empresas devem iniciar a apuração em junho/2015 Base legal: Lei /98 Art. 3 - A qualidade dos serviços de natureza pública será aferida por consultas científicas junto aos usuários e por indicadores de desempenho, tendo-se por objetivo: II - níveis crescentes de continuidade dos serviços públicos; IV - níveis crescentes na qualidade dos bens e serviços públicos; VI - melhoria da qualidade do ambiente e de vida da população.
12 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE Fiscalização In Loco nas sedes das empresas de transportes, para verificação dos aspectos de operação, renovação de frota, acessibilidade, etc. Previstas 10 fiscalizações em 2015
13 CÁLCULO TARIFÁRIO A análise técnica de um requerimento de reajuste nas tarifas de ônibus baseia-se na definição do valor de uma variável chamada Coeficiente Tarifário (CT). Quando seu valor é modificado, as tarifas são modificadas na mesma proporção (%). Por quê? A regra básica é: Tarifa da Linha = CT x Extensão (KM)
14 CÁLCULO TARIFÁRIO O CT é apurado pela divisão do custo quilométrico pela quantidade média de passageiros pagantes no ônibus, ou seja: CT = Custo por Km Lotação Média x Aproveitamento Econômico O Aproveitamento Econômico é obtido pela seguinte fórmula: Aprov. Econ. = Receita Auferida Receita Teórica
15 CÁLCULO TARIFÁRIO Todos os custos necessários para a operação de transporte devem ser considerados na apuração do custo quilométrico. Os custos dividem-se entre variáveis e fixos. Os custos variáveis são aqueles sensivelmente influenciados pelo nível de oferta do serviço, isto é, quanto maior a distância de viagem, maior será o seu valor. São exemplos de insumos variáveis, o óleo diesel, lubrificantes, pneus e serviço de recapagem. Eles são medidos fisicamente em quantidades consumidas por Km. Nos casos de reajuste, os preços são renovados mediante aplicação de cesta de índices de preços. Nos casos de revisão, os preços são renovados mediante pesquisa no mercado ou declaração de custo.
16 CÁLCULO TARIFÁRIO Os custos fixos se caracterizam por não reagir imediatamente à uma variação da distância de uma viagem. Logo, dentro de certos limites, um eventual aumento nos itinerários das linhas não acarreta uma elevação dos custos fixos. São exemplos de custos fixos, Peças e Acessórios, Depreciação e Remuneração da Frota, Remuneração de outros Ativos, Despesas Administrativas e Pessoal (Motorista, Cobrador, Fiscal, Manutenção e Administração). Com exceção dos custos com pessoal, os demais insumos fixos são medidos proporcionalmente ao seu desgaste anual em relação ao valor de um ônibus novo (R$) e divididos pela quilometragem média percorrida anualmente por um ônibus- PMA. Nos casos de reajuste, o preço do veículo é renovado mediante aplicação de índice de preço específico. Nos casos de revisão, a renovação se dá mediante pesquisa no mercado ou declaração de custo.
17 CÁLCULO TARIFÁRIO O Percurso Médio Anual (PMA) é uma importante variável que influencia a apuração do custo quilométrico, sendo calculado pela fórmula: PMA = Soma (Nº de Viagens Realizadas) x (Extensão da Linha) Nº de Ônibus da Frota Ativa Os custos relativos a pessoal são mensurados de modo especial, considerando a quantidade necessária de motorista, cobrador e fiscal por veículo e o número de salários e encargos sociais pagos durante um ano. Também é considerado o valor do PMA no divisor. Ainda são calculados os custos com a mão-de-obra empregada em funções administrativas e de manutenção. Estes custos são estimados proporcionalmente ao custo com a mão-de-obra direta.
18 CÁLCULO TARIFÁRIO Os custos com pessoal são avaliados de acordo com os valores salariais estabelecidos no último acordo coletivo do setor rodoviário se disponível, ou pela variação do INPC/IBGE no período. Os gastos com o pagamento de benefícios sociais (salários indiretos) aos trabalhadores rodoviários igualmente estão previstos e mensurados conforme a quantidade de trabalhadores por veículo e a quantidade de pagamentos durante o ano. Os valores atribuídos dos benefícios sociais são extraídos do último acordo coletivo ou corrigidos pela variação do INPC/IBGE no período. Após a inclusão de todos estes custos, obtém-se o valor do custo quilométrico. Porém, ainda cabe ser incorporada a carga tributária incidente sobre a prestação do serviço.
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